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I-Psicologia – Prof.

Simone – Escola Municipal de Educação Profissional e Saúde


Pública Prof. Makiguti
História
Desde os tempos primórdios o homem tem necessidade de entender o seu comportamento. O homem
primitivo atribuía ao comportamento humano, forças externas, forças superiores, coisas do além e o que
reinava naquela época eram a mística.
O sol, a lua, a terra, o pensamento, as emoções eram decorrentes de forças externas, dos Deuses, dos
espíritos.
Os gregos da Antiguidade, por exemplo, acreditavam que as moiras, divindades da mitologia grega
dirigiam todos os movimentos das esferas celestes, com isso organizava a harmonia do mundo, e também
determinava a sorte dos homens.
Neste mito das moiras tudo que aconteciam com as pessoas era designado pelos Deuses, portanto fora do
controle das pessoas.
Somente através dos filósofos que o comportamento humano foi visto como racional e lógico.
O primeiro período da filosofia foi denominado período pré-socrático. Os filósofos deste período queriam
achar explicações para o Cosmo e para a criação do mundo. Achavam que as explicações estavam dentro
das coisas e não fora delas. Os filósofos deste período eram os Sofistas. O nome Sofista vem da palavra
grega Sofia que significa sabedoria. Eles ensinavam a arte de convencer ou a retórica, a arte de
argumentar e discutir, o que nos fazemos até nos dias de hoje.
O segundo período da filosofia o interesse estava voltado para o homem e sua relação com o mundo. Os
filósofos Sócrates (470 - 399 a.C.), Platão (429 – 347 a.C.) e Aristóteles (384 - 322 a.C.) procuravam
entender a moral, a virtude, a mente humana, as emoções, o bem e o mal, numa perspectiva racional.
Sócrates e Platão adotavam a abordagem racionalista: Sócrates demonstra isto muito bem com o método
do questionamento lógico; e Platão com a sua explicação racional do mundo, pela existência do "mundo
das ideias" que justifica o mundo real.
Aristóteles é comumente apontado como o filósofo que teria valorizado pela primeira vez, a observação
como forma de se chegar a explicar os eventos naturais, apesar de que seu método de investigação era,
também, basicamente racionalista. Ele acreditava que as ideias e, consequentemente, a alma, seriam
independentes do tempo, do espaço e da matéria e, portanto, imortais. Circunstâncias especiais fizeram
com que os escritos de Aristóteles fossem perdidos nas tormentas produzidas pelas mudanças do mundo
ocidental durante mais de mil anos.
Segundo Hipócrates (considerado pai da Medicina) há quatro tipos de temperamento, conforme domine
no corpo do indivíduo um dos quatro fluidos corporais (humores): sanguíneo (sangue), fleumático (linfa
ou fleuma), colérico (bílis) e melancólico (bílis negra). Cada um deles possui uma determinada
característica:
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Sanguíneo: expansivo, otimista, mas irritável e impulsivo;
Fleumático: sonhador, pacífico e dócil, preso aos hábitos e distante das paixões;
Colérico: ambicioso e dominador tem propensão a reações abruptas e explosivas;
Melancólico: nervoso e excitável, tendendo ao pessimismo, ao rancor e à solidão.
Platão: Os problemas psíquicos seriam decorrentes de intemperança e uma boa saúde mental estava na
moderação, no raciocínio e no cálculo, nas reflexões, no convívio com as artes, e no equilíbrio da
realização dos desejos. Estas recomendações preventivas deveriam substituir o uso de remédios.
Nos 1000 anos de Idade Média não se tem notícia de grandes avanços sobre o entendimento do
comportamento do homem. Estavam mais preocupados com a alma e a sua salvação. O homem é tido
como criado à imagem e semelhança de Deus, e seu comportamento sujeito, apenas, à sua própria vontade
e a Deus. Tal concepção não favorece o desenvolvimento de uma ciência do homem, já que ele não podia
ser objeto de investigação científica.
Até seu corpo, considerado como uma espécie de "sacrário da alma" era santa, e não se concebia a
dissecação de cadáveres para o estudo do organismo.
Na idade média os loucos eram excluídos da sociedade, colocados presos em cadeias dos alienados e
colocados em navios e jogados em alto mar.
No renascimento, com o avanço da ciência, o médico Philipe Pinel investigou esses indivíduos e percebeu
que se tratava de pessoas com doenças da mente. Tratava com sangrias, jejuns, punição pelos erros e
purgantes.
No Renascimento o conhecimento teve grande avanço com Galileu Galilei (séc. XVI), que fundamenta o
conhecimento na experiência e cria o método científico. Ele se baseou na observação, na formulação de
hipóteses, com bases mecanicistas de causa e efeito.
No séc. XVI e XVII René Descartes outro filósofo instaurou a dúvida metódica, analisando a dúvida ele
descobre que não é possível duvidar sem pensar e com isso o pensamento é a essência humana. O
pensamento é o ponto de partida para o conhecimento.
Descarte coloca que a mente pode gerar dois tipos de ideias, uma inata (nascimento) e outra adquirida
(experiência)
Descartes diz haver no mundo três substâncias: uma pensante - a alma, uma material - o corpo, e uma
infinitiva - Deus. Essa tricotomia definiu os rumos da Psicologia, pois a partir daí dois sistemas de
pensamento surgiram, o Racionalismo e o Empirismo (séc. XVII e XVIII).
O Racionalismo: para os racionalistas o conhecimento é reduzido à razão e o homem através da razão
pode chegar ao conhecimento verdadeiro. O conhecimento é gerado de dentro para fora. Os filósofos
racionalistas acreditavam que a mente tem capacidade inata para gerar ideias, independentemente dos
estímulos do meio. Preocupavam mais com as atividades da mente como as de perceber, recordar

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raciocinar e desejar - enfatizavam o conceito de "faculdades " mentais, isto é, capacidades especiais da
mente para realizar estas atividades.
O Empirismo: para os empiristas o conhecimento enraíza-se nos fatos e acontecimento do mundo. Todas
as ideias e pensamentos são formados por estimulações ambientais, de fora para dentro. Valorizam
principalmente os processos de percepção e aprendizagem no desenvolvimento da mente. Para eles, o
conhecimento tem base sensorial: as associações fundamentam a memória e as ideias. É grande a
importância do meio ambiente que estimula a percepção, que é, por sua vez, a base do conhecimento.
A Psicologia ganhou seu status de ciência a partir do momento que se libertou da Filosofia e Fisiologia e
definiu seu objeto de estudo: o comportamento, a vida psíquica, a consciência.
Em 1879 foi criado o primeiro laboratório de Psicologia experimental, em Leipzig, na Alemanha, por
Wilhelm Wundt (1832-1926), por esse fato é considerado o pai da Psicologia. Neste laboratório ele e seus
seguidores estudavam as imagens, os pensamentos e os sentimentos. Século XIX.
Para Wundt, o objeto da Psicologia era a análise da experiência consciente (ou conteúdo mental) nos seus
componentes básicos e como eles se relacionavam para formar a experiência complexa. O método
utilizado por Wundt era a introspecção (olhar para dentro), exigia sujeitos treinados para que pudessem
observar e descrever minuciosamente suas sensações em função das características da estimulação a que
eram submetidos.
A partir do século XX foram surgindo correntes de pensamento psicológico, elas discutem o
comportamento, a mente, a vida psíquica através de suas pesquisas. Cada corrente entende esses
componentes de uma maneira, mas todas as correntes fazem parte da Psicologia. Dentre elas:
Psicanálise: criada por Sigmund Freud (1856 - 1939) - divulgou a noção de motivação inconsciente para
o comportamento, enfocou a importância da primeira infância na formação da personalidade. Sua ênfase
em torno da sexualidade como um dos motivos básicos do comportamento e como fonte de conflitos foi
uma das razões da grande polêmica que se gerou em torno da teoria.
Humanismo: representantes do Humanismo: Abraham Maslow, Rollo May e Carl Rogers. Esse
movimento enfatiza a necessidade de estudar o homem, e não os animais, e indivíduos normais
psicologicamente, ao invés de pessoas perturbadas.
Behaviorismo: foi criado pelo americano John B. Watson (1878 - 1959), propôs um novo objeto de
estudo para a Psicologia: o comportamento (behavior) estritamente observável. Com isso descartou dos
estudos os fenômenos mentais, sensações, imagens ou ideias mentais e, também, a introspecção como
método. Argumentava que apenas o comportamento era objetivo, e que apenas ele poderia ser o melhor
critério par conclusões realmente científicas.
Referencias
Texto extraído dos livros:

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FADIMAN, J. & FRAGER, R. Teorias da Personalidade, São Paulo: Editora Harper & Row do Brasil
Ltda, 1979.
COUTINHO, C. T. M. & MOREIRA, M. Psicologia da Educação, Belo Horizonte: Editora Lê, 1998 .
BRAGHIROLLI, M. E. & BISI, P. B. Psicologia Geral, Petrópolis: Editora Vozes, 2018

1.1 – Material de apoio


A evolução do homem – 3 minutos.
https://www.youtube.com/watch?v=2iV2HlnWVr8
O navio dos loucos abandonados no mar - 5 minutos
https://www.youtube.com/watch?v=Q05TutjGapU&t=233s
Wilhelm Wundt: Por que ele é o Pai da Psicologia Moderna? - 4 minutos

II- Doenças Mentais - Psicose e Neurose


O psiquiatra é um profissional da Medicina que após ter concluído sua formação, realiza uma residência
em psiquiatria. O período vai de 2 a 3 anos e o profissional entra em contato com as medicações que serão
utilizadas para cada tipo de doença mental. Nos casos de psicoses o tratamento deve ser aliado com a
psicoterapia
O psicólogo tem a formação em Psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos,
pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 5 anos para obtenção do titulo
de psicólogo, mas no 4º ano recebe o diploma de licenciado em psicologia ( habilitado para dar aula, não
atender). Quando formado pode trabalhar em varias áreas, como: clínica, escolar, social, do trabalho,
hospitalar, transito, judiciário, realizando psicodiagnostico, psicoterapia, orientação, etc.
Os termos neurose e psicose são utilizados para descrever as doenças que afetam a mente do ser humano.
Elas possuem diferenças, a neurose é menos grave e a psicose mais grave.
Um problema neurótico é um desequilíbrio emocional que acarreta emoções diversas, causando angustia
e desencadeando em stress, depressão, ansiedade, e outros. Geralmente as pessoas com algumas neuroses
conseguem enfrentar o seu dia a dia e não interfere em seu pensamento racional.
Para a psicanálise as neuroses acontecem em função de tentativas frustrantes da pessoa em lidar com sua
ansiedade e traumas do inconsciente. Dificuldades e problemas todas as pessoas passam, mas algumas
não conseguem lidar com eles em função da desestrutura de seu Ego. Tipos de neurose: transtorno
obsessivo - compulsivo, depressão, síndrome do pânico, ansiedade, transtorno afetivo bipolar e outros.
A diferença entre neurose e psicose está na gravidade com que elas afetam a mente do indivíduo. Muitas
pessoas apresentam comportamentos neuróticos em sua vida social, porém isso pode não interferir em seu
cotidiano de uma forma acentuada. Alguns medicamentos podem causar estados psicóticos como também

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traumas psicológicos. O diagnóstico desses estados é realizado por psicólogo e psiquiatra. O tratamento
deve ser feito com psicoterapia e medicamentos.
Na Psicose ocorrem prejuízos na memória, na consciência, no pensamento, na atenção, na orientação do
tempo e espaço, na linguagem, no juízo de valores.
Na neurose afetam as emoções, mas a pessoa continua em contato com sua realidade.
Alguns sinais característicos da psicose: As pessoas com psicose podem tornar-se ativas ou letárgicas;
apresentar declínio no rendimento escolar ou laboral; apresentar crises de riso, de forma inadequada; ficar
chateadas ou com raiva, sem motivo aparente.
Em relação ao pensamento pode ocorrer à incapacidade de formular frases com sentido real, muitas vezes
a pessoa em um diálogo não consegue manter a concentração, interrompe frases sem completa-las.
Os delírios são percepções falsas que não condiz com a realidade vivida, exemplos: delírios paranóide: a
pessoa pensa que tem alguém a seguindo ou que está recebendo mensagens secretas pelos meios de
comunicação; delírios de grandeza: a pessoa pensa ser alguém de muita importância, como algum talento
grandioso ou ser um mensageiro divino; delírios somáticos: a pessoa acredita que tem uma doença
terminal ou alguma doença física, quando, na verdade, está com saúde; delírio de ciúmes: a pessoa pensa
que seu companheiro (a) está tem outra pessoa.
As alucinações são percepções irreais de uma realidade que não existe, a pessoa vê, ouve ou sente cheiro
de algo que não existe. O tipo de alucinação mais comum é a auditiva seguida da alucinação visual.
Na alucinação auditiva, a pessoa em crise psicótica escuta uma ou mais pessoas falando, com vozes
imperativas, dando ordens, que podem ser provenientes do sobrenatural, de Deus.
Na alucinação visual, a pessoa vê coisas, animais ou pessoas que não existem.
Podem ocorrer também mudanças nos sentimentos e humor sem motivo aparente, a pessoa pode amar e
odiar, estar alegre e deprimido.
III- Alguns exemplos de Psicopatologias
Transtornos de Ansiedade
A ansiedade é uma reação normal do organismo quando temos que tomar decisões, quando nos
deparamos com situações novas, com situações de stress, muitas vezes o organismo reage com sintomas,
exemplo, sudorese, taquicardia, diarreias, dor de cabeça, etc.; porém a pessoa enfrenta a situação e os
sintomas vão desaparecendo. A ansiedade se torna problemática quando a pessoa foge das situações de
seu cotidiano, tem dificuldades de enfrentar os obstáculos no trabalho da vida social e de relações
afetivas. Existem diferentes tipos de transtornos de ansiedade.
Pânico
O transtorno de pânico é um episódio no qual a pessoa sente um medo intenso de algo que não demonstra
perigo aparente. A pessoa fica com um sentimento que irá morrer. Incluem palpitações, dor no peito, falta
de ar.

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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
Nos episódios os indivíduos sentem que a mente está sendo atacado por ideias e imagens, ele tem a
sensação que não está querendo pensar naquilo, mas as ideias chegam. A pessoa sente medo, angustia e
isso acaba sendo um problema, pois causa um sofrimento. Tendo esses pensamentos o indivíduo realiza
rituais para amenizar o sofrimento e baixar a ansiedade. As obsessões e compulsões podem ser
presenciadas por medo de se contaminar, então a pessoa lava a mão várias vezes por dia; pode ocorrer
inseguranças, se fechou mesmo a porta, o botijão de gás; surgi pensamentos negativo, de maldade, de
prejudicar alguém, de contar, verificar e organizar.

Transtorno Bipolar
Os episódios da bipolaridade afeta a maneira como a pessoa irá sentir, pensar e agir diante das suas
situações de seu cotidiano. Ocorrem alterações de humor, muitas vezes exageradas. Os ciclos podem
durar dias e meses se não ocorrer o tratamento. Esses episódios pode afetar a vida social e do trabalho
desse indivíduo. Nos episódios de euforia a pessoa pode gastar o dinheiro que não tem, falar e andar
exageradamente. A energia mental permanece aumentada. Nos episódios depressivos a pessoa fica com
falta de energia, não consegue muitas vezes sair da cama, se alimentar e cuidar de sua higiene pessoal.
Existem diferentes tipos de transtorno bipolar, e também há uma versão mais leve do transtorno, chamado
ciclotimia.

Transtorno depressivo
A depressão é uma falta de energia mental, muitas vezes as pessoas no decorrer de suas vidas já sentiram
tal sensação. Ela faz com que a pessoa não sinta desejo pelas coisas que sentia antes. São comuns no
nosso cotidiano nos frustrarmos, nos decepcionarmos, e ficarmos cabisbaixos por isso, mas a tendência é
passar e superarmos os obstáculos. Na depressão o sentimento de baixa energia e frustração permanece,
tendo a pessoa ter que procurar um tratamento. Os episódios depressivos podem causar sintomas físicos,
como: cansaço falta ou muito sono, má digestão, etc.

Transtornos Psicóticos
São problemas mentais graves que afeta a vida como um todo da pessoa, pois perde o contato com a
realidade. Esse transtorno causa delírios e alucinações
Transtorno paranoico ocorre com episódios de ideias delirantes com a sensação de que está sendo
perseguido por alguém.
Esquizofrenia é uma doença mental no qual ocorrem alucinações e delírios, é uma doença grave, pois
tem seu início na juventude. A pessoa tem que fazer tratamento para conseguir seguir sua vida social.
Nas crises os pensamentos são perturbadores e ocorre um afastamento social e embotamento afetivo.

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A Psicose Alcoólica é uma doença mental com episódios de alucinações e delírios caracterizados pelo
uso do álcool, abstinência e ciúmes. O álcool é um grande acusador de morbidades e mortalidades.

IV-Equipamentos do SUS para atendimento em saúde Mental


- Enfermaria de psiquiatria em hospitais gerais
Localiza-se em um dos andares do hospital, sendo internado o paciente que é encaminhado do pronto
socorro. Atende casos de transtornos mentais ( neurose e psicose) e diferncia-se do modelo asilar em
função do tempo de internação e do trabalho que é realizados com equipe multiprofissional.

-Residência terapêutica: é uma moradia para aquelas pessoas que estão internadas a muito tempo e perdeu
o contato com seus familiares. Residem na casa alguns pacientes institucionalizados de hospitais
psiquiátricos, com supervisão de técnicos para auxilia-los em seus cotidianos.
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-Centro de atenção Psicossocial: são unidades que visam o acompanhamento de pessoas com transtornos
mentais com equipe multiprofissional. O Caps funciona todos os dias e o paciente no final da tarde
retorna para sua casa.

-Ambulatório de saúde mental: é um equipamento de saúde no nível de atenção secundária, que trabalha
com pacientes psiquiátricos, no intuito de atendimento psicoterápico.

-Hospital dia: é um equipamento que atendente os pacientes psiquiátricos durante o dia, nos cinco dias da
semana. Trabalha com equipe multiprofissional. Ajuda na reabilitação social.

-UBS : é um equipamento de saúde no nível primário, sendo a porta de entrada dos usuários no SUS.
Nessas unidades os usuários terão os atendimentos de prevenção, promoção e recuperação. È o centro de
ligação das redes de atenção á saúde.

Psicanálise de Sigmund Freud

Texto extraído do livro Teorias da Personalidade de James Fadiman e Robert Frager

Freud nasceu na cidade de Freiberg, na Morávia em 1856, aos 4 anos mudou-se para Viena, onde residiu
até 1938, quando teve que imigrar para a Inglaterra, no ano seguinte morreu de câncer na garganta. Fez
33 operações e tinha uma dor constante. Foi para a Inglaterra após Hitler ocupar Viena, refugiou-se neste
local logo após os nazistas queimarem todos os seus livros. Em relação a este fato Freud fez o comentário
de que se fosse na Idade Média quem teria sido jogado na fogueira teria sido ele.

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A infância foi precária financeiramente, ele e a família residiam num pequeno apartamento, porém
sempre foi um ótimo aluno. Durante sete anos foi o primeiro aluno de sua turma.
Em 1873 entrou na faculdade de Medicina em Viena. Era tratado na universidade como uma pessoa
inferior, por ser judeu.
Aos 26 anos recebeu seu diploma de médico e já havia publicado artigos sobre anatomia e neurologia.
Nesta época era influenciado pelas ideias de Ernest Brucke, que pensava que as forças do organismo
tinham que ser explicadas pelo método físico - matemático (racional).
Em 1882 teve que abandonar a carreira teórica e se dedicar à clínica, pois a situação financeira era
complicada, porém no decorrer de sua carreira percebia que o que mais gostava eram a observação e
exploração científica. Fez curso de Psiquiatria o que aumentou seu interesse pelas relações entre sintomas
mentais e distúrbios físicos.
De 1884 a 1887 fez as primeiras pesquisas com cocaína, de início ficou impressionado com suas
propriedades, pois impedia a fome, o sono e o cansaço, porém mais tarde percebeu que suas propriedades
eram altamente viciantes e interrompeu a pesquisa.
Com o apoio de Brucke, Freud conseguiu uma bolsa para estudar em Paris com o médico Charcot, que
teve grande importância para sua carreira. Estudou a histeria e percebeu que os sintomas podiam ser
avaliados com sugestão hipnótica. Percebeu que a histeria era uma doença psíquica, cuja gênese requeria
uma explicação psicológica.
Em 1895 com o médico Breuer explorou a dinâmica da histeria e descobriu:

Os sintomas de pacientes histéricos baseiam-se em cenas de seu passado que lhes causaram grande
impressão, mas foram esquecidas (traumas); a terapêutica, nisto apoiada, consistia em fazê-los lembrar
e reproduzir essas experiências num estado hipnótico.( FREUD, 1914, apud FRAGER & FADMAN,
1979,p. 4).

Quando a pessoa voltava do estado hipnótico alguns sintomas persistiam; então percebeu que a técnica
hipnótica não era tão efetiva como se pensavam que eram. Abandonou por completo a hipnose e em 1896
usou pela primeira vez o termo psicanálise (teoria e técnica).

Psicanálise é o nome de 1º um procedimento para a investigação de processos mentais que são


inacessíveis por qualquer outro modo, 2º um método baseado nesta investigação para o tratamento de
distúrbios neuróticos, e 3º uma coleção de informações psicológicas que são obtidas ao longo dessas
linhas, e que gradualmente se acumula numa nova disciplina científica. ( FREUD, 1923, apud FRAGER
& FADMAN, 1979, p. 15).

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O objetivo da psicanálise é liberar materiais inconscientes antes inacessíveis, de modo que se possa lidar
com ele conscientemente.
A partir do momento que a pessoa se liberta desse trauma ela viverá uma vida mais gratificante, pois a
libido que estava presa naquele trauma será usada para atividades mais saudáveis.
Freud fez sua própria análise, autoanálise, começou em 1887 e em 1890 publicou a "Interpretação dos
Sonhos". Ele analisava seus próprios sonhos e seus atos falhos.

Aparelho Psíquico

Inconsciente: é o conjunto dos conteúdos que não estão presentes na consciência. Esses conteúdos são
formados por questões reprimidas, que não tem acesso à consciência, em função de censuras internas do
indivíduo. O inconsciente tem suas próprias leis e não tem noção de passado e presente.

Pré-consciente: são conteúdos que não estão na consciência, mas que estão próximos dela. Hoje esses
conteúdos não estão, mas amanhã eles poderão surgir na consciência.

Consciente: ele recebe informações do mundo externo e interno; é tudo aquilo que estamos cientes num
dado momento, é a percepção que temos do mundo externo.

Id: é onde se localiza as pulsões de vida e morte, é o reservatório da energia de toda personalidade. A
função do id é a busca do prazer.

Ego: é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa; ele faz o equilíbrio entre
as exigências do id e as ordens do superego. O ego tem a tarefa de garantir a saúde, a segurança e a
sanidade do indivíduo. O ego busca o prazer e evita o desprazer.

Superego: Atua como censor e juiz das atividades do ego. É o depósito dos códigos morais, dos modelos,
dos padrões sociais. Origina-se com o complexo de Édipo, a partir da introjeção das proibições, dos
limites e da autoridade.

Instintos: necessidades, desejos. Os instintos são as forças propulsoras que incitam as pessoas à ação.

Freud elaborou a teoria do desenvolvimento da sexualidade infantil e se fundamentou em diversas


localizações da energia sexual (libido) no corpo, chamada zonas erógenas.
Ele denominou fases do desenvolvimento psicossexuais:

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Fase Oral: Vai do nascimento aos 2 anos de idade. A zona erógena é a boca. A criança sente prazer em
comer, sugar, beber e morder. Quando na fase adulta aparece características de uma fase já ultrapassada,
com a localização do prazer na zona erógena, chama-se caráter de fixação.

Fixação oral: A tagarelice e a gula

Fase Anal: Vai do 2 aos 4 anos, a fonte de prazer que antes era na boca, desloca-se para o a parte
terminal do tubo digestivo, o ânus. A criança sente prazer em reter ou liberar as fezes é importante o
treinamento ao toalete.

Fixação Anal: Avareza, mania de coleções, a meticulosidade.

Fase Fálica: Vai dos 4 aos 6 anos de idade, o interesse volta-se para os órgãos genitais e pelo impulso
para conhecê-lo e investiga-los. As crianças se preocupam pelas diferenças entre os sexos. Durante essa
fase surge o complexo de Édipo, o menino se apega mais a mãe e a menina ao pai. Há um desejo de
afastar os progenitores do mesmo sexo, por sentir que este é seu rival.

Fixação Fálica: O narcisismo, a pompa, o gabar-se em excesso.

Fase de Latência: Vai dos 6 aos 12 anos , se caracteriza por um adormecimento das questões sexuais, é
um período de repressão sexual. A criança está voltada para as atividades escolares e para o contato em
grupo.

Adolescência: Vai dos 12 aos 18 anos aproximadamente, ressurge todos os impulsos sexuais da infância.
Há transformações bioquímicas e glandulares. Surge a atração sexual, as atividades de grupo, o interesse
profissional, a preocupação com o casamento e a preocupação em constituir família.

Ansiedade

O principal problema da nossa mente é encontrar maneiras de enfrentar a ansiedade. Ela é provocada por
um aumento, esperado ou previsto da tensão ou desprazer; pode desenvolver-se em situação real ou
imaginária, quando a ameaça a alguma parte do corpo ou da psique é muito grande para ser ignorada,
dominada ou descarregada.

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Algumas situações que causam ansiedade:

Perda de um objeto desejado, por exemplo, uma criança é privada de um dos pais, de um amigo íntimo,
ou de um animal de estimação.
Perda do amor, por exemplo, rejeição, fracasso em reconquistar o amor ou a desaprovação de alguém
que lhe importa.
Perda da identidade, por exemplo, perda de prestigio de ser ridicularizado em público.
Perda de autoestima, por exemplo, a desaprovação do superego por atos que resultam em culpa ou ódio
em ralação a si mesmo.

A ameaça desses ou de outros eventos causam ansiedade. Existem duas maneiras de diminuir, A primeira
é você encarar a situação e lidar com ela, superando os obstáculos e a segunda é negar a própria situação.
O ego protege toda a personalidade contra a ameaça e utiliza-se de mecanismos de defesa.

Alguns mecanismos de defesa:

Repressão: afasta o problema da consciência, mantendo-o distante. Afasta o problema que causa
ansiedade, impedindo assim a resolução do mesmo. Algumas doenças psicossomáticas podem Ter origem
numa antiga repressão, como: asma, úlcera e outras.

Negação: é negar a realidade de um fato que perturba o ego. Exemplo:


Uma mulher foi levada à corte a pedido de seu vizinho. Esse vizinho acusava a mulher de ter pego e
danificado um vaso valioso. Quando chegou a hora da mulher se defender, sua defesa foi tripla: "Em
primeiro lugar, nunca tomei o vaso emprestado. Em segundo lugar, estava lascado quando eu o peguei.
Finalmente, Sua Excelência, eu o devolvi em perfeito estado". ( FRAGER & FADMAN, 1979, p. 20)

Projeção: Ato de atribuir a uma pessoa ou coisa, sentimentos e intenções que se originam em si próprios.
É um mecanismo por meio do quais aspectos da personalidade são deslocados de dentro da pessoa para o
meio externo. Exemplo: "Professora pare um pouco de passar a lição na lousa, pois a senhora está muito
cansada e precisa descansar"

Formação Reativa: Inversão de um desejo, substituição de um comportamento por outro. Exemplo: Os


pais que não são capazes de admitir seu ressentimento em relação aos filhos "podem interferir tanto em
suas vidas, sob o pretexto de estarem preocupados com o seu bem-estar e segurança, que a

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superproteção é, na verdade, uma forma de punição. ( HALL, 1954, apud FRAGER & FADMAN, 1979,
p. 22)

Regressão: Regredir em fases interiores onde não há a ansiedade. Essa regressão acontece para fugir da
ansiedade. Exemplo, o aparecimento de sugar o polegar, a perda de hábitos de higiene já adquiridos, a
diminuição verbal, geralmente ocorrem quando as crianças em idade pré-escolar são frustradas pelo
nascimento de um irmão ou por outras quebras da estabilidade familiar.
Segundo Calvim Hall esse mecanismo pode aparecer em qualquer indivíduo, ele diz:
Até mesmo pessoas saudáveis bem ajustadas fazem regressões de vez em quando a fim de reduzir a
ansiedade, ou, como dizem, desabafar. Fumam, embebedam-se, comem demais, perdem a paciência,
roem as unhas, põem o dedo no nariz, quebram leis, falam como crianças, destroem propriedades,
masturbam-se, lêem estórias de mistério, vão ao cinema, engajam-se em práticas sexuais inusitadas,
mascam chicle e tabaco, vestem-se como crianças, dirigem rápida imprudentemente, acreditam em
espíritos bons e maus, tiram sonecas, lutam e matam uns aos outros, apostam em cavalos, fantasiam,
rebelam-se ou submetem-se a uma autoridade, jogam, envaidecem-se diante do espelho, dão vazão a seus
impulsos, arrumam bodes expiatórios e fazem mil e outras coisas infantis. Algumas dessas regressões são
tão comuns que são encaradas como sinais de maturidade. Na verdade, todas elas constituem formas de
regressão usadas por adultos ( CALVIM HALL, 1954, apud FRAGER & FADMAN, 1979, p. 23 ).

Sublimação: Transferência da energia libidinal destinada à satisfação das relações afetivas para
atividades de produção. Exemplo: um casal não está se entendendo bem, não conseguem dialogar e em
função disso se distanciam trabalhando mais do que deveriam;

Racionalização: Justificativas, desculpas para a situação que ocorreu fora do esperado. Exemplo: uma
pessoa quer ganhar a promoção no seu ambiente de trabalho, participa do processo seletivo e não
consegue passar. Ela diz para ela e para as outras pessoas que na realidade não era bem aquilo que ela
queria que o salário não compensava.

Bibliografia: FADIMAN, J. & FRAGER, R. Teorias da Personalidade, São Paulo: Editora Harper &
Row do Brasil Ltda, 1979.

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Como se preparar para uma entrevista de trabalho?

COMO SE COMPORTAR EM UMA ENTREVISTA DE EMPREGO


MOREIRA, Andreia Aparecida Silva. Como se comportar em uma entrevista de emprego. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 09, pp. 16-34. Janeiro de
2020. ISSN: 2448-0959

Um processo seletivo busca colocar a pessoa certa no lugar certo, e na maioria das vezes um perfil
comportamental pesa mais do que as competências técnicas ou capacidade intelectual do indivíduo. O
primeiro passo na busca de uma oportunidade é estar com seu currículo atualizado, depois buscar por uma
vaga que seja adequada a seu perfil. (KENNEDY, 1999).
Segundo Rabaglio (2004) o currículo é uma das ferramentas que serve de guia para o entrevistador, por
isso elaborar um bom currículo também é um diferencial do candidato, além de ser o primeiro requisito
que vai atrair o recrutador para o seu perfil. Nunca coloque coisas no seu currículo que não sejam
verdadeiras. Um currículo deve conter esta ordem: cabeçalho contendo nome, endereço, telefone, e-mail,
idade. Área de interesse descreva- a de forma direta e clara para que o mercado saiba o que você está
buscando. Síntese profissional: faça uma síntese geral do seu currículo, colocando formação, experiências
e principais características. Formação: escreva a formação da mais atual para a mais antiga. Idioma:
coloque os idiomas que você está cursando e o nível em que está (básico, intermediário, avançado).
Experiência profissional: as experiências profissionais devem ser descritas da mais recente para a mais
antiga. Se as mesmas forem muitos extensas coloque somente as que estão de acordo com seu objetivo
profissional. Ao descrever suas atividades ou experiências seja sucinto, porém completo. É importante
lembrar que o currículo pode ter uma ou mais páginas, porém aprenda a ser objetivo, diga o suficiente.
Faça uma síntese das principais realizações colocando os resultados e destaque os principais projetos.
Cursos Extras Curriculares: descreva seus cursos extracurriculares do mais recente para o mais antigo.
(Coloque todos os cursos que você fez desde os profissionalizantes até os de curta duração).
Certificações: descreva suas certificações da mais recente para a mais antiga. Relate suas premiações,
carteira de habilitação, disponibilidade para viagens e mudança de cidade. Formatação: Arial ou Times
New Roman 12. Cuidado com erros de português. Foto: Colocar 3×4, mas com terninhos pretos com
blusa branca por baixo ou camisa social branca. Mas a foto não é obrigatória. Vide modelo de currículo
em anexo.
Antes de uma entrevista busque informações sobre o perfil da empresa a qual você deseja fazer parte.
Conhecer a história e sua fundação, missão, visão, seu ramo de atuação se nacional ou não. (Kennedy,
1999).

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Primeiro identifique qual o tipo de empresa a qual você busca uma oportunidade, para identificar qual
imagem vai transmitir, o ideal seria usar uma roupa mais formal sem chamar muita atenção. Para cargos
executivos recomenda-se para mulheres ternos pretos com blusa branca por baixo, sem decotes e scarpin
preto. Para cargos normais camisete branca com calça social preta e scarpin preto. Maquiagem leve, unha
com esmaltes claros e sem bijuterias. Cabelos limpos e penteados. Para homens em cargos executivos
terno preto com camisa branca por baixo, demais cargos camisa social branca e calça social preta. Barba
feita e cabelos bem cortados. (LAWSON, 2011).
Ou de acordo com Kennedy (1999) o candidato poderá pesquisar qual o estilo de roupa da empresa e ir
para a entrevista de acordo com o mesmo. Ou você pode conjugar a roupa com a cor da logomarca se esta
for discreta.
O primeiro passo da entrevista é o quebra gelo, nesta parte o entrevistador pode oferecer uma água, um
café, ou comentar algo informal com o candidato sobre acontecimentos importantes para gerar uma
sinergia entre os dois, pois muitas vezes os candidatos chegam nervosos, tímidos e com receio, fazendo
com que não mostre seu total potencial referido no currículo, o quebra gelo pode ajudar nesta situação.
(LAWSON, 2011).
Feito o quebra gelo será iniciada a entrevista, desta forma o candidato deve se preocupar não só com o
que vai dizer, mas principalmente como vai dizer, o ideal é falar o necessário, apenas o que for
perguntado e não utilizar gírias. Manter a calma e ser sincero em suas respostas é fundamental. Aponte o
que você tem de melhor e quais os pontos você ainda precisa melhorar. (Kennedy, 1999).
Geralmente segundo Rabaglio (2004) a entrevista é dividida em três partes. A primeira é sobre o interesse
do candidato na empresa e na vaga, a estrutura familiar e os objetivos sejam eles hobby, pontos fortes,
pontos a desenvolver e formação acadêmica. A segunda parte diz respeito as experiências profissionais
sendo abordado crescimento organizacional, estabilidade profissional e atividades realizadas na empresa.
E a terceira e última etapa diz respeito a entrevista comportamental contendo perguntas abertas que
observarão comportamentos passados alinhados ao perfil da vaga futura, ou seja, o entrevistador fará
perguntas abertas para que o candidato diga qual foi a situação, como ele reagiu e quais foram os
resultados.
No geral em processos de seleção o que mais “pesa” são os resultados que o candidato obteve com
experiências anteriores, mas claro, se for o primeiro emprego o recrutador saberá que o candidato não tem
experiência e isso não será motivo para ficar em silêncio, o mesmo poderá citar suas experiências no
campo acadêmico durante o período de seus estudos. (LAWSON, 2011).
Por sua vez segundo Araújo (2012), com a gestão por competência as empresas ao entrevistarem um
candidato observarão seus conhecimentos, habilidades e atitudes, pois o diferencial está na sua atuação
profissional e os resultados que o colaborador irá proporcionar à organização, por isso o candidato a uma
entrevista deve estudar sobre a entrevista comportamental por competência, nela utilizam-se perguntas

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abertas sobre habilidades e vivencias do candidato nas empresas onde já trabalhou. Muitas pessoas já vão
com respostas prontas para os processos seletivos obedecendo aos modelos tradicionais, mas são
surpreendidos com outro tipo de técnica (entrevista comportamental por competência) e o foco muda
completamente. Onde o candidato deverá relatar conhecimentos, habilidades e atitudes para resolução de
problemas dentro da empresa. Portanto ao ser convidado para um processo seletivo prepare e entenda
suas competências para se sair bem.
O encerramento da entrevista será composto pelo agradecimento e aconselha-se reafirmar o interesse na
vaga. No caso de não ser o candidato escolhido não significa que você não tem competência, mas sim,
que havia alguém mais adequado naquele momento ao perfil que foi solicitado. (LAWSON, 2011).

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Várias questões sobre comportamento foram discutidas em uma entrevista com o HeadHunter
proprietário da empresa AÇÃOHUNTER: Antônio Carlos Batista, 45 anos, formado em Administração e
pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas, fundador da empresa onde atua a 20 anos.
Quando foi perguntado sobre como deve ser a fase de preparação para o processo seletivo, o HeadHunter
disse que é fundamental buscarmos informações sobre a empresa a qual fomos convidados.
Entrevista presencial é um grande passo para aprovação. Devemos, portanto, trata-la como única, ou seja,
dedique-se para cada entrevista presencial que for participar. Lembre-se na atualidade, estamos também
sujeitos a entrevistas via Skype, telefone e WhatsApp. São fazes que possam eliminar e em algumas vezes
triar candidatos. É importante manter-se alinhado ao processo e sempre se atentar para as dicas do
entrevistador. Seguir os passos que indicamos deverá trazer maior confiança e tranquilidade em relação
ao processo.
Dica 1: procure no Google, ou qualquer buscador online de sua preferência, informações como história da
empresa, ramo de atividade, locais de atuação, nome do diretor geral, nome do diretor de RH, cultura da
empresa. Pesquise também sobre quem será seu possível gestor ou superior direto. Lembre-se que o RH
seleciona o profissional que possui perfil parecido ao gestor. Então, ter informações sobre esse
profissional e se conectar a ele durante a entrevista serão diferenciais durante o processo.
Dica 2: procure em suas redes sociais possíveis amigos que trabalhem na empresa. Se encontrar, entre em
contato com ele e pergunte sobre a mesma. Pergunte também se existe a possibilidade de indicá-lo para o
setor de recursos humanos.
Dica 3: identidade corporativa – cor e forma de vestir. Cor: entenda qual a cor do logotipo da empresa.
Alinhe-se com a cor do logotipo. Tenha cuidado para não vestir a cor do concorrente para o processo
seletivo ou caso a logomarca tenha cor viva/forte, pois nem sempre a recrutadora entenderá como
conexão com a empresa. Se não tiver a cor da empresa, utilize as cores cinza, preto ou branco que são
padrão em processos seletivos e não causam prejuízo. Forma de vestir: para entender sobre qual a forma

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de vestir da empresa que você irá participar do processo seletivo, ligue para a mesma e comente com a
recepcionista que você terá uma apresentação, processo ou reunião no dia seguinte e gostaria de saber
como as pessoas (do seu nível hierárquico) se vestem. Pesquise também através das ferramentas: Google
(Uniforme #EMPRESA), LinkedIN (Funcionários da Empresa) e Site.
E ainda fez a seguinte observação: para homens, indicamos que participe dos processos seletivos sem
nenhuma barba. Salvo exceções em que o profissional identifique que a identidade corporativa da
empresa permita isso. Para mulheres indicamos que não utilize esmaltes muito chamativos e roupa muito
decotada. Maquiagem leve. Lembre-se que esse é seu primeiro contato com a empresa e conectar-se com
a cultura interna é fundamental.
Ao ser interrogado sobre qual o primeiro passo ao iniciar a entrevista ele fez um relato muito importante
dizendo que o mundo está repleto de notícias ruins ou desagradáveis. Portanto, indicamos que ao abrir a
entrevista, inicie com um verdadeiro sorriso. Lembre-se que grande parte dos processos seletivos são
decididos através da empatia entre o entrevistador e o candidato. Atitudes comportamentais e valores
pessoais conectados com a empresa são tão valorizados quanto à habilidade técnica. De acordo com
Rabaglio (2004) durante a entrevista, após responder uma pergunta do entrevistador, não fique pensando
se deveria ou não ter respondido dessa ou daquela forma. Lembre-se que uma resposta não será
responsável pelo sucesso ou fracasso, então o mais importante é focar e prestar atenção na próxima
pergunta do entrevistador.
Sobre os cuidados que devemos tomar na antessala do processo seletivo Carlos aconselhou: tenha muita
calma e atenção nas antessalas de processos seletivos. Evite conversar sobre a empresa com os outros
candidatos. Alguns recrutadores colocam “espiões” nessa fase do processo para entender o que os
candidatos realmente pensam sobre a vaga e a organização. Seja objetivo e sempre fale bem da empresa e
do processo. Evite conflitos e posições extremadas. É fundamental lembrar que desde a portaria, o
candidato está sendo avaliado. Trate todos com cordialidade e respeito, essa atitude será decisiva em uma
aprovação.

Traçando metas e objetivos

É muito importante na vida traçarmos metas para alcançar objetivos. O primeiro passo a fazer é saber se
você está no curso certo, é saber se a profissão que terá adiante tem a ver com a sua vocação. Todos nos
temos um desejo, uma vontade de mostrar nossas habilidades e talentos, neste sentido o importante é
conseguir responder para si o que realmente lhe agrada na esfera das profissões. Conseguindo ter essa
resposta fica mais tranquilo traçar as metas a serem alcançadas.
As metas devem ser claras e com possibilidade de ser atingido, sonhar é importante, é isso que nos
impulsiona para a vida, mas vamos sonhar com o possível. A partir de então faça uma lista com as

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possibilidades de metas, comece com aquelas que estão mais próximo, mais possível, pois assim você
conseguirá atingi-la com maior rapidez, o levando a não se frustrar pelo caminho e desistindo dos
objetivos. Lembre-se de estabelecer um tempo para o cumprimento da meta e as atividades que terá que
fazer para o cumprimento. Caso necessite de realizar cursos, aperfeiçoamento invista em estudar. É
importante se perceber enquanto indivíduo e realizar mudanças de comportamento caso necessite para o
cumprimento da meta. Nada adianta conseguir definir metas, mas na hora de realizar as atividades
comportamentos inadequados o atrapalha, este é o momento de mudanças de comportamentos e
paradigmas.

Como se comportar no ambiente corporativo?


Se você for competente naquilo que faz e alcançar os resultados exigidos pela empresa em que trabalha,
seu emprego está garantido e não precisa se preocupar com mais nada, certo? Errado. O bom
comportamento no ambiente corporativo também é decisivo para a manutenção do emprego, crescimento
na carreira e reconhecimento profissional. É por isso que a empresa tem valores e, muitas vezes, código
de conduta. É assim que ela demonstra que tipo de comportamento espera de seus funcionários.
Quando você se esforça para ter um comportamento condizente, mas mesmo assim é repreendido e
alertado sobre suas atitudes no ambiente de trabalho, talvez seja a hora de buscar a ajuda de um
psicólogo. Ele poderá te auxiliar a se conhecer melhor e administrar com mais facilidade fatores como
ansiedade, medo, impulsividade e outros que podem estar atrapalhando sua performance no trabalho.
Mas, afinal, como agir de forma condizente com o perfil da empresa? Como se portar adequadamente no
trabalho? Separamos neste post 21 dicas sobre isso. Confira.
21 dicas de comportamentos adequados ao ambiente corporativo
1. Cuide com atenção do tratamento dispensado aos colegas de trabalho. Evite situações constrangedoras
ou desrespeitosas. Trate as pessoas não só como você gostaria de ser tratado, mas como elas gostam de
ser tratadas.
2. Atente-se para o modo de vestir. Prefira as roupas não muito justas e, no caso das mulheres, fuja dos
decotes exagerados, das transparências e das bijuterias muito extravagantes. Se homem, prefira as
camisas de manga comprida ou polo. Cada empresa tem um jeito de aceitar ou não a informalidade.
Repare como os outros se vestem e procure se orientar por ai.
3. Evite falar palavrões nas discussões em reuniões ou interações com os gestores. Algumas gírias
também não muito bem vistas.
4. Respeite o espaço dos outros e evite comportamentos abusivos.
5. Nas reuniões de trabalho, procure sempre dar sua opinião e contribuir com ideias e sugestões. Saiba
escutar os outros e aceitar opiniões divergentes das suas. Preste atenção em tudo e desligue seu celular.

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6. No caso de uma crítica vinda do seu chefe, não responda tentando se defender. Ouça, pense no que foi
dito e tente mudar nos pontos observados.
7. Cuide da sua postura, inclusive nas festas de confraternização e nos encontros fora da empresa, mas
com colegas de trabalho. Não beba demais, não provoque brigas e nem se envolva amorosamente com
ninguém.
8. Conheça bem o código de ética da empresa e respeite 100% das orientações ali contidas.
9. Seja sempre pontual. Organize-se de forma a cumprir o horário dos seus compromissos.
10. Tenha uma atitude cordial e prestativa em relação a todos e não somente com as pessoas nos cargos
superiores aos seus.
11. Não sente de qualquer jeito e nem sobre as mesas.
12. Não fique conectado às redes sociais, não consulte sites que não têm relação com o trabalho, não faça
chamadas telefônicas particulares usando os telefones da empresa e mantenha sempre seu celular no
modo silencioso.
13. Tenha jogo de cintura em momentos de imprevistos ou conflitos pessoais. Os desentendimentos são
inevitáveis, mas estabeleça diálogos construtivos para resolver problemas.
14. Mantenha o bom humor e procure se dar bem com o maior número de pessoas possível. As coisas
mudam e amanhã você pode precisar de quem hoje precisa de você.
15. Cuidado com as brincadeiras e piadas preconceituosas.
16. Seja organizado. Saiba sempre onde estão seus pertences pessoais e documentos da empresa.
17. Evite deixar sua mesa, armários ou gavetas bagunçadas.
18. Lembre-se das regras básicas de educação: peça licença, fale obrigado, diga por favor, cumprimente a
todos na chegada e se despeça na saída, estabeleça contato visual quando estiver conversando com
alguém e não hesite em pedir desculpas quando perceber que fez algo errado.
19. Trabalhe bem em equipe, com resiliência e empatia.
20. Respeite a diversidade e inclua os diferentes.
21. Vivencie os valores da empresa no dia a dia.
Autora: Thaiana Brotto (Psicóloga CRP 06/106524)
Referencias
https://www.psicologossaopaulo.com.br/como-se-comportamental-no-ambiente-corporativo/

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