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INSTITUTO FEDERAL DE ENSINO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS TERESINA-CENTRAL

APOSTILA DE PRÁTICAS DE
LABORATÓRIO DE QUÍMICA
GERAL

TERESINA – PI
2023
PREFÁCIO

Disciplina:

Química Geral Experimental

ii
SUMÁRIO

1. Segurança no Laboratório Químico .....................................................................4

2. Riscos, Primeiros Socorros e Extintores de Incêndio ..........................................10

3. A Redação Científica: Relatório ........................................................................21

4. Utensílios do Laboratório Químico: Vidraria .....................................................25

5. A Investigação Científica: Experimento da queima da vela ...............................42

6. Aquisição de Dados Experimentais .....................................................................44

7. Medidas de Massa, Volume e Densidade ............................................................48

8. Soluções: Preparo, diluição e medida de pH .......................................................50

9. Evidências da Ocorrência de Reações Químicas ................................................53

10. Estequiometria ...............................................................................................55

11. Equilíbrio Químico ........................................................................................58

12. Cinética Química ...........................................................................................59

13. Termodinâmica Química: Calor de Reação ....................................................63

14. Projeto I – Reações de Óxido-Redução: Corrosão ..........................................65

15. Projeto II – Reações de Óxido-Redução: Bafômetro .....................................66

16. Projeto III – Extração do DNA de células animais e vegetais .........................67

17. Projeto IV – Determinação da gramatura do papel........................................68

18. Projeto V – Teste da Chama.........................................................................69

iii
1. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO QUÍMICO

CONDUTA NO LABORATÓRIO

Apesar do grande desenvolvimento teórico da Química, ela continua a ser uma


ciência eminentemente experimental; daí a importância das aulas práticas de Química.
A experiência treina o aluno no uso de métodos, técnicas e instrumentos de laboratório e
permite a aplicação dos conceitos teóricos aprendidos.
O laboratório químico é o lugar privilegiado para a realização de experimentos,
possuindo instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui
ainda local especial para manipulação das substâncias tóxicas, denominado capela, que
dispõe de sistema próprio de exaustão de gases. O laboratório é um local onde há um
grande número de substâncias que possuem os mais variados níveis de toxicidade e
periculosidade. Este é um local bastante vulnerável a acidentes, desde que não se
trabalhe com as devidas precauções. Abaixo, apresentamos alguns cuidados que devem
ser observados, para a realização das práticas, de modo a minimizar os riscos de
acidentes.

 Antes, durante e após o Experimento

Não se entra num laboratório sem um objetivo específico, portanto é necessária


uma preparação prévia ao laboratório: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os
princípios químicos envolvidos nesta atividade?
Durante a realização dos experimentos são necessárias anotações dos fenômenos
observados, das massas e volumes utilizados, do tempo decorrido, das condições iniciais
e finais do sistema. Um caderno deve ser usado especialmente para o laboratório. Este
caderno de laboratório possibilitará uma descrição precisa das atividades de laboratório.
Não confie em sua memória, tudo deve ser anotado.
Após o experimento vem o trabalho de compilação das etapas anteriores através
de um relatório. O relatório é um modo de comunicação escrita de cunho científico
sobre o trabalho laboratorial realizado.

 Pré-Laboratório

1. Estude os conceitos teóricos envolvidos, leia com atenção o roteiro da prática e tire
todas as dúvidas.
1. Obtenha as propriedades químicas, físicas e toxicológicas dos reagentes a serem
utilizados. Essas instruções são encontradas no rótulo do reagente.

 Pós-Laboratório

1. Lave todo o material logo após o término da experiência, pois conhecendo a


natureza do resíduo pode-se usar o processo adequado de limpeza.
2. Guarde todo o equipamento e vidraria. Guarde todos os frascos de reagentes, não os
deixe nas bancadas ou capelas. Desligue todos os aparelhos e lâmpadas e feche as
torneiras de gás.

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INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

 As instalações elétricas e hidráulicas devem ser aparentes ou sob piso falso, para
facilitar a manutenção;
 Em locais onde se trabalha com solventes orgânicos inflamáveis, as instalações
elétricas devem ser à prova de explosão;
 Os gases sob pressão devem passar por uma canalização visível;
 Os cilindros de gases de alimentação devem ser armazenados fora do laboratório,
em área livre bem ventilada e sinalizada;
 Bancadas e pisos devem ser construídos com materiais que dificultem a combustão e
que sejam resistentes ao ataque de produtos químicos;
 Deve existir uma capela, para se trabalhar com produtos voláteis e tóxicos;
 Os produtos químicos devem ser armazenados fora do laboratório, em local de boa
ventilação, livre do Sol e bem sinalizado;
 Aprenda a localização e a utilização do extintor de incêndio existente no laboratório.
Este também deve estar localizado em lugar de fácil acesso e sinalizado.
 Para se prevenir e contornar situações de emergência, devem ser previstas
instalações como:
 Proteção contra incêndios (portas corta-fogo e sinalização de alarme,
ventilação geral diluidora, para evitar a formação de misturas
explosivas);
 Chuveiro de emergência (deve ser instalado em local de fácil acesso e
seu funcionamento deve ser monitorado);
 Lava-olhos (seu funcionamento deve ser monitorado);
 Sinalização de segurança (faixas indicativas, cartazes e placas
indicativas).

Medidas de Segurança Relativa a Operações Específicas

 Antes de manusear um reagente químico qualquer, deve-se conhecer as


propriedades químicas, físicas e toxicológicas deste, seu manuseio seguro e medidas
de primeiros socorros em caso de acidente. Para isto deve-se consultar o Index
Merck ou fichas toxicológicas dos produtos.
 Leia os rótulos dos frascos dos reagentes antes de usá-los.
 Os rótulos devem ser periodicamente vistoriados e, nos casos de maior incidência,
providenciar a proteção com parafina ou película plástica.
 Nunca use um reagente que não esteja identificado, rotulado. Qualquer etapa de
trabalho durante a qual possa ocorrer desprendimento de gás ou vapores tóxicos
dever ser feita DENTRO DA CAPELA;.
 Não trabalhar com material imperfeito ou defeituoso, principalmente com vidro que
tenha ponta ou aresta cortantes;
 NÃO SE DEVEM PIPETAR LÍQUIDOS COM A BOCA. Use a pêra de borracha;
 Nunca cheire um reagente diretamente. Os vapores devem ser abanados em direção
ao nariz, enquanto se segura o frasco com a outra mão;
 NUNCA despejar ÁGUA em cima de um ÁCIDO concentrado;

2
 Não aquecer tubos de ensaio com a boca virada para o seu lado, nem para o lado de
outra pessoa;
 Não aquecer nada em frascos volumétricos;
 Nunca acender um bico de gás quando alguém no laboratório estiver usando algum
solvente orgânico;
 Verifique as condições da aparelhagem. Evite montagens instáveis de aparelhos.
Não use livros, lápis, caixas de fósforos, etc, como suportes;
 Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho;
 Faça uma limpeza prévia, com água, ao esvaziar um frasco de reagente, antes de
colocá-lo para lavagem;
 Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparada e as amostras
coletadas;
 Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação;
 Limpe imediatamente qualquer derramamento de produtos de petróleo e reagentes.

Medidas de Segurança Relativas ao Pessoal

 O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que


dispersem sua atenção e de seus colegas.
 O cuidado e a aplicação de medidas de segurança são responsabilidade de cada
indivíduo. Cada um deve precaver-se contra perigos devido a seu próprio trabalho e
ao dos outros. Consulte o professor sempre que tiver dúvidas ou ocorrer algo
inesperado ou anormal.
 Faça apenas a experiência prevista; qualquer atividade extra não deve ser realizada
sem a prévia consulta ao professor.
 Serão exigidos de todos os estudantes e professores o avental (bata), luvas e sapatos
fechados. A não observância desta norma gera roupas furadas por agentes
corrosivos, queimaduras, manchas, etc.
 Planeje o trabalho a ser realizado;
 Ao se retirar do laboratório, verifique se há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue
todos os aparelhos, deixe todos os equipamentos limpos e lave as mãos;
 Os alunos não devem tentar nenhuma reação não especificada pelo professor .
Reações desconhecidas podem causar resultados desagradáveis.
 É terminantemente proibido fumar, comer ou beber nos laboratórios;
 Não se deve provar qualquer substância do laboratório, mesmo que inofensiva.
 Não deixar livros, blusas, etc., jogadas nas bancadas. Ao contrário, colocá-los longe
de onde se executam as operações;
 Ao verter um líquido de um frasco, evitar deixar escorrer no rótulo, protegendo-o
devidamente;
 Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos ou corrosivos,
tome as seguintes providências:
 Interrompa o trabalho;
 Advirta as pessoas próximas sobre o ocorrido.
 Solicite ou efetue a limpeza imediata.
 Alerte seu supervisor.

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 Verifique e corrija a causa do problema.
 Não utilize materiais de vidro quando trincados.
 Coloque todo o material de vidro inservível no local identificado como "sucata
de vidro";
 Não jogue caco de vidro em recipiente de lixo.
 Use luvas de amianto sempre manusear peças de vidro que estejam quentes.
 Use protetor facial e luvas de pelica quando agitar solventes voláteis em frascos
fechados.
 Não utilize frascos Dewar de vidro sem que estejam envolvidos em fitas
adesivas ou invólucros apropriados.
 Não deixe frascos quentes sem proteção sobre as bancadas do laboratório.
 Coloque os frascos quentes sobre placas de amianto;
 Não use "frascos para amostra" sem certificar-se de que são adequados aos
serviços a serem executados e de que estejam perfeitamente limpos.
 Nunca inspecione o estado das bordas dos frascos de vidro com as mãos sem
fazer uma inspeção prévia visual.
 Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta. Use sempre que
possível, uma tela de amianto.
 Não pressurize recipientes de vidro sem consultar seu supervisor sobre a
resistência dos mesmos.

INSTRUÇÕES PARA ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIO

Resíduos químicos perigosos são aqueles que podem provocar danos à saúde ou
ao meio ambiente devido suas características químicas, conforme classificação da NBR
6023: 2018 – ABNT. A finalidade destas indicações é transformar produtos químicos
ativados em derivados inócuos para permitir o recolhimento e eliminação segura.

Hidretos alcalinos, dispersão de sódio


Suspender em dioxano, lentamente adicionar o isopropano, agitar até completa reação
do hidreto ou do metal: adicionar cautelosamente água até formação de solução límpida,
neutralizar e verter em recipiente adequado.

Hidreto de lítio e alumínio


Suspender em éter ou THF ou dioxano, gotejar acetato de etila até total transformação
do hidreto, resfriar em banho de gelo e água, adicionar ácido 2mol/L até formação de
solução límpida, neutralizar e verter em recipiente adequado.

Boroidreto alcalino
Dissolver em metanol, diluir em muita água, adicionar etanol, agitar ou deixar em
repouso até completa dissolução e formação de solução límpida, neutralizar e verter em
recipiente adequado.

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Organolíticos e compostos de Grignard
Dissolver ou suspender em solvente inerte (p. ex.: éter, dioxano, tolueno), adicionar
álcool, depois água, no final ácido 2 mol/L, até formação de solução límpida, verter em
recipiente adequado.

Sódio
Introduzir pequenos pedaços do sódio em metanol e deixar em repouso até completa
dissolução do metal, adicionar água com cuidado até solução límpida, neutralizar, verter
em recipiente adequado.

Potássio
Introduzir em n-butanol ou t-butanol anidro, diluir com etanol, no final com água,
neutralizar, verter em recipiente adequado.

Mercúrio
Mercúrio metálico: Recuperá-lo para novo emprego.
Sais de mercúrio ou suas soluções: Precipitar o mercúrio sob forma de sulfeto, filtrar e
guardá-lo.

Metais pesados e seus sais


Precipitar sob a forma de compostos insolúveis (carbonatos, hidróxidos, sulfetos, etc.),
filtrar e armazenar.

Cloro, bromo, dióxido de enxofre


Absorver em NaOH 2 mol/L, verter em recipiente adequado.

Cloretos de ácido, anidridos de ácido, PCl3, PCl5, cloretos de tionila, e de sulfurila


Sob agitação, com cuidado e em porções, adicionar à muita água ou NaOH 2N,
neutralizar, verter em recipiente adequado.

Ácido clorosulfônico, ácidos sulfúrico e nítrico concentrados, óleum


Gotejar, sob agitação, com cuidado, em pequenas porções, sobre gelo ou gelo mais
água, neutralizar, verter em recipiente adequado.

Dimetilsulfato, iodeto de metila


Cautelosamente, adicionar a uma solução concentrada de NH 3, neutralizar, verter em
recipiente adequado.

Presença de peróxidos, peróxidos em solventes, (éter, THF, dioxano)


Reduzir em solução aquosa ácida (Fe+2 – sais, bissulfito), neutralizar, verter em
recipiente adequado.

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Sulfeto de hidrogênio, mercaptanas, tiofenóis, ácido cianídrico, bromo e
clorocianos
Oxidar com hipoclorito de sódio (NaOCl).

Para que tais resíduos de laboratório posam ser eliminados de forma adequada é
necessário ter-se à disposição recipientes de tio e tamanho adequados. Os recipientes
coletores devem ser caracterizados claramente de acordo com o sue conteúdo, o que
também implica em se colocar símbolos de periculosidade.

Classificação dos Recipientes

Classe A: Solventes orgânicos e soluções de substâncias orgânicas que não contenham


halogênios;
Classe B: Solventes orgânicos e soluções orgânicas que contenham halogênios;
Classe C: Resíduos sólidos de produtos químicos orgânicos que são acondicionados em
sacos plásticos ou barricas originais do fabricante;
Classe D: Soluções salinas: nestes recipientes deve-se manter o pH entre 6 e 8;
Classe E: Resíduos inorgânicos tóxicos, por exemplo, sais de metais pesados e suas
soluções; descartar em frascos resistentes ao rompimento com identificação clara e
visível (consultar legislação específica);
Classe F: Compostos combustíveis tóxicos; em frascos resistentes ao rompimento com
alta vedação e identificação clara e visível;
Classe G: Mercúrio e resíduos de seus sais inorgânicos;
Classe H: Resíduos de sais metálicos regeneráveis; cada metal deve ser recolhido
separadamente;
Classe I: Sólidos inorgânicos.

BIBLIOGRAFIA

1. CARVALHO,P.R. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Editora Interciência: Rio de


Janeiro, 1999.
2. FEITOSA,A.C.; FERRAZ, F.C. Segurança em Laboratório. UNESP: Bauru, 2000.
3. SAVARIZ, M. Manual de Produtos Perigosos: Emergência e Transporte. 2.ed., Sagra - DC
Luzzatto: Porto Alegre. 1994. 264p.
4. SCHVARTSMAN, S. Produtos Químicos de Uso Domiciliar: Segurança e Riscos Toxicológicos,
2.ed. São Paulo: ALMED, 1988. 182p.
5. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. 8ed. São Paulo: IOB, 1997.360p.
6. STELLMAN, J.M.; DAUM. S.M. Trabalho e Saúde na Industria II : Riscos Físicos e Químicos e
Prevenção de Acidentes. E.P.U. e EDUSP: São Paulo, 1975. 148p.

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2. RISCOS, PRIMEIROS SOCORROS E EXTINTORES DE
INCÊNDIO

RISCOS MAIS COMUNS

 Uso de substâncias TÓXICAS, CORROSIVAS, INFLAMÁVEIS e EXPLOSIVAS.


 Manuseio de material de vidro;
 Trabalho a temperaturas elevadas;
 Trabalho a pressões diferentes da atmosférica;
 Uso de fogo;
 Uso de eletricidade.

RISCOS QUÍMICOS

1- Formas de Agressão por Produtos Químicos:

 Inalação
 Absorção cutânea
 Ingestão

2- Limites de Tolerância:

A ação e efeito dos contaminantes dependem de fatores como:

 Tempo de exposição;
 Concentração e características físico-químicas do produto;
 Suscetibilidade pessoal;
 E outras...

CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS, SEUS GRAUS DE RISCOS E


CUIDADOS

GRAU DE RISCO Nº 1
REAGENTE RISCOS (R) CUIDADOS (S)
Ácido Cítrico 36 26
EDTA 8,35 28
Sulfato de Cobre II 22 20
Nitrato de Prata 34 24,25,26
Cromato de Potássio 36,37,38 22-28
GRAU DE RISCO Nº 2
REAGENTE RISCOS (R) CUIDADOS (S)
Ácido Nítrico Fumegante 8,35 23,26,36
Amoníaco 25% 36,37,38 26
Anidrido Acético 10-34 26
Cianetos 26,27,28,32 1,7,28,29,45

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GRAU DE RISCO Nº 3
REAGENTE RISCOS (R) CUIDADOS (S)
Acetato de Etila 11 16,23,29,33
Acetato de Butila 11 9,16,23,33
Acetona 11 9,16,23,33
Ácido Clorídrico 34,37 26
Ácido Perclórico 35 23,26
Ácido Sulfúrico 35 26,30
Álcool Etílico 11 7,9,16,23,33
Álcool Metílico 11,23,25 7,16,24
Anilina 11,23,24,39 9,16,29
Benzeno 11,23,24,39 9,16,29
Amoníaco 23,24,25,33 28,36,37,44
Clorofórmio 20 24,25
Dicromato de Potássio 36,37,38,43 22,28
Hidróxido de Potássio 35 26,27,39
Tolueno 11,20 16,29,33
GRAU DE RISCO Nº 4
REAGENTE RISCOS (R) CUIDADOS (S)
Ácido Acético 5,6,12 9,16,33
Ácido Fluorídrico 26,27,28,35 7,9,26,36,37
Ácido Sulfídrico 12,26 7,9,25,45

CÓDIGO DE RISCOS (R)

R1 Explosivo no estado seco.


R2 Risco de explosão por choque, fricção ou outras fontes de ignição.
R3 Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição.
R4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis.
R5 Perigo de explosão sob a ação do calor.
R6 Perigo de explosão com ou sem contato com ar.
R7 Pode provocar incêndio.
R8 Favorece a inflamação de materiais combustíveis.
R9 Pode explodir quando misturado com materiais combustíveis.
R10 Inflamável.
R11 Facilmente inflamável.
R12 Extremamente inflamável.
R13 Gás extremamente inflamável.
R14 Reage violentamente em contato com a água.
R15 Em contato com a água libera gases extremamente inflamáveis.
R16 Explosivo quando misturado com substâncias oxidantes.
R17 Espontaneamente inflamável ao ar.
R18 Pode formar mistura vapor-ar explosiva/inflamável durante a utilização.
R19 Pode formar peróxidos explosivos.
R20 Nocivo por inalação.
R21 Nocivo em contato com a pele.

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R22 Nocivo por ingestão.
R23 Tóxico por inalação.
R24 Tóxico em contato com a pele.
R25 Tóxico por ingestão.
R26 Muito tóxico por inalação.
R27 Muito tóxico em contato com a pele.
R28 Muito tóxico por ingestão.
R29 Em contato com a água libera gases tóxicos.
R30 Pode tornar-se facilmente inflamável durante o uso.
R31 Em contato com ácidos libera gases tóxicos.
R32 Em contato com ácidos libera gases muito tóxicos.
R33 Perigo de efeitos cumulativos.
R34 Provoca queimaduras.
R35 Provoca queimaduras graves.
R36 Irritante para os olhos.
R37 Irritante para as vias respiratórias.
R38 Irritante para a pele.
R39 Perigo de efeitos irreversíveis muito graves.
R40 Possibilidade de efeitos irreversíveis.
R41 Risco de graves lesões oculares.
R42 Pode causar sensibilidade por inalação.
R43 Pode causar sensibilidade em contato com a pele.
R44 Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado.
R45 Pode causar câncer.
R46 Pode causar alterações genéticas hereditárias.
R47 Pode provocar efeitos teratogênicos.
R48 Risco de sério dano à saúde por exposição prolongada.
R49 Tóxico para organismos aquáticos.
R50 Nocivo para os organismos aquáticos.
R51 Pode causar efeitos nefastos em longo prazo no ambiente aquático.
R52 Tóxico para a flora.
R53 Tóxico para a fauna.
R54 Tóxico para os organismos do solo.
R55 Tóxico para as abelhas.
R56 Pode causar efeitos nefastos em longo prazo ao ambiente.
R57 Perigo para a camada de ozônio.
R58 Pode Comprometer a fertilidade.
R59 Risco durante a gravidez com efeitos adversos na descendência.
R60 Possíveis riscos de comprometer a fertilidade.
R61 Possíveis riscos durante a gravidez de efeitos indesejáveis na descendência
R62 Pode causar danos nas crianças alimentadas com leite materno.

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CÓDIGO DE CUIDADOS (S)

S1 Guardar fechado à chave


S2 Manter fora do alcance das crianças.
S3 Guardar em lugar fresco.
S4 Manter fora de qualquer zona de habitação.
S5 Manter sob líquido apropriado, especificado pelo fabricante.
S6 Manter sob gás inerte, especificado pelo fabricante.
S7 Manter o recipiente bem fechado.
S8 Manter o recipiente ao abrigo da umidade.
S9 Manter o recipiente num local bem ventilado.
S10 Manter o produto em estado úmido.
S11 Evitar o contato com o ar.
S12 Não fechar o recipiente hermeticamente.
S13 Manter afastado de alimentos.
S14 Manter afastado de substâncias incompatíveis.
S15 Manter afastado do calor.
S16 Manter afastado de fontes de ignição.
S17 Manter afastado de materiais combustíveis.
S18 Manipular o recipiente com cuidado.
S19 Não comer e não beber durante a manipulação.
S20 Evitar contato com alimentos.
S21 Não fumar durante a manipulação.
S22 Evitar respirar o pó.
S23 Evitar respirar os vapores.
S24 Evitar o contato com a pele.
S25 Evitar o contato com os olhos.
S26 Em caso de contato com os olhos, lavar com bastante água.
S27 Tirar imediatamente a roupa contaminada.
S28 Em caso de contato com a pele, proceder conforme instruções do fabricante.
S29 Não descartar resíduos na pia.
S30 Nunca verter água sobre o produto.
S31 Manter afastado de materiais explosivos.
S32 Manter afastado de ácidos e não descartar na pia.
S33 Evitar a acumulação de cargas eletrostáticas.
S34 Evitar choques e fricção.
S35 Tomar cuidado com o descarte.
S36 Usar roupa de proteção durante a manipulação.
S37 Usar luvas e proteção apropriadas.
S38 Usar equipamentos de respiração adequados.
S39 Proteger os olhos e rosto.
S40 Limpar corretamente o piso e objetos contaminados.
S41 Em caso de incêndio ou explosão, não respirar os fumos.
S42 Usar equipamentos de respiração adequados (fumigações).
S43 Usar o extintor correto, em caso de incêndio.
S44 Em caso de mal-estar procurar um médico.

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S45 Em caso de acidente, procurar um médico.
S46 Em caso de ingestão, procurar um médico, levando o rótulo do frasco.
S47 Não ultrapassar a temperatura especificada.
S48 Manter úmido com o produto especificado pelo fabricante.
S49 Não passar para outro frasco.
S50 Não misturar com produtos especificados pelo fabricante.
S51 Usar em áreas ventiladas.
S52 Não recomendável para uso interior.

ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS E PRIMEIROS


SOCORROS

QUEIMADURAS

 Superficiais: quando atingem Algumas camadas da pele.


 Profundas: quando há destruição total da pele.

A) QUEIMADURAS TÉRMICAS - causadas por calor seco (chama e objetos


aquecidos)
A1) Tratamento para queimaduras leves - pomada picrato de
butesina, paraqueimol, furacim solução, etc.

A2) Tratamento para queimaduras graves - elas devem ser


cobertas com gaze esterilizada umedecida com solução aquosa de
bicarbonato de sódio a 1%, ou soro fisiológico, encaminhar logo à
assistência médica.

B) QUEIMADURAS QUÍMICAS - causadas por ácidos, álcalis, fenol, etc.

B1) Por ácidos: lavar imediatamente o local com água em


abundância. Em seguida, lavar com solução de bicarbonato de
sódio a 1% e, novamente com água. (ATENÇÃO: no caso de
contato da pele com ácido sulfúrico concentrado, primeiramente
enxugue a região com papel absorvente, para somente depois
lavá-la com água)
B2) Por álcalis: lavar a região atingida imediatamente com água.
Tratar com solução de ácido acético a 1% e, novamente com
água;
B3) Por fenol: lavar com álcool absoluto e, depois com sabão e água;

ATENÇÀO: Não retire, corpos estranhos ou graxas, das lesões - Não fure as bolhas
existentes. Não toque com as mãos a área atingida. - Procure um médico
com brevidade.

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C) QUEIMADURAS NOS OLHOS
Lavar os olhos com água em abundância ou, se possível, com soro
fisiológico, durante vários minutos, e em seguida aplicar gazes
esterilizada embebida com soro fisiológico, mantendo a compressa,
até consulta a um médico.

ENVENENAMENTO POR VIA ORAL

A droga não chegou a ser engolida: Deve-se cuspir imediatamente e lavar a boca com
muita água. Levar o acidentado para respirar ar puro.
A droga chegou a ser engolida: Deve-se chamar um médico imediatamente. Dar por
via oral um antídoto, de acordo com a natureza do veneno.

INTOXICAÇÃO POR VIA RESPIRATÓRIA

Retirar o acidentado para um ambiente arejado, deixando-o descansar.


Dar água fresca. Se recomendado, dar o antídoto adequado.

ATENÇÃO: "A CALMA E O BOM SENSO DO QUÍMICO SÃO AS MELHORES


PROTEÇÕES CONTRA ACIDENTES NO LABORATÓRIO".

EXTINTORES DE INCÊNDIO
Os aparelhos extintores são os vasilhames fabricados com dispositivo que
possibilitam a aplicação do agente extintor sobre os focos de incêndio. Normalmente os
aparelhos extintores recebem o nome do agente extintor que neles contém. Os aparelhos
extintores destinam-se ao combate imediato de pequenos focos de incêndio, pois,
acondicionam pequenos volumes de agentes extintores para manterem a condição de
fácil transporte. São de grande utilidade, pois podem combater a maioria dos incêndios,
cujos princípios são pequenos focos, desde que, manejados adequadamente e no
momento certo.
O êxito no emprego dos extintores depende dos seguintes
fatores:
a) distribuição adequada dos extintores pela área protegida;
b) manutenção periódica dos extintores;
c) treinamento de pessoal para manuseio dos extintores.

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Quanto ao tamanho, os extintores podem ser:
a) portáteis;
b) sobre rodas (carretas).

TIPOS DE EXTINTORES DE INCÊNDIO.

I- EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

O agente extintor pode ser o BICARBONATO


DE SÓDIO ou de POTÁSSIO que recebem um
tratamento para torná-los em absorvente de
umidade. O agente propulsor pode ser o GÁS
CARBÔNICO ou NITROGÊNIO. O agente
extintor forma uma nuvem de pó sobre a chama
que visa a exclusão do OXIGÊNIO;
posteriormente são acrescidos à nuvem, GÁS
CARBÔNICO e o VAPOR DE ÁGUA devido a
queima do PÓ.

II- EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)


O GÁS CARBONICO é material não
condutor de ENERGIA ELÉTRICA. O
mesmo atua sobre o FOGO onde este
elemento (eletricidade) esta presente.
Ao ser acionado o extintor, o gás é
liberado formando uma nuvem que
ABAFA E RESFRIA. É empregado para
extinguir PEQUENOS focos de fogo em
líquidos inflamáveis (classe B) e em
pequenos equipamentos energizados
(classe C).

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III- EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA - PRESSÃO PERMANENTE

Não é provido de cilindro de gás propelente, visto


que a água permanece sob pressão dentro do
aparelho. Para funcionar, necessita apenas da
abertura do registro de passagem do líquido
extintor.

IV- EXTINTOR DE ÁGUA - PRESSÃO INJETADA

Fixado na parte externa do aparelho está


um pequeno cilindro contendo o gás
propelente, cuja a válvula deve ser aberta
no ato da utilização do extintor, a fim de
pressurizar o ambiente interno do
cilindro permitindo o seu funcionamento.
O elemento extintor é a água, que atua
através do resfriamento da área do
material em combustão. O agente
propulsor (propelente) é o GÁS
CARBÔNICO (CO2)

COMO UTILIZAR OS EXTINTORES DE INCÊNDIO

Verifique a tabela a seguir:

14
EXTINTOR (TIPO) PROCEDIMENTOS DE USO
ÁGUA PRESSURIZADA  

- Retirar o pino de segurança.


- Empunhar a mangueira e apertar o
gatilho, dirigindo o jato para a base do
fogo. - Só usar em madeira, papel,
fibras, plásticos e similares.
- Não usar em equipamentos elétricos.
ÁGUA PRESSURIZÁVEL (ÁGUA/GÁS)  
- Abrir a válvula do cilindro de gás.
- Atacar o fogo, dirigindo o jato para a
base das chamas.
- Só usar em madeira, papel, fibras,
plásticos e similares.
- Não usar em equipamentos elétricos.
ESPUMA  

- Inverter o aparelho o jato disparará


automaticamente, e só cessará quando
a carga estiver esgotada.
- Não usar em equipamentos elétricos.

GÁS CARBÔNICO (CO2)  


- Retirar o pino de segurança
quebrando o lacre.
- Acionar a válvula dirigindo o jato
para a base do fogo.
- Pode ser usado em qualquer tipo de
incêndio.
PÓ QUIMICO SECO (PQS)  
- Retirar o pino de segurança.
- Empunhar a pistola difusora.
- Atacar o fogo acionando o gatilho.
- Pode ser usado em qualquer tipo de
incêndio.
*Utilizar o pó químico em materiais
eletrônicos, somente em último caso. 
PÓ QUÍMICO SECO COM CILINDRO DE GÁS  
- Abrir a ampola de gás.
- Apertar o gatilho e dirigir a nuvem de
pó à base do fogo.
- Pode ser usado em qualquer tipo de
incêndio.
*Utilizar o pó químico em materiais
eletrônicos, somente em último caso. 
ONDE USAR OS AGENTES EXTINTORES

15
Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere na
sua química, provocando uma descontinuidade em um ou mais lados do
tetraedro do fogo, alterando as condições para que haja fogo. Os
agentes extintores podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos
ou gasosos. Existe uma variedade muito grande de agentes extintores.
Citaremos apenas os mais comuns, que são os que possivelmente
teremos que utilizar em caso de incêndios. Exemplos: água, espuma
(química e mecânica), gás carbônico, pó químico seco, agentes
halogenados (HALON), agentes improvisados como areia, cobertor,
tampa de vasilhame, etc, que normalmente extinguem o incêndio por
abafamento, ou seja, retiram todo o oxigênio a ser consumido pelo fogo.

Agentes Extintores
Classes de
Incêndio Pó
Água Espuma Gás Carbônico (CO2)
Químico
A
Madeira, papel, SIM SIM SIM* SIM*
tecidos etc.
B
Gasolina,
NÃO SIM SIM SIM
álcool, ceras,
tintas etc.
C
Equipamentos e
Instalações NÃO NÃO SIM SIM
elétricas
energizadas.
* Com restrição, pois há risco de reignição. (se possível utilizar outro
agente)

BIBLIOGRAFIA

1- CARVALHO,P.R. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Editora


Interciência: Rio de Janeiro, 1999,
2- FEITOSA,A.C.; FERRAZ, F.C. Segurança em Laboratório. Editora UNESP:
Bauru, 2000.
3- GONÇALVES, D;WAL, E; ALMEIDA, R.R. Química Orgânica Experimental.
MacGraw-Hill: São Paulo, 1988. 269p.
4- SAVARIZ, M. Manual de Produtos Perigosos: Emergência e Transporte. 2.ed,
Sagra - DC Luzzatto: Porto Alegre, 1994. 264p.
5- SCHVARTSMAN, S. Produtos Químicos de Uso Domiciliar: Segurança e Riscos
Toxicológicos. 2.ed. ALMED: São Paulo, 1988. 182p.
6- SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. 8.ed. IOB: São Paulo, 1997. 360p.

16
7- STELLMAN, J.M.; DAUM. S.M. Trabalho e Saúde na Industria II : Riscos Físicos
e Químicos e Prevenção de Acidentes. E.P.U. e EDUSP: São Paulo, 1975. 148p.
8- www.quimica.ufpr.br/~ssta/extintores.html, acessado em 15/03/2004.
9- www.puc-rio.br/parcerias/cipa/saud_extintor.html, acessado em 15/03/2004.

17
3. A REDAÇÃO CIENTÍFICA: RELATÓRIO

Um texto científico deve conter no mínimo as seguintes partes: INTRODUÇÃO,

DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO. O relato por escrito, de forma ordenada e minuciosa


daquilo que se observou no laboratório durante o experimento é denominado
RELATÓRIO. Tratando-se de um relatório de uma disciplina experimental aconselhamos
compô-lo de forma a conter os seguintes tópicos:

 TÍTULO: uma frase sucinta, indicando a idéia principal do experimento.

 RESUMO: um texto de cinco linhas, no máximo, resumindo o experimento


efetuado, os resultados obtidos e as conclusões a que se chegou.

 INTRODUÇÃO: um texto, apresentando a relevância do experimento, um


resumo da teoria em que ele se baseia e os objetivos a que se pretende chegar.

 PARTE EXPERIMENTAL: um texto, descrevendo a metodologia empregada


para a realização do experimento. Geralmente é subdividido em duas partes:
Materiais e Reagentes: um texto, apresentando a lista de materiais e reagentes
utilizados no experimento, especificando o fabricante e o modelo de cada
equipamento, assim como a procedência e o grau de pureza dos reagentes
utilizados; Procedimento: um texto, descrevendo de forma detalhada e ordenada
as etapas necessárias à realização do experimento.

 RESULTADOS E DISCUSSÃO: um texto, apresentando resultados na forma


de dados coletados em laboratório e outros resultados, que possam ser
calculados a partir dos dados. Todos os resultados devem ser apresentados na
forma de tabelas, gráficos, esquemas, diagramas, imagens fotográficas ou outras
figuras. A seguir, apresenta-se uma discussão concisa e objetiva dos resultados,
a partir das teorias e conhecimentos científicos prévios sobre o assunto, de modo
a se chegar a conclusões.

 CONCLUSÃO: um texto, apresentando uma síntese sobre as conclusões


alcançadas. Enumeram-se os resultados mais significativos do trabalho. Não se
deve apresentar nenhuma conclusão que não seja fruto da discussão.

18
 REFERÊNCIAS: Livros, artigos científicos e documentos citados no relatório
devem ser indicados a cada vez que forem utilizados. Recomenda-se a
formatação das referências segundo norma da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).

Um Exemplo de Relatório

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO CHUMBO SÓLIDO

RESUMO

A densidade do chumbo sólido foi determinada, na temperatura de 303,15 K,


pela razão entre a massa e o volume de corpos de chumbo de tamanhos variados.
Obteve-se o valor 11,4  0,1 g / cm3, o qual apresenta boa concordância com o valor
reportado na literatura.

INTRODUÇÃO

O chumbo é um elemento químico metálico, de número atômico 82, que funde


na temperatura de 600,6 K. Seu símbolo químico é Pb. É aplicado em proteção
contra radiação ionizante, em acumuladores (baterias), soldas, munição, além de
outras. (BARBOSA, 1999)
Densidade é a razão entre a massa e o volume (vide Equação 1). É uma
propriedade física que pode ser utilizada para identificar substâncias. Pelo fato dos
sólidos serem bem pouco compressíveis, a densidade dos sólidos não varia muito
com a temperatura.
massa (1)
densidade=
volume
O objetivo deste experimento é determinar a densidade do chumbo sólido e
compará-lo com o valor 11,35 g / cm3 apresentado na literatura. (KOTZ, 2002)

19
PARTE EXPERIMENTAL

Materiais e Reagentes

Os seguintes materiais, disponíveis no laboratório de ensino do Departamento de


Química do IFPI, foram utilizados neste experimento:

 Proveta de vidro (capacidade: 50,0 cm3)


 Balança Técnica (precisão 0,1 g) – Fabricante: Perkin Elmer

As seguintes substâncias, disponíveis no laboratório de ensino do Departamento


de Química do IFPI, foram utilizadas neste experimento:

 Água destilada
 Corpos de chumbo (tamanhos variados)

Procedimento

Foram pesados três corpos de chumbo, de tamanhos variados, em uma balança


técnica, anotando-se as massas com precisão de 0,1 g. Cada corpo de chumbo foi
imerso em uma proveta de vidro, de capacidade igual a 50,0 cm3, contendo préviamente
25,0 cm3 de água destilada. A seguir, anotou-se o volume de água deslocado após a
imersão de cada corpo de chumbo. Todo o procedimento foi feito na temperatura
ambiente do laboratório, igual a 303,15 K.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores das massas dos corpos de chumbo e dos volumes de água deslocados
após a imersão de cada corpo estão apresentados na Tabela 1. Assumiu-se que o volume
deslocado de água corresponde ao volume do corpo imerso. A densidade de cada corpo
de chumbo foi calculada, a partir dos valores medidos de massa e de volume, utilizando
a Equação 1. Por fim, determinou-se o valor médio da densidade do chumbo e o

20
respectivo desvio-padrão, que mede a precisão do resultado. O valor obtido para a
densidade do chumbo é igual a 11,4  0,1 g / cm3 e apresenta uma boa concordância
com o valor da literatura 11,35 g / cm3. (KOTZ, 2002)

Tabela 1. Valores das massas dos corpos de chumbo, dos volumes de água deslocados e
das densidades calculadas.
Corpo de Chumbo massa / g volume / cm3 densidade / g/cm3
1 57,5 5,0 11,5
2 79,8 7,0 11,4
3 101,7 9,0 11,3
média 11,4
desvio-padrão  0,1
VER FORMA CORRETA DE TABELA (ABNT)
CONCLUSÃO

A partir de medidas de massa e de volume de corpos de chumbo de tamanhos


variados, determinou-se o valor 11,4  0,1 g / cm3 para a densidade do chumbo sólido,
na temperatura de 303,15 K. Este valor apresenta uma boa concordância com o valor
11,35 g / cm3, reportado na literatura.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, A. L. Dicionário de Química. AB Editora: Goiânia, 1999. p.81.

KOTZ, J. C.; TREICHEL, Jr. P. Química e Reações Químicas. 4.ed., v.1, LTC Editora
S.A.: Rio de Janeiro, 2002.

APENAS UM EXEMPLO.

21
4. UTENSÍLIOS DE LABORATÓRIO: VIDRARIA

Esta prática tem por objetivo identificar e conhecer as aplicações dos principais
utensílios do laboratório químico.

1. Almofariz e Pistilo: Aparelho usado na trituração e pulverização de sólidos. Anel


ou Argola: Empregado como suporte do funil de filtração simples ou do funil de
separação de líquidos imiscíveis.

2. Balão de destilação ou de Engler: Balão de fundo chato com saída lateral para
passagem dos vapores durante uma destilação.

3. Balão de fundo chato: Empregado para aquecimento ou armazenamento de


líquidos ou solução.

22
4. Balão de fundo redondo: Usado para aquecimento de líquidos e reações com
desprendimento gasoso.

5. Balão volumétrico: Usado para preparação de soluções. Não deve ser aquecido.

6. Bastão de vidro ou Bagueta: É um bastão maciço de vidro. Serve para agitar e


facilitar as dissoluções, mantendo as massas líquidas em constante movimento.
Também auxilia na filtração.

23
7. Bico de Bunsen: É a fonte de aquecimento mais usado no laboratório.

8. Bureta: Serve para dar escoamento a volumes variáveis de líquidos. Não deve ser
aquecida. É constituída de tubo de vidro uniformemente calibrado, graduado em
décimos de mililitro. É provida de um dispositivo que permite o fácil controle de
escoamento.

24
9. Cadinho: Usado para calcinação (aquecimento a seco muito intenso) de substâncias.
Pode ser aquecido diretamente a chama do bico de Bunsen, apoiado sobre triângulo
de porcelana, platina, amianto, etc.

10. Coluna de Vigreaux: Utilizada na destilação fracionada.

11. Cápsula de porcelana: Peça de porcelana utilizada em sublimações ou evaporações


de líquidos e soluções.

25
12. Condensador: Utilizado em destilações. Tem por finalidade condensar os vapores
dos líquidos.

13. Copo de Béquer: Serve para dissolver substâncias, efetuar reações químicas. Pode
ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto. Dessecador: Usado para
resfriamento de substâncias em atmosfera contendo baixo teor de umidade.

26
14. Erlenmeyer: Utilizado para titulações, aquecimento de líquidos, dissolução de
substâncias e realização de reações químicas. Pode ser aquecido sobre o tripé com
tela de amianto.

15. Espátula: Material de aço ou porcelana, usado para transferência de substâncias


sólidas. Deve ser lavada e enxugada após cada transferência.

16. Estante para tubos de ensaio: Suporte para tubos de ensaio.

17. Funil comum: Usado para transferência de líquidos.

27
18. Funil analítico: Usado para filtração para retenção de partículas sólidas. Deve
conter em seu interior um filtro que pode ser de papel, lã de vidro, algodão vegetal,
dependendo do material a ser filtrado. O funil não deve ser aquecido.

19. Funil de Büchner: Usado na filtração a vácuo.

20. Funil de decantação ou de separação: usado para separação de líquidos imiscíveis.

28
21. Furador de rolhas: Usado para furar rolhas de cortiça ou de borracha.

22. Garra de condensador: Usada para prender o condensador a haste do suporte ou


outras peças como balões, erlenmeyer, etc.

23. Kitassato: Usado em conjunto com o funil de Büchner na filtração a vácuo.

29
24. Mariotte: Frasco utilizado para armazenamento de água destilada em laboratório.

25. Mufa: Suporte para a garra de condensador.

26. Picnômetro: Usado para determinar a densidade de líquidos. É um material de vidro


e de grande precisão; por isso não pode ser secado por aquecimento.

30
27. Pêra de segurança: Usada para pipetar soluções.

28. Pinça de madeira: Usada para prender tubos de ensaio durante o aquecimento
direto no bico de Bunsen.

31
29. Pinça metálica ou tenaz de aço: Usada para manipular materiais aquecidos, como
cadinhos, béqueres, etc.

30. Pinças de Mohr e de Hoffman: Usada para impedir ou reduzir a passagem de gases
ou líquidos através de tubos flexíveis.

32
31. Pipeta graduada: Consiste de um tubo de vidro estreito geralmente graduado em
0,1 ml. É usada para medir pequenos volumes líquidos. Encontra pouca aplicação
sempre que se deseja medir volumes líquidos com maior precisão. Não deve ser
aquecida.

32. Pipeta volumétrica: É constituída por um tubo de vidro com um bulbo na parte
central. O traço de referência é gravado na parte do tubo acima do bulbo. É usada
para medir volumes de líquidos com elevada precisão. Não deve ser aquecida.

33
33. Pisseta: Usada para lavagem de materiais ou recipientes através de jatos de água
destilada, álcool ou outros solventes.

34. Proveta ou cilindro graduado: Recipiente de vidro ou plástico utilizado para medir
e transferir volumes de líquidos. Não deve ser aquecida.

34
35. Suporte universal: Utilizado em várias operações como: filtrações, suporte para
condensador, sustentação de peças, etc.

36. Tela de amianto: Usada para distribuir uniformemente o calor recebido pela chama
do bico de Bunsen.

37. Termômetro: Usado para medir a temperatura durante o aquecimento em operações


como: destilação simples, fracionada, etc. Triângulo de porcelana: Suporte para
cadinhos em aquecimento direto no bico de Bunsen.

35
38. Tripé de ferro: Suporte para tela de amianto ou triângulo de porcelana. Usado em
aquecimento.

39. Trompa de água: Utilizada para provocar o vácuo.

40. Tubo de ensaio: Empregado para fazer reações em pequena escala, notadamente em
teste de reações. Pode ser aquecido, com cuidado, diretamente sobre a chama do
bico de Bunsen.

36
41. Tubo de Thielle: Usado na determinação do ponto de fusão.

42. Vareta de vidro: Cilindro de vidro, oco, de baixo ponto de fusão. Serve para
interligar balões, condensadores, ou fabricação de pipetas e capilares.

37
43. Vidro de relógio: Peça de vidro de forma côncava. É usado para cobrir béqueres,
em evaporações, pesagens de diversos fins. Não pode ser aquecido diretamente na
chama do bico de Bunsen.

38
5. A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA: EXPERIMENTO DA QUEIMA DA VELA

Você se julga um bom observador? Certamente que sim. Entretanto há muito mais a
OBSERVAR, além daquilo que nos chama a atenção à primeira vista. Observar exige:
 Concentração;  Paciência;
 Atenção aos detalhes;  Prática.
 Engenhosidade;
Siga estes exemplos: 1-Observa-se que Carlos e Janete são vistos freqüentemente
juntos. Qual sua interpretação?
2-Todas as quintas-feiras pela manhã as sacolas com lixo colocado à minha porta
desaparecem. Dê sua interpretação para o fato.
Estas duas situações permitem formular hipóteses que concordem com os fatos
observados esclarecendo o PORQUE dessas regularidades. A atividade científica
começa com a OBSERVAÇÃO, que deve ser realizada sob condições controladas, ou
seja aquelas condições que são fixas e conhecidas e podem variar deliberadamente se
desejarmos. O controle das condições é melhor obtido em um ambiente denominado
LABORATÓRIO. A seqüência de observações assim obtidas é chamada
EXPERIÊNCIA. Pode-se afirmar que TODA CIÊNCIA É CONSTRUIDA SOBRE
RESULTADOS DE OBSERVAÇÕES EXPERIMENTAIS.
Um segundo requisito importante da atividade científica é a DESCRIÇÃO.
Significa o registro sucinto das observações, cujo conjunto denomina-se COLETA DE
DADOS. Estes dados serão analisados e confrontados, evocando-se informações da
literatura como princípios, teorias e leis conhecidas (DISCUSSÃO) para se extrair os
RESULTADOS e CONCLUSÕES. Estes procedimentos constituem O MÉTODO
CIENTÍFICO. Caso não haja nada conhecido na literatura sobre seus dados, isso pode
vir a ser uma descoberta nova, uma geração de novo conhecimento.
De posse de seus resultados e conclusões, o passo seguinte é a DIVULGAÇÃO.
Isso implica em transmitir as informações computadas, de forma completa, organizada,
clara e objetiva, fundamentada em um domínio de conhecimento formal, usando uma
linguagem especializada: a linguagem científica. Não se deve usar gírias, parágrafos
longos ou idéias alheias, e sempre citar as fontes de consulta (REFERÊNCIAS) usadas
para elaboração de seu relatório.

39
Com o propósito de exercitar a INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA,
PRINCIPALMENTE A OBSERVAÇÃO E DESCRIÇÃO, sugerimos descrever um
objeto bastante familiar: UMA VELA ACESA.
TITULO: Observação e descrição científica
OBJETIVO: Observar, registrar e descrever um objeto de uso cotidiano.
MATERIAL E REAGENTES: Vela, fósforo, béquer de 1000 mL
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Examine atentamente a vela que encontra-se em sua bancada. Anote o máximo de
observações durante 5 a 10 minutos.
2. Acenda a vela. Observe-a durante o mesmo período de tempo do item anterior.
Anote o máximo de observações possíveis nesta condição.
3. Emborque sobre a vela acesa um béquer vazio. O que aconteceu? Anote as
modificações ocorridas com este procedimento.
4. Acenda a novamente a vela, passe o seu dedo uns cinco centímetros acima da
chama. Tente passar o dedo pelo meio da chama. Sopre levemente a chama. Anote
as observações nesta operação.

QUESTÕES

1. Quais as condições que você utilizou para controle nesta experiência?


2. Como pode variar estas condições?
3. Por que as anotações das observações durante a experiência são fundamentais. Por
que não fazê-las depois?
4. As suas observações são suficientes para indicar: a composição da vela, seu estado
físico ou mudança de estado, o produto da queima, características organolépticas.
Faça um relato.
5. Que tempo leva a vela para apagar-se quando se emborca sobre ela o béquer? Como
você descreve o interior do béquer após este procedimento?
6. Há presença de líquidos, fumaça, vapor enquanto a vela está sendo examinada?
Onde e quando? Qual a forma, cor e calor da chama? Seu dedo sobre e através da
chama permitiu deduzir o quê?
7. Qual o papel do pavio da vela?
8. Baseado apenas em suas observações e anotações faça uma descrição da vela
(apagada e acesa).

40
6. AQUISIÇÃO DE DADOS EXPERIMENTAIS

USO DO BICO DE BUNSEN - AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS, SÓLIDOS

OBJETIVOS: manusear corretamente o bico de Bunsen; estudar o comportamento de


substâncias líquidas e sólidas quando submetidas a aquecimento. Determinação do
ponto de fusão e construção de gráficos.

MATERIAL E REAGENTES

Material Reagentes
Bico de Bunsen Fósforo Água
Béquer de 250 mL Cronômetro
Ácido benzóico
Béquer de 100 mL Agitador
Proveta de 100 mL Tubo de vidro Mistura de -naftol e ácido benzóico (1:1)
Termômetro (-10 a 110 oC) Espátula
Tripé Tubos capilares Óleo nujol ou vaselina
Tela de amianto Rolha de cortiça
Anel de ferro Vidro de relógio
Suporte universal

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1a PARTE: USO DO BICO DE BUNSEN


a. Acendendo o Bico de Bunsen
1. Feche a válvula de controle do gás do bico de Bunsen.
2. Conecte o tubo de gás no orifício do queimador.
3. Conecte o tubo no distribuidor de gás.
4. Abra o distribuidor de gás (neste momento nenhum gás deve estar na sala).
Como a válvula de controle no bico de Bunsen é lentamente aberta acenda um
palito de fósforo ou isqueiro próximo ao tubo de saída do queimador.
Ocasionalmente o gás apagará o fósforo. Se o palito for apagado feche a válvula
de controle enquanto um novo palito é aceso.
b. Ajustando o Bico de Bunsen
5. Ajuste a altura da chama abrindo ou fechando a válvula de controle de gás. A
chama apropriada será a menor chama necessária para executar a tarefa. Uma
chama que tem em torno de 5 a 8 cm de altura é suficiente para a maioria das
tarefas no laboratório.
6. Ajuste o controle de ar até que a chama do bico esteja azul e contenha dois ou
mais cones distintos. Chamas amarelas são resultados de pouco oxigênio na
mistura gasosa. O fluxo de oxigênio pode ser incrementado (ou reduzido) na
mistura do gás ajustando o controlador da entrada de ar. Nota: quando ajustar a
entrada de ar, tome cuidado para não extinguir a chama ou desrosquear
completamente o tubo do bico.

41
7. Gire o anel inferior para um lado e para o outro. Observe a chama com o anel.
Com o anel fechado a chama se assemelha com uma lamparina, já com o anel
aberto se parece com a chama de um fogão a gás.
Responda as questões abaixo:
Qual a função do anel? Em que situação o combustível é queimado totalmente?
c. Apagando a Chama
Apague a chama na ordem inversa na qual ela foi acesa.
1. Feche a válvula de controle do bico de Bunsen.
2. Feche a válvula do distribuidor. Desligue o gás no distribuidor.
Certifique-se de fechar completamente o fornecedor de gás para prevenir o acúmulo
de metano no laboratório - uma faísca e há uma explosão perigosa.
d. Aquecimento da água
1. Monte o sistema conforme as instruções.
2. Fixe o anel de ferro no suporte universal de forma que a altura seja adequada
para que o bico de Bunsen fique embaixo.
3. Coloque a tela de amianto sobre o anel. Sobre a tela de amianto coloque o
béquer de 250 mL contendo 150 mL de água.
4. Você vai agora aquecer a água contida no béquer e fazer observações a cerca de
como variará a temperatura da água com o tempo.
5. Adaptar uma garra à base de ferro e fixar o termômetro. Mergulhe o termômetro
na água mantendo uma distância entre o bulbo do termômetro e o fundo do
béquer de aproximadamente 1 cm.
6. Acenda o bico de Bunsen e ajuste de forma a obter a chama azul.
7. Use um cronômetro para medir o tempo. A primeira leitura da temperatura será
registrada como tempo zero.
8. De 2 em 2 minutos, leia as temperaturas indicadas no termômetro.
9. Determine a temperatura na qual a água entrará em ebulição.
10. Construa uma tabela, como a descrita abaixo:

Tempo / min Temperatura / oC


00
02
04
06
08
10
12
14
16
18
20

Tarefa: com os dados da tabela obtida, construa um gráfico colocando a temperatura na


ordenada e o tempo na abscissa. Utilize um programa gráfico (p.ex. ORIGIN) para
realizar esta tarefa. Discuta qual seria o efeito que um aumento da quantidade de água
teria sobre a forma da curva obtida?

42
2a PARTE: DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO

Determinar o ponto de fusão do ácido benzóico e da mistura de ácido benzóico e -


naftol na proporção 1:1.
a) Preparo do tubo capilar:
1. Acender o bico de Bunsen.
2. Aquecer na chama do bico de Bunsen, uma das extremidades do
tubo capilar fazendo um movimento de rotação nesse tubo, até que
apareça um pequeno nódulo. NESSE MOMENTO O CAPILAR
DEVERÁ ESTAR FECHADO.
b) Colocação da amostra dentro do tubo capilar:
1. Colocar a amostra que se quer determinar o ponto de fusão em um vidro de
relógio, inicie com o ácido benzóico. Pulverize com a espátula.
2. Manter o tubo capilar o mais horizontal possível, empurrar sua extremidade
aberta de encontro à amostra utilizando-se da espátula, para ajudar a
acomodar a amostra no tubo.
3. Tomar um tubo de vidro grande, colocando-o em posição vertical e
encostando-o no chão do laboratório.
4. Soltar o capilar do extremo superior do tubo de vidro até o chão, com a
ponta fechada voltada para baixo. REPETIR ESTA OPERAÇÃO ATÉ QUE
SE FORME UMA CAMADA COMPACTA DA AMOSTRA NO FUNDO
DO TUBO CAPILAR (aproximadamente 1 cm).
c) Determinação do Ponto de Fusão:
1. Introduzir um termômetro em rolha furada até a metade do mesmo.
2. Prender no termômetro, o tubo capilar que já deverá está com a amostra a ser
determinada o ponto de fusão, utilizando uma liga, tomando cuidado de
deixar a amostra o mais perto possível do bulbo do termômetro.
3. Adaptar uma garra à base de ferro e fixar o termômetro.
4. Encher o béquer de 100 mL até a marca de 70 mL com óleo ou vaselina.
5. Colocar o agitador do banho de óleo dentro do béquer, e a seguir o
termômetro com o capilar. A DISTÂNCIA ENTRE O BULBO DO
TERMÔMETRO E O FUNDO DO BÉQUER DEVE SER DE
APROXIMADAMENTE 1cm.
6. Aquecer lentamente o banho de óleo com bico de Bunsen agitando
constantemente o óleo. Próximo ao ponto de fusão a temperatura do banho
deve aumentar de 2 a 3 ºC/min.
7. Registrar a temperatura na qual aparece a primeira gota de líquido e a
temperatura na qual desaparece o restante da porção sólida. Essa faixa de
temperatura representa o ponto de fusão para a substância pura usada.

43
QUESTÕES

1. Que se entende por ponto de fusão? Com que finalidade é usado?


2. Procurar na bibliografia indicada o ponto de fusão do -naftol, do ácido benzóico.
Comparar com os resultados obtidos.
3. Por que se recomenda que a determinação do ponto de fusão seja realizada
inicialmente com o -naftol e não com o ácido benzóico?
4. Tendo em vista a estrutura molecular do -naftol, do ácido benzóico, apresentar
uma explicação para as diferenças de seus pontos de fusão.
5. De acordo com o ponto de fusão pesquisado, qual deveria ser a temperatura em que
o ácido benzóico passaria do estado líquido para o sólido ou seja qual seria o ponto
de solidificação do ácido benzóico?

BIBLIOGRAFIA

1. VOGEL, A.I. Química orgânica: análise orgânica qualitativa. 3.ed, v.1, Ao Livro
Técnico e Científico Editora SA: Rio de Janeiro, 1981.
2. CRC HANDBOOK OF PHYSICS AND CHEMISTRY

44
7. MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E DENSIDADE

INTRODUÇÃO  EXATIDÃO E PRECISÃO


Todas as generalizações e leis científicas são baseadas na regularidade derivada
de observações experimentais. Portanto é necessário para qualquer cientista levar em
consideração as limitações e confiabilidade dos dados a partir dos quais são tiradas as
conclusões. Um erro de medida ocorre quando há uma diferença entre o valor real e
o valor experimental. Vários fatores introduzem erro sistemático ou determinado
(erros no sistema que podem ser detectados e eliminados). Por exemplo:
equipamentos não calibrados, reagentes impuros e erros no equipamento. A medida é
também afetada por erros indeterminados ou aleatórios (erros que estão além do
controle do operador). Estes incluem o efeito de fatores como: pequenas variações de
temperatura durante uma experiência, absorção de água enquanto estão sendo
pesadas, diferenças em julgamento sobre a mudança de cor do indicador ou perda de
pequenas quantidades de material ao transferir, filtrar ou em outras manipulações.
Erros aleatórios podem afetar uma medida tanto uma direção positiva quanto
negativa. Assim um resultado poderá ser ligeiramente maior ou menor do que o valor
real. Duas ou mais determinações de cada medição efetuadas na esperança de que
erros positivos e negativos se cancelem. A precisão de uma medida se refere à
concordância entre diferentes determinações de uma mesma medida. Você pode
encontrar que um mesmo objeto tenha 1,0 m, 1,2 m ou 0,9 m para cada uma das
operações de medida que realizar. Como erros aleatórios não podem ser
completamente eliminados, a perfeita precisão ou reprodutibilidade nunca é
esperada. Exatidão é uma concordância entre o valor medido e o real. Para calcular o
erro em uma medida deve-se saber o valor real. Isto raramente é possível, pois
normalmente não se sabe o valor real. O melhor a fazer é projetar instrumentos de
medida e realizar medidas de forma a tornar o desvio tão pequeno quanto ao
instrumento utilizado que pode não estar calibrado corretamente. A precisão depende
mais do operador e a exatidão depende tanto do operador quanto do instrumento da
medida.

OBJETIVOS
1) Manipular corretamente a vidraria disponível para determinação de volume.
2) Analisar a exatidão dos recipientes volumétricos.
3) Relacionar as medidas de massa e volume com uma propriedade específica de
substâncias.
4) Sequenciar um dado experimento e verificar precisão de medidas.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1) Meça 5 mL de água utilizando uma bureta (ou pipeta graduada), existente na
sua bancada. Transfira a água para uma proveta e anote o volume. Repita o
procedimento, transferindo a água para um béquer. Repita todo o
procedimento, utilizando 40 mL de água. Discuta as diferenças de volume
observadas com as diferentes vidrarias.

45
2) Medidas de Massa e Volume:
2.1. Peça ao seu professor (ou monitor) instruções sobre o uso da
balança, antes de pesar os seguintes recipientes secos: proveta de 50 mL;
balão volumétrico de 50 mL béquer de 100 mL.
2.2. Coloque cuidadosamente 50 mL de água destilada em cada
recipiente referido no item anterior e pese-os novamente. Anote os
resultados na tabela abaixo. Calcule a densidade da água em cada caso.
Anote a temperatura da sala da balança.
2.3. Compare os resultados, obtidos por você com os dos colegas.
2.4. Adicione 40 mL de água a uma proveta de 50 mL e outros 40 mL
de água a uma proveta de 100 mL. Em ambos os casos, adicione mais 1
mL de água com uma pipeta. Verifique a leitura da situação final em
cada caso.
2.5. Encha uma bureta com água destilada. Depois de tê-la zerado
abra a torneira e deixe escoar, numa proveta e/ou num béquer, uma
porção qualquer (sugestão:10 mL) do líquido feche a torneira e verifique
o volume escoado. Confira com o instrumento se sua leitura é correta.
2.6. Prepare novamente a bureta de 50 mL completando seu volume
até a indicação zero. Despeje sobre um erlenmeyer graduado de 125 mL
um volume de 50 mL de água. Verifique se os volumes coincidem. Jogue
fora esta amostra do erlenmeyer e meça novamente 50 mL de água no
mesmo. Transfira para a bureta este volume e compare novamente os
resultados.

PÓS-LABORATÓRIO

1) Baseado numa inspeção visual da vidraria de laboratório, situe-as em um dos


grupos seguintes: "mais exatas" e "menos exatas"
2) Por que é aconselhável fazer mais de uma determinação de cada medida?
3) A fim de comparar a exatidão das várias vidrarias utilizadas na medição de
volumes, preencha o quadro abaixo.
Vidraria Massa Massa vidraria Massa de Volume de Densidade Erro
vidraria + 50 mL de H2O H2O (g) H2O (mL)* da Água Percentual
seca (g) g/mL
Proveta
50 mL
Balão
50 mL
Béquer
100 mL
*Considere a densidade da água e a massa obtida no experimento.

BIBLIOGRAFIA

1) GESBRETCHT, E. et al. Experimentos de Química, técnicas e conceitos


básicos. Editora moderna Ltda.: São Paulo, 1979.
2) MITCHELL, R. S. Journal of Chemical Education, 1991, 68(11), 941.

46
8. SOLUÇÕES

OBJETIVOS

1. Preparar soluções de concentrações diferentes.


2. Efetuar operações e medidas com balança analítica, pipetas e balão volumétrico.
3. Efetuar diluição de soluções.
4. Medir pH de soluções com papel indicador e com o pHmetro.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Soluções são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias.

A – Importância.
São utilizadas diariamente como produtos essenciais. Exemplos: Bebidas,
cosméticos, remédios, detergentes etc. que se apresentam sob forma de soluções ou de
dispersões coloidais.
Grande parte das reações químicas realizadas em laboratório ocorre com o uso de
soluções.

B – Preparação de soluções.

As soluções podem ser preparadas por dois métodos:

Método direto – Utiliza-se como soluto uma substância primária padrão. Este tipo
de soluto se caracteriza;
- Por ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação;
- Por apresentar impurezas facilmente detectáveis;
- Por não ser higroscópico ou eflorescente;
- Por ser bastante solúvel.

Exemplo:
Na2CO3 , Na2C2O4 , K2Cr2O7 , H2C2O4.
Para preparar soluções por este método pesa-se o soluto em balança analítica. O
volume é medido em balão volumétrico (volume exato).
Como resultado, obtém-se uma solução de concentração perfeitamente conhecida.
Observação: precisão nas medidas, leituras, pesagens... é de grande importância,
pois erros nestas operações acarretam uma solução cuja concentração não é exata

Método indireto – O soluto não é uma substância primária padrão.


Exemplo: NaOH que é higroscópico.
Neste caso o soluto é pesado em balança semi-analítica e dissolvido num volume
aproximado.

47
Como resultado obtém-se uma solução de concentração aproximada.
Para determinar exatamente a concentração desta solução, devemos padroniza-la.
Por ambos os métodos obtém-se as soluções padrão, as quais se caracterizam por
serem:

- Estáveis;
- De concentração constante e perfeitamente conhecida.

Os cálculos efetuados, partindo de dados experimentais obtidos baseiam-se no


princípio:
As substâncias reagem entre si segundo seus equivalentes.
Que aplicado às soluções se traduz:
Soluções de mesma concentração equivalem-se volume a volume.
Expresso analiticamente pela expressão fundamental da volumetria.

M1V1 = M2V2
Com isto podemos efetuar diluição de soluções.

O pH de uma solução é a medida de acidez (concentração hidrogeniônica, H+)


desta solução e é definido como sendo:
pH =  log [H+]
que é uma forma matemática conveniente de expressar a acidez ou a alcalinidade de
uma solução, quantitativamente.

EXPERIMENTO
A – Material
 Balão volumétrico de 250 ml  Pipeta volumétrica de 50 ml
 Vidro de relógio  Pipeta graduada de 10 ml
 Copo de béquer de 250 ml  Hidróxido de sódio p.a.
 Bastão de vidro  Ácido clorídrico p. a.
 Pisseta com água destilada  Amostra: Sucos de frutas,
refrigerantes ou vinagre.
 Funil de vidro
 Papel indicador universal

B – Procedimento
1ª parte: Preparação da solução de NaOH.
Cada grupo receberá do professor uma solução a preparar.

48
Soluto: NaOH
Volume da solução: 250 ml
Concentração da solução: 1,0 M; 0,5 M, 0,25 M, 0,1 M, 1 x 10-3 M.
Sabido o volume de solução a preparar e sua concentração, calcular a massa de
soluto necessária. Ver as indicações contidas no rótulo do mesmo, como: densidade,
pureza, mol..., a partir dos quais se efetuam os referidos cálculos.
Pesar a massa calculada.
Num copo de béquer dissolver inicialmente o soluto em alguns mililitros de
água. Após, transferir este conteúdo para o balão volumétrico. Enxaguar o copo de
béquer com água destilada várias vezes e transferir novamente o conteúdo para o
balão. Agitar para homogeneizar a solução. Completar o volume do balão, seguindo
as técnicas de leitura. Acondicionar a solução obtida.

2ª parte: Preparação da solução de HCl.


Cada grupo receberá do professor uma solução a preparar.
Soluto: HCl
Volume da solução: 250 ml
Concentração da solução: 1,0 M; 0,5 M, 0,25 M, 0,1 M, 1 x 10-3 M.

Sabido o volume de solução a preparar e sua concentração, calcular o volume de


soluto necessário. Ver as indicações contidas no rótulo do mesmo, como: densidade,
pureza, mol..., a partir dos quais se efetuam os referidos cálculos.
Medir com pipeta o volume calculado.
Adicionar o volume do soluto em um balão volumétrico contendo um pouco de
água destilada. Completar o volume do balão, seguindo as técnicas de leitura.
Acondicionar a solução obtida.

3ª parte: Medida de pH.


Medir o pH de todas as soluções preparadas anteriormente utilizando o papel
indicador universal e o pHmetro. Em seguida escolha um valor de pH e obtenha esta
solução a partir das soluções previamente preparadas pelo seu grupo.

BIBLIOGRAFIA
1. Experimentos em Química, Rosito, B., Ferraro, C., Remor, C., Costa, I.,
Albuquerque, R. Ed. Sulina Vol.2 1981.
2. Aulas práticas de química, Oliveira, E.A. Ed. Moderna, 1993.
3. Química Geral, Russel J.B., Ed. McGraw-Hill, 1982.

49
9. EVIDÊNCIAS DA OCORRÊNCIA DE REAÇÕES QUÍMICAS:

I) INTRODUÇÃO
O termo reação química, refere-se ao reagrupamento dos átomos entre a
substâncias de um dado sistema. Ela é representada esquematicamente por uma
equação química, que dá informações qualitativas e quantitativas. A equação escrita
deve fornecer a descrição da reação que ocorre, quando os reagentes são misturados.
Para escrever uma reação química, é necessário conhecer a fórmula dos reagentes e
dos produtos. Para se chegar a tal informação é preciso observar o curso da reação
tentando a identificação dos produtos, através de observação e/ou análise química.
Em primeiro lugar deve-se deduzir se houve uma reação química ao colocar em
contato duas ou mais substâncias. Obtêm-se evidencias de reação química no
laboratório quando aparecem diferenças perceptíveis e significativas entre o estado
inicial e o estado final, estados estes que correspondem respectivamente aos
reagentes antes de serem colocados em contato e o que resulta após. É possível
utilizar-se critérios qualitativos e quantitativas para detectar esta mudança. Critérios
qualitativos são baseados em observações macroscópicas utilizando os órgãos dos
sentidos (exceto pelo paladar).

II) OBJETIVOS
1) Utilizar evidências experimentais para concluir sobre a ocorrência de uma
reação química;
2) Classificar reações químicas;
3) Representar reações através de uma equação química.

III) REAGENTES
Cu(NO3)2 (0,2 mol/L) HCl (1,0 mol/L)
Fe(NO3)3 (0,2 mol/L) CuSO4 (1,0 mol/L)
NH4OH (3,0 mol/L) H2SO4 (0,2 mol/L)
K2CrO4 (0,2 mol/L) NaOH (3,0 mol/L)

IV) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.


Atenção: Use somente 1 mL de cada reagente.
a) Mudança de Cor:
a.1. Misture em um tubo de ensaio, solução 0,2 mol/L de Cu(NO 3)2 e 0,2
mol/L de Fe(NO3)3. Observe bem os reagentes antes de serem colocados
em contato e o que resulta após. Faça uma anotação de todas as
observações.
a.2. Em um terceiro tubo de ensaio, repita o procedimento com Cu(NO3)2 0,2
mol/L e NH4OH 3,0 mol/L.
Quadro 1 - Resumo dos experimentos dos itens a.1 e a.2.
Procedimento Observações Conclusão
Cu(NO3)2 + Fe(NO3)3
Cu(NO3)2 + NH4OH

50
b) Formação de Precipitado:
b.1) Misture em um tubo de ensaio, solução 0,1 mol/L de AgNO 3 e 1,0
mol/L de HCl. Observe bem os reagentes antes de serem colocados em
contato e o que resulta após.
b.2. Misture em um tubo de ensaio, solução 0,1 mol/L de AgNO 3 e 0,2 mol/L
de K2CrO4. Observe bem os reagentes antes de serem colocados em
contato e o que resulta após.
Quadro 2 - Resumo dos experimentos dos itens b.1 e b.2
Procedimento Observações Conclusão
AgNO3 + HCl
AgNO3+ K2CrO4

c) Tipos de Reação
Repita o procedimento usado nos itens a e b com os seguintes reações
c.1) NaHCO3 + HCl 1,0 mol/L
c.2) Prego (Fe) + CuSO4 1,0 mol/L
c.3) H2SO4 2,0 mol/L + NaOH 3,0 mol/L
Observe as mudanças ocorridas e identifique as reações abaixo:

Quadro 3 - Resumo dos experimentos dos itens c.1, c.2 e c.3.


Procedimento Mudanças Ocorridas Tipo de Reação
NaHCO3 + HCl
Fe+ CuSO4
H2SO4 + NaOH

V) PÓS-LABORATÓRIO
1) No item a do procedimento experimental, discuta as evidências observadas
nos sistemas e conclua sobre ocorrência de reação química.
2) Complete as reações do item c do procedimento experimental e enquadre-as
de acordo com a classificação.

VI) Bibliografia
1) BACCAN, N., GODINHO, O.E.S., ALEIXO, L.M., STEIN, E. Introdução a
semimicroanálise qualitativa, Editora da UNICAMP, Campinas – SP, 1987.
2) VOGEL, A. I; Química analítica qualitativa, 5a edição, Editora mestre jou –
SP, 1982.

51
10. ESTEQUIOMETRIA

OBJETIVOS

 Observar diferentes reações químicas.


 Analisar aspectos qualitativos e quantitativos das reações químicas.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Uma equação química, tal como a apresentada abaixo, representa uma reação
química sob dois aspectos:
NaOH + HCl  NaCl + H2O
 Aspecto qualitativo – Através das fórmulas químicas, indica quais são as
substâncias (reagentes e produtos) envolvidas na reação.
 Aspecto quantitativo – Indica as quantidades relativas de reagentes consumidos
e de produtos formados, através dos coeficientes estequiométricos.

Através do cálculo estequiométrico, pode-se determinar as quantidades de


reagentes consumidos e de produtos formados nas reações químicas. Os cálculos
estequiométricos podem ser de dois tipos:
 A partir da massa de um dos reagentes, calculam-se as massas dos produtos da
reação química.
 A partir da massa de um dos produtos de uma reação química, calculam-se as
massas dos reagentes.

O seguinte roteiro facilita a resolução de problemas de cálculo estequiométrico:

 Escrever a equação que representa a reação química.


 Encontrar os coeficientes estequiométricos que balanceiam a reação.
 Identificar, no problema, quais são os dados e quais são as incógnitas.
 Relacionar os dados do problema com as incógnitas.

52
PARTE EXPERIMENTAL

A – Material

 Água destilada  Pisseta


 Argola para funil  Proveta (10 mL)
 Béquer  Solução de ácido clorídrico 1
mol/L
 Bico de Bunsen
 Solução de hidróxido de sódio 1
 Cápsula de porcelana
mol/L
 Erlenmeyer (250 mL)
 Solução de nitrato de chumbo 1
 Estante para tubos de ensaio mol/L
 Estufa  Solução de sulfato de cobre 1
mol/L
 Fita de magnésio
 Suporte universal
 Funil de vidro
 Tela de amianto
 Lâmina de zinco
 Tripé
 Papel de filtro
 Tubos de ensaio

B – Procedimento

1ª Parte

a) Coloque 5 mL de solução de ácido clorídrico 1 mol/L em um tubo de ensaio.


Pese uma tira de magnésio. Mergulhe a tira de magnésio na solução ácida.
Observe e anote o que ocorre. O término da reação pode ser observado pelo
desaparecimento do magnésio. Escreva a equação química correspondente.
Através de cálculos estequiométricos, determine a massa dos produtos da reação,
considerando um rendimento de 100%.
b) Pese uma cápsula de porcelana seca. Transfira o conteúdo do tubo de ensaio para
a cápsula de porcelana. Aqueça a cápsula, usando tripé, tela de amianto e bico de
Bunsen, para evaporar o solvente. Observe o que restou na cápsula, após a
evaporação do solvente. Deixe a cápsula esfriar e pese-a novamente. Determine
a massa do produto sólido da reação. Compare a massa obtida com a previsão
estequiométrica. Se for o caso, discuta por que a massa do produto obtido foi
diferente da prevista pela estequiometria da reação.

53
2ª Parte

a) Coloque 10 mL de solução de Sulfato de Cobre 1 mol/L em um tubo de ensaio.


Pese uma tira de zinco. Mergulhe a tira de zinco na solução. Observe e anote o
que ocorre. O término da reação é indicado por uma mudança de coloração da
solução. Escreva a equação química correspondente. Através de cálculos
estequiométricos, determine a massa dos produtos da reação, considerando um
rendimento de 100%.
b) Filtre a mistura obtida e lave o precipitado com 10 mL de água destilada. Após
secagem do sólido obtido, em estufa, pese o mesmo. Determine a massa do
produto sólido da reação. Compare a massa obtida com a previsão
estequiométrica. Se for o caso, discuta por que a massa do produto obtido foi
diferente da prevista pela estequiometria da reação.

3ª Parte

a) Coloque 10 mL de solução de Nitrato de Chumbo 1 mol/L em um tubo de


ensaio. Adicione 1 mL de solução de hidróxido de sódio 1 mol/L. Observe e
anote o que ocorre. Escreva a equação química correspondente. Através de
cálculos estequiométricos, determine a massa dos produtos da reação,
considerando um rendimento de 100%.
b) Filtre a mistura obtida e lave o precipitado com 10 mL de água destilada. Após
secagem do sólido obtido, em estufa, pese o mesmo. Determine a massa do
produto sólido da reação. Compare a massa obtida com a previsão
estequiométrica. Se for o caso, discuta por que a massa do produto obtido foi
diferente da prevista pela estequiometria da reação.

REFERÊNCIAS

1. ROSITO, B., FERRARO, C., REMOR, C., COSTA, I., ALBUQUERQUE, R.


Experimentos em química. v.2 Editora Sulina, 1981.
2. OLIVEIRA, E.A. Aulas práticas de química. Editora Moderna, 1993.
3. RUSSEL, J.B. Química geral. Editora McGraw-Hill, 1982.

54
11. EQUILÍBRIO QUÍMICO

OBJETIVOS

 Desenvolver o conceito de equilíbrio químico;


 Caracterizar o estado de equilíbrio de sistemas químicos;
 Reconhecer alguns fatores que influenciam no equilíbrio químico.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Os íons cromato (CrO4–2) conferem uma coloração amarelada à solução aquosa,


enquanto que os íons dicromato (Cr2O7–2) conferem uma coloração alaranjada. Em solução, estes
dois íons existem em equilíbrio:

Cr2O7–2(aq) + H2O(l) = 2CrO4–2(aq) + 2H+(aq)

Dependendo do pH da solução, este equilíbrio é deslocado para a direita, ou para a


esquerda. Assim, em solução ácida (pH baixo), o equilíbrio é deslocado para a esquerda,
formando mais íons dicromato. Em solução básica (pH alto), o equilíbrio é deslocado para a
direita, formando mais íons cromato.

PARTE EXPERIMENTAL

A – Material

 Pipetas Pasteur
 Proveta de 10 mL
 Solução de ácido clorídrico (HCl) 1 mol/L
 Solução de cromato de potássio (K2CrO4) 0,1 mol/L
 Solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) 0,1 mol/L
 Solução de hidróxido de sódio (NaOH)1 mol/L
 Papel indicador universal de pH
 Suporte para tubos de ensaio
 Tubos de ensaio

B - Procedimento

a) Coloque 2 mL de solução de dicromato de potássio 0,1 mol/L em um tubo de ensaio e 2


mL de solução de cromato de potássio 0,1 mol/L em outro tubo de ensaio. Anote a
coloração e o pH de cada solução.
b) Adicione solução de hidróxido de sódio 1 mol/L, gota a gota, usando pipeta Pasteur, ao
tubo de ensaio contendo a solução de dicromato de potássio, até a mudança de
coloração. Anotar o pH em que ocorre a mudança de coloração.
c) Adicione solução de ácido clorídrico 1 mol/L, gota a gota, usando pipeta Pasteur, ao
tubo de ensaio contendo a solução de cromato de potássio, até a mudança de coloração.
Anotar o que ocorreu. Anotar o pH em que ocorre a mudança de coloração

REFERÊNCIAS
KOTZ, J.C.; TREICHEL Jr., P. Química e Reações Químicas. v.2, Rio de Janeiro: LTC Editora
S.A., 2002. Caps.16 e 17.

55
12. CINÉTICA QUÍMICA

OBJETIVOS

Verificar a influência da temperatura sobre a velocidade de uma reação química.


Verificar a influência da concentração sobre a velocidade de uma reação química.
Verificar a influência de um catalisador sobre a velocidade de uma reação química.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Neste experimento será realizada sempre a mesma reação. Varia-se apenas, ora a
temperatura, ora a concentração dos reagentes, ora a presença ou não de catalisador. A
modificação na velocidade da reação será devida a um destes fatores.
Sabemos, outrossim, que a velocidade média é dada pela expressão:

V m=
Δt , [ ]
ΔC mol /l
s

onde: ΔC = Variação da concentração de um dos reagentes ou um dos produtos.


Δt = Variações do tempo em que ocorrem as reações;
logo, para a reação genérica aA + bB  cC + dD

−1 Δ [ A ] −1 Δ [ B ] 1 Δ [ C ] 1 Δ[D ]
V m=
a Δt = b Δt = c Δt = d Δt
Portanto, quanto menor o tempo de reação, maior a velocidade.
Reação:
5C2O4-- + 2MnO4- + 16H+  10CO2 + 2Mn++ + 8H2O
O íon permanganato (MnO4-) apresenta a cor violeta e ao reagir com o oxalato
(C2O4- -) forma o MnO (Mn++) que é incolor, se esta reação se processar em meio
ácido, como é o nosso caso.
Desta forma pode-se medir a velocidade da reação pela medida do intervalo de
tempo necessário para descorar a solução após a adição do permanganato.
Observação: Se a reação for realizada em meio básico, forma-se o MnO2 de cor
turva escura (marrom). A formação do MnO2 também é causada pela ação da luz.
Escrever a expressão geral da velocidade média desta reação, em função dos
reagentes e dos produtos:
A reação será realizada:

56
a) Em temperaturas diferentes, visando observar a influência desta sobre a
velocidade da reação;
b) Com diferentes concentrações, visando observar a influência desta sobre a
velocidade da reação;
c) Em presença e ausência de catalisador, visando observar o efeito deste sobre a
velocidade da reação;

EXPERIMENTO
A – Material
4 copos de béquer de 250 ml Tela de amianto
Proveta de 10 ml e de 50 ml Termômetro
Bastão de vidro Solução de ácido clorídrico 5 M
Cronômetro Solução de ácido Oxálico 0,5 M
Tripé Solução de permanganato de potássio 0,04 M

B – Procedimento

1ª Parte: Influência da Concentração:


a) Numerar 4 copos de Béquer, limpos e secos.
b) No béquer 1 adicionar em ordem: 10 ml de HCl 5 M, 5 ml de solução ácido
oxálico, 0,5 M (medidos com proveta) e com o auxílio de uma pipeta adicionar 4
ml de solução de KMnO4. Agitar a solução. Contar o tempo de descoramento a
partir do instante em que foi adicionado o KMnO 4 e registrar este tempo na
tabela a seguir.
c) No béquer 2 novamente adicionar 10 ml de HCl, 5 M, 5 ml de ácido oxálico, 0,5
M. Acrescentar 50 ml de água destilada e agitar a solução até homogeneizar.
Com auxílio de pipeta adicionar 4 ml, de solução de KMnO 4. Agitar a solução e
contar o tempo de descoramento.
d) No béquer 3 repetir as mesmas operações adicionando 100 ml de água destilada.
e) No béquer 4 repetir as mesmas operações adicionando 150 ml de água destilada.

Nº do béquer Tempo de descoramento Concentração de C2O4- -


1
2
3
4

Observação: Para calcular a concentração de oxalato, utilizar a fórmula:

57
M1V1 = M2V2
Construir o gráfico colocando no eixo das ordenadas a concentração de oxalato (C2O4- -)
e no eixo das abcissas o tempo de descoramento.

2ª Parte: Influência da temperatura:


a) Lavar e secar os 4 copos de béquer da primeira parte para utilizar novamente.
b) Adicionar aos copos de béquer 1, 2, 3 e 4, 10 ml de HCl 5 M, 5 ml de Ácido
oxálico 0,5 M e 10 ml de água destilada.
c) Ao copo de béquer 1 adicionar à temperatura ambiente, 4 ml de solução de
KMnO4, 0,04 M. Agitar. Anotar na tabela a seguir o tempo de descoramento e a
temperatura (na qual ocorreu o descoramento).
d) Elevar a temperatura do copo de béquer 2 até próximo aos 35 oC. Repetir os
procedimentos do item c, anotar a temperatura (na qual ocorreu o
descoramento).
e) Elevar a temperatura do copo de béquer 3 até próximo aos 45 oC. Repetir os
procedimentos do item c.
f) Elevar a temperatura do copo de béquer 4 até próximo aos 55 oC. Repetir os
procedimentos do item c.
Nº do béquer Tempo de descoramento Temperatura
1
2
3
4

Construir o gráfico colocando no eixo das ordenadas a temperatura e no eixo das


abcissas o tempo de descoramento.
3ª Parte: Influência de catalisador.
a) Nos béqueres 1 e 2 depois de lavados e secos adicionar 50 ml de água destilada,
10 ml de HCl e 5 ml de ácido Oxálico.
b) Ao béquer 1 adicionar 4 ml de solução de KMnO4 0,04 M. Agitar e anotar o
tempo de descoramento. Guardar a solução para o item d.
c) Ao béquer 2 adicionar 2 gotas de solução de KMnO4 0,04 M. Agitar e anotar o
tempo de descoramento.
d) Ao béquer 1 adicionar novamente 4 ml de solução de KMnO4 0,04 M e anotar o
tempo de descoramento em 1b.

Nº do béquer Tempo de descoramento


1a
2
1b

58
Observação: O catalisador desta reação é o Mn++ produto da própria reação.
Explicar a causa das diferentes velocidades nos copos 1a, 2 e 1b.
Transcrever a expressão geral da velocidade média da reação.

Referências

4. Experimentos em Química, Rosito, B., Ferraro, C., Remor, C., Costa, I.,
Albuquerque, R. Ed. Sulina Vol.2 1981.
5. Aulas práticas de química, Oliveira, E.A. Ed. Moderna, 1993.
6. Química Geral, Russel J.B., Ed. McGraw-Hill, 1982.

59
13. TERMODINÂMICA QUÍMICA: CALOR DE REAÇÃO

Neste experimento serão determinados os calores de reação correspondentes aos


seguintes processos:

I. Dissolução do hidróxido de sódio sólido em água.


NaOH(s)  Na+(aq) + OH– (aq) H1 = ?
II. Reação do hidróxido de sódio sólido com uma solução aquosa de ácido clorídrico.
NaOH(s) + H+(aq) + Cl –(aq)  Na+(aq) + Cl– (aq) + H2O (l) H2 = ?
III. Reação entre uma solução de hidróxido de sódio e uma solução de ácido clorídrico.
Na+(aq) + OH– (aq) + H+(aq) + Cl –(aq)  Na+(aq) + OH–(aq) + H2O(l) H3 = ?

Para calcular os calores de reação, pelo procedimento abaixo, é necessário saber


os valores dos calores específicos da água (1,0 cal / g oC) e do vidro (0,2 cal / g oC).

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Calor da Reação I

1. Pese um erlenmeyer de 250 mL, seco e limpo, com aproximação de 0,1 g.


2. Acrescente 200 mL (1 mL) de água destilada ao erlenmeyer e meça a temperatura,
com um termômetro. Para calcular a massa de água, considere a densidade igual a
1,0 g / mL.
3. Pese cerca de 2 g de hidróxido de sódio (NaOH) sólido, com aproximação de 0,01 g.
4. Adicione o hidróxido de sódio à água do erlenmeyer e agite com bagueta de vidro,
até dissolvê-lo. Verifique, com um termômetro, a variação da temperatura da
solução durante todo o processo de dissolução. Anote a temperatura máxima
alcançada.

Tabela I. Dados experimentais para a reação I.


 Massa do erlenmeyer / g
 Temperatura da água / oC
 Massa de água / g
 Massa de NaOH / g
 Temperatura máxima medida / oC

Calor da Reação II

5. Lave e enxugue o erlenmeyer de 250 mL utilizado na etapa anterior.


6. Repita o procedimento dos itens 2, 3 e 4, substituindo a água do item 2 por 200 mL
de solução aquosa de ácido clorídrico 0,25 mol / L. Para calcular a massa da solução
de ácido clorídrico, considere a densidade igual a 1,0 g / mL.

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Tabela II. Dados experimentais para a reação II.
 Massa do erlenmeyer / g
 Temperatura da solução de HCl / oC
 Massa da solução de HCl / g
 Massa de NaOH / g
 Temperatura máxima medida / oC

Calor da Reação III

7. Lave e enxugue o erlenmeyer de 250 mL utilizado na etapa anterior.


8. Coloque 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,5 mol / L em uma proveta
e meça sua temperatura. Para calcular a massa da solução de hidróxido de sódio,
considere a densidade igual a 1,0 g / mL.
9. Coloque 100 mL de uma solução de ácido clorídrico 0,5 mol / L em uma proveta e
meça sua temperatura. Para calcular a massa da solução de ácido clorídrico,
considere a densidade igual a 1,0 g / mL.
10. Coloque a solução de ácido clorídrico no erlenmeyer de 250 mL.
11. Adicione a solução de hidróxido de sódio, à soluça de ácido clorídrico, agitando
com uma bagueta.
12. Anote a temperatura máxima alcançada.

Tabela III. Dados experimentais para a reação III.


 Massa do erlenmeyer / g
 Temperatura da solução de HCl / oC
 Temperatura da solução de NaOH / oC
 Massa da solução de HCl / g
 Massa da solução de NaOH / g
 Temperatura máxima medida / oC

QUESTÕES

1. Os processos investigados são endotérmicos ou exotérmicos? Explique.


2. Qual é a relação entre as seguintes unidades de energia: caloria e Joule.
3. Em cada reação, determine a quantidade de calor absorvida pela solução e pelo
frasco de vidro.
4. Determine os calores (H) das reações I, II e III, em calorias e em Joules.
5. Determine a quantidade, em moles, de hidróxido de sódio utilizada em cada reação.
6. Calcule as entalpias molares das reações I, II e III, em cal/mol e em J/mol de NaOH.
7. Quantas calorias teriam sido liberadas da reação I se tivessem sido utilizados 4 g de
hidróxido de sódio? Qual o efeito disto no valor da entalpia molar?

BIBLIOGRAFIA
1. BRADY, J. E.; HUMISTON, G. E. Química Geral. 2.ed, v.2, LTC Editora: Rio de
Janeiro, 1986.

61
14. PROJETO I: CORROSÃO

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Prepare 100 ml de solução de: sulfato de cobre 0,1 mol/L; sulfato de zinco 0,1 mol/L,
Nitrato de prata 0,1 mol/L (ou outras disponíveis);
2. Desencape um pedaço de fio de cobre deixando cerca de 2 cm encoberto. Dê três
voltas com a parte desencapada em um lápis;
3. Coloque cerca de 20 mL de cada uma das soluções acima em um béquer de pequena
capacidade. Mergulhe a espiral de cobre inicialmente no béquer com solução de
sulfato de cobre. Anote as modificações observadas (mudança de cor, formação de
bolhas etc.)
4. Retire a espiral de cobre e limpe-a bem com água destilada. Mergulhe-a em seguida
na solução de sulfato de zinco. Faça as mesmas observações anteriores. Proceda da
mesma forma para a solução de nitrato de prata.
5. Repita o procedimento utilizando uma lâmina de zinco nas soluções: sulfato de
zinco, nitrato de prata e sulfato de cobre.
6. Imagine agora uma lâmina de prata sendo colocada nas soluções: nitrato de prata;
sulfato de cobre e sulfato de zinco. Com base nos resultados anteriores, indique o
que esperaria ocorrer.
Faça um esquema como abaixo e responda com SIM ou NÃO
Metais DOAM e?
ÍON Íons em solução RECEBEM e ? 
Cu(s) Zn(s) Ag(s)
Cu
Zn
Ag

7. Faça todas as reações que se processaram durante cada teste.


8. Quais das reações acima seriam espontâneas? Por quê?
9. Como você faria para medir o potencial para as reações de cada uma dos
experimentos acima? (cite os instrumentos que você usaria se necessário)
10. Escreva simbolicamente cada reação usando a terminologia eletroquímica.

62
15. PROJETO II: REAÇÃO DE ÓXIDO-REDUÇÃO: BAFÔMETRO

Este experimento tem por objetivo a construção de um modelo de bafômetro. O


princípio de funcionamento deste bafômetro está na observação da mudança de
coloração que ocorre durante a reação de óxido-redução, em solução aquosa, entre o
dicromato (Cr2O7-2) e o etanol (CH3CH2OH), segundo a Equação 1. (BRAATHEN,
1997)

Cr2O7-2 + 8H+ + 3 CH3CH2OH = 2Cr+3 + 3 CH3CHO + 7H2O (1)

Uma solução contendo íons dicromato (Cr2O7-2) possui coloração alaranjada,


enquanto que uma solução contendo íons cromo III (Cr+3) possui coloração verde.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Cada equipe deverá reunir o material necessário e realizar o experimento, conforme


procedimento descrito na literatura (FERREIRA et. al., 1997). No relatório, além dos
tópicos normais, deverão ser incluídas as questões que constam na referência e as
respectivas respostas dadas pela equipe.

REFERÊNCIAS

BRAATHEN, P.C. Química Nova na Escola. n.5, p.3-5, 1997.

FERREIRA, G.A.L.; MÓL, G.S.; SILVA, R.R. Química Nova na Escola. n.5, p.32-33, 1997.

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16. PROJETO III: EXTRAÇÃO DO DNA DE CÉLULAS ANIMAIS E
VEGETAIS

Este experimento tem por objetivo a extração do DNA, a partir de células de


bananas ou cebolas.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Com o auxílio de dois copos ou béqueres, amassar duas bananas, pode-se utilizar
para isso um almofariz e pistilo, ou outro recipiente que sirva para o mesmo objetivo,
misturando junto cerca de 3 gramas de sal de cozinha (NaCl), 10 ml de detergente de
cozinha (Incolor) e mais 100 ml de água destilada.
Após homogeneizar bem a mistura por cerca de 15 minutos, em um funil colocar
2 gazes na parte larga para filtrar, formando uma espécie de peneira. Agora despejar o
conteúdo da mistura no funil com gaze até filtrar. Dividir o conteúdo filtrado em tubos
de ensaio e adicione 10 ml de álcool previamente resfriado. Após observe as partes
formadas e com um pegador em forma de gancho ou um palito, insira dentro do tubo e
puxe para cima lentamente.
Observar os filamentos de cor branca que se precipitaram no limite da camada
de álcool. Com um palito retirar os filamentos observados.

REFERÊNCIAS

NORDELL, K.J.; JACKELEN, A.L.; CONDREN, M.S.; LISENSKY, G.C; ELLIS,


A.B. Journal of Chemical Education. v.76, n.3, p.400A-400B, 1999.

64
17. PROJETO IV: DETERMINAÇÃO DA GRAMATURA DO
PAPEL

Tarefa: Determinar a razão entre a massa e a área de uma folha de papel.


Objetivos:

1. Fazer medidas de área e massa identificando em ambos os casos a precisão dos


instrumentos utilizados;
2. Obter a gramatura do papel e expressá-lo através de parâmetros estatísticos
apropriados (média e desvio padrão);
3. Comparar o valor obtido com o valor de gramatura indicado para o papel
utilizado (erro).
4. Obter a área e o raio de um círculo através de medidas de massa.

Observação: Cada equipe deverá trazer tesoura e régua escolar


Material de apoio (internet):

Balança Analítica (http://www.chemkeys.com/bra/ag/tda_8/udba_1/udba_1.htm)


Sugestão Bibliográfica:
N. Baccan, J. C. de Andrade, O. E. S. Godinho e J. S. Barone Química Analítica
Quantitativa Elementar 2a Edição. Edgar Blucher, Campinas, 1979.
LUZ JUNIOR, Geraldo Eduardo da, SOUSA, Samuel Anderson Alves de, MOITA,
Graziella Ciaramella et al. Experimental general chemistry: a new teaching
approach. Quím. Nova, Jan./Feb. 2004, vol.27, no.1, p.164-168.

65
18. PROJETO V: TESTE DA CHAMA

1. Objetivo:
- Identificar alguns metais através de sua radiação visível

2. Introdução:
Uma das mais importantes propriedades dos elétrons é que suas energias são
"quantizadas", isto é, um elétron ocupa sempre um nível energético bem definido e
não um valor qualquer de energia. Se no entanto um elétron for submetido a uma
fonte de energia adequada (calor, luz, etc.), pode sofrer uma mudança de um nível
mais baixo para outro de energia mais alto (excitação). O estado excitado é meta-
estável (de curtíssima duração) e portanto, o elétron retorna imediatamente ao seu
estado fundamental. A energia ganha durante a excitação é então emitida na forma de
radiação visível do espectro eletromagnético que o olho humano é capaz de detectar.
Como o elemento emite uma radiação característica, ela pode ser usada como método
analítico.
Em geral, os metais, sobretudo os alcalinos e alcalinos terrosos são os
elementos cujos elétrons exigem menor energia para serem excitados; por isso foram
escolhidos sais de vários destes elementos para a realização deste experimento.

3. Material e Reagentes:
Bico de Bunsen Solução de cloreto de cálcio (CaCl2)
Algodão Solução de cloreto de bário (BaCl2)
Vareta de vidro (rosca) Sol. de sulfato. de cobre pentahidratado
(CuSO4.5H2O)
Solução problema Solução de cloreto de sódio (NaCl)
Sol.de cloreto de lítio (LiCl) Solução de cloreto de potássio (KCl)

4. Procedimento Experimental:

Usando a vareta de vidro disponível em sua bancada e um chumaço de


algodão, faça um "cotonete" de aproximadamente 0,5 cm de diâmetro. Umedeça o
cotonete na solução do sal do metal a analisar e toque-o na lateral da chama azul do
bico de Bunsen. Verifique a cor que a chama adquire e anote. Se houver dúvida
quanto a cor, repita o teste quantas vezes achar necessário.

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Figura 1. Procedimento experimental de teste da chama.
Retire o algodão da vareta e limpe-a. Refaça o "cotonete" e repita o teste
para cada uma das soluções de sais colocadas em sua bancada. Lembrando sempre
que, a cada teste, a vareta deve ser limpa e o "cotonete" refeito com um novo
chumaço de algodão. Ao final, reúna os resultados de seus testes em uma tabela
como a que segue:

sal analisado metal presente cor da chama


___________ ____________ ____________
___________ ____________ ____________
___________ ____________ ____________
___________ ____________ ____________
___________ ____________ ____________
___________ ____________ ____________

Ao concluir o preenchimento da tabela acima, faça o teste com a "solução


problema" a fim de identificar o metal presente.

5. Questionário:
1. Em que se fundamenta o teste da Chama?
2. O teste da chama pode ser aplicado a todos os metais?
3. Grande parte da iluminação de Teresina é feita com lâmpadas a vapor de sódio.
Por que elas apresentam coloração amarela?
4. Qual a diferença entre "espectro eletromagnético" e "espectro atômico"?

6. Bibliografia:

VOGEL, A. "Química Analítica Qualitativa Elementar" Editora Mestre Jou, São


Paulo1978.
RUSSEL, J. B. "Química Geral" Ed. Mc Graw-Hill do Brasil Ltda., São Paulo, 1982.
http://www.infoescola.com/quimica/teste-da-chama/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10951/TesteDeChama/
Teste_de_Chama.html

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