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Filosofia: Planejamento/ 1° Ano: Ensino Médio

filosofia.co
ESTADO DE GOIÁS
COLÉGIO ESTADUAL JORNALISTA LUIZ GONZAGA CONTART

Plano Anual de Ensino Filosófico


Disciplina: Filosofia
Ensino Médio: 1° Ano.

Marluce Leila Simões Lopes - Especialista

Professor: Divino José de Sousa

divino.sousa@ig.com.br
divinofil@hotmail.com
http://divinofil.blogspot.com/

Goiânia, Janeiro a Dezembro de 2008.


Objetivo Geral.

O objetivo geral do ensino filosófico visa, em primeiro momento, fazer com que alunos,
professor, bem como todos aqueles e aquelas que, diretamente e indiretamente, se
envolverem com essa causa, valorizem a Filosofia como Patrimônio da Humanidade.
Em segundo lugar, essa experiência visa despertar o educando na descoberta de si
mesmo, do Outro, da Natureza e do Sagrado como relações múltiplas do ser humano em
particular e universal.
Desta forma, possibilite a construção de uma sociedade que responda, conscientemente,
aos anseios de sua época, que é agora e, sobretudo, ao questionamento: é possível viver
em comunidade?

Objetivos Específicos.

Possibilitar a consciência de que toda forma de entrosamento através de perguntas


aleatórias, textos, por mais simples que sejam, resultam no conhecimento de si mesmo,
pois é o sujeito histórico que se descobre manipulando e se interrogando no cotidiano.

Possibilitar aos educandos estudos fundamentais de onde eles terão consciência da


pergunta: O que é o homem?

Demonstrar aos educandos que um questionamento reconstrutivo possibilita uma


qualidade formal de onde resulta uma emancipação política. (aqui encontram-se o
conhecimento desta matéria, a habilidade em questionar tanto a filosofia quanto o
cotidiano e, por fim, a consciência de que atitude está tomando).
1- Recepção.

2- Diagnóstico.

3- Estudos de provérbios como filosofia popular sendo reconstruída para a filosofia


oficial.

4- QR+QF=EP; Questionamento Reconstrutivo, Qualidade Formal, Emancipação


Política.

5- Mito.
Na Mitologia tupi-guarani, Guaraci é o deus do Sol, doador da vida e criador de todos
os seres vivos. Encarregado de dirigir o reino animal; também conhecido como Coaraci;
este é identificado com o deus hindu Brahma e com o egípcio Osíris. A cultura religiosa
Indígena Tupi-Guarani, relata o Mito do Gênesis da criação em um texto encontrado na
Terra Mística _ Xavanismo e Cultura Nativa.
www.terramistica.com.br/index.php?add=Artigo&file=article&sid=109&ch=1

6- Idéia do início – século VI a.C.

No período cosmológico (cosmos – universo ) os Pré-Socráticos no estudo da (Phisis) =


natureza; e da (Arché) =princípio, começou a questionar sobre o surgimento de tudo, a
análise era realizada através das “sensações empíricas” por observações das causas e
efeitos dos elementos; depois se passou a experimentos racionais levantando hipóteses e
testando-as pela razão ou sensação, isso mais precisamente no Ocidente, na Grécia.

7- Tales de Mileto (Cerca de 625/4-558 a.C).

A água é o princípio _ por quê? _ pelas coisas segundo a sensação: todas as coisas são
úmidas e decompõem-se, ressecando-se.

Anaximandro de Mileto (Cerca de 610-547 a.C)


O ilimitado (apeíron) é o princípio _ por quê? _ pelo ilimitado nascem os céus e os
mundos neles contidos: “Donde a geração... do tempo”...

Anaxímenes de Mileto (Cerca de 585-528/5 a.C)


O ar é o princípio _ por quê? _ pela rarefação e condensação, refazendo-se,
movimentando-se eterno e constante se dá à transformação de todos os elementos...

Heráclito de Èfeso (Cerca de 540-570 a.C)


O fogo é o princípio _ por quê? _ pela permutação todo se origina, ilimitados é o todo e
um só cosmo, nasce ele do fogo e é consumido pelo fogo...

Parmênides de Eléia (Cerca de 530-460 a.C)


Em duas causas se dá o princípio: quente e frio= fogo e terra _ destes dois princípios ele
determina quente ao ser, o outro ao não-ser, admitindo os seres somente a coisas
sensíveis...

Empédocles de Agrigento (Cerca de 490-435 a.C)


Da força criadora ao Amor e Ódio, os princípios se estabelecem em quatro elementos
corporais: fogo, ar, água, terra; mediante a mistura e separação pelos quais eles são
movidos... (terra _ seco; água _ úmido; ar _ frio; fogo _ quente).

8 - O que é o homem?

É um ser de muitas faces: Dimensões.

Dimensão inteligente.

A inteligência é a faculdade da pessoa de penetrar nas coisas, descobrindo sua realidade


íntima. Intelligere vem da composição de outras duas palavras: inter (entre) e legere
(colher, reunir, recolher, escolher e ler), significa escolher entre, reunir entre vários,
apanhar, aprender, compreender, ler entre, ler dentro de algo.

9) Dimensão emotiva.

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. As emoções são expressões
afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do organismo em resposta a um
acontecimento inesperado. Distinguem-se do lógico e dão colorido à vida humana. A
emoção brota do cérebro e do corpo atuando em conjunto. Não se pode separar a
emoção da cognição, nem a cognição do corpo.

10) Dimensão corpórea.

O corpo é afetado pela mente e a mente é afetada continuamente pelo corpo. O animal é
corpo e o homem é corpóreo. Como entender e aplicar sem se assustar? Aristóteles
dizia: “O começo do filosofar é o espanto”.

11) Dimensão vontade.

A vontade é a capacidade do sujeito de colocar todo o seu ser em função de seus


objetivos.

12) Dimensão espiritual.

O ser humano não se contenta com o finito, com o imanente, com o relativo; quer ir
além, inclusive de si mesmo (explicação total de suas dimensões), busca o encontro com
Deus pela fé: doação total de si, adesão ao plano de Deus.

13) Dimensão Social.

O homem é chamado a conviver em grupo: nenhum ser humano pode ser uma ilha no
mundo. No geral: falta um trabalho na tentativa de resgatar o que é público, pois
(conforme parte da mentalidade) o público não é de ninguém (terra de ninguém).

14) Dimensão cósmica.

Faz parte do mundo material que constitui outras realidades físicas: precisa de tudo
quanto é matéria para viver. (os quatro elementos: terra, ar, água e fogo).

15) Dimensão histórica.

O ser humano detém o poder de investigar, de criar fatos e não simplesmente de sofrê-
los.
O homem é produto e sujeito da cultura.

16- Dimensão livre.

Chamada também de livre arbítrio, é o poder que a vontade possui de determinar a si


mesma a agir ou não agir: a liberdade é a capacidade de escolher os melhores meios
para a própria realização como pessoa.

17- Dimensão Estética.

Que procura a harmonia, a coerência, a beleza, a unidade das coisas.

18-Dimensão Axiológica.

Que busca valores: o valor é sempre uma relação entre o sujeito que valora e o objeto
valorado. A caneta é azul, Este lápis é novo; Maria saiu por aquela porta; a barraca está
cheia de frutas; João foi à igreja.

19- Dimensão Teorizante.

Preocupa-se com o desenvolvimento lógico, o desenvolvimento de sua mente; interessa-


se pela clareza das idéias, dos juízos e raciocínios na busca da verdade.

20- Dimensão prática.

Levado a produzir, a fazer, a trabalhar, inventar novas coisas.


21- Mito.

Dizem que, no início... Contam que, no princípio dos tempos... No tempo em que os
deuses habitavam a terra. Expressões como essas e as histórias que geralmente seguem
são conhecidas pela humanidade desde tempos imemoriais. Registradas em textos muito
antigos, muitos deles considerados sagrados, ou contadas de pai para filho a gerações e
gerações, elas constituem tradição importante e fonte de conhecimentos sobre o mundo
e as relações humanas.

Mito, o que é?

Define-se o mito como “um relato verdadeiro ocorrido nos tempos primordiais, quando,
com a interferência de entes sobrenaturais, uma realidade passou a existir, seja uma
realidade total, o cosmo, ou tão-somente um fragmento: um monte, uma pedra, uma
ilha, um animal, ou um comportamento humano. É, pois, a narrativa de uma criação.
Conta-nos de que modo algo, que não era, começou a ser.”
O caos: desequilíbrio, a falta de harmonia, as coisas morriam e havia a guerra: era o
reino dos homens.
Cosmos: predominava a paz, a harmonia, a eternidade. Tudo perfeito, o reino dos
deuses.
A produção intelectual buscava essa perfeição do cosmos: demonstração de que o
mundo dos deuses deveria ser permanentemente buscado pelos homens. Uma escultura
não representava um indivíduo em particular, mas o ideal da espécie humana.
O momento religioso mais importante da antiga Grécia acontecia de quatro em quatro
anos na cidade de Olímpia, onde havia um oráculo de Zeus.
Realizavam-se os jogos olímpicos – a Olimpíada – em homenagem ao senhor de todos
os deuses. Durante os jogos, interrompiam-se todas as disputas, todas as guerras entre
várias cidades gregas, que eram independentes. A Olimpíada representava o momento
de unidade cultural dos gregos

22- A Palavra Filosofia.

É composta por duas outras: Philo, que vem de Philia: amizade, amor fraterno, respeito
entre os iguais. Sophia, sabedoria. Sophia: vem de Sophos: sábio.
Filosofia: Amor à sabedoria, respeito pelo saber.
Filósofo: o que ama a sabedoria tem amizade pelo saber, deseja o saber.
Estado de espírito: o da pessoa que ama, deseja o conhecimento; a verdade não pertence
a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplado, vista, se
tivermos olhos para ver (do espírito ).
Base: toda pessoa é chamada pela sabedoria a desenvolver o estado de espírito.

23- Pitágoras de Samos.

Pitágoras de Samos ( século V a. C. ), a este a invenção da palavra filosofia, que teria


afirmado: que a sabedoria plena pertence aos deuses, os homens podem desejá-la, amá-
la, buscando o saber sempre.
Pitágoras dizia: três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos: a) as que iam
para comerciar, estando ali para servir a seus próprios interesses.
b) as que iam para competir: atletas e artistas.
c) as que iam para contemplar os jogos e torneios para avaliar o desempenho e julgar o
valor dos que ali se apresentavam, esse terceiro tipo é como o filósofo.

O Mito da Caverna de Platão.

O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As
coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai
da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o
mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o
instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros?
A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia. Por que os
prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à
condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense). Porque imaginam que o
mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.

Realidade e Aparência.

O sendo comum entende por realidade como tudo que existe ou é percebido pelo
aparelho cognitivo (os sentidos humanos).

A) Realidade sensorial: associa a realidade com aquilo que pode ser empiricamente
observado e captar a totalidade da realidade. A realidade existe independente da
consciência dos indivíduos.
B) Realidade científica: a ciência procuraria passar uma visão objetiva da realidade. A
realidade para a ciência é uma construção via a seleção de “fatos”. Interpreta-os à por
uma dada teoria.

Realidade Virtual
Apresentação teatral é realidade virtual.
Se consultar e, olhando o próprio passado, constatar experiências positivas e negativas
e, escolhendo as positivas, trazendo-as para a situação presente.

24- Sócrates I.

Modelo da atitude de filosofar (desenvolver o estado de espírito ).


Conforme Sócrates, o ato de filosofar tem como objetivo conscientizar-nos de que nada
sabemos. É essa atitude que nos leva da ignorância ao saber e esse saber nos diz que
muito pouco sabemos em vista do que podemos saber e sobre o que já sabemos.
O existir está envolvido no Eu, no Outro eu e no mundo: esse existir está cheio de
decepções, desilusões, dúvida, perplexidade, insegurança, espanto e admiração de algo
novo.
Aí a pessoa ( como Sócrates ) é provocada a ir de sua ignorância ao saber; saber o que
não sabia sobre o próprio saber de sua vivência: sair do estado de insegurança ou de
encantamento, criando o desejo de superar a incerteza.
Sócrates: vive seu daimom (seu interior ), consta que as autoridades o condenaram por
desrespeitar os deuses criando deuses estranhos, no caso: o seu interior.
25- Sócrates II.

Pelo diálogo-Dialético: Maiêutica: idéias universais.


Sócrates questionava os atenienses (jovens e velhos ) o que eram os valores nos quais
acreditavam e que respeitavam ao agir.
Questionava: o que é a coragem? O que é a justiça? O que é a piedade? O que é a
amizade?
Resposta: são virtudes.
Questionava: O que é a virtude?
Resposta: é agir de acordo com o bem.
Questionava: O que é o bem?
As perguntas socráticas terminavam por revelar que os atenienses respondiam sem
pensar no que diziam, repetiam o que lhes fora ensinado desde a infância.
Base: que educação você já recebeu? Quer ir além dela? (olhar sua dimensão histórica).

26- Senso Moral.

- Levados por impulso ou emoção forte (medo, orgulho, ambição, vaidade, covardia)
fazemos alguma coisa de que, depois, sentimos vergonha, remorso, culpa; gostaríamos
de voltar no tempo e fazer diferente.
- Tomamos conhecimento de movimentos nacionais de luta contra a fome; participamos
de movimentos de solidariedade, campanhas contra a fome.
- Violência: chacina de seres humanos, animais, linchamentos, assassinatos brutais,
estupros, torturas. Ficamos indignados.
- Um rapaz namora uma moça de quem gosta muito e por ela é correspondido. Conhece
uma outra. Apaixona-se perdidamente e é correspondido. Ama duas mulheres e ambas o
amam. Pode ter dois amores simultâneos, ou estará traindo a ambas e a si mesmo?

27- Consciência Moral.

Situações como essas surgem sempre em nossas vidas, em nossa vivência. Nossas
dúvidas quanto à decisão a tomar manifestam nosso senso moral e põem à prova nossa
consciência moral, pois exigem que decidamos o que fazer que justifiquemos para nós
mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as
conseqüências delas, porque somos responsáveis por nossas opções.
Senso Moral e Consciência Moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de
sacrifício, integridade, generosidade); e a sentimentos provocados pelos valores
(admiração, vergonha, culpa, remorso ).
Valor mais profundo: o bom ou o bem.
Base: valores.

28- Juízo de fato e Juízo de valor.

Quando falamos “está chovendo”, estaremos enunciando um fenômeno constatado por


nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Quando falamos: “ a chuva é boa para as
plantas” ou “ a chuva é bela”, estamos interpretando e avaliando o acontecimento.
Nesse caso, proferimos um juízo de valor.
Qual a origem da diferença entre os dois tipos de juízos? A diferença entre a Natureza e
a cultura.
A) A Natureza é constituída por estruturas e processos necessários, que existem por si
mesmos.
B) A Cultura nasce da maneira como os seres humanos interpretam-se a si mesmos e as
suas relações com a Natureza, acrescentando-lhe sentidos novos, alterando-a mediante o
trabalho, dando-lhe valores. ( retomar: o que é o homem? ).

29- Cultura.

No sentido pedagógico, cultura indica a educação, a formação, o cultivo do homem: é a


Paidéia dos gregos. É o processo pelo qual a pessoa chega à plena maturação e
realização da própria personalidade.
No sentido antropológico, cultura significa aquele conjunto de costumes, técnicas e
valores que caracteriza um grupo social, uma tribo, um povo, uma nação: “ é o modo de
viver próprio de uma sociedade”.
A filosofia clássica (Platão, Aristóteles) considerava o homem como um ser natural:
constituído de essência imutável que lhe é dada pela natureza, da qual ele deriva não só
as leis biológicas mas também as normas morais: “ age segundo a natureza”.

30- Cultura na filosofia Moderna.

A filosofia moderna não vê mais o homem como um parto da natureza, mas antes um
produto de si mesmo. O homem é o artífice de si mesmo. É a tese de: Nietzsche, Hegel,
Sartre, Heidegger.
Conforme Sartre: O homem é um ser em situação.
Base: situação.
Os elementos fundamentais da cultura:
A) Língua: O indivíduo sai de si mesmo e o põe em comunicação com outros.
B) Costumes: alimento, vestuário, o caminhar, o gesticular, crenças, etc.
C) Técnicas: às exigências do ambiente, à capacidade, à criatividade e ao nível de
civilização de um povo.
D) Valores: a vida, paz, justiça, honestidade, a beleza.

31- Características da Filosofia.

- A filosofia pergunta qual é a realidade ou natureza e qual é a significação de alguma


coisa.
- A filosofia indaga qual é a estrutura e quais são as relações que constituem uma coisa,
uma idéia ou um valor.
- A filosofia pergunta pela origem ou pela causa de uma coisa, de uma idéia, de um
valor.

A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações ao mundo que nos rodeia e às
relações que mantemos com ele. Ao mesmo tempo: o que é pensar, como pensar, por
que há o pensar? A filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo.
É uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a filosofia se realiza como
reflexão.
Exemplo: quando tenho um problema e me preocupo com ele, olhando também ao
redor, descubro possibilidades de resolvê-lo. Desse modo a filosofia pode ser aplicada
no cotidiano

32- Sujeito Ético.

- Ser consciente de si e dos outros; ser capaz de refletir e de reconhecer a existência dos
outros como sujeitos éticos iguais a ele.
- Ser dotado de vontade; de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos,
tendências, sentimentos e de capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas
possíveis.
- Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação.
- Ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos,
atitudes e ações.
O campo ético é constituído: pelo sujeito moral e os valores morais. É autônomo.
Autonomia: vem do grego, ( autor: eu mesmo, si mesmo ) e nomos ( lei, norma, regra);
autônomo é aquele que tem o poder de dar a si mesmo a regra, a norma, a lei. O
contrário é o heterônomo: aquele que recebe de um outro a norma, Hetero (outro) e
nomos.
Ética, o que é? O termo ética vem do grego “efós” que, por um lado, designa a morada
do homem, modo de ser, estilo de vida, caráter. Designa também um comportamento
que resulta do hábito, isto é, de um repetir-se constante dos mesmos atos num certo
sentido.
“ethos” é o espaço propriamente humano, construído e reconstruído pelo homem. Nele
inscrevem-se os costumes, os hábitos, as normas, as interdições, os valores e ações que
vão determinando um modo próprio de ser do homem.

33- Senso Comum.

- O sol é menor que a terra.


Diariamente vemos um pequeno círculo avermelhado percorrer o céu, indo de leste para
oeste?
- As cores existem em si mesmas.
Passamos a vida vendo rosas vermelhas, amarelas e brancas, o azul do céu, o verde das
árvores, etc.
- O sol se move em torno da terra, que permanece imóvel.
Diariamente vemos o sol nascer, percorrer o céu e se pôr.

Certezas como essas formam nossa vida e o senso comum de nossa sociedade,
transmitido de geração em geração.
A astronomia, porém, demonstra que o Sol é muitas vezes maior do que a Terra e, desde
Copérnico, que é a Terra que se move em torno dele. A física óptica demonstra que as
cores são ondas luminosas de comprimentos diferentes, obtidas pela refração e reflexão,
ou decomposição da luz branca.

Características:
- São subjetivos: exprimem sentimentos e opiniões individuais e de grupos, variando de
pessoa para pessoa e de grupo para grupo.
- São qualitativas: as coisas são julgadas por nós como grandes ou pequenas, doces ou
azedas, pesadas ou leves, novas ou velhas, belas ou feias, etc.
34- Atitude Científica.

Onde vemos coisas, fatos e acontecimentos; a atitude científica vê problemas e


obstáculos.
É quantitativo: busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para
coisas que parecem ser diferentes. As diferenças de intensidade dos sons, pelo
comprimento das ondas sonoras. Sonhar com água e com uma escada é ter o mesmo
tipo de sonho, qual seja, a realização dos desejos sexuais reprimidos, etc.

Positivismo: Verificação e experimentação. Augusto Comte (1798-1857). Afirmou ter


descoberto uma grande Lei: o espírito humano passou por três estados:
1) O estado teológico: agentes sobrenaturais
2) O metafísico: forças abstratas
3) O positivo: observação dos fatos. Descobrir leis-relações constantes entre os
fenômenos.

35- O estatuto ontológico.

O Direito existe para que se faça justiça. A Justiça define a essência do direito. O objeto
pode mudar: Direito penal, direito civil, direito tributário: contudo a Essência
permanece.
O objeto pode sempre ser aperfeiçoado: é o caráter e é horizontal. A Essência: é uma
conquista: vertical: a justiça.
A contabilidade: 1) essência: o controle
2) objeto: patrimônio: contabilidade bancária, financeira, etc.

36- Liberdade em Aristóteles.

Conforme Aristóteles, livre é aquele que tem em si mesmo o princípio para agir ou não
agir, isto é, aquele que é causa interna de sua ação ou da decisão de não agir. A
liberdade é concebida como o poder pleno e incondicional da vontade para determinar a
si mesma ou para ser auto-determinada. O agente dá a si mesmo os motivos e os fins de
sua ação, sem ser constrangido ou forçado por nada e por ninguém. Exemplo: A)
excesso; B) falta; C) meio termo.

37- Liberdade em Sartre,

Liberdade é a escolha incondicional que o homem faz de seu ser e de seu mundo.
Exemplos:
a) conformar-se é uma decisão livre
b) resignar-se é uma decisão livre.
c) não se conformar e nem se resignar lutando contra as circunstancias.
Quando falamos estar fatigados, a fadiga é uma decisão nossa.
Quando dizemos não ter o que fazer, o abandono é uma decisão nossa.
Liberdade se opõe ao que é condicionado externamente (necessidade) e ao que acata
sem escolha deliberada (contingência). Exemplo: “O ser humano não é mais que o que
ele faz”.

38- Vida Política: parte 1.


Pater-Patriarca-Chefe de família.
Autoridade pessoal e arbitrária decidindo sobre a vida e a morte dos membros do grupo,
sobre a posse e a distribuição das riquezas, a guerra e a paz, alianças.
Chefe: surgia como designado pelos deuses.
Detentor do poder
Detentor do privilégio de relacionar-se com o sagrado
Também comandante de exército.
Posteriormente, há uma repartição das funções de direção do poder.
A) casta sacerdotal
b) casta de guerreiros.
c) senhores das terras, escravos, mulheres, armas, deuses: classe dominante.
O Rei: patriarcal
Total: decisão se tornava pública através de um decreto real.
Corporificado: em seu corpo se expressa todo o poder hierarquizado: cada indivíduo
possuía um lugar fixo.
Mágico: força. “Faça-se” e as coisas aconteciam porque ele havia dito e desejado.
Transcendente: sua divinização o colocava acima e fora da comunidade: via tudo e tudo
decidia.
Hereditário: transmitido ao primogênito ou a alguém da família real.

39- A natureza funda a política.

Conforme Aristóteles, o homem é diferente dos demais animais por serem pensantes e
falantes. São dotados da palavra: fala e pensamento, por isso são seres de comunicação
e essa é causa da vida em comunidade.
O homem é um ser: naturalmente de pensamento e fala. Desenvolvendo essas duas
bases naturais o homem constrói a política (cidade).
Base: como viver em comunidade?

40- Finalidade da vida política.

Era a justiça na comunidade.


Na mitologia: Tamis: a lei divina que instituí a ordem do universo.
Cosmos: ordem universal estabelecida pela lei divina.
Dike: justiça entre as coisas e entre os homens.
Com a invenção da política, as explicações míticas foram afastadas: themis e dike
deixaram de ser vistos como duas deusas, passaram a significar as causas que fazem
haver ordem, lei e justiça na natureza e na polis.
Quem é justo? É o que respeita a lei natural e a ordem natural ( esta possui a fala e o
pensamento de onde brotam a própria lei).

OBS: as numerações correspondem a quantidade de aulas durante o ano letivo. Sem


dúvida que o planejamento está aberto aos possíveis contextos festivos, participativos da
Escola. Por exemplo: no início a Escola elaborou regras para todos: professores e
alunos. E uma das regras é: é direito do aluno ser respeitado em seu princípio religioso.
Esta regra está de acordo com as primeiras aulas.

Sites.

www.filonet.pro.br

Mitologia, o que é?

www.geocities.com

A) a caverna de Platão
B) o mais sábio dos homens
C) Nietzche
D) Kant
E) Jean Paul-Sartre: causas e motivos de meus atos: minha essência.

www.cobra.pages.nom.br/filotemas.html
Filosofia contemporânea
www.hottopos.com

Metodologia de Ensino e Avaliação.


Aulas expositivo-dialogadas; análises e discussões de textos – dinâmicas de grupos.
Assistir e discutir filmes relacionados ao tema.
Trabalho em grupos e prova individual e grupal; caderno; trabalho de dupla.

Referências Bibliográficas:

1. SOUZA, Sonia Maria Ribeiro de. Um outro olhar: filosofia. São Paulo: FTD, 1995.
2. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13° ed., São Paulo: Ática, 2003.
3. Introdução à Filosofia: coletânea de textos, Universidade Estadual Vale do Acaraú-
UVA; Goiânia-Go, 2005.
4. Grupo Educart, Sistema de Ensino; Manual do Professor.
m

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