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História da Psicologia
Introdução
Foi condenado a morte por envenenamento (cicuta), por julgarem que ele estaria
corrompendo a juventude ateniense.
Não deixou obra escrita. Sua filosofia é conhecida a partir dos seus discípulos,
especialmente, Platão (Defesa de Sócrates e os diálogos, O banquete, por exemplo) e
Xenofonte (Ditos e feitos memoráveis de Sócrates e Apologia de Sócrates), e por seus
adversários, se destacando, Aristófanes (As nuvens – em forma de diálogo).
Foi erroneamente considerado como fazendo parte do grupo dos sofistas*, visto que,
compartilhava com estes uma nova visão: a passagem do interesse cosmológico,
predominante nos filósofos pré-socráticos, para o interesse antropológico – o estudo do
homem.
Seu método para testar o conhecimento da realidade era a maiêutica (homenagem a mãe
que era parteira), que objetivava “realizar o serviço de parteira para trazer à luz os
princípios morais inatos na razão prática” (ROSENFELD, 1984, p. 16).
“Sei que nada sei” era seu mote para afirmar a própria ignorância e busca.
Nascido em Atenas, Grécia. Foi o mais famoso discípulo de Sócrates e seu principal
intérprete.
Sobreviveram cerca de 150 obras dele, entre fragmentos e textos, destacando-se: Sobre a
natureza do homem, Apologia de Sócrates*, O banquete, A república, Górgias.
A perfeição do cosmos era representado pelo mundo das ideias; e a imperfeição era o
mundo objetivo: uma imagem distorcida do que contém o mundo das ideias.
Ele considera que a alma, antes de encarnar, teve acesso e contemplou todo o mundo
das ideias, mas, a encarnação - a união da alma ao corpo (dualismo) – apagou as
memórias dessa contemplação, pois o corpo seria um obstáculo para o conhecimento.
Estabelecendo a divisão entre mundo das ideias e mundo objetivo, Platão indica a
intimidade da alma com o primeiro e a relação do corpo com o segundo. A união da
alma com o corpo produz um esquecimento, logo conhecer para o filósofo não significa
aprender o que está fora, mas lembrar o que está dentro (da alma).
Se o aprendizado em Platão diz respeito a lembrança do que está dentro da alma, qual
seria o papel dos objetos exteriores percebidos pelos sentidos?
Para Platão, os objetos exteriores emitem cópias embaçadas de si mesmos (eidolas) que
penetram nos órgãos sensoriais.
O mito da caverna de Platão, encontrado na obra “A república” ajuda a compreender a
relação entre o mundo das ideias e o mundo objetivo.
Nesse sentido, Platão distingue a evocação, que seria a memória das experiências da
sensibilidade (aisthesis), da memória da contemplação das Ideias, que é referida como
reminiscência.
A validade dos conteúdos da reminiscência seria superior aos da evocação, pois, esta
última estaria relacionada a opiniões (doxai), ao passo que a reminiscência seria a
memória do invariante (episteme).
A doutrina platônica da alma é entendida como substância constituída de três partes (nous –
razão localizada na cabeça, thymós – bravura / vontade localizada no coração e
epithymeticon – apetites inferiores localizado na barriga) distintas, porém, interligadas, é
complementada por sua concepção social, descrita na República, um de seus principais
Diálogos.
Quando Atenas foi invadida, ele fugiu de barco temeroso pela própria vida e, olhando para
trás, sentenciou: “Não podem matar a Filosofia!”, que seria ele mesmo.
Foi considerado por diversos autores como um dos primeiros cientistas, fundando o
pensamento científico.
Assim, a alma estaria presente em todos os organismos, não importando sua espécie
ou gênero. Segundo Aristóteles, haveria três tipos de alma: a vegetal; a animal; e, a
humana.
Ele considera o ser humano como zoón politikón (animal político), e a tese da katharsis,
quer dizer, da purificação, da transformação de paixões negativas em sentimentos
positivos.
O termo catarse foi tomado por Freud para explicar o processo de produção de alívio
psíquico pela fala.
Indicava também que todo o conhecimento provém da natureza. Para ele, ao nascer a
mente é uma tábula rasa (placa de cera intacta), e a experiência é escrita sobre essa
placa.
Ideia elaborada mais tarde por Jonh Locke, e seguida por John B. Watson, com o
Behaviorismo.
Referências