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2. O que é conhecimento?
Na Grécia antiga, notava-se a mitologia como forma de explicar o mundo; entre tribos
indígenas, explicações místicas; entre o conhecimento popular reina a superstição; na
sociedade contemporânea, mitos sofisticados criados pela mídia, internet, horóscopo
etc. A mitologia perdeu credibilidade, solicitando o conhecimento científico para
apoiar as ideias na sociedade. O contexto histórico revela as formas encontradas pelo
homem para leitura do mundo.
3. Filosofia e Psicologia
6. A Grécia Antiga
Heráclito (540-475 a.C.): Entendia que o mundo não poderia ser explicado de modo
simplório. Observa que o mundo está em constante mudança e que o permanente era
apenas ilusão dos sentidos. O conflito e a contradição eram forças essenciais do
devenir.
10. Anaxágoras (499-428 a. C.): Acreditava que “tudo está em tudo, pois em cada
coisa há uma parte de todas as coisas”. A diversidade deriva da combinação dos
elementos do todo. Influencia a psicologia na concepção acerca da complexidade das
relações na formação dos sujeitos. Demócrito (460-370 a. C.): Considerava o universo
composto por átomos materiais indivisíveis. Considerava o pensamento humano como
determinado por agentes externos (determinismo).
11. Como uma onda Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo
passa, tudo sempre passará A vida vem em ondas como um mar Num indo e vindo
infinito Tudo que se vê não é igual ao que a gente Viu há um segundo Tudo muda o
tempo todo no mundo Não adianta fugir, nem mentir Pra si mesmo agora Há tanta
vida lá fora Aqui dentro sempre Como uma onda no mar.
Para Sócrates, o fim da filosofia é a educação moral do homem. Discutiu o limite que
separa o homem dos animais. Entendeu a razão como principal característica humana.
A razão permitia aos homens conterem os instintos. Para ele, o conhecimento
fundamental era o “conhece-te a ti mesmo”. Para Sócrates todo o saber deve estar
dirigido para o conhecimento da realidade do homem. Ele era capaz de achar
problemas em qualquer situação e estava muito mais preocupado em questionar do
que em solucionar. Por ser filho de uma parteira, dizia-se um parteiro.
14. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” sócrates A morte
de Sócrates por Jacques Louis David (1787).
15. Platão (427 – 347 a. C.) O mundo das ideias é fixo, situado num mundo mutável;
O ideal existe apenas na imaginação do sujeito; O mundo material é apenas uma cópia
imperfeita desse mundo ideal. Platão conclui que o mundo das ideias é o mundo real.
O mundo material é imperfeito, perecível e degenerável; O homem seria um ser
dualista composto de mente x corpo. O mundo real (sensível) é finito, enquanto que o
mundo das ideias (suprassensível) transita entre gerações e se mantém dinâmico; A
concepção de bom x mau; belo x feio; digno x medíocre... Se mantém e perpassa
gerações; Esta concepção influenciou a moralidade cristã ocidental. A alma (psiqué)
está dissociada do corpo e, portanto, se eterniza.
16. Essa divisão seria o que mais tarde foi chamada de faculdades da alma. Como
consequência desse princípio, a sociedade ideal três categorias de homem: 1) a dos
servos, ou escravos – onde estariam também incluídos os industriais, os comerciantes
e os agricultores, responsáveis pelo sustento, ocupariam a parte inferior da sociedade,
pois exerceria apenas funções ligadas à satisfação das necessidades orgânicas desse
grupo seria a temperança; 2) a dos soldados homens da emoção, coração, ocuparia o
segundo lugar na escala social o seu grande distintivo; 3) intelectual o homem das
ideias esse é o que deveria governar, seria o soberano - para isso, deveria ter sabedoria
e prudência, sem esquecer a justiça, pois é esta que vai assegurar a harmonia nas
relações dos indivíduos e das classes. A tendência de supervalorizar o intelectual e
desvalorizar o que ématerial trouxe repercussões muito sérias para toda a sociedade
ocidental pelo dualismo: trabalho intelectual.
17. A Escola de Atenas (Scuola di Atenas ) foi pintada por Rafael entre 1509 e 1510.
18. Houve cristianização das ideias platônicas: negatividade da carne, concepção de
pecado, imaterialidade do espírito, fugacidade da matéria...; Em Platão, o homem tem
três faculdades: a racional na cabeça, a passional ou colérica no coração e no baixo
ventre como estomago que é a alma apetitiva ou concupiscível, que tem objetivo de
suprir as necessidades primárias do homem; A razão deveria controlar toda a alma
apetitiva, pelo controle racional, pode-se reprimir as paixões (deixar levar-se por...);
Nesse sentido, o homem deveria se dedicar a tudo aquilo que valoriza o mundo
racional e ético (Vídeo – mito das cavernas); Este ideário influencia a própria
concepção de política em Platão, ao comparar o organismo social com o corpo
humano.
19. Meghan Vogel, 17 anos, ficou em último lugar na corrida de 3200 metros quando
ela alcançou a competidora Arden McMath, cujo corpo já não aguentava mais correr.
AO invés de ultrapassá-la para não ficar em última, Vogel colocou o braço de
McMath nos seus ombros, carregou 30 metros, e então empurrou-a para a linha de
chegada antes de atravessá-la.
20. Aristóteles (384 – 322 a. C.) Não acreditava na existência de idéias inatas e nem
no mundo das idéias. A criança, ao nascer, não traz nenhuma bagagem de
conhecimento. Vem como um papel em branco – onde nada foi escrito: uma "tabula
rasa". Subordina tudo ao mundo sensível. Na ideia de Aristóteles “não há nada em
nossa mente sem que antes tenha passado pelo sentido”; Assim a base epistemológica
de Aristóteles advém do mundo sensível: Primeiro olho, capturo a ideia, depois
abstraio (do latim, “isolar”, “separar”); Para ele, mente e corpo são indivisíveis. A
alma (psiqué) e o corpo compõem uma unidade, portanto, ambos são finitos.
21. Epicuro (341 – 271 a. C.) Para Epicuro, a felicidade é o prazer resultante da
satisfação dos desejos; Transporta a essência para a meterialidade do ser humano; As
angústias humanas se situam nas preocupações religiosas e as superstições; Todo o
universo, inclusive o homem, é composto materialmente; Para alcance da felicidade,
cabe alimentar certos desejos e moderar outros; Contentar-se com pouco seria o
segredo para ser feliz.
22. Idade Média (Séc. V-XV) Escassa produção filosófica e científica, devido ao
caráter teocêntrico desta época; A fé cristã sempre tinha a última palavra; Perdeu-se a
noção de individualidade do ser humano; Os servos eram considerados propriedade,
vistos como um todo coletivo e não como indivíduo; A ética nesse período também
adquiriu significado individualizante. Perderam-se reflexões coletivistas capazes de
valorizar o homem como
23. A Patrística É a filosofia dos primeiros padres da Igreja. A preocupação central
era aluta contra o paganismo, as heresias e a defesa dos dogmas cristãos. Faziam uso
do platonismo para a elucidação dos dogmas. Entre esses encontram-se: Santo
Ambrósio (340-397), Trier - Alemanha; São Jerónimo 2 (347-419), Stribo Dalmácia;
Santo Agostinho (354-430). Destaca-se, aqui, Santo Agostinho, que distingue a
presença do passado, a presença do presente e a presença do futuro. A presença do
passado é coberta pela memória; a presença do presente é a própria percepção; a
presença do futuro é a prospecção. No estudo da memória, fala, ainda, sobre o
esquecimento, definindo-o como a "presença de uma ausência".
24. A Escolástica Afirma que não pode haver contradição entre as verdades
provenientes da experiência dos sentidos, porta de todo o conhecimento, e as verdades
da fé, pois provêm da mesma fonte: Deus. Quanto á educação, Tomás de Aquino
entende que a alma possui cinco gêneros de potência ou faculdades: a negativa, a
sensitiva, a apetitiva, a locomotiva e a intelectual. Põe em relevo o papel da vontade
para dominar a natureza falível do homem. No entanto, sua vitória depende da ajuda
da Providência Divina, e as regras estão estabelecidas na Sagrada Escritura.
25. A escolástica discorda de Platão, pois não concebe o conhecimento (ideias) como
inatas ao ser. Porém, encontram-se, no início do cristianismo, adeptos de Platão, no
que concerne a esse ponto. Assim, vê-se, em São Paulo - epístola aos romanos 2,14 -
"Os pagãos, que não têm Lei, fazendo naturalmente as coisas que são da Lei, embora
não tenham a Lei, a si mesmos servem de Lei: eles mostram que a obra da Lei está
escrita em seus corações, dandolhes testemunho a sua consciência, bem como os seus
julgamentos com os quais eles se escusam". Assim, São Paulo admite a existência das
ideias inatas.