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Introdução a

psicologia
classista
A sintetização dos estudos psicológicos no marxismo
brasileiro

Escrito por Julia krupskaya


Introdução
a psicologia vem se tornando cada vez mais importante para as outras ciências sociais
(mesmo que de forma indireta) e com isso as ciências (a psicologia inclusa nela) tem
avançado cada vez mais, a psicologia classista surge a partir desse avanço das ciências e
tem como seu maior triunfo a sua mutabilidade (a relação dialética com a filosofia faz com
que a psicologia classista se desenvolva para sempre e se torna sempre atual perante toda
a vida social).

A psicologia classista tem várias etapas : o inconsciente; a patologia; o consciente; o


aprendizado; a sociologia, o estudo do inconsciente se refere a como o processo da
socialização em diferentes tipos de sociedade se caracterizam.

No decorrer das páginas eu irei introduzir cada um dos temas e explicando detalhe por
detalhe nos próximos capítulos. Bem vamos primeiro definir que nosso estudo vem a partir
de análise de classes(essa análise de classe se refere tanto a análise de classe quanto ao
estudo da consciência) por tanto ele pretende avançar nesses tópicos ao invés de
simplesmente copiar pedaços de uma teoria psicológica, dito isso vamos começar.

O que é "inconsciente"? O que define o inconsciente? Podemos perceber o inconsciente


em análises intrapessoais?
Primeiro, o inconsciente é o lado oposto da consciência, como assim? O estado de
inconsciência do cérebro é uma forma onde os pensamentos não são escutados, onde o
movimento está sendo feito sem a sua vontade,mas no que o estudo do inconsciente
interfere na psicologia? Simples, o inconsciente representa uma parte do pensamento e é
um dos fatores que constituem a personalidade humana. O inconsciente é definido através
da linguagem, sem a língua o inconsciente não existe, o marco da humanidade mais
significativo do ponto de vista psicanalítico é o surgimento da língua, mas eu vou além, digo
que do ponto de vista da psicologia classista o ponto de virada para a mente humana foi o
surgimento da sociedade, graças a sociedade humana o pensamento humano avançou de
uma forma jamais antes vista. Embora muita gente pensa, não podemos notar o
inconsciente em relações intrapessoais, existe uma linha tênue entre a consciência e a
inconsciência, Freud define essa linha como subconsciente, o subconsciente é um estado
de transição do cérebro do consciente para o inconsciente então ele acaba lidando com
algumas características parecidas com o inconsciente, mas ele se diferencia do id( id é
inconsciente) quando se tange a falar dos impulsos, no subconsciente os impulsos
cerebrais são percebidos, já no impulso do id ele é invisível para a consciência, portanto
não há como você perceber o id dentro das relações intrapessoais, essa pequena diferença
é um ponto crucial para a análise dos três estados de consciência.

A patologia é o estudo das doenças, psicopatologia é o estudo dos problemas neurológicos


do ponto social do sujeito, na psicologia classista o determinante máximo da caracterização
das doenças do consciente se refere ao seu estado de submissão de classe,isto é, não
importa qual é a posição social que você ocupa, você terá problemas psicológicos, mas o
proletariado tem uma chance infinitamente maior de adoecer no capitalismo por se tratar da
classe submissa, um exemplo que confirme a minha tese é a criação de uma categoria
específica da psicopatologia para problemas psicológicos acarretados no ambiente de
trabalho ( como a burnout).

A consciência é o objeto de estudo de toda a psicologia, na nossa vertente ela é tratada


como um aspecto de classe ( adentrarmos mais tarde no decorrer do livro), a nossa
consciência é divida em três: o consciente, se remete ao pensamento da substância a partir
da sua racionalidade; o subconsciente, se remete a estrutura do pensamento onde o
consciente passa por uma transição de semi racionalidade; o inconsciente, já abordarmos
ele nas páginas anteriores.

Dentro do marxismo temos um termo determinante para a consciência, denomina de


consciência de classe, em termos comuns ter consciência de classe é saber em qual lugar
na cadeia produtiva do capital, esse termo não cabe a nós aqui, consciência de classe não
é o saber o seu papel dentro da esfera do capital econômico, mas sim, consciência de
classe se remete ao sujeito que já sabe da sua posição social, acaba se posicionando pela
sua própria classe aumentando a acumulação de capital cognitivo na sua classe, no caso
esse estudo se refere ao proletariado.

O aprendizado para nosso estudo é a exteriorização do conhecimento acumulado por


diversas fontes e transmitidas para o seu consciente, o aprendizado é a ferramenta que
constrói o capital cognitivo por tanto ela deve ser crítica e analítica.

A sociologia é a ciência do estudo das relações do homem com a sociedade, dentro da


psicologia classista a sociologia é tratada com um devido cuidado por se tratar do estudo
primário do ambiente do sujeito.
Capítulo 1: o inconsciente
A forma oposta só consciente é um pilar para a realidade psico-social. Ele se transforma em
diferentes autores, mas não podemos deixar de citar os autores da psicanálise, Freud,
Lacan, Jung, Ricoeur, Násio,etc.
como já definimos o inconsciente é o completo oposto do consciente (a falta da percepção
dos sentidos e a irracionalidade) podemos traçar melhor o conceito de inconsciência de
classe e o desenvolvimento da psicanálise sobre o marxismo, colocar a psicanálise como
uma das estruturas da psicologia classista é muito importante para o desenvolvimento de
todas as outras.

inconsciência de classe
a inconsciência de classe é o princípio inverso da consciência de classe quando se refere
ao sujeito saber a sua classe (sempre mantendo o pressuposto do indivíduo ser proletário)
no estado de inconsciência de classe o indivíduo mesmo sem saber o seu papel na cadeia
produtiva ainda atua a favor da sua classe, o sujeito pode fazer isso tanto pelo seu trabalho
que vai ajudar a sociedade com isso a classe trabalhadora, tanto pelo seu serviço social e
tanto quanto a socialização do sujeito. todas essas coisas são a manifestação de um
inconsciente de classe (pretendo elaborar isso melhor no segundo volume de “o capital
cognitivo” portanto vou deixar só uma introdução, como já diz o título da obra).

o capital cognitivo inconsciente


Fazendo um resumo para explicar o primeiro tipo de capital cognitivo: o capital cognitivo é a
manifestação do pensamento onde é expresso dentro das demais fases da psicologia
classista e está completamente interligado com o capital cultural e a hegemonia cultural.

A fase do capital cognitivo inconsciente é o estado dos princípios das ideias, onde as ideias
estão no processo de desenvolvimento do espectro da consciência, é nesse estágio que as
formas do pensamento nascem, não estando completamente transformados em
pensamentos concretos não podem ser espalhados para a sociedade e distorcido contra o
seu próprio pensamento como uma tentativa de acabar com o viés revolucionário do
pensamento.

O princípio do pensamento pode ser caracterizado como força motriz da ideologia, pois, a
partir dela nasce o centro da ideologia e por sua vez se torna o centro da hegemonia
cultural.

o capital cognitivo inconsciente se manifesta de diferentes formas, mas a principal delas é o


escape de pensamentos que a gente nem sabia da existência, em um certo momento das
nossas vidas, nós nos deparamos com um pensamento intrusivo, esse pensamento
intrusivo é um pensamento que já existia no seu inconsciente e passou pelo seu
subconsciente como uma ideia nova para ser moldada pelo seu consciente e assim
repassada pela sociedade ou reprimida e deturpada pela burguesia como forma de conter
possíveis atos revolucionários a partir da sua força primária, o cognitivo.

a transformação do inconsciente em lacan para o


inconsciente na psicologia classista

Lacan foi o psicólogo responsável por criar a minha área de pesquisa a chamada
antifilosofia que se remete a junção da psicanálise com a filosofia (primeiro hegeliana e
futuramente marxista) no meu caso pretendo abordar uma nova definição de antifilosofia,
dessa vez se remete a junção indiscutível entre filosofia e psicologia em uma relação
dialética, não abordamos uma ruptura entre lacan e nossa teoria e sim um avanço, a teoria
de lacan foi a teoria mais essencial de todas as utilizadas para o desenvolvimento do
inconsciente.

o inconsciente em Lacan é o primeiro estágio da mente e precede o consciente, segundo


lacan no seu seminário mais famoso entre os marxistas (mesmo a maioria não o lendo), o
inconsciente só surge a partir da linguagem e o consciente surge a partir do inconsciente e
de seus impulsos (se remetendo a teoria freudiana), sem um aparato que faça o bebé a
desenvolver a arte de se comunicar, o mesmo está fadado a pura solidão eterna antes da
morte, pois sem a arte de se comunicar não tem como adquirir consciência e portanto é
privado de todos os direitos humanos que se comunicam como o de se alimentar e o de
viver socialmente, privar o indivíduo da sociedade mata o sujeito antes da sua existência.

a psicologia classista está em completo acordo com Lacan, a nossa diferença e a distinção
das classes sócio-econômicas, a criação do inconsciente sendo retardado pelo ambiente é
um cenario comum entre familias mais humildes que não tem sustento para socializar a
criança nas escolas enquanto socializam em casa.

O inconsciente
O inconsciente na nossa teoria é diferente para as diferentes classes, assim como Lacan
nós analisamos o inconsciente como uma língua, o que nos difere de Lacan é a teoria da
psique distinta das classes, a classe trabalhadora tem uma forma diferente do seu
inconsciente baseado no papel que ele carrega na cadeia produtiva se comparado a classe
burguesa, a língua do inconsciente é diferente conforme sua posição na cadeia de produção
pois a sua mente estará voltada para coisas remetentes a sua classe social.

O inconsciente é manifestado pelas ações conscientes de cada classe, cada trabalho


consciente tem uma inconsciência indireta nele e é justamente aí que o inconsciente se
manifesta para o plano da realidade. O inconsciente foi conforme o tempo mais distinto da
concepção biologizante de Freud.
O inconsciente dentro da classe trabalhadora atua como precursor das revoltas, o militante
interno, nós Marxistas devemos trazer esse militante para o consciente e avançar o
inconsciente de classe para o consciente de classe causando uma mudança da estrutura
psicológica do indivíduo já que trata da exposição dos ideais reprimidos pela mentalidade
do consumismo sobre o fetichismo da mercadoria.
Capítulo 2: a patologia
Na psicologia há uma dificuldade em determinar oq seriam doenças pois elas tratam a
mente humana no modelo de estudo que está inserido a ela ( o modelo clínico de estudo),
vamos com essa nova psicologia definir o que significa patologia ( essa questão irá ser
usada mais pra frente quando falarmos de marxismo psicológico), a patologia é termo para
doença, a doença da psique é tudo que altera o estado psicológico do sujeito, ela pode ser
vista de muitas formas, onde ela vai alterar o sujeito de maneiras diferentes.

Patologia social
A nossa sociedade que visa o acúmulo de riqueza nas mãos de poucos homens tornou a
própria sociabilidade uma doença mercantil, essa doença pode ser explicada por alguns
tópicos que procuram esclarecer como a forma em que cada indivíduo de cada classe é
tratado é em si uma patologia.

1: temos que levar em conta o processo histórico da formação da sociedade, para


entendermos porque pessoas com uma posição maior acabam menosprezando a outra.
Vamos começar com o fato de que em toda a formação da sociedade em que uma minoria
alcançava o poder, há uma necessidade de opressão da maioria, a maioria ficou oprimida,
no entanto essa opressão não é o suficiente e é por isso que a sociedade hierárquica
procura justificativas para subjugar os outros, seja por ter perdido as batalhas, seja pela cor
ou por não ter dinheiro e morarem na rua; o resto das pessoas que não passaram por isso
são completamente cruéis com essas pessoas oprimidas, isso é em si um processo
histórico da patologia social e explica o desenvolvimento da história da sociedade com a
psiquê humana.

2: podemos observar na própria ação da sociedade burguesa uma ação mercadorica para
se remeter a sociabilidade humana, um exemplo disso é a completa necessidade de
usarmos uma mercadoria ( a tecnologia) para comunicarmos com pessoas que estão longe,
em alguns casos com gente que mora na mesma casa; com a entrada de uma sociedade
em rede a sociabilidade ficou sendo um dos problemas do social.

bem a patologia social é o centro de todas as patologias e portanto é importante que a


gente entenda bem a concepção de patologia social na psicologia classista.
patologia familiar
Já observamos como a própria sociabilidade se tornou uma doença ( não no sentido
clínico), agora vamos introduzir a questão da família ser patológica, aqui estou abordando
todo o complexo familiar, a estrutura em si.

Análise histórica da família.


Podemos analisar que o casamento surgiu como legalidade estatal durante os feudos, com
o intuito de aumentar a riqueza um do outro, a criação da família ( de Filho , netos ,
bisnetos, etc) não foi um simples acaso do casamento, mas, para suceder a riqueza e
ampliá-la geração após geração, ou seja, desde o início a família está envolvida no cerne
do problema psicológico, o capital.

Análise sociológica da família


A família foi como vimos anteriormente, feito para a acumulação de capital, mas na nossa
sociedade a um complexo familiar, a família não é mais uma tradicionalista, casais LGBTs
vem ganhando um espaço graças ao eco social provocado pelas lutas ativistas da
comunidade LGBT, no entanto, os próprios membros dessa nova realidade familiar
legalizada, estão dentro do núcleo de defesa do capital, mas aqui, eles servem como defesa
ideológica do aparato estatal burguês, pois como uma minoria alcançou seus direitos, as
contradições sistêmicas acabam se apagando nos olhos da sociedade; os casais LGBTs
também servem como propaganda de produtos, o que cresce o capital burguês.

Análise psicológica da família


A família pode ser definida na psicologia como a instituição social que pretende dar afetos a
nós, na prática, isso não acontece em muitas vezes, as variáveis para esse fracasso teórico
são diversos, mas o principal é a falta de compreensão que a família não pode ser definida
igualmente por diferentes classes, e, eu vou além, a família deve ser extinta como
instituição social, mas aí eu entro no mesmo problema de Engels que não propõe uma
solução, aqui isso é simples de responder, a substituição da família por camaradas,
camaradas são mais que amigos, são parceiros de luta, são irmãos de consideração, essa
substituição faria com que finalmente tivesse o conceito de família que a psicologia tanto
pregou ( como é uma introdução a psicologia classista, eu vou me limitar a isso).
Patologia sentimental
Sim Camaradas, os próprios sentimentos são patológicos, podemos observar uma falta de
capacidade humana de descrever os sentimentos, mas isso não é só um problema de
autoconhecimento, isso é um problema sociológico e psicológico, já que os sentimentos são
usados como forma de robotizar o próprio ser humano, ela se manifesta através do convívio
social e com as derivas instituições sociais.
Podemos observar uma certa tendência ao reconhecimento próprio do sentimento, para
alguns por exemplo, é necessário provar que amam alguém, através de um "eu te amo" ou
através de sustento, isso Camaradas é o individualismo atuando como coletivo, essas
provas de demonstração dos sentimentos, não estão fazendo tal prova para provar para nós
que o sujeito ama ou não, serve como prova para o próprio sujeito e vou dizer para todos
aqui, quem precisa provar um sentimento como o amor, nunca o teve na vida.
Mas, qual o ponto comum entre a patologia familiar com as outras? Simples, ela assume
esse problema graças a estrutura da sociedade burguesa que tem o capital como algo
intrínseco a ela, mas essa daqui fica um pouco mais discreta e portanto é a relação mais
perigosa para a sociabilidade.

Relação entre a patologia sentimental e o capital

A relação entre sentimento e capital está completamente interligada, desde o princípio, o


capital usa os sentimentos como forma de proteção do mesmo, a falta da capacidade de
reconhecer os sentimentos é uma arma ideológica do estado burguês.
Os sentimentos estão em uma cadeia de consumismo, normalmente sentimentos de afeto
acabam ter que prová los através de presentes, os sentimentos ruins são amenizados
através de compras para si mesmo, o consumismo se tornou base de todo sentimento
burguês, é nessa relação onde o consumismo se torna base de todo sentimento, fazendo os
sentimentos se tornarem doentes.
Patologia Cultural
Agora vamos para a última forma patológica dentro da sociedade, a cultura é a base da
superestrutura da sociedade, é a partir dela que temos as relações entre as instituições
sociais, a cultura serve como instrumento do estado burguês para manter essas patologias
anteriores, tornando a própria cultura em uma patologia dentro da psicologia classista.
Como todo o sistema capitalista transforma a sociabilidade e as interações de um indivíduo
em uma patologia ( no sentido metafórico da palavra), a própria cultura que se fixa em cada
instituição, é patológica, mas diferente das outras, a cultura é um órgão da sociedade que
serve de defesa contra a cura dos efeitos patológicos do capital.

O sistema cultural influente na instituição familiar


A dupla patologia se afirma na sociedade quando dois órgãos doentes na sociedade se
relacionam um com o outro, nesse caso observamos a ocorrência do sistema cultural na
instituição familiar, mas o que seria um sistema cultural? O sistema cultural é toda a forma
de cultura de uma sociedade e de outras sociedades dentro da cultura de uma, esse
processo é chamado de imperialismo cultural, isso acontece muito aqui no Brasil onde a
cultura nacional é muito reprimida pela cultura imperialista, mas é um erro pensar que a
cultura pararia de ser patológica com uma vitória da cultura nacional para com a cultura
imperialista, já que não é o fato da cultura imperialista estar presente no sistema cultural
que faz a cultura ser patológica, mas sim o envolvimento direto com o capital.
Agora,o sistema cultural na família, como isso se relaciona? De forma intrínseca, a cultura
molda o sujeito, que é em si patológico, os complexos familiares são em si uma prova da
cultura como parte dominante da família, um exemplo disso é o desmame, que acaba muito
tempo depois do que deveria segundo a biologia humana, mas a cultura não está somente
relacionadas no complexo familiar, está relacionada como uma característica social na
família, podemos observar na sociedade, que o estupro virou cultural, a maior parte dos
estupros são feitos pela própria família, isso é resultado da dupla patologia.
Capítulo 3:o consciente
Aí o consciente, como abusaram dessa palavra sem a estudar profundamente, neste
capítulo, colocarei a base de todo estudo psicológico marxista da consciência, começando
pelo básico, quando a psicologia classista assume uma existência de consciência de classe,
eu estou falando do estado consciente da inconsciência de classe, não iremos utilizar o
termo antigo de consciência de classes, repetido diversas vezes por pseudo marxistas.

O capital cognitivo consciente


O capital cognitivo consciente é a fase das ideias sobrepostas ao nível do consciente, mas
pq as ideias seriam um novo tipo de capital? As ideias são um sinônimo de poder radical, ou
seja, é a partir das ideias que as novas relações de poder e da luta radical, mas o que isso
tem haver com ser uma forma de capital? O capital como podemos observar na sociedade
capitalista é o poder da burguesia de explorar o trabalhador e gerar mais poder (capital), o
capital físico (aquele que já é matéria, mas nessa sociedade o capital cognitivo consciente
está entrando em crise lógica devido ao controle burguês das ideias.

subversão burguesa do capital cognitivo consciente

Como todos nós marxistas sabemos, a burguesia controla todos os aparatos de dominação
inclusive as mídias sociais e as propagandas, Althusser um filósofo marxista francês amigo
de Lacan, expõe de forma perfeita como a sociedade capitalistas usam as mídias digitais e
as propagandas, quando mexem com o desejo do sujeito, acaba alienando o ser a acreditar
que não tem uma solução racional para o fim da realidade da lógica repressiva do capital.
Mas, Althusser não trabalha com a questão das ideias (o capital cognitivo consciente), a
classe dominante tem controle das ideias da nação e pode muito bem subverter essas
ideias contra nós mesmos, muitas vezes as ideias revolucionárias foram usadas para
manter o capitalismo vivo e combater a revolução, adaptando por exemplo a revolução para
o reformismo que em si só está mudando a estética da exploração,ela não parou de
acontecer, o reformismo que citamos foi um movimento da burguesia que subverteu as
ideias revolucionárias contra os princípios revolucionários, mas enganasse que essa
subversão é política, ela é uma completude das relações em torno do capital, ou seja, toda
a sociedade é usada pela burguesia para fazer subversão do capital cognitivo consciente.
consciente de classes
quando me refiro a consciente de classes não estamos falando da consciência proposta por
Lukács em “história e consciência de classe”, a consciência de classe é a manifestação
consciente do inconsciente de classe, como o livro se propõe a ser uma introdução, todos
os temas aqui não estão sendo terminados, mas introduzidos no debate acadêmico.
o consciente de classes se forma quando os atos humanitários se tomam como
conscientes, mas só isso seria a consciência inútil de classes, já que não desenvolve um
propósito lógico que forma a mente anticapitalista, quando esse aspecto humanitário
através de uma análise da razão social, se transforma em uma luta revolucionária, que a
consciência de classes finalmente foi atingida.

o consciente na psicologia classista


posterior ao inconsciente e por tanto o mesmo é incontornável para esse estudo, a
consciência é um produto de todas as relações sociais e individuais que formam o sujeito, é
a estrutura formada pelas ferramentas que são formadas pela estrutura que foi formada
pela ferramenta, colocando em si uma base dialética da formação e evolução da
consciência, não se concentra no âmbito da psicologia classista um envolvimento único do
trabalho para formação da consciência no sujeito, pelo contrário, o trabalho é uma
manifestação da consciência em um plano material, ou seja, ela antecede o trabalho do
indivíduo, mas é posterior à sociedade e é formada a partir dela, o maior erro das
experiências socialistas foram não ter mudado a consciência do capital para a consciência
social.

o consciente do capital
a formação da consciência em torno da lógica do capital (essa que se alastra em toda a
sociedade) é a forma da consciência na sociedade capitalista, tudo o que não se envolve no
capital para a sociedade é considerado algo irracional, pois o capital é a razão da nossa
sociedade, não só a razão, mas sim, toda a consciência formada em nos sujeitos dos
países capitalistas, é uma consciência do capital, já que toda a estruturação da consciência
é feita em volta do capital nesse tipo de sociedade.
o consciente social
o consciente comunista, ou o consciente social é quando toda a circulação do ser envolta
do capital se acaba por completo, sem deixar nenhuma sequela na mente, e, começa a ter
o sujeito envolta do conceito humano que por sua vez está dentro do conceito do social,
fazendo assim temos uma ruptura no consciente do capital, mas, na história houve outros
pensadores que falam de consciência social (não com esse nome, mas no conceito), um
ponto que diferencia o consciente social atual é que as relações sociais estão em primeiro
lugar antes do individualismo humano proposto por humanistas.
capítulo 4: a educação
A esfera social tem um ponto de debate entre muitas áreas da psicologia, principalmente da
psicologia da educação, que é justamente a educação, aqui vamos somente analisar os
diferentes tipos de educação na nossa sociedade, mas antes disso precisamos saber o que
é educação.
Educação é uma forma de atingir um nível de reconhecimento da sociedade com o nível do
intelecto ( a mente humana), isso se estende desde bons costumes até o aprendizado.

A educação familiar
A família na realidade em que vivemos foram responsáveis pela educação das crianças,
isso criou uma falsa educação das crianças, por ter em conta a fragilidade do ensino,culpa
do educador ( os pais), a sociedade perdeu a educação em todos os âmbitos, não é todos
dentro da educação familiar que tem isso, mas se encontra na maioria das famílias.
Mas, para que serve a educação familiar? Para ensinar os bons costumes à criança do
ponto de vista da família, eles ensinam as primeiras lições de ética da criança, que
futuramente vai vir a ser feito pela educação escolar e a educação social.

A educação escolar
Posterior a educação familiar, a educação escolar ensina a gente conhecimentos básicos e
a ética escolar, muitas vezes a ética ensinada na escola não bate com a ética formada em
casa com a instituição familiar, isso se deve ao fato que elas são vistas com pontos de
vistas únicos e muitas das vezes a ética social rejeita a ética familiar.
É na escola que o sujeito vira sujeito, onde ele aprende a aprender ( não só na escola) a
formação de um aprendizado surge dentro da escola e serve para ganharmos mais capital
cognitivo.
A educação social
Aqui estamos tratando do estado avançado de educação, quando provamos que a
educação que concentramos com o tempo é boa para o convívio social e se não for,
moldamos essa educação de todos os jeitos com o conjunto social sendo o seu educador.
Mas aqui quando há um grande problema, a educação social molda o indivíduo para o
capital, isso acaba forçando a patologia social, é necessário atingir uma educação social
autêntica para a evolução do próprio conceito de educação.
Capítulo 5 a sociologia
Obviamente encerraremos a nossa introdução com o último pilar da psicologia classista. A
sociologia é a ciência que critica a sociedade e busca soluções para o fim da mesma,
nessas variações acabaram surgindo várias teorias sociais que se divergem muito. É
necessário que fique claro, a psicologia classista é anticapitalista e Marxista.

O socialismo
O socialismo é uma forma de socialização onde a classe trabalhadora detém os meios de
produção e o controle estatal, a lógica da repressão virou oposta , os trabalhadores
assumiram o lugar da burguesia e a burguesia o lugar dos trabalhadores.

O comunismo
Já com o fim da máquina estatal e o fim dos meios de produção, não há a necessidade da
existência das classes sociais, o comunismo portanto é internacional e o objetivo máximo
da psicologia classista.

A crítica ao capitalismo
O capitalismo mata a mente, não só a mente como a sociabilidade, em muitos momentos,
podemos perceber como o capitalismo está relacionado com a visão do espetáculo da
conquista, para conseguirmos direitos mínimos devemos nos humilhar.

Sobre o suicídio sociopsiquico


Dentro da psicologia classista temos a interligação entre o aparelho ( a mente) com o
domínio ( a sociedade), por tanto alguns conceitos sociológicos são trazidos para a forma
sociologica da psicologia classista, o suicídio é um tema bastante complexo (tratado no
segundo volume que já está sendo produzido) e a forma mais importante para a gente é o
suicídio sociopsiquico, onde as relações sociais que influenciam a consciencia como o
trabalho e a cultura sofrem uma degeneração impulsionada pelo proprio sujeito, formando
um dos 3 tipos de suicidios sociologicos.
a linguagem como parte da teoria sociológica
a linguagem é a forma como o inconsciente se manifesta, ou seja é a linha que separa o
inconsciente do consciente. além da linguagem ser essencial na formulação da mente
humana, ela está também inserida no aspecto social, ela ajuda a entender a construção
ideológica das massas a partir do seu discurso, como a análise crítica ao fascismo
colocando como objeto de análise do estudo a arte e a cultura dos países fascistas para
entender a penetração da ideologia nas massas daquelas sociedades em específico, mas
não é só na análise crítica ao fascismo que a linguagem entra, mas também como objeto de
transformação do capital cognitivo em capital material.
Bibliografia
Pensamento e linguagem - Lev Vygotsky
Epistemologia genética - Piaget
Peles negras máscaras brancas - fanon
Seminário 17 o avesso da psicanálise - Lacan
Seminário 10 a angústia - Lacan
Estado e revolução - Lenin
Manifesto do partido comunista - Marx e Engels
Aparelhos ideológicos do estado - althusser
Seminário 23 o sinthoma - Lacan
Discurso e mudança social -Fairclough
o futuro de uma ilusão- freud
propaganda fascista e anti-semitismo- Adorno
a teoria freudiana e o modelo fascista de propaganda- adorno
marxismo e linguagem- bakhtin
marxismo e educação- dermeval saviani
pedagogia histórico-crítica- dermeval saviani

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