Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Atividade 1
O nascimento da Filosofia
Filosofia
Professora kênia
Quando falamos em “nascimento” imediatamente percebemos o sentido de geração de
alguma coisa a partir de algo que se supõe como anterior (por exemplo: os pais são precedentes
ao nascimento de um filho). Assim, ao falarmos de nascimento da Filosofia poderíamos querer
estabelecer não só as condições materiais que permitiram que ele ocorresse, mas também a
estrutura cultural que serviria de base para um tal episódio.
Muitas foram as discussões em que se tentou ou fazer um vínculo entre os gregos e o
Oriente ou evidenciar a originalidade dos gregos em relação à Filosofia. Mas segundo o helenista
Jean-Pierre Vernant, nem milagre, nem orientalismo em suas extremidades, definem o
surgimento da Filosofia. Isso porque claramente ela tem dívida com o Oriente em razão dos
contatos com persas, egípcios, babilônicos, caldeus – mas aquilo em que ela transformou esses
conteúdos resulta em algo totalmente inovador no pensamento humano.
Enquanto muitas técnicas de previsão, cálculo etc., já existiam como práticas exercidas
nas culturas citadas acima, a pergunta filosófica é inteiramente radical em relação àquilo que se
tinha no cotidiano: a Filosofia pergunta sobre o que é a coisa, como é constituída a coisa, qual
sua origem e causa. Mas ainda aqui há uma problemática, pois antes mesmo de se fazer essas
perguntas, deslocando-as para um campo lógico-conceitual, já haviam respostas dadas que
satisfaziam, ao menos temporariamente, as consciências da época.
É nesse ínterim que se desenvolveu a chamada Cosmogonia (cosmos = mundo
organizado, universo; gonia = gênese, origem) que foi a primeira tentativa de se explicar a
realidade. Esta era baseada em mitos (narrativas) que criavam, a partir de imagens de deuses, de
seres inanimados, animais, etc., a estrutura hierárquica e organizada do mundo.
No entanto, a Filosofia surge como Cosmologia (lógos = razão, palavra, discurso, contar,
calcular), ou seja, a compreensão de que o mundo é, sim, organizado, mas os fundamentos de
suas explicações não são meramente seres antropomórficos, mas conceitos de nossa própria
racionalidade. A Filosofia surge para substituir o modelo mitológico-cosmogônico, pelo
cosmológico-racional. Não quer dizer que o processo anterior seja irracional, mas apenas se
constitui como uma lógica imanente, no sentido de se atrelar ao psicológico ou a conteúdos que
deem forma aos argumentos, enquanto que a Filosofia, ao se fazer e se constituir, vai propor o
modelo inverso, qual seja, em que a forma lógica constitui melhor os conteúdos do pensamento,
ascendendo ao verdadeiro conhecimento.
Portanto, com essa inversão, há duas consequências: a primeira é a de requerer a
autonomia do ouvinte ou em geral do indivíduo para si mesmo e não mais conferi-la à autoridade
externa dos poetas, rapsodos e aedos (artistas da época); a segunda é a de que esse processo
de conceitualização promove a distinção entre misticismo e racionalismo de modo a desvelar o
homem a si mesmo, com suas potências para conhecer e agir justificadas na razão, ou seja, finda
o agonismo (combate) entre deuses e homens e fica apenas o agonismo entre os homens, como
superação do trágico de nossa existência.
Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/nascimento-filosofia.htm> Acesso em: 29 de março de 2020.
Exercícios
1) Leia a fábula de La Fontaine, uma possível explicação para a expressão ¯ ”o amor é cego”.
No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que
o amor é cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda
não era cego. Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se
reunisse para tratar do assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma
pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar por
vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de todos os juízos
do inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois
de estudar detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar
a loucura a servir de guia ao Amor.
Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de
Janeiro: Ediouro, 2007.
A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de
explicação classifica-se como
a) estética.
b) filosófica.
c) mitológica.
d) científica.
e) crítica.
2) Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é
evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo – terra, água ar e fogo e as outras
coisas que se manifestam neste mundo –, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer
outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas
mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se
umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem
um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de
modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma
coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa.
DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo, Cultrix, 1967.
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles,
a principal preocupação filosófica era de ordem
a) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da
natureza.
b) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras de democracia.
c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem
maior.
d) estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis.
e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade.
3) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem
e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e
por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das
coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar,
porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999
4) A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está substancialmente
ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, “[...] não é mais uma atividade mítica
(porquanto o mito ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer uma atividade regrada a partir
de um comportamento epistêmico de tipo próprio: empírico e racional”.
SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 32.
Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a alternativa correta.
a) A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo, próprio de
sociedades selvagens.
b) A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando
a sua metodologia.
c) A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção de um
saber prático fundamental para a vida cotidiana.
d) A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade filosófica
elaborada, crítica e radical, baseada no logos.
5) Para referir-se à palavra e à linguagem, os gregos possuíam duas palavras: mythos e lógos.
Diferentemente do mythos, lógos é uma síntese de três ideias: fala/palavra, pensamento/ideia e
realidade/ser. Lógos é a palavra racional em que se exprime o pensamento que conhece o real. É
discurso (ou seja, argumento e prova), pensamento (ou seja, raciocínio e demonstração) e
realidade (ou seja, as coisas e os nexos e as ligações universais e necessárias entre os seres).
[...] Essa dupla dimensão da linguagem (como mythos e lógos) explica por que, na sociedade
ocidental, podemos comunicar-nos e interpretar o mundo sempre em dois registros contrários e
opostos: o da palavra solene, mágica, religiosa, artística e o da palavra leiga, científica, técnica,
puramente racional e conceitual.”
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2011, p. 187-188
Atividade 2
Palabras heterosemánticas
Lengua Española
Maestra: Livia Tardelli
Hay algunas palabras que son muy semejantes o iguales en español y en portugués, pero
tienen significados distintos. Se llaman palabras heterosemánticas o falsos cognatos. Veamos
algunas:
ESPAÑOL PORTUGUÉS
Apellido Sobrenome
Berro Agrião
Cachorro Filhote
Copa Taça
Dirección Endereço
Embarazada Grávida
Escritorio Escrivaninha
Exquisito Saboroso
Fecha Data
Frente Testa
Grasa Gordura
Oficina Escritório
Oso Urso
Pasta Macarrão
Pastel Bolo
Presunto Suposto
Rato “Um momento”
Rojo Vermelho
Rubia Loira
Salada Salgada
Sótano Porão
Taller Oficina
Taza Xícara
Vaso Copo
En la cafetería
2) Los falsos cognatos “pastel” y “oficina” presentes en el diálogo de las dos amigas,
significan en portugués, respectivamente:
En el desván de la abuela
Algunos sábados, Ana visita a su abuela. Vive en una vieja casa de adobes encalados. Es
una casa campesina de las que tienen en la parte alta un desván. Se sube a él por una
escalera que cruje con extraño sonido a madera seca. (…) Parece la
tienda de un anticuário. Apoyados sobre las paredes, hay unos cuadros con paisajes de algún
desconocido o inventado país, y un gran espejo que deforma la imagen. Encima, colgado
en un oxidado clavo, un candil de aceite. Allí pasa Ana largos ratos sin
cansarse. Aunque ahora es invierno, no hace frío; el tiro de la chimenea desprende un
agradable calorcillo. (…)
4) Señala la alternativa que presente dos vocablos que, tal y como el término cachorro, son
falsos amigos, o sea, divergen del portugués en el significado.
a) agosto y apellido
b) amor y pastel
c) escritório y beber
d) oficina y vaso
e) rato y cuaderno
5) Señala la secuencia que completa correctamente los huecos con los falsos amigos.
Atividade 3
Química
Professores Bruno e Marcelo
Agora responda:
02) O gás de cozinha (GLP) é uma mistura de propano e butano. Indique a opção que representa
as fórmulas moleculares dos dois compostos orgânicos, respectivamente.
a) C3H6 e C4H6. d) C3H8 e C4H8.
b) C3H6 e C4H8. e) C3H8 e C4H12.
c) C3H8 e C4H10.
3) Determine o número de átomos de hidrogênio existentes, por molécula, nos alcanos que
apresentam:
a) 5 átomos de carbono;
b) 10 átomos de carbono;
c) 20 átomos de carbono
PRÉ-HISTÓRIA
https://www.youtube.com/watch?v=LSqOKMnakU4
https://www.youtube.com/watch?v=-MB2i3_9WWQ
https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast/scicast-37-aquele-na-mesopotamia/ (ou no
seu agregador de podcasts!)
https://www.youtube.com/watch?v=jvdd8Cd_EKg
ATIVIDADE PROPOSTA:
ATIVIDADE PROPOSTA: