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ESCISAH – MBANZA KONGO

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS, ARTES E


HUMANIDADES
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA EM HISTÓRIA E ARQUEOLOGIA

RESUMO – FILOSOFIA

O termo FILOSOFIA é de origem GREGA e contém dois


vacabulos: FILO e SOFIA. Sendo:

 FILO: amor, amigo ou amante, e


 SOFIA: saber, sabedoria.

Sendo assim, podemos etmologicamente defini-la como: Amor so


saber ou pela sabedoria.

Por isso mesmo que o filósofo(a) não é a pessoa que rudo sabe,
mas a pessoa apaixonada pelo saber que investiga constantemente.

A autoria da palavra é dada à PITÁGORAS, devido a sua


reputação de sábio. Especificamente, os seus contemporâneos
chamavam-lhe de “sábio” (sofos). Pitágoras sempre retorquiu, dizendo
que não era sábio porque a sabedoria pertence aos deuses. Que era
sempre FILóSOFO, i.é, amiga da sabedoria, aquele que procura saber
sempre mais, mais…

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RELAÇÃO COM OUTRAS CIÊNCIAS: PONTOS CONVERGENTES
E DIVERGENTE.

Relação às outras ciências, a Filosofia diferenia-se pelo seguinte:

 Definição: a Filosofia não tem uma única definição. Ela é


definida como a ciencia dos principios gerais e das causas
últimas (definição de ARISTÓTELES), na visão deste, a filosofia
começa com a ESPANTO para outros, a Filosofia é a ciencia do
por quê, ou seja, do questionamento radical. Para outros, a
Filosofia é uma reflexão sobre a vida e a existência. Todas
essas e outras definições são explicitas da definição etmologica:
a Filosofia é o amor pelo saber, o amor a sabedoria;
 Objecto de estudo: as outras ciencias tem uma delas um
objceto específico de estudo. Em filosofia não existe objecto
particular ou específico de estudo, por que se estuda a
totalidade do real, i.é, tudo o que diz respeito a existência
humana. por ela é dividida em diferentes ramos: Antropologia
(filosofia do homem), Cosmologia (filosofia da natureza), Estetica
(filosofia da arte), Gnosiologia (filosofia do conhecimento),
Epistemologia (Filosofia da ciencia), Ontologia (Filosofia do ser) –
devido a isto, ela é considerada como a mae de todas as
ciencias…;
 Metodologia: em todas as ciencias é comum determinar um
método que se recomenda ao estudante para com eficiencia
estudar o objecto da disciplina. Em Filosofia não existe um
método que seja pré-determinado. O método é contemporâneo ao
acto de pensar. Se existir um método em Filosofia, deve ser
eminentemente a REFLEXÃO CRÍTICA.

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EXIGÊNCIAS DA FILOSOFIA

A filosofia tem exigências que se empõem à qualquer um que queira


escrever criticamente a RAZÃO. Tais exigencias estão intimamente
relacionadas à vida entre os Homens, a saber:

1. Exigência de AUTONOMIA (liberdade): pense por sí


próprio;
2. Exigência de ALTERIDADE: pensar colocando-se no lugar
do outro (alter ego);
3. Exigência de COMUNICABILIDADE: pensar,
comunicando-se aos outros;
4. Exigência da AUTENTICIDADE: pensar segundo a sua
situação ou a partir do seu quotidiano.

Divisão da FILOSOFIA:

 Filosofia antiga (Idade Antiga);


 Filosofia Medieval (Idade Média);
 Filosofia Moderna (Idade Moderna);
 Filosofia contemporânea (Idade contemporânea);

FILOSOFIA ANTIGA (era dos Pré-Socráticos, Socráticos, Aristóteles, e os


primeiros Filosofos da Era Cristã).

Os Pré-Socráticos

Os Pré-Socráticos são filosofos, que viveram e elaboram os seus


pensamentos antes de Sócrates, tido como pai da Filosofia no
Ocidente. O TEMA PRINCIPAL da sua filosofia é a questão do ARQUÉ
(ARCHÉ), ou seja, o fundamento, a base. A Causa ou origem das
coisas, i.é, do Universo e de tudo quento nela contém. Trata-se
sobretudo do porquê das coisas. Destaca-se o distanciamento da
explicação mítica da realidade para começar a explicação racional
da realidade.

Milesianismo (Originários da cidade de Mileto):

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TALES DE MILETO

(…) Para ele, as coisas são água, ou seja, tudo o que existe tem
origem na Água. A água está no princípio e no fim de uma coisa.
Por isso a água é considerada causa causante de todas as coisas, é o
ARQUÉ DE TUDO.

Tales de Mileto terá chegado a tal conclusão por constantar que todos
os alimentos são HÚMIDOS, o que se implica a existência da H2O
(água) nos alimentos, observou que a terra flutua sobre a água e os
corpos em decomposição libertam água. A semente (esperma) é
húmida, i.é, água, constantou ainda que até o calor é húmido, o que
pressupõe a existencia da água. Por tudo isto, água é vida, divina e
infinita.

ANAXIMANDRO

Aluno de TALES. Milesiano que pregou a ideia da causa causante de


todos os entes no universo é APEIRON - é uma palavra grego que
significa ilimitado, infinito ou indefinido que advém de ἀ- a-, "sem" e
peirar, "fim, limite". Ou seja, o UNIVERSO E TUDO QUE ELA CONTÉM
explica-se pela substância designada APEIRON. O termo é de origem
Grega e tem dois vacábulos, A: Negação e PEIRON: Limite,
circunscrição. A partir desta etmologia podemos entender Apeiron à
partir de duas perspectivas – Quantitativa e Qualitativa.

 Do ponto de vista quantitativo: Vasto, muito Extenso, Ilimitado,


Sem Limite;
 Do ponto de vista qualitativo: indefinido, sem nome, infinito,
inefável.

Como um filósofo pré-socrático, o pensador estava buscando


compreender a origem e a formação de todo o Universo. Assim, como
Tales, seu mestre, ele entrou em um movimento de busca pelo provável
elemento que teria dado origem a tudo o que existe, o que era expresso
pela palavra grega arché.

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As observações da natureza de Anaximandro fizeram com que o
pensador, ao contrário de Tales, não apresentasse uma teoria
cosmológica fundada em um elemento definido e palpável, mas
entendesse que existia uma complexa relação no Universo que daria
origem a este. A essa relação elementar, ele chamou ápeiron". Assim,
podemos deduzir que APEIRON é algo que o homem não tem
capacidade intelectual para perceber na totalidade.

NAXÍMENES

Anaxímenes é o discípulo de Anaximandro. Segundo Anaxímenes, a


origem das coisas não é a água nem apeiron, mas sim o AR. O Ar
transforma-se em tudo através de dois processos: Rarefação e
Condensação.

 Rarefação: pela rarefação o ar muda de substância gasosa para


substâncias mais leves.
 Condensação: pela condensação o ar transforma-se de
substancia gasosa para substancia sólidas: vento, nuvem, chuva
ou água, terra e pedra.

PITÁGORAS DE SAMOS

É conhecido como pai da Matemática. Fundador da comunidade


Pitagorismo. Na visão deste, o número é por ele considerado como a
CAUSA de todas as coisas. Tudo é número, ou seja, o universo está
constituido de fórmulas matématicas. É só podemos perceber o que o
universo contém através da Matemática, porque o número é o
princípio da inteligibilidade de toda a realidade que envolve o homem,
tudo é quantificável.

Pitagorismo reside em Dois Níveis:

 Acusmático: essencialmente moral, ético, cuidado com o bem-


estar. Consiste na aprendizagem de preceitos e princípios de

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convivencia social - não bater em mulheres, não comer a carne,
evitar espaçoes muito vulgares, não urinar á luz do sol, a
actividade mais bela é a medicina....
 Ciêntifico (Matemático): Pitágoras ensina que o Arque de todas as
coisas é o princípio originador de tudo o que existe. Sendo que o
número é o principio da inteligibilidade, i.é, o universo só é
compreensívell pelo homem através da Matemática. Ainda,
defende a relação indissociavél entre a música e os números
(constatou que cada tom ou som de um intervalo entre as notas
musicais corresponde à um número).

HIRÁCLITO DE ÉFESO

Hiráclito de Éfeso é conhecido pelos seus contemporâneos como sendo


esquisito, estranho ou abscuro, porque, dificilmente era compreendido
tanto na sua personalidade como nos seus dizeres era compreendido
tanto na sua personalidade como nos seus dizeres (escritos). Para ele a
Filosofia é um processo de aut- conhecimento. Terá dito: «Procurei-me
à mim mesmo». O auto-conhecimento (introspecção) é assim
considerado um princípio filosofico de base (fundamental). É a partir
dele que o ser humando pode conhecer-se e conhecer tudo o que o
rodeia e todo o universo.

Adverso à DEMOCRACIA – sistema de impécis, i.é, das massas, prefere


a ARISTOCRACIA, já as massas não têm alma, não pensam.

Sobre a origem de todas as coisas, HERÁCLITO, acredita que o DEVIR


(fogo) é a causa causante «arqué» de tudo. Acredita que tudo é
movimento (DEVIR), a realidade está constante e perpétuamente é
movimento. Por outra, está incessantemente em transformação, porque
a mudança é a única coisa que não muda.

XENÓFONES

Xenófones é um filosofo cuja filosofia é essencialmente intelectual que


se desenvolver num ambiente Politeísta e Antrophomorfista, numa

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cultura que promovia o físico (corpo) em detrimento do intelecto. Com
ele começa o mecanismmo ONTOLÓGICO é a critica à RELIGIÃO
popular ou convencional.

Sobre a Religião Popular, Xenófones Critica as opinões difundidas por


Hemero e Heródoto que atribuiam aos deuses comportamentes
humanos – antrophomorfismo. Caso para dizer, que se os deuses dos
homens vêm virtudes e vícios humanos, então as outras espécies
animais podem também imaginar os deses segundo as suas espécies
(cavalo, gato, rato, etc).

Face ao Politeísmo e Antrophomorfismo (para si, coisas absurdas),


Xenófones propõe o MONOTEÍSMO (iniciado no Antigo Egipto): Uno –
omnipotente, omniciente e omnipresente e Incorpóreo (espiritual).

PARMÉNIDES

Parménides é o fundador do ELEATISMO1 (elea), corrente filosofica que


acredita que as coisas têm origem num princípio único - o SER. É
considerado por muitos como o iniciador da METAFÍSICA e do
RACIONALISMO2.

A filosofia de PARMÉNIDES está condensada num poema entitulado


“Sobre a Natureza”, neste poema, ele descreve o percurso de um
indagador – PEREGRINO - que ao longo do seu percurso, conduzido por
donzelas, depara-se com dois caminhos - da verdade (A VIA DO SER) e
o caminho da falsidade (A VIA DO NÃO SER) - , sendo que as donzelas o
aconselham a optar pela via do ser, neste via há razão, o ser é e o não
ser não é, nem pode ser pensado, nem dito.

 O caminho da verdade é a vida do ser – conduz à verdade, ao belo


e a realidade. Trata-se da via da RAZÃO;
 O caminho da Falsidade é a via das aparências, do erro, do
engano ou equivoco. As aparencias iludem.

1 outrina filosófica pré-socrática da escola de Élea, fundada por Parmênides, que se


caracteriza pela crença na unidade, imutabilidade e eternidade ...
2 Corrente filosofica cujo argumento diz que a verdade é alcansavél mediante a razão.

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DEMÓCRITO

Filósofo pré-socrático que descreveu a “Teoria Atómica”. Tudo é


ÁTOMO (atum) – parte indivisível, e eterna, que está em constante
movimento. O Átomo é o princípio de todas os entes. Defensor do
pensamento do Mecanicismo – na natureza nada se perde, tudo se
transforma. Todo o Universo está composto por dois elementos básicos:
o Vazio ou o não ser (Vácuo) e os Átomos.

ANAXÁGORAS

Filosofo grego Pré-Socrático pluralista, contribuição fortemente na


expensão do pensamento filosófico e científico. ANAXÁGORAS afirma
que o Universo é composto por Sementes – HOMEOMERIAS - que se
agregam ou desagregram através de uma inteligência que governa tudo.
Propõe que a origem do Universo está em HOMEOMERIAS (vários
ELEMENTOS/ COISAS) e não só em um só.

ANAXÁGORAS afirma ainda que a origem do COSMOS está assente em


elementos infinitos em número e tempo, e agregam-se por meio de uma
força chamada NOÛS.

EMPEDOCLES

Filosofo grego Pré-Socrático pluralista, defensor da Democracia.


Para Empedocles, a origem do Universo somente poderia ser explanada
pela União de Vários Elementos.

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CONCLUSÃO

Em sede de FILOSOFIA A ATITUDE CRITICA é elemente fundamental, uma


questão orientou a nossa pesquisa filosofica: o que é? Várias respostas
forma dadas pelos Pré-Socráticos, conhecidos por naturalistas. Estes
encontraram na natureza o elemento que dá origem a todas as coisas
existentes. Os Melesianos (Tales, Anaximandro e Anaximenes) dizem que o
ARQUÉ, i.é, o princípío originador de tudo existente é INTRA-NATURAL,
desfazendo-se das explicações mitologicas ou religiosas que anteriormente
explicavam a origem do existente a partir DE ENTIDADES EXTERIORES À
NATUREZA.

Com os Eleatas (Xenófanes e Parménides), vimos que o princípio originador


do Universo é a Metafísica e o Uno. Dá-se um salto qualitativo saindo da
matéria ao imaterial, da experiência ao racionalismo. Os Pitagoristas dizem
que o “ARQUÉ” do Universo e das coisas é o “Número”, enquanto o princípio
através do qual todas as coisas são quantificaveis e compreensiveis pela
razão humana. Por quanto, Heráclito afirma que o princípio das coisas é
MUTÁVEL (DEVIR), para os Eleatas o ARQUÉ é IMUTÁVEL.

Com os Pluralistas e os Atomistas, vimos que o Universo e todo existente


têm causas várias e não única. Concluindo, a pesquisa Pré-Socrática é
essencialmente COSMOLÓGICA, por centrar-se à origem do Cosmos e seus
Elementos, enquanto que uma Outra pesquisa se abre com os SOFISTAS e
SOCRÁTES, que se vai centrar sobre o Homem, deixando a filosofia os
aspectos cosmológico para o Antropológico.

O período antropológico vai implicar também outras problemáticas, com


destaque ao problema da: ÉTICA, se para os Sofistas a ética i.é, os valores
morais, são relativos, subjectivos em contrapartida, para Socrátes, os
valores éticos são universais (objectivos), absolutos e necessários.

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OS SOFISTAS

OS SOFISTAS são filosofos da Antiga Grécia, contemporâneos de


SOCRATES, que deambulavam de aldeia a aldeia a ensinar a arte da
PERSUASSÃO, através das técnicas de RETÓRICA e ORATÓRIA, não
se interessavam com a moral ou ética. O que lhes interessava era
ensinar alguns a convencer os seus interlocutores. Este interesse
cirncscreve-se num ambiente politico em que reina a DEMOCRACIA
(Demo = povo, Kratos = poder: poder pelo, para o povo…), cuja
essência reside na discussão pública dos problemas da Polis. A seguir
destacamos alguns deles:

GÓRGIAS

Renomado sofista cuja tese resume-se no seguinte: “O ser não existe,


se existe não é conhecivél, se for conhecivel, não é comunicavél tal
como é, se for camunicavel não o pode ser com perfeição”. A
presente tese inaugura o Cepticismo e consagra o Relativismo – a
ausencia do absolutismo, a discussçao permanente para evitar a
intolerancia.

PROTÁGORAS

Segundo este Sofista “o homem é a medida de todas as coisas, das


que são e das que não são”. Está tese consagra o
ANTROPOCENTRISMO e o HUMANISMO, que vira inspirar, depois da
II Grande Guerra, a DUDH.

PRÓDICO

PRÓDICO é um sofista ATÉU que faz da divinidade um resultado da


IMAGINAÇÃO HUMANA. Para ele “os deuses são fruto de projecção
dos sentimentos humanos de gratidão, felicidade, alegria…”

Acérrimo defensor do Relativismo Moral (os valores éticos não são


absolutos, nem universais), epistemológico (a verdade é relativa), o valor

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das coisas depende das circunstâncias de tempo, de espaço e de
pessoa.

SÓCRATES

Sócrates é considerado o maior filosofo talvés o Pai da Filosofia


Ocidental. Cidadao de ATENAS, andou com Sofistas, ensinando a arte
de bem falar. Começa a sua atividade filosofica no Templo de Delfos –
famoso pela frase: Conheça-te a ti mesmo. A filosofia Socrática tem
como o OBJECTIVO a procura da verdade, verdade que reside
fundamentalmente no Auto-Conhecimento, ou seja no processo de
conhecimento de si mesmo, para este desiderato justifica-se a adopção
dos dizeres do Templo d Delfos: “Conheça-te a ti mesmo”. Na visão de
Socrates, a Filosofia não é ensinada, é estimulada. Acredita que nada
sabe “Sei que nada Sei”. No sentido que o verdadeiro conhecimento e
a verdadeira sabedoria consiste em conhecer-se.

Para atingir seus fins, Socrates traça um método: Método Dialético:

 IRONIA: é para Socrates um questionamento que visa o


interlocutor a pôr em causa o que pretende saber, é a incitação
(provocação)…
 MAIÊUTICA (arte de dar à Luz): é homenagem a sua mãe, que
era Parteira, literalmente significa dar à luz, filosoficamente
Maiêutica, significa manter um parto intelectual, é encontrar a
verdade através de um aturado exercício de pesquisa da verdade.

O Conhecimento da verdade liberta. Está convicção é expressa por


Sócrates nas seguintes palavras: “A ignorância é a causa dos vícios e
ninguém faz o mal conhecendo o bem”.

Recordar que para ilustrar a ironia, Sócrates diz “Sei que nada Sei”,
para ilustrar a Maiêutica, Socrates torna-se um Parteiro, dá à Luz:
Filosofia não é ensinada, é estimulada.

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PLATÃO

Exímio discipulo de Sócrates. Sua filosofia inscreve-se na continuação


da Filosofia de seu mestre, que é personagem Principal de todas as suas
obras dialógicas.

Decepcionado devido a condenaçaõ e morte injusta de seu Mestre,


Platão faz da Filosofia uma actividade sistemática cujo objectivo é
ÉTICO-POLÍTICO que consiste na promoção ou edificação de uma
sociedade justa (justiça) e PROMOTORA DO BEM-COMUM,
combatendo as INJUSTIÇAS SOCIAIS E A IGNORANCIA.

Platao funda a ACADEMIA. O objectivo da Educação Platónica é a


Teoria das Ideias. Trata-se uma educação reservada à elite.

O QUE É A IDEIA? = A IDEIA é a realidade propriamente Ontólogico. É


o protótipo ou o verdadeiro ser. Ela não é material, é insensível porque
não é perceptivel pela via dos sentido, mas pela unteligemcia, i.é., pelos
olhos da alma, a razão. A ideia é superior à matéria. A ideia é o ser
original.

A ideia central ou superior / por excelencia é a do BEM-ESTAR! Para


atingir a ideia do bem, Platão indica a via da Dialética:

 Via Ascedente: tem sua ilustração na obra “A REPÚBLICA,


LIVRO VII”. Neste livro, Platão narra uma alegoria, vulgo, Mito da
Caverna. O Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna é uma
história narrada por Platão em sua obra A República. Trata-se de
um diálogo travado entre Glauco e Sócrates, em que este conta
uma história a Glauco para falar-lhe sobre o conhecimento
humano.
 Via descendente:

Dualismo Platónico: consiste em conceber a realidade como se


comportasse duas vertentes OPOSTAS.

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Política Platónica: a política de Platão visa a justiã. E está só é possível
no Estado Ideial - .

ARISTÓTELES

Aristóteles, discipulo mais famoso de Platão. Lider e fundador do


LICEU. Dá continuidade à Problemática abordado pelos pré-socráticos.
Para este, tudo é Movimento. Vai conciliar:

 Parménides (imutabilidade): o ser é essência. A substancia é o


ENTE em si, a ESSENCIA, que é imutavel (designa o que o
Parménides chamou de ser);
 Heráclito (mobilidadade): o ser flui. As noves Categorias que
são acidentais (acessórios), designam a mutabilidade do ENTE
(COISA), o que o Heráclito chamou de ser (DEVIR).

Metanoia

Categorias Ontologicas Aristótelicas:

Para que as coisas existam, Aristóteles formula as quatro causas


necessárias: Material (interno), Formal (externo), Eficiente (externo) e
Final (interno).

FILOSOFIA HELÉNICA

 CINISMO: destaque para Antistene e Diógene Laércio;


 ESTOICISMO
 EPICURISMO
 CEPTICISMO
 NEOPITAGORISMO
 NEOPLATONISMO

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Resumos

 Livro 7 da República
 Livro 10 da República
 O Banquete -
 Teteto -
 A carta de felicidade -

Interpretação do Mito da Caverna

A Alegoria da Caverna é uma metáfora, ou como o próprio nome


diz, uma alegoria. O que está escrito no texto não deve ser interpretado
literalmente, pois Platão não quis apenas contar uma história sobre
homens presos em uma caverna, mas quis passar uma mensagem com
isso.

Inúmeros elementos metafóricos aparecem na alegoria. Os


principais elementos estão dispostos abaixo:

 Prisioneiros: os prisioneiros da caverna somos nós mesmos,


os cidadãos comuns.
 Caverna: é o nosso corpo, que segundo Platão, seria fonte
de engano e dúvida, pois ele nos ilude na forma como
apreendemos as aparências das coisas, nos fazendo
acreditar que essas são as próprias coisas.
 Sombras e ecos: as sombras que os prisioneiros veem e os
ecos que eles escutam são as opiniões e os preconceitos que
trazemos do senso comum e da vida costumeira. Eles são,
segundo Platão, conhecimentos errados que adquirimos
através dos sentidos de nosso corpo e da vida cotidiana.
 Sair da caverna: a libertação do prisioneiro e a sua fuga da
caverna simboliza a busca pelo conhecimento verdadeiro.
 A luz do Sol: a luz solar no exterior da caverna simboliza o
conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia. Quando o
prisioneiro sai da caverna, ele sente-se perturbado pela luz
intensa, elemento natural que ele nunca havia vivenciado.

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No início, há uma dificuldade de aceitação dessa luz pelas
retinas, até que ele adapta-se e percebe toda a realidade
exterior. Metaforicamente, isso simboliza a zona de conforto
que as sombras e a caverna representam, pois o engano da
vida comum pode ser confortável, enquanto a verdade pode
ser, ao menos, inicialmente, dolorosa e sacrificante. Sair da
ignorância significa sair da zona de conforto.

Podemos transpor os escritos platônicos para uma interpretação


sociológica da humanidade do século XXI. A humanidade parece ter se
acostumado com a ignorância de tal modo, que há uma recusa geral por
uma busca da verdade. As pessoas têm um oceano de informações por
meio da mídia televisiva, da internet e das redes sociais, mas mantêm-
se no nível meramente informativo, não buscando conhecer
profundamente o mundo que habitam.

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