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P
DE
TO
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
DE
A
Q UI M IC
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Química Experimental I
São Cristóvão – SE
1
SUMÁRIO
2
Aula 1
Apresentação do Curso, Informações Gerais para Uso e
Permanência em Laboratório e Elaboração de Relatórios
3
1.2. Regras Básicas em Caso de Incêndio no laboratório
01. Todo experimento dentro ou fora do expediente, que não tiver o acompanhamento
do interessado, deverá ter uma ficha ao lado, com nome, horário de
experimentação, reagentes envolvidos e medidas a serem adotadas em casos de
acidentes.
02. Todo experimento que envolver certo grau de periculosidade exigirá a
obrigatoriedade de utilização de indumentária adequada (luvas, óculos, máscaras,
pinças, aventais, extintores de incêndio).
03. A utilização de qualquer material que venha a prejudicar ou colocar em perigo a
vida, ou a saúde dos usuários do ambiente, ou que causem incômodo, deverá ser
discutida ou comunicada ao responsável do laboratório, o qual sugerirá e/ou
autorizará o evento sob certas condições como avisos, precauções, horário que
deve ser feito, etc.
04. A quantidade de reagentes (inflamáveis, corrosivos, explosivos) armazenados em
cada laboratório deverá ser limitada a critério do professor responsável pelo
laboratório.
05. Certos torpedos de gases, como CO e H2 não podem permanecer internamente
nos laboratórios, quando não estiverem sendo usados. Os demais cilindros
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quando em uso ou mesmo estocados devem estar sempre preso à paredes ou
bancadas.
06. Durante as atividades didáticas não será permitido a professor, aluno e
funcionário a permanência em laboratório durante a aula prática sem o uso
de jaleco, trajando bermudas, ou shorts, sem sapatos e meias.
07. Cada bancada de laboratório poderá conter um número máximo de alunos, fixado
pelo professor responsável.
08. As aulas práticas deverão ter o acompanhamento contínuo do professor durante
todo o seu desenvolvimento.
• Queimaduras:
2. ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
5
e descrever as atividades experimentais realizadas, a base teórica dessas atividades, os
resultados obtidos e sua discussão, além da citação da bibliografia consultada.
O relatório deve ser redigido de uma forma clara, precisa e lógica. Redija sempre de
forma impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado.
Ex.: “a massa das amostras sólidas foi determinada utilizando-se uma balança”.
Devem ser evitadas expressões informais ou termos que não sejam estritamente
técnicos (Não utilize em hipótese alguma adjetivo possessivo, como por exemplo, minha
reação, meu banho, meu qualquer coisa). É recomendável, efetuar uma revisão do relatório
para retirar termos redundantes, clarificar pontos obscuros e retificar possíveis erros.
Uma atenção especial deve ser dada aos termos técnicos, resultados, fórmulas e
expressões matemáticas. As ilustrações, tabelas, fórmulas e gráficos deverão vir em uma
sequência mais adequada ao entendimento do texto. Devem ser numerados e seus títulos e
legendas devem constar imediatamente acima de cada um.
Em suma, o relatório deve ser dividido em 5 seções básicas como mostramos abaixo:
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Título e data de realização
1 – Introdução:
Deve situar o leitor no assunto a ser abordado. Faça uma breve descrição dos aspectos
teóricos ou princípios envolvidos, preocupando-se em inserir nessa seção os seguintes
aspectos: princípios teóricos em que se baseia a prática; relevância da prática; e objetivos
do experimento. Normalmente, as citações bibliográficas são feitas por números entre
parênteses e listadas no final do relatório. Lembrar que a introdução não é uma cópia da
literatura. A introdução deve conter no máximo 5 parágrafos e não exceder a 400 palavras.
2 – Parte Experimental:
3 – Resultados e Discussão:
Esta é a parte principal do relatório, onde serão mostrados todos os resultados obtidos,
que podem ser numéricos ou não. Deverá ser feita uma análise dos resultados obtidos, com
as observações e comentários pertinentes. Em um relatório desse tipo espera-se que o aluno
discuta os resultados em termos dos fundamentos estabelecidos na introdução, mas
também que os resultados inesperados e as observações sejam relatados, procurando uma
justificativa plausível para o fato. Em textos científicos utilizam-se tabelas, gráficos e figuras
como suporte para melhor esclarecer o leitor do que se pretende dizer.
4 – Conclusão:
Neste item deverá ser feita uma avaliação global do experimento realizado; relacionando
suas conclusões com o objetivo apresentado na introdução, comente sobre os pontos
positivos e a eficiência da prática. Tente levantar possíveis erros e sugestões para
otimização do experimento. Não é uma síntese do que foi feito e também não é a repetição
da discussão.
5 – Referências Bibliográficas:
1- INTRODUÇÃO
massa (1)
densidade =
volume
2- PARTE EXPERIMENTAL
2.2 – Procedimento
3- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores das massas dos corpos de chumbo e dos volumes de água deslocados
após a imersão de cada corpo estão apresentados na Tabela 1. Assumiu-se que o
volume deslocado de água corresponde ao volume do corpo imerso. A densidade de
cada corpo de chumbo foi calculada a partir dos valores medidos de massa e de
volume, utilizando a Equação 1. Por fim, determinou-se o valor médio da densidade do
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chumbo e o respectivo desvio-padrão, que mede a precisão do resultado. O valor
obtido para a densidade do chumbo é igual a 11,4 0,1 g / cm3 e apresenta uma boa
concordância com o valor da literatura 11,35 g / cm3. (KOTZ, 2002)
Tabela 1. Valores das massas dos corpos de chumbo, dos volumes de água
deslocados e das densidades calculadas.
4- CONCLUSÃO
5- BIBLIOGRAFIA
KOTZ, J. C.; TREICHEL, Jr. P. Química e Reações Químicas. 4.ed., v.1, LTC Editora
S.A.: Rio de Janeiro, 2002.
3. BIBLIOGRAFIA:
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Aula 2
Materiais utilizados em laboratórios
Ilustração Função
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Recipiente destinado a conter um volume preciso de líquido a
uma determinada temperatura. É utilizado para o preparo de
Balão soluções em laboratório. Pode ser usado sem erro apreciável,
volumétrico a temperaturas mais ou menos 8°C acima ou abaixo da
indicada (20°C). Não se deve armazenar solução em balão
volumétrico e não se deve aquecer essa vidraria.
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Bico de É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório.
Bunsen Utilizada apenas para materiais não inflamáveis. No caso de
materiais inflamáveis deve-se utilizar a manta elétrica.
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Proveta
Estante ou grade
Pinça de madeira
Pinça metálica
Garra dupla
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Pisseta
Usada nas lavagens de materiais ou recipientes através de
jatos de água, álcool ou outros solventes.
Placa de Petri
Pipeta de Pasteur
Espátulas de aço
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Pode ser acoplada a pipetas e tem a função de pipetar
líquidos (suga e libera o líquido).
Balão de destilação
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Aula 3
Medidas de Massa e Volume
1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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As seguintes instruções são especificamente apropriadas para as pipetas
volumétricas, mas podem ser modificadas para a utilização com outros tipos de
pipetas. O líquido é sugado para o interior da pipeta utilizando uma pera de sucção.
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h) Use pinças e espátulas; nunca use os dedos para manusear os objetos e
substâncias que estão sendo pesadas;
i) Ao terminar seu trabalho, remova todos os pesos e objetos da balança.
Mantenha-a coberta ou fechada. No caso de balanças eletrônicas, tenha a
certeza de que ela esteja desligada.
2- OBJETIVO
• Determinar medidas de massa e volume materiais diversos .
3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
a) Determine a massa de uma proveta (50 mL), balão volumétrico (50 mL) e
béquer (100 mL). Coloque cuidadosamente 50 mL de água destilada em
cada recipiente referido no item anterior, medindo tal volume na respectiva
marca de cada um e pese-os novamente. Meça a temperatura da água.
Anote os resultados. Use dados da densidade da água, Tabela 01, na
temperatura do experimento e determine o volume de fato contido em cada
recipiente.
b) Pese uma proveta de 25 mL. Adicione 100 gotas de água destilada utilizando
um conta-gotas, pese novamente e leia o volume. Determine a massa e o
volume de uma gota e a massa equivalente a 1 mL de água.
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3.2. Medidas de Volume
4- BIBLIOGRAFIA
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Aula 4
Propriedade Físico-Química: Densidade
1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
com unidade de (kg/m3) no Sistema Internacional (SI), mas com outra unidade muito
utilizada em química, que é o (g/cm3). Na literatura, é comum encontrar valores de
densidades obtidos a 1 atm e 20 oC ou 25 oC, mas é importante também conhecer
como a densidade varia com a temperatura para cada material.
Como o volume costuma aumentar com o aumento da temperatura, a
densidade diminui. Existem algumas exceções como o caso da água, entre 0 e 4 oC,
em que a densidade aumenta com o aumento da temperatura devido à quebra e
rearranjo de interações do tipo ligação de hidrogênio que levam à diminuição do
volume. Embora o efeito da pressão sobre a densidade dos gases seja bastante
significativo, a variação da pressão afeta muito pouco a maioria dos líquidos e
sólidos. As forças intermoleculares de atração e repulsão são as que determinam as
magnitudes destes efeitos em cada substância.
Na primeira parte desta prática, serão calculadas as densidades da água e
de uma solução aquosa pela medida da massa de um volume conhecido, a uma
dada temperatura. Na segunda parte, a técnica do volume de água deslocado será
empregada para diferenciar metais com diferenças razoáveis nas densidades.
2- OBJETIVOS:
3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Densidade de um líquido:
a- Pese na balança um balão volumétrico de 100 mL, seco, e anote sua massa em
gramas: M1
b- Preencha o balão com o líquido até aproximadamente 1 cm abaixo da marca.
c- Utilize um conta-gotas (Pipeta de Pasteur) para completar o volume exatamente
até a marca do balão (menisco).
d- Pese na balança o balão volumétrico, contendo o líquido, e anote a massa em
gramas: M2
e- Transfira o líquido do balão para um béquer e coloque o termômetro. Quando a
leitura da temperatura estabilizar, anote seu valor na tabela abaixo.
f- Calcule a massa do líquido (M3 = M2 – M1) e sua densidade (ρ = M3 / 100 mL).
g- Repita o procedimento, a partir do item b, para a solução aquosa e complete o
quadro abaixo.
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Resultados – Densidade de um líquido
Densidade de um sólido:
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Tabela 1: Valores da densidade, a 25 °C, de algumas substâncias simples.
4- BIBLIOGRAFIA
1) BROWN, T. L.; LEMEY Jr, H. E.; BURTEN, B.E.; BURDGE, J. R., Química: A
Ciência Central, São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 9ª. Edição, 2005.
2) VOGEL, I. A., Química Analítica Qualitativa, São Paulo: Editora Mestre Jou, 1981.
3) SILVA, R. R. da; BOCCHI, N.; ROCHA-FILHO, R. C.; MACHADO, P. F. L.
Introdução à Química Experimental. 2ª Edição, EdUFSCar, 2014.
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Aula 5
Ensaio de Coloração na Chama
1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Os átomos de um dado elemento químico após terem sido excitados por uma
fonte de energia emitem radiações eletromagnéticas (E = h) quando retornam ao
estado fundamental. Isto origina um espectro de emissão de linhas, cujas linhas são
características desse elemento químico já que a energia desta radiação esta
relacionada com as transições eletrônicas no átomo.
As propriedades dos espectros dos elementos químicos fundamentam um
conjunto de técnicas que possibilitam a identificação dos elementos químicos
constituintes de um dado composto, por meio da análise dos espectros obtidos,
designando-se por análise espectral.
O ensaio de chama se baseia na emissão de radiação eletromagnética pelos
átomos de um dado elemento químico quando este é excitado por uma chama. A
emissão de luz com certa coloração permite identificar visualmente a presença do
metal neste composto.
A fonte de aquecimento utilizada neste ensaio é o bico de Bunsen, que
também é utilizado para outros tipos de aquecimentos efetuados em laboratório,
desde o aquecimento de misturas ou soluções, de alguns graus acima da
temperatura ambiente a até calcinações feitas em cadinhos, que exigem
temperaturas de cerca de 6000C. As características da chama são mostradas na
Figura 4.1.
2- OBJETIVOS
• Aprender a manipular o bico de bunsen
• Detectar os elementos formadores de um determinado composto, através do
ensaio de coloração de chama.
3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3) Umedecer a alça de platina no ácido clorídrico 50% e levar à parte mais quente
da chama até evaporar.
4) Introduzir uma haste de metal, à qual foi acoplado um fio de platina, em uma das
soluções e, em seguida, levar à chama. Observar e anotar a coloração da
chama.
5) Lavar o fio de platina mergulhando-o em uma solução concentrada de HCl e
leva-lo à chama para eliminação de quaisquer impurezas.
6) Repetir as etapas 4) e 5) para as outras soluções.
7) Observar e anotar a coloração das respectivas chamas correlacionando-a com o
metal analisado.
8) Comparar a coloração obtida no experimento com os descritos em literatura.
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PÓS-LABORATÓRIO
BIBLIOGRAFIA
1) BROWN, T.L. et al. Química a ciência central. Editora Pearson.: São Paulo,
2005.
2) SKOOG, D. A, et al, Fundamentos de Química Analítica, Editora Pioneira
Thomson Learning: São Paulo, 2006.
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Aula 6
Reações Químicas
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2. OBJETIVO
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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3) Misturar as duas soluções preparadas anteriormente e medir o pH
novamente.
4. PÓS-LABORATÓRIO
5. BIBLIOGRAFIA
4) BROWN, T. L.; LEMEY Jr, H. E.; BURTEN, B.E.; BURDGE, J. R., Química: A
Ciência Central, São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 9ª. Edição, 2005.
5) VOGEL, I. A., Química Analítica Qualitativa, São Paulo: Editora Mestre Jou,
1981.
6) BACCAN, N.; ANDRADE, J. C. de; GODINHO, O. E. S., Química Analítica
Quantitativa Elementar, São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2ª. Edição, 1998.
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Aula 7
DETERMINAÇÃO DA ESTEQUIOMETRIA DE UMA REAÇÃO
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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3.2. Mistura das soluções para determinar a estequiometria
4. BIBLIOGRAFIA
• BROWN, T. L.; LEMEY Jr, H. E.; BURTEN, B.E.; BURDGE, J. R., Química:
A Ciência Central, São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 9ª. Edição,
2005.
• ATKINS, P.; JONES, L., Princípios de Química: Questionando a Vida
Moderna e o Meio Ambiente, Porto Alegre: Editora Bookman, 5ª. Edição,
2003.
• SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R.,
Fundamentos de Química Analítica, São Paulo: Editora Cengage Learning,
9ª. Edição, 2015.
• VOGEL, I. A., Química Analítica Qualitativa, São Paulo: Editora Mestre Jou,
1981.
• BACCAN, N.; ANDRADE, J. C. de; GODINHO, O. E. S., Química Analítica
Quantitativa Elementar, São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2ª. Edição,
1998.
• ROCHA-FILHO, R. C.; SILVA, R. R., Cálculos Básicos de Química, São
Carlos: Editora EduUFSCar, 2006.
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Aula 8
Equilíbrio Químico
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2+ 2-
as duas setas indicam que alguns íons Ca e CO3 estão se separando indo para a
solução (reação direta) e outros estão se juntando para formar o CaCO3 sólido
(reação inversa).
De uma forma geral,
a velocidade direta = k1 [ A ] [ B ]
e a velocidade inversa = k2 [ C ] [ D ]
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O ponto de equilíbrio é deslocado quando há mudanças nos fatores que
influenciam na velocidade das reações opostas. O princípio geral que rege os
deslocamentos dos estados de equilíbrio é o chamado PRINCÍPIO DE LE
CHATELIER, que diz: “Quando um fator externo age sobre um sistema em
equilíbrio, ele se desloca procurando minimizar a ação do fator aplicado e atingir um
novo estado de equilíbrio”. O Princípio de Le Chatelier estabelece que a posição do
equilíbrio sempre se desloque na direção que contrabalancei ou minimize a ação de
uma força externa aplicada ao sistema. Isto significa que se houver aumento da
temperatura de um sistema reacional, provoca-se a reação química que contribui
para resfriar o sistema (consumindo energia térmica). Ou ainda, se houver o
aumento proposital de um dado reagente ou produto, o equilíbrio favorecerá a
reação de consumo desta substância em excesso até que seja retomado um novo
estado de equilíbrio. Entretanto, ressalta-se que o excesso de reagente ou produto
adicionado ao sistema, nunca é completamente consumido, para que a constante de
equilíbrio (K) permaneça constante, desde que a temperatura não mude. Da mesma
forma, quando um componente é removido do sistema em equilíbrio, ocorrerá um
deslocamento para repor este componente, sendo que esta reposição nunca é total
para que K permaneça constante. Neste experimento você fará um estudo dos
estados de equilíbrio e de fatores que modificam estes equilíbrios para os sistemas
abaixo, observando as alterações de cor que ocorrerão e relacionando-as com as
concentrações de reagentes e produtos formados.
2. OBJETIVO
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2 2
As espécies [Co(H2O)6]+ e [CoCl4]- apresentam cores contrastantes, logo a
intensidade das cores rosa e azul em solução são proporcionais à concentração em
2+ 2-
quantidade de matéria de Co e CoCl4 . Então, quando o sistema for submetido a
uma ação externa será possível observar o deslocamento deste equilíbrio para uma
nova posição, através da modificação da coloração da solução.
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A- Influência da Temperatura:
B- Influência da Concentração:
2CrO42- ⇌ Cr2O72-
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4. BIBLIOGRAFIA
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Aula 9
Análise Gravimétrica
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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circular utilizada numa filtração, após sua calcinação, apresenta um resíduo de
cinzas de peso desprezível.
A filtração com auxílio do papel-filtro é feita por gravidade, sem sucção. O
papel-filtro circular é dobrado e inserido num funil de vidro, como está ilustrado na
Figura 2, tomando-se o cuidado de umedecê-lo após sua inserção no funil, de modo
a se obter uma boa aderência. O diâmetro do papel-filtro utilizado deve ser tal que
sua parte superior deve estar de 1 a 2 cm abaixo da borda do funil de vidro.
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Figura 5. Componentes de um dessecador.
2. OBJETIVO
• Treinar a sequência de uma análise gravimétrica
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4. PÓS-LABORATÓRIO
1) Escreva a equação da reação que ocorre e indique a cor dos produtos formados.
2) Qual o rendimento em % (m/m) de precipitado obtido?
3) Dos passos seguidos nessa aula, quais os possíveis erros cometidos que
implicam no rendimento do produto final?
4. BIBLIOGRAFIA
1) BROWN, T. L.; LEMEY Jr, H. E.; BURTEN, B.E.; BURDGE, J. R., Química: A
Ciência Central, São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 9ª. Edição, 2005.
2) SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R., Fundamentos de
Química Analítica, São Paulo: Editora Cengage Learning, 9ª. Edição, 2015.
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Aula 10
Preparo de Soluções
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
É a relação entre a massa de soluto (em grama) e o volume da solução (em litro)
m
C=
V
n
M =
V
Onde n = quantidade de matéria e V = Volume
Titulo
m soluto
=
m solução
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Diluição de soluções
ninicial = nfinal
onde: M1= concentração da solução inicial
M1 V1 = M 2 V2 V1= volume de solução inicial
M2= concentração da solução
diluída
V2= volume da solução diluída
2. OBJETIVO
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais e reagentes
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Transferir, quantitativamente, a solução do béquer para um balão volumétrico
de 100 mL.
Tampar o balão e agitar com cuidado para que a solução fique homogênea.
Transferir a solução para um frasco de polietileno (plástico).
4. PÓS LABORATÓRIO
5. BIBLIOGRAFIA
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Aula 11
Padronização de Solução
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Titulação
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Figura 1. Representação do processo de titulação.
n
M = (2)
V
onde:
M = concentração em quantidade de matéria;
n = quantidade de matéria e V = volume ( L)
n = MV (3)
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Na prática, é difícil determinar exatamente o ponto de equivalência, sendo
detectado, então, o ponto final da titulação.
Para identificá-lo é necessário fazemos uso de indicadores, isto é, compostos que
se comportam como ácido ou base fracos e que adquirem coloração diferentes em
determinadas faixas de pH.
É importante ressaltar que a escolha do indicador irá depender da reação ácido-
base que se deseja realizar, ou seja, da faixa de pH da mesma.
2. OBJETIVO
3. MATERIAIS E REAGENTES
1 bureta de 50 mL
6 erlenmeyers de 125 mL
Biftalato de potássio sólido
Solução de NaOH 0,1 mol L-1
Solução de HCl 0,1 molL-1
Solução alcoólica de fenolftaleína 0,1%
Biftalato de potássio (KHC8H4O4) previamente seco em estufa a 110 oC por 2 h e
resfriado em dessecador até temperatura ambiente.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
6. BIBLIOGRAFIA
46
Aula 12
Misturas de Soluções
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
n1 + n2 = n3
onde:
n1 - n2 = n3
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A mistura de soluções que reagem entre si é muito utilizada na química para
se determinar concentrações de soluções. A técnica empregada é conhecida como
titulação. Os casos mais comuns ocorrem quando juntamos solução de um ácido e
solução de uma base; ou solução de um oxidante e solução de um redutor; ou
soluções de dois sais que reagem entre si.
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Material utilizado
bureta de 50 mL
1 béquer de 50 mL e 100 mL
2 béqueres de 250 mL
conta gota
2 erlenmeyers de 250 mL
funil de vidro
pipeta volumétrica de 25 mL
pipeta graduada
pêra
pisseta
Reagentes
Solução HCl 0,1 e 0,05 molL-1
Solução de NaOH 0,1 molL-1
Solução padrão NaOH (0,08 molL-1)
Solução padrão HCl (0,04 molL-1)
Fenolftaleína 1%
- Calcular o volume das soluções de HCl 0,1 mol L-1 e 0,05 mol L-1 que deverão
ser misturados para preparar 100 mL de solução HCl 0,08 mol L-1.
- Medir os volumes calculados utilizando provetas.
- Transferir os volumes calculados das soluções para um béquer e
homogeneizar, obtendo assim 100 mL de solução HCl 0,08 mol L-1.
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3.2. Mistura de soluções de diferentes solutos que reagem entre si
- Calcular o volume necessário das soluções de NaOH 0,1 mol L-1 e HCl 0,05
-1
mol L que deverão ser misturados para que se obtenha 100 mL de uma solução de
NaOH 0,04 mol L-1.
- Medir os volumes calculados utilizando-se proveta.
-Transferir os volumes calculados das soluções para um béquer e
homogeneizar.
4. BIBLIOGRAFIA
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Aula 13
Ácidos e Bases
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Enquanto que o composto iônico NaOH é uma base porque em água sofre
dissociação:
H2O ⇌ H+ + OH-
[H+ ][OH- ]
K=
H2O
Como a concentração de H2O é essencialmente constante tem-se:
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Portanto, definimos o caráter da solução em termos quantitativos do seguinte
modo:
− Solução ácida: [H+] > 1,0 x 10-7 mol/L, pH < 7
− Solução neutra: [H+] = 1,0 x 10-7 mol/L, pH = 7
− Solução básica: [H+] < 1,0 x 10-7 mol/L, pH > 7
• pH:
• Indicadores Ácido-Base:
Como pode ser observado neste equilíbrio, o indicador existe na forma ácida
em soluções mais ácidas e na forma básica em soluções menos ácidas, ou mais
básicas.
Nem todos os indicadores, contudo, mudam de cor na mesma faixa de pH
(geralmente pequena). Apresentamos na Tabela 1 uma lista de alguns indicadores
comuns, com suas variações de cor e faixas de pH dentro das quais suas cores variam.
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• Titulação Ácido- Base:
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Prepare 250 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L e padronize com
biftalato de potássio;
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2. Encha a bureta com a solução de hidróxido de sódio preparada e padronizada
anteriormente;
3. Meça com uma pipeta 5 mL de vinagre e transfira para um erlenmyer; dilua com
um pouco de água destilada e adicione 3 gotas do indicador fenolftaleína e agite;
4. Titule cuidadosamente (lentamente) a solução do vinagre com solução padrão de
hidróxido de sódio 0,1 mol/L até a mudança de coloração do indicador. Anote o
volume gasto da solução de hidróxido de sódio e calcule a concentração de ácido
acético na solução do vinagre.
4. BIBLIOGRAFIA
• BROWN, T. L.; LEMEY Jr, H. E.; BURTEN, B.E.; BURDGE, J. R., Química:
A Ciência Central, São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 9ª. Edição,
2005.
• ATKINS, P.; JONES, L., Princípios de Química: Questionando a Vida
Moderna e o Meio Ambiente, Porto Alegre: Editora Bookman, 5ª. Edição,
2003.
• SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R.,
Fundamentos de Química Analítica, São Paulo: Editora Cengage Learning,
9ª. Edição, 2015.
• VOGEL, I. A., Química Analítica Qualitativa, São Paulo: Editora Mestre Jou,
1981.
• BACCAN, N.; ANDRADE, J. C. de; GODINHO, O. E. S., Química Analítica
Quantitativa Elementar, São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2ª. Edição,
1998.
• ROCHA-FILHO, R. C.; SILVA, R. R., Cálculos Básicos de Química, São
Carlos: Editora EduUFSCar, 2006.
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Aula 14
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Uma solução tampão é formada por uma mistura de ácido fraco e sua base
conjugada em concentrações aproximadamente iguais ou por uma mistura de base
fraca e seu ácido conjugado em concentrações aproximadamente iguais. Tais
soluções têm a propriedade de variar muito pouco o seu pH quando a elas são
adicionadas pequenas quantidades de ácidos ou bases fortes. Uma solução tampão
é tão mais efetiva quanto mais próximas forem as concentrações do par conjugado e
quanto mais elevados forem os valores absolutos dessas concentrações.
Uma solução tampão cujo pH seja menor do que 7 pode ser preparada
misturando-se um ácido fraco com um sal derivado do ácido fraco, por exemplo,
ácido acético e acetato de sódio.
Num sistema tamponado HA / A-, quando H+ (H3O+) ou OH- são adicionados
ao tampão, ocorrem as seguintes reações de neutralização:
2. OBJETIVOS
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
a) A partir de ácido acético concentrado (98,8% p/p, 1,05 g mL-1, 60,05 g mol-1),
cuja concentração em quantidade de matéria é 17,45 mol L-1, prepare 10 mL
de solução de ácido acético 0,5 mol L-1 ( 1,43 mL);
b) A partir de acetato de sódio (82,05 g mol-1) prepare 10 mL de solução de
acetato de sódio 0,5 mol L-1. ( 2,05 g);
c) Misture as duas soluções em um Erlenmeyer e agite-o;
d) Verifique o pH da solução tampão preparada com o auxílio do papel indicador
de pH. Anote esse valor.
54
3.2. Verificação das propriedades de uma solução Tampão
4. PÓS-LABORATÓRIO
5. BIBLIOGRAFIA
55
Aula 15
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Cinética química é uma ciência que estuda a velocidade das reações químicas e
dos fatores que nela influem. A formação de uma substância pode ocorrer de forma rápida
ou lenta dependendo das condições em que a reação é efetuada. Sua importância é muito
ampla, na indústria, na produção de remédios, em nosso corpo humano, etc.
Durante uma reação química, as quantidades de reagentes diminuem com o passar
do tempo, e as quantidades de produtos aumentam. È possível descrever a velocidade
com base no aumento da concentração de um produto ou na diminuição da concentração
de um reagente por unidade de tempo.
Para que uma reação química ocorra, as moléculas dos reagentes devem se
aproximar, de modo que os átomos possam ser trocados ou rearranjados. Os átomos e as
moléculas são móveis na fase gasosa ou em solução e, portanto, as reações são
realizadas freqüentemente usando-se uma mistura de gases ou soluções dos reagentes.
Sob essas circunstâncias, diversos fatores afetam a velocidade de uma reação, entre os
quais se destacam:
a) Natureza dos reagentes: reações entre íons são geralmente rápidas e entre moléculas
são na maioria das vezes lentas.
b) Quantidade ou concentração dos reagentes: o aumento da concentração de um
reagente leva a uma velocidade maior da reação, isso se deve à maior freqüência de
choques efetivos entre as espécies reagentes.
c) Temperatura: quando se aquece um sistema, aumenta-se a energia das moléculas,
aumentando, portanto, a eficiência dos choques intermoleculares e, conseqüentemente,
a velocidade da reação química.
d) Catalisador: são substâncias que, por processos um pouco complexos, têm a
capacidade de diminuir a barreira (energia de ativação) de uma reação química,
causando, portanto, de modo geral, aumento na velocidade da reação química.
Outras, ainda, são extremamente lentas, como a reação entre H2 e O2, na formação
da água, em condições ambientais normais. Em geral, as reações que não envolvem
reagrupamento de ligações são mais rápidas, embora haja exceções.
Neste experimento será estudada a velocidade de reação entre os íons
permanganato e sacarose, em meio ácido.
-
O íon permanganato (MnO4 , Mn7+) apresenta a cor violeta e ao reagir com a
sacarose (C12H22O11), em meio ácido, forma Mn2+ que é incolor. A velocidade desta reação
pode ser medida através do tempo necessário para descorar a solução após a adição do
permanganato.
56
2. OBJETIVO
3. MATERIAIS E REAGENTES
Béquer de 100 mL
Cronômetro
Pipetas graduadas de 10 mL
Rolha de borracha
Placa aquecedora
Termômetro
Tubos de ensaio
KMnO4 0,0025 molL-1
Sacarose 1 molL-1
H2SO4 2 molL-1
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Efeito da Temperatura
Tubo 1 6 mL 6 mL 2 mL -
Tubo 2 6 mL 6 mL 2 mL -
Tubo 3 6 mL 6 mL 2 mL -
Tubo 4 - - - 4 mL
Tubo 5 - - - 4 mL
Tubo 6 - - - 4 mL
57
- Os tubos 3 e 6 restantes encontram-se a temperatura ambiente. Misturá-los rapidamente
e anotar o tempo da reação.
Efeito da concentração
Tubo 1 12 mL - 2 mL -
Tubo 2 10 mL 2 mL 2 mL -
Tubo 3 8 mL 4 mL 2 mL -
Tubo 4 6 mL 6 mL 2 mL -
Tubo 5 4 mL 8 mL 2 mL -
Tubo 6 - - - 4 mL
Tubo 7 - - - 4 mL
Tubo 8 - - - 4 mL
Tubo 9 - - - 4 mL
Tubo 10 - - - 4 mL
58
• Calcular a concentração da sacarose em cada tubo de ensaio, imediatamente após a
mistura, isto é, antes da reação ocorrer. Com os dados obtidos, construir um gráfico da
concentração de sacarose versus o tempo necessário para o desaparecimento da cor
de KMnO4 em cada tubo de ensaio.
Número tubo de ensaio Tempo de descoramento (s) Concentração da sacarose (mol L-1)
1
2
3
4
5
5. PÓS- LABORATÓRIO
6. REFERÊNCIAS
• KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química Geral 1 e reações químicas. 5.ed. São Paulo:
Thompson, 2003. 672p.
• ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química – Questionando a vida moderna e
o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p. 3. BROWN, T. L.; LEMAY,
H. E. Jr; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R.
• Química – A ciência central. 9.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 972p.
59