INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Professor André Pereira

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Que é Filosofia?

“É sabido, por exemplo, que a botânica estuda as plantas, a geografia os lugares, a

história os fatos, a medicina as doenças etc. Mas a filosofia, que estuda ela? … ela
estuda tudo. Aristóteles, o primeiro a pesquisar rigorosamente e sistematicamente
a natureza desta disciplina, diz que a filosofia estuda “as causas últimas de todas as
coisas”. Cícero define a filosofia como sendo “o estudo das causas humanas e
divinas das coisas” Descartes afirma que a filosofia “ensina a bem raciocinar”.
Hegel concebe a filosofia como “saber absoluto”.”

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COSMOGONIA

“O mito é UMA PRIMEIRA FALA SOBRE O MUNDO, uma primeira atribuição de

sentido ao mundo, sobre a qual a afetividade e a imaginação exercem grande papel
e cuja função principal não é explicar a realidade, mas acomodar o ser humano ao
mundo.”

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 PeríodoHomérico XI-VIIIa.C.;  PeríodoClássicoV–IVa.C.;

 PeríodoGréciaArcaica VII-Va.C.;  PeríodoHelenísticoIV-IIa.C.
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O milagre grego (surgimento espontâneo e inesperado).

É necessário compreender o contexto histórico da Grécia daquela época, no intuito

de entender como a diáspora grega resultou na culminação da filosofia como
pensamento racional-filosófico, rompendo gradativamente com o pensamento
mítico.

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Surgimento da Filosofia: fatores que contribuíram para a mudança do pensamento
mítico para o pensamento filosófico-científico na Grécia Antiga:

• As viagens marítimas;
• A construção do calendário;
• O uso da moeda;
• A invenção do alfabeto;
• O crescimento urbano;
• A criação da Política.

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OS JÔNIOS / JÔNICOS

Entre os Jônios, surgiu o “primeiro filosofo”, na cidade de Mileto. Tales de Mileto

foi o primeiro a se preocupar com a arqué (elemento primordial), na tentativa de
entender a origem de todas as coisas do cosmos (universo). Trata-se do estudo da
Natureza (physis), que foi levado adiante pelos seus principais discípulos:
Anaximandro e Anaxímenes.

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Heráclito de Éfeso (Mobilismo) x Parmênides (Monismo)

Heráclito é um dos principais pensadores pré-socrático e defendia que a única coisa

que permanece no ser é que nada permanece imóvel e fixo (nem o próprio ser).
Parmênides diz que “o ser é” e o “não ser não é”. O Monismo de Parmênides faz
oposição ao pensamento mobilista, pois entende que o elemento primordial é
imutável.
Atomismo = Demócrito

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SÓCRATES
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Sócrates e os Sofistas

Os sofistas deslocaram o eixo da filosofia da Natureza (Physis) para o Homem

(antropos) iniciando o período antropológico da filosofia antiga. Os sofistas eram
chamados de especialistas do saber e propunham uma relativização dos valores e
ideias correntes. Além disso, ficaram conhecidos por cobrar para ensinar ou
discursar, o que lhes deu uma má fama. Daí nasce a expressão: sofisma.

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Os sofistas eram professores itinerantes, ensinando os cidadãos a agir na política e,
mediante pagamento, a arte da retórica. Eles elaboraram uma profunda crítica
sobre a moral do seu tempo, sobre o conhecimento e sobre a religião e Tradição
grega.

Como contraposição aos sofistas, surgiu, nesse período um grande filósofo, que
marcou de forma determinante o pensamento ocidental.
Para chegar ao conhecimento, Sócrates propôs à Dialética, um método baseado em
diálogos que articulavam dois momentos: a Ironia e a Maiêutica.

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Sócrates é considerado, assim como Jesus de Nazaré, um divisor temporal. Ele
chega a conclusão de que o ser humano é dotado de razão e é isso que nos distingue
de outros animais. Interessava-se pela compreensão de bem, virtude, justiça e
outros.
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PLATÃO

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O filosofo Grego Platão, foi discípulo de Sócrates e professor de Aristóteles.
Escreveu sobre uma grande variedade de assuntos, tais como Política, Estética,
Cosmologia e Epistemologia.
Para entendermos os escritos de Platão, temos que compreender sua visão
metafísica, isto é, a alegoria, ou mito, da caverna. Para ele, existiriam dois mundos,
ou planos: o metafísico, ou suprassensível, conhecido também como “Mundo das
Ideias”; e o sensível, ou plano físico, onde as ideias tomam formas.

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“Enquanto os filósofos não forem reis, ou os reis não tiverem o poder da filosofia, as
cidades jamais deixarão de sofrer.”

Acreditava que os males da humanidade só serão resolvidos quando os chefes

políticos forem filósofos, ou começarem a filosofar (filósofo-rei). Para ele, as
ideias/formas representam a natureza essencial das coisas, havendo a necessidade
do conhecimento da natureza verdadeira destas coisas.
Inatismo = conhecimento inato, que pressupõe uma origem de todo conhecimento.

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Para Platão, o que havia de verdadeiro em O texto faz referência à relação entre razão e
Parmênides era que o objeto de sensação, um aspecto essencial da doutrina das Ideias
conhecimento é um objeto de razão e não de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto,
de sensação, e era preciso estabelecer uma como Platão se situa diante dessa relação?
relação entre objeto racional e objeto a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
sensível ou material que privilegiasse o
primeiro em detrimento do segundo. b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são
das Ideias formava-se em sua mente. inseparáveis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a
sensação não.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia.
São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
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ARISTÓTELES

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Aristóteles foi um severo crítico de Platão. O ponto central de sua contestação
consiste na rejeição do dualismo – mundo sensível e mundo inteligível –
representado pela teoria das ideias. Para Aristóteles, todo conhecimento principia
com os sentidos ou as sensações (aisthesis), de maneira que não há “nada no
intelecto que não estivesse antes nos sentidos”: a sensação, portanto, não é o
engano ou a mentira, como dizia Platão.
“o homem é um animal político”
Ética e Política: Sumo Bem (o melhor dos bens, que leva à eudaimonia) e isonomia.
Fundador da Lógica.

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LÓGICA

O problema lógico, parece artificial, mas não o é. Ele surge logo que se nota que
alguns conhecimentos podem ser interpretados de modo diferente, ou que a
conclusão de um certo raciocínio não pode ser válida.
Exemplo: “todos os patos são bípedes” e “todos galos são bípedes”, logo,
poderíamos concluir: “todos os galos são patos”.
Por que essa argumentação é errônea?

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Lógica formal, lógica transcendental e lógica matemática.

A lógica formal examina as características das ideias com a finalidade de

estabelecer as normas da argumentação correta. Diz-se “formal” justamente
porque o que lhe interessa são as características das ideias e não os seus conteúdos.
Daí, decorre que as normas por ela fixadas asseguram a correção do discurso, mas
não a sua verdade.

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Aristóteles desenvolve o silogismo. Não como ciência, mas como organon
(instrumento), para um correto pensar.
O silogismo conta de três proposições, das quais as duas primeiras são chamadas de
“premissas” e a terceira de “conclusão”.
As três proposições são construídas apenas com três termos, denominados:
“médios, maior e menor”. O termo médio é o que aparece duas vezes nas premissas,
mas não na conclusão. O termo maior e o termo menor figuram tanto nas premissas
quanto na conclusão.

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“Todos os homens são racionais;
Sócrates é homem;
Logo, Sócrates é racional.”
 O termo médio é homem, encontrado nas primeira e segunda premissa.
 O termo maior é racional, encontrado na oração com maior número de palavras.
 Logo, o termo menor é Sócrates.

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HELENISMO
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As grandes conquistas de Alexandre da Macedônia no século III a.C. foram os
principais acontecimentos da história da Grécia Antiga. Isso se deve não somente
por conta das transformações políticas que ocorreram, mas também pelas
mudanças de cunho cultural que se tornaram um verdadeiro marco, deixando para
trás o Período Clássico para dar início ao Período Helênico.
Nesse novo contexto, onde a pólis é o centro do cosmos, surge um ideal particular,
o ideal cosmopolita, e com isso uma nova identidade de sujeito: o indivíduo.

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As filosofias que se destacam neste período são: o epicurismo, o estoicismo e o
cinismo.

Cinismo: Diógenes é o principal nome dessa corrente. Do grego, kynikós, como um

cão. Na Grécia, representa uma posição segundo a qual a paz advém do desprezo às
convenções sociais.
Epicurismo: A Escola de Epicuro é considerada a primeira das escolas helenísticas.
Valorizavam o prazer e entendiam que a verdadeira eudaimonia e ataraxia só são
possíveis na busca pelos desejos naturais e espontâneos.

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Estoicos: Corrente filosófica grega que prega um equilíbrio entre o homem e o
cosmo, com a finalidade de obter a paz de espírito, um estado no qual o homem não
é afetado pelos problemas da vida.
Fundada por Zenão, o estoicismo defendia uma estreita relação entre a física e a
ética. O homem é um microcosmo no macrocosmo, ou seja, é parte do universo, da
natureza. A felicidade está em agir de acordo com a natureza, com harmonia. São
três as virtudes básicas: inteligência (distinguir o bem e o mal), coragem (saber o
que temer ou não) e a justiça (dar a cada um o que lhe é devido).

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