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APOSTILA DE

QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL

SEMESTRE 2023.1

Discente:______________________________________________________________________

Matrícula:_____________________________________________________________________

Turma /Subturma:______________________________________________________________

Horário das aulas de LABORATÓRIO:_______________________________________________

Professor/e-mail:

Profa. Salete Martins Alves/ salete.alves@ufrn.br

NATAL/RN
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 03
CALENDÁRIO DE AULAS........................................................................................ 03
EXPERIMENTO I.............................................................................................................. 04
Estações de laboratório – Normas de segurança e teste da chama
EXPERIMENTO II............................................................................................................ 17
Estequiometria - Titulação
EXPERIMENTO III........................................................................................................... 22
Calorimetria de neutralização
EXPERIMENTO IV........................................................................................................... 27
Eletroquímica

IMPORTANTE:

O ALUNO DEVERÁ ZELAR PELA SUA SEGURANÇA E DO PRÓXIMO, RESPEITANDO


AS NORMAS ESTABELECIDAS NESSA APOSTILA.

Para participar das aulas práticas PRESENCIAIS os itens abaixo são obrigatórios:
- Bata ou Jaleco;
- Estar vestindo CALÇA COMPRIDA;
- Estar usando sapatos TOTALMENTE fechados;
- Estar portando a APOSTILA do laboratório IMPRESSA.
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APRESENTAÇÃO
A equipe de professores, técnicas e monitores dá as boas vindas aos alunos do Componente
Curricular Química Geral do Curso de Bacharelado em Ciências e Tecnologia da Escola de Ciências
e Tecnologia (EC&T) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e solicita a todos
que façam a leitura desta apostila.
O componente curricular de Química Geral, NESTE SEMESTRE, está dividido em aulas
teóricas e quatro aulas práticas remotas, que abordam os temas apresentados das aulas teóricas. Os
temas escolhidos foram “Estrutura atômica”, “Estequiometria”, “Termoquímica” e “Eletroquímica”.
O presente material contém os roteiros das aulas EXPERIMENTAIS e uma breve revisão
sobre o tema abordado, com o objetivo de melhorar o aprendizado e, por questões de segurança,
recomenda-se que cada roteiro seja estudado antes da aula prática.
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EXPERIMENTO I – ESTAÇÕES DE LABORATÓRIO: NORMAS DE SEGURANÇA E


TESTE DA CHAMA

OBJETIVOS

Postura e segurança laboratorial, bem como a apresentação e treinamento do uso de


equipamentos e vidrarias; identificação de cátions metálicos através do teste da chama.

SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

É necessário que você conheça a localização e o manuseio dos seguintes acessórios de


segurança:

• Caixa de máscara contra gases;


• Caixa de primeiros socorros;
• Chave geral de eletricidade;
• Extintores de incêndio;
• Lava-olhos;
• Chuveiro de segurança;
• Saída de emergência;
• Telefones de emergência.

CUIDADOS IMPORTANTES DURANTE A REALIZAÇÃO DOS EXPERIMENTOS

1. Caso aconteça algum acidente no Laboratório, procure imediatamente o Professor responsável,


mesmo que não haja danos pessoais ou materiais. Você deve, sempre que possível, evitar trabalhar
sozinho, porque, em caso de acidente, haverá sempre alguém para socorrê-lo (a).

2. Não faça experiência fora do roteiro da aula e nunca trabalhe sem a autorização do Professor.

3. Você não deve fumar ou alimentar-se no Laboratório. Lave bem as mãos ao deixar o local de
trabalho para evitar acidentes ou contaminações.

4. Se você tiver cabelos longos, deve mantê-los presos durante a realização do experimento, porque
em caso de acidentes estará mais protegido (a).

5. Sua maneira de vestir, ao utilizar o Laboratório, também é um fator importante para evitar
acidentes.
Portanto, não use sandálias ou calçados abertos. Sempre que estiver no Laboratório, use avental, de
preferência de algodão, longo e de mangas compridas. Use também óculos de segurança, luvas
descartáveis e evite usar lentes de contato.

6. Antes de manusear qualquer produto químico, leia com atenção o rótulo do frasco. Caso não
conheça o reagente, consulte o responsável pelo Laboratório.
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7. Quando você estiver utilizando frascos de reagentes, tenha sempre o cuidado de nunca deixá-los
destampados para evitar evaporações ou absorção de umidade. Outro cuidado é nunca retornar
reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados, pois pode haver contaminação
no frasco de origem. Evite também circular com eles pelo laboratório.

8. Cuidado ao aquecer vidro. Se ele estiver quente, tem a mesma aparência do frio. Para evitar que
você se queime, use sempre luvas de isolamento térmico ao manipular material aquecido.

9. Nunca aponte um tubo de ensaio em sua direção ou na direção de seu vizinho, quando estiver
aquecendo um material, principalmente um líquido. Uma formação violenta de vapor pode projetá-
lo e provocar queimaduras.

10. Jamais aqueça diretamente em uma chama um recipiente de vidro. Com o aquecimento, eles
quebram facilmente e os estilhaços podem provocar ferimentos.

11. Não aqueça um líquido inflamável com chama direta. Faça o aquecimento por meio de um banho
de vapor ou de uma chapa elétrica. A chama pode provocar a inflamação do líquido, seguida de
explosão.

12. Nunca verifique o sabor de qualquer produto químico, pois poderá causar danos a sua saúde. Não
é aconselhável também verificar o seu odor. Caso seja necessário, não ponha o rosto diretamente
sobre o recipiente que o contém, porque a aspiração direta de um gás pode causar irritação nas vias
respiratórias. Com a mão em forma de concha, traga para o rosto o vapor que se desprende do
recipiente.

13. Qualquer experimento em que possa ocorrer desprendimento de vapores venenosos ou corrosivos
deve ser realizado em uma capela, local com ambiente fechado e envidraçado, com escape natural ou
produzido por um exaustor, que libera os vapores diretamente para a atmosfera ou para um recipiente
adequado.

14. Você nunca deve pipetar líquidos cáusticos ou tóxicos diretamente. Use sempre pipetadores. Um
pipetador pode ser improvisado a partir de uma seringa conectada à pipeta por meio de um pedaço de
mangueira de látex.

15. Quando diluir os ácidos sulfúrico (H2SO4), nítrico (HNO3), clorídrico (HCl) ou outro ácido forte,
faça sempre o seguinte: ponha primeiro a água no recipiente e em seguida adicione o ácido
lentamente. Nunca adicione água ao ácido.

16. Durante suas experiências, você irá trabalhar com materiais corrosivos, tóxicos, inflamáveis, etc.
Ao término, se precisar desprezar o resíduo desses materiais não os deixe abandonados num lugar
qualquer do laboratório. No decorrer das aulas, você será orientado como se deve desprezar ou
armazenar rejeitos químicos.
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17. Evite o uso de aparelhos de som, quando estiver realizando qualquer atividade de Laboratório.

18. As áreas de circulação do Laboratório devem estar livres para facilitar a saída das pessoas em
caso de emergência.

19. Se houver contato de algum produto químico com a pele, olhos ou boca, o que pode ocasionar
queimaduras, lave imediatamente o local afetado com bastante água corrente. A seguir, procure o
tratamento adequado para cada caso.

20. Você deve fazer sempre a comunicação, aos responsáveis pelo Laboratório, de situações
anormais, como mau funcionamento de equipamentos, falha de iluminação, ventilação ou qualquer
condição insegura. De preferência, a situação deve ser registrada por escrito.

21. Sempre devemos colocar avisos no Laboratório, quando ocorrer situações do tipo: rejeitos à
espera de descarte, instalação de equipamentos, manutenção preventiva e materiais aquecidos,
quebrados ou danificados.

22. É recomendável providenciar o conserto de equipamentos danificados. Material sem condição de


reaproveitamento deve ser descartado, considerando as Normas do Patrimônio da Instituição.

23. Se você for o último a sair do Laboratório, verifique se está tudo em ordem e desligue
equipamentos e luzes.

MATERIAIS MAIS USADOS NO LABORATÓRIO

Em um Laboratório de Química existem vários tipos de vidraria que possuem as mais diversas
utilidades. Algumas são usadas para medir volumes de líquidos, outras para fazer reações químicas,
aquecimentos e filtração, entre outras funções. Elas possuem capacidades variáveis e é importante
que você saiba como escolher e usar cada uma delas. Abaixo estão as vidrarias, acessórios e
equipamentos que serão utilizados nas aulas práticas:

Béquer

Recipiente com ou sem graduação, de forma alta ou baixa. Usado no preparo


de soluções, na pesagem de sólidos e no aquecimento de líquidos, bem como
em reações de precipitação e em recristalizações.

Erlenmeyer

Recipiente utilizado na análise titulométrica, no aquecimento de líquidos e na


dissolução de sólidos. A sua forma cônica torna-o apropriado para conter
líquidos durante reações conduzidas sob agitação.

Bastão de vidro
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Usado na transferência de líquidos e na dissolução de sólidos.

Balão volumétrico

Recipiente calibrado, destinado a medir um volume preciso de líquido a uma


dada temperatura.
É utilizado no preparo e na diluição de soluções de concentração definida
(soluções-padrão). Os volumes nominais dos balões volumétricos
(especificados pelo fabricante) são geralmente medidos a 20°C.

Barrinha magnética
A Barra magnética é muito utilizada em Agitadores Magnéticos para
homogeneizar soluções. É conhecido como peixinho ou pulguinha.

Proveta

Frasco destinado a medidas aproximadas de volume. Provetas com volumes


nominais variados são encontradas no comércio.

Pipeta
Graduada Volumétrica

Instrumento calibrado para a medida precisa de volumes e para a


transferência de líquidos a uma dada temperatura. Há basicamente
dois tipos de pipetas: as graduadas (A) e as volumétricas ou de
transferência (B). As primeiras são usadas para medir e escoar
volumes variáveis de líquidos, enquanto as volumétricas são
utilizadas para transferir, com precisão, volumes fixos de
líquidos.

Bureta

Equipamento calibrado para permitir o escoamento de volumes precisos de


líquidos. É muito utilizada em titulações, pois a torneira (na sua parte inferior)
permite o controle da vazão do líquido. Buretas e microburetas de capacidades
nominais variadas são encontradas no comércio.

Garra
São feitas de alumínio ou ferro e ligam-se ao suporte universal por meio de
mufas. Destinam-se à sustentação de utensílios como buretas, condensadores,
frascos Kitassato, balões de fundo redondo, entre outros.
Suporte Universal
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Utilizado na sustentação de equipamentos em geral.

Pisseta

Frasco próprio para armazenamento de pequenas quantidades de água


destilada, álcool ou outros solventes. É usado também na lavagem de
recipientes ou precipitados. Deve ser rotulado claramente ou confeccionado
em cor ou forma diferentes quando usado para conter líquidos inflamáveis.

Dessecador

Usado no armazenamento de substâncias que devem ser mantidas sob pressão


reduzida ou em condições de umidade baixa.

Termômetro

Instrumento empregado na medida de temperatura. A escolha de um


termômetro depende principalmente da faixa de temperatura de interesse.

Vidro de relógio
Empregado no recolhimento de sublimados, na pesagem de sólidos, em
evaporações e na secagem de sólidos não-higroscópicos.

Pipeta de Pasteur
A pipeta de Pasteur é um utensílio semelhante a um conta-gotas e é usado para
efetuar a transferência de pequenas porções de líquidos e também acertar
meniscos no preparo de soluções.

Espátula

Destinada à transferência de substâncias sólidas, especialmente em pesagens.


Pode ser fabricada em aço inoxidável, porcelana ou plástico.

Estufa
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Equipamento empregado na secagem de materiais por aquecimento. Atinge


temperaturas de 200°C ou mais.

Balança analítica

Instrumento utilizado para determinações de massa.

Frasco de reagente

São encontrados em vários tamanhos e volumes e podem ser incolores ou de


cor âmbar. Estes últimos são empregados no armazenamento de substâncias
fotossensíveis.

Chapa Aquecedora/Agitador
magnético

Este equipamento é constituído por uma placa térmica onde se coloca o


recipiente contendo a solução a ser aquecida e/ou agitada. A agitação é feita
colocando-se dentro da solução uma barra magnética que vai criar um campo
magnético com a base do agitador. A temperatura e as rotações podem ser
controladas.

Cabo com ponta tipo Jacaré

O cabo com ponta tipo Jacaré é comumente empregado em pontas de prova


para multímetros e em fontes de alimentação de oficinas que trabalham com
conserto de eletrônicos e desenvolvimento de projetos robóticos. Para usar
basta apertar e agarrar o terminal que deseja o contato.

Capela

Local fechado e equipado com exaustor onde são realizadas reações que
liberam substâncias voláteis ou gases tóxicos.
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MANUSEIO DE VIDRARIA

Como lavar a vidraria

▪ Sempre que iniciar um experimento, verifique se a vidraria com a qual vai trabalhar está bem
limpa. A limpeza pode ser efetuada lavando-a com detergente, enxaguando-a bastante com
água de torneira, e em seguida com água destilada.
▪ Se você vai trabalhar em experimentos que requerem uma maior precisão, deve, além de fazer
a lavagem descrita acima, enxaguar a vidraria com um pouco de álcool ou de acetona.
▪ Para uma limpeza rigorosa, após lavar o material com detergente e água de torneira, é
necessário deixar a vidraria em contato, por tempo prolongado (geralmente horas), com uma
solução de limpeza.

Medidas de volume

▪ Quando realizar alguma medida de volumes de líquidos, você deverá saber se esta exige
precisão para que possa usar a vidraria adequada.
▪ Em medidas aproximadas, são utilizados geralmente cilindros graduados ou provetas. Nas que
exigem precisão, devemos usar pipetas, buretas ou balões volumétricos, dependendo da
medida que queira efetuar.
▪ A medição exata de um determinado volume implica na formação do menisco, isto é, da curva
formada na superfície do líquido, acima (menisco côncavo – Figura 1A) ou abaixo (menisco
convexo – Figura 1B) da marcação horizontal da vidraria a depender do tipo de líquido que
está sendo medido. Veja a forma correta da leitura do menisco na Figura 2 abaixo:

Figura 1: Formas do menisco: Figura 2: Forma correta da leitura do


(A) menisco côncavo; menisco; linha de visão no mesmo
(B) menisco convexo. nível da superfície do líquido.

▪ Pipetas, buretas e balões volumétricos são chamados de vidraria volumétrica e são calibrados
pelo fabricante com temperatura padrão de calibração de 20 oC ou 25 oC, cuja capacidade
pode variar de 1 mL a 2000 mL.
▪ Você não deve também mergulhar nenhum material no frasco original para retirar líquidos.
Para isso, coloque uma quantidade aproximada do líquido que vai utilizar em um becker ou
erlenmeyer e, a partir daí, faça a medida. Para evitar contaminação, não devolva a sobra
do material ao frasco original.
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Secagem da vidraria
▪ A secagem da vidraria volumétrica, assim como de materiais plásticos, é feita em temperatura
ambiente. As vidrarias volumétricas podem sofrer dilatação e perder a aferição de volume.
▪ Vidrarias de medidas aproximadas podem ser secam em estufa a aproximadamente 60° C por
24 horas ou até que a vidraria seque.
▪ Nunca coloque um material quente (acima de 60 oC), de vidro ou porcelana, em cima de uma
bancada fria, porque o choque térmico pode provocar a quebra do material.
▪ O uso de vidraria molhada pode causar erro nos seus resultados. Por exemplo: se você quer
medir o volume de uma solução de cloreto de sódio (NaCl), de concentração 0,1 mol L-1, com
uma proveta molhada, o líquido resultante não terá mais aquela concentração, pois a água no
interior da proveta irá diluir a solução.

PESAGEM

As medidas de massa são feitas utilizando-se balanças, classificadas de acordo com a precisão
(reprodutibilidade) em analíticas e semi analíticas. Nas analíticas, a precisão das medidas é de 0,0001
g ou superior, enquanto nas semi analíticas, a faixa é de 0,1 a 0,001 g. Ao determinar a massa de um
material qualquer em uma balança, você realiza uma operação que é chamada de pesagem.

▪ Antes de iniciar qualquer pesagem, verifique sempre se a balança está nivelada e se o


prato, ou pratos (se houver mais de um), está limpo. Não a utilize, se algum estiver
sujo. Limpe-o com pincel, pano limpo ou papel toalha.

▪ Zere sempre a balança antes de colocar no prato o material que deseja pesar. A
operação de zerar a balança consiste em deixar todas as casas de leitura do visor no
zero.

▪ Ao fazer uma pesagem, caso não precise da massa do recipiente, zere novamente a
balança. Essa operação chama-se “tarar a balança”. Ela fica zerada mesmo com o
recipiente em cima do prato.

▪ Não coloque produtos químicos diretamente no prato da balança. Use o recipiente


apropriado para o experimento que vai realizar.

▪ Nunca pese recipientes que estejam molhados pelo lado de fora, porque pode danificar
o prato da balança ou causar erro na leitura.

▪ Não pese objetos quentes ou muito frios, principalmente se a balança for eletrônica e
de precisão, pois o ar quente ou frio pode alterar a leitura e danificar os seus
componentes.

▪ Mantenha as portas de vidro da balança fechadas no momento da leitura, porque o ar


do ambiente pode alterar a leitura realizada.
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▪ Não é aconselhável que manuseie os objetos a serem pesados diretamente com a mão.
Use pinças adequadas, ou um papel fino (pode ser papel higiênico), para evitar que a
gordura da mão altere o resultado da pesagem.

MEDIDAS DE TEMPERATURA

▪ As medidas de temperatura são feitas usando termômetros de mercúrio. Para fazer


uma medida de temperatura, assegure-se de que o bulbo do termômetro esteja
mergulhado no material que deseja realizar a medida, tendo o cuidado para que ele não
toque as paredes ou o fundo do recipiente.

▪ Espere até que ocorra o equilíbrio térmico entre o bulbo do termômetro e o material
para realizar a medida (~ 3 min).

TESTE DA CHAMA

O teste de chama é uma técnica utilizada para a identificação de átomos ou íons presentes em
algumas substâncias, o teste é bem simples. Consiste em expor um sal (composto iônico) a uma chama
(energia na forma de calor), observar a coloração adquirida pela chama e associar com diferentes
espécies químicas com base na cor observada.
Este experimento é fundamentado na teoria de Bohr que fornece a explicação para o espectro
do átomo de Hidrogênio. De acordo com esta teoria, ao fornecer uma determinada quantidade de
energia à molécula de H2, ocorre a quebra da molécula e o processo de atomização na qual as espécies
iônicas H+ formam os átomos de H no estado fundamental, em seguida o único elétron de valência
do átomo de H absorve uma quantidade de energia específica e vai para o próximo nível ou subnível
de energia superior ficando no que chamamos de estado excitado. Este estado é instável, dura apenas
frações de segundos e, ao retornar para o seu estado fundamental, este elétron emite a energia
anteriormente absorvida. Esta emissão pode ocorrer em comprimentos de onda que estão dentro da
região visível do espetro eletromagnético (Figura 3), e vão depender também da mudança do nível
eletrônico de energia. A transição do ou para o estado fundamental é chamado de transição eletrônica.

Figura 3: Espectro eletromagnético contínuo na região do Visível.

Cada elemento químico possui um espectro de absorção e emissão específico, sendo possível
identificá-lo analogamente às nossas impressões digitais, que permitem a identificação de pessoas.
No experimento com um sal de sódio, como por exemplo, o cloreto de sódio, NaCl, ao ser
exposto à chama (Equações 1 e 2), os cátions de sais voláteis transformam-se em átomos livres que
primeiramente absorvem e depois emitem a mesma radiação eletromagnética nos mesmos
comprimentos de onda que correspondem às transições entre os níveis de energia daquele átomo
específico. Para o sódio esses dois processos podem ser representados pelos espectros mostrados
abaixo. A Figura 4 representa o espectro de absorção do sódio, no qual aparecem linhas escuras em
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determinados comprimentos de onda do espectro eletromagnético contínuo, que significa que a


energia foi absorvida nesses comprimentos de onda específicos e na Figura 5 tem-se o espectro de
emissão que apresenta cor apenas nos comprimentos de onda onde houve absorção.
Para o átomo de sódio as transições eletrônicas ocorrem mais fortemente na região do amarelo
do espectro, Figura 6, por isso essa coloração será predominante quando este elemento for exposto a
chama.
As possíveis transições eletrônicas do sódio são mostradas em espécies de vida curta que se
formam momentaneamente na chama nos comprimentos de onda apresentados na Figura 7, a cor
predominante, neste caso, é originada pelas transições do elétron de valência que em seu estado
fundamental no elemento sódio encontra-se no orbital 3s e ao absorver a energia nos comprimentos
de onda de 589,6 e 589,0 nm salta para o orbital 3p vazio (orbital de mais alta energia desocupado).
Na Figura 7 é possível observar as outras linhas de absorção/emissão.

Reação de vaporização Na+ (s) → Na+ (g) eq.1


Reação de atomização Na+ (g) + elétron → Na (g) eq.2

Figura 4: Espectro de absorção do átomo de Na.

Figura 5: Espectro de emissão do átomo de Na.

Figura 6: Cor emitida pela exposição do Figura 7: Transições eletrônicas possíveis para
composto iônico NaCl à chama. um átomo de Na.
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A transição eletrônica referente ao fenômeno de absorção é representada pela equação 3s1→


3p que descreve a ida de 1 elétron de valência para um estado de maior energia e a emissão é
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representada pelo processo inverso, 3p1→ 3s1 e descreve o retorno do mesmo elétron de valência para
seu estado de menor energia no átomo de sódio. O teste de chama fornece apenas informações
qualitativas, ou seja, podemos identificar o metal mas não podemos dizer quanto do metal temos na
amostra. Abaixo estão listadas as cores do teste de chama de alguns elementos.

Tabela 1: Cores de alguns elementos no teste de chama.


Símbolo Químico Elemento Cor observada no teste de chama
Al Alumínio Branco-prateado
B Boro Verde-amarelado
Ca Cálcio Vermelho- alaranjado
Cu Cobre Verde-azulado
Fe Ferro Marrom-alaranjado
K Potássio Violeta pálido
Li Lítio Vermelho carmesim
Mg Magnésio Branco brilhante
Mn Manganês Verde amarelado
Na Sódio Amarelo alaranjado
Pb Chumbo Branco azulado
Sn Selênio Roxo celeste
Zn Zinco Verde turquesa

A distribuição de energia nos orbitais atômicos segue a ordem demonstrada na Figura 8 e um


exemplo de sua aplicação no teste de chama do cloreto de cálcio.

Teste de chama do Cloreto de Cálcio, CaCl2:


Elemento químico, símbolo químico e número atômico (Z):
Cálcio, Ca, 20
Cátion:
Ca2+
Configuração eletrônica do cátion:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
Configuração eletrônica no estado fundamental:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
Transição eletrônica referente à absorção:
4s1→ 3d1
Transição eletrônica referente à emissão:
3d1→ 4s1
Cor observada:
Vermelho-alaranjado

Figura 8: Distribuição de energia dos orbitais atômicos


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Para auxiliar no momento da distribuição eletrônica, consulte a Tabela periódica, Figura 9.

Figura 9: Tabela periódica.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Materiais e equipamentos
Sal grosso Cápsulas de porcelana Pinças metálicas Palitos de fósforo
Balança Vidros de relógio Algodão Espátulas

Reagentes
Água destilada Álcool etílico

Procedimento

1) Estação 1: Normas de segurança. Na primeira estação, cada grupo assistirá um vídeo sobre as
normas de segurança em um computador localizado sobre a bancada.

2) Estação 2: Pesagem + Volumetria. O grupo irá pesar, com auxílio do monitor, 3,5 g de sal grosso.
O monitor explicará detalhadamente o uso da balança, uma vez que se trata de um equipamento
sempre utilizado nos experimentos subsequentes. Sobre a bancada estarão localizadas 3 vidrarias
diferentes. Cada grupo deve escolher a mais adequada para medir o volume de 80 mL de água
destilada.

3) Estação 3: Identificação de vidrarias. Cada grupo irá identificar as 8 vidrarias presentes sobre a
bancada e descrever a função de duas delas.
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4) Estação 4: Teste da chama. Este procedimento deve ser feito na capela e na presença do técnico
do laboratório.

- Coloque dois sais diferentes em seus respectivos recipientes (cápsulas de porcelana) e em seguida
umedeça os sais com álcool etílico.

- Acenda o fósforo e coloque a chama em contato com os sais.

- Verifique e observe as cores das chamas e faça suas anotações.

- Compare as cores observadas e associe com os elementos descritos na Tabela 1.

- Após determinar os elementos usados no teste escreva a configuração eletrônica do elemento no


seu estado fundamental e especifique as transições de absorção e emissão usando a Figura 8 ou a
tabela periódica.

RECOMENDAÇÕES FINAIS

Tenha este guia sempre à mão no laboratório e releia-o periodicamente. O risco de acidente é
maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-lo.

REFERÊNCIAS

1) Trindade, D.F. et al; Química básica experimental. Ícone editora. São Paulo,1998.
2) Vogel, A; Basset, J; Denney, R. C.; Jefery,G. H. e Mendham, J.; VOGEL -Análise Inorgânica
Qualitativa, Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1981.
3) Atkins, p. W; jones, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
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EXPERIMENTO II – ESTEQUIOMETRIA - TITULAÇÃO

OBJETIVOS

Aprender a preparar uma solução, realizar uma reação de neutralização ácido- base por meio
da técnica de titulação e fazer cálculos estequiométricos.

ESTEQUIOMETRIA
As relações das massas de átomos e moléculas junto com os conceitos já vistos sobre
estruturas e fórmulas químicas nos ajudarão a fazer reações e estudar de que forma essas composições
químicas podem mudar no decorrer desta reação. Este é um dos assuntos mais importantes da
química, pois transforma o aprendizado teórico em empírico.
Um experimento de estequiometria poderá envolver o preparo de uma solução, a sua diluição
e por fim a realização de uma reação química, onde seja possível identificar a mudança de
composição. Para isso, os conceitos de massa molecular, mol, número de Avogadro, massa molar e
concentração devem estar bem estabelecidos.
Para reforçar o seu aprendizado, abaixo são apresentados alguns exemplos destes cálculos,
que, dependendo do Professor, podem ser feitos por regra de três ou por análise dimensional. O
resultado é o mesmo quando utilizados corretamente.

Exemplo 1. Preparo de 100 mL de uma solução 0,5 mol/L de Ca(OH)2

Para preparar esta solução precisamos saber a massa molecular do hidróxido de cálcio,
Ca(OH)2. Para calcular a massa molecular basta somar a massa atômica de cada elemento presente
na fórmula química. Uma molécula de Ca(OH)2 possui 1 átomo de cálcio, dois átomos de oxigênio e
2 átomos de hidrogênio. Os valores das massas atômicas, de acordo com a tabela periódica da página
15, são respectivamente 40,1, 16,0 e 1,01. Levando em conta a quantidade de cada elemento, a massa
molecular será de 74,12 u.m.a. (unidades de massa atômica). A massa molar é numericamente igual
à massa molecular, porém ela expressa a quantidade em gramas presentes em 1 mol da substância, ou
seja, presentes em 6,022 x 1023 moléculas de hidróxido de cálcio. Assim a massa molar é de 74,12
g/mol.
Com os valores de Volume e Concentração calculamos quantos mols de Ca(OH)2 são necessários pra
fazer essa solução:

0,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2


𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 = 0,1 𝐿 𝑥 = 0,05 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
𝐿

São necessários 0,05 mols de Ca(OH)2 para dissolver em 100 mL. Para converter para grama
usamos outro fator de conversão que é a massa molar:

74,12 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 = 0,05 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 𝑥
𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
= 3,706 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
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Finalmente, para preparar 100 mL de uma solução 0,5 mol/L de Ca(OH)2 devemos pesar 3,706
g de Ca(OH)2, colocar em um balão volumétrico com capacidade para 100 mL e depois completar
com água destilada até a marca, tomando cuidado para não ultrapassar o menisco.

Exemplo 2. Fazendo uma diluição.

Digamos que se queira preparar uma solução mais diluída, 50 mL de uma solução 0,15 mol/L
de Ca(OH)2 a partir da solução preparada anteriormente, que era uma solução 0,5 mol/L de Ca(OH)2.
Na primeira etapa se calcula a quantidade em mols de Ca(OH)2 que será necessária na solução
diluída
0,15 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 = 0,05 𝐿 𝑥
𝐿
= 0,0075 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2

Para ter 0,0075 mol de Ca(OH)2 será necessário retirar um certo volume da solução
concentrada e diluir para 50 mL. Para calcular essa quantidade você precisa da quantidade em mol
necessária, volume da solução concentrada e concentração da solução concentrada.

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2


𝐿
= 0,0075 𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 𝑥
0,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
= 0,015 𝐿 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2

Para fazer a diluição você deve usar uma pipeta graduada de 20 mL, pipetar 15 mL da solução
0,5 mol/L de Ca(OH)2, colocar em um balão volumétrico com capacidade para 50 mL e depois
completar com água destilada até a marca, tomando cuidado para não ultrapassar o menisco.

Exemplo 3. Determinando a concentração de um reagente através de uma reação.

Para determinar a concentração de certo volume de um reagente através de uma reação basta
que tenhamos a concentração e o volume do outro reagente padrão. Suponha que no laboratório você
tenha utilizado 45 mL de Ca(OH)2 na concentração de 0,15 mol/L para reagir com 20 mL de ácido
fosfórico, H3PO4. Com esses dados é possível determinar a concentração do ácido. Primeiro se calcula
a quantidade em mol de Ca(OH)2 que foi utilizada:

0,15 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2


𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 = 0,045 𝐿 𝑥
𝐿
−3
= 0,00675 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 𝑜𝑢 6,75𝑥10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2

Agora, usa-se a estequiometria da equação para determinar quantos mols de ácido fosfórico
foram consumidos na reação. A reação balanceada é:

3 Ca(OH)2 (aq) + 2 H3PO4 (aq) → Ca3(PO4)2 (aq) + 6H2O (l)


19

Usando a relação de que 3 mols de Ca(OH)2 vão reagir com 2 mols de H3PO4 calcula-se a
quantidade em mol de H3PO4.

2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4 = 0,00675 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 𝑥
3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
= 0,0045 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4

Finalmente, para saber a concentração inicial do ácido fosfórico basta dividir essa quantidade
em mol pelo volume da solução:

0,0045 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4


𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐻3 𝑃𝑂4 = = 0,225 𝑚𝑜𝑙⁄𝐿 𝑑𝑒 𝐻3 𝑃𝑂4
0,02 𝐿

Assim, tem-se que a concentração do ácido fosfórico é de 0,225 mol/L.

TITULAÇÃO:

A determinação da concentração do reagente será feita através de um procedimento de


laboratório, utilizado na realização de análises químicas, conhecido como Titulação. Em uma
titulação utiliza-se uma Bureta graduada em unidades de volume e um Erlenmeyer contendo um
determinado volume de solução reagente. Uma das duas soluções tem a concentração conhecida,
sendo chamada de solução de referência ou padrão. Para proceder com a reação abre-se a torneira de
controle da bureta e volumes da solução da bureta são cuidadosamente e lentamente adicionados à
solução contida no Erlenmeyer até que algum efeito visual, como uma mudança de cor, indique o
ponto final da reação ou ponto de equivalência. Neste exato momento a torneira é fechada e o volume
da solução é anotado para proceder com os cálculos. A figura 10 ilustra o procedimento experimental.

Figura 10: Procedimento e vidrarias para titulação.

A mudança de cor é acusada pela presença de um indicador ácido-base chamado Fenolftaleína,


que é um corante que apresenta uma cor quando está em solução ácida e outra quando está em solução
20

básica. A fenolftaleína é incolor em meio ácido e rosa em meio básico. Durante a titulação, o analista
adiciona a solução titulante lentamente e observa atentamente a coloração do indicador esperando
variações que indiquem que a solução passou de ácida para básica ou vice-versa.

Em geral, a mudança de cor é muito brusca e ocorre quando colocamos apenas mais uma única
gota de solução, exatamente no final da reação, assim interrompemos a adição e anotamos o volume
total de solução utilizado.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

Materiais e equipamentos
Balança Espátula Bureta de 25 mL Suporte universal
Pipeta de Pasteur Béquer de 25 ml e de 50 ml Erlenmeyer de 125 ml Garra
Pisseta Balão volumétrico de 100 ml Proveta de 50 mL

Reagentes
Água destilada Hidróxido de sódio, NaOH Ácido clorídrico, HCl Fenolftaleína 1%

Procedimento
1) Preparo de uma solução básica.
Cada grupo irá preparar 100 mL de uma solução de aproximadamente 0,100 mol/L de NaOH.

Pese a quantidade necessária de NaOH para o preparo desta solução usando o vidro de relógio.
Coloque o NaOH em um béquer, adicione um pouco de água e transfira para o balão volumétrico de
100 mL. Complete o balão volumétrico até o nível fazendo o ajuste do menisco com uma pipeta de
pasteur. Usando a quantidade pesada pelo seu grupo, calcule o valor da concentração da solução e
anote:
Cálculos:
21

2) Titulação de um ácido.
Certifique-se que a torneira da bureta esteja fechada e com o auxílio de um béquer, transfira a solução
recém preparada de NaOH para a bureta. Acerte cuidadosamente o menisco da bureta usando a
torneira e um recipiente para coletar o volume da excedente.
Com o auxílio de um béquer e uma proveta, transfira 40 mL da solução de HCl disponível na sua
bancada para o erlenmeyer, adicione 5 gotas do indicador fenolftaleína e reserve.

Com o seu sistema montado, dê início ao procedimento usando sua mão esquerda para controlar a
torneira e a mão direita pra agitar lentamente o erlenmeyer enquanto a solução de NaOH é gotejada.
Fique observando até que haja mudança de cor, momento no qual você deverá cessar o gotejamento
fechando a torneira. Anote o volume de NaOH utilizado para neutralizar o HCl.
Caso necessário, refaça o experimento para conferir o volume de NaOH gasto para neutralizar o ácido.
Com os dados obtidos, calcule a concentração do HCl.
Cálculos:

RECOMENDAÇÕES FINAIS:

Procure exercitar os cálculos químicos envolvendo preparo e diluição de soluções bem como reações
químicas balanceadas.

REFERÊNCIAS

1) Atkins, P. W; Jones, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio


ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

2) Brown, L. S.; Holme, T. A. Química Geral Aplicada à Engenharia. Ed. Cengage Learning, São
Paulo, 2013.
22

EXPERIMENTO III – CALORIMETRIA

OBJETIVOS
Esta prática visa introduzir o conceito de entalpia de reação (calor de dissolução e de
neutralização) e a aplicação e cálculos da Lei de Hess.

INTRODUÇÃO

Na área da química o estudo da energia e suas transformações é conhecido como


termoquímica. A relação entre as mudanças químicas e a energia pode ser apresentada de diversas
formas. Em nosso cotidiano as trocas de calor estão presentes, por exemplo, em um café que esfria,
no gelo que derrete, quando fervemos água, etc.. Na química não é diferente, e alguns desses
processos podem ser chamados de entalpia de vaporização, entalpia de solidificação, entalpia de
neutralização ou apenas entalpia da reação.
Uma determinada reação química ou uma mudança de estado físico pode decorrer com
absorção ou liberação de energia na forma de calor. Uma reação que absorve calor é denominada
endotérmica e nesse caso vai absorver o calor proveniente da vizinhança e uma reação que libera
calor é conhecida como exotérmica, na qual o calor será liberado para a vizinhança.
No laboratório, quantidade de calor liberado ou absorvido em uma reação, à pressão constante,
é conhecido como calor de reação ou entalpia de reação e pode ser determinado experimentalmente
através da medição da variação de temperatura em um equipamento chamado calorímetro. A entalpia
será uma grandeza positiva se a reação for endotérmica ou negativa se for exotérmica.
A variação de temperatura ocorrida em um objeto quando ele absorve certa quantidade de
energia é determinada pela sua capacidade calorífica, “C”. A capacidade calorífica de um objeto é a
quantidade de calor necessária para aumentar sua temperatura em 1°C. Quanto maior a capacidade
calorífica, maior o calor necessário para produzir determinado aumento de temperatura.
Para substâncias puras, a quantidade de calor necessária para aumentar em 1°C a temperatura
de 1g dessa substância é conhecida como calor específico. Para a água, o calor específico é 4,184
J/g°C ou 1,00 cal/g°C
Neste experimento, o calorímetro empregado não apresenta uma fronteira entre o sistema
(reação) e o ambiente, que neste caso será a água usada como solvente, de forma que o calor liberado
ou absorvido pela reação irá alterar a temperatura da água e por isso é necessário monitorar a mudança
de temperatura da água no início e no final da reação.
O calor pode ser determinado pela seguinte equação:

𝑞 = 𝑚 𝑐 ∆𝑇

onde, m é a massa da solução em g, c é o calor específico em J/g°C ou cal/g°C e ΔT é a variação de


temperatura em °C.
Por se tratar de uma função de estado, a entalpia de uma reação química depende apenas do
seu estado inicial e final, possibilitando que a entalpia de uma determinada reação possa ser calculada
a partir do somatório de calores da Lei de Hess. A regra geral para aplicação da Lei de Hess é arranjar
23

uma série de equações químicas, que correspondem a uma série de etapas, de tal forma que, quando
somadas, todas as espécies se cancelem com exceção dos reagentes e produtos da reação global.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais e equipamentos
2 Béquer de 250mL Balança analítica 1 Vidro de relógio
1 Calorímetro Luvas 1 Pisseta
1 Conta gotas 1 Proveta de 100mL 1 Termômetro (-10 a 100°C)
Espátula
Reagentes:
Hidróxido de sódio, NaOH Solução de HCl 0,5 mol/L

Procedimento experimental:

1. Calor de dissolução
Com a proveta, transfira 100 mL de água destilada para o calorímetro, feche-o e agite
cuidadosamente por rotação até que a temperatura se torne constante. Anote a temperatura inicial (Ti).
Pese 2g de Hidróxido de Sódio (NaOH) e adicione ao calorímetro contendo a água destilada. Feche
imediatamente e agite cuidadosamente por rotação. Observe a temperatura, tomando cuidado para
não tirar o termômetro de dentro do calorímetro e quando a temperatura se tornar constante anote
(Tf). Com os dados do experimento determine o calor de dissolução e reserve a solução no
calorímetro. Abra o calorímetro e deixe a solução alcançar a temperatura ambiente para prosseguir
com o próximo experimento.

Dados:
Calor específico da água (J/g oC ) c 1,00 cal/g °C ou 4,184 J/g °C
Verificar no quadro abaixo de
Densidade da água dH2O
acordo com a Temperatura
Massa Molar do NaOH MMNaOH 40,00 g/mol

Quadro 1: Densidade (ρ) da água em função da temperatura, a 1 atm.


Temperatura (oC) Densidade (g/mL) Temperatura (oC) Densidade (g/mL)
20 0,99820 26 0,99678
21 0,99799 27 0,99651
22 0,99777 28 0,99623
23 0,99754 29 0,99594
24 0,99730 30 0,99565
25 0,99704 32 0,99503
24

Tabela 1. Resultados referentes à determinação do calor de dissolução.

GRANDEZA REPRESENTAÇÃO RESULTADOS


Massa de água mH2O
Massa de hidróxido de sódio pesada mNaOH
Mol de NaOH MolNaOH
Massa da solução msolução= mNaOH+ mH2O
Temperatura inicial (0C) Ti
0
Temperatura final ( C) Tf
Variação de temperatura (0C) ∆T
Calor liberado (Cal ou J) ∆H = msolução . cágua ΔT
Calor liberado por mol de NaOH (cal/mol ou J/mol) ∆H / mol de NaOH

Reação termoquímica:

NaOH (s) → Na+(aq) + OH-(aq) ∆H1dissolução =

2. Calor de neutralização

Com a solução de NaOH previamente preparada no calorímetro à temperatura ambiente dê


início ao segundo experimento.
Anote a temperatura inicial (Ti). Com o auxílio da proveta, transfira 100 mL de Ácido Clorídrico 0,5
mol/L (HCl) para o calorímetro contendo a solução de NaOH. Feche-o e agite cuidadosamente por
rotação até que a temperatura se torne constante e anote (Tf). Com os dados do experimento determine
o calor de neutralização. Descarte a solução na pia e enxague o calorímetro.

Dados:
Calor específico da água (J/g oC ) c 1,00 cal/g °C ou 4,184 J/g °C
Densidade do HCl 0,5 M dHCl 1,0055 g/mL
Massa Molar do NaOH MMNaOH 40,00 g/mol

Tabela 2. Resultados referentes à determinação do calor de neutralização.

GRANDEZA REPRESENTAÇÃO RESULTADOS


Massa da solução de HCl 0,5 mol/L mHCl
Massa da solução de NaOH 0,5 mol/L mNaOH
Mol de NaOH MolNaOH= Conc. NaOH x VNaOH
Massa da solução msolução= mHCl + mNaOH
Temperatura inicial (0C) Ti
0
Temperatura final ( C) Tf
Variação de temperatura (0C) ∆T
Calor liberado (Cal ou J) ∆H = msolução . cágua ΔT
Calor liberado por mol de NaOH (cal/mol ou J/mol) ∆H / mol de NaOH
25

Reação termoquímica:

Reação iônica: Na+(aq) + OH-(aq) + H+(aq) + Cl- (aq) → H2O + Na+(aq) + Cl-(aq) ∆H2neutralização =
(uma reação iônica mostra todos os íons presentes em solução)

Reação iônica simplificada: OH-(aq) + H+(aq) → H2O ∆H2neutralização =


(uma reação iônica simplificada mostra somente os íons que participam da reação, eliminando os
íons espectadores, ou seja, aqueles que aparecem tanto do lado dos reagentes quanto do lado dos
produtos)

3. Calor de dissolução e neutralização

Com o calorímetro limpo e à temperatura ambiente, dê início à terceira reação.


Com auxílio da proveta transfira 100 mL de Ácido Clorídrico 0,50 M (HCl) para o calorímetro, feche-
o e agite cuidadosamente por rotação até que a temperatura se torne constante. Anote a temperatura
inicial (Ti). Pese cerca de 2 g de Hidróxido de Sódio (NaOH) e adicione ao calorímetro contendo a
solução de ácido clorídrico. Feche imediatamente e agite cuidadosamente por rotação. Observe a
temperatura, quando esta se tornar constante anote (Tf). Com os dados do experimento determine o
calor de dissolução e neutralização.

Dados:
Calor específico da água (J/g oC ) c 1,00 cal/g °C ou 4,184 J/g °C
Densidade do HCl 0,5 mol/L dHCl 1,0055 g/mL
Densidade do NaOH 1,0 mol/L dNaOH 1,0387 g/mL
Massa Molar do NaOH MMNaOH 40,00 g/mol

Tabela 3. Resultados referentes à determinação do calor de dissolução e neutralização.

GRANDEZA REPRESENTAÇÃO RESULTADOS


Massa da solução de HCl 0,5 mol/L mHCl
Massa de hidróxido de sódio pesada mNaOH
Mol de NaOH (massa molar 40g/mol) MolNaOH
Massa da solução msolução= mNaOH+ mHCl
Temperatura inicial (0C) Ti
0
Temperatura final ( C) Tf
Variação de temperatura (0C) ∆T
Calor liberado (Cal ou J) ∆H = msolução . cágua ΔT
Calor liberado por mol de NaOH
∆H / mol de NaOH
(cal/mol ou J/mol)

Reação termoquímica:

NaOH(s) + H+(aq) + Cl- (aq) → H2O + Na+(aq) + Cl-(aq) ∆H3dis. & neutraliz. =
26

4. Constatação da Lei de Hess

Usando a Lei de Hess, determine a entalpia da seguinte reação global (dissolução e neutralização):

NaOH(s) + H+(aq) + Cl- (aq) → H2O + Na+(aq) + Cl-(aq) ∆H3calculado =

Use os valores experimentais obtidos nas reações de dissolução e neutralização realizadas


separadamente como se fossem etapas da reação global:

Na+(aq) + OH-(aq) + H+(aq) + Cl- (aq) → H2O + Na+(aq) + Cl-(aq) ∆H2 =


NaOH(s) → Na+(aq) + OH-(aq) ∆H1 =

Os valores obtidos para o ∆H3dis. & neutraliz. e o ∆H3calculado são próximos?

REFERÊNCIAS

ATKINS, Peter; JONES Loretta; Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente.; Porto Alegre: Bookman, 1999.

MASTERTON, W. L.; SLOWINSKI, E. J.; STANITSKI, C. L. Princípios de Química; 6a ed.;


Editora Guanabara Koogan S.A.; Rio de Janeiro; 1990.
27

EXPERIMENTO III –ELETROQUÍMICA

OBJETIVO

Confeccionar células eletroquímicas, observando o comportamento do sistema, sua


espontaneidade e identificando a série de transformações que ocorrem durante o seu funcionamento
e associando aos processos de oxidação e redução.

INTRODUÇÃO

A eletroquímica é o ramo da química que trata da conversão da energia elétrica em energia


química e vice-versa. Os processos eletroquímicos envolvem reações de oxidação e redução nas quais
a energia liberada por uma reação espontânea é convertida em eletricidade ou em que a eletricidade
é usada para forçar a ocorrência de uma reação química não espontânea.
As reações de oxidação- redução ocorrem com transferência de elétrons de uma substância
para outra. A perda de elétrons por um elemento durante a oxidação está associada a um aumento no
número de oxidação desse elemento. Na redução, há uma redução no número de oxidação de um
elemento em virtude do ganho de elétrons.
Numa reação onde um pedaço de zinco metálico é mergulhado em uma solução de sulfato de
cobre (CuSO4), o Zn é oxidado a Zn2+ e o Cu2+ é reduzido a Cu (cobre metálico). Veja a reação iônica
simplificada dessa transformação:

𝑍𝑛 (𝑠) + 𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞) → 𝑍𝑛2+ (𝑎𝑞) + 𝐶𝑢(𝑠)

Nesse exemplo, os elétrons são transferidos diretamente através da solução, mas se os agentes
oxidante e redutor forem fisicamente separados, a transferência de elétrons pode ser realizada através
de um meio condutor externo (um fio metálico) e à medida que a reação progride é estabelecido um
fluxo de elétrons e, portanto, produz-se eletricidade.
O dispositivo no qual se produz eletricidade por meio de uma reação espontânea é denominado
célula galvânica ou célula voltaica. As células que operam através da energia fornecida por uma fonte
de corrente externa são identificadas como células eletrolíticas.
A Célula Galvânica é um dispositivo que produz corrente contínua e se baseia na diferença de
potenciais de redução das espécies químicas envolvidas (Figura 11a).
28

(a) (b)
Figura 11. Esquema de montagem de uma célula eletroquímica (a) Galvânica e (b) Eletrolítica.

Nesse dispositivo, dois eletrodos, geralmente constituídos de metais diferentes, fornecem as


superfícies nas quais ocorrem as reações de oxidação e redução. O metal que possui o maior potencial
de redução é o que funciona como catodo da pilha, isto é, recebe elétrons. O metal com menor
potencial será o anodo, que cede elétrons, sendo corroído.
Ao contrário das reações de oxidação e redução espontâneas, a eletrólise é o processo no qual
a energia elétrica é usada para forçar a ocorrência de uma reação química não espontânea. Uma célula
eletrolítica é uma montagem experimental na qual se realiza a eletrólise (Figura 11b). Os princípios
básicos da eletrólise são os mesmos dos processos que ocorrem nas células galvânicas.
As células eletrolíticas podem ser dividas em duas categorias com base na natureza dos
eletrodos usados. Se os eletrodos são materiais quimicamente inertes que simplesmente fornecem um
caminho para os elétrons, o processo é chamado de eletrólise passiva. Quando os eletrodos são parte
da reação eletrolítica, temos a eletrólise ativa. A eletrólise passiva é usada na indústria para a
purificação de metais que sofrem corrosão facilmente, já a ativa é usada para banhar materiais para
fornecer resistência a corrosão.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais e equipamentos
1 Béquer de 50 mL e 2 de 250 mL 1 lixa 1 Fonte
1 Eletrodo de cobre 1 pipeta de 10 mL 2 pedaços de Isopor
1 Eletrodo de ferro (prego) 1 pipetador 1 Cabo com ponta tipo Jacaré
Reagentes:
Hexacianoferrato de Potássio,
Cloreto de sódio, NaCl 3% Fenolftaleína 1%
K3(Fe(CN)6) 1%
29

Procedimento

1. Célula galvânica

Adicione diretamente ao béquer de 250 mL cerca de 150 mL da solução de NaCl (3%). No


béquer de 50 mL verta uma pequena quantidade da solução de hexacianoferrato (III) de potássio 1% e
use a pipeta para transferir 2 mL desta solução ao béquer contendo o NaCl. A esta solução adicione
10 gotas de fenolftaleína. Homogeneize a solução e reserve.
Lixe suavemente os eletrodos de cobre e ferro. Coloque o isopor no meio do béquer
(separando-o em 2 compartimentos) e em seguida coloque um eletrodo em cada lado. Posicione o
béquer na bancada ou no castelo de forma que você possa observar os dois lados. Ligue os dois
eletrodos com o cabo com ponta tipo jacaré sem imergir a garra na solução. Deixe em repouso por
cerca de 10 minutos e observe o que aconteceu.
Usando a tabela de características de algumas substâncias e, a tabela de potenciais de redução
e com base nas suas observações e nos reagentes presentes na célula eletroquímica, determine qual
eletrodo atua como cátodo e qual eletrodo atua como ânodo. Calcule o potencial da pilha. Enuncie e
explique as transformações observadas.
As transformações podem ser evidenciadas pela formação de bolhas, de um depósito sólido
sobre a superfície do eletrodo, pelo aparecimento de cor na solução ou eletrodo, pela mudança de cor
da solução ou até pela variação de massa de um eletrodo.

2. Célula eletrolítica

Adicione diretamente ao béquer de 250 mL cerca de 100 mL da solução de NaCl (3%). No


béquer de 50 mL verta uma pequena quantidade da solução de hexacianoferrato (III) de potássio 1% e
use a pipeta para transferir 2 mL desta solução ao béquer contendo o NaCl. A esta solução adicione 5
gotas de fenolftaleína. Homogeneize a solução e reserve.
Lixe suavemente os eletrodos de cobre. Coloque o isopor no meio do béquer (separando-o em
2 compartimentos) e em seguida coloque um eletrodo em cada lado. Leve sua pilha até a fonte e siga
as orientações do técnico, monitor ou docente de laboratório.
Usando a tabela de características de algumas substâncias e a tabela de potenciais de redução
e com base nas suas observações e nos reagentes presentes na célula eletroquímica, determine qual
eletrodo atua como cátodo e qual eletrodo atua como ânodo. Calcule o potencial da pilha. Enuncie e
explique as transformações observadas.
As transformações podem ser evidenciadas pela formação de bolhas, de um depósito sólido
sobre a superfície do eletrodo, pelo aparecimento de cor na solução ou eletrodo, pela mudança de cor
da solução ou até pela variação de massa de um eletrodo.

REFERÊNCIAS

Brown, L. S. & Holme, T. A. Química Geral Aplicada à Engenharia. Ed. Cengage Learning, São
Paulo, 2013.
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Tabela 3. Características de algumas substâncias.


Gases
H2 - incolor, inodoro, produz pequena explosão em contato com uma chama viva;
O2 - incolor, inodoro, reaviva a chama em palito de fósforo em brasa (se em grande quantidade);
Cl2 - amarelo esverdeado, de odor irritante, e que lembra um pouco o cheiro da “água sanitária”.
Líquidos
Br2 - amarelo esverdeado, solúvel em água formando uma solução amarelada.
Sólidos
I2 - violeta, solúvel em água formando uma solução castanho avermelhado;
Cu - metal de cor rosa avermelhado;
Cu2I2 - branco levemente amarelado, insolúvel em água;
Cu(OH)2 - azul, insolúvel em água;
CuO - preto, insolúvel em água;
Cu3[Fe(CN)6]2 - marrom;
Cu2O - amarelo, que com o tempo passa a vermelho tijolo, insolúvel em água;
CuCl2 - amarelo, que com o tempo passa a marrom;
Cu2Cl2 - branco;
CuBr - branco;
CuBr2 - preto;
Fe3[Fe(CN)6]2 - azul;
Aquo-complexos
[Cu(H2O)6]2 + - azul claro.
Indicadores
Fenolftaleína – coloração rosa em pH na faixa de 8 a 10 (pela presença de íons OH-)

Tabela 4. Potencial padrão de redução a 25°C.

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