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mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.
Albert Einstein
Definição de metafísica
Foi o seu discípulo Andrôni de Rodes, no século I a.C, que organizou todas as obras a
respeito desse tema, dando a elas o nome de metafísica. Com isso, Aristóteles passou a ser
considerado o pai da vertente. No entanto, vale ressaltar que a procura pelo entendimento da
existência do ser e o motivo das coisas serem como são, também já faziam parte dos pontos
levantados pelos filósofos pré-socráticos e Platão.
Ontologia – a ciência do “ser enquanto ser”, pois engloba todas as questões que trazem
significado a realidade e a nossa presença no mundo.
Teologia – estudo sobre a existência e a relação de Deus com os homens e o mundo.
Apoia-se na observação e interpretação dos fenômenos e tradições religiosas para compreensão
da natureza divina.
Gnosiologia – ramo que se debruça sobre o conhecimento humano. O seu objetivo é o
entendimento em relação a origem, essência e limites desse ato cognitivo.
Fases históricas
O segundo momento, por sua vez, compreendido entre os séculos XVIII e XX, foi marcado
pelas reformulações e críticas feitas por Immanuel Kant. Em seu livro “Fundamentos da
Metafísica dos Costumes”, afirmou que a metafísica pretendia ser superior a experiência. Além
disso, defendia o entendimento das questões levantadas nesta filosofia através da razão.
Já a terceira fase, que se inicia no final do século XX e segue até a atualidade, engloba os
pensamentos contemporâneos sobre o tema. Foi neste período que os estudos
do materialismo foram retomados, trazendo oposição à metafísica. No entanto, surgiu novas
interpretações acerca da “filosofia primeira”, por meio das correntes místicas e exotéricas.
A metafísica da saúde, por exemplo, é uma delas. É uma concepção atrelada às práticas
de autoajuda e prega a ideia de que vários problemas de saúde acontecem em consequência da
adoção de certos comportamentos e modelos de pensamento.
Diferentemente de Platão, que acreditava em uma realidade que poderia ser explicada com
base na razão, Aristóteles defendia a ideia de um mundo sensível. Isto é, um mundo material,
esse que habitamos, e submetido às sensações e aos sentimentos. Com base neste princípio, ele
estabeleceu as quatro causas que definem a existência do ser e explicam a origem de tudo. São
elas:
Causa material – a matéria como formadora do ser, a exemplo do sangue, pele, músculos,
ossos, etc.
Causa Formal – a essência e característica que diferenciam os seres. Os humanos, por
exemplo, possuem duas pernas e braços, uma cabeça, etc.
Causa Eficiente ou Motora – princípio que explica a origem dos seres. Existimos porque
alguém nos criou.
Causa Final – a razão da existência do ser, a finalidade da sua criação.
Como pôde ser visto, na metafísica de Aristóteles tudo que existe no mundo se enquadra nessas
quatro causas. No entanto, para encontrar a causa primeira, a justificativa para todas as outras, o
filósofo precisou elaborar o conceito de primeiro motor imóvel, que remete a um ser perfeito,
eterno e indivisível. Ele que daria propósito para as coisas, para as formas do mundo e da
natureza.