Você está na página 1de 9

Normas de segurança nos laboratórios APe PC– manuseamento de reagentes

emsegurança, equipamentos de proteção individual, regras e condutas de


segurança – Risco químico, físico e biológico

Ana Isabel Paiva


Felícia Almagro
Sadya Mourão
Ângela Zanlorenze
Rita Santana
Tânia Ferreira

Introdução a Ciências Biomédicas Laboratoriais


Índice

1. Introdução ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..….. 1
2. Regras básicas de segurança emlaboratório
2.1. Equipamentos de segurança ………………………………………………………………………………………………………………. 1, 2
2.2. Preparação prévia do trabalho emlaboratório ………………………………………………………………………........... 2
2.3. Postura a adotar emlaboratório ………………………………………………………………………………………………………. 2, 3
3. Risco físico, químico e biológico
3.1. Risco físico………………………………………………………………………………………………………………………………………….…….….. 4
3.2. Risco biológico…………………………………………………………………………………………………………………………………….…....… 4
3.3. Risco químico……………………………………………………………………………………………………………………………………….………. 4
4. Sinalização de segurança - Identificação e rotulagemde reagentes/Símbolos de
perigo……………………………………………………………………………………………………………………………………………..………………..…… 5,6
5. Conclusão………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...……… 6
6. Bibliografia ……………………………………………………………………………………………………………………………………………...…………….. 7
1. Introdução

O laboratório é um espaço de trabalho no qual deve ser adotada uma postura responsável e rigorosa,
acima de tudo, de forma a minimizar o risco de acidentes e procurar obter resultados com o maior
controlo de qualidade e precisão possível.
Os perigos comos quais nos podemos deparar são da mais variada natureza: risco biológico e toxicológico
relativo ao manuseamento de reagentes, ao manusear equipamentos ou ainda de natureza radioativa.
Apalavra chave para evitar acidentes é a prevenção. Uma grande parte do trabalho desenvolvido emmeio
laboratorial deve ser pré-concebido. Ou seja, deve ser feita uma avaliação do risco, análise e preparação
do protocolo a seguir e dos materiais e equipamentos de segurança a utilizar, bemcomo toda a conduta e
contactos de emergência, emcaso de acidente.
Em cada laboratório, deve existir um mapa de evacuação do local, em caso de necessidade, com a
indicação dos acessos a ser utilizados para o efeito, fichas de segurança com as informações relativas
aos reagentes existentes e a indicação dos equipamentos de segurança e/ou emergência disponíveis para
uso (extintores, mantas corta-fogo, chuveiro, lava-olhos, caixa de primeiros socorros, equipamentos de
proteção individual).
A adoção de todos estes cuidados visa não só garantir a segurança individual de cada um de nós, mas
tambémentregar resultados exatos, comuma margemde erro mínima.
Como nos foi proposto, iremos abordar resumidamente os aspetos mais relevantes a ter em conta para
garantir a segurança emlaboratório, bemcomo alguns dos riscos e perigos existentes.

2. Regras básicas de segurança emlaboratório

2.1. Equipamentos de segurança


Antes de iniciar qualquer procedimento experimental, devemos assegurar-nos da existência dos
equipamentos de segurança individual e de emergência obrigatórios, bemcomo da sua devida localização,
bom estado de conservação e funcionamento. Mais importante ainda, devemos garantir que temos
conhecimento e não temos qualquer dificuldade ou dúvida emmanusear estes equipamentos. Emcaso de
emergência, deve ser adotada uma postura calma e racional, no entanto, a resposta deve ser dada com
prontidão para evitar danos maiores.
Todos os laboratórios devemter, pelo menos, os seguintes materiais e equipamentos de emergência e/ou
proteção:
 Extintor de incêndios;
 Manta corta-chamas;
 Areia ou kit para derrames;
 Chuveiro;
 Lava-olhos;
 Caixa de primeiros socorros;
 Equipamentos de proteção individual (bata, luvas, óculos de proteção, máscaras anti-inalação de
vapores)

2.2. Preparação prévia do trabalho emlaboratório

Uma grande parte de umtrabalho laboratorial começa ainda antes de entrar no laboratório. Depois de se
conhecer o tema e o objetivo do trabalho a desenvolver, deve ser feita uma preparação minuciosa do
protocolo comtodos os procedimentos a seguir, materiais e reagentes.
Quando necessário, devemser elaborados os cálculos para determinar as quantidades de cada reagente a
ser utilizadas.
Nunca se deve iniciar umtrabalho laboratorial semse saber comque tipo de substância química se está a
trabalhar, quais os seus riscos biológicos e/ou toxicológicos, cuidados a ter no seu manuseamento,
características químicas e possíveis incompatibilidades comoutros reagentes.
Éde extrema importância fazer uma pesquisa prévia para apurar as características das substâncias (bem
como dos produtos da reação que se prevê vir a ser formados). Para esse efeito, pode ser consultada, e
deve estar disponível para consulta durante todo o procedimento laboratorial, a ficha de segurança de
cada uma das substâncias, onde devem constar as informações de perigo, medidas de prevenção e
comportamento a adotar em caso de contacto direto ou indireto com a substância, incompatibilidades
químicas, condições de alterações de estado físico (ex: temperatura de fusão ou condensação), valor de
pH, e outras informações químicas relevantes para o estudo.
Ter igualmente presente as condições ideais de eliminação de resíduos tóxicos que possam
eventualmente vir a ser formados. Nem todas as substâncias podem ser descartadas em “lixo comum”.
Existemregras e recipientes específicos para o efeito, para evitar contaminação ambiental e biológica.

2.3. Postura a adotar emlaboratório

Emlaboratório deve ser adotada uma postura séria e responsável, independentemente dos reagentes com
os quais se trabalha. Em ambiente laboratorial, TODAS as substâncias químicas são potencialmente
perigosas, por mais inofensivas que aparentemser.
Por mais que uma dada substância se encontre estável por si só, a sua reação comoutro dado reagente,
pode resultar numa violenta reação, coma libertação de produtos tóxicos e perigosos.
Assimsendo, existemcertos aspetos que se devemter emconta ao trabalhar emambiente laboratorial:
 Seguir sempre o protocolo laboratorial elaborado previamente e nunca proceder de modo
diferente, salvo por indicação do professor ou responsável;
 Assegurar-se que sabe utilizar os equipamentos de emergência e que conhece a localização dos
mesmos;
 Utilizar sempre o equipamento de proteção individual adequado ao trabalho em curso (bata,
óculos de proteção, luvas, máscara, … );
 Conhecer a planta/mapa do espaço e os principais acessos de evacuação;
 Ter conhecimento acerca de todos os materiais e reagentes a utilizar;
 Não comer e/ou beber no laboratório;
 Prender o cabelo;
 Não utilizar acessórios (brincos compridos, pulseiras, anéis, etc);
 Utilizar vestuário e calçado adequado (calçado fechado e roupas fechadas, para evitar que
existamsalpicos de reagentes sob a pele);
 Manter a bancada de trabalho limpa e organizada e os corredores desobstruídos para facilitar a
circulação;
 NUNCA, em momento algum, cheirar, provar ou tocar sem luvas em uma substância para
proceder à sua identificação;
 Nunca pipetar coma boca;
 Nunca deixar produtos inflamáveis e/ou voláteis junto de fontes de calor;
 Ler sempre os rótulos das embalagens antes de utilizar qualquer substância química e nunca
utilizar substâncias que não estejamidentificadas;
 Ao efetuar a adição de reagentes, fazê-lo sempre de forma lenta e nunca bruscamente. Amesma
regra se aplica ao fazer a agitação de soluções;
 Ao fazer diluição de um ácido, colocar o ácido concentrado sobre a água e nunca o oposto, por
forma a evitar salpicos ou reações violentas;
 Aquando uma reação química, manter sempre a face distante da abertura do recipiente;
 Quando for realizada uma reação da qual resulta a libertação de vapores tóxicos, esta deve ser
feita na hotte e commaterial de proteção respiratória;
 Quando se retira da embalagem, acidentalmente, maior quantidade de substância do que aquela
que se queria utilizar, nunca voltar a colocar de volta no frasco. Oexcesso deve ser descartado;
 Os recipientes e materiais em utilização devem estar no centro da bancada, nunca nas bordas,
para diminuir o risco de queda. Quando se utilizar o o suporte universal, deve-se garantir que a
montagem está bem regulada e estável, a uma altura adequada para que se consiga efetuar a
transferência das substâncias.
 Nunca descartar substâncias tóxicas ou vidro partido na pia ou no lixo (seguir os procedimentos
estabelecidos para a eliminação de resíduos);
 Lavar sempre as mãos ao entrar e antes de sair do laboratório;
 Ao sair, verificar se todas as superfícies do laboratório ficaram limpas e arrumadas e se os
equipamentos ficaramdesligados e emsegurança.
3. Risco físico, químico e biológico

A minimização da probabilidade de erros e/ou acidentes de trabalho no laboratório constitui tambémum


fator determinante na eficácia do sistema e na qualidade final dos resultados.
Destacam-se, no presente trabalho, os riscos ambientais, que se podemsubdividir em:
3.1. Riscos físicos
 Ruído: certos equipamentos podem emitir ondas sonoras prejudiciais ao ouvido
humano. Quando exposto a uma potência superior a 130dB, o aparelho auditivo pode
desenvolver danos temporários ou permanentes, incluindo perda de capacidade
auditiva.
Os ruídos contínuos e prolongados não devemexceder o nível de 85dB.

 Iluminação/Cores: A exposição constante a luzes artificiais pode causar cansaço


para a vista, alterações no organismo e perda de clareza visual.

 Temperatura/Humidade/Ventilação: Um operador exposto a condições de humidade


e temperaturas extremas ou falta de ventilação do ambiente de trabalho, pode
desenvolver, longo prazo, diversos problemas de saúde (problemas articulares,
respiratórios, entre outros).

3.2. Riscos biológicos

Os riscos biológicos resultam do contacto do operador com agentes biológicos – bactérias,


bacilos, fungos, vírus, parasitas e protozoários.
Estão, na maior parte das vezes, presentes em amostras de pacientes ou no ambiente de
trabalho envolvente.
Para contornar este problema deve ser feito o estudo das características do hospedeiro, os
movimentos migratórios da população hospedeira, a avaliação dos modos de transmissão e
infeção e as normas de higiene aplicáveis.

3.3. Riscos químicos


Considera-se risco químico, a exposição do operador a substâncias químicas suscetíveis de
causar danos ao organismo humano.
A maioria das substâncias com as quais se contacta diariamente em meio laboratorial
possuem natureza irritante, tóxica, asfixiante, alérgica, inflamável, tóxica, cáustica e/ou
carcinogénica.
Podemainda ser favorecedores de anomalias congénitas.
4. Sinalização de segurança –
Identificação e rotulagemde reagentes/Símbolos de perigo

Todas as substâncias químicas, sem exceção, devem estar devidamente identificadas, contendo as
informações obrigatórias de acordo coma legislação emvigor.
Os pictogramas de perigo indicam-nos o tipo de perigo que cada substância pode representar e estão
elaborados para ser de fácil leitura e associação, permitindo uma rápida identificação por parte do
operador.

Figura 1. Pictogramas de perigo


A informação contida no rótulo da embalagem de uma substância química deve estar organizada da
seguinte forma:

5. Conclusão

A elaboração da presente apresentação visou conscientizar, da melhor forma possível, para os riscos
encontrados em ambiente laboratorial, bem como para o comportamento e medidas que devem ser
tomadas para minimizar a possibilidade de acidentes.
Um trabalho laboratorial será tanto mais rigoroso e preciso, quanto mais cauteloso se for em relação a
todos estes aspetos.
Aprioridade emlaboratório deve ser sempre, e acima de tudo, a nossa segurança e dos outros.
6. Bibliografia

 Engº Pedro Duarte; Engª Rita Costa – Técnico de Lisboa


Disponível em:
https://nshs.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/10/manual-de-seguranca-para-laboratorios.pdf

 ACT. Disponível em:


https://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/crc/PublicacoesElectronicas/Documents/Folheto_rotulos_produtos_quimicos.pdf

 Maria de Fátima Mendes de Azevedo, Universidade Federal de Santa Catarina (Análise de Riscos
emAmbientes Laboratoriais Clínicos).
Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/84418/187127.pdf?
sequence=1&isAllowed=y

Você também pode gostar