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localizavam-se após os tratados sobre a física ou sobre a Natureza, pois a palavra grega meta
quer dizer: depois de, após, acima de.
Ta: aqueles; meta: após, depois; ta physika: aqueles da física. Assim, a expressão ta
meta ta physika significa literalmente: aqueles [escritos] que estão [catalogados] após os
[escritos] da física. Ora, tais escritos haviam recebido uma designação por parte do próprio
Aristóteles, quando este definira o assunto de que tratavam: são os escritos da Filosofia
Primeira, cujo tema é o estudo do “ser enquanto ser”. Desse modo, o que Aristóteles chamou
de Filosofia Primeira passou a ser designado como metafísica.
No século XVII, o filósofo alemão Jacobus Thomasius considerou que a palavra
correta para designar os estudos da metafísica ou Filosofia Primeira seria a palavra ontologia.
A palavra ontologia é composta de duas outras: onto e logia. Onto deriva-se de dois
substantivos gregos, ta onta (os bens e as coisas realmente possuídas por alguém) e ta eonta
(as coisas realmente existentes). Essas duas palavras, por sua vez, derivam-se do verbo ser,
que, em grego, se diz einai. O particípio presente desse verbo se diz on (sendo, ente) e ontos
(sendo, entes). Dessa maneira, as palavras onta e eonta (as coisas) e on (ente) levaram a um
substantivo: to on, que significa o Ser. O Ser é o que é realmente e se opõe ao que parece ser,
à aparência. Assim, ontologia significa: estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das
coisas tais como são em si mesmas, real e verdadeiramente.
como Via da Verdade (que nega realidade e conhecimento) e Via da Opinião (que se ocupa
com as aparências, com o Não-Ser).
A Cosmologia se dedicava à multiplicidade dos seres, à mutabilidade deles e às
oposições entre eles. E totalmente em contradição a isso ele afirmou que o pensamento
verdadeiro exige a identidade e a não-contradição do Ser. Considerando a mudança de uma
coisa em outra contrária como o Não-Ser, e que o ser não muda porque não tem como nem o
porquê mudar, pois se mudasse, deixaria de ser O Ser, tornando-se o Não-ser. Com isso
mostrou que o pensamento verdadeiro não admite a multiplicidade ou pluralidade de seres e
que o ser é uno e único.
O pensamento dele era totalmente ao contrário do que a cosmologia entendia na
época e ele afirmava ainda diferença entre pensar e perceber. Multiplicidade, mudança,
nascimento e perecimento são aparências, ilusões dos sentidos. Ao ir na contramão disso e
abandoná-los a Filosofia passou da cosmologia a ontologia.
Basicamente, Parmênides de Eléia foi o primeiro filósofo que relacionou os
elementos naturais à formação de tudo. Parmênides formulou o seguinte conceito " tudo
é agua " de modo a relacionar elementos naturais com a formação das coisas.
Depois dessa afirmação de Parmênides de Eléia, diversos outros filósofos fizerem
afirmações parecidas, de modo que ele foi o primeiro a fazer uma elaboração ontológica.
Para Platão, o mundo concreto percebido pelos sentidos é uma pálida reprodução do
mundo das Ideias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros
objetos de sua categoria de uma Ideia perfeita. E a mudança ocorre porque esse objeto não é
uma Ideia, mas uma incompleta representação da Ideia desse objeto.
Referências Bibliográficas
Chaui, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000. Disponível em:
http://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%20-
%20Marilena%20Chaui.pdf / Unidade 6 \u2013 Caps 1