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PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
VII – V V – IV IV – III III – ano 0 – VII VII – XIV XIV – XVI XVI - XIX
PERÍODO
HELENÍSTICO OU
PERÍODOPERÍODO
PERÍODO FILOSOFIA
GRECO ROMANO RENASCIMENTO MODERNA
SISTEMÁTICO
ANTROPOLÓGICO
COSMOLÓGICO FILOSOFIA
OU SOCRÁTICOI – VII
OU
PATRÍSTICA:
MEDIEVAL XVIII – XIX
PRÉ-SOCRÁTICOSistematização sobre
cosmologia eÉtica, conhecimento,
antropologia. Política,
Origem doInvestiga e as que relação
as questões
mundoMostrando tudo pode ser –
homem teologia
conhecimento ILUMINISMO
causas dashumanas: ética
transformações política
objeto enatureza – deus.
do conhecimento técnicas
as técinicas. filosófico
da natureza Razão
Filosofia Filosofia Moderna
FILOSOFIA ANTIGA
Medieval
Dependendo das escolas, haverá diferentes respostas: O que nos oferece os sentidos ou o
fogo, água, ápeiron, etc. que oferece a razão?
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A busca da arché
Dentre os objetivos desses primeiros filósofos, destaca-se a construção de uma cosmologia –
explicação racional e sistemática das características do universo – que substituísse a antiga
cosmogonia – explicação sobre a origem do universo baseada nos mitos.
Assim, com base na razão e não na mitologia, os primeiros filósofos gregos tentaram
encontrar o princípio substancial ou substância primordial (a arché, em grego) existente em
todos os seres, a “matéria-prima” de que são feitas todas as coisas.
Algumas das principais características desse período incluem:
1. Busca pela origem e natureza do mundo: Estavam interessados em compreender a
origem e a natureza do universo e das coisas que o compõem. Eles buscavam explicações
racionais e naturais para entender o mundo, em contraste com as explicações mitológicas
tradicionais.
2. Racionalidade e observação: Enfatizavam a importância da razão e da observação para
compreender o mundo. Eles acreditavam que era possível alcançar conhecimento confiável
por meio da investigação racional e da observação direta da natureza.
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Diversidade de teorias: Apresentaram uma variedade de teorias e perspectivas sobre a
natureza fundamental da realidade. Cada filósofo tinha sua própria visão sobre qual era o
princípio básico ou elemento fundamental que constituía o universo.
Argumentação e debate: Frequentemente engajavam-se em debates e discussões filosóficas,
refutando as ideias uns dos outros e construindo novas teorias baseadas em argumentos
lógicos.
Introdução de conceitos abstratos: Alguns filósofos pré-socráticos começaram a introduzir
conceitos mais abstratos, como a "mente" (nous) de Anaxágoras, que sinalizou uma tentativa
de compreender não apenas a matéria física, mas também os princípios organizadores e
intelectuais.
Preocupação ética e cosmológica: Além de questões cosmológicas, alguns pré-socráticos
também exploraram questões éticas e morais, embora esses aspectos não fossem tão
proeminentes quanto nas filosofias posteriores.
Os filósofos desse período buscavam compreender os aspectos naturais do mundo,
chamados de physis. Buscavam identificar e entender quais são os elementos primeiros, que
deram origem a todas as outras coisas existentes no mundo.
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As principais escolas de pensamento do período são:
Escola jônica: os pensadores dessa escola consideravam o universo
estático e buscavam as explicações para o surgimento do mundo e
de todas as matérias a partir de um único elemento fundamental e
essencial, chamado arché. Nem sempre os filósofos dessa escola
consideravam o mesmo elemento como formador de todas as
coisas.
Escola itálica: escola desenvolvida no sul da Itália. Seus pensadores
entendiam que a matemática e os números eram os elementos
responsáveis pela essência das coisas.
Escola atomística: os seus pensadores desenvolveram a
ideia de que a junção de vários elementos, os átomos, é
que formam os objetos.
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Observava que a realidade é dinâmica e que a vida está em constante
transformação.
O filósofo dizia que tudo flui, nada persiste nem permanece o mesmo. O ser não é
mais que o vir a ser.
“Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sobre ti”
Para ele o fluxo constante da vida seria impulsionado justamente pela luta de forças
contrárias: a ordem e a desordem, o bem e o mal, o belo e o feio, a justiça e a
injustiça, o racional e o irracional, a alegria e a tristeza etc.
É pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui. Por essa
razão, Heráclito imaginou que, se devia haver um elemento primordial da
natureza, este teria que ser o fogo, governando o constante movimento dos
seres com chamas vivas e eternas.
Pela importância que deu ao movimento, a escola heraclitiana de pensamento é
chamada de mobilista. Heráclito é considerado um dos mais destacados filósofos
pré-socráticos e o primeiro grande representante do pensamento dialético.
“Todas as coisas
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Achava contraditório buscar a essência naquilo que não é essencial, buscar a
permanência naquilo que não permanece (a mudança, o movimento), ou
supor que aquilo que é permanente pudesse converterse em algo
impermanente.
Assim, optou por escutar o que lhe dizia a razão – e não os sentidos, que o
faziam sentir a mudança – e proclamou que existe o ser e não é concebível
sua não existência. “O ser é e o não ser não é”.
“O ser é” – expressa a ideia de que o ser (ou aquilo que é) é eternamente, pois o ser constitui,
para ele, a substância permanente das coisas. Logo, o ser é de maneira imutável e imóvel, e é
o único que existe. O ser é a arché de Parmênides. O ser é uno, pleno, contínuo e absoluto.
“O não ser não é” – traz a ideia de que o não ser (a negação do ser) não é, não tem ser,
substância, essência. Portanto, é nada, não existe. Se o ser é tudo, o não ser só pode não
existir. Para Parmênides, o não ser se identificaria com a mudança (o devir), pois mudar é
justamente não ser mais aquilo que era, nem ser ainda algo que é.
Parmênides é considerado o primeiro filósofo a expor o princípio de identidade (A=A) e de
não contradição (se A=A, é impossível, ao mesmo tempo e na mesma relação, A= não A).
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Entre os diversos filósofos pré-socráticos, destacamos duas tendências de pensamento que se
contrapuseram: a de Heráclito, que defendia a multiplicidade do ser e seu movimento como
condição de existência, e a de Parmênides, para quem o ser é imóvel.
Para Parmênides, apenas o ser pode ser pensado, porque o não ser não existe e, portanto,
não pode ser pensado.
Parmênides foi o responsável por introduzir uma das distinções mais básicas no pensamento
filosófico: a distinção entre realidade e aparência. Seu pensamento consiste em caracterizar o
movimento apenas como aparente, como um aspecto superficial das coisas. Para ele, a
verdadeira realidade é única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio nem fim, contínua e
indivisível.
Heráclito foi responsável por aquilo que hoje chamamos de devir – a mudança contínua da
natureza, a aparência e a essência são unificadas pelo movimento. O duelo entre os opostos é
vital para a composição do movimento. Mesmo sem ter usado o termo “dialética”, é em
Heráclito que a sua ideia nasce. Para ele, esta oposição era bem simbolizada no entrave entre
a “guerra” e a “paz”.
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