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A capacidade humana da racionalidade faz com que tudo ao seja passível de ser conhecido. Ou seja, a
ideia de conhecimento perscruta todo e qualquer conhecimento que traga elucidação de mundo à
humanidade. De forma tal que, o conhecimento se torna, portanto, não apenas um atrativo como
necessidade de sobrevivência, assim como da própria necessidade de entendimento da existência
humana.
Nos deparamos, portanto, com a Metafísica.
Área do conhecimento que estuda e tenta
explicar as principais questões do
pensamento filosófico, como a existência do
ser, a causa e o sentido da realidade, e os
aspectos ligados a natureza. Serve de base
para o conhecimento de todas as ciências,
pois busca compreender a origem de tudo,
inclusive as concepções sobre Deus e a alma.
Seguindo sua etimologia, a palavra metafísica vem do grego metàphysis, que significa “além da física” ou
além da natureza. Portanto, um conhecimento que está além da capacidade material das coisas.
Aristóteles, sendo o primeiro pensador grego acerca do assunto, definiu como “filosofia primeira”, ou
seja, a essência de toda reflexão filosófica. Aristóteles é considerado o pai da metafísica. Contudo, isso
graças a seu discípulo Andrônico de Rodes, no século I a.C., que organizou todas as obras a respeito
desse tema, dando a elas o nome de metafísica. Todavia, vale ressaltar que esse conhecimento já estava
presente na filosofia pré-socrática e platônica. Foi através da metafísica, que surgiu outras teorias,
pertinentes ao conhecimento das coisas:
Ontologia – a ciência do “ser enquanto ser”, pois engloba todas as questões que trazem significado a
realidade e a nossa presença no mundo.
Teologia – estudo sobre a existência e a relação de Deus com os homens e o mundo. Apoia-se na
observação e interpretação dos fenômenos e tradições religiosas para compreensão da natureza divina.
Gnosiologia – ramo que se debruça sobre o conhecimento humano. O seu objetivo é o entendimento
em relação a origem, essência e limites desse ato cognitivo.
Causa material – a matéria como formadora do ser, a exemplo do sangue, pele, músculos, ossos, etc.
Causa Formal – a essência e característica que diferenciam os seres. Os humanos, por exemplo,
possuem duas pernas e braços, uma cabeça, etc.
Causa Eficiente ou Motora – princípio que explica a origem dos seres. Existimos porque alguém nos
criou.
Causa Final – a razão da existência do ser, a finalidade da sua criação.
Dessa maneira que para Aristóteles o mundo se enquadra nessas quatro causas. No entanto, para
encontrar a causa primeira, a justificativa para todas as outras, o filósofo precisou elaborar o conceito
de primeiro motor imóvel, que remete a um ser perfeito, eterno e indivisível. Ele que daria propósito
para as coisas, para as formas do mundo e da natureza. De forma a pensar um conhecimento na "busca
uma compreensão da realidade suprassensível”. Por isso, na filosofia oriental está associada ao
conhecimento do mundo imaterial e puramente racional, muitas vezes espiritual.
Immanuel Kant – sua teoria ficou conhecida como idealismo transcendental, e sua filosofia destaca o
criticismo. Com o criticismo, Kant organizou os limites do conhecimento humano. De forma que, para
Kant, "somente podemos conhecer aquilo que podemos intuir, ou seja, aquilo que podemos ver, ouvir,
de fato experimentar." Ou seja, o conhecimento a priori.
Auguste Comte – Ainda com bases no criticismo, Comte, afirmaria com seu "positivismo” que, o
conhecimento verdadeiro é aquele que parte da observação científica do mundo e da natureza.
Portanto, uma visão de mundo que deveria dar lugar à visão científica.
Friedrich Nietzsche - Para Nietzsche, pode-se tomar a filosofia de Platão como modelo da metafísica.
Tais formas puras, denominadas tecnicamente ideias por Platão, teriam sua origem na ideia do Bem —
ou de Deus — que é a causa produtora de todas as outras ideias que são as formas gerais do universo. A
realidade inteligível contrária a toda realidade empírica. Sendo que, para Nietzsche, todo conhecimento
seria guiado pelos interesses e condicionamentos subjetivos. Portanto, impulsos e anseios, razão pela
qual Nietzsche o considera sempre determinado por certa perspectiva, seja individual, ou sociocultural.
Criou-se, portanto, uma visão subjetiva e existencial da vida.
*Crie o seu vocabulário com três palavras desconhecidas. Procure o significado das palavras.