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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS

Manual de Química Industrial – I.PARTE

Química Industrial – é o ramo da química que estuda os processos químicos industriais e sua evolução ao longo
do tempo.

O químico industrial desenvolve produtos e novas tecnologias, buscando aperfeiçoar produtos e novas fórmulas,
além de verificar a viabilidade económica e técnica dos processos de produção e coordena a manutenção e
instalação de equipamentos. Serve a humanidade através da pesquisa, do desenvolvimento de novos processos e
produtos e da instalação de plantas industriais para a fabricação de produtos químicos de utilidade para as pessoas.
Aplica o conhecimento científico adquirido na melhoria da qualidade de vida da humanidade. Em alguns países a
química industrial expandiu-se após a Revolução industrial, passando a fazer asssim grandes investimentos na área
da química.

I. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA QUÍMICA

1.1. TEORIA ATÓMICA CLÁSSICA

Já na Antiguidade, os filósofos hindus, gregos e romanos faziam especulações acerca da estrutura íntima da
matéria.

Por séculos, o ar, a água, a terra e o fogo foram considerados elementos básicos constituintes da matéria.

Mas já então alguns filósofos, como Kanada, Leucipo, Demócrito e Lucrécio, entre outros, achavam que tais
elementos não eram os constituentes últimos da matéria. Segundo eles, deveriam existir entidades menores, as
quais, por sua vez, seriam os componentes do ar, da água, da terra e do fogo.

Suas especulações filosóficas os levaram a pensar que, a medida que se divide algo, deve-se chegar a uma entidade
tão pequena, tão minúscula, que não pudesse mais ser dividida.

Esta entidade recebeu o nome de átomo, palavra de origem grega que significa “indivisível” (a = não; tomos =
divisão).

O átomo de Dalton

John Dalton (1766-1844) basendo-se no atomismo dos gregos desenvolveu e apresentou em 1808 as suas ideias
sobre o átomo que ficaram conhecidas por “postulados de Dalton”, que se podem resumir no seguinte:

TEORIA ATÓMICA MODERNA

1.2.2. O átomo de John Thomson

Em 1897, Thomson afirmava que átomo seria uma esfera carregada positivamente com electrões distribuidos à sua
superfície, como as passas se espalham num bolo. Este ficou conhecido como pudim de passas (plum-pudding =
pudim de ameixas).

Ele propós assim o primeiro modelo atómico. Este modelo não durou muito tempo porque não conseguia explicar
vários fenómenos que ocorriam em reacções químicas. E assim, os estudos sobre o átomo prosseguiram.

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1.2.3. O átomo nucleado (A experiência de Rutherford)

Ernest Rutherford (1871-1937), assistido por Hans Geiger e Ernest Marsden, realizou várias experiências com
substâncias radioctivas nas quais um feixe de partículas alfa (núcleo de hélio, He2+) era dirigido para uma folha de
ouro muito fina (lâmina de ouro). Os resultados da experiência mostram que:

1. A maior parte das partículas alfa conseguia atravessar a lâmina de ouro sem sofrer nenhum

desvio. Esse facto indicava que essas partículas não encontram nenhum obstáculo pela frente e

seguiam seu percurso em linha recta.

2. Algumas partículas α conseguiam atravessar a lâmina, porém sofrendo um desvio muito forte

em seu caminho. Esse facto mostrava que essas partículas encontravam algum obstáculo, porém

não muito grande, quando atravessavam os átomos da lâmina.

3. Pouquíssimas partículas alfa não conseguiam atravessar a lâmina e voltavam para o mesmo lado

de onde são lançadas. Esse facto evidência que essas partículas encontravam um obstáculo

irremovível ao colidirem em algum ponto dos átomos da lâmina.

Nesta experiência, o bloco de chumbo continha uma amostra de rádio que devido à desintegração, era
acompanhada de emissão de partículas ALFA e tinha como finalidade proteger o experimentador de radiações
indesejáveis. As partículas ALFA são átomos de hélio carregados positivamente. Estas partículas são portadoras de
velocidades muito altas, ou seja, de energias cinéticas muito elevadas.

 Dadas experiências Ernest Rutherford concluiu que:

 As partículas alfa eram desviadas devido à existência de uma “massa” com carga positiva no interior do
átomo, o núcleo;
 A maior parte das cargas positivas não eram desviadas porque o átomo é formado por um sistema
descontinuo apresentando um grande vazio à volta do núcleo, que tem uma massa superior à carga positiva.

Com base nestas conclusões, Rutherford desenvolveu um modelo, que ficou conhecido como modelo de Rutherford
ou modelo atómico nuclear.

Segundo este modelo, o átomo era uma esfera constituída por uma região central, o núcleo; de dimensões muito
reduzidas com carga positiva e com a maior parte da massa do átomo e pelos electrões, que se dispõem à volta o
núcleo descrevendo órbitas, como os planetas em torno o sol.

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Este modelo explica a estrutura do átomo do átomo satisfazendo uma parte das interrogações que os outros
modelos anteriores levantaram e que não tinham conseguido explicar. Contudo, entra em contradição com a
mecânica clássica, teoria electromagnética de Maxwell, que diz: “Toda a carga eléctrica em movimento de rotação
emite espontaneamente radiação”. Assim , os electrões emitem energia, diminuíndo a velocidade e o raio
datrajectória e acabando por colidir com o núcleo, provocando, assim, a destruição do átomo. Porém, este
fenómeno não se verifica e o modelo de Rutherford não explica este facto.

A teoria atómica de Rutherford pode ser resumida da seguinte maneira:

 O átomo possui núcleo, formado por protões e neutrões. Em redor do núcleo (o invólucro electrónico),
situam-se os electrões;
 A carga nuclear dos átomos depende do númeo de protões no seu núcleo;
 Chama-se número atómico, ao número dos protões no núcleo;
 O átomo é electricamente neutro, porque a quantidade de protões no seu núcleo é exactamente igual dos
electrões no invólucro electrónico;
 Todos os átomos do mesmo elemento têm o mesmo número atómico, isto é, a mesma carga nuclear ou
mesmo número de protões no núcleo.

1.2.4. O átomo de Niels Bohr

Niels Bohr (1885-1962) estudou o problema teórico que o modelo de Rutherford apresentava, baseiando-se na
teoria quântica de radiação desenvolvida por Max Plank em 1900 que diz: “a energia não é emitida em forma
contínua, mas em blocos denominados quantum. Nem todos os quantum transportam a mesma energia”. A energia
de um quantum será dada pela expressão:

E=h.f onde: h = constante de Plank, igual a 6,62*10-27 erg.seg ou 6,62*10-34 joul.seg;

f = frequência de onda de radiação.

Assim, dizia ele:

 Os electrões movem-se em órbitas circulares bem definidas, em torno do núcleo, correspondentes a


degerminados níveise enrgi, tanto mais elevados qunto mais afastados do núeo. Os electrões pertecentes a
determinado nível consituem uma “camada electrónica”;
 A cada órbita corresponde um determinado valor de energia potencial para o sistema núcleo-electrão;
 Durante o movimento os electrões não emitem nem absorvem energia, mantêm-se em estado estacionário;
 De todos os estados que podem assumir a distribuição das órbitas electrónicas num dado átomo, dá-se o
nome de estado fundamental ao menos energético possível.

Bohr melhorou o modelo atómico de Rutherford. Ele caracterizou cada nível energético por um número natural
“n”, que toma valores de 1 a 7 ou K, L, M, N, O, P e Q. Isto significa que quanto maior for o valor de “n”, maior é
a energia do electrão.

Esta teoria encontra limitações quando aplicada átomos poliatómicos, porque Bohr fez os seus estudos sobre o
átomo de hidrogénio e pressupõe que os electrões se localizam em órbitas determinadas.

O número máximo de electrões que cada nível pode conter, é dado pela regra de Stoner. Número limite de electrões
= 2n2.

Em 1916, Smmerfeld criou as órbitas elipticas para os electrões. Assim, o átomo passou a contar com órbitas de
diversas excentricidades.

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1.2.5. Modelo atómico Mecânico –Ondulatório ou Mecânico-Quântico

No modelo mecânico-quântico considera-se que o electrão possui dualidade de propriedades, nomeadamente; de


onda e de partícula.

Devido à grande velocidade que o electrão tem no seu movimento, não é possível determinar com exatidão o lugar
onde se encontra o electrão num átomo, por isso, determinou-se matematicamente uma zona onde, com
grandeprobabilidade, se pode encontrar o electrão, a orbital atómico.

Cada átomo apresenta um determinado número de electrões que diferem entre si em energia, pois ocupam posições
diferentes m relação núcleo.

A energia de um electrão fica perfeitamente definida através de quatro números quânticos (número quântico
principal, secuncundário ou azimutal, magnético e de spin).

Exercícios de aplicação

1. a) Diferencie a teoria atómica clássica da teoria atómica moderna.

b) Quais foram os êxitos e fracassos da teoria de Rutherford?

c) Mencione as vantagens do modelo atómico de Bohr comparativamente a de Rutherford.

d) Que vantagens apresenta o modelo mecânico-ondulatório comparativamente a outros modelos precedentes?

e) O que se pode concluir a partir das experiências realizadas por Rutherford?

f) Como se diferência um átomo no estado fundamental e um átomo no estado excitado?

2. Se um electrão passa de um nível de energia para o outro mais afastado do núcleo….

A. há absorção de energia C. não há variação de energia

B. há emissão de energia D. o número de oxidação do átomo varia

3. Das afirmações dadas qual delas se associa ao modelo atómico de Rutherford?

A. Átomo como esfera maciça C. Modelo de pudim de passas

B. Átomo como partícula indivisível D. Primeiro modelo nuclear

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1.4. Distribuição electrónica por níveis e subníveis de energia

1.4.1 Distribuição electrónica por níveis de energia

Com base nos postulados de Bohr os electrões dispõem-se na eletrosfera em diferentes niveis energéticos
designados pelas letras K,L, M, N, O ,P e Q ou as diferentes camadas são designadas por números de 1 à 7.

O número máximo de electrões que cada camada pode conter até ao nível n é dado pela equação e- = 2n2 onde:

e- = número máximo de electrões

n = número de camada

Camada ou Nível Teórico e- = 2n2 Prático e- = 2n2

K=1 2 2

L=2 8 8

M=3 18 18

N=4 32 32

O=5 50 32

P=6 72 18

Q=7 98 2

Exemplo: Distribuição electrónica para os átomos de sódio e cloro.

11Na: 2e- 8e- 1e-

17Cℓ: 2e- 8e- 7e-

Exercícios de Aplicação

1.Faça a distribuição elctrónica por níveis de energia para os seguintes átomos: 2He, 18Ar,54 Xe, 36Kr, 1H, 8O, 9F,
7N, 35Br, 53I, 82Pb, 87Fr, 20Ca, 38Sr e 12Mg.

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1.5. MECÂNICA QUÂNTICA

A Mecânica Quântica surgiu como um melhoramento da teoria de Bohr. Bohr referiu-se à órbita de um electrão
como sendo a trajectória bem definida que o electrão percorre enquanto gira em volta do núcleo.

Segundo a Mecânica Quântica, não é possível localizar num determinado ponto os electrões que se movem a
grande velocidade. Assim, na Mecânica Quântica fala-se de orbital, como sendo a região do espaço onde é maior a
probabilidade de encontrar um electrão. A orbital tem aspecto de uma nuvém electrónica.

Números quânticos

No modelo de átomo de Rutherford-Bohr, foram incluídas teorias novas, com aplicação de conceitos matemáticos,
que permitiram um melhor conhecimento da estrutura do átomo, ainda que continue sendo impossível vê-lo.

Dentre esses novos conceitos estão os números quânticos, que são números que servem para identificar qualquer
electrão de um átomo, dando a relação matemática da posição energia do electrão, dentro de um cálculo de
probabilidade.

São quatro números quânticos que identificam cada electrão:

 Número quântico principal (n).


 Número quântico secundário ou azimutal (ℓ).
 Número quântico magnético (m).
 Número quântico de spin (s).

a) Número quântico principal (n) - indica o nível de energia ou camada em que se encontra o electrão. Assumi
valores de 1 à 7 ou k à L

b) Número quântico secundário ou azimutal (ℓ) - indica o subnível de energia. Os níveis n são divididos em
subníveis ℓ. Valores: 0, 1, 2, 3, ….,n-1 para cada valor de n. 0 ≤ ℓ ≤ n-1

Nível Valores de ℓ Subnível

n=1 = K 0 s

n=2 = L 0, 1 s,p

n=3 = M 0, 1, 2 s,p,d

n=4 = N 0, 1, 2, 3. s,p,d,f

Como só identificamos quatro tipos de subníveis, concluímos que nos outros níveis os valores de ℓ se repetirão,
uma vez que ℓ está ligado à forma do subnível.

c) Número quântico magnético (m) - indica o número de orbitais e as suas orietações espaciais em cada subnível.
Valores: - ℓ …0…+ ℓ para cada valor de ℓ.

Subnível ℓ Valores de m Número de orbitias

s 0 0 0

p 1 -1, 0, +1 3

d 2 -2, -1, 0, +1, +2 5

f 3 -3,-2,-1,0,+1,+2, +3 7

Associando ℓ e m temos as quantidades de orbitais de cada subnível e suas coordenadas de espaço.

-ℓ ≤ m ≤ +ℓ

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ℓ = 0 orbital tipo s

ℓ = 0 orbital tipo p

ℓ = 0 orbital tipo d

ℓ = 3 orbital tipo f

d) Número quântico de spin (s) - indica o sentido do movimento de rotação do electrão. Valores:+1/2 e -1/2.

Os orbitais

Dentro dos conceitos matemáticos que explicam o modelo atómico actual, o chamado modelo ondulatório, a
definição de orbital enunciada em 1926 por Erwin Schroedinger (Áustria) talvez seja mais importante.

Orbital é a região do espaço que envolve o núcleo, onde é maior a probabilidade de se localizado o electrão. Ou é
um gráfico que apresenta os diferentes valores da probabilidade de encontrar o electrão num ou noutro sítio. O
electrão pode ser encontrado nas zonas onde a figura for mais escura e nas zonas mais claras correspondentes a
locais menos frequentados pelos electrões.

Formas dos orbitais

A cada número quântico secundário (ℓ) está asssociado um tipo de orbital, e a cada um desses tipos está associada a
ideia de uma forma geométrica.

ℓ Orbital Forma geométrica das orbitais Número de


orbitais

Esférica: No nível 1 ou camada K existe apenas um tipo de subnível, 1


cuja orbital é chamada 1s e que tem a forma circular. Na realidade, a
0 s orbital não possui um limite nítido, mas a representação geométrica exige
figuras com limite definido e nítido, facilitando-se, desta maneira, a
visualização espacial.

Duplo-ovóide: No nível 2 ou camada L encontramos mais um tipo de 3


subnível cuja orbital é chamada 2p que tem em cada eixo distinto o
1 p formato de dois ovos.

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2 d Indeterminada 5

3 f Indeterminada 7

Princípio de Exclusão de Pauli

Em um mesmo átomo não podem existir dois electrões com o mesmo conjunto de números quânticos.

Exemplo: Admitindo um átomo bem simples como o de hélio (He), Z = 2, que apresenta dois electrões, e que já
sabemos que devem ocupar a primeira camada ou nível.

2He 1º electrão: n=1, ℓ=0, m=0, S = +1/2.

2º electrão: n=1, ℓ=0, m=0, S = -1/2.

Os dois electrões estão no mesmo nível, no mesmo subnível, ocupando o mesmo orbital, mas têm spins contrários.
De onde se conclui que:

Em cada orbital podemos ter no máximo dois electrões de spins contrários.

Se cada orbital pode comportar dois velectrões, o número de electrões de cada subnível será:

ℓ Quantidade de orbitais Electrões por subnível (e- = 4ℓ + 2) Convenção a ser


adotada

0 1 orbital s 2 s2

1 3 orbitais p 6 p6

2 5 orbitais d 10 d10

3 7 orbitais f 14 f14

Subníveis e sua Energia

Os subníveis de um mesmo nível possuem energias diferentes. Quanto mais distante do núcleo, mais energia terá o
electrão e, consequentemente, o subnível. E, quanto mais próximo, menos energia terá.

Mas há ocasiões em que um subnível de um nível mais afastado do núcleo possui menos energia que um subnível
de um nível mais próximo do núcleo.

Dados dois ou mais subníveis, existem dois processos: o analítico e o gráfico, para verificar qual deles é o mais
energético e qual deles é o menos energético.

a) Processo Analítico

A ordem de preenchimento das orbitais atómicas pelos valores dos números quânticos principal e secundário foi
estudada pelo cientista soviético V.Kletchkovski que estabeleceu que a energia de um electrão aumenta à medida
que aumenta a soma destes números quânticos, isto é, o valor de (n + ℓ). Devido a isso, ele formulou uma regra
(primeira regra de Kletchkovski): ao aumentar a carga nuclear do átomo, o preenchimento sucessivo das orbitais
electrónicas ocorre a partir das orbitais com menor valor da soma de números quânticos principal e secundário
(n + ℓ) preenchendo-se seguidamente as orbitais para os quais o valor desta soma seja maior.
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1ª Regra de Kletchkovski: A energia de um subnível é proporcional à soma dos números quântico principal e
azimutal.

Esta regra é expressa pela fórmula: Es = n + ℓ

Onde:

ES = energia do subnível

n = número quântico principal

ℓ = número quântico azimutal

Exemplos: Qual subnível é mais energético: 4d ou 5s?

E  4  2  Es  6
Aplicando a fórmula para 4d, teremos: s

E  5  0  Es  5
Aplicando a fórmula para 5s, teremos: s

Resposta: O mais energético será 4d, pois a soma é maior.

2ª Regra de Kletchkovski: Se os valores da soma (n + ℓ) são iguais, o preenchimento das orbitais ocorre, de
modo sucessivo, no sentido do aumento do valor de número quântico principal n.

Exemplo: Qual subnível é mais energético: 4f ou 6p?

E  4  3  Es  7
Aplicando a fórmula para 4d, teremos: s

Es  6  1  Es  7
Aplicando a fórmula para 6p, teremos:

Note-se que, em ambos os casos, temos como resultado o numero 7. Quando o número resultante da soma for igual,
será considerado mais energético o subnível que tiver maior número quântico principal, pois o nível está mais
afastado do núcleo.

Em consequência, a resposta será: o subnível mais energéticos é 6p, pois possui número quântico principal maior.

b) Processo gráfico

Para usar o processo gráfico, basta montar os subníveis na disposição do diagrama de Linus Pauling:

Diagrama de Pauling

Associando nível n=1, subnível ℓ=0, formado por orbital s, que comporta 2 electrões, podemos resumidamente ter:
← total de electrões
nível → 1 S2 ←subnível

Para usar o processo gráfico, basta montar os subníveis na disposição do diagrama de Linus Pauling:

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Para se saber qual o nível mais energético, faz-se a leitura seguindo a flecha. Portanto, a sequência energética é: 1s,
2s, 2p, 3s, 3p,4s,3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d.

Exemplo: 11Na - 1s2 2s2 2p6 3s1

Exemplo: 17Cℓ - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5

Exercícios de Aplicação

Faça a distribuição eledtrónica por subníveis de energia para os seguintes átomos:

- 1H, 2He, 3Li, 11Na, 19K, 87Fr, 4Be, 20Ca, 38Sr, 7N, 6C, 26Fe, 29Cu, 30Zn, 13Aℓ, 9F, 17Cℓ, 35Br, 53I, 8O, 32S, 82Pb, 10Ne.

Representação esquemática dos orbitais e subníveis

Cada orbital pode ser representado por um quadrado ( □ ) ou círculo ( ○ ), sendo que a diferenciação é feita pela
quantidade de orbitais de cada subnível.

Subnível (ℓ) Orbital Esquema m (magnético)

0 s 0

1 p -1 0 +1

2 d -2 -1 0 +1 +2

3 f -3 -2 -1 0 +1 +2 +3

Para representar cada electrão e dar ideia do spin, usaremos as setas ( ↑ e ↓); para simplificar a descrição, usaremos
seta voltada para cima (↑) para o primeiro electrão de orbital.

Regra de Hund: Princípio da máxima multiplicidade

No preenchimento dos orbitais de um mesmo subnível, ocorre:

1. Ocupação dos orbitais vazios, um electrão em cada, com mesmo spin.

2. Compartilhamento de electrões no mesmo orbital, com spin contrário.

Exemplo1: s1

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Exemplo2: p5

↑↓ ↑↓ ↑

A identidade do electrão

Como identificar um electrão?

 Indicando seus quatro números quânticos:

n – nível em que se encontra o electrão.

ℓ - subnível e, portanto, o tipo de orbital.

m – posição do orbital, no respectivo subnível.

s – a rotação do electrão ou o spin.

Podemos identificar cada um dos electrões de um átomo, a partir do electrão de diferenciação. Qual é o electrão de
diferenciação?

 Obedecendo a regra de Hund, é a última seta colocada no esquema.

 Localiza-se no subnível mais energético.

Exemplo: 8O2 → 1s2 2s2 2p4

2p4

n = 2 e ℓ =1

↑↓ ↑ ↑

m= -1 0 +1

n ℓ m s

2 1 -1 -1/2

Exercícios de aplicação

1. Dar a configuração electrónica do último nível dos átomos se estrôncio. Bromo, sódio e estanho.

2. Identificar o electrão de diferenciação do átomo de cromio e cloro.

3. O último subnível de um átomo no estado fundamental apresenta: n = 6 e ℓ = 0? Quantos protões tem o núcleo
desse átomo?

4. O electrão mais energético de um átomo apresenta os seguintes números quânticos: n=3 ℓ = 1, m = -1 e s = -1∕2.
Quantos electrões existem no núcleo desse átomo?

5. Na relação abaixo apenas um conjunto de números quânticos e possivel.Diga qual e justifique a sua escolha.

a) n = 2 ℓ = 0 m = 2 s = + ½ c) n = 2 ℓ = 2 m = 2 s = +½ e) n = 4 ℓ = 2 m = - 1 s = + ½

b) n = 2 ℓ = 0 m = 2 s = - ½ d) n = 3 ℓ= 2 m = 3 s = -½

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6. Um átomo electricamente neutro de um elemento possui dois electrões K, oito electrões L ,cinco electrões M. O
número total de electrões S é :

a. 2 b. 6 c. 8 d. 15 e. 5

7. Um átomo que possue configuração 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 apresenta na camada mais exeterna:

a. 5e - b. 7e - c. 3e - d. 1e - e. 13e -

8. Quando o valor do número quântico principal e 2,os orbitais que podem existir na configuração electrônica um
átomo são:

a. somente s b. somente p c. s e p d. somente d e. s,p,d

9. Um átomo possui no subnível mais energético ( nível 5 ) apenas dois electrões.

O número atómico pode variar de......á......

a. 2 - 5 b. 38 – 50 c. 20 – 50 d. 90 – 100 e. não e possivel calcular.

10. Qual dos electrões pertencente aos seguintes orbitais apresenta maior energia total?

a. 1s b. 6p c. 7s d. 5f e. 3s

11. Em subnível de número quântico ( l = 2 ), os valores que o número quântico m podem ter são:

a. 0 , 1 b. 0 , 1 , 2 c. apenas – 1 , 0 , +1 d. apenas 0 , +1 , +2 e. -2, -1, 0, +1, +2

12. Quantos electrões tem o número quântico ℓ = 1, num átomo cujo o número atómico é 30?

13. Num átomo nunca ocorrem dois electrões com seus quatro números quânticos iguais , dois á dois; esta
afirmação é de :

a. Rutherford b. Hund c. Pauli d. Pauling e. Einstein

14. Qual é o elemento cujo átomo no estado fundamental contém electrões na orbital 4s?

a.13Al b.15P c.17Cl d.20Ca

15. Qual é a ordem crescente de energia dos sub-níveis electrónicos?

a. 4d < 5p < 6s < 4f b. 4d < 4f < 5p < 6s c. 5p < 6s < 4f < 4d d. 4f < 4d < 5p < 6s

16. Dada a seguinte configuração electrónica: 1s2 2s2 2p5 3s2 3px1 3py2 3pz1. Qual é a regra que não foi obedecida?

A.Hund B.Pauli C.Pauling D.Stoner

17. Observe os dados da tabela a seguir:

Átomo Número de protões Número de electrões Número de neutrões


I 12 12 12
II 12 11 13
Os átomos….

A. são do mesmo elemento químico C. são electricamente neutros

B. tem número de massa 12 D. são isótopos de elementos químicos


7x 7x+2
18. Dois átomos X e Y são isótopos, tais que 3x+2 X e 2x+7 Y . Os números de massa e de protões dos
átomos X e Y são:

A.17 X 35 e 17 Y
17
B.17 X 35 e 17 Y
38
C.17 X 35 e 17 Y
37
D.17 X 35 e 17 Y
40

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19. Um electrão encontra-se num subnível “p” de um determinado átomo. Qual é o número quântico
magnético IMPOSSÍVEL para este electrão?

A. -1 B. 0 C.+2 D. +1

20. Quais os números quânticos do electrão de maior energia do Boro, B (Z=5)?

A. n = 2 ℓ = 0 m = 0 s = + ½ C. n = 2 ℓ = 1 m = +1 s = - ½

B. n = 2 ℓ = 2 m = 0 s = + ½ D. n = 2 ℓ= 1 m = -1 s = + ½

21. O electrão mais energético de um átomo apresenta os seguintes números quânticos: n=3; ℓ=1; m=-1; s= -
½ . Quantos electrões existem na electrosfera deste átomo?

A. 16 B. 20 C. 26 D. 36

22. Indique os valores dos números quânticos do electrão representado no diagrama 3p



A. n = 3 ℓ = 3 m = +1 s = + ½ C. n = 3 ℓ = 1 m = 0 s = - ½

B. n = 3 ℓ = 2 m = 0 s = - ½ D. n = 3 ℓ= 1 m = 0 s = + ½

23. Considere as seguintes configurações electrónicas do átomo de fósforo; P (Z=15). Qual é a que está de
acordo com a regra de Hund?

A. 1s2 2s2 2p6 3s2 3px2 3py1 3pz0 C. 1s2 2s2 2p6 3s2 3px1 3py0 3pz2

B. 1s2 2s2 2p6 3s2 3px1 3py1 3pz1 D. 1s2 2s2 2p6 3s2 3px2 3py0 3pz2

24. Dadas as estruturas electrónicas pertencentes a três espécies químicas diferentes, qual das espécies possui
o número atómico (Z) igual à 10?

A. X3- = 1s2 2s2 2p6 B. G = 1s2 2s2 2p6 C. Y4- = 1s2 2s2 2p6 D. F- = 1s2 2s2 2p6

25. O estrôncio (Z=38) na forma do ião Sr2+, tem a seguinte configuração:

A. 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 C. 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2

B. 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s25p2 D. 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 4p6 4d2

26. Um átomo que apresenta, no último nível, um electrão desemparelhado com os números quânticos

n= 5, ℓ = 0, m = 0 e s = + ½ tem número atómico igual a…

A. 31 B. 37 C. 41 D. 47

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 13
1.6. CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

Em virtude da sua indiscutível utilidade, a classificação periódica dos elementos constitui um dos excepcionais
acontecimentos da história da Química.

Observou-se que certas propriedades de alguns elementos eram análogos às de outros, daí a tentativa de ordená-los
de modo a facilitar o seu estudo.

1817 – Lei das Tríades: Joham W. Dobereiner

Observou que o peso atómico do estrôncio é a média aritmética dos pesos atómicos do cálcio e do bário. Outros
grupos apresentam tal propriedade, mas ela não pode ser generalizada.

1862 – Parafuso Telúrico: Alexandre Chancourtois

Em um cilindro, distribuiu os elementos em ordem de pesos atómicos ao longo de uma espiral de 45º . Em cada
geratriz do cilindro encontrava elementos semelhantes. Também não se explicava a todos os elementos.

1864 – Lei das oitavas: John A. Newland

Dispondo os elementos em sequência dos pesos atómicos, verificou que o primeiro era semelhante ao oitavo,
repetindo o facto a intervalos iguais. Também não se explicava a todos os elementos.

Estas tentativas, apesar de falhas, chamaram a atenção para o facto de que as propriedades dos elementos têm uma
variação periódica.

1869 – Lei Periódica: Dimitri Ivanovich Mendeleev

Após um eaustivo trabalho de pesquisa, concluiu que: “As propriedades dos elementos são uma função periódica
dos seus pesos atómico”.

1914 – Lei de Moseley: Henry Gwyn Jeffrey Moseley

Aceitando a lei periódica de Mendeleev, verificou ser a carga nuclear (número atómico) a característica principal
de um elemento, e não o peso atómico, dando um novo enunciado à Lei Periódica: “As propriedades dos elementos
são uma função periódica de seus números atómicos”.

1.6.2. Divisão em períodos e grupos ou famílias

a) Divisão em períodos

As sete linhas horizontais, que aparecem na tabela da página anterior, são denominadas períodos. Devemos notar
que:

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 14
1o período (I) Muito curto Tem 2 elementos H e He

2o período (II) Curto Tem 8 elementos Do Li ao Ne

3o período (III) Curto Tem 8 elementos Do Na ao Ar

4o período (IV) Longo Tem 18 elementos Do K ao Kr

5o período (V) Longo Tem 18 elementos Do Rb ao Xe

6o período (VI) Superlongo Tem 32 elementos Do Cs ao Rn

7o período (VII) Incompleto Tem 24 elementos Do Fr ao Ds

b) Divisão em colunas, grupos ou famílias

As dezoito linhas verticais que aparecem na tabela são denominadas colunas, grupos ou famílias de elementos.
Devemos assinalar que algumas famílias têm nomes especiais, a saber:
Número da coluna Elementos Nome da família

1A (1) Li, Na, K, Rb, Cs, Fr Metais alcalinos (do árabe alcali, “cinza de plantas”)

2A (2) Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra Metais alcalino-terrosos (o termo “terroso” refere-se a “existir na terra”)

6A (16) O, S, Se, Te, Po Calcogênios (“formadores de cobre”, pois minérios de cobre contêm oxigênio ou
enxofre)

7A (17) F, Cl, Br, I, At Halogênios (“formadores de sais”)

8A (18) He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn Gases nobres (ou raros, ou inertes)

Fig-Distribuições electrónicas externas em função das colunas da tabela periódica.

Nota: As distribuições electrónicas externas s1d5 e s1d10, no lugar, respectivamente, de s2d4 e s2d9, são devidas ao
facto de que os subníveis completos ou semipreenchidos conferem maior estabilidade aos átomos.

De acordo com suas distribuições electrónicas, os elementos químicos podem ser classificados em gases inertes,
representativos, de transição e transição interna:

Gases inertes

 Com excepção do hélio, todos os outros gases inertes apresentam 8 electrões no último nível electrónico.

Ex: 2He → 1s2 → Coluna 8A

10Ne → 1s2 2s2 2p8 → Coluna 8A

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 15
Representativos

 São chamados também de típicos ou normais. Caracterizam-se por apresentar o electrão diferenciador em
um subnível s ou subnível p. E localizam-se nas colunas A , e o número dessas colunas é dado pelo total de
electrões no último nível.

Ex: 3Li → 1s2 2s1 → Coluna 1A

9F → 1s2 2s2 2p5 → Coluna 7A

Transição (externa)

 Estão localizados nas colunas B. Caracterizam-se por apresentar o electrão diferenciador no subnível d.
para estes elementos (transição externa) podemos omitir a palavra externa.

Ex: 21Sc → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1 → Coluna 3B

27Co → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d7 → Coluna 8B

Transição interna

 Caracterizam-se por apresentar o electrão diferenciador no subnível f. Constituem duas séries localizadas
na coluna 3B (6º e 7º. períodos). Isto é, lantanídeos e actinídeos.

Ex: 58Ce → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f2 → Coluna 4B

Reagrupando os subníveis dentro dos níveis, temos:

58Ce → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f2 5s2 5p6 6s2

1.6.3. Importância da Tabela Periódica e da Lei Periódica de Mendeleev

Até ao final do sec. XVII, eram conhecidos apenas 14 elementos; um século depois, esse número elevou-se para 33.
Nos finais do sec. XIX, já se conheciam 83 elementos e, no sec. XX, este número ultrapassou 110. Actualmente,
são conhecidos 116, número demasiado elevado para se “conhecerem” todas as suas propriedades físicas e
químicas.

Dado o crescimento do número de elementos descobertos, torna-se importante organizá-los de forma corrente
para facilitar a interpretação das suas propriedades.

Foram diversas as tentativas de organização dos elementos, como se encontram sistematizadas no quadro anterior.
Por ser mais completa, a obra de Mendeleev foi a mais aceite.

16.4. Propriedades dos elementos

As propriedades se dividem em aperiódicas e periódicas.

1.6.4.1. Propriedades aperiódicas

Não estão em função da posição do elemento na tabela; seus valores aumentam ou diminuem em função do número
atómico crescente. Exemplos:

1. Massa atómica: aumenta com o número atómico.

2. Calor específico: diminui com o aumento do número atómico.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 16
1.6.4.2. Propriedades periódicas

Estão em função da posição do elemento na tabela. Seus valores variam ao longo de cada período, assumindo
valores máximos e mínimos. É importante o estudo dessas propriedades, pois elas constituem a própria essência da
tabela periódica. Exemplos:(Tamanho do átomo, electropositividade, electronegatividade, potencial de ionização
ou energia de ionização, afinidade electrónica ou electroafinidade, reactividade química, densidade, volume
atómico, ponto de fusão e ponto de ebulição).

1. Tamanho do átomo – depende do número de 5. Afinidade electrónica ou electroafinidade – é a


camadas e da carga nuclear. Nos grupos aumenta de energia liberada pelo átomo isolado no estado gasoso ao
cima para baixo e nos periíodos da direita para a receber a adição de um electrão e se transformar em um
esquerda. ião gasoso mononegativo. Excepto nos gases nobres.

B (g) + e-(g) → B-(g) + afinidade electrónica

 Os valores da afinidade electrónica são


numericamente iguais aos do potencial de
ionização, para o mesmo elemento.

 Nos grupos aumenta de baixo para cima e nos


periíodos da esquerda para a direita, excepto nos
gases nobres.

2. Electropositividade – é a capacidade que os átomos 6. Reactividade química – é a característica do carácter


tem em perder electrões, excepto nos gases nobres. Nos metálico ou não-metálico do elemento e indica a
grupos aumenta de cima para baixo e nos periíodos da tendência que o elemento terá em participar de uma
direita para a esquerda. reacção química.

 Maior electropositividade menor potencial de


ionização. Maior será o carácter metálico e
maior será a reactividade química do metal.

 Maior electronegatividade maior será a


afinidade electrónica. Maior o carácter não-
metálico e maior a reactividade química do não-
metal.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 17
3. Electronegatividade - é a capacidade que os átomos 7. Densidade – é a relação entre a massa e o volume.
tem em ganhar electrões, excepto nos gases nobres. Nos
grupos aumenta de baixo para cima e nos periíodos da Nos grupos aumenta de cima para baixo e nos periíodos
esquerda para a direita. das laterais para o centro.

8. Volume atómico – volume de 1 mol (6,02.1023) de


átoms. V= átomo-grama/densidade .

 Nos grupos de cima para baixo e nos períodos


do centro para as laterais.

4. Potencial de ionização ou energia de ionização – é a 9. Ponto de fusão e ebulição


energia fornecida ao átomo neutro, isolado no estado
gasoso, para retirar o electrão mais afastado do núcleo e 9.1. Ponto de fusão – é a temperatura em que o sólido
assim produzir um ião gasoso monopositivo. passa ao estado líquido.

A (g) + energia de ionização → A+(g) + e-(g)

Nos grupos aumenta de baixo para cima e nos periíodos 9.2. Ponto de ebulição - é a temperatura em que o
da esquerda para a direita, inclusive nos gases nobres. líquido passa ao estado gasoso.

 Nos grupos 1A e 2A: de baixo para cima e nas


demais, de cima para baixo.

 Nos períodos, das laterais para o centro.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 18
Exercícios de aplicação

1. A primeira tabela periódica foi proposta por….

A.Chancoutois B.Dobereineiner C.Newlands D.Mendeleev

2. O elemento W apresenta o seguinte conjunto de números quânticos: n=3, ℓ=2, m=0, s=+1/2.

A. 3º período, III Grupo A C. 4º período, III Grupo B

B. 3º período, V Grupo A D. 4º período, V Grupo B

3.Um elemento cujo número atomico é 78 localiza-se no…

A. 5º período, VI Grupo A C. 6º período, VIII Grupo A

B. 5º período, VII Grupo B D. 6º período, VIII Grupo B

4. O elemento cuja configuração electrónica é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3 localiza-se no…

A. III A e 3º período C. V A e 4º período

B. IV A e 3º período D. V B e 4º período

5. O número atómico do elemento cujo o átomo apresenta maior número de electrões de valência é….

A.2 B.4 C.7 D.11

6. Num composposto onde X é catião e o Y anião, tem a fórmula X2Y3.

A.2 e 3 B.3 e 2 C.3 e 6 D.6 e 3

7. Um elemento químico está situado no 4º período e VII Grupo A da Tabela Periódica. Qual é o número
atómico desse elemento?

A.33 B.34 C.35 D.36

8. Os elementos que possuem na última camada: I. 4s2; II. 3s2 3p5; III. 5s2 5p6 ; IV. 2S1

A.alcalino terroso, gás nobre, halogénio e alcalino

B.alcalino terroso, halogénio, gás nobre e alcalino

C.alcalino, alcalino terroso, gás nobre e halogénio

D.alcalino, halogénio, alcalino terrosoe gás nobre

9. O crómio (24Cr), manganês (25Mn), ferro (26Fe) são…

A.calcogénios B.elementos de transição C.halogénios D.metais alcalinos

10. Qual dos seguintes elementos tem menor raio atómico?

A.O (Z=8) B.Ge (Z=32) C.Ag (47) D.La (57)

11. Considerando os elementos X (Z=17) e Y (Z=12), pode-se afirmar que…

A. X é metal e Y é ametal B. X e Y são metais C. X é ametal e Y é metal D. X e Y são ametais

12. Elementos químicos pertencentes à família dos halogénios possuem, na camada de valência, a
configuração electrónica:

A. ns2 np3 B. ns2 np4 C. ns2 np5 D. ns2 np6

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 19
13. Nos metais de transição interna, o electrão de diferenciação localiza-se no:

A. subnível “s”, da última camada C. subnível “p”, da penúltima camada

B. subnível “f”, da antepenúltima camada D. subnível “d”, da antepenúltima camada

14. A configuração electrónica do átomo de um elemento do grupo IIA da classificação periódica foi
representada por 1s2 xsy. Assim sendo “x” e “y” valem, respectivamente:

A. 1 e 0 B. 1 e 1 C. 1 e 2 D. 2 e 2

15. Os elementos representados pelas configurações electrónicas I, II, III e IV pertencem, respectivamente,
aos grupos da tabele periódica…

I) 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s1 II) 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10

III) 1s22s2 2p5 IV) 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1

A. 1A, 1B, 7A, 3B B. 1A, 1A, 7A, 5A C. 1A, 1B, 5A, 3B D. 1A, 1B, 5A, 2A

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 20
1.7. Conceito de ião como partícula carregada

Já sabemos que o átomo se apresenta neutro, isto é, o número de protões é igual ao número de electrões. Porém, um
átomo pode perder ou ganhar electrões; neste caso, ele se torna um ião.

Assim, num ião, o número de electrões na electrosfera é diferente do número de protões do núcleo. O átomo deixa
de ser neutro, ou seja, passa a apresentar desiquilíbrio de cargas eléctricas.

Iões – são átomos que ganharam ou perderam electrões, tornando-se electricamente carregados.

a) Catiões – são iões com deficiência de carga eléctrica (tem carga eléctrica positiva). Ex: 11Na+, 20Ca2+, 13Aℓ3+, etc

b) Aniões – são iões com excesso de carga eléctrica (tem carga eléctrica negativa). Ex: 17Cℓ , 8O , 7N ,
- 2- 3-
etc

1.8. Número atómico e de massa

a) Número atómico – é o número de protões que existem no núcleo de um átomo e é representado pela letra
maiúscula Z. Num átomo o número de protões e é igual ao número de electrões (Z = np+ = ne- )

b) Número de massa – é a soma do número de protões (Z) com o número de neuctrões (N) que existem no núcleo
de um átomo. A = Z + N

Exemplo1: O átomo de potássio tem 19 protões e 20 neutrões.Qual é o seu número de massa?

Resposta: A = Z + N → A= Z + N → A = 19 + 20 → A = 39

Exemplo2: Um átomo apresenta número atómico 17 e número de massa 35. Qual é o número de neutrões?

Resposta: A = Z + N → N= A - Z → N = 35 - 17 → N = 18

1.9. Conceto de isótopos, isóbaros e isótonos

Isótopos – são átomos do mesmo nelemento químico, com o mesmo número atómico e número de massa diferente.
Exemplos: 3517Cℓ e 3717Cℓ; 11H e 21H e 31H, etc.

Isóbaros – são átomos de elementos químicos diferentes, com o mesmo número de massa e número atómico
diferente. Exemplos: 3919K e 4020Ca ; 146C e 147Si, etc.

Isótonos – são átomos de elementos químicos diferentes que possuem número atómico e número de massa
diferentes, mas com igual número de neutrões. Exemplos: 94Be e 105B ; 2612Mg e 2814Si, etc.

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Exercícios de Aplicação

1. Um átomo apresenta número atómico 26 e número de massa 56. Qual é seu número de neutrões?
20
2. Dados os seguintes nucluídios: 9 X, 2110Y, 3212 W, 2010Z, e 2311E. Índica os isótonos.

A. 2110Y e 2010Z. B. 3212W e 2311E C. 209X e 2010Z D. 209X e 2110Y


20
3. Dados os seguintes nucluídios: 9 X, 2110Y, 3212 W, 2010Z, e 2311E. Índica os isótopos.

A. 2110Y e 2010Z. B. 3212W e 2311E C. 209X e 2010Z D. 209X e 2110Y

4. Um átomo X é isótopo do átomo 5630R e possui o mesmo número de massa que o átomo 5727T. Qual é o número
de neutrões do átomo X?
62
5. Sabendo que o átomo arbitrário X é isótopo de 30Y e isóbaro de 7035W, quantos neutrões possui?

6. Indique o número de protões, electrões e neutrões para 21Sc3+

7. Indique o número de protões, electrões e neutrões para 16S2-

8. Entre as espécies abaixo, indique o total de partículas(protões, electrões e neutrões) da que apresenta o menor
raio: 13Aℓ e 13Aℓ3+.

9. Quantos electrões no último nível possui o 53 I no estado fundamental?

10. Quantos electrões externos possui o átomo X, sabendo-se que é isóbaro do 18 Y e que possui 20 neutrões?

11. Somando-se o número de protões e electrões de 10 átomos do elemento químico urânio (Z = 92), quantas destas
partículas teremos no total?

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1.10. Matéria. Estados físicos da matéria

1.10.1. Matéria

Matéria – é tudo aquilo que possui massa e ocupa lugar no espaço. Exemplo: o ar, a água, os alimentos, as rochas, a
madeira, o vidro, o aço, etc.

1.10.2. Estados físicos da matéria

A matéria existe em três estados físicos que são: sólido, líquido e gasoso. O estado físico de uma substância
depende da temperatura e pressão.

Estado sólido-as substâncias se caracterizam por apresentar maior organização das partículas constituintes, isto é, a
distância entre as partículas é menor e maior força de coesão entre as partículas (as forças de atração são maiores
que as forças de repulsão). O estado sólido se caracteriza por ter forma e volume constantes.

Estado líquido-as substâncias apresentam uma desordem que as do estado sólido, isto é, a distância entre as
partículas é maior e as forças de coesão entre as partículas são fracas (as forças de atração são equivalentes às
forças de repulsão). O estado líquido se caracteriza por manter o volume, mas sob forma variável, adquirindo
a forma da parte do recipiente em que está contido.

Estado gasoso-as substâncias se caracterizam por uma extrema desordem, isto é, a distância entre as partículas é
muito maior e as forças de coesão entre as partículas são muito fracas (as forças de atração são menores que as
forças de repulsão). O estado gasoso se caracteriza por ter forma e volume variáveis.

1.10.3. Classificação da matéria

Podemos classificar a matéria quanto à sua qualidade ou quantidade. Analizada sob o aspecto da qualidade, a
matéria é denominada substância. Por outro lado, sob o aspecto da quantidade, podemos chamá-la de corpo.

A matéria classifica-se em: substâncias e misturas.

As substâncias subdividem-se em: elementares ou simples e compostas. E as misturas subdividem-se em


homogéneas e heterogéneas. Exemplo: Esquema de classificacao

1.10.4. Substância pura simples e composta

Substância – é qualquer espécie de matéria formada por átomos de elementos específicos em proporções
específicas. Ex: água, amoníaco, açucar (sacarose), oxigénio, etc.

Substância pura – espécie de matéria que apresenta pontos de fusão e de ebulição fixos e proporções bem
definidas.

Substância elementar ou simples – é formada por átomos do mesmo elemento químico. Exemplo: átomos (Fe,
Na, K, Li, Ca) ou moléculas (O2, N2, S8, P4).

Substância composta – é formada por átomos de elementos químicos diferentes. Exemplo: H2O, H2SO4, CO2, etc.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 23
Exercícios de Aplicação

1. São substâncias simples:

a) cloro, carbono, nitrogénio

b) água, sal, gás carbónico

c) flúor, ácido clorídrico, sódio

d) neónio, xenónio, sal

e) fósforo, ferro, aço

2. São substâncias compostas:

a) água, gás carbónico, oxigénio

b) água, sal, açucar

c) nitrogénio, cloro, iodo

d) sal, sabão, hidrogénio

e) neónio, xenónio, água

3. Dentre as substâncias abaixo, é uma substância composta o:

a. P5 b. HNO3 c. Fe d. H2 e. Na

4. Dentre as substâncias abaixo, é uma substância simples o:

a. HCℓ b. NH3 c. Br2 d. H2O e. CaO

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 24
1.10.5. Propriedades da matéria e Mudança de estado físico da matéria

1.10.5.1. Propriedade

Propriedade – é aquilo que qualifica as substâncias ou refere-se aos aspectos partículares de cada uma das
substâncias. E podem ser, gerais, específicas e funcionais.

1. Propriedades gerais – são aquelas que são comuns a todas as espécies de matéria, isto é, caracterizam a todas as
substâncias. Ex: inércia, massa, volume, extensão, impenetrabilidade, divisibilidade, elasticidade,
compressibilidade e descontinuidade, etc.

2. Propriedades específicas – são aquelas que cacterizam as substâncias. E podem ser físicas, química e
organolépticas.

 Propriedades físicas – são aquelas relacionadas com os fenómenos físicos (ocorrem sem alteração da
estrutura interna da matéria). Ex: Ponto de fusão e de ebulição, densidade, calor específico, coeficiente de
solubilidade, capacidade calorífica, etc

 Propriedades químicas – são aquelas relacionadas com os fenómenos químicos (ocorrem com alteração
da estrutura interna da matéria). Ex: queima do papel ou madeira, oxidação dos metais, etc.

 Propriedades organolépticas – são as identificadas pelos órgãos dos sentidos, ou são aquelas que
impressionam os órgãos dos sentidos. Ex: cor (visão), música (audição), sabor (paladar), dor (tacto), cheiro
(olfacto).

3. Propriedades funcionais – são aquelas que caracterizam um grupo de substâncias. Ex: óxidos, ácidos, bases,
sais, etc.

1.10.5.2. Mudança de Estado Físico da Matéria

i. FUSÃO E VAPORIZAÇÃO

A maioria das substâncias, quando recebem calor a partir do estado sólido, podem passar para o estado líquido e, se
continuar o fornecimento de calor, podem passar para o estado gasoso.

O ponto de fusão corresponde à temperatura em que uma substância passa do estado sólido para o estado
líquido. É uma propriedade específica de cada substância.

Existem três processos de vaporização: ebulição, evaporação e calefação.

Ebulição – consiste na passagem de uma substância do estado líquido para o gasoso através de um processo
tumultuoso que se verifica em toda a massa líquida. É o que ocorre quando um líquido recebe calor, sob dada
pressão, e começa a ferver ao atigir certa temperatura.

O ponto de ebulição corresponde à temperatura em que uma substância passa do estado líquido para o estado
gasoso. É uma propriedade específica de cada substância.
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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 25
Em altitudes mais elevadas, a água entra em ebulição a temperaturas mais baixas, porque a pressão atmosférica,
sendo menor, facilita o desprendimento de vapores.

Evaporação – é a passagem lenta e gradual de um líquido para o estado gasoso.

As partículas da substância vão gradativamente abandonando o líquido através da superfície que se encontra em
contacto com o ar (superfície livre). O fenómeno é tanto mais intenso quanto maior for a área da superfície livre
que o líquido apresenta. A temperatura e a ventilação também podem aumentar a velocidade de evaporação do
líquido.

Calefação – É um tipo de vaporização, que ocorre quando gotas de um líquido, como a água ou óleo, são lançadas
sobre uma chapa muito quente (o líquido entra em contacto com uma superfície que se encontra à uma
temperatura muito superior a temperatura de ebulição do líquido). As gotas não chegam a tocá-la, ficando isoladas
por uma camada de vapor. Elas deslizam rapidamente sobre a chapa, produzindo um chiado característico à medida
que se vaporizam.

ii. CONDENSAÇÃO E SOLIDIFICAÇÃO

A partir do estado gasoso, quando uma substância cede calor, pode passar para o estado líquido. Continuado a
ceder calor, pode passar para o estado sólido.

Existem situações em que o vapor de água existente no ar se condensa em contacto com um corpo frio.
Exemplos:

 Um copo com água gelada fica molhado externamente. Isso ocorre porque o vapor de água existente no ar
se condensa ao entrar em contacto com a superfície fria externa do copo.

 Num dia chuvoso, os vidros de um automóvel ficam embaçados do lado de dentro quando as janelas são
mantidas fechadas.

 Ao tamparmos uma panela na qual estivermos aquecendo alimentos, o vapor de água se condensará,
formando gotículas na parte interna da tampa.

iii. SUBLIMAÇÃO E RESSUBLIMAÇÃO

Há substâncias no estado sólido que, sob dada pressão, passam directamente para o estado gasoso ao receberem
calor. Esse processo é chamado sublimação. Comportam-se assim o iodo, a cânfora e o dióxido de carbono (gelo-
seco).

Os vapores dessas substâncias, ao cederem calor, convertem-se directamente em cristais sólidos, num processo
inverso ao da sublimação, denominado ressublimação ou sublimação inversa.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 26
Exercícios de aplicação

1. A matéria é:

a) o luar do sertão

b) o brilho do sol

c) o ar poluído ou não

d) a sombra da noite

e) a música de Bach

2. Uma propriedade comum a qualquer matéria é:

a) transparência

b) maleabilidade

c) massa

d) ductibilidade

e) inflamabilidade

3. As propriedades mais utilizadas como critérios de pureza de uma substância são as…

a. físicas b. funcionais c. químicas d. organolépticas

4. A densidade é uma propriedade definida pela relação:

a. massa/temperatura b. massa/volume c. massa/pressão d. massa/massa

5. As propriedades mais utilizadas na pratica como critérios de pureza são:

a) funcionais

b) organolépticas

c) físicas

d) químicas

e) nenhuma das anteriores

6. A passagem directa do estado sólido para o estado gasoso é chamada sublimação. O contrário é:

a) solidificação

b) cristalização

c) ressublimação

d) evaporação

e) não recebe nenhum nome especial

7. O estado líquido é caracterizado por:

a) temperatura constante

b) forma e volume constante

c) volume constante e forma variável


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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 27
d) forma constante e volume variável

e) nenhuma das anteriores

8. A passagem do estado sólido ao líquido é:

a) liquefação

b) liquidificação

c) dessolidificação

d) derretimento

e) nenhuma das alternativas anteriores

9. Houve diminuição de volume na água que foi deixada num recipiente ao ar livre. Podemos dizer que a
água:

a) gaseificou-se

b) fundiu-se

c) condensou-se

d) evaporou-se

e) sofreu calefação

10. Sublimação é uma transformação física que ocorre:

a) com determinadas substâncias líquidas

b) com a maioria das substâncias sólidas

c) com todas as substâncias gasosas

d) com determinadas substâncias sólidas

e) nenhuma das respostas está correcta

11. É um gás incolor e inodoro com o qual convivemos:

a) gás amoníaco

b) gás sulfuroso

c) gás metano

d) gás butano

e) gás carbónico

12. Ao afirmar que o gás cloro é verde e de cheiro irritante, estamos falando de quais propriedades:

a) gerais

b) químicas

c) físicas

d) organolépticas

e) radioactivas

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 28
13. Ao afirmar que tanto o fósforo vermelho como o fósforo branco reagem com o oxigénio, estamos falando
de uma propriedade:

a) geral

b) química

c) física

d) organoléptica

e) radioactiva

14. Assinale o conjunto de propriedades físicas e critérios de pureza do gás hidrogénio:

a) gás, incolor, inodoro

b) combustível, reage com o cloro

c) muito leve, pouco reactivo

d) não é encontrado livre, mas sob forma de água ou metano

e) densidade: 0,09 g / cm3; ponto de fusão: - 259ºC; ponto de ebulição: - 252ºC

15. O petróleo pode ser desdobrado por aquecimentos sucessivos em outras substâncias; por tanto o petróleo
é:

a) substância pura

b) substância simples

c) mistura

d) espécie química

e) substância composta

16. Assinale o grupo ou grupos que apenas represetam substâncias puras ou espécies químicas:

a) guaraná, leite, hidrogénio

b) oxigénio, ácido sulfúrico, cal apagada (hidróxido de cálcio)

c) ácido clorídrico, groselha, vidro

d) tinta, goma arábica, nitrogénio

e) cloro, gás carbónico, monóxido de carbono

17. Se a temperatura ambiente for de 25ºC, uma substância que se encontra no estado gasoso tem como
provável ponto de ebulição à pressão ambiente:

a) 50ºC b) 75ºC c) 100ºC d) 30ºC e) 10ºC

18. Se a temperatura ambiente for de 25ºC, uma substância que se encontra no estado líquido tem como
provável ponto de fusão:

a) 50ºC b) 75ºC c) 100ºC d) 30ºC e) 10ºC

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 29
19. No quadro seguinte estão indicados os pontos de fusão e de ebulição de três substâncias.

Substância p.f. (oC) p.e. (oC)

Oxigénio -218,8 -183

Naftalina 80 218

Álcool etílico -117 78,5

À temperatura de 25º C em que estado se encontra a Naftalina?

A. Aquosa B. Gasoso C. Líquido D. Sólido

20. A partir dos PF e PE (em K) das substâncias A e B.

Substância PF (K) PE (K)

A 161 319

B 253 275

Ambas estarão no estado líquido a temperatura de…..

A. -30oC B. -10oC C. 30oC D. 70oC

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1.10.6. Fenómenos físicos e químicos

Em ciências o conceito de fenómeno e bastante amplo, envolvendo qualquer alteração pela qual passa a matéria. Os
fenómenos são divididos em duas classes gerais: fenómenos físicos e químicos.

Fenómenos físicos – são aqueles que quando ocorrem não originam novas substâncias com novas propriedades
(não há alteração da estrutura interna da matéria). É possível a sua recuperação pelos métodos elementares.

Ex: A queda dos corpos, mudança do estado físico das substâncias, a dilatação dos corpos, etc.

Fenómenos Químicos – são aqueles que quando ocorrem originam novas substâncias com novas propriedades (há
alteração da estrutura interna da matéria). Não é possível a sua recuperação pelos métodos elementares.

Ex: A combustão do papel ou madeira, a oxidação dos metais, etc.

Exercícios de aplicação

1. Qual dos fenómenos descritos abaixo é considerado um fenómeno físico?

a. A combustão da gasolina

b. O funcionamento de uma pilha

c. O fracionamento do petróleo

d. A queima do carvão

e. A electrólise da água

2. Entre os fenómenos abaixo, selecione os que são fenómenos químicos:

a. Queda dos corpos

b. Sublimação da naftalina

c. Queima da madeira

d. Fusão do aluímio

3. Das seguintes transformações, assinale com (x) a alternativa que representa um fenómeno químico.

( ) a. Obtenção de amoníaco a partir de hidrogénio e nitragénio

( ) b. Obtenção do gelo a partir da água pura

( ) c. Obtenção do oxigénio líquido a partir do ar atmosférico

( ) d. Solidificação da parafina

( ) e. Sublimação da naftalina

4. Das seguintes afirmações, assinale com (x) aquela que não representa um fenómeno químico.

( ) a. Cozimento de um ovo

( ) b. Queima do carvão

( ) c. Amadurecimento da banana

( ) d. Leite azedo

( ) e. Formação da nuvem
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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 31
5. Num dia frio, no interior do veículo em que viajavam pessoas com vidros fechados, estes ficam
(embaciados) cobertos de gotas de um líquido. Esse líquido pode ser identificado como:

( ) a. Água formada pelo hidrogénio e oxigénio do ar

( ) b. Água produzida pela respiração e pela sudação

( ) c. Ar liquefeito pelo frio

( ) d. Fumança produzida na respiração

( ) e. Dióxido de carbono líquido produzido na respiração

6. Um fenómeno químico é aquele que altera a natureza da matéria, isto é, aquele no qual ocorre uma
reacção química. Neste contexto, analise cuidadosamente as proposições a seguir e indique com (F) para
fenómeno físico e com (Q) para fenómeno químico.

( ) a. A precitação de chuvas

( ) b. A queima do gás de cozinha

( ) c. A formação de gelo dentro do congelador

( ) d. A combustão de gasolina nos motores dos automóveis

( ) e. A respiração animal

( ) f. A formação da ferrugem sobre uma peça de ferro deixada ao relento

( ) g. Pilar milho

( ) h. Digestão de alimentos

( ) i. Dissolução de sal de cozinha em água

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1.11. Misturas e Métodos de Separação de Misturas

1.11.1. Mistura – é a associação de duas ou mais substâncias diferentes, cujo as moléculas permanecem
inalteradas. Os componentes da mistura podem interrvir em proporções variáveis. Exemplo: Ar, refrigerante,
cimento, etc.

i. Tipos de misturas

 Misturas homogéneas – são aquelas que não é possível destinguir os componentes da mistura. Exemplo:
água do mar, areia, etc.
 Misturas heterogéneas – são aquelas que é possível destinguir os componentes da mistura. Exemplo:
Granito (quartzo, feldspato e mica); água e areia, água e óleo, etc.
 Mistura coloidal – é aquela constituída por partículas menores que as das misturas homogéneas e
heterogéneas e só são observadas ao microscópio. Exemplo: tintas, colas, gelatinas, queijo, manteiga,
maionese, pasta dentífrica, etc.

ii. Classificação das misturas

a) Misturas homogéneas

As misturas homogéneas podem ser do tipo:

 Sólido-líquido Soluções (evaporação, secagem e destilação).


 Líquido-líquido Líquidos miscíveis (destilação fraccionada).
 Gás-líquido Água (aquecimento e agitação).
 Gás-gás Ar atmosférico (liquefacção fraccionada e adsorção).

Observação: não existe mistura homogénea sólido-sólido. Por mais perfeito que seja, como no caso de muitas
ligas, a mistura sólido-sólido sempres será considerada heterogénea.

b) Misturas heterogéneas

As misturas heterogéneas podem ser do tipo:

 Sólido-sólido Limalha de ferro e areia (catação, ventilação, atração magnética, flotação, peneiração,
dissolução fraccionada, sublimação, fusão fracionada e copelação).
 Sólido-liquido Areia e água (filtração, decantação e centrifugação).
 Sólido-gás Poeira no ar (decantação, câmara de poeira e filtração).
 Líquido-gás Gás carbónico em bebidas gaseificadas (aquecimento e agitação).
 Líquido-líquido Vinagre com azeite (funil de separação).

1.11.2. Métodos de separação de misturas

Um dos grandes desafios da Química sempre tem sido a obtenção de substâncias puras a partir de misturas, já que a
maioria dos materiais presentes na natureza é formada por misturas de substâncias. Como vimos anteriormente,
torna se possível saber se uma espécie de matéria e substância pura ou mistura por meio da análise de suas
propriedades específicas. Se o resultado das análises indicar que se trata de uma mistura de substâncias e caso o
químico queira isolar as substâncias que a constituem, será necessário escolher um método adequado de
purificação.

Há vários métodos de purificação de misturas, e a escolha do método depende:

 Do tipo de mistura a ser separada.


 Das condições materiais e económicas.
 Do tempo gasto na separação.

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1.11.3. Processos de separação de misturas homogéneas

1. Evaporação

Este método consiste em espalhar a mistura homogénea sólido-líquido em uma grande superfície. Por meio da
evaporação, o líquido vai passando para o estado gasoso e o sólido vai se cristalizando. É assim que se separa o sal
da água do mar nas salinas.

2. Secagem

É o processo usado para eliminar água residual de um sólido.

Pode-se dizer que é um refinamento do processo de evaporação, usado no caso em que a evaporação do líquido é
incompleta ou é muito demorada. Faz-se, então, a eliminação da água por meio de certas substâncias secantes,
chamadas higroscópicas. Esta operação se faz em secadores, podendo se realizar sob vácuo ou não.

3. Destilação

É uma técnica de separação dos componentes de uma mistura homogénea, consttituída por um sólido dissolvido
num líquido, um líquido misturado com outro ou uma mistura gasosa.

3.1. Destilação simples

É utilizada para separar os componentes de uma mistura homogénea constituida por um sólido e um líquido. Por
exemplo: Água e sal.

O princípio da destilação consiste em aquecer a mistura até a ebulição. Com isso, o líquido se separa da mistura sob
forma de vapor, o qual, em seguida, é resfriado e condensado, sendo recebido em outro recipiente.

3.2. Destilação fraccionada

É utilizada para separar os componentes de uma mistura homogénea constituída por dois ou mais líquidos com
pontos de ebulição diferentes.

A destilação fraccionada e um aprimoramento da destilacao simples, na qual uma coluna de vidro cheia de
obstáculos (bolinhas ou cacos de vidro) e colocada entre o condensador e o balão no qual a mistura é aquecida.

Os obstáculos permitem que o componente de menor ponto de ebulição, aquele que ferve com mais facilidade,
chegue mais rapidamente ao condensador e destile primeiro. Assim que de destilação fraccionada, realiza em
grandes colunas de aço, nas refinarias. Essa técnica também e empregada para separar os gases componentes do ar
atmosférico.

Alguns componentes do petroleo são separados por meio de destilacao fraccionada, realiza em grandes colunas de
aco, nas refinarias. Essa técnica também e empregada para separar os gases componentes do ar atmosférico. O ar e
resfriado até atingir o estado líquido e, a seguir, passa por destilação fracionada.

4. Liquefação fraccionada

Como cada gás tem o seu ponto de liquefação característico resfriando-se (e pressionando-se) uma mistura gasosa,
há que liquefazer um gás de cada vez.

Este é o processo utilizado industrialmente para separar, por exemplo, o nitrogénio e o oxigénio do ar atmosférico.
O ar é liquefeito, sob pressão, a – 130ºC. A seguir, reduz-se gradativamente a pressão. Destila-se em primeiro lugar
o nitrogénio por ser o mais volátil e, depois, o oxigénio.

5. Adsorção

Certas substâncias finamente divididas, sob a forma de pó fino, apresentam com tratamento adequado, a
propriedade de reter em sua superfície outras substâncias: isso é o que se chama de adsorção. O carvão activo usado
para separar, tanto quanto possível, as substâncias tóxicas contidas na fumaça de um cigarro é um exemplo de
adsorção. O mesmo princípio de adsorção é usado nas máscaras contra gases.

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1.11.4. Processos de separação de misturas heterogéneas

1. Catação

É um processo primitivo e grosseiro, aplicável em alguns casos, na falta de um processo melhor. É efectuado
manualmente ou com auxílio de pinças, mas só pode ser empregado quando as fases forem bem distintas, isto é,
haja uma diferença visível entre os constituintes da mistura. É assim que uma dona de casa elimina pequenas
pedras e outros corpos estranhos existentes no arroz ou feijão antes de cozinhá.los.

2. Levigação

Método usado quando há grande diferença de densidade entre os componentes da mistura.Consiste na passagem de
água sobre a mistura.A água arrasta a fase de densidade mais baixa.A levigação é empregado na separação do ouro
das areias auríferas, por exemplo. O ouro tem densidade 19,5, enquanto a de areia é de 2,5. O jato de água arrasta a
areia, que é mais leve, deixando o ouro.Exemplo: o garimpeiro executando um processo de levigação.

3. Ventilação

Processo semelhante a levigação e baseado no mesmo princípio: a grande diferença de densidade dos componentes
da mistura.Só que, em lugar de líquido (água), usa-se uma corrente de ar.É clássica manobra do lavrador num
cafezal: ele joga os grãos de café para cima, com auxilio de uma peneira, para que o ventoleve as folhas e outros
materiais mais leves.As máquinas de beneficiar arroz e outros cereais usam o princípio da ventilação para separar a
palha ou a casca dos grãos.

4. Atracão magnética

A separação magnética é aplicável em misturas de sólidos quando um dos componentes é atraído pelo imã.Vale
citar aqui, mais uma vez, o clássico exemplo da mistura de limalha de ferro com enxofre.Passando-se sobre a
mistura, o ferro é atraído por ele.

5. Flotação

É um processo utilizado na separação de sólidos de densidades diferentes com emprego de um liquido de densidade
intermediária, e que não dissolva nenhum dos sólidos.Com base nestes princípios é que se adptou uma forma de
separar um minério de suas impurezas ou ganga, particularmente usada quando o minério for pirita (sulfureto de
ferro; FeS2), galena (sulfureto de chumbo; PbS), blenda (sulfureto de zinco; ZnS), cinábrio (sulfureto de mercúrio,
HgS) ou calcoperita (sulfureto de cobre e sulfureto de ferro, CuS, FeS). A mistura é triturada e banhada em óleo
mineral.Assim, os grãos do minério ficam recobertos de óleo, tornando-se mais leves que a água.Jogando-se a
mistura em água e os grãos de minério assim tratados flutuam, enquanto a ganga afunda.

6. Peneiração ou tamisação

Este metódo só pode ser aplicado a misturas cujos componentes possuem diferentes tamanhos de granulação.É o
que faz o pedreiro ao peneirar areia para obter areias de diversas granulações, isto é, areia fina, areia grossa, etc.

7. Dissolução fraccionada

Este processo é baseado nas diferentes solubilidades dos componentes. É um método que visa separar solúveis de
insolúveis; basta colocar a mistura em um solvente adequado.

Forma-se-á uma solução da fase solúvel, a qual poderá ser separada da fase insolúvel por filtração, emborcação,
sifonagem, etc.Por exemplo: Separar uma mistura de areia e sal.Joga-se a mistura em água. O sal se dissolverá, a
areia não. Então basta despejar em outro recipiente a solução salina formada, pois a areia - que é insolúvel –
permanecerá no fundo do primeiro recipiente.Para recuperar o sal, é suficiente fazer evaporar a água.

Mas os componentes podem ser solúveis no mesmo solvente. De qualquer forma, o índice de solubilidade dos
componentes será diferente.Uma das fases sempre se dissolverá mais que a outra.

Então, adiciona-se a mistura a um solvente adequado e concentrar-se-á a solução assim formada, até o ponto em
que uma das fases atinge a saturação e começa a se cristalizar.
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Aí, basta separar os cristais formados, empregando-se um dos metódos já conhecidos.Este é o processo de
cristalização fracionada, empregue para separar a mistura de cloreto de sódio (NaCℓ) e o cloreto de potássio (KCℓ).
Essa mistura ocorre na natureza, sendo chamada de salgema.O primeiro a cristalizar-se é o cloreto de sódio, menos
solúvel que cloreto de potássio.

8. Fusão fracionada

Este processo é utilizado quando um sólido se funde antes que o outro sob aquecimento.Portanto, a mistura não
pode ser eutética.

9. Sublimação

Este processo é empregue em misturas de sólidos nas quais um dos componentes sublima, isto é, passa
directamente do estado sólido para o gasoso.

Exemplo: mistura de rnxofre e ácido benzóico.Aquecendo-se esta mistura, o ácido benzóico sublima e, sendo
recebido sobre uma suprefície fria, enquanto o enxofre permanece separado. O mesmo método é usado para
purificar o iodo, que também tem a propriedade de sublimar.

10. Copelação

É processo pelo qual podemos separar um ou mais componentes de uma mistura de metais em fusão, os quais
tenham diferentes graus de afinidades com o oxigénio.Para separar, por exemplo, a prarta do chumbo, aquece-se o
minério que contém os dois elementos:por sua maior afinidade com o oxigénio, o chumbo e outros metais
eventualmente presentes oxidam-se, e então a prata, que permanece inalterada,pode ser separada. O minério a ser
tratado por copelação é colocado em um recipiente em forma de cápsula chamada copela, o qual tem um fundo
poroso.Ao ser aquecido, sob corrente de ar, o oxigénio se combina, no caso com o chumbo, formando óxido de
chumbo, que é absorvido pelo fundo poroso da copela; no recipiente, fica a prata.

11. Filtração

É o processo que emprega corpos porosos, chamados filtros, que deixam passar o líquido e retêm as partículas
sólidas.É o que se faz ao ar com café, por exemplo.

12. Decantação

É um processo de separação de sólido e líquido que consiste em deixar a mistura em repouso por algum tempo. A
acção da gravidade fará com que as partículas mais densas se depositem no fundo.Em seguida, far-se-á fluir o
líquido cuidadosamente para que o sólido não o acompanhe. O processo também recebe os nomes: precipitação,
sedimentação e elutriação.

13. Centrifugação

É uma decantação acelerada. Esta operação é realizada em aparelhos chamados centrífugas ou centrifugadores.

14. Câmara de poeira

Faz-se passar a mistura pelo interior de uma câmara onde se encontram vários obstáculos, dispostos
alternadamente. As partículas sólidas em suspensão são retidas pelos obstáculos, saindo da câmara somente o
composto gasoso.É um processo de separação usado nas indústrias.

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15. Cromatografia

É um método de separação de misturas com base na diferença da velocidade dos componentes da mistura (fase
móvel) no material adsorvente, por exemplo: papel (fase estacionária).

Se deitarmos uma gota de tinta sobre uma rodela de papel de filtro (ou outro appel adsorvente) e sobre a tinta
adicionarmos um pouco de água, observamos bandas de cor no papel. Tal deve-se à água que ao espalhar-se pelo
papel, arrasta as diferentes substâncias que constituem a tinta. Como para cada uma destas substâncias a velocidade
de deslocamento é diferente, permite-se a separação. E tem sido muito usada em vários sectores da indústria.

Note bem: Diferenças entre Mistura e Composto químico

Mistura Composto químico


Os componentes mantêm as suas propriedades. Os componentes perdem as suas propriedades.
Os componentes podem ser separados por processos Os componentes podem ser separados por processos
físicos. químicos.
Os componentes combinam – se em quaisquer Os componentes combinam – se em proporções bem
proporções. definidas.

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Exercícios de Aplicação

1. Os sistemas água-óleo e água-areia podem ser separados respectivamente por…

A. decantação e filtração B. decantação e destilação C. destilação e filtração D. filtração e decantação

2. O ar é uma mistura que apresenta uma fase por isso é…

A. bifásica B. gasosa C. heterogénea D. homogénea

3. Uma mistura de dois líquidos miscíveis, pode ter seus componentes separados por:

A. destilação B. ventilação C. peneiração D. filtração

4. Que método de separação de misturas é mais adequado para separar areia da limalha de ferro?

A.Separação magnética B.Filtração C.Decantação D.Catação

5. Uma mistura de açucar, areia e sal de cozinha é tratada com água em excesso.

Quantas fases existirão no sistema final?

A.2 B.3 C.4 D.5

6. Para realizar uma destilação simples, pode-se dispensar o:

() a. balão de destilação

() b. termómetro

() c. frasco colector

() d. condensador

() e. funil de separação

7. Os processos mais adequados para a separação dos componentes das misturas chumbo/ferro e
acetona/água, são respectivamente:

( ) a. decantaçã e liquefação

( ) b. fusão fraccionada e decantação

( ) c. fusão fraccionada e destilação

( ) d. destilação e filtração

( ) e. sedimentação e filtração

8. O papel de filtro pode ser utilizado para separar os componentes do sistema:

( ) a. homogéneo, gás-gás

( ) b. heterogéneo, líquido-líquido

( ) c. homogéneo, sólido-líquido

( ) d. heterogéneo, sólido-líquido

( ) e. homogéneo, sólido-sólido

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9. O cloreto de sódio é mais produzido nas salinas espalhadas na costa moçambicana. Nestas salinas, o
processo físico que separa a água do sal é:

( ) a. filtração

( ) b. sublimação

( ) c. destilação

( ) d. evaporação

( ) e. ebulição

10. Uma maneira correcta para separarar uma mistura de cloreto de sódio, areia e naftalina é:

( ) a. adicionar água, decantar, sifonar, destilar e sublimar

( ) b. sublimar, adicionar água, filtrar e destilar

( ) c. adicionar água, filtrar e destilar

( ) d. não é possível separar tal mistura

( ) e. basta filtrar com auxílio de bromo

11. Para separar uma mistura de areia, sal de cozinha, gasolina e água, a sequência de processos correctos é:

( ) a. decantação, catação e destilação

( ) b. floculação, filtração e decantação

( ) c. catação, filtração e evaporação

( ) d. filtração, catação e destilação

( ) e. filtração, decantação e destilação

12. Numa cozinha, todo o sal de cozinha foi derramado na areia. As pessoas recoperaram o sal depois de
terem realizado as seguintes operações:

( ) a. dissolução, filtração, evaporação

( ) b. fusão, decantação, sublimação

( ) c. liquefação, filtração, vaporização

( ) d. adição de água, destilação

( ) e. diluição, sedimentação, vaporização

13. A tabela seguinte apresenta misturas heterogéneas submetidas aos processos de separação específicos.

Mistura Componente Processo de separação

I Água e areia Decantação

II Limalha de ferro e alumínio Separação magnética

III Grafite e iodo Sublimação

IV Água e óleo Filtração

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Assinale com (x) a alternativa da mistura cujo o processo de separação dos componentes não é adequado.

( ) a. I ( ) b. II ( ) c. III ( ) d. IV

14. Para a separação do ouro existente nas areias auríferas podemos usar:

( ) a. filtração

( ) b. decantação

( ) c. atração magnética

( ) d. funil separador

( ) e. levigação

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1.11.5. Reacções Químicas e Equação Química

Reacção química – é um fenómeno químico no qual as moléculas reagem entre si para formar novas substâncias,
diferentes daquelas que reagiram.As substâncias presentes antes da reacção chamam-se reagentes e depois da
reacção produtos de reacção. Exemplo: Ferro + Oxigénio → Óxido de ferro

Equação química – é a representação gráfica de uma reacção química. Possui fórmulas e coeficientes, que lhes
permitem abranger tanto o aspecto qualitativo como o quantitativo.

Exemplo: 4 Fe + 3 O2 → 2 Fe2O3

1.11.6. Classificação das reacções químicas

De acordo com a natureza, as condições de ocorrência e fenómeno que acompanham o decorrer de uma reacção
química conhece-se:

I. Quanto ao número de participantes

Reacção de formação – é aquela em que duas ou mais substâncias simples ou compostas se associam produzindo
uma única substância composta.

Exemplo1: N2 +3 H2(g) → 2NH3(g) Exemplo2: 2 SO2(ℓ) + O2(g) → 2 SO3(g)

Reacção de decomposição - é uma reacção na qual uma substância se separa noutras por aquecimento e cujos
produtos não se combinam por arrefecimento.

Dependendo do causador, a decomposição pode ser:

Térmica ou termólise – é a decomposição por acção da energia calorífica. Ex:NaNO3 → NaNO2 + ½ O2

Electrólitica ou electrólise – é a decomposição por acção da energia eléctrica. Ex:2 H2O(ℓ) → 2 H2(g) + O2(g)

Fotolítica ou fotólise – é a decomposição por acção da energia luminosa. Ex:AgCℓ(s) → Ag(s) + ½ Cℓ2

II. Quanto ao aspecto energético

Reacção endotérmica – é aquela que ocorre com a absorsão de calor. Ex: CaCO3 → CaO + CO2; ∆H > 0

Reacção exotérmica – é aquela que ocorre com a libertação de calor. Ex: N2 +3H2 → 2NH3; ∆H < 0

III. Quanto a transferência de partículas (protões e electrões)

Reacção protolítica ou protólise – é aquela que ocorre com a transferência de protões.

Ex: HCℓ + H2O → H3O+ + Cℓ-

Reacção de transferência de electrões – é aquela em electrões são passados de uma substância para a outra.

Ex: H+ + NH3 → NH4+

IV. Quanto a função química

Recção inorgânica – reacção em que estão envolvidas substâncias inorgânicas (óxido, ácido, base e sais).

Ex: CO2 + Ca(OH)2 → CaCO3 + H2O

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Reacção orgânica - reacção em que estão envolvidas substâncias orgânicas (álcool, éter, aldeído, cetonas, ácido
carboxilico, éster, aminas, amidas).

Ex: CH3COOH + CH3OH →CH3COOCH3 + H2O

Exercícios de aplicação

Escreva as equações químicas das reacções seguintes:

a) Síntese de amoníaco a partir de hidrogénio e nitrogénio

b) Fotólise de cloreto de prata

c) Termólise de carbonato de cálcio

d) Electrólise de água

e) Combustão completa de gasolina (C8H18)

f) Formação de água a partir de hidrogénio e oxigénio

g) Síntese de fluoreto de hidrogénio a partir de flúor e hidrogénio

h) Síntese de óxido de alumínio, a partir de alumínio e oxigénio

i) Decomposição total de iodeto de hidrogénio

j) Análise de dióxido de carbono

l) Análise de cloreto de sódio

m) Decomposição total de ácido sulfúrico

n) Síntese de sulfureto de potássio

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 42
1.12. FUNÇÕES INORGÂNICAS

Conceito de óxido

Óxido – é um composto formado por dois elementos, oxigénio e um elemento químico qualquer (metal ou ametal).

Classificação dos óxidos

Os óxidos segundo as propriedades químicas classificam-se em: óxidos normais (óxidos metálicos ou básicos,
óxidos ametálicos ou ácidos, óxidos anfotéricos, óxidos neutros ou indiferentes, óxidos mistos ou duplos),
peróxidos e superóxidos ou polióxidos.

Peróxidos - são compostos iónicos que apresentam o anião peróxido (O22-), sendo o catião geralmente um elemento
das famílias 1A e 2A. São sólidos. Excepção: H2O2 (peróxido de hidrogénio) é um líquido molecular. Ex: Na2O2,
K2O2, CaO2, BaO2, Ag2O2, H2O2.

Nomenclatura dos peróxidos

Regra: plavra peróxido + preposição “de” + nome do elemento

Na2O2 – peróxido de sódio

CaO2 – peróxido de cálcio

Superóxidos - são compostos iónicos que apresentam o anião superóxido ou polióxido (O42-), sendo o catião
geralmente um elemento das famílias 1A e 2A. São sólidos. Apresentam o oxigénio com Nox -2. Ex: Na2O4, K2O4,
CaO4, BaO4, Rb2O4, Cs2O4.

Nomenclatura dos superóxidos ou polióxidos

Regra: plavra superóxido + preposição “de” + nome do elemento

Na2O4 – superóxido de sódio ou polióxido de sódio

CaO4 – superóxido de cálcio ou polióxido de cálcio

Aplicações de alguns óxidos

Dióxido de carbono (CO2) apaga o fogo, sendo por isso usado em extintores de incêndio. É ainda largamente
empregado na gaseificação de refrigerantes.

O gelo-seco é o dióxido de carbono no estado sólido. Sob pressão normal, o gelo-seco se sublima à temperatura de
78oC. É utilizado, por exemplo, na refrigeração de carrinhos de carinhos de sorvete.

A “fumaça branca” que surge em torno do gelo-seco deve-se à sua sublimação, sendo utilizada em shows
(espetáculos) para criar efeitos especiais.

Monóxido de carbono (CO) é altamente tóxico e um dos grandes poluentes do ar. Os escapamentos dos
automóveis podem libertar monóxido de carbono quando os motores estão mal regulados. Por isso, não se deve
manter o motor do carro em ambientes fechados, como garagens.

Dióxido de silício (SiO2) constitui a sílica presente na areia. Também os cristais de quartzo são formados por
dióxido de silício (SiO2).

Óxido de cálcio (CaO) conhecido também como cal virgem, é um pó branco que tem aplicações na agricultura
(para corrigir a acidez do solo), na construção civil para caiar as paredes, na purificação da água, no tratamento de
esgotos, secagem de gases, etc.

_______________________________________________________________________________________
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Exercícios de aplicação

1. O que é uma função química?

2. Escreva a fórmula dos seguintes compostos:

a) monóxido de carbono

b) dióxido de carbono

c) dióxido de enxofre

d) pentóxido de difósforo

e) heptóxido de dicloro

3. Qual é o óxido que apresenta o nome incorrecto ?

a) Fe3O4 – óxido salino de ferro c) SO3 – anidrido sulfúrico

b) CaO – óxido de cálcio d) ZnO – óxido de zinco (II)

4. Qual é a substância que dissolvida na água produz iões H+?

a) dióxido de enxofre (SO2) c) monóxido de nitrogénio (NO)

b) monóxido de carbono (CO) d) óxido de sódio (Na2O)

5. Os óxidos básicos reagem com ácidos formando….

a) ácido e ase b) base e água c) sal e ácido d) sal e água

6. Qual dos seguintes óxidos possui propriedades anfotéricas, ácidas e básicas respectivamente?

a) Aℓ2O3, N2O3 e CaO b) BaO, SO2 e N2O c) NO2, SnO2 e MnO d) ZnO, FeO e NO

7. Os óxidos classificam-se em…

b) normais, acídicos e básicos c) normais, peróxidos e polióxidos

b) normais, acídicos e indiferentes d) normais, indiferentes e peróxidos

8. Qual dos seguintes óxidos é um óxido ácido?

a) P2O5 b) K2O c) Na2O2 d) Aℓ2O3

9. Dê o nome aos seguintes compostos:

a) Fe2O3 b) N2O4 c) Na2O2 d) CaO4

10. Equacione a obtenção do dióxido de carbono a partir de:

a) Um óxido

b) Uma combustão completa

c) Decomposição de um ácido oxigenado

11. Classifique os seguintes óxidos:

a) Cs2O______________________________________________________

b) N2O5___________________________________________________________________________________

c) ZnO_______________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
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d) CO________________________________________________________

e) Mn3O4___________________________________________________________________________________

f) Ba(O2)2__________________________________________________________________________________

g) Li2O2____________________________________________________________________________________

12. Dê nomes ou escreva as fórmulas dos seguintes óxidos:

a) Superóxido de sódio_____________________________

b) óxido de ferro (III)______________________________

c) óxido de cobre (I)_______________________________

d) heptóxido de dicloro____________________________

e) óxido de mercúrio (I)____________________________

f) CO2__________________________________________

g) SO3__________________________________________

h) N2O5________________________________________________________________

i) K2O2________________________________________________________________

j) Ag2O________________________________________

k) CdO________________________________________

13. Complete e acerte as equações químicas abaixo:

a) N2O3 + H2O → ………….

b) BaO + H2O → ………………..

c) Na2O2 + HNO3 →………….+…………….

d) Ca(O2)2 + H2O →………….+………+……

e) SiO2 + H2O → …………

f) BeO + H2O → …………

g) K2O2 + HF →…………+…………

h) Na2O4 + H2O → ………+………..+………

i) MgO4 + H2SO4 →………..+………..+………..

j) ……….+…….. → N2O5

k) CO2 + H2O → ………

_______________________________________________________________________________________
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1.13. Conceito de ácido

5.6.1. Ácido Segundo Arrhenius – é uma substância que em solução aquosa se dissocia originando como ião o
catião H+.

Exemplo: HCℓ (aq) → H+(aq) + Cℓ-(aq)

5.6.1.1. Ácido Segundo Bronsted-Lowry – é toda a espécie química doadora de protão (H+).

Exemplo: HCℓ (aq) + H2O (ℓ) → H3O+(aq) + Cℓ-(aq)

Ácido Base Ácido Base

Aplicações do ácido clorídrico, nítrico e sulfúrico

i. Ácido clorídrico é usado:

 Na limpeza de superfícies de metálicas.


 Em laboratórios.
 Na indústria de papel, tintas, tecidos, couro, etc.

Este ácido é comumente vendido no comércio, porém de forma impura, de cor amarelada, com o nome de ácido
muriático.

ii. Ácido nítrico é usado:

 Na fabricação de corantes.
 Fabricação de corantes.
 Fabricação de explosivos.
 Limpeza de superfícies metálicas.
 Fabricação de adubos.
 Fabricação de pláticos, etc.

iii. Ácido sulfúrico é usado:

 Na indústria de ferro e aço.


 Em acumuladores.
 Na indústria de refino de petróleo.
 Em laboratórios.
 Na preparação de adubos, corantes, medicamentos, tintas, explosivos, vidro, sabão, etc.

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Exercícios de aplicação

1. Qual das alternativas apresenta a sequência do ácido mais forte para o mais fraco?

a) HCℓO4, H3PO4, HNO3, H3BO3 c) H3PO4, HNO3, HCℓO4, H3BO3

b) HCℓO4, HNO3, H3PO4, H3BO3 d) H3PO4, HCℓO4, H3BO3, HNO3

2. O ácido que corresponde a classificação monoácido, oxiácido e ternário é…

a) H2S b) HNO3 c) H3BO3 d) HCN

3. Qual é o ácido que não provém de um anidrido?

a) ácido fosfórico c) ácido sulfúrico

b) ácido sulfídrico d) ácido fosforoso

4. Os ácidos HIO, HIO3, HIO4 e HIO2 são chamados respectivamente de…

a) hipoiodoso, iódico, periódico e iodoso c) iodoso, iódico, periódico e hipoiodoso

b) hipoiodoso, iódico, iodoso e periódico d) iodoso, periódico, iódico e hipoiodoso

5. Dizemos que umácido é forte quando:

a) apresenta elevado poder corrosivo

b) apresenta um elevado valor de (α)

c) reage com os metais desprendendo hidrogénio

d) apresenta mais de um hidrogénio ionizável

e) reage facilmente com as bases

6. Escreva as equações de dissociação electrolítica das seguintes substâncias:

a) HNO3 b) H2SO4 c) H3PO4 d) HI

7. Colocou-se papel de tornesol numa solução desconhecida e retirando-se o mesmo papel observou-se que tomou a
coloração vermelha. A solução provavelmente é:

a) ácida b) básica c) neutra d) ácida ou básica e) não há dados suficientes para conclusão correcta

8. Dos ácidos abaixo, qual é o mais forte:

a) H3PO4 b) H3PO3 c) H3PO2 d) H2O e) São todos iguais

9. Coloque uma letra adiante do nome de cadacomposto, relacionando-o com um dos seguintes conceitos:

a) Monoácido (monoprótico)

b) Diácido (diprótico)

c) Triácido (triprótico)

d) Tetrácido (tetraprótico)

e) Sem relação

1 – H3AsO4 _________________________

2 – H3PO4 __________________________

_______________________________________________________________________________________
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3 – H3PO3 __________________________

4 – H3PO2 __________________________

5 – HCl _____________________________

6 – H2S _____________________________

7- H4SiO4 ___________________________

8 – H3Fe(CN)6 _______________________

9 – H4Fe(CN)6 _______________________

10 – H2SO4 __________________________

11 – HCN ____________________________

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1.14. Conceito de base

Base Segundo Arrhenius – é toda a substância que em solução aquosa dissocia-se originando como ião o anião
OH-.

Ex: NaOH(aq) → Na+(aq) + OH-(aq)

Base Segundo Bronsted-Lowry – é toda a especie receptora de um protão H+.

Ex: HCℓ (aq) + H2O (ℓ) → H3O+(aq) + Cℓ-(aq)

Ácido Base Ácido Base

Aplicações de hidróxido de sódio e de cálcio

i. O hidróxido de sódio é usado:

 Na preparação de sabões.
 Na indústria de refino de petróleo.
 Em laboratórios.
 Na fabricação de papel, seda, etc.

ii. O hidróxido de cálcio é usado:

 Na fabricação de cal clorada, a qual é usada como desinfectante de ambientes, branqueamento de tecidos,
etc.
 Na purificação de açucar.
 Em laboratórios.
 Na preparação de argamassa, usada em construções.
 Na indústria de vidro e cimento.
 Na purificação da água para torná-la potável.
 Para anular a acidez do solo e para pinturas na construção civil, etc.

Exercícios de aplicação

1. A soda caústica se comporta na presença de fenolftaleína do mesmo modo que…

a) água da chuva b) amoníaco c) sal de cozinha d) vinagre

2. Assinale o grupo que só contém bases fortes:

a) Ba(OH)2, Zn(OH)2, AgOH, Pb(OH)2

b) KOH, NaOH, Ca(OH)2, Al(OH)3

c) Ca(OH)2, KOH, NaOH, Ba(OH)2

d) Zn(OH)2, Pb(OH)2, Ca(OH)2, Ni(OH)2

e) nenhuma das respostas anteriores

3. Em relação ao número de iões hidroxila, as bases Ti(OH)4, Pb(OH)4, Ni(OH)3 e KOH denominadas são
respectivamente:

a) tetra, tetra, mono, tribase c) tri, tetra, tri, monobase

b) tetra, tetra, tri, monobase d) tetra, tri, tetra, monobase

e) mono, tetra, tri, tetrabase


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1.15. Sal: Conceito, classificação e nomenclatura

Definição do Conceito

Segundo Arrhenius, sal é toda a substância que em solução aquosa liberta um catião metálico e um anião.

Exemplos: NaCℓ, K3PO4, CaCO3, etc

Classificação dos sais

1.Quanto ao número de constituintes

i. Sais binários:NaCℓ, KCℓ, NaBr, etc

ii. Sais terciários: NaCℓO, KCℓO3,CaCO3, etc

iii. Sais quaternários: K3[Fe(CN)6] e K4[Fe(CN)6]

2.Quanto à presença ou não de oxigénio

i. Sais oxigenados ou oxissais: NaCℓO, KCℓO3,CaCO3, etc

ii. Sais não oxigenados: NaCℓ, KCℓ, NaBr, etc

3.Quanto à salinificação

i. Sais normais: NaCℓ, KCℓ, NaBr, etc

ii. Sais ácidos: NaHCO3, KHSO4, NaH2PO4, etc

iii. Básicos: Ca(OH)2Br, Cu(OH)Cℓ, etc

Nomenclatura dos sais

Para sais normais utiliza-se a seguinte regra:

Nome do Sal = nome do anião + de + nome do catião

O nome do anião e proveniente do ácido que originou o sal. Para nomearmos o anion, utilizaremos a seguinte
tabela:

Nome do ácido Nome do anião

Nome Nome do Nome do Nome do Nome do Nome do


do ácido ácido ácido anião anião anião

elemento ídrico Troca elemento eto

hipo elemento oso Troca hipo elemento ito

elemento oso Troca elemento ito

elemento ico Troca elemento ato

hiper elemento ico Troca hiper elemento ato

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 50
Exemplos:

NaCℓ - cloreto de sódio

Na2CO3 - carbonato de sódio

FeCℓ3 - cloreto de ferro (III) ou cloreto férrico

KCℓO4 - perclorato de potássio

Na2SO3 - sulfito de sódio.

Aplicação de alguns sais e exercícios de aplicação.

i. O cloreto de sódio é usado:

 Fabricação de sódio, cloro e hidróxido de sódio.


 Fabricação de sabões.
 Na conservação de carnes, alimentação, etc.

 É o principal constituinte do sal de cozinha.

ii. O carbonato de cálcio é usado:

 Na obtenção da cal viva.


 Correcção dos solos ácidos.
 Fabricação de vidro, adubos, cimento, etc.
 Na medicina.
 Na siderurgia como fundente, etc.

Exercícios de aplicação

1. Um metal “M” forma um sulfato de fórmula MSO4 . O fosfato do metal “M” tem a fórmula…

a) M(PO4) b) MPO4 c) M3(PO4)2 d) M2(PO4)3

2. O compost CaS denomina-se:

a) sulfato de cálcio

b) sulfeto de cálcio

c) sulfito de cálcio

d) sulfidreto de cálcio

e) todos os nomes são correctos

3. A fórmula sulfite de bário é:

a) BaSO3 b) Ba2SO3 c) Ba(SO3)2 d) Ba2(SO3)3

4. O sal KMgPO4 é classificado como:

a) complexo b) hidratado c) normal

d) duplo e) nenhuma das respostas anteriores

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 51
5. O compost KHSO4 tem abaixo um nome errado. Indique-o:

a) hidrogeno-sulfato de potássio

b) sulfato ácido de potássio

c) bissulfato de potássio

d) sulfato duplo de hidrogénio e potássio

e) todos estão correctos

6. O sal NaCℓO4 recebe o nome de:

a) perclorato de sódio

b) clorato de sódio

c) clorito de sódio

d) hipoclorito de sódio

e) perclorito de sódio

7. O CaSO4 . 2H2O é um sal:

a) duplo b) ácido c) complexo d) básico e) hidratado

8. Salinificação é a reacção entre:

a) sal e água b) sal e ácido c) ácido e base d) base e sal e) sal e sal

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1.16. SOLUÇÕES

1.16.1. Conceito de Solução

Solução - é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias.

1.16.2. Classificação das soluções

 Solução diluída ou não saturada – a quantidade do soluto é pequena em relação ao seu coeficiente de
solubilidade.
 Solução concentrada – a quantidade de soluto é elevada, mas não atinge o seu valor de solubilidade.
 Solução Saturada – é aquela cujo soluto atinge o seu valor de solubilidade.
 Solução supersaturada – quando o valor da solubilidade do soluto é ultrapassado.

Consegue – se uma solução supersaturada por abaixamento de temperatura, de uma solução saturada. Uma solução
supersaturada é instável em presença de soluto não dissolvido.

Solubilidade - é a quantidade fixa de soluto necessária para saturar uma quantidade também de solvente, nas
mesmas condições físicas de pressão e temperatura. A solubilidade varia de substância para substância e solvente,
bem como a temperatura.

Suspensão – é uma mistura formada por duas ou mais fases (mistura heterogênea). Existe a fase externa que
normalmente é um líquido ou semi-sólido e a fase interna formada por partículas sólidas insolúveis na parte
externa. O soluto não se dissolve no solvente, as partículas podem ser visiveis ao olho nu e tem dimensões
razoáveis. Exemplo: Farinha suspensa na água.

2. SOLUÇÕES ÁCIDAS E BÁSICAS pH e p0H

2.1. Conceitos de pH e de p0H

As soluções com que trabalhamos no laboratório têm por vezes concentrações muito pequenas da ordem de
grandeza de 10-7 ou 10-8. Para evitar a realização de valores numéricos tão pequenos e tornar os cálculos mais
simples propos-se que as concentrações fossem expressas através de um operador matemático “p” que significa
logaritmo decimal de:

Assim, as concentrações em H3O+ e OH- podem ser expressas do seguinte modo:

1
pH  lg

pH   lg H 3 0 
 ou 
H3 0 e 
1
p0 H  lg
p0 H   lg 0 H 
 ou  
0H 

Onde pH significa potência em iões hidrogénio e p0H potência em iões hidróxido.

O sinal negativo serve para tornar os valores de pH e p0H positivos.

 Considerando o produto iónico da água


   e aplicando  lg ambos os membros da
k w  H 3 0  0H 

equação, obtém-se

 lg k w   lg H 3 0   lg 0H   pk  pH  p0H (1)

w

k w  1  10 14 pk w   lg 10 14  p kw  14
Sabendo à temperature de 25 ºC obtém-se (2)

Substituindo (2) em (1) pode escrever-se:


pH  p0H  14

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2.2. Cálculos de pH e p0H de soluções de ácidos e bases fortes

Tratando-se de ácidos ou bases fortes a extensão de ionização é grande, por isso, a concentração dos iões em equilíbrio é igual

a concentração do ácido ou da base. Assim,


 
pH   lg H 3 0  e p0 H   lg 0 H  
.

Exemplo 1: Calcule o pH e o p0H de uma solução de ácido nítrico cuja concentração é de 0.01 mol/l. Segundo a equação:

HN 0 3( aq )  H 2 0( l )  H 3 0  ( aq )  N0 3  ( aq )

Resp: Como se trata de um ácido forte, a concentração de H30+ é igual à concentração do ácido. Assim:

H 0  HN 0   0.01 M
3

3
Como pH  p0H  14 (25 º C)

 
log o pH   lg H 3 0   pH   lg 0.01  2 p0 H  14  pH
p0 H  14  2
p0 H  12

Exemplo 2: Calcule o pH e o p0H de uma solução de hidróxido de sódio cuja concentração é de 0.001 mol/l.

Re sp : Na 0 H( aq )  H 2 0( l )  Na ( aq )  0 H ( aq )

Como se trata de uma base forte, a concentração de 0H- é igual à concentração da base. Assim,

0H  Na 0 H  0.001 M


 
log o p0 H   lg 0 H   p0 H   lg 0.001  3

Como pH  p0H  14 ( 25 º C)

pH  14  p0 H
pH  14  3
p0 H  11

2.3. Cálculos de pH e p0H de soluções de ácidos e bases fracas

Tratando-se de ácidos ou bases fracos a extensão de ionização é pequena. Por isso, a concentração dos iões no equilíbrio não é

igual a concentração do ácido ou da base. Assim,


H 0   0H 
3
 

pH   lg k a HA  e p0 H   lg k b B
.

Exemplo: Calcule o pH e o p0H de uma solução cuja concentração é de 0.02 mol/l de hidóxido de amónio (NH 40H) sabendo
k b 1.8  10 5
que .

Resp: Como se trata de uma base fraca usamos a equação:

p0 H   lg k b B


p0 H   lg 1.8  10  5  0.02   lg 6  10  4  3.23 

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 54
Exercícios de aplicação

1. Calcule o pH de uma solução 1.0x10-2 mol/l de ácido azótico (HN03).

Ar (Cl)=35.5 Ar (H)=1.0; C = 0.2 mol/

2. Calcule as concentrações de 0H- e de H30+ numa solução 5x10-2 mol/l de Na0H, à temperatura de 25ºC.

3 Qual o pH de uma solução cuja concentração hidrogeniônica é 10-8? A solução é ácida, neutra ou básica?

4. Qual o pH de uma solução cuja concentração hidroxiliônica é 10-11? A solução é ácida, neutra ou básica?

5. Qual a concentração hidrogeniônica de uma solução cujo pH é igual 12.4? Dados: antilog de 0.6 = 3.98.

6. Qual a concentração hidrogeniônica de uma solução cujo pH é igual 2.7? Dados: antilog de 0.3 = 2.

7. Qual deve ser a concentração de uma solução.

a) de HCl para ter pH = 2? Resp.: [HCl] = [H+] = 10-2 M

b) de Na0H para ter pH = 13? Resp.: [Na0H] = [0H-] = 10-1 M

c) de HCl para ter pH = 1.3? Resp.: [HCl] = [H+] = 0.05 M

8. Calcule o pH de uma solução de um ácido fraco, HA, cuja constante de ionização é ka=10-7, numa solução com
0.100 mol/dm3 de ácido. Qual seria o p0H? Resp.: p0H = 10 (a 25 ºC).

9.Dissolvem-se 56,0 mg de hidróxido de potássio (K0H) em água até perfazer um volume de 50 ml de solução.
Considera as massas atómicas seguintes: k=39 g; 0=16,0 g; H=1,0 g.

a) Determine a concentração dos iões hidroxilo na solução. [k0H] =[0H-]=0.02 M.

b) Calcule o p0H da solução. Considere lg 2= 0,30. p0H = 1,7.

c) Qual é o pH da solução se se adicionar 450 ml de água.

10.Qual é o pH de uma solução de hidróxido de Bário Ba(OH)2 a 0,015mol/l a 25ºC ?

A.1,5 B.1,8 C.12,2 D.12,48

11. Calcule o pH e o p0H de uma solução 0.3 mol/l de hidróxido de amónio NH40H, sabendo que

kb=1.8x10-5.

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2.4. REACÇÕES REDOX

2.4.1. Conceitos básicos: oxidação, redução, redutor e oxidante

Reacções Redox–são reacções em que há transferência total ou parcial de electrões de um átomo para outro. Numa
reacção redox ocorrem os processos da oxidação e da redução em simultâneo.

As reacções redox têm uma grande importâncianos sistemas biológicos. A fotossíntese, a respiração, a digestão, são
exemplos de reacções redox. Na tecnologia, a importância das reacções redox é grande; toda a indústria
metalúrgica se baseia nos processos redox, pelos quais os metais são obtidos a partir dos seus compostos naturais.

Uma das importantes aplicações das reacções redox, é a produção de energia eléctrica a partir de reacções
químicas, este é o fenómeno que ocorre nas pilhas de uso doméstico e baterias de automóvel.

Oxidação – é a semi-reacção que ocorre com a perda de electrões (O NOX aumenta).

Redução – é a semi-reacção que ocorre com o ganho de electrões (O NOX diminui).

Redutor – é a substância que doa electrões.

Oxidante – é a substância que recebe electrões.

Conceito histórico de Oxidação e Redução


Oxidação – é a combinação de um elemento com o oxigénio com a formação de óxidos.
Redução – é a eliminação do oxigénio com formação de elementos químicos (substância simples) ou
adição de hidrogénio.

2.4.2. Pares redox conjugados

Nas reacções ácido-base, se uma espécie química perde um protão dá origem a outra substância capaz de o aceitar.
Estas duas substâncias constituem um par ácido-base conjugado.

Do mesmo modo, nas reacções redox, se um átomo perde um ou mais electrões dá origem a outra espécie química
capaz de os aceitar regenerando, assim, a espécie inicial.

Par redox-conjugado é um par de substâncias em que cada uma se pode formar a partir da outra,
ganhando ou perdendo electrões.

Exemplo1: Cu (s) → Cu2+ (aq)

O átomo de cobre (Cu) perdeu dois electrões e o ião cúprico (Cu2+) pode aceitá-los e originar, de novo o átomo de
cobre.

O par Cu/Cu2+ denomina-se par redox-conjugado.

Exemplo2: Zn2+ (aq) → Zn (s)

O ião zinco (Zn2+) é capaz de receber os dois electrões e originar, de novo, o átomo de zinco (Zn).

O par Zn2+/Zn denomina-se par redox-conjugado.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 56
2.4.3. Tipos de reacções redox

 Reacções entre metais e não-metais: Fe + S → Fe2+ + S2-


 Reacções de metais com água: Ca + 2H2O → Ca(OH)2 + H2
 Reacções de metais com ácidos: Zn + 2H+ → Zn2+ + H2
 Auto–oxidação – redução ou dismutação: 2H2O2 → 2H2O + O2
 Dismutação - é uma reacção redox onde átomos iguais ou as mesmas espécies químicas se oxidam ou se
reduzem simultaneamente.

2.4.4. Número de Oxidação (Nox)

Número de oxidação (Nox) – é a carga de uma partícula hipotética ou verdadeira.

Tabela: Regras para a determinação dos números de oxidação dos elementos.

Fonte: CORRÊA, Carlos e NUNES, Adriana. Exercícios de Química, Ensino Secundário e Acesso ao ensino Superior.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 57
Exercícios de Aplicação

1. Determine o número de oxidação (Nox) de.

a) Mn,em: MnCℓ2, MnO4- , MnO3-, Mn.

b) Cr, em: Cr2O72-,CrO42-, CrO33-, Cr.

2. Indique o número de oxidação em cada uma das substâncias: H2SO4, CO32-, H3PO4, CaO.

3. O número de oxidação e valência de carbono na moléclua de CO é respectivamente…

A. -2 e II B.-4 e IV C.+2 e II D.+4 e IV.

4. Qual é o número de oxidação e valência de carbono na molécula de CO2?

A.+ 2 e II B.+4 e IV C.-4 e III D.-2 e II

5. Nos compostos:

I. MnO2 II. HClO4 III. Li2O2 IV. K2O4 V. MgO

Os números de oxidação do oxigénio são respectivamente...


1 1
A -2, -2, -1, - 2, -2. C -2, -7, -1, - 2, -2.

1 1
B - , -2, - , -1, -2. D -1, -7, -2, -2, -1.
2 2

6. Qual a equação abaixo é de oxi-redução?

a) Zn + HCℓ → ZnCℓ2 + H2 b) BaCO3 → BaO + CO2

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I. Certo de equações redox pelo método de variação do Número de Oxidação (equações moleculares).

1º passo: Calculam-se os nox de todos os átomos colocando-os por cima do símbolo químico de cada elemento.

2º passo: Identifica-se os átomos cujo os nox variaram e escreve-se as respectivas semi-equações. Deve-se ter em
conta que a oxidação é a perda ou cedência de electrões e a redução, o ganho de electrões.

3º passo: Deve-se ter em conta que a quantidade de electrões cedida deve ser igual ao de electrões ganhos.

4º passo: Com base nos coeficientes resultantes das semi-equações acerta-se os coeficientes da equação química
global dos elementos cujo o nox variou.

5º passo: Os coeficientes dos elementos de nox fixo são colocados usando o métodfo de tentativas e deve-se seguir
a sequência: metal → ametal → hidrogénio → oxigénio.

Exemplo: Acerte a equação HNO3 + H2S → NO + S + H2O


1 5 -2 1 -2 2 -2 0 1 -2
1º passo: H N 0 3  H 2 S  N 0  S H 2 0

2º passo: Oxidação: H2 S-2 → S0 + 2e-

+5 +2

3º passo: Redução: HNO3 + 3e- → NO

Mmc de 2 e 3 = 6

3H2 S-2 → 3S0 + 6e-

+5 +2

2HNO3 + 6e- → 2NO

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4º passo: 2 HNO3 + 3 H2S → 2 NO + 3 S + H2O

5º passo:Equação Global: 2 HNO3 + 3 H2S → 2 NO + 3 S + 4 H2O

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 59
Exercícios de aplicação
1. Qual das transformações indicadas pertencem ao processo de oxidação?

A.S → S2- B.2H+ → H2 C.V2+ → VO3- D.MnO4- → MnO4 2-

2. Dada a equação química KMnO4 + H2O2 + H2SO4 → K2SO4 + MnSO4 + O2 + H2O

Após seu balanceamento o número de moléculas de H2O será:

A.2 B.4 C.5 D.8 E.10

3. Na reacção representada pela equação: kP (g) + yNaOH (s) + wH2O(ℓ) → PH3(aq) + zNaH2PO2(aq)

Os coeficientes k, y, w e z são respectivemente…

A.4, 3, 4 e 3 B.3, 4, 4 e 4 C.4, 3, 3 e 3 D.3, 3, 3 e 4.

4. O redutor na reacção H2S (aq) + KMnO4(aq) + H2SO4(aq) → MnSO4(aq) + S(s) + H2O(ℓ) + K2SO4(s) é….

A.H+ B.Mn+7 C.S2- D.K+

5. Durante a oxidação do iodo do ácido iodídrico (HI) até ácido periódico (HIO 4) transferem-se….

A.5e- B.6e- C.7e- D.8e-

6. Dadas as seguintes reacções:

I. 2HCℓ + 2HNO3 → 2NO2 + Cℓ2 + 2H2O

II. Cℓ2 + H2O2 → 2HCℓ + O2

III. Zn + 2MnO2 → ZnO + Mn2O3

Os agentes oxidantes das reacções I, II e III são respectivamente…

A. HCℓ, Cℓ2 e Zn B. HCℓ, H2O2 e MnO2 C. HNO3, H2O2 e MnO2 D. HNO3, Cℓ2 e MnO2

7. Considere a equação química seguinte:

KMn04  H2 02  H2S04  MnS04  K 2S04  02  H2 0


a) Determine os números de oxidação dos dois elementos que fazem parte do processo redox.

b) Escreva as semi-equações de redução e oxidação.

c) Indique o agente oxidante e o agente redutor.

d) Acerte a equação.

8. Considere a equação química seguinte:

Na0H  Cl 2  NaCl  NaCl03  H2 0


a) Determine o número de oxidação de cada um dos elementos das substâncias na equação química acima indicada.

b) Escreva as semi-equações de redução e oxidação.

c) Indique o agente oxidante e o agente redutor.

d) Acerte a equação.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 60
9. Considere a equação química seguinte:

HI  H2 S04  I 2  H2 S  H2 0

a) Determine o número de oxidação dos elementos que fazem parte do processo redox.

b) Escreva as semi-equações de oxidação e de redução.

c) Indique o agente oxidante e o agente redutor.

d) Escreva a partir das semi-equações uma equação de oxi-redução acertada na forma iónica simples.

e) Acerte a equação.

10. Dada a reação redox entre o magnésio e o vapor de água: Mg (s) + H2O(g)→ MgO(s) + H2(g)

Nesta reação os...

A átomos de magnésio aceitam electrões. C iões de magnésio aceitam electrões.

B átomos de magnésio cedem electrões. D iões de magnésio cedem electrões.

11. Dadas as semi-equações I: Fe → Fe2+ + 2e- ; II : Cl2 + 2e- → 2Cl-

As semi-equações representam respectivamente os processos de...

A esterificação e oxidação. C oxidação e redução.

B neutralização e redução. D redução e oxidação.

12. A Mozal produz alumínio a partir do óxido de alumínio ( Al 2O3) pelo processo de...

A oxidação de Al. B oxidação de Al2O3 C redução de Al D redução de Al2O3

13. Dada a seguinte equação das reacção redox:

2KMnO4 + 5H2O2 + 3H2SO4 → K2SO4 + 2MnSO4 + 8H2O + 5O2

È incorrecto afirmar que...

A a reacção é acompanhada por uma intensa variação de cor.

B o ácido sulfúrico não sofre oxidação- redução.

C o número de oxidação do oxigénio no peróxido é -1

D o peróxido de hodrogénio é o agente oxidate.

14. O mercúrio é mais nobre que o níquel.

Qual é a reacção que ocorre na célula galvânica?

A Ni+ + Hg → Ni2+ + Hg2+ C Ni + Hg2+ → Ni2+ + Ng

B Ni2+ + Hg → Ni + Hg2+ D Ni2+ + Hg2+ → Ni + Hg

15. Das seguintes equações químicas:

I. NaCl + AgNO3 → AgCl + NaNO3 III. 2Na + Cl2 → 2NaCl

II. NH3 + HCl → NH4Cl IV. 4HCl + MnO2 → Cl2 + MnCl2+2H2O

São reacções redox...

A I e II. B I e IV. C III e II. D III e IV.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 61
16. Dado o seguinte diagrama da pilha: Co/Co2- // Au3+ / Au.

A equação global é representada por...

A 3Co0 + 2Au3+ → 3Co2+ +2Au0. C 3Co0 + 2Au0 → 3Co2+ +2Au3+

B 2Co0 + 3Au3+ → 2Co2+ +3Au0 D 3Co2+ + 2Au3+ → 3Co0 +2Au0

17. Mergulhando uma placa de cobre numa solução de AgNO 3, observa-se a formação de uma coloração azulada,
característica para a presença de Cu2+ (aq) e de um depósito de prata.

Sobre essa reacção, pode-se afirmar que...

A [ NO3-] diminui no processo. C Ag+ é agente redutor.

B Ag+ cede electrões a placa de cobre. D Cu metálico é oxidado pelo Ag+.

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 62
II. Acerto de equações redox pelo método de semi-equações ou ião-electrão (equações iónicas).

As mesmas regras aplicadas anteriormente no acerto das equações moleculares também são aplicadas aqui. Além
delas devemos considerar que as cargas eléctricas devem estar equilibradas, ou seja, que a soma das cargas
eléctricas nos reagentes seja igual à soma das cargas eléctricas nos produtos.

Veja:

1º passo) Escrevem-se separadamente as semi-equações correspondentes às duas semi-reacções da oxidação e de


redução.

2º passo) Acertam-se em cada equação de semi-reacção, o nº de átomos onde existe variação nos números de
oxidação (nox).

3º passo) Em cada equação de semi-reacção, adicionam-se electrões de forma a acertar a carga eléctrica.

 Os electrões são adicionados ao membro em que há excesso de cargas positivas.

4º passo) Acertam-se as semi-reacção relativamente aos átomos de oxigénio e hidrogénio, colocando:

 moléculas de água e iões H+ se a solução for ácida


 moléculas de água e iões 0H- se a solução for básica

5º passo) Adicionam-se membro a membro as equações de semi-reacção para se obter a equação de oxidação-
redução.

Exemplo 1) Consideremos a oxidação do chumbo pelo ião nitrato em meio ácido

0 5   2 -2
2 - H
1º passo: Pb  N 0 3  Pb  N 0
2
2º passo - Oxidação: Pb  Pb
5 2
-
- Redução: N 0 3  N 0

3º passo: Pb  Pb 2  2e - (×3)

N0 - 3  N0  2 H 2 0

N0 - 3  4H   3e -  N0  2 H 2 0 (× 2 )

3Pb  3Pb 2  6e -

2 N0 - 3  8H   6e -  2N0  4 H 2 0

Eq. Global: 3Pb  2 N0 - 3  8H   3Pb 2  2N0  4 H 2 0

-
 N0 3  Bi 3 
- -
NH3  Bi0 3 0
H
Exemplo 2) Acerte a equação:
-3 5
N H3  N 03
Oxidação:

5  3 3
-
Redução: B i 0 3  Bi

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 63
Bi 0 3 -  3H 2 0  2e -  Bi 3  60 H - (× 4 )

NH 3  90H -  N0 3 -  6H 2 0  8e - ( ×1 )

4 Bi 03  12 H 2 0  8e-  4 Bi3  240 H -


-

NH 3  90H -  N 03  6 H 2 0  8e-
-

Eq. Global:
4 Bi 0 3 -  NH 3  6H 2 0  4Bi 3  N0 3 -  150 H -

Resumindo:
No meio ácido No meio básico

 Para acertar átomos de oxigénio adicionam-se n-  Para acertar átomos de oxigénio adicionam-se n-iões OH -.
moléculas de água (H2O).
 Para acertar átomos de hidrogénio adicionam-se n-iões  Para equilibrar átomos de hidrogénio adicionam-se n-moléculas
H+. de água(H2O).

Exercícios de Aplicação

1. Pelo método de semi-equações (equações iónicas) acerte as seguintes equações.

a) H2O2 + I- → H2O + I2 (meio ácido);

b) CrO2- + CℓO- → CrO42- + Cℓ- (meio básico);

c) Cr2O72- + Fe2+ → Cr3+ + Fe3+ + H2O

d) Zn + MnO4- → ZnO22- + MnO2 (meio básico);

e) Bi 3+ + SnO22- + OH- → SnO32- + H2O + Bi

f) Br - + H+ + CrO7 2- → Br2 + Cr23+ + H2O

g) S + HNO3 → SO2 + NO + H2O

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3. ELECTROQUÍMICA

É o ramo da química que estuda as reacções de oxi-redução que produzem ou são produzidas pela corrente
eléctrica. Exemplo: pilhas e acumuladores, ocorrem reacções espontâneas que produzem corrente eléctrica.

3.1. Pilhas ou células químicas ou células galvânicas

Uma pilha ou célula electroquímica ou célula galvânica é um aparelho utilizado como fonte de energia eléctrica
através de reacções de oxi-redução. As pilhas ou células galvânicas são igualmente chamadas fontes químicas de
energia eléctrica (FQEE) ou fontes químicas de corrente.

Na prática costumam-se chamar células galvânicas somente as FQEE em que correm reacções praticamente
irreversíveis. Estas FQEE normalmente não se podem recarregar: elas são predestinadas para serem utilizadas só
uma vez ( de uma vez ou em várias vezes). As FQEE em que decorrem as reacções praticamente reversíveis têm o
nome de acumuladores, estes podem ser recarregadas e utilizadas muitas vezes.

A primeira pilha foi construída por Alessandro Volta em 1800. ele empilhou alternadamente discos de Zinco e de
Prata separados entre si por folhas de papel humedecidas com água salgada.

Existem vários tipos de pilhas voltaicas, algumas ainda em uso. Uma destas pilhas mais antigas e mais simples é a
chamada “Pilha de Daniel”, nome do seu inventor.

3.2. Pilha de Daniel

A construção desta pilha é esquematizada da seguinte maneira:

a) Uma barra de Zinco, Zn(s), é parcialmente imersa numa solução aquosa de Sulfato de Zinco, ZnS04(aq). Este sal
encontra-se dissociado, nesta solução em Zn2+(aq) e S042-(aq), conforme a equação:

ZnS0 4 ( aq)  Zn 2 ( aq)  S0 4 2- ( aq)

Este sistema formado pelo elemento Zinco, Zn(s), em contacto com uma solução de seus iões, Zn2+(s), é chamado
“eléctrodo de zinco ou semi-pilha de zinco”.

b) Uma barra de Cobre, Cu(s), é parcialmente imersa numa solução aquosa de Sulfato de Cobre, CuS04(aq) que se
encontra dissociado, nesta solução em Cu2+(aq) e S042-(aq), conforme a equação:

CuS0 4 ( aq)  Cu 2  (aq)  S0 4 2- ( aq)

Este sistema formado pelo elemento Cobre, Cu(s), em contacto com uma solução de seus iões, Cu2+(s), é chamado
“eléctrodo de Cobre ou semi-pilha de Cobre”.

c) A barra de Zinco, Zn(s), é ligada à barra de cobre, Cu(s), por um fio metálico. Por este fio haverá um escoamento
de electrões de uma barra à outra, constituindo o circuito externo.

A ponte salina completa o circuito eléctrico, permitindo o deslocamento de iões entre as soluções aquosas de
sulfato de zinco e sulfato de cobre, constituindo o circuito interno.

Exemplo: Diagrama da pilha de Daniel

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 65
3.3. Funcionamento da Pilha de Daniel

a) Imediatamente após a ligação de suas semi-pilhas, o amperímetro indica a passagem de corrente eléctrica pelo
fio metálico.

b) Após certo tempo de funcionamento, a barra de zinco, diminui de massa, enquanto a barra de cobre, aumenta de
massa.

c) A solução aquosa de sulfato de cobre, que é azulada, com o passar do tempo vai se tornando mais clara.

d) A chapa de zinco vai se desgastando com o tempo.

 A solução vai se enriquecendo de iões de zinco. (A solução fica concentrada).


 Os electrões se acumulam na própria chapa de zinco, tornando-a negativa (elétrodo negativo ou ânodo),
aqui há um excesso de electrões.

e) A chapa de cobre vai se aumentando com o tempo.

 A solução vai se empobrecendo de iões de cobre. (A solução fica diluida).


 Os electrões são retirados da chapa de cobre, tornando-a positiva (elétrodo positivo ou câtodo), aqui há
falta de electrões.
 O cobre formado adere (deposita-se) sobre a própria chapa de cobre, aumentando sua massa.

Semi-pilha de zinco (Oxidação) : Zn (s)  Zn 2 (aq)  2e -

Semi-pilha de cobre (Redução) : Cu 2 (aq)  2e -  Cu (s)

Pilha de Daniel : Zn ( aq )  Cu 2 (aq)  Zn 2 ( aq )  Cu (s)

Exercícios de aplicação

3+
1. Sabendo que o Cobalto pode ceder electrões expontaneamente para os iões Au e considerando a pilha
0 0
Co/ Co 2  // Au 3  / Au responda:

a) Qual é a reacção do processo? Quais as semi-reacções?

b) Quem se oxida? Quem se reduz?

c) Qual é o ânodo e o cátodo?

d) Em que sentido flúem os electrões pelo fio?

e) Quais dos eléctrodos será gasto? E qual terá a sua massa aumentada?

f) Qual das duas soluções irá se diluir? Qual irá concentrar?

g) Quais os iões em trânsito na solução? Em que sentido?

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3.4. Potencial do eléctrodo
Potencial normal de redução

f.e.m = Eo oxidante – Eo redutor

Exercícios de Aplicação
1. O potencial normal redox do magnésio é -2.34 V e do cobre + 0.34 V.

a) Explique porque o magnésio liberta o hidrogénio das soluções ácidas e o cobre não.

b) Esboce um diagrama que represente a pilha formada por Mg/Mg 2+ e Cu/Cu2+.

c) Indique o sentido em que flúem os electrões.

d) Escreva a semi-equação de redução e indique onde ela tem lugar.

e) Calcule a força electromotriz da pilha.

2.Tem-se à disposição dois frascos metálicos, um de alumínio e outro de ferro, para guardar uma solução de nitrato de crómio
(III). Qual dos frascos escolheria? Justifique a sua resposta.

E 0 Al / Al 3  1.67 V E 0 Fe / Fe 2   0.44 V E 0Cr / Cr 3  0.74 V


Dados: ; ;

3. Um estudante dispõe de dois objectos, um de prata e outro de alumínio, para agitar uma solução de cloreto de zinco.

a) Qual dos dois objectos deve usar? b) Justifique a sua resposta.

E 0 Al / Al 3  1.67 V E 0 Zn / Zn 2   0.76 V E 0 Ag / Ag   0.80 V


Dados: ; ;

4. Dadas as semi-equações:

Cu 2  e   Cu  E 0  0.153 V

I 2  2e   2I  E 0  0.536 V

a) Escreva a equação que representa a reacção global da pilha.

b) Indique o ânodo e o cátodo

c) Calcule a força electromotriz da pilha.

5. De uma pilha são conhecidas as semi-reacções e os respectivos potenciais padrão de redução:

Fe3  e  Fe2 E 0  0.77 V

Cl 2  2e  2Cl  E 0  1.36 V

a) Escreva a equação da reacção global da pilha.

b) Qual é o ânodo e qual é o cátodo?

c) Qual é a força electromotriz da pilha?

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 67
6. Alguns metais, como por exemplo o zinco, são atacados a frio pelos ácidos diluídos, com libertação de hidrogénio. Outros
como o cobre, não o são.

E0 I 2 / 2I   0.536 V E 0 Zn 2  / Zn  0.762 V

E 0 Cu 2  / Cu  0.342 V E 0 H  / H 2  0.000 V

a) Explique esta diferença de comportamento atendendo aos valores dos potenciais normais de redução.

b) Diga, justificando, se o iodo que não é metal poderá ser atacado pelos ácidos nas mesmas condições.

Zn ( s )  Pb 2 ( aq )  Zn 2 ( aq )  Pb( s )
7. A equação traduz uma reacção expontânea que tem lugar numa célula voltaica, nas
condições padrão.

a) Indique com a respectiva justificação:

I. O par com menor potencial de eléctrodo. II. O agente redutor.

b) Escreva a equação química que traduz a semi-reacção de redução.

8. Um estudante agitou uma solução de sulfato de ferro (II) com uma colher de cobre.

a) O que é que sucedeu? Justifique a sua resposta com base nos potenciais dados:

E0 Fe2 / Fe  0.44 V E0Cu 2 / Cu  0.34 V

b) São dados os eléctrodos:

Au3  3e   Au E 0 Au 3 / Au   1.50 V

Zn ( s )  Zn 2 ( aq )  2e  E 0 Zn / Zn 2   0.76 V

i. Escreva as equações das reacções anódica e catódica da pilha.

ii. Qual é a voltagem da pilha?

9. Um estudante pretende guardar uma solução de sulfato de zinco num recipiente de alumínio.

Será possível? Explique porque.

E 0 Zn / Zn 2   0.76 V

E 0 Al 3 / Al   1.67 V

10. Os potenciais padrões de redução de uma pilha são: Eº(Fe3+ /Fe2+ ) = +0,77v ; Eº(Cl2/Cl- )=+1,37v

Quais são as semi-equações de oxidação e de redução?

Oxidação Redução

A 2Fe3+ + 2e- → Fe2+ Cl2 + 2e- → 2Cl-

B Cl2 + 2e- → 2Cl- 2Fe2+ → 2Fe3+ + 2e-

C Cl2 + 1e- → 2Cl- Fe3+ → Fe2+ + 1e-

D 2Fe2+ → 2Fe3+ + 2e- Cl2 + 2e- → 2Cl-

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 68
11.O cátodo e o ânodo da questão 10 são respectivamente...

Cátodo Ânodo

A Fe3+ Cl-

B Fe2+ Fe3+

C Cl2 Fe2+

D Fe2+ Cl2

12. Na reação Zn0(s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cuo(s) , o redutor e o oxidante são respectivamente...

A Zn2+ e Cu2+. B Cu2+ e Zn2+. C Zn e Cu2+. D Cu2+ e Zn.

13. Dados os seguintes potenciais: Zn2+ / Zn =-0,76V; Au3+ / Au=+ 1,50V.

Qual dos processos ocorre no cátodo duma célula galvânica?

A Au→ Au3+ + 3e- B Au3+ + 3e- → Au C Zn →Zn2+ + 2e- D Zn2+ + 2e- →Zn

14. Dadas as seguintes semi-equações:

Pb0 → Pb2+ + 2e- E0 = -0,126V Mg0 → Mg2+ → 2e- E0 = -2,37V

A semi-equação que ocorre no cátodo da pilha é...

A Pb → Pb2+ + 2e-. B Mg → Mg2+ + 2e-. C Pb2+ + 2e- → Pb0 D Mg2+ 2e- → Mg0

15. Dados os eléctrodos com os respectivos potenciais de redução:

Au(s)→ Au3+ (aq) + 3e- ; E0 Au3+ /Au E0= 1,50v; Zn(s) →Zn2+ (aq) + 2e- E0 Zn2+ /Zn= -0,76v

A equação é a semi-equação que ocorre no cátodo?

A Zn2+ + 2e- → Zn B Au3+ + 3e-→ Au C Zn → Zn2+ + 2e- D Au →Au3+ + 3e_

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O docente: Isidro Aníbal de Oliveira Química Industrial 69

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