Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Plano Temático
Tema Trimestre Horas Lectivas
Aulas Avaliação Reserva Total
1 Os átomos. Estrutura atómica I 13 2
1 39
2 Tabela Periódica dos 23 2
elementos químicos.
As Moléculas. Ligações
químicas. Ligação covalente.
3 Sólidos iónicos e suas 21
propriedades. Ligação iónica. II 2 1 36
Massa das moléculas.
4 Funções inorgânicas. Óxidos,
bases, ácidos e sais. 12
5 Soluções aquosas.
Concentração das soluções. III 36 2 1 39
I - TRIMESTRE
Aula nº 01 e 02
Aula nº 03 e 04
Subtema: A Constituição dos átomos e os modelos atómicos.
Os Modelos Atómicos
Modelo Atómico de John Dalton
O primeiro modelo de átomo foi proposto por John Dalton em 1808, ele
considerava que o átomo era indivisível e tinha a forma esférica. O tamanho e o
peso atómico eram tidos como características de cada elemento.
Segundo John Dalton, o átomo é considerado uma pequena
esfera maciça indivisível.
3
esfera maciça de carga positiva, distribuída uniformemente, com os electrões
dispersos no seu interior de formas a tornarem o átomo neutro.
No modelo atômico de Joseph John Thompson
o átomo é uma esfera de carga positiva com os
electrões dispersos no seu interior.
Aula nº 05 e 06
5
NÍVEL OU CAMADA DE ENERGIA (n) Nº MÁXIMO DE ELECTRÕES (2n2)
1 2 x 12 = 2
2 2 x 22 = 8
3 2 x 32 = 18
4 2 x 42 = 32
Designam-se por «electrões de valência» aqueles electrões que se
encontram no último nível ou última camada de energia de cada átomo.
De acordo com a teoria atómica actual, os electrões de um átomo
distribuem-se por níveis de energia caracterizados por “n” e podem tomar os valores
de 1 a 7. Um certo nível de energia só pode ter um determinado número de electrões.
Níveis electrónicos: são disposições nos quais encontram-se distribuídos os
electrões de um determinado átomo.
Assim, para os átomos com vários electrões, quando o primeiro nível fica
preenchido, os restantes electrões distribuem-se pelo segundo nível. Por sua vez,
quando a segunda camada fica completa, os outros electrões distribuem-se pela
terceira camada de energia, e assim sucessivamente.
O primeiro nível de energia só pode ter até dois (2) electrões; o segundo
nível até oito (8) electrões; o terceiro nível ou camada recebe até dezoito (18) e o
quarto nível até 32 electrões.
Exemplos:
Sódio (11Na) – tem 11 electrões distribuídos de seguinte modo:
1º nível: 2 electrões; 2º nível: 8 electrões 3º nível: 1 electrão
Cloro (17Cl) – tem 17 electrões distribuídos de seguinte maneira:
1º nível: 2 electrões 2º nível: 8 electrões 3º nível: 7 electrões
Cálcio (20Ca) – tem 20 electrões distribuídos assim:
1º nível: 2 e- 2º nível: 8 e- 3º nível: 8 e- 4º nível: 2e-
Os electrões de valência dos átomos considerados são:
Sódio (Na) = 1 Cloro (Cl) = 7 Cálcio (Ca) = 2
Representação dos electrões nos átomos por níveis de energia
6
Os electrões do último nível ou última camada de energia
É importante conhecer a distribuição dos electrões de um átomo, em
particular os electrões da última camada, porque permite prever o comportamento
químico de um átomo perante outros.
Os átomos dos elementos do grupo 18 têm 8 electrões na última camada, com
excepção do Hélio (He) que só tem 2 electrões, são estáveis quimicamente, isto é, não
reagem facilmente com outros átomos. Exemplo: o Hélio, o néon, o árgon, etc.
Hélio (2He) 2e
Néon (10Ne) 2e 8e
Árgon (18Ar) 2e 8e 8e
O Árgon (Ar) com 18 electrões ao todo, possui 8 electrões no último nível
(valência), o que corresponde ao número de electrões de estabilidade máxima.
Alguns átomos que não têm a configuração estável tentam alcançá-la
cedendo ou ganhando electrões, explicando assim a facilidade que estes elementos
têm para reagirem com outros. Exemplo: o átomo de sódio (Na).
Na + 497 kj Na+ + 1e-
Para atingir uma distribuição electrónica estável, o sódio perde o seu
electrão de valência ao absorver a energia correspondente a essa ionização.
O átomo do cloro: Cl + 1e- Cl– + 368 kj
Para atingir uma distribuição electrónica estável, o cloro ganha o seu
electrão exterior.
De acordo com a teoria atómica actual não é possível saber com precisão a
posição do electrão em relação ao núcleo. Na realidade, só é possível conhecer a zona
em que há maior probabilidade de se encontrar os electrões, que designada por
«orbital».
Orbital: é a zona do espaço atómico onde é maior a probabilidade de se
encontrar os electrões.
No átomo, o número de electrões é igual ao número de protões, estes
electrões ocupam apenas determinados níveis de energia.
Modelo da nuvem electrónica – São zonas mais claras onde há menor
probabilidade de encontrar os electrões.
7
Como visualizar os átomos
A força que impulsiona o movimento dos electrões em torno do núcleo
caracteriza-se pela força eléctrica atractiva entre a carga positiva dos núcleos e a carga
negativa dos electrões.
De acordo com a teoria atómica aceite actualmente acerca dos átomos, um
electrão não descreve uma órbita fixa; mantém-se sempre a certa distância do núcleo,
tal como um planeta que descreve uma órbita em torno do sol.
O átomo não tem limites bem definidos como dos objectos vulgares
existentes à nossa volta. Por esta razão, os átomos podem ser representados por
nuvens com umas zonas mais claras que outras.
Aula nº 07 e 08
Subtema: A estrutura do átomo. Raio Atómico e Raio iónico.
Estrutura do átomo
Em 1932, o cientista James Chadwick descobriu a última partícula estável
para completar a constituição do átomo, que chamou por neutrão, apesar de
Rutherford anteriormente a ter previsto sem, no entanto, a ter descoberto. Entretanto,
o átomo é constituído por: electrão, protão e neutrão.
Electrão – partícula com carga eléctrica negativa, de símbolo e-, descoberta
por Joseph John Thompson em 1897.
Protão – partícula com carga eléctrica positiva, de símbolo p, confirmada
por Ernest Rutherford em 1914.
Neutrão – partícula sem carga eléctrica, extremamente neutra, descoberta
por James Chadwick em 1932, e de símbolo n.
O átomo é electricamente neutro, porque a quantidade de protões
existente no núcleo de um átomo é igual à quantidade de electrões que estão à sua
volta.
O quadro a seguir representa a carga e a massa das partículas estáveis
fundamentais constituintes do átomo:
PARTÍCULAS CARGA ELÉCTRICA MASSA SÍMBOLO
Protão +1 1840 P+
Neutrão 0 1840 n
Electrão –1 1 e-
8
Raio Atómico. Raio iónico.
Sabemos que existem átomos que podem ceder ou ganhar electrões para
atingir a sua configuração electrónica estável transformando-se em iões. Quando um
átomo perde electrões e o ião adquire a configuração de um gás nobre, os electrões
da camada mais externa ficam a uma menor distância do núcleo, esse ião é chamado
catião.
Raio Atómico – é a distância entre o núcleo do átomo e os electrões da
camada mais externa, ou seja, é a metade da distância entre dois núcleos de átomos
iguais de uma determinada molécula.
Raio iónico – é a distância do núcleo de um ião à camada mais externa
(último nível).
Os raios de iões positivos são menores do que os correspondentes raios
atómicos devido a remoção do electrão ou electrões da camada de valência.
Exemplo: Átomo de potássio
K + 418 kj K+ + 1e- 19 K 2:8:8:1
Se um átomo ganha electrões e o ião adquire a configuração electrónica de
um gás nobre, por conseguinte, aumentam os electrões da última camada bem como
a distância ao núcleo. Esse ião é chamado por anião. Exemplo: Átomo de flúor.
F + 1e- F- + 1630 kj
9F 2:7 2:8
Para atingir a configuração electrónica de um gás nobre, o flúor ganha 1
electrão exterior.
O raio iônico dos catiões e aniões é dado pela distância do núcleo à camada
mais externa.
Iões: são átomos carregados positiva ou negativamente.
Os iões positivos chamam-se catiões e os iões negativos são
denominados por aniões.
TAREFA
1- Explique por que o átomo é electricamente neutro?
2- Faça a distribuição electrónica dos átomos dos elementos com seguintes
números atómicos:
a) Z = 20Ca
b) Z = 35
c) Z = 79
d) Z = 80
3- Dadas as seguintes configurações electrónicas:
- Indique os elementos que pertencem a um mesmo grupo e a um mesmo período.
9
a) 2:8:8:2 – Cálcio (Ca)
b) 2:8:8:7 – Manganês (Mn)
c) 2:8:8:8 – Ferro (Fe)
d) 2:8:18:18:1 – Prata (Ag)
e) 2:8:18:18:8:1 – Césio (Cs)
f) 2:8:18:32:18:1 – Ouro (Au)
g) 2:8:18:32:18:2 – Mercúrio (Hg)
h) 2:8:18:32:18:4 – Chumbo (Pb)
Aula nº 09 e 10
Subtema: Número atómico e número de massa.
Número atómico
O número de protões existente no núcleo do átomo caracteriza o elemento
químico e é representado pela letra “Z”. Exemplo: ZX
Magnésio: 12Mg
Manganês: 25Mn
Ferro: 26Fe
Cobalto: 27Co
Ouro: 79Au
Mercúrio: 80Hg
O número atómico (Z) de um elemento indica o número de protões que
existe no núcleo do átomo desse elemento. Cada elemento químico é caracterizado
pelo seu número atómico.
Portanto, elementos químicos diferentes têm números atómicos diferentes.
Exemplo:
ELEMENTOS Nº DE PROTÕES EXISTENTE NO ÁTOMO Nº ATÓMICO
Hidrogénio 1 1
Oxigénio 8 8
Carbono 6 6
Enxofre 16 16
Cloro 17 17
Neste caso, o quadro mostra-nos que o número de protões e o número
atómico existentes no átomo de um elemento são iguais.
Número de massa
Número de massa é o número de partículas existentes no núcleo de um
átomo (número de protões) somando ao número de neutrões, ou seja:
10
O número de massa – indica o número de protões e de neutrões que existe
no núcleo de um átomo.
Em cada elemento químico o número de massa é designado pela letra A. Por
exemplo: AX cloro 35,5Cl
Cobre: 64Cu
Magnésio: 24Mg
Assim, pode-se representar simbolicamente um elemento químico
indicando o seu número atómico e o seu número de massa convencionalmente: AXz
onde: A – número de massa; X – símbolo químico; Z – número atómico.
Aula nº 11 e 12
Subtema: Elemento químico. Isótopos e isóbaros.
O que é um elemento químico?
Elemento químico é uma espécie determinada de átomos que possuem
propriedades iguais; é um nome atribuído a um símbolo químico.
Exemplo: Cobre – Cu; Alumínio – Al; Sódio – Na; Cálcio – Ca; Ouro – Au, etc.
Isótopos – são todos os átomos do mesmo elemento químico, com o mesmo
número atómico e diferentes números de massa.
Exemplo: Isótopos de oxigénio e do carbono.
16 17 18
8 8 8
12 13
6C 6C
O átomo de hidrogénio, com apenas um protão e nenhum neutrão, é o mais
abundante no Universo e tem o número de massa 1, e dá-se o nome de prótio. EX:
Número de massa = 1
Número de protões = 1
Número de neutrões = 0
Prótio: átomo de hidrogénio com apenas um protão.
O átomo de hidrogénio com um protão e um neutrão, é conhecido por
deutério, tem número de massa igual a 2.
Deutério – é uma palavra derivada da etimologia latina “deuterium”, que
significa «segundo», porque se trata da segunda forma do elemento hidrogénio.
11
Número de massa = 2
Número de protões = 1
Número de neutrões = 1 Deutério
12
Existem átomos de elementos químicos diferentes que possuem o mesmo
número de massa.
Cada substância elementar é constituída por um único elemento químico,
ou seja, um único tipo de átomos. Exemplo:
O cálcio (Ca), o escândio (Sc) e o titânio (Ti) são elementos químicos
diferentes, porém com o mesmo número de massa, mas com números atómicos
diferentes, por isso recebem o nome de isóbaros.
Isóbaros – São átomos de elementos diferentes que apresentam o mesmo
número de massa e diferentes números atómicos.
42 42 42
20Ca 21Sc 22Ti
Aula nº 13 e 14
Para explicar a massa dos diversos objectos foi necessário atribuir massa
aos átomos, visto que cada objecto possui biliões de átomos.
Antigamente, o termo de comparação usado foi a massa de um átomo
hidrogénio, que é de aproximadamente 0,00000000000000000000000166 gramas.
Actualmente, utiliza-se outro termo de comparação: o átomo de carbono
12, neste átomo existem 12 nucleões e, a unidade de massa à escala atómica é 1/12
da massa do átomo de carbono 12, isto é, do isótopo 12C.
Massa atómica relativa – é a grandeza que exprime o número de vezes que
a massa desse átomo é em média, superior a 1/12 da massa do átomo de carbono 12C.
Anteriormente, a unidade padrão era o hidrogénio. A mudança de padrão
para 1/12 da massa do átomo de carbono 12, não trouxe diferenças significativas de
valores nas massas atómicas relativas.
13
Quadro de massas atómicas relativas de alguns elementos químicos
Elemento Químico Símbolo Químico Massa Atómica Relativa
Alumínio Al 27
Argônio Ar 40
Arsênio As 75
Azoto /Nitrogénio N 14
Bário Ba 137
Berílio Be 9
Bromo /Brómio Br 80
Cálcio Ca 40
Carbono C 12
Cloro Cl 35,5
Cobre Cu 64
Chumbo Pb 207
Crípton /Criptónio Kr 84
Cromo /Crómio Cr 52
Enxofre S 32
Escândio Sc 45
Estanho Sn 119
Estrôncio Sr 88
Ferro Fe 56
Flúor F 19
Fósforo P 31
Hélio He 4
Hidrogénio H 1
Germânio Ge 73
Iodo I 127
Lítio Li 7
Magnésio Mg 24
Manganês Mn 55
Mercúrio Hg 201
Neónio Ne 20
Níquel Ni 59
Oxigênio O 16
Ouro Au 97
Prata Ag 108
Polónio Po 209
Potássio K 39
Rádio Ra 226
Radónio Rn 222
Rubídio Rb 85
Selénio Se 79
Silício Si 28
Sódio Na 23
Telúrio Te 128
Titânio Ti 48
Vanádio V 51
Xénon Xe 131
Zinco Zn 65
14
TAREFA
1- Faça a correspondência dos elementos da coluna A com os da coluna B:
Coluna A Coluna B
a) Filósofos gregos a) Átomos
b) Partículas de dimensões muito pequenas b) Leucipo e Demócrito
c) Dalton c) Descobriu o electrão
d) Thompson d) Pai da Teoria atómica
e) Rutherford e) Descobriu o neutrão
f) Niels Bohr f) Descobriu o protão
2- Com a ajuda dos teus colegas, resolva os exercícios da pág. 25 –
Manual de apoio.
Aula nº 15 e 16
Subtema: Primeiras tentativas de classificação dos elementos químicos
até Mendeleev.
Aula nº 17
Subtema: Noção sobre a estrutura da tabela periódica de Mendeleev.
Aula nº 18 e 19
Subtema: A Estrutura da Tabela Periódica actual.
Períodos
1 1 2
H He
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Li B B C N O F Ne
e
3 11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
4 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
5 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
6 55 56 57* 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
7 87 88 89* 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
*
Ra Ac Rf Sg Bh Hs Mt Ds Nh Mc Lv Ts Og
Fr Db Rg Cn Fl
*Lantanídeos 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
**Actinídeos 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Aula nº 19 e 20
Subtema: A Lei Periódica dos elementos químicos.
19
Dimitri I. Mendeleev contribuiu de forma decisiva para a História da
Ciência Química. O conteúdo da Lei Periódica foi uma das generalizações mais
importantes desta ciência. Ele realizou importantíssimo trabalho na classificação dos
elementos químicos, apoiando-se quer na sua própria contribuição pessoal, quer nos
trabalhos de outros cientistas.
Mendeleev estudou a variação das propriedades químicas das substâncias
em função do crescimento das massas atómicas dos elementos, tendo concluído que
as propriedades das substâncias simples, bem como a composição e as propriedades
dos compostos de diferentes elementos químicos, dependem da forma periódica da
medida das respectivas massas atómicas.
O trabalho e intuição de Mendeleev tornaram realidade na formulação da
Lei Periódica das propriedades dos elementos químicos. Já em 1869 e 1874,
Mendeleev e Lothar Meyer, desenvolveram investigações independentes e mostraram
que a disposição dos elementos por ordem crescente das massas atómicas relativas
correspondia à variação das suas propriedades de uma forma regular.
D. I. Mendeleev não realizou o seu trabalho científico apenas no campo da
classificação dos elementos químicos, mas também deu importantes contribuições na
destilação de petróleo e à extracção do carvão mineral. Além disso, foi um destacado
professor.
Entretanto, antes da descoberta da Lei Periódica eram conhecidos 63
elementos, mas as suas propriedades eram desconhecidas. Baseando-se na Lei
Periódica, os cientistas previram e descreveram as propriedades de muitos elementos
químicos até então desconhecidos.
A sua influência estende-se ao desenvolvimento dos conhecimentos sobre a
estrutura do átomo e a natureza da matéria. O êxito da física atómica, o aparecimento
de novos métodos de investigação e o desenvolvimento da mecânica quântica
ampliaram o aprofundamento da essência da Lei Periódica e do sistema concebido
por Mendeleev.
TAREFA
Metais e não-metais.
Na classe anterior aprendeste que as substâncias formadas por átomos do
mesmo elemento e que apresentam o mesmo comportamento químico são
denominadas por substâncias elementares ou substâncias simples.
Exemplo: Hidrogénio (H), hélio (He), néon (Ne), árgon (Ar), cripton (Kr),
xénon (Xe), rádon (Rn), o rádio (Ra), o carbono (C), o zinco (Zn), o magnésio (Mg),
o alumínio (Al), o enxofre (S), o cloro (Cl), o potássio (K), o cálcio (Ca), o ferro (Fe),
o cobre (Cu), o ouro (Au), o chumbo (Pb), o bromo (Br), o mercúrio (Hg), o
manganês (Mn), o sódio (Na), entre outros.
Dentre estas substâncias elementares destacam-se os metais e os não-
metais. Na tabela periódica, os elementos metálicos estão colocados à esquerda e ao
centro; os elementos não-metálicos estão colocados à direita, com excepção do
hidrogénio que se encontra no grupo de metais alcalinos.
Propriedades dos metais
Os metais diferenciam-se dos não-metais por possuírem as seguintes
propriedades:
1- São sólidos à temperatura ambiente e são brilhantes (excepto o mercúrio
e o césio).
2- São bons condutores da corrente eléctrica e do calor.
3- Apresentam pontos de fusão e de ebulição elevados.
4- São maleáveis (flexíveis) e resistentes à fractura.
Características dos metais.
a) Apresentam uma cor cinzenta (com excepção do cobre que é castanho-
avermelhado e do ouro de cor amarela).
b) Possuem a capacidade de se ligarem com outros metais.
Aplicação dos metais
Os metais são aplicados no fabrico de vários utensílios há muitos milhares
de anos como: armas, utensílios de cozinha, objectos de adorno (enfeite) e decoração,
estruturas de construção civil, meios de transporte, componentes eléctricos, aparelhos
médicos, etc. por outro lado, formam facilmente catiões (iões positivos), por terem
poucos electrões de valência.
21
Os metais preciosos (o ouro, a prata e a platina), além de serem raros,
resistem à oxidação. Encontram-se livres na Natureza, no estado natural (livre), não
estão combinados com outros elementos.
A maioria dos metais é obtida a partir de um processo de depuração, visto
que na Natureza apresentam-se combinados com seus compostos. Exemplo: o ferro
obtém-se a partir da hematite e da limonite, respectivamente:
• Óxido de ferro (3) – (Fe2O3)
• Óxido de ferro hidratado FeO(OH) .n H2O
O cobre pode ser obtido por meio da calcopirite (CuFeS2), entre outros
minérios. Por vezes pode também aparecer na Natureza de forma livre, sob o nome
de «cobre nativo».
Dos 118 elementos actualmente conhecidos, 80 são elementos metálicos,
22 são não-metálicos e os restantes são de difícil classificação, porque possuem
propriedades comuns aos metais e aos não-metais.
O silício (Si) e o germânio (Ge) são exemplos de substâncias muito
utilizadas na electrónica, possuem pontos de fusão altos como os metais, apresentam
baixa densidade e são frágeis ou quebradiços, como os não-metais. Estas duas
substâncias designam-se de semi-condutores, pois embora conduzam a corrente
eléctrica oferecem maior resistência à sua passagem do que os metais.
Propriedades e características dos não-metais
1- Os não-metais são substâncias elementares, que podem encontrar-se no
estado sólido à temperatura ambiente.
2- São maus condutores de electricidade e do calor.
3- São substâncias duras e não têm brilho metálico.
4- Quebram-se facilmente.
5- Apresentam pontos de fusão e de ebulição baixos.
VOCABULÁRIO
Maleáveis: capacidade de serem transformados em lâminas.
Tenazes: persistentes, resistentes ao serem partidos por tracção.
Depuração: clarificação, limpeza.
Metalóide: corpo simples; sem brilho metálico; mau condutor do calor e de
electricidade.
Dúcteis: possuem elasticidade, são flexíveis e maleáveis.
Platina: prata (metal branco, elemento nº 78 da T.P.), mais pesado que o ouro e
difícil de fundir.
Condutividade térmica e eléctrica: capacidade de serem transformados em fios
finos.
Fusão: derretimento; dissolução
22
Ebulição: fervura; fermentação
NOTA: A maioria dos metais são sólidos brilhantes, bons condutores eléctricos e
térmicos, maleáveis e apresentam pontos de fusão e de ebulição elevadíssimos.
Grande parte dos não-metais são maus condutores eléctricos e térmicos, ou seja, não
conduzem a electricidade e o calor, são duros e quebradiços e apresentam pontos de
fusão e de ebulição baixos.
Aula nº 23 e 24
Subtema: Periodicidade do tamanho dos átomos.
– Semelhanças nas propriedades das substâncias elementares.
– Família de Metais e de Não-metais
– Metais Alcalinos
Aula nº 25 e 26
Subtema: Propriedades físicas e químicas dos metais alcalinos.
– Equações Químicas.
24
2- Devido a sua grande reactividade química, estes elementos têm que ser
preservados em recipientes com petróleo, em cuja composição não faz parte o
oxigénio com o qual reagem fortemente.
Os metais alcalinos possuem 1 electrão na última camada de energia, por isso
têm tendência de ceder esse electrão originando iões monopositivos. Por esta razão
apresentam valores baixos de ionização, que diminuem ao longo do grupo, uma vez
que à medida que o número da camada ocupada aumenta, diminui a força de ligação
do electrão periférico ao núcleo. Exemplo:
ELEMENTOS 1ª ENERGIA DE IONIZAÇÃO (kj/mol)
Lítio (Li) 520
Sódio (Na) 495
Potássio (K) 418
Rubídio (Rb) 403
Césio (Cs) 376
Li Li+
Na Na+
K K+
Rb Rb+
Cs Cs+
25
Equações Químicas – são as representações das substâncias através de
fórmulas químicas. Exemplo:
a) Combustão do potássio:
4 K (s) + O2 (g) 2 K2O (s)
b) Solubilização do óxido de potássio em água:
K2O (s) + H2O (l) 2 KOH (aq)
Se a combustão do sódio e do potássio se realizar num ambiente rico em
oxigénio, também se formam outros óxidos como: peróxido de sódio (Na2O2) e
peróxido de potássio (K2O2).
c) 2 Na (s) + 2 H2O 2 NaOH (aq) + H2 (g)
d) O hidróxido de sódio é um composto iónico solúvel em água:
2 Na (s) + 2 H2O (l) 2 Na+ (aq) + 2 OH – (aq) + H2 (g)
e) O sódio reage com o cloro formando o cloreto de sódio (conhecido por
sal de cozinha).
2 Na (s) + Cl2 (g) 2 NaCl (s)
Em termos de iões temos: 2 Na (s) + Cl2 (g) 2 Na+ + 2 Cl–
f) Zn (s) + Cl2 (g) ZnCl2 (s)
TAREFA
Completa e acerta as seguintes equações químicas:
a) ZnCl2 + 2 NaOH (aq)
Resolução: ZnCl2 + 2 NaOH (aq) Zn (OH)2 (s) + 2 NaCl (s)
b) Zn (OH)2 (s) + 2 HCl (l)
Base Ácido típico
Resolução: Zn (OH)2 (s) + 2 HCl (l) ZnCl2 (s) + 2H2O (l)
Base Ácido típico sal água
Aula nº 27 e 28
Subtema: Metais Alcalinos-terrosos.
Tarefa
CaO (s) + H2O (l) Ca(OH)2 (aq)
Aula nº 29 e 30
Subtema: Os Halogêneos.
Precauções
Devem-se tomar precauções ao trabalhar com os halogéneos, principalmente
se estiverem no estado simples, pois constituem um perigo para a saúde humana por
serem muito tóxicos. Por outro lado, podem provocar graves queimaduras quer em
contacto com os olhos, a pele ou mucosas do aparelho respiratório. Por esta razão, o
flúor por exemplo, não é preparado nos laboratórios escolares.
29
Número Massa Densidade Aspecto Ponto de Ponto de
Elemento Símbolo Atómico atómica (kg/m3) físico fusão ebulição
relativa (ºC) (ºC)
Flúor F 9 19 1.70 Gás amarelo – 219.6 – 188.2
pálido
Cloro Cl 17 35,5 3.21 Gás amarelo – 101.0 – 34.7
esverdeado
Líquido
castanho-
Bromo Br 35 80 3.12 x 103
avermelhado – 7.2 58.7
Sólido
4.93 x 103 cinzento-
Iodo I 53 127 escuro
113.7 184.5
Aula nº 31 e 32
Subtema: Os gases raros ou nobres. Família dos gases raros.
31
Os gases nobres os são mais estáveis de todos os elementos químicos e em
condições normais não reagem com os átomos diferentes nem com os da mesma
espécie.
Os átomos dos gases raros são chamados quimicamente como inertes, e
alguns cientistas atribuíram-lhes o nome de «gases inertes» ou «grupo zero».
Quadro da Família dos gases raros ou nobres
Elementos Símbolo Número Distribuição Nº de electrões
químico atómico electrónica de valência
Hélio He 2 2 2
Neônio Ne 10 2:8 8
Argônio Ar 18 2:8:8 8
Criptônio Kr 36 2:8:18:8 8
Xenônio Xe 54 2:8:18:18:8 8
Radônio Rn 86 2:8:18:32:18:8 8
Oganessônio Og 118 2:8:18:32:32:18:8 8
II – TRIMESTRE
Conceito de moléculas
Aula nº 35 e 36
Subtema: A Ligação entre os átomos na molécula. Ligação covalente.
34
Além das ligações covalentes, existem outras duas ligações químicas que não
ocorrem nas moléculas, como é o caso da Ligação iónica, aquela que é realizada
entre átomos de um elemento metálico e um elemento não-metálico, e a outra que é
feita entre elementos metálicos a que chamamos de Ligação metálica.
Ligação covalente Polar – Aquela que é feita entre átomos diferentes, onde o
par de electrões compartilhados não é atraído de forma igual devido à maior
electronegatividade que um dos átomos possui. Exemplo:
Flúor – Z = 9;
Hidrogênio – Z = 1.
9F – 2:7
1H – 1
: F. + . H H : F: ou H. + .F:
Tarefa
36
j) Os elementos que constituem o grupo 18 da Tabela Periódica são
designados por gases nobres ou raros. V
2- Escreva as fórmulas químicas dos seguintes compostos iónicos:
a) Cloreto de prata. AgCl
b) Nitrato de prata. AgNO3
c) Sulfato de potássio. K2SO4
d) Nitrato de sódio. NaNO3
e) Dicromato de potássio. K2Cr2O7
f) Brometo de bário. BaBr2
g) Óxido de alumínio. Al2O3
h) Cloreto de ferro (3). FeCl3
i) Hidróxido de magnésio. Mg(OH)2
j) Óxido de ferro (II). FeO
k) Óxido de ferro (III). Fe2O3
Exercícios
- Formar grupos para resolver os exercícios: 3 – pág. 79, 80 e 81; 1, 2, 3, 4
e 5 – pág. 81 e 82.
Aula nº 39 e 40
Subtema: Tamanho e forma das moléculas.
A molécula de hidrogênio
A molécula de hidrogênio é constituída por dois átomos de hidrogénio. Entre
as partículas que constituem os átomos existem interacções eléctricas, à atracção
dos dois núcleos e à repulsão do outro electrão.
Se os núcleos dos átomos estiverem afastados um do outro, predomina a
atracção, e se for ao contrário, os núcleos estiverem próximos, predomina a
repulsão.
Atracção – significa puxão, choque, encontrão.
Repulsão – significa contradição, réplica, rejeição, discordância, oposição,
negação.
Entre a repulsão e a atracção existe uma distância chamada «distância
internuclear» ou «comprimento de ligação» que é de 74 pm.
O comprimento da ligação covalente simples H – H, é a distância entre os
núcleos da molécula de hidrogênio, que é de 74,1 x 10–12 m, e o raio covalente do
hidrogénio é a metade do comprimento da ligação na molécula H2.
37
A molécula de oxigênio
Os átomos do oxigénio estão ligados uns aos outros onde a distância entre os
núcleos na molécula é de 120 pm, e o seu ângulo é de 180º.
A molécula da água
Nesta molécula a distância entre os núcleos dos átomos O – H é de 95,8 pm.
A forma das moléculas
Cada molécula tem sua forma geométrica própria, que é determinada pelas
posições dos núcleos dos respectivos átomos.
Tarefa
1- O que determina a forma de uma molécula?
R: Cada molécula tem uma forma geométrica própria que é determinada pelas
posições dos núcleos dos respectivos átomos.
2- Desenhar os modelos das moléculas, pág. 84 do manual de apoio.
3- Passar Fig. 17 – pág 84
Nesta figura estão representados os segmentos
imaginários que unem os núcleos e fazem um ângulo
de 104º 30ʹ.
Aula nº 41 e 42
Subtema: Massa das moléculas. Massa molecular relativa. Cálculo da Massa
molecular relativa.
38
Cálculo da Massa molecular relativa.
Para calcular a massa molecular relativa, segue-se os seguintes passos:
a) Conhecer os elementos químicos que constituem um determinado composto;
b) Conhecer a quantidade de átomos de cada substância presente neste composto;
c) Conhecer a massa atómica relativa de cada substância.
Exemplos:
1- Calcule a massa molecular relativa da água (H2O).
Ar – massa atómica relativa
Mr – massa molecular relativa
Ar (H) = 1
Ar (O) = 16
Mr = 2 x1 + 16 x1
Mr = 2 + 16
Mr = 18 g
Resposta: A massa molecular relativa da água é 18 g.
2- Calcule a massa molecular de cloreto de bário (BaCl2).
Ar (Ba) = 137
Ar (Cl) = 35,5
Mr = 1 x 137 + 2 x 35,5
Mr = 137 + 71
Mr = 208 g
Resposta: A massa molecular relativa do cloreto de bário é 208 g.
3- Calcule a massa molecular relativa do ião sulfato (SO4).
Ar (S) = 32
Ar (O) = 16
Mr = 1 x 32 + 4 x 16
Mr = 32 + 64
Mr = 96 g
Resposta: A massa molecular relativa do ião sulfato é 96 g.
4- Calcule a massa molecular relativa do ácido sulfúrico (H2SO4).
Ar (H) = 1
Ar (S) = 32
Ar (O) = 16
Mr = 1 x 2 + 1 x 32 + 4 x 16
Mr = 2 + 32 + 64
Mr = 98 g
Resposta: A massa molecular relativa do ácido sulfúrico é 98 g.
5- Calcule a massa molecular relativa de sacarose (açúcar), cuja fórmula
molecular é C12H22O11.
39
Ar (C) = 12
Ar (H) = 1
Ar (O) = 16
Mr = 12 x 12 + 22 x 1 + 11 x 16
Mr = 144 + 22 + 176
Mr = 342 Resposta: A massa molecular relativa de sacarose ou o açúcar é 342 g.
6- Calcule a massa molecular relativa do dicromato de potássio (K2Cr2O7),
sabendo que. Ar (K) = 39
Ar (Cr) = 52
Ar (O) = 16
Mr = 2 x 39 + 2 x 52 + 7 x16
Mr = 78 + 104 + 112
Mr = 294 g
Resposta: A massa molecular relativa do dicromato de potássio é 294 g.
Tarefa
1- Calcule a massa molecular relativa do etanol ou álcool etílico (C2H5OH).
Ar (C) = 12
Ar (H) = 1
Ar (O) = 16
Mr = 2 x 12 + 6 x 1 + 1 x 16
Mr = 24 + 6 + 16
Mr = 46 g Resposta: A massa molecular relativa do etanol é 46 g.
2- Calcule a massa molecular relativa da glicose, cuja fórmula molecular é
C6H12O6.
Ar (C) = 12
Ar (H) = 1
Ar (O) = 16
Mr = 6 x 12 + 12 x 1 + 6 x 16
Mr = 72 + 12 + 96
Mr = 180 g Resposta: A massa molecular relativa da glucose é 180 g.
Aula nº 43
Subtema: Os Sólidos e os Líquidos moleculares. Ligações intermoleculares.
40
Sabemos que os átomos devido às suas cargas eléctricas, podem ligar-se e
formar as moléculas, e que as substâncias se encontram em três (3) estados de
agregação (sólido liquido e gasoso).
Quando se aquece um sólido à uma temperatura muito elevada, dá-se um
aumento dos seus movimentos moleculares. Neste caso, nos sólidos, as moléculas
encontram-se dispostas de forma organizada e fixa, e a sua mobilidade é pequena.
Nos líquidos, as moléculas também se encontram dispostas de forma
compacta, mais afastadas que nos sólidos e são menos organizadas, a sua mobilidade
é maior em relação aos sólidos.
Nos gases, as moléculas encontram-se muito mais afastadas umas das
outras e movem-se rapidamente de maneira desorganizada. O movimento é livre,
excepto quando colidem umas com as outras ou com as paredes do recipiente que
contém gás.
Quando se aquece um sólido a uma elevada temperatura dá-se aumento dos
seus movimentos moleculares e quando se aquece um liquido ele evapora, com os
gases passa-se o mesmo; a uma temperatura muito baixa eles liquefazem-se, e caso a
temperatura se manter muita baixa, podem mesmo solidificar-se.
Ligações intermoleculares
Todas as substâncias formadas por moléculas polares ou apolares podem
solidificar-se, o que indica o estabelecimento de forças atractivas entre as moléculas.
Ligações intermoleculares: são aquelas forças de atracção entre duas ou
mais moléculas.
As ligações intermoleculares também podem ser denominadas por forças
intermoleculares, e são as responsáveis pelas propriedades físicas dos sólidos e dos
líquidos moleculares.
A Ligação de Hidrogénio
A ligação de hidrogénio forma-se quando nas moléculas polares há átomos
de hidrogénio ligados por covalência à átomos pequenos de elementos com grande
tendência para atrair electrões.
Portanto, a ligação de hidrogénio é uma das ligações intermoleculares mais
fortes, apesar de ser fraca quando comparada a qualquer ligação covalente ou
intermolecular. Exemplo: No átomo de oxigénio forma-se um pólo negativo e nos
átomos de hidrogénio dois pólos positivos.
Esta ligação é chamada por ponte de hidrogénio, uma vez que o átomo de
hidrogénio estabelece uma ponte de ligação com os átomos de oxigénio.
41
Tarefa
Define ligações intermoleculares?
Sólidos covalentes
Os sólidos covalentes são cristais covalentes atómicos existentes numa
estrutura gigante em que os átomos estão unidos por uma ligação covalente, sem se
formarem grupos individualizados.
Exemplo: O diamante e a grafite são dois exemplos típicos de sólidos ou
cristais covalentes.
O diamante e grafite são variedades do carbono puro, e estas duas variedades
de carbono chamam-se formas alotrópicas.
Alotropia – é a propriedade que certas substâncias possuem de se
apresentarem em formas diferentes com propriedades físicas e químicas específicas.
No diamante, cada átomo de carbono tem quatro (4) electrões de valência que
formam quatro ligações covalentes com outros átomos, que dão a facilidade de se
formar estruturas gigantes com a forma tetraédrica.
Na grafite, cada átomo de carbono forma três ligações com outros átomos,
formando estruturas gigantes com outros átomos vizinhos.
Sólidos iónicos – são substâncias formadas por iões como por exemplo, o
cloreto de sódio NaCl, o sulfato de cobre hidratado CuSO4 + H2O, o cloreto de
cobre(2) CuCl2, o cloreto de prata AgCl, o dicromato de potássio K2Cr2O7, entre
outros.
Quadro de alguns iões positivos (catiões) e negativos (aniões)
Catiões Aniões
Alumínio Al 3+
Brometo Br –
2
+ -
Amónio NH4 Carbonato CO3
Cálcio Ca2+ Cloreto Cl–
2
-
Chumbo (II) Pb2+ Cromato CrO4
2
-
Cobre (1)* Cu+ Dicromato Cr2O7
Cobre (2)* Cu2+ Fosfato 3
-
PO4
Ferro (2)* Fe2+ Hidrogenocarbonato HCO3–
Ferro (3)* Fe3+ Hidróxido HO– ou OH–
43
Hidrogénio H+ Iodeto I–
Magnésio Mg2+ Nitrato NO3–
Potássio K+ Óxido O2–
Prata Ag+ Permanganato MnO4–
2
-
Sódio Na+ Sulfato SO4
Zinco Zn2+ Sulfureto S2–
Tarefa
1- Escreve os nomes dos seguintes compostos:
a) NaCl; b) CuSO4; c) CuCl2; d) AgCl2; e) NiSO4; f) K2Cr2O7; g) Na2SO4; h)
NaMnO4.
44
TEMA 4: Funções inorgânicas. Óxidos, Bases, Ácidos e Sais.
Subtema: Conceito de funções inorgânicas. Óxidos
Funções inorgânicas
Funções inorgânicas são grupos de famílias de compostos inorgânicos que
apresentam características e propriedades semelhantes.
Existem 4 grupos de funções inorgânicas que são: Óxidos, Bases, Ácidos e
Sais.
Quase todos os elementos químicos existentes, com raras excepções, possuem
grande facilidade de ligar-se ao elemento oxigénio formando óxidos, pois o
oxigénio é altamente reactivo e, desse modo, podemos encontrar óxidos formados
por metais e outros formados por não-metais. Os óxidos metálicos possuem carácter
iônico, já os óxidos formados por não-metais possuem normalmente carácter
covalente.
Definição de Óxidos
Óxidos são substâncias formadas pela combinação de dois elementos, um dos
quais é sempre o oxigénio, como elemento mais electronegativo.
Em outras palavras, definimos que óxido é todo composto formado pelo
oxigénio e um outro elemento que não seja o flúor (F).
Nomenclatura dos Óxidos
A nomenclatura dos óxidos é feita de seguinte maneira: Óxido de + o nome
do metal ou não-metal.
Alguns nomes indicam a quantidade de oxigénio presente na molécula
utilizando os prefixos: mono, di, tri, pent, hex, etc., à frente do nome do metal ou
do oxigénio. Exemplo: monóxido de carbono (CO); dióxido de enxofre (SO2);
trióxido de enxofre (SO3); trióxido de dinitrogénio (N2O3); pentóxido difosfórico
(P2O5), etc.
Classificação dos Óxidos
Os óxidos são classificados em vários grupos diferentes, dos quais neste
capítulo falaremos apenas de óxidos moleculares e os óxidos iónicos, os demais serão
dados posteriormente.
Óxidos moleculares
Como o oxigénio é um elemento ametal (aparência de metal), para que um
óxido seja molecular basta que o oxigénio esteja combinado com outro ametal, pois
os compostos moleculares são formados por átomos de ametais unidos por ligações
covalentes.
45
Ametal + Oxigénio Óxido molecular. Exemplos:
N O NO2 N2O
Monóxido de Dióxido de Monóxido de
nitrogênio nitrogênio dinitrogénio
Óxidos iônicos:
Esses óxidos apresentam oxigénio combinado com um metal, onde este
metal e o ametal se unem por uma ligação iónica.
Metal + Oxigénio Óxido iónico, nesse caso, é fácil prever a
fórmula do óxido de um determinado metal utilizando o que falamos sobre ligação
iónica. Como o oxigénio apresenta 6 electrões na última camada, em ligação
iónica ele recebe 2 electrões e fica com duas cargas negativas O2-.
Exemplos de óxidos de metais com carga fixa:
Na2O ------------- óxido de sódio
CaO -------------- óxido de cálcio
Al2O3 ------------- óxido de alumínio
Exemplos de óxidos de metais com carga variável:
Cu2O ----------- óxido de cobre (1)
CuO ------------ óxido de cobre (2)
FeO ------------- óxido de ferro (2)
Fe2O3 ----------- óxido de ferro (3)
Entre os óxidos já citados, destacamos alguns de capital importância:
Dióxido de silício (SiO2): é o óxido mais abundante na crosta terrestre e é
um dos componentes dos cristais, das rochas e da areia.
46
Óxido de cálcio (CaO): é um óxido obtido a partir da decomposição do
calcário e é usado na agricultura para diminuir a acidez dos solos e também na
preparação de betume na construção civil.
Dióxido de enxofre (SO2): é usado para a obtenção de ácido sulfúrico e é
um dos principais poluentes atmosféricos em dias húmidos, combina-se com o vapor
de água e origina as chuvas ácidas.
Monóxido de carbono (CO): é um gás usado para obter certos produtos
químicos e na metalurgia do aço, também é o principal poluente da atmosfera nas
zonas urbanas; quando inspirado combina com a hemoglobina dos glóbulos
vermelhos do sangue neutralizando-as para o transporte do oxigénio no organismo.
Dióxido de carbono: Também conhecido como gás carbónico ou anidrido
carbónico, de fórmula molecular CO2, é um composto químico constituído por dois
átomos de oxigénio e um átomo de carbono, descoberto pelo cientista químico
escocês Joseph Black em 1754, encontra-se na atmosfera produzido pela respiração
dos seres humanos e dos animais, também é utilizado pelas plantas para realizarem a
fotossíntese.
Tarefa
1- Como se classificam as funções inorgânicas?
2- Define óxidos?
a) Dê 5 exemplos.
Aula nº 48
Subtema: Bases ou hidróxidos. Nomenclatura das bases ou hidróxidos.
Principais bases.
Aula nº 49
Subtema: Ácidos. Nomenclatura dos ácidos. Propriedades e aplicações.
Ácidos
A palavra “ácido” provém do latim “acidus” que significa azedo.
Ácidos: são compostos covalentes que compartilham electrões nas suas ligações.
Exemplos:
• Ácido acético (CH3 – COOH)
• Ácido sulfúrico (H2SO4)
• Ácido Fluorídrico (HF)
• Ácido nítrico ou azótico (HNO3)
• Ácido fosfórico (H3PO4)
• Ácido carbónico (H2CO3)
• Ácido clorídrico (HCl)
Nomenclatura dos ácidos
Terminação do anião Terminação do ácido
eto Exemplo: cloreto (Cl) ídrico Exemplo: ácido clorídrico (HCl)
ato Exemplo: Clorato (ClO3) ico Exemplo: ácido clórico (HClO3)
ito Exemplo: nitrito (NO3) oso Exemplo: ácido nitroso (HNO2)
48
Propriedades físicas dos ácidos
• São incolores;
• Têm odor forte e asfixiante;
• Possuem sabor azedo, ácido ou amargo;
• Têm estado físico líquido ou aquoso;
• Apresentam pontos de fusão e de ebulição baixos;
• Conduzem a corrente eléctrica, pois são soluções eletrolíticas.
Aula nº 50
Subtema: Sais. Classificação dos sais.
Definição de Sais
Sais são compostos que contêm pelo menos um catião na sua base e um anião
de um ácido.
Portanto, os sais são compostos iónicos com sabor salgado e são sólidos, eles
podem ser obtidos por via laboratorial, através da reacção de uma base forte como o
hidróxido de sódio (NaOH), com um ácido forte como ácido clorídrico (HCl), cuja
reacção de neutralização forma sal e gera água.
49
HCl + NaOH NaCl + H2O
III – TRIMESTRE
TEMA 5: Soluções aquosas. Concentração das soluções
Aula nº 51
Subtema: Soluções, soluto e solvente. Soluções saturadas e insaturadas.
50
Soluto e Solvente
Soluto: é a substância que se encontra na forma sólida.
Exemplo: Na solução de água açucarada, a água é o solvente e o açúcar é o
soluto.
Nas soluções uma substância dissolve e a outra é dissolvida. Nesse caso, a
substância que dissolve a outra chama-se solvente, ou seja, Solvente: é a substância
que se encontra na forma líquida. Exemplo: a água
Quando se dissolve um gás num líquido, considera-se que o gás é o soluto
e o líquido é o dissolvente.
Se a dissolução estiver formada por dois líquidos, o soluto será a substância
que estiver em maior proporção.
Soluções saturadas e insaturadas (não-saturadas)
As soluções obtêm-se quando juntamos arbitrárias de solvente e de soluto.
Quando o solvente não consegue dissolver totalmente a quantidade de soluto, diz-se
que a solução é saturada, e quando o solvente consegue dissolver toda a quantidade
de soluto, a solução é insaturada (não-saturada).
Solução saturada – é aquela em que o solvente não dissolve totalmente o
soluto.
Solução não-saturada (insaturada) – é aquela que o solvente tem
capacidade de dissolver todo o soluto.
Existem outros tipos de soluções, por exemplo, quando o solvente é o
álcool a mistura designa-se por solução alcoólica.
Aula nº 52
Subtema: Concentração de soluções.
Tarefa
1- Fale da importância que a água tem para a vida do homem e de outros
seres vivos.
2- Diferencie soluto e solvente?
3- Define solução saturada e solução não saturada?
53
A variação da solubilidade das substâncias é diferente de umas para outras,
e é expressa por meio de gráficos que se denominam por curvas de solubilidade.
As curvas de solubilidade são construídas num sistema de eixos
coordenados, onde no eixo das abcissas marca-se os valores das temperaturas e no
eixo das coordenadas marca-se as quantidades das substâncias (expressas em
gramas), para saturar 100 g de água.
O quadro a seguir indica o valor das temperaturas e a correspondente massa
de nitrato de potássio (KNO3) dissolvida em 100 g de água.
Temperatura ºC 0 20 40 60 80 100
Gramas de KNO3 13,3 31,6 63,9 110 169 260
Mecanismo de dissolução
Na formação de uma solução ocorre a dissolução, que é o fenómeno no
qual uma substância é posta em contacto com outra substância.
A dissolução pode efectuar-se nos três estados físicos: líquido, sólido e
gasoso.
Dissolução nos líquidos
As dissoluções líquidas são as mais comuns e importantes. Ocorrem
quando se junta a uma solução líquida outra substância em qualquer dos três estados
físicos. Exemplo: (açúcar) a um líquido (água).
A partir desta dissolução obtém-se uma mistura homogênea. Quando se
mistura álcool etílico com água não se distinguem as partículas do álcool nem da
água. Ao contrário, se juntar água à gasolina ou ao gasóleo, nota-se duas fases bem
54
distintas: uma constituída pela gasolina/gasóleo e a outra pela água; este tipo de
mistura denomina-se mistura heterogênea.
Mistura homogênea – é aquela em que não se distinguem as partículas na
solução.
Mistura heterogênea – é aquela em que facilmente distinguem-se as
partículas na mistura.
Dissolução nos gases
Tendo em conta o comportamento físico das moléculas dos gases, sabemos
que estas encontram-se muito afastadas umas das outras e movem-se rapidamente.
Por exemplo, se um gás estiver em contacto com um líquido (água), as
moléculas gasosas chocam-se com a superfície deste líquido e são atraídas por este,
dando lugar à dissolução do gás na água, pois em alguns casos o gás é muito solúvel
em água.
Dissolução nos sólidos
A dissolução nos sólidos obtém-se quando se adiciona pequenas
quantidades de uma substância sólida a outra substância no estado líquido.
Quando um sólido se dissolve na água as suas partículas abandonam as
suas posições fixas e passam para o seio da massa de água, ficando rodeadas por
moléculas da água.
Tarefa
Define:
a) Solubilidade de uma substância.
b) Mistura homogénea e mistura heterogénea.
c) Soluto e solvente.
Calor de solução
Durante o processo de dissolução ocorre a libertação de calor. Exemplo:
a dissolução de sulfato de lítio em água.
Por outro lado, na dissolução de nitrato de amónio nota-se a descida de
temperatura ao invés de libertação de calor.
55
Conclui-se que, durante a dissolução há libertação ou absorção de calor.
2-
2ª fase: H2SO4– + água H+ (aq) + HPO4 (aq)
2-
+
3ª fase: HPO4 + água H (aq) + PO4 (aq)
Ião fosfato
Dissociação das bases
Ex:
a) Hidróxido de sódio com a água.
NaOH + água Na+ (aq) + OH– (aq)
b) Hidróxido de cálcio
Ca(OH)2 + água Ca2+ (aq) + 2 OH– (aq)
c) Hidróxido de potássio com a água.
KOH + água K+ (aq) + OH– (aq)
Subtema: Exercícios.
58
X- Dois átomos de hidrogénio, um átomo de oxigénio e dois átomos de nitrogénio
(azoto).
5- Ligue os conceitos das duas colunas com uma seta, de acordo com os
conhecimentos adquiridos:
61
Equação química – é forma de representação convencional das reacções
químicas mediante fórmulas e símbolos químicos.
OBS: A numeração das aulas não é taxativa, sofrerá alterações em função das
aulas de revisão e avaliações contínuas.
63