Você está na página 1de 50

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-

BRASILEIRA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

LABORATÓRIO DE QUÍMICA

CAMPUS DAS AURORAS

QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL


I

MANUAL DE LABORATÓRIO 2023

Professor (a): _____________________________________________________________

Aluno: ___________________________________________________________________

SUMÁRIO
01. Química do hidrogênio.................................................................................... 11

02. A Química dos metais alcalinos...................................................................... 17

03. A Química dos metais alcalinos terrosos........................................................ 21

04. Elementos do grupo 13.................................................................................... 26

05. Elementos do grupo 14..................................................................................... 33

06. Elementos do grupo 15..................................................................................... 38

07. Elementos do grupo 16..................................................................................... 42

08. Elementos do grupo 17..................................................................................... 46

09. Gases nobres (elementos do grupo 18)............................................................ 49

SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA

1
1. CONDUTA NO LABORATÓRIO

Apesar do grande desenvolvimento teórico da Química, ela continua a ser uma


ciência eminentemente experimental; daí a importância das aulas práticas de Química. A
experiência treina o aluno no uso de métodos, técnicas e instrumentos de laboratório e permite
a aplicação dos conceitos teóricos aprendidos.

O laboratório químico é o lugar privilegiado para a realização de experimentos,


possuindo instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui ainda
local especial para manipulação das substâncias tóxicas, denominado capela, que dispõe de
sistema próprio de exaustão de gases. O laboratório é um local onde há um grande número de
substâncias que possuem os mais variados níveis de toxicidade e periculosidade. Este é um
local bastante vulnerável a acidentes, desde que não se trabalhe com as devidas precauções.
Abaixo, apresentamos alguns cuidados que devem ser observados, para a realização das
práticas, de modo a minimizar os riscos de acidentes.

1.1 Antes, durante e após o Experimento

Não se entra num laboratório sem um objetivo específico, portanto é necessária uma
preparação prévia ao laboratório: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os princípios
químicos envolvidos nesta atividade?

Durante a realização dos experimentos são necessárias anotações dos fenômenos


observados, das massas e volumes utilizados, do tempo decorrido, das condições iniciais e
finais do sistema. Um caderno deve ser usado especialmente para o laboratório. Este caderno
de laboratório possibilitará uma descrição precisa das atividades de laboratório. Não confie
em sua memória, tudo deve ser anotado.

2
Após o experimento vem o trabalho de compilação das etapas anteriores através de
um relatório. O relatório é um modo de comunicação escrita de cunho científico sobre o
trabalho laboratorial realizado.

1.1. Pré-Laboratório

a) Estude os conceitos teóricos envolvidos, leia com atenção o roteiro da prática e tire todas
as dúvidas.
b) Obtenha as propriedades químicas, físicas e toxicológicas dos reagentes a serem
utilizados. Essas instruções são encontradas no rótulo do reagente.

1.2. Pós-Laboratório

a) Lave todo o material logo após o término da experiência, pois conhecendo a natureza do
resíduo pode-se usar o processo adequado de limpeza.
b) Guarde todo o equipamento e vidraria. Guarde todos os frascos de reagentes, não os deixe
nas bancadas ou capelas. Desligue todos os aparelhos e lâmpadas e feche as torneiras de
gás.

1 MEDIDAS DE SEGURANÇA RELATIVAS AO PESSOAL

a) O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que dispersem sua
atenção e de seus colegas.
b) O cuidado e a aplicação de medidas de segurança é responsabilidade de cada indivíduo.
Cada um deve precaver-se contra perigos devido a seu próprio trabalho e ao dos outros.
Consulte o professor sempre que tiver dúvidas ou ocorrer algo inesperado ou anormal.
c) Faça apenas a experiência prevista; qualquer atividade extra não deve ser realizada sem a
prévia consulta ao professor.
d) Serão exigidos de todos os estudantes e professores o avental (bata), luvas e sapatos
fechados. A não observância desta norma gera roupas furadas por agentes corrosivos,
queimaduras, manchas, etc.

3
e) Planeje o trabalho a ser realizado;
f) Ao se retirar do laboratório, verifique se há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos
os aparelhos, deixe todos os equipamentos limpos e lave as mãos;
g) Os alunos não devem tentar nenhuma reação não especificada pelo professor. Reações
desconhecidas podem causar resultados desagradáveis.
h) É terminantemente proibido fumar, comer ou beber nos laboratórios;
i) Não se deve provar qualquer substância do laboratório, mesmo que inofensiva.
j) Não deixar livros, blusas, etc., jogadas nas bancadas. Ao contrário, colocá-los longe de
onde se executam as operações;
k) Ao verter um líquido de um frasco, evitar deixar escorrer no rótulo, protegendo-o
devidamente;
l) Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos ou corrosivos tome
as seguintes providências:
m) Interrompa o trabalho;
n) Advirta as pessoas próximas sobre o ocorrido.
o) Solicite ou efetue a limpeza imediata.
p) Alerte seu supervisor.
q) Verifique e corrija a causa do problema.
r) Não utilize materiais de vidro quando trincados.
s) Coloque todo o material de vidro inservível no local identificado como "sucata de vidro";
t) Não jogue caco de vidro em recipiente de lixo.
u) Use luvas de amianto sempre manusear peças de vidro que estejam quentes.
v) Use protetor facial e luvas de pelica quando agitar solventes voláteis em frascos fechados.
w) Não utilize frascos Dewar de vidro sem que estejam envolvidos em fitas adesivas ou
invólucros apropriados.
x) Não deixe frascos quentes sem proteção sobre as bancadas do laboratório.
y) Coloque os frascos quentes sobre placas de amianto;
z) Não use "frascos para amostra" sem certificar-se de que são adequados aos serviços a
serem executados e de que estejam perfeitamente limpos.

4
aa) Nunca inspecione o estado das bordas dos frascos de vidro com as mãos sem fazer uma
inspeção prévia visual.
bb) Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta. Use sempre que possível,
uma tela de amianto.
cc) Não pressurize recipientes de vidro sem consultar seu supervisor sobre a resistência dos
mesmos.

5
REDAÇÃO CIENTÍFICA: O RELATÓRIO

Um texto científico deve conter no mínimo as seguintes partes: INTRODUÇÃO,

DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO. O relato por escrito, de forma ordenada e minuciosa


daquilo que se observou no laboratório durante o experimento é denominado RELATÓRIO.

Tratando-se de um relatório de uma disciplina experimental aconselhamos compô-lo de forma


a conter os seguintes tópicos:
a) TÍTULO: uma frase sucinta, indicando a idéia principal do experimento.
b) RESUMO: um texto de cinco linhas, no máximo, resumindo o experimento efetuado, os
resultados obtidos e as conclusões a que se chegou.
c) INTRODUÇÃO: um texto, apresentando a relevância do experimento, um resumo da
teoria em que ele se baseia e os objetivos a que se pretende chegar.
d) PARTE EXPERIMENTAL: um texto, descrevendo a metodologia empregada para a
realização do experimento. Geralmente é subdividido em duas partes: Materiais e
Reagentes: um texto, apresentando a lista de materiais e reagentes utilizados no
experimento, especificando o fabricante e o modelo de cada equipamento, assim como a
procedência e o grau de pureza dos reagentes utilizados; Procedimento: um texto,
descrevendo de forma detalhada e ordenada às etapas necessárias à realização do
experimento.
e) RESULTADOS E DISCUSSÃO: um texto, apresentando resultados na forma de dados
coletados em laboratório e outros resultados, que possam ser calculados a partir dos dados.
Todos os resultados devem ser apresentados na forma de tabelas, gráficos, esquemas,
diagramas, imagens fotográficas ou outras figuras. A seguir, apresenta-se uma discussão
concisa e objetiva dos resultados, a partir das teorias e conhecimentos científicos prévios
sobre o assunto, de modo a se chegar a conclusões.

6
f) CONCLUSÃO: um texto, apresentando uma síntese sobre as conclusões alcançadas.
Enumeram-se os resultados mais significativos do trabalho. Não se deve apresentar
nenhuma conclusão que não seja fruto da discussão.
g) REFERÊNCIAS: Livros, artigos científicos e documentos citados no relatório devem ser
indicados a cada vez que forem utilizados. Recomenda-se a formatação das referências
segundo a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO DO RELATÓRIO

7
Seção Pontuação

Apresentação........................................................ 0,5

Título...................................................................... 0,5

Resumo.................................................................. 1,0

Introdução.............................................................. 1,5

Objetivos................................................................ 0,5

Parte Experimental:

A) MATERIAIS E REAGENTES............................ 0,5

B) PROCEDIMENTO............................................... 0,5

Resultados e Discussão
Resultados........................................................... 1,0

Discussão............................................................ 2,0

Conclusão.............................................................. 1,5

Referências............................................................ 0,5

ANÁLISE DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

8
1 OBJETIVOS:

a) Proporcionar ao estudante de graduação o contato com artigos científicos relacionados ao


seu curso de graduação.
b) Levar o estudante a identificar no artigo científico as partes de um relatório científico.
c) Ao término do exercício com um artigo científico o estudante deverá ser capaz de
identificar as partes de resumo de artigo.

2 METODOLOGIA:

De posse de um artigo científico o estudante irá fazer a leitura do artigo e entregará


ao final da aula a ficha abaixo preenchida.

3 FORMULÁRIO DE ARTIGO

Aluno:_______________________________________________________________

Matrícula: ____________________________________________________________

Periódico: __________________________________________________________

Volume: ______ Número: ______Ano: _____Página(s):_______________________

Autor(es):____________________________________________________________

Título:________________________________________________________________

4 RESUMO DO ARTIGO

3.1. Identifique no resumo do artigo as seguintes partes:

(1) Introdução

9
(2) Objetivos;
(3) Metodologia;
(4) Resultados;
(5) Conclusão.

3.2. Escreva com as suas palavras cada item, acima, identificado no resumo do
artigo.

3.3. Faça uma crítica ao resumo com base no exposto no corpo do artigo.
(Comparando a descrição no resumo com os textos de cada parte do artigo).

DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 01

A QUÍMICA DO HIDROGÊNIO

10
1. INTRODUÇÃO
O hidrogênio é o primeiro elemento da tabela periódica e apresenta características
únicas. Existem apenas dois elementos no primeiro período, o hidrogênio e o hélio. Os átomos
de H são os mais simples e leves dos átomos, uma vez que são formados de somente duas
partículas subatômicas. Embora ele tenha a mesma configuração eletrônica de valência que os
elementos do Grupo I, o hidrogênio é um não-metal, e não está associado a Grupo algum.
O gás hidrogênio é preparado em grande escala por diversos métodos, dentre os
quais destacamos: a passagem de vapor de água sobre coque aquecido ao rubro; processo de
reação de reformação, processo de craqueamento; processo de eletrólise da água.
O método comum de preparação do gás hidrogênio no laboratório é a reação de
ácidos fortes diluídos com metais ou de um álcali com alumínio. Por meio de ácidos, o
hidrogênio é produzido pela redução dos íons hidrogênio de um ácido forte por metal que
tenha potencial-padrão negativo.

2. OBJETIVOS

✓ Produzir gás hidrogênio pela ação de ácidos e álcalis sobre metais;

✓ Observar a cinética de reação de diferentes ácidos com um mesmo metal reativo;

✓ Comparar a atividade eletroquímica de diferentes metais em meio ácido.

3. PRÉ-LABORATÓRIO

1. Consulte uma tabela de potenciais de óxido-redução e relacione os metais que deslocam o


hidrogênio de seus ácidos;
2. Consulte uma tabela de constante de ionização de ácidos e relacione os valores para o ácido
acético, fosfórico, clorídrico e sulfúrico.

4. MATERIAIS UTILIZADOS
4.1 MATERIAIS 4.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Estante para tubos de ensaio Mg (s)

11
Tubos de ensaios grandes Zn (s)
Espátulas Al (s)
Pisseta Cu (s)
Bico de Bunsen HCl 3 mol/L
Pinça de madeira H2SO4 3 mol/L
Placa de Petri H3PO4 3 mol/L
Frascos-estoque para sólidos CH3COOH 3 mol/L
Frascos-estoque para líquidos CH3COOH 3 mol/L
Proveta de 10 mL NaOH 20%
Béquer de 250 mL
Pipetas graduadas de 5 mL

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

5.1 Produção de gás hidrogênio pela ação de ácidos

5.1.1 Obtenção do gás H2 utilizando diferentes ácidos com um mesmo metal

a) Adicione em um tubo de ensaio cerca de 3 mL de HCl 3 mol/L, em seguida coloque


uma amostra de Mg metálico ao tubo. Feche o tubo com o dedo polegar e deixe a reação
ocorrer por aproximadamente 2 minutos. Ao final aproxime um palito de fósforo em
chama, enquanto o gás escapa. Observe o ocorrido e anote.
b) Repita o mesmo procedimento utilizando os ácidos: H 2SO4 3 mol/L, H3PO4 3 mol/L
e CH3COOH 3 mol/L.

5.1.2 Obtenção do gás H2 utilizando o ácido HCl, porém variando os metais

a) Adicione em quatro tubos de ensaios cerca de 3 mL de HCl 3 mol/L, em seguida


coloque uma amostra dos seguintes metais em tubos diferentes: Mg, Zn, Al e Cu. Faça o

12
experimento simultaneamente com todos os metais para observar a reatividade dos
referidos metais.

5.1.3 Obtenção do gás H2 utilizando o ácido HNO3 com o cobre metálico

a) Adicione em um tubo de ensaio cerca de 3 mL de HNO 3 3 mol/L, em seguida


coloque uma amostra de Cu metálico. Observe a reação.

5.2 Produção de gás hidrogênio pela ação de álcalis

a) Adicione em um tubo de ensaio cerca de 3 mL de solução de NaOH a 20%.


Adicione uma amostra de Al metálico ao tubo e observe. Em seguida aqueça suavemente
o tubo de ensaio e aproxime um fósforo em chama na saída do tubo. Observe e anote o
ocorrido.

6. PÓS-LABORATÓRIO

1. Estabeleça uma ordem de reatividade crescente dos ácidos utilizados no item 5.1.1 e
apresente uma justificativa para tal ordem;
2. Com base na atividade eletroquímica dos metais ensaiados, no item 5.1.2 justifique as
diferentes reatividades dos mesmos.
3. Escreva a equação da reação observada no item 5.1.3 e identifique os gases desprendidos.
Justifique a diferença de reatividade do Cu nos itens 5.1.2 e 5.1.3.
4. Escreva a equação da reação ocorrida no item 5.2. Que outros metais além do Al sofrem
reações semelhantes?
5. Faça o relatório das atividades e apresente as equações de todas as reações.

6. ESTUDO DIRIGIDO

1. Existe alguma base química para sustentar a afirmação de que o hidrogênio pode ser
considerado um membro do Grupo 1 da tabela periódica? Seria melhor considerar o
hidrogênio como membro do Grupo 17? Discuta cada ponto de vista.

13
2. Descreva quatro métodos de obtenção do hidrogênio em escala industrial. Mostre um

método conveniente de preparação do H2 em laboratório.

3. Descreva os principais usos do hidrogênio


4. Mesmo sendo o elemento mais abundante do universo, a quantidade de hidrogênio
encontrado na atmosfera terrestre é muito pequena. Explique o porquê deste fato.
5. Escreva as equações que representam as reações do hidrogênio com:

a. Na b. Ca c. CO d. N e. S f. Cl2 g. CuO

6. Descreva as propriedades dos diferentes tipos ou classes de hidretos.


7. Descreva como as várias propriedades físicas de um solvente influenciam a sua utilidade
como solvente.
8. Descreva a evidência para a afirmação de que o hidrogênio age tanto como agente redutor
como agente oxidante. Dê equações químicas para sustentar sua evidência
9. Dê seis exemplos de solventes protônicos diferentes da água e mostre como eles se auto-
ionizam.
10. Discuta os fundamentos teóricos, os usos práticos e as limitações teóricas para a utilização
do fluoreto de hidrogênio líquido como solvente não-aquoso. Enumere as substâncias que se

comportam como ácidos e como base nesse solvente. Explique o que acontece quando SbF 5 é
dissolvido em HF.
11. Discuta os fundamentos teóricos, usos práticos e limitações para o uso da amônia líquida

como solvente não-aquoso. Explique o que acontece quando NH4Cl é dissolvido em amônia
líquida não marcada e o solvente é evaporado.
12. Pesquise em sites apropriados (ISI Web Of Science, Elsevier, Periódicos CAPES, Scielo),
sobre aplicações e uso do hidrogênio nos diversos campos da pesquisa. Escolha um artigo,
leia o abstract e descreva resumidamente de que trata o artigo, destacando as técnicas
aplicadas.
8. ANEXO
TABELA: POTENCIAIS DE ELETRODOS PADRÃO

14
POTENCIAL DE OXIDAÇÃO (V) REAÇÃO NO ELETRODO POTENCIAL DE REDUÇÃO
(V)

15
+3,045 Li1+ + e Li - 3,045
1+
+2,925 K + e K - 2,925
2+
+2,89 Sr + 2e Sr - 2,89
2+
+2,87 Ca + 2e Ca - 2,87
1+
+2,714 Na + e Na - 2,714
3+
+2,52 La + 3e La - 2,52
3+
+2,48 Ce + 3e Ce - 2,48
2+
+2,37 Mg + 2e Mg - 2,37
3+
+2,08 Sc + 3e Sc - 2,08
3+
+2,07 Pu + 3e Pu - 2,07
2+
+1,85 Be + 2e Be - 1,85
3+
+1,80 U + 3e U - 1,80
3+
+1,66 Al + 3e Al - 1,66
2+
+1,63 Ti + 2e Ti - 1,63
4+
+1,53 Zr + 4e Zr - 1,53
2+
+1,18 Mn + 2e Mn - 1,18
3+
+1,1 Nb + 3e Nb - 1,1
+0,763 Zn2+ + 2e Zn - 0,763
+0,74 Cr3+ + 3e Cr - 0,74
3+
+0,53 Ga + 3e Ga - 0,53
2+
+0,440 Fe + 2e Fe - 0,440
2+
+0,403 Cd + 2e Cd - 0,403
3+
+0,342 In + 3e In - 0,342
1+
+0,336 Tl + e Ti - 0,336
2+
+0,277 Co + 2e Co - 0,277
2+
+0,250 Ni + 2e Ni - 0,250
3+
+0,2 Mo + 3e Mo - 0,2
2+
+0,136 Sn + 2e Sn - 0,136
2+
+0,126 Pb + 2e Pb - 0,126
1+
0,000 2H + 2e H2 0,000
3+
-0,21 Sb + 3e Sb + 0,21
3+
-0,25 As + 3e As + 0,25
3+
-0,32 Bi + 3e Bi + 0,32
2+
-0,337 Cu + 2e Cu + 0,337
1+
-0,521 Cu + e Cu + 0,521
2+
-0,789 Hg + 2e Hg + 0,789
1+
-0,799 Ag + e Ag + 0,799
-0,8 Rh3+ + 3e Rh + 0,8

16
-0,987 Pd2+ + 2e Pd + 0,987
2+
-1,2 Pt + 2e Pt + 1,2

DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 02

A QUÍMICA DOS METAIS ALCALINOS

1. INTRODUÇÃO

Os metais alcalinos apresentam um elétron na camada mais externa, o qual é


facilmente perdido, formando um simples íon de configuração eletrônica semelhante à de um
gás nobre. Os átomos destes elementos possuem a menor energia de ionização de todos os
elementos da tabela periódica. Estes metais apresentam propriedades redutoras fortes. Os
raios atômicos aumentam com o aumento do número atômico.

2. OBJETIVO

✓ Verificar e comparar a reatividade e solubilidade dos elementos pertencentes aos

metais alcalinos.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Estante para tubos de ensaio Na (s)
Tubos de ensaios grandes HCl 6 mol/L
Espátulas NaOH (s)

17
Pisseta Na2CO3
Bico de Bunsen NaCl (s)
Pinça metálica Na2SO4
Placa de Petri Na2CO3 (s)
Papel de filtro CaCO3 1 mol/L
Tripé Fenolftaleína
Tela Álcool etílico PA
Proveta de 10 mL CuSO4 1 mol/L
Béquer de 100 mL LiCl 1 mol/L
Cloretos dos metais alcalinos
Na2HPO4 1 mol/L
NaOH 1 mol/L
KF a 5 %

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 Reatividade do sódio: Reação com ar, água, álcool e sulfato de cobre.

a) Retire com uma pinça um pedaço de sódio metálico do frasco com querosene
(cuidado!), coloque-o em cima de um papel de filtro e corte-o em quatro pequenos
pedaços do tamanho de um grão de arroz e retorne o restante ao frasco original.
Distribua os pedaços de Na(s) conforme procedimento abaixo:
b) Na placa de Petri limpa e seca adicione o Na(s) e observe a reação ao ar. Anote.
c) Em uma placa de Petri adicione 10 mL água destilada e três gotas de fenolftaleína.
Introduza rapidamente o sódio metálico e observe.
d) Na placa de Petri contendo 10 mL de álcool etílico e três gotas de fenolftaleína.
Introduza o sódio metálico e observe.
e) Adicione o sódio metálico em um tubo de ensaio contendo 3 mL de solução aquosa de
CuSO4 1 mol/L. Cuidado! Deixe o tubo na estante durante a adição. Observe e anote.

18
Cuidado!!! - Seja prudente na manipulação do sódio metálico, pois a reação é muito
energética.

4.2 Reação de identificação


a) Colocar em um tubo de ensaio, cerca de 5 mL de solução de cloreto de lítio 3,0M.
Adicione 5 gotas de solução de hidróxido de sódio 1,0M e 3 mL de solução de fosfato
monoácido de sódio. Observe por alguns minutos e em seguida aqueça utilizando o
bico de Bunsen. Anote as suas observações.

4.3 Solubilidade dos sais dos Metais Alcalinos:


a) Em tubos de ensaios diferentes coloque 5 mL de água destilada e aproximadamente

0,5 g de cada uma das substâncias: NaOH, NaCl e Na 2CO3 e Na2SO4. Agite-os. São
todos solúveis? Compare a solubilidade dos hidróxidos, cloretos, carbonatos e sulfatos.

4.4 Obtenção de sais escassamente solúveis


a) Colocar em dois tubos de ensaio 2 mL de solução de cloreto de lítio. Acrescentar ao
tubo (1) 2 mL de solução de carbonato de sódio e ao tubo (2) acrescentar 2 mL de
fluoreto de potássio. Aquecer os tubos de ensaio com as soluções e observar.

4.5 Identificação de cátions por ensaio de chama


a) Utilize uma vareta de vidro. Pré-aqueça no bico de Bunsen, e em seguida
mergulhe em solução 6 mol/L de HCl. Aqueça até obter chama azul (procedimento de
limpeza). Retire um pouco de cada substância (A, B, C, D e E) com a vareta limpa. Aqueça a
vareta com a amostra A e observe a cor da chama inicialmente produzida. Antes do próximo
passo execute o procedimento de limpeza da vareta. Repita o procedimento com as outras
amostras tendo o cuidado de limpar a vareta após cada operação. Observe a cor da chama e
identifique o metal consultando a tabela abaixo.

19
5. PÓS-LABORATÓRIO

1. Faça o relatório da prática contendo todas as equações balanceadas de cada reação


realizada.

6. ESTUDO DIRIGIDO
1. Por que os metais alcalinos são moles e voláteis?
2. Por que as energias da primeira ionização dos átomos do grupo 1 são baixas?
3. Por que a reatividade química dos metais alcalinos aumenta do Li para o Cs?
4. Quais os outros íons que têm propriedades semelhantes às dos íons dos metais
alcalinos?
5. Na reação dos metais alcalinos com o oxigênio, como variam a reatividade e a
natureza dos produtos, do Li até o Cs?
6. Qual a natureza das soluções dos metais alcalinos em amônia líquida? Qual é a
principal razão de elas se decomporem?
7. Como você obteria o hidreto de lítio? Por que é esse hidreto mais estável que o NaH?
8. Por que o peróxido de sódio é um agente oxidante útil em soluções aquosas?
9. Qual a reação mais importante dos carbetos? Esquematize a reação.
10. Por que soluções de Cs+ conduzem melhor a corrente elétrica do que soluções de sais
de Li+, já que o raio iônico do lítio é menor que o do césio?
11. Por que e de que maneira o lítio se assemelha com o magnésio?
12. Numa coluna de resina trocadora catiônica, qual a ordem de eluição dos íons M+?
13. Por que o LiF é quase insolúvel em água enquanto o LiCl é solúvel, não apenas em
água, mas também em acetona?
14. Por que os sais de lítio são comumente hidratados e os outros íons alcalinos são
usualmente anidros?
15. Como você apagaria um incêndio de sódio no laboratório?

7. ANEXO

20
Elemento Comprimento de onda (nm) Cor
Li 670,8 Vermelho-carmim
Na 589,2 Amarelo
K 766,5 Violeta
Rb 780,0 Vermelho-violeta
Cs 455,5 Azul

DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 03

A QUÍMICA DOS METAIS ALCALINOS TERROSOS

21
1. INTRODUÇÃO
Os metais alcalino-terrosos apresentam dois elétrons no orbital s mais externo;
constituindo uma série gradual de metais muito reativos, formando geralmente compostos
iônicos incolores, e menos básicos que os do Grupo I. Os átomos dos metais alcalinos-
terrosos são menores que os do grupo I, pois os elétrons encontram-se firmemente ligados,
fazendo com que a 1a energia de ionização seja maior do que a energia correspondente para os
elementos do grupo I.

2. OBJETIVO

✓ Verificar e comparar a reatividade e solubilidade dos elementos pertencentes aos

metais alcalinos terrosos.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Estante para tubos de ensaio Mg (s)
Tubos de ensaios grandes NaOH (s)
Espátulas Ca(OH)2
Pisseta Giz
Bico de Bunsen CaCl2
Pinça metálica CaCO3
Pinça de madeira CaSO4
Placa de Petri Álcool etílico PA
Papel de filtro Fenolftaleína
Tripé CuSO4 1 mol/L
Tela CaCl2 1 mol/L
Proveta de 250 mL BaCl2 1 mol/L
Frascos-estoque para sólidos CaSO4 1 mol/L

22
Frascos-estoque para líquidos BaSO4 1 mol/L
Pipetas volumétricas Na2SO4 1 mol/L
Pipetas graduadas de 5 mL H2SO4 6 mol/L
Papel de pH Na3PO4 0,1 mol/L

Na2C2O4 0,1 mol/L

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Reatividade do magnésio metálico: Reação com ar, água, álcool e sulfato de cobre.
a) Cortar pequenos pedaços da tira de Magnésio metálico dividindo em quatro partes
iguais, procure transformá-lo parcialmente em raspas. Distribua os pedaços de Mg(s)
conforme o procedimento abaixo:
b) Em placa de Petri limpa e seca adicione o Mg(s)e observe a reação ao ar. Anote.
c) Em tubo de ensaiocontendo10 mL água destiladae três gotas de fenolftaleínaintroduza
o Mg metálico e observe.
d) Em tubo de ensaio contendo10 mL de álcool etílico e três gotas de
fenolftaleínaadicione o magnésio metálico e observe.

e) Em um tubo de ensaio contendo 3 mL de solução aquosa de CuSO 4 1mol/L adicione o


magnésio metálico. Observe e anote.

♦Caso não observe a reação química aqueça até a ebulição, deixe em repouso, adicione
após alguns minutos mais 2 gotas de fenolftaleína e observe.

4.2. Propriedades físicas e químicas dos compostos

a) Coloque uma pastilha de NaOH e um pouco de Ca(OH) 2 sobre um vidro de relógio


seco, observe e compare a higroscopicidade dos hidróxidos.
b) Pegue um pedaço de giz com uma pinça e calcine-o por 3 a 5 minutos na chama do
bico de Bunsen. Observe e anote. Em seguida umedeça o pedaço calcinado com água

23
destilada, gota a gota, até que a água seja totalmente absorvida. Não deve haver
excesso de água. Coloque três gotas de fenolftaleína e observe.

4.3 Solubilidade dos metais alcalinos terrosos


a) Em tubos de ensaios coloque 5 mL de água destilada e aproximadamente 0,5 g de cada

uma das substâncias: Ca(OH)2, CaCl2 e CaCO3 e CaSO4.

b) Agite-os para solubilizá-los. São todos solúveis? Compare a solubilidade dos


hidróxidos, cloretos, carbonatos e sulfatos.

♦No relatório compare a solubilidade destes sais dos metais alcalinos


terrosos com a solubilidade dos sais dos metais alcalinos observados no
experimento anterior.

4.4 Reações de Precipitação

a) Colocar em tubos de ensaio as soluções de CaCl 2 e BaCl2 (1 mL) e adicionar

1 mL de H2SO46 mol/L. Agitar e observar. Escreva todas as reações ocorridas.

b) Colocar em tubos de ensaios separados as soluções de CaCl 2 e BaCl2 (1 mL) em seguida

adicionar 1 mL de Na3PO4 0,1 mol/L. Agitar e observar. Escreva todas as reações ocorridas.

c) Colocar em tubos de ensaios as soluções de CaCl2 e BaCl2 (1 mL) em seguida adicionar 1

mL de Na2SO4 1 mol/L. Agitar e observar. Escreva todas as reações ocorridas.

d) Colocar em tubos de ensaio as soluções dos cloretos de CaCl2 e BaCl2 (1 mL) e adicionar 1

mL de Na2C2O4 0,1 mol/L. Agitar e observar. Escreva todas as reações ocorridas.

24
e) Apresente as equações de todas as reações.

5. PÓS-LABORATÓRIO

1. Faça o relatório da prática contendo todas as equações balanceadas de cada reação


realizada.

6. ESTUDO DIRIGIDO
1. Indique os minerais mais importantes dos elementos do grupo II.
2. Por que os elementos do grupo II são menores do que os correspondentes elementos do
grupo I ?
3. Por que os metais alcalinos terrosos são mais duros? Por que têm pontos de fusão mais
elevados que os metais do grupo I ?
4. Por que os compostos do berílio são mais covalentes que os compostos dos demais
elementos do grupo II ?

5. Qual é a estrutura do BeCl2 no estado gasoso? E no estado sólido? Por que o BeCl2 é
ácido quando dissolvido em água?
6. Por que os haletos e os hidretos do Be se polimerizam?
7. Quais são os aspectos importantes, do ponto de vista da segurança, relativos aos
compostos do berílio?
8. Compare o grau de hidratação dos haletos dos elementos dos grupos I e II. Por que os sais
de berílio raramente contêm mais de quatro moléculas de água de cristalização?
9. Compare as propriedades físicas do Be, do Mg, do Ca e do Sr.
10. Os cátions dos metais alcalinos terrosos formam muitos complexos? Quais os cátions que
têm maior tendência à formação de complexos e quais os melhores agentes complexantes?
11. Escreva as equações que representam as reações entre o Ca e a água, o gás hidrogênio, o
gás oxigênio e a amônia.
12. Compare as reações dos metais dos grupos I e II com água. Como a basicidade dos
hidróxidos dos metais alcalinos terrosos varia dentro do grupo? Essa tendência é comum
nos demais grupos da tabela periódica?

25
13. Os quatro métodos gerais de obtenção de metais são decomposição térmica,
deslocamento de um elemento por outro, redução química e redução eletrolítica. Como
são obtidos os metais do grupo II, e por que os demais métodos não são adequados?
14. A “dureza” da água pode ser “temporária” ou “permanente”. O que provoca a dureza e
como pode ser eliminada em cada caso?
15. Quais os tipos principais de compostos formados pelos elementos do grupo II ? Esses
compostos são, em geral, solúveis em água?

DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 04

ELEMENTOS DO GRUPO 13

1. INTRODUÇÃO
Os elementos do grupo 13 destacam-se por apresentarem propriedades químicas
diferentes, dentre as quais podemos destacar a química do Boro, cujos principais minérios são
todos boratos, sendo o bórax, Na2B4O7. 4H2O, o mais importante deles. O Boro tem uma
química especial, com poucos traços em comum com a química do Al e a dos outros
elementos do grupo 13.

O Alumínio é o elemento metálico mais comum na crosta terrestre ocorrendo em


rochas como os feldspatos e as micas. Depósitos exploráveis são constituídos por óxidos
hidratados, bauxita, Al2O3. nH2O, ou criolita, Na3AlF6. O gálio e o índio ocorrem em traços
nos minerais de Al e Zn. O Tálio é um elemento raro, recuperado da poeira do gás da
combustão de piritas de outros sulfetos.

26
2. OBJETIVO

✓ Verificar e comparar as propriedades dos elementos pertencentes ao grupo 13.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Espátula Boráx
Tubo de ensaio MgCl2 0,1 mol/L
Estante para tubo de ensaio CaCl2 0,1 mol/L
Alça de platina ZnSO4 0,1 mol/L
Papel de pH Al(NO3)3 0,1 mol/L
Fio de platina NiSO4 0,1 mol/L
Pipeta de pasteur Pb(CH3COOH)2
Pipeta graduada H3BO3
Proveta de 100 mL Fenolftaleína
K2CrO4 0,1 mol/L NaOH 0,1 mol/L
KI 0,1 mol/L Glicerina 10 %
Na2CO3 0,1 mol/L H2SO4 P.A.
K4[Fe(CN)6] 0,1 mol/L CH3OH P.A.
Al2(SO4)3.18H2O HNO3 P.A.
Al(SO4)2.12H2O Al (s)
NH4OH 6 mol/L AlCl3
Al(NO3)3 HCl P.A.
HCl 6 mol/L HNO3 (1:1)

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 Reações Características do Boro
a) Reaja o Bórax com os seguintes sais: 3,8 g de Bórax em 200 mL de água (Tarefa do
monitor)

27
I) 2 mL de Bórax + 1 mL de MgCl2 0,1 mol/L

II) 2 mL de Bórax + 1 mL de CaCl20,1 mol/L

III) 2 mL de Bórax + 1 mL de ZnSO40,1 mol/L

IV) 2 mL de Bórax + 1 mL de Al(NO3)3 0,1 mol/L.

V) 2 mL de Bórax + 1 mL de NiSO4 0,1 mol/L

VI) 2 mL de Bórax + 1 mL de Pb(CH3COO)2 0,1 mol/L

OBS: A adição de Al(NO3)3 ao tubo com bórax deve ser feita gota a gota.

Equacione as reações químicas e responda:

b) Os sais dos metais alcalinos-terrosos precipitaram?


c) O que você conclui a respeito das soluções dos boratos?

4.2. Desidratação do Bórax


a) Aqueça uma alça de platina (ou de vidro) na chama do bico de Bunsen e leve ao bórax,
voltando com a amostra presa na alça, à chama. Observe e anote. O que evidencia a
desidratação do bórax?

4.3. Outras reações

a) Transfira 5 mL da solução de H 3BO3 para um tubo de ensaio, e verifique o pH.


Adicione 2 gotas de fenolftaleína e vá acrescentando NaOH 0,1 mol/L, gota a gota, até
aparecer uma coloração vermelha, fça então a medida de pH. Acrescente 5 gotas de
glicerina (solução aquosa a 10 %) e agite. O desaparecimento da cor prova a acidez.

Isto mostra que os poliálcoois aumentam a acidez de H3BO3.

Solução de H3BO3–1 g em 25 mL de água

28
b) Colocar 2 g de bórax em um tubo de ensaio. Adicionar 2 mL de ácido sulfúrico
concentrado. Em seguida acrescentar 5 mL de álcool metílico. Faça a identificação do
borato de metila através do teste de chama.

4.4 Bórax
a) Obter a pérola de bórax colocando o extremo de um fio de platina dentro de chama
oxidante e tocando com esta platina os cristais de bórax. Quando se introduz o fio de
platina na chama do bico de Bunsen os cristais de bórax aderidos a ele, inicialmente
aumentam de tamanho, fundindo-se em seguida e formando um vidro transparente: é a
pérola de bórax. Tratede obtê-la com um diâmetro de 5 mm. Umedecer em água
destilada a pérola de bórax e aquecer em chama oxidante até que a pérola fique
totalmente transparente. Observe a cor da pérola depois de fria. Em seguida introduzir
à mesma em chama redutora durante 5 a 7 minutos. Observar a cor.

4.5 Reações Características do Alumínio


4.5.1 Passividade do Alumínio
a) Coloque em um tubo de ensaio 2 a 3 mL de ácido nítrico concentrado, em seguida
adicione uma pequena amostra de alumínio metálico, deixando-a em contato com o
ácido durante 3 a 4 minutos. Observar. O que ocorreu com a superfície do alumínio?
b) Coloque em um tubo de ensaio 5 mL de ácido clorídrico concentrado, em seguida
adicione uma pequena amostra de alumínio metálico, deixando-a em contato com o
ácido durante 3 a 4 minutos. Observar.
c) Repetir o experimento com uma solução de ácido clorídrico 1:1. Observar.

4.6 Reações e propriedades do alumínio metálico:


a) Em um tubo de ensaio coloque cerca de 0,3 g de sulfato de alumínio sólido.
Acrescente 3 mL de água destilada e agite. Verifique com o papel de pH se o meio é
ácido ou básico. Acrescente à solução 3 mL de hidróxido de sódio. Observe. Se
necessário acrescentar mais 4 gotas de hidróxido de sódio e observar.

29
b) Em outro tubo de ensaio coloque cerca de 0,3 g de sulfato de alumínio sólido.
Acrescente
3 mL de água destilada e agite. Adicione 3 mL de uma solução concentrada de
carbonato de sódio. Observar. Equacione as reações D e E, apresente o nome dos
precipitados formados nas reações. Houve liberação de algum gás? Qual?

4.7 Reações Características de Sais de Alumínio:


a) Utilizando uma solução de cloreto de alumínio faça os seguintes testes: dissolver 3,63

g AlCl3 em 100 mL de água (Tarefa do monitor):

a) 1 mL de Cloreto de alumínio + 1 mL de K2Cr04 0,1 mol/L

b) 1 mL de Cloreto de alumínio + 1 mL de KI 0,1 mol/L

c) 1 mL Cloreto de alumínio + 1 mL de Na2CO3 0,1 mol/L

d) 1 mL Cloreto de alumínio + 1 mL de K4[Fe(CN)6] 0,1 mol/L

e) Equacionar as reações químicas. Qual deles precipitou mais facilmente?

4.8 Solubilidade do Alúmen


a) Dissolva 0,4 g em 2mL de água e anote o resultado. Verifique o pH da solução.
Discuta os resultados.

4.8 pH do Alúmen
a) O KAl(SO4)2. 12H2O é chamado de alúmen de potássio. Transfira 2 mL para um tubo
de ensaio e verifique o pH.

4.9 Preparação do Al(OH)3

a) Adicione gota a gota cerca de 3 mL de amônia aquosa(6 mol/L) a 7 mL de uma


solução de nitrato de alumínio (1 mol/L). Aqueça suavemente durante 1 minuto. Deixe

30
o precipitado assentar, em seguida decante e rejeite o líquido sobrenadante. Lave o
precipitado com água destilada e agite a mistura para formar a suspensão. Divida a
suspensão em duas partes. A cada parte, adicione no primeiro tubo 1 a 2 mL de HCl6
mol/L e 1 a 2 mL de NaOH no segundo tubo, gota a gota, acompanhando a variação
do pH.

5. PÓS-LABORATÓRIO

1. Faça o relatório da prática contendo todas as equações balanceadas de cada reação


realizada.

6. ESTUDO DIRIGIDO
1. Esquematize algumas reações de obtenção do boro e responda: por que é difícil obter
o boro cristalino puro e o boro líquido?
2. Mostre a reação do ácido ortobórico com a água oxigenada. Como este ácido pode ser
obtido?
3. Quais as diferenças entre o boro e os demais elementos do grupo 13 ?
4. Qual a principal fonte de alumínio? Esquematize as etapas de obtenção do alumínio.
5. Considerando o estado de oxidação, os elementos do grupo 13 utilizam 3 elétrons do
seu nível mais externo para formar 3 ligações. Essas ligações são iônicas ou
covalentes. Justifique
6. A grande diferença de tamanho entre o B e o Al é responsável pela diferença de
propriedades dos dois elementos. Compare-as.
7. No grupo 13, o caráter metálico aumenta do Boro para o Al de forma esperada. Nos
demais elementos isso não ocorre. A que se deve tal comportamento dos demais
elementos.
8. Por que os elementos do grupo 13 formam com maior facilidade complexos quando
comparados com os elementos do bloco s?
9. Uma panela de alumínio ao ser lavada com esponja de aço, adquire um brilho típico
característico. Ao guardar a panela molhada aparecem manchas no alumínio que
retiram o brilho. Explique.

31
10. Os elementos do grupo 13 não reagem diretamente com o hidrogênio, porém alguns
hidretos de boro foram identificados. Como são chamados estes hidretos? Classifique-
os de acordo com a fórmula geral.
11. O ácido bórico (H3BO3) não se comporta como um ácido trivalente de Arrhenius
quando dissolvido em água. Explique.
12. Qual o caráter, frente a reações químicas, do Al e do Ga? O comportamento de seus
hidróxidos e óxidos são iguais?
13. Por que os óxidos dos elementos do grupo 13 são chamados de sesquióxidos?
14. Qual a explicação para o fato de as ligações nos tri-haletos de boro, por exemplo o
BF3, ter comprimento de ligação menor (B-F de 1,30 Å) do que a soma dos raios
covalentes dos átomos
(B= 080 Å e F= 0,72 Å). Por que nos demais elementos do grupo 13 isso não ocorre?
15. Explique a estabilidade dos haletos covalentes dos elementos Al, Ga, In e Tl já que
estes são eletro-deficientes?

32
DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 05

ELEMENTOS DO GRUPO 14

1. INTRODUÇÃO
Os elementos do grupo 14 têm em comum os estados de oxidação +2 e +4, porém,
enquanto o estado +4 é muito importante para o carbono e o silício, o estado +2 torna-se cada
vez mais importante para o germânio e o estanho e constitui o estado de oxidação mais
importante para o chumbo. O carbono ocorre na natureza sob as formas alotrópicas de
diamante e grafite, e em maior abundância, porém altamente contaminado, na forma de
carvão. O silício é o segundo elemento mais abundante após o oxigênio, e é encontrado em
uma grande variedade de silicatos minerais. Em contraste com o carbono e o silício, o
germânio, estanho e o chumbo são elementos relativamente raros. O estanho e o chumbo são
semelhantes, sendo facilmente obtidos a partir de seus minérios, e são aplicados
tecnologicamente na forma de metais puros e ligas. O silício ultra-puro e o germânio formam
a base da indústria eletrônica moderna.

2. OBJETIVOS

✓ Verificar as propriedades químicas do carbono e do silício através de reações

características.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Aparelho para produção de CO2 CaCO3 (s)
Tubo de ensaio HCl 10 %

33
Estante para tubo de ensaio Ca(OH)2 saturado
Espátula Ba(OH)2 1 mol/L
AgNO3 1 mol/L
Fenolftaleína
Mg (s)
Pb(CH3COO)2 1 mol/L
NH4OH 1 mol/L
CuSO4 1 mol/L
Carvão
S(s)
KNO3
Na2SiO3 25 %
HCl P.A.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
4.1 Preparação e propriedades do CO2
4.1.1 Preparação
a) Montar um aparelho como o do esquema abaixo. Coloque cerca de 5g de CaCO 3
sólido no kitassato. Adicione a um funil de decantação solução a 10% de HCl
(preencha até a metade). Coloque um toco de vela em um béquer, adapte um tubo de
borracha na saída do kitassato e acenda a vela. Abra a torneira do funil de decantação,
de modo que o ácido goteje sobre o carbonato de cálcio. Quando a vela começar a
apagar estará evidenciada a saída do gás carbônico, já que ele impede a combustão ao
expulsar o oxigênio do béquer.

34
4.1.2.Propriedades
a) Em tubos de ensaios diferentes coloque 4 mL das seguintes soluções:
(1) água de cal (solução saturada de Ca(OH) 2), (2)solução de Ba(OH)2 1 mol/L,(3)
solução de AgNO3 1 mol/L e (4) água.
b) Adicione em cada tubo 2 gotas de fenolftaleína e observe a cor característica do meio.
A seguir, usando um canudo plástico, sopre na solução contida no tubo de ensaio,
borbulhando até ocorrer a formação de um precipitado branco. Observe e anote.
c) Continue borbulhando até que ocorra uma diminuição do precipitado e a cor rósea da
solução desapareça. Equacionar as reações químicas observadas nos tubos de ensaio 1,
2, 3 e 4.
d) Discuta o equilíbrio químico entre carbonatos e bicarbonatos.

4.2 Magnésio e Zinco


a) Adicione em tubos de ensaio: (1) um pedaço de fita de magnésio e (2) um pedaço de
Zn. Com os dois tubos no suporte, adicione uma solução 1 mol/L de acetato de
chumbo (Pb(CH3COO)2), até que as amostras fiquem submersas. Deixe em repouso
por 10 minutos. Observe e anote o ocorrido.

4.3. Propriedades do SiO2

35
a) Coloque em um tubo de ensaio cerca de 4 mL de solução 1 mol/L de amônia,
acrescentando gota a gota sulfato de cobre 1 mol/L até a solução adquirir coloração
azul escura. Adicione em seguida uma espátula de sílica pulverizada e agite. Filtre o
sistema e observe o ocorrido com o filtrado.

4.4. Vulcão
a) Misture em um graal quantidades iguais (cerca de1 g) de enxofre, carvão e nitrato de
potássio (KNO3) homogeneíze a mistura com um almofariz tomando bastante cuidado
para não fazer fricção. Retire uma pequena porção da mistura com uma espátula e faça
a ignição da mesma com um palito de fósforo em chama.
•Cuidado Explosivo

4.5. Formação do ácido silícico.


a) Misturar 4 mL de solução silicato de sódio a 25% com igual volume de ácido
clorídrico concentrado. Observar. Após 20 minutos colocar o tubo de ensaio de boca
para baixo. O ácido silícico é sólido? Tente definir o estado físico deste ácido. Anotar
as observações.

5. PÓS-LABORATÓRIO

1. Faça o relatório da prática contendo todas as equações balanceadas de cada reação


realizada.

6. ESTUDO DIRIGIDO
1. Explique a ocorrência do Carbono.
2. A estrutura eletrônica do C, no estado fundamental, é 1s2 2s2 2px 2py. Por que o carbono, em
geral, forma quatro laços simples e não dois?
3. Explique a diferença de densidade encontrada entre o diamante e a grafita?
4. Que características diferenciam o carbono dos demais elementos do grupo 14?
5. Descreva o mecanismo de DATAÇÂO utilizando o carbono radioativo.

36
6. Como o CS2 é obtido e quais as suas aplicações?
7. Cite alguns gases e suas respectivas proveniências, além do CO 2, que contribuem para o
efeito estufa.
8. Por que o CO2 é um gás e o SiO2 uma molécula gigante?
9. Cite algumas conseqüências drásticas que o superaquecimento da terra pode causar.
10. O dióxido de silício é conhecido por sílica. Quais as principais formas de sílica e por que
não reagem com ácidos?
11. Qual a classificação dos silicatos?
12. Explique como ocorre o fenômeno da destruição da camada de ozônio.
13. Qual a natureza dos sais básicos de estanho e chumbo?
14. Qual é a estrutura do SiC?
15. Discuta as principais semelhanças e diferenças entre as químicas do B e do Si.

DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 06

ELEMENTOS DO GRUPO 15

37
1. INTRODUÇÃO

Os elementos do Grupo 15 variam bruscamente suas propriedades ao longo do grupo


na tabela periódica. O gás N2 é considerado pouco reativo, devido em boa parte a forte
ligação tripla entre os nitrogênio (944 kJ/mol), enquanto que o fósforo é extremamente reativo
(fósforo branco), entrando em ignição quando em contato com o ar. As diferenças em
propriedades entre os não-metais nitrogênio e fósforo pode ser atribuída ao maior raio
atômico do fósforo e a disponibilidade de orbitais d em sua camada de valência. A
característica metálica aumenta para baixo no grupo.

Os materiais de arsênio e de antimônio são semicondutores, enquanto que o bismuto


é um elemento metálico. Esses comportamentos tão diferentes se refletem nas propriedades
químicas dos elementos. Por exemplo, todos os óxidos de nitrogênio e o fósforo são ácidos,
mas o óxido de bismuto é básico.
O nitrogênio forma óxidos em cada um dos estados de valência inteiros de +1 a +5.
O ácido nítrico é um.Alguns metais situados abaixo do H na série eletroquímica, reagem com
o ácido nítrico concentrado e diluído. O ácido nítrico ataca o ouro, a platina, o irídio e o rádio.
Já o ferro, o alumínio e o cromo não se dissolvem a frio no ácido nítrico concentrado, devido
a sua passivação (formação de uma película de óxido na superfície do metal).

2. OBJETIVO

✓ Verificar as propriedades químicas do carbono e do silício através de reações

características.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Estante para tubos de ensaio SbCl3
Tubos de ensaio (NH4)2Cr2O7
Espátulas NH4Cl
Pisseta NaNO2

38
Bico de Bunsen Ca(OH)2
Pinça de madeira PCl3 ou PCl5
Tripé SbCl3
Tela
Na2S.9H2O 4 mol/L
Béquer de 100 ml NaAsO2 0,1 mol/L
Kitassato de 250 ml BiCl3 3 %
Pipetas graduadas de 10 ml AgNO3 0,1 mol/L
Provetas de 50 ml NaAsO2 2 mol/L
Bastão de vidro Bi(NO3)3 3 %
Vidro de relógio HCl 6 mol/L
NaOH 3 mol/L

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

4.1. Obtenção de Nitrogênio (Uma experiência para todos os grupos).

a) Coloque em um frasco de kitassato de 250 mL, 2,7 g de cloreto de amônio, 3,45 g de


nitrito de sódio e 25 mL de água. Aquecer. Deixar evoluir a reação e somente recolher
o nitrogênio puro, pois as primeiras porções estarão contaminadas com ar. Fazer a
coleta em tubos de ensaios 18 X 180 mm (grandes). O N 2 tem cheiro e cor? Equacione
as reações.

4.2. Obtenção de Cr2O3 (Reação Vulcão)


a) Colocar em um tubo de ensaio grande 0,8 g de dicromato de amônio ((NH 4)2Cr2O7).
Segurando o tubo de ensaio com uma pinça de madeira aquecer tendo o cuidado da
boca do tubo de ensaio estar dirigida para o lado. Descreva o aspecto físico do
reagente e do produto formado. Apresente as reações.

39
4.3. Obtenção de Amônia
a) Colocar em um tubo de ensaio seco coloque cerca de 0,5 g de cloreto de amônio e 0,5
g de hidróxido de cálcio. Aquecer. Observe o desprendimento de gás. Cuidado!

4.4. Colocar 0,8 g de tricloreto de fósforo (ou 1 g de pentacloreto de fosforo) em um tubo de


ensaio. Adicionar lentamente 0,8 mL de água. Observe se há formação de gás. Equacione a
reação.

4.5. Colocar 1 mL de arsenito de sódio 0,1 mol/L em um tubo de ensaio. Adicionar 1 mL de


nitrato de prata 0,1 mol/L. Qual o nome do precipitado formado?

4.6. Colocar 1 mL de tricloreto de bismuto a 3% em um tubo de ensaio e adicionar 1 mL de


sulfeto de sódio 2 mol/L.

4.7. Colocar 1 mL de trinitrato de bismuto a 3% em um tubo de ensaio e adicionar 1 mL de


hidróxido de sódio 3 mol/L.

4.8. Colocar cerca de 0,2 g de tricloreto de antimônio em um tubo de ensaio grande (18X180
mm). Adicionar 6 mL de água. Agitar. Transferir 2 mL para 3 tubos de ensaio (2 mL em cada
tubo). Adicionar ao primeiro tubo 2 mL de ácido clorídrico 6 mol/L, ao segundo , 2 mL de
sulfeto de sódio 4 mol/L e ao terceiro tubo adicionar, gota a gota, hidróxido de sódio 3 mol/L
até solubilização completa. Responda as questões abaixo:
a) Qual é a equação química entre o tricloreto de antimônio e a água?
b) Qual é o aspecto físico da solução de 6 mL?
c) Como se explica a solubilização completa ocorrida no tubo No 1?
d) Como se explica o aparecimento do precipitado amarelo produzido no tubo No 2?

5. PÓS-LABORATÓRIO

1. Faça o relatório da prática contendo todas as equações balanceadas de cada reação


realizada.

6. ESTUDO DIRIGIDO

40
1. Enumere as principais propriedades físicas e químicas dos elementos do grupo 15.
2. Compare o grupo 15 com os grupos 1, 2, 13 e 14, quanto ao caráter metálico.
3. Descreva as ligações no N2 e NO utilizando a teoria dos orbitais moleculares e diga qual é a
ordem de ligação em cada caso.
4. Por que o nitrogênio não pode formar complexos recebendo pares eletrônicos de outros
ligantes?
5. Escreva a equação de obtenção da uréia, a partir da amônia.
6. Explique por que os elementos fósforo, arsênio, bismuto e antimônio, formam menos
óxidos que o nitrogênio?
7. Todos os elementos do grupo 15A formam hidretos. Com base nessa afirmativa, como
varia a tendência do NH3 ao BiH3?
8. Esquematize todas as etapas do processo de hidrólise do P 4O10 e justifique o porquê da
grande diversidade de ácidos fosfóricos.
9. Analise o paradoxo: "Os fosfatos são largamente utilizados em indústrias no tratamento de
águas "duras". Mas, os ambientalistas criticam este procedimento por acharem que isto
contribui para a poluição das águas."
10. Quais os principais componentes dos fertilizantes? Como eles são obtidos e por que são
importantes para as plantas?

41
DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 07

ELEMENTOS DO GRUPO 16

1. INTRODUÇÃO

Os quatro primeiros elementos desse grupo são não-metais. São conhecidos como
calcogênios. Ao se descer no grupo ocorre um aumento no caráter metálico. Isso se reflete em
suas reações, nas estruturas dos elementos e na crescente tendência de formar íons M 2+ e no
decréscimo de estabilidade dos íons M2−. O e S são totalmente não metálicos O caráter não
metálico é menor no Se e Te. O Po é caracteristicamente metálico, além de ser radioativo.
As formas alotrópicas mais estudadas do enxofre são: rômbica e monoclínica.
Quando o enxofre rômbico é aquecido até 95,5 oC, esta forma alotrópica passa a forma
monoclínica, sem se fundir. Com a continuação do aquecimento o líquido a 119 oC torna-se
viscoso, de cor amarelada-âmbar, composto de moléculas S 8. Ao continuar aquecendo, o
líquido torna-se mais viscoso, adquirindo coloração escura, devido à decomposição das
moléculas de S8. O enxofre fundido alcança a sua viscosidade máxima a 200 oC, não sendo
possível removê-lo do recipiente que o contém. Prosseguindo o aquecimento, a viscosidade
diminui, passando a tornar-se fluido e novamente a cor torna-se parda. O processo de
resfriamento lento torna o equilíbrio possível. Com o resfriamento rápido o enxofre sofre um
processo de plastificação. Gradualmente, o enxofre plástico torna-se cristalino.

2. OBJETIVO

✓ Verificar as propriedades químicas dos elementos do grupo 16.

42
3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Estante para tubos de ensaio MnO2 (s)
Tubos de ensaio NaSO4.10 H2O (s)
Espátulas Batata inglesa
Pissetas KAl(SO4)2·12(H2O) (s)
Bico de Bunsen S(s)
Pinça de madeira CuSO4.5H2O (s)
Tripé KCl (s)
Tela KBr (s)
Béquer de 100 ml KMnO4(s)
Pipetas NaCl (s)
Provetas K2Cr2O7 (s)
Bastão de vidro NaBr (s)
Fósforo I (s)
Papel de tornassol H2O2 a 20 volumes
Gelo picado HCl 0,1 mol/L
NaOH 0,1 mol/L
KI 0,1 mol/L
CuCl2 0,1 mol/L
H2SO4 4 mol/L

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Oxigênio e água, incluindo água de constituição e de cristalização.


a) Colocar 5 mL de H2O2 a 20 volumes em 3 tubos de ensaio. Em seguida a cada tubo
adicione 5 gotas de: ao primeiro acidificar com HCl 0,1 mol/L, o segundo alcalinizar
com NaOH 0,1 mol/L e o terceiro deixar neutro. Adicionar a cada um dos tubos uma
tira de papel de tornassol e aquecer em banho-maria (60 a 70 oC).

43
b) Em 3 tubos de ensaio adicione 2 mL de H 2O2 20 volumes e coloque-os em um suporte.
A cada um adicione 5 gotas de: ao primeiro KI 0,1 mol/L, ao segundo CuCl2 0,1
mol/L e ao terceiro uma rodela de batata. Compare a evolução do oxigênio nos três
tubos.
c) Em um tubo de ensaio coloque 2 mL de iodeto de potássio 0,1 mol/L. Acrescente 1 mL
de ácido sulfúrico 4 mol/L e 2 mL de água oxigenada a 20 volumes. Observe o
ocorrido.

d) Colocar cerca de 0,5 g de sulfato de cobre hidratado numa cápsula de porcelana.


Aquecer até obter um pó branco. Em seguida transferir o pó branco para um tubo de
ensaio e adicionar uma gota de água. Em seguida adicione 2 mL de água.
e) Repetir o mesmo procedimento do item d) usando 0,5 gde CoCl2.6H2O.

4.2. Fusão do enxofre


a) Adicionar pedacinhos de enxofre até aproximadamente 1/6 do volume de um tubo de
ensaio longo. Aqueça-o no bico de Bunsen, agitando constantemente até que todo o
enxofre funda. Incline o tubo de ensaio para observar a fluidez do líquido. Anote cada
mudança de coloração e viscosidade. Continue o aquecimento até que o líquido entre
em ebulição. O enxofre deve escurecer novamente e torna-se pouco viscoso. Adicionar
o enxofre em ebulição em um béquer contendo água fria. Retira-lo após 2 minutos.
Observe a plasticidade do enxofre e anote. Guarde por 1 dia, reservando no armário e
identificando com um dos nomes da equipe. Após este período verifique se as
propriedades se conservam.

Escrever as equações das reações ocorridas.

5. PÓS-LABORATÓRIO

1. Faça o relatório da prática contendo todas as equações balanceadas de cada reação


realizada.

44
6. ESTUDO DIRIGIDO
1. Explique por que a molécula de oxigênio é paramagnética.
2. Mostre as diferenças entre o oxigênio e os demais elementos do grupo.
3. Comente a importância, a obtenção e o uso do enxofre e do oxigênio.
4. Explique as diferenças nos ângulos de ligação e nos pontos de ebulição do H2O e do H2S.
5. Como ocorre a deposição por via úmida e por via seca do SO 2, denominada de chuva
ácida?
6. Apresente as propriedades do ozônio, como este pode ser obtido e sua aplicação.
7. Explique a ação dos detergentes na dissolução da sujeira. Qual a estrutura típica dos
detergentes e sua classificação.
8. Apresente a classificação dos ácidos de enxofre. Descreva o processo industrial de
fabricação do ácido sulfúrico e suas principais aplicações.
9. Compare e assinale as diferenças entre os ácidos sulfúrico, selênico e telúrico.
10. Explique detalhadamente como é feita a deionização da água.

DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 08

ELEMENTOS DO GRUPO 17

1. INTRODUÇÃO

45
Os elementos do grupo 17 apresentam propriedades oxidantes. A capacidade redutora
destes elementos é fraca, e no caso do flúor é inexistente. Nas condições normais o flúor é um
gás amarelo; o cloro é amarelo-escuro; o bromo é um líquido castanho que passa facilmente a
vapor; o iodo é uma substância sólida de cor violeta-escuro e com brilho metálico.
A temperatura ambiente o iodo passa a vapor (sublimação). A sublimação é usada para

purificar o iodo. Os vapores do iodo possuem coloração violeta, típica da molécula I 2. Em


presença de amido o iodo dá uma coloração azul

2. OBJETIVO

✓ Verificar as propriedades químicas dos elementos do grupo 17.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES
Estante para tubos de ensaio MnO2 (s)
Tubos de ensaio KCl (s)
Pissetas KBr (s)
Bico de Bunsen KMnO4 (s)
Pinça de madeira NaCl (s)
Tripé K2Cr2O7 (s)
Tela KBr (s)
Béquer de 100 ml NaBr (s)
Béquer de 500 ml I (s)
Pipetas H2SO4 P.A.
Bastão de vidro
Fósforo
Gelo picado.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

46
4.1. Obtenção de Cloro
a) Adicionar em tubos de ensaio 0,1 g do sal e 0,1 g do oxidante, conforme indicado
abaixo. Misturá-los bem. Adicionar inicialmente 3 gotas de H 2SO4 concentrado.
Observar a reação. Adicionar mais 1 mL de H 2SO4. Aquecer em banho-maria (usar
um béquer grande para acomodar todos os tubos).
Obtenção de Cloro
1o tubo = MnO2 + KCl
2o tubo = KMnO4 + NaCl
3o tubo = K2Cr2O7 + NaCl

4.2. Obtenção de Bromo


a) Adicionar em tubos de ensaio 0,1 g do sal e 0,1 g do oxidante, conforme indicado
abaixo. Misturá-los bem. Adicionar inicialmente 3 gotas de H 2SO4 concentrado.
Observar a reação. Adicionar mais 1 mL de H 2SO4. Aquecer em banho-maria (usar um
béquer grande para acomodar todos os tubos).
Obtenção de Bromo
1o tubo = MnO2 + KBr
2o tubo = KMnO4 + NaBr
3o tubo = K2Cr2O7 + NaBr

4.3. Propriedades do Iodo


a) Adicionar um pequeno cristal de iodo em um tubo de ensaio. Adicionar 3 mL de água.
Observar. Agitar durante 30 a 60 segundos. Anotar o observado.
b) Colocar 1 g de iodo sólido em um béquer de 50 mL e então cubra com um vidro de
relógio. Colocar gelo picado sobre o vidro de relógio. Aquecer sobre uma tela de
amianto, usando um tripé de ferro. Observar a coloração e a formação de cristais de
iodo na parte convexa do vidro de relógio. Escrever as equações das reações ocorridas.

47
5. PÓS-LABORATÓRIO
1. Faça o relatório da prática contendo todas as equações balanceadas de cada reação
realizada.
6. ESTUDO DIRIGIDO
1. Descreva o método de obtenção do flúor, os equipamentos utilizados e as precauções
necessárias para o bom andamento do processo. O flúor elementar é muito empregado em
reações químicas?
2. Quais são as aplicações do flúor?
3. Quais as principais fontes de cloro, bromo e iodo? Onde ocorrem e como os elementos
podem ser obtidos a partir dos sais correspondentes?
4. Quais as principais aplicações do Cl2?
5. O HCl(g) pode ser preparado a partir do NaCl e H 2SO4. O HBr(g) e o HI(g) não podem ser
obtidos de maneira semelhante a partir do NaBr e do NaI, respectivamente? Explique esse
fato.
6. Cite quatro tipos diferentes de oxoácidos dos halogênios e apresente a fórmula de um ácido
ou de um sal derivado de cada um deles.
7. Descreva os métodos de obtenção e uma aplicação dos compostos a seguir: NaOCl,
NaClO2, NaClO3 e HIO4.
8. O iodo é quase insolúvel em água, mas se dissolve prontamente numa solução aquosa de
KI. Explique o motivo desse comportamento.
9. Explique porque o CsI3 sólido é estável, mas o NaI3 sólido não é.
10. Enumere as diferenças entre a química do flúor e a química dos demais halogênios,
justificando-as.

DATA ____/____/_____

PRÁTICA Nº 9

GASES NOBRES (ELEMENTOS DO GRUPO 18)

48
1. INTRODUÇÃO
Todos os elementos desse grupo são gases monoatômicos, incolores e inodoros. O
hélio é bastante raro na Terra, mas é o segundo elemento mais abundante no universo (76%
H, 23% He) e é um gás importante encontrado nas estrelas. Comercialmente, o hélio é obtido
a partir do gás natural. Os outros gases nobres, com exceção de radônio, estão presentes em
pequenas quantidades no ar e são normalmente obtidos por destilação fracionada do ar
líquido.

2. ESTUDO DIRIGIDO
1. Por que os gases nobres apresentam pouca tendência em formar ligações?
2. Comente a abundância, obtenção e uso do argônio.
3. Explique por que os pontos de fusão e de ebulição dos gases nobres são baixos.
4. Explique por que durante muito tempo os gases nobres foram considerados inertes.
5. Descreva a estrutura do XeF6.
6. Explique as ligações Xe – F de comprimento de 2,00 Å da molécula XeF2.
7. Explique a formação do radônio na natureza.
8. Descreva o uso do hélio.
9. Descreva as propriedades físicas do grupo 18.
10. Como são formados os clatratos, e por que átomos pequenos não formam estes tipos de
compostos?

49

Você também pode gostar