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Lembre-se:
• O seu primeiro acidente pode ser o último.
• Os acidentes não acontecem, são causados.
• Na dúvida, consulte este manual ou o
responsável pelo laboratório.
• Siga as normas de segurança estabelecidas.
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UFBA i IQ iQA QUI A46 - QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL I
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UFBA i IQ iQA QUI A46 - QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL I
• CONHECER:
( propriedades físicas e químicas,
( toxicidade,
( manipulação,
( armazenagem,
( reaproveitamento,
( descarte,
( procedimentos de emergência em caso de acidente
( outras informações úteis sobre os produtos químicos utilizados
nos experimentos de laboratório
( no rótulo do produto
( no The Merck Index
( nas FISPQ- Folhas de Segurança sobre Produtos Químicos
(MSDS - Material Safety Data Sheets) disponíveis em diversos endereços
eletrônicos – veja no final deste documento, p.16
( nos diversos manuais de segurança e enciclopédias disponíveis nas
bibliotecas.
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SEMPRE
• LOCALIZAR E USAR os equipamentos de segurança adequados a
cada etapa do trabalho
• USAR óculos de proteção.
• USAR roupa de proteção (guarda-pó de algodão, longo e de mangas
longas; calça comprida e sapato fechado de couro ou similar)
• SEGUIR as instruções impressas ou verbais
• DESCARTAR soluções e outros materiais de forma adequada
• MANTER a bancada de laboratório limpa e organizada
• LAVAR AS MÃOS após o manuseio de produtos químicos
• AMARRAR cabelos longos e evitar adereços nas mãos e braços
• ESTAR ALERTA, SÉRIO E RESPONSÁVEL
NUNCA
• TRABALHAR SOZINHO no laboratório, especialmente se for com
produtos perigosos.
• COMER, BEBER OU FUMAR NO LABORATÓRIO.
• REALIZAR EXPERIMENTOS não autorizados
• UTILIZAR vidraria trincada ou rachada
• REMOVER os produtos químicos do local onde estão arrumados sem
autorização prévia do professor
• DEIXAR um frasco de reagente aberto ou com a tampa semi-enroscada
• PEGAR em um frasco de reagente pela tampa
• PIPETAR substâncias (mesmo soluções diluídas) com a boca
• CORRER RISCOS desnecessários
• ENTRAR em desespero ou em pânico.
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Fontes :
1. Corley,T. R . , (1994) Post Those Lab Rules! , J. Chemical Education , V. 71, n.7 , p. 577
2. Pimentel , H. Apostila da disciplina QUI 119 – Administração e Segurança de Laboratório , Depto
de Quimica Geral e Inorgânica , IQ/UFBA.
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LAVAGEM DE VIDRARIAS
INSTRUÇÕES GERAIS
Fonte: Cienfuegos, F., Segurança no laboratório, Interciência, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2001, p. 138
¾ Vidraria contendo resíduos de ácidos e bases fortes: neutralizar o produto antes de proceder
à limpeza;
¾ Antes de iniciar a lavagem fazer inspeção visual do material, descartando o que estiver
trincado ou quebrado;
¾ Sulfocrômica (vide chamada especial). Forma-se ácido crômico que contém crômio VI (metal
pesado) carcinogênico e cumulativo nos ossos.
¾ Detergente* alcalino a 2% para lavagem de vidraria. O detergente pode ser descartado na pia
(mais indicado para usar). * marcas especiais comercializadas por lojas especializadas em
produtos químicos.
**1 Também é usado o hidróxido de sódio (etanolato de sódio ou de potássio); sugerido, ainda, NaOH ou
KOH 5% (m/v), em etanol .
1
Baccan, N., Andrade, J.C.de, Godinho, O.E.S., Barone, J.S., Química Analítica Quantitativa Elementar,
3a ed. revista, ampliada e reestruturada, Edgard Blücher, 2001, S.Paulo, Brasil, p.177/178.
A solução pode ser substituida pela solução sulfonítrica (1 a 2 partes de ácido sulfúrico para 3 partes de
ácido nítrico) para efetuar limpeza de vidraria.
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EM CASO DE ACIDENTE
• Exposição a chama:
Abafar as chamas com pano ou mesmo obrigando a vítima a fazê-lo deitando-a
no chão, ou então ficando em baixo de um chuveiro de emergência. Não deixar
a vítima correr.
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EM CASO DE INCÊNDIO *
• NÃO PERDER A CALMA; NÃO GRITAR.
____________________________________________________________________________________________________
* Adaptação da apostila Medidas Gerais de Prevenção de Incêndio da disciplina QUI 119 –
Administração e Segurança de Laboratório , Depto de Quimica Geral e Inorgânica , IQ/UFBA, Prof. Hélio
Pimentel .
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1. Evitar contato de qualquer substância com a pele. Ser particularmente cuidadoso quando
manusear ácidos e bases concentrados.
A maneira correta de diluir ácidos ou bases concentrados é adicionar o ácido a água e nunca o
inverso. Dessa maneira o calor de diluição é dissipado pela água e evitam-se salpicos.
Diluição de ácido sulfúrico concentrado exige uso de banho de gelo, além de proteção individual
rigorosa.
Ácido perclórico concentrado, quando aquecido com matéria orgânica, causa explosão.
Manuseio de ácido fluorídrico concentrado exige extremo cuidado e proteção individual rigorosa.
3. Área de trabalho limpa e livre ⇒ uma maneira de diminuir o número e seriedade dos acidentes. Se
uma parte o equipamento não está sendo usada, guardar no armário. Se um produto químico sujar a
área, limpar imediatamente. Não jogar papel ou material insolúvel na pia.
4. Solventes orgânicos como éter, álcool e acetona são inflamáveis e não devem ser usados perto de
chama ou fogareiros de resistência exposta. Os recipientes devem ser mantidos fechados. Jamais
colocar solventes voláteis em recipientes abertos, a menos que haja necessidade de eliminá-los por
evaporação. Neste caso, trabalhar sempre com pequenas quantidades, não esquecendo também de
apagar as chamas e desligar o fogareiro que tenha resistência exposta. Utilizar de preferência, como
fonte de calor, um banho de água ou chapa elétrica, controlando o aquecimento deste última, de
modo que o solvente evapore com suavidade, sem perigo de inflamar pelo contato dos vapores com
uma chapa super aquecida.
5. Muitos produtos químicos como os cianetos de metais, mercúrio e seus compostos, compostos de
bário, ácido oxálico, etc. são tóxicos e devem ser manuseados com todo cuidado. Qualquer
respingo deve ser limpo imediatamente.
6. Quando for testar algum produto químico pelo odor, não colocar o frasco sob o nariz. Deslocar com a
mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do frasco
7. Não retornar reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados.
8. Não introduzir pipetas nos frascos de reagentes ou de soluções - utilizar pequenos recipientes para
transferência das soluções originais
11. Ao retirar béqueres e outras vidrarias da chama do fogareiro, utilizar pinças apropriadas e luvas de
isolamento térmico.
12. Ao introduzir um tubo de vidro, um termômetro e similares numa rolha de borracha ou cortiça,
proteger as mãos, envolvendo o tubo de vidro com um pano, empurrando cuidadosamente com
movimento giratório.
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13. Ao furar uma rolha, mantê-la firmemente apoiada na borda da mesa do laboratório, lubrificar o
furador com vaselina e introduzi-lo com movimento giratório.
14. Nunca usar mangueiras de látex velhas. Fazer as conexões com mangueiras novas e braçadeiras.
15. Cuidado especial ao trabalhar com sistemas sob vácuo ou sob pressão (gases comprimidos entre
outros) - procurar instruções específicas
16. Todas as experiências que envolvem a liberação de gases e/ou vapores tóxicos devem ser
realizadas na capela
17. Dedicar especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou que
desenvolva grande quantidade de energia
18. Solventes inflamáveis com ponto de ebulição inferior a 100o C devem ser destilados ou aquecidos
em banho-maria e nunca no bico de Bunsen
19. Não usar equipamento em que não tenha sido treinado ou autorizado a utilizar
20. Certificar-se da tensão de trabalho da aparelhagem antes de conectá-la à rede elétrica. Quando não
estiverem em uso e não houver recomendação contrária, os aparelhos devem permanecer
desconectados da rede elétrica.
21. Ao trabalhar com reações perigosas (perigo de explosão, geração de material tóxico, etc) ou cuja
periculosidade você desconheça, proceda da seguinte forma:
i. avisar os colegas de laboratório;
ii. trabalhar em capela com boa exaustão, retirando todo tipo de material inflamável.
Trabalhar com a área limpa.
iii. usar protetor acrílico;
iv. ter um extintor por perto, com o pino destravado.
22. Ao se ausentar da bancada ou deixar reações em andamento à noite ou durante o fim de semana,
preencher a ficha de identificação adequada. Caso esta não esteja disponível, improvisar uma e
colocá-la em local visível e próximo ao experimento. Nela devem constar informações sobre a reação
em andamento, nome do responsável e de seu superior imediato, com endereço e telefone para
contato, além de informações de como proceder em caso de acidente ou de falta de água e/ou
eletricidade.
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Os aventais devem ser despidos quando sair do laboratório e deveriam ser lavados em lavanderia
industrial e não em casa.
Luvas
A eficiência das luvas é medida através de 3 parâmetros:
• Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva
• Permeação: velocidade com que um produto químico permeia através da luva
• Tempo de resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e a
ocorrência do produto químico no seu interior
Material:
• Nenhum material protege contra todos os produtos químicos
• Luvas de latex descartáveis são permeáveis a praticamente todos os produtos químicos
• Para contato intermitente com produtos químicos Æ luvas descartáveis de nitrila (são
resistentes a perfurações e antialérgicas)
Tipo Uso
Borracha butílica (luva grossa) Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais solventes
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para solventes orgânicos
Neopreno* (luva grossa) Bom para ácidos e bases, peróxidos, hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para
solventes halogenados e aromáticos
PVC (luva grossa) Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos solventes orgânicos
PVA (luva grossa) Bom para solventes aromáticos e halogenados. Ruim para soluções aquosas
Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes orgânicos, ácidos e bases
Viton (luva grossa) Excepcional resistência a solventes aromáticos e halogenados.
* Neopreno usado por lixeiros.
Seleção:
Considerar: desempenho, preço e conforto do usuário.
Conservação e manutenção:
• Devem ser inspecionadas antes e depois do uso quanto a sinais de deterioração, pequenos
orifícios, descoloração, ressecamento, etc.
• Luvas descartáveis não devem ser limpas ou reutilizadas
• As luvas não descartáveis devem ser lavadas, secas e guardadas longe do local onde são
manipulados produtos químicos
• Lavar as mãos sempre que retirar as luvas
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Proteção facial/ocular #
# Fonte: http://www.designslaboratorio.com.br/frameset_pesquisa.htm// links
:http://www.sobes.org.br/artigos.htm
• Deve estar disponível para todos os que trabalhem em locais onde haja manuseio ou
armazenamento de substâncias químicas
• Todos os visitantes deste local também deverão utilizar proteção facial/ocular
• O uso é obrigatório em atividades onde houver probabilidade de respingos de produtos
químicos
Os dados a seguir seguem normas internacionais, procurando-se estabelecer o nível básico de proteção.
Cada caso deve ser reavaliado escolhendo-se o equipamento segundo condições locais e
procedimentos associados, consultando-se normas e padrões pertinentes.
Tipos
1. Máscara com proteção lateral
2. Óculos flexíveis, janela de ventilação aberta
3. Óculos flexíveis, ventilação protegida
4. Óculos rígidos, ajuste acolchoado
5. Protetor facial, plástico
6. Óculos com proteção laterais tipo "persiana"
Obs. dependendo do fabricante existem variações diversas. Todos os modelos básicos, entretanto, se
encaixam nas características gerais acima citadas.
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Os óculos devem ser usados por pessoas cujas atividades causam o risco e pelas pessoas próximas.
Professores ou outras pessoas que trabalham com estudantes também devem usar óculos quando o
mesmo é requerido para o estudante.
Os óculos devem ser utilizados todo o tempo, em todos os laboratórios de ensino (exceto nas discussões
pré-laboratoriais), e nos laboratórios de pesquisa enquanto estejam sendo conduzidos experimentos.
Os óculos devem estar de acordo com as especificações previstas na legislação e nos padrões internos
adicionais da Instituição.
Características
• Não devem distorcer imagens ou limitar o campo visual
• Devem ser resistentes aos produtos que serão manuseados
• Devem ser confortáveis e de fácil limpeza e conservação
Conservação
• Manter os equipamentos limpos, não utilizando para isso materiais abrasivos ou solventes
orgânicos (limpar com uma flanela limpa, usar água e sabão se necessário, não utilizar
acetona e nem álcool em óculos de acrílico)
• Guardar os equipamentos de forma a prevenir avarias.
Os benefícios ou prejuízos do uso de lentes de contato durante o trabalho no laboratório dependem não
só da substância manipulada mas, também, das características e duração da exposição, do uso de
outros equipamentos de proteção ocular e da higiene das lentes.
Prós Contras
z Melhor visão periférica z Partículas podem ficar retidas sob as lentes de
contato
z Maior conforto
z Podem descolorir ou tornar-se turvas em contato
z Podem funcionar como barreira a alguns gases e com alguns vapores químicos
partículas z Lentes gelatinosas podem secar em ambientes
z Melhor do que óculos em atmosferas úmidas com pouca umidade
z Alguns vapores e gases podem ser absorvidos
z Melhor para trabalhar com instrumentos ópticos
nas lentes e causar irritação
z Melhor para utilização de óculos de segurança z Algumas lentes de contato impedem a oxigenação
dos olhos
z Não têm problemas de reflexo, como os óculos.
Nestes casos NÃO USAR LENTES DE CONTATO!
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Para conhecer:
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• Orientações Gerais
http://www.iqm.unicamp.br/chemkeys/segurança
http://www.crq4.org.br/informativo
www.geocities.com/vienna/choir/9201/praticas-em-laboratorio.htm
Elpo, E.R.S. & Gomes, E.C. (UFPr), Armazenagem de produtos químicos, controle de riscos e segurança em
laboratório, Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, n0. 21, p. 63-65, julho/agosto 2001.
http://www.biotecnologia.com.br/bio/bio21/21_11.pdf
• Banco de dados sobre Segurança Química// IBILCE - UNESP, Campus de São José do Rio Preto-SP, Rua
Cristovão Colombo 2265, Jd. Nazaré, PABX (17) 221-2200,
http://www.ibilce.unesp.br/servicos/prevencao/produtos, atualizado em 02/08/2002
• Produtos químicos
• Códigos/simbologia
• Substâncias incompatíveis
• Guia de descarte de produtos químicos perigosos de laboratório
• Glossário
http://www.chem.kuleuven.ac.be/safety/liab13.htm
• Forum Internacional de Segurança Química (IFCS) http://www.who.int/ifcs/index.html
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Review sobre peroxidáveis: JACKSON, H.L. et al. J.Chem.Ed. 47, A175 (1970)
Bari, E. A. , Borges ,E.L. & Dorigatti , F. , Manual de Toxicologia e Segurança no Trabalho, Salvador, BA, Brasil,
COFIC, Monte Tabor
Lefévre,M.J., revised by Shirley A Combear, First Aid Manual for Chemical Accidents, 2nded., N.Y. , Van Nostrand
Reinhold
Lewis,R.J.,Sr., Sax's Dangerous Properties of Industrial Materials, 9th ed, Van Nostrand Reinhold, USA, (c)1996,3
V : V.II-A-G;V.III-H-Z
Lunn, G. & Sansone, E.B., Destruction of Hazardous Chemicals in the Laboratory, 2nded., USA, John Wiley,1994
Plunkett, E.R. Manual de Toxicologia Industrial, Tomo 12, Spain, URMO, 1974, Tradução de Francisco Muñoz.
Sax, N.I. & Lewis, R. J. (revisors) Hawley’s Condensed Chemical Dictionary, 11th ed., N.Y., Van Nostrand
Reinhold , 1987 ( há uma tradução em espanhol de 1975)
Timbrell,J. A , Introduction to Toxicology, 2nd ed.,Taylor & Francis, GB, 1995, reprint 1997
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