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Basta olhar para o mundo que nos cerca para perceber como as ideias dos
pensadores nos afetam de modo tão substancial. É possível detectá-las naquilo que
nossos amigos e conhecidos acreditam, Elas estão presentes na mídia, na música,
nas saias de aula de nossos filhos, na administração pública, em cada prateleira de
uma livraria, na maneira como interpretamos a nossa própria existência — até
mesmo na igreja. Quanto maior for o conhecimento que temos das ideias que deram
forma à nossa cultura, maior será nossa capacidade para entender - e influenciar —
a cultura em que estamos inseridos.
2. O QUE É FILOSOFIA
A palavra filosofia é grega. É composta por duas outras: philo e sophia. Philo
deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais.
Sophia quer dizer sabedoria e dela vem da palavra sophos, sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo
saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber.
Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o
conhecimento, o estima, o procura e o respeita.
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V antes
de Cristo) a invenção da palavra filosofia. Pitágoras teria afirmado que a sabedoria
plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou
amá-la, tornando-se filósofos.
3. O NASCIMENTO DA FILOSOFIA
PRÉ-SOCRÁTICOS:
1. OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
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Os primeiros filósofos se empenhavam na busca da realidade última, a
realidade que transcende o que é próximo e comum e define e explica os elementos
da experiência diária. Três preocupações dominavam as reflexões dos primeiros
filósofos:
2. PRINCIPAIS FILÓSOFOS
Tales de Mileto (640-546 a. C.), que talvez tenha sido o primeiro filósofo, e
estava na lista dos sete sábios da Grécia, acreditava que a água era a origem
de tudo.
Anaximandro (610-547 a. C.) dizia que o princípio criador não poderia ser
conhecido pelos sentidos, mas somente pelo intelecto já que ele é o apeiron
(indeterminado).
Anaxímenis (588-524 a. C.) argumentava que o ar seria esse princípio
originador de tudo.
Pitágoras de Samos (570-490 a. C.) creditava aos números a origem de tudo,
mas desde que entendidos como harmonia e proporção. Ou seja, tudo na
natureza é proporcional e harmônico.
Heráclito de Éfeso (535-475 a. C.), um dos filósofos mais importantes desse
período, atribuía ao fogo a origem das coisas, já que para ele a
realidade/physis é uma eterna luta de contrários que tem esse elemento como
sua causa.
Parmênides (510-470 a. C.) de Eleia, rompe com os filósofos que o
precederam na maneira de pensar o mundo. E por isso não se adequa a
classificação de monista ou pluralista.
ARISTÓTELES
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Aristóteles entendia que o espanto nos desperta para a busca do
conhecimento da verdade. Diferente de Platão que acreditava que seria por meio da
reminiscência.
Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer: uma prova disso é o
prazer das sensações, (...) de fato, os homens começam a filosofia, agora e
desde sempre, por causa do espanto (thaumázein), na medida em que,
inicialmente, ficavam perplexos diante dos fenômenos surpreendentes mais
comuns (...) Ora, quem é tomado pela dúvida e pelo espanto e pelo espanto
reconhece sua ignorância. E é por isso que, também, o philómitos ( aquele que
ama o mito) é, de certa forma, filósofos (aquele que ama a sabedoria) , pois o
mito constie-se de elementos de espantosos. De modo que, se os homens
filosofarem para livertarem-se da ignorância, é evidente que buscavam o
conhecimento unicamente em vista de saber e não por alguma utilidade
prática. Metafísica, Livro I Capítulo I ARISTÓTELES
1. AS QUATRO CAUSAS
1. Causa material: aquilo de que uma coisa é feita. Por exemplo: casa, tijolos,
animais, matéria da esfera de bronze, madeira etc.
2. Causa formal: a própria forma (eidos) ou essência das coisas. Por exemplo:
rio, e mar são formas distintas da matéria água; a mesa é forma assumida
pela matéria madeira etc.
3. Causa eficiente ou motora: aquilo de que provêm a mudança e o movimento
das coisas. Por exemplo: o pai é a causa eficiente do filho; a vontade é a
causa eficiente de várias ações dos homens etc.
4. Causa final: a razão que da motivo ou a finalidade para alguma coisa existir
e ser tal como ela é. Por exemplo: o bem comum é a coisas final da política; a
felicidade é a causa final da ação da ética etc.
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porque é de natureza da matéria transformar-se. Assim a causa da transformação é
a matéria e não a forma. Não existe forma sem matéria
2. ATO E POTÊNCIA
1. Potência: é aquilo que está contido numa matéria é que pode vir a existir. Por
exemplo, a semente e uma árvore em potência ou uma árvore em potencial.
2. O ato: é atualização de uma matéria, isto e, forma que atualiza uma potência.
Por exemplo, a árvore é o ato de uma semente. Ato é a causa formal das
coisas.
3. SUBSTÂNCIA E ACIDENTES
BIBLIOGRAFIA