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Modelos Atómicos

Matilde Fonseca; nº17; 9ºC

Um grande passo sobre o desenvolvimento da Química como ciência foi o entendimento


do modelo atómico. Assim, foi possível entender o que constitui a matéria, perceber os
comportamentos dos materiais, manipular a radioatividade, produzir produtos do nosso
interesse, entre outros.

Para chegarmos à ideia atual da estrutura atómica, foi necessário o pensamento de


filósofos, que deram hipóteses sobre a constituição da matéria. Entre eles estavam os dois
filósofos gregos Demócrito e Leucipo que, em meados de 450 a.C, deram a hipótese de
que tudo era formado por pequenas partículas impossíveis de se dividir, às quais deram o
nome de átomos. Estes pensaram que se dividíssemos um corpo sucessivamente,
chegaríamos a um momento ao qual já não seria possível, porque chegaríamos à menor
parte que compõe a matéria. No entanto, estas ideias não foram aceites e foram
substituídas por outras.

No século XIX, a ideia dos átomos foi retomada, pois os cientistas podiam testar as suas
hipóteses através de experiências. Algumas ideias não eram totalmente corretas, mas
todas foram importantes.

Todos eles elaboraram um modelo atómico, ou seja, uma representação que não
corresponde exatamente à realidade, mas que serve para explicar corretamente o
comportamento do átomo.

Modelo de Dalton
O químico inglês John Dalton (1766-1844) retomou as ideias de Leucipo e Demócrito e,
baseando-se em leis comprovadas experimentalmente. Este dizia que o átomo seria
parecido com uma bola de bilhar, ou seja, seria esférico, maciço e indivisível. Todos os
átomos seriam assim, diferenciando-se apenas pela massa, tamanho e propriedades para
formar elementos químicos diferentes. Os seus princípios eram:

1. Todas as substâncias são formadas de pequenas partículas chamadas de átomos;


2. Os átomos de diferentes elementos têm diferentes propriedades, mas todos os do
mesmo elemento são exatamente iguais;
3. Os átomos não se alteram quando formam componentes químicos;
4. Os átomos são permanentes e indivisíveis, não podendo ser criados nem
destruídos;
5. As reações químicas correspondem a uma reorganização dos átomos.
Modelo de Thomson
Como o modelo atómico de Dalton não explicava como a matéria neutra podia ficar
elétrica, em 1897, o físico inglês Joseph John Thomson (1856-1940) passou a trabalhar
com a ampola de Crookes, um tubo onde gases com baixas pressões eram submetidos a
voltagens elevadas. Este descobriu que existiam partículas negativas no átomo, sendo
estas chamadas de eletrões.

No entanto, como a natureza da matéria é neutra, teria de haver uma parte positiva que
neutralizaria os eletrões. Com base nesse raciocínio, em 1903, Thomson modificou o
modelo de Dalton, pois o átomo não era maciço nem indivisível, e estabeleceu o seu,
propondo que:

“O átomo é constituído por uma partícula esférica de carga positiva, não maciça, envolvida
de eletrões, de modo que sua carga elétrica total seja nula.”

Esse modelo foi comparado a um “pudim de passas”.

Modelo de Rutherford
Em 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) realizou uma experiência na
qual colocou uma folha de ouro bastante fina numa câmera metálica com o objetivo de
analisar a trajetória de partículas alfa a partir do obstáculo criado pela folha de ouro. Ele
observou que maior parte das partículas atravessava a folha, mostrando que o átomo
deveria ter imensos espaços vazios. Assim, o modelo atómico de Rutherford defendeu
que: “ O átomo é descontínuo e é formado por duas regiões: o núcleo e a nuvem eletrónica.
O núcleo é denso e tem carga positiva, ou seja, é constituído de protões. A nuvem eletrónica
é uma grande região vazia onde os eletrões ficam a girar ao redor do núcleo.”

O átomo seria semelhante ao sistema solar, em que o núcleo representaria o Sol e os


eletrões a girar em torno do núcleo seriam os planetas.

Modelo atómico de Rutherford-Bohr


O físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) adicionou algumas observações ao modelo
de Rutherford, assim, o seu modelo ficou conhecido como modelo atómico de Rutherford-
Bohr. Os seus princípios são:

1. Os eletrões que giram ao redor do núcleo não giram ao acaso, mas


descrevem órbitas determinadas.

2. O átomo é incrivelmente pequeno, mesmo assim a maior parte do átomo


é espaço vazio. O diâmetro do núcleo atómico é cerca de cem mil vezes menor
que o átomo todo. Os eletrões giram tão depressa que parecem estar no espaço
todo da nuvem.

3. Quando a eletricidade passa através do átomo, o elatrão passa para a


órbita maior, voltando depois à sua órbita usual.
4. Quando os eletrões passam de uma órbita para a outra dá origem à luz.

Então, Bohr concluiu que:

“Os eletrões movimentam-se em órbitas circulares, e cada órbita apresenta uma energia
bem definida e constante, o nível de energia, para cada eletrão de um átomo.”
Modelo de Schrondinger
Trata-se do modelo atual e o mais aceite pela Ciência. Foi baseado na teoria da mecânica
ondulatória proposta por Erwin Schrodinger. Para Schrodinger, os átomos possuíam
regiões com grande probabilidade de existência dos eletrões, o que ele chamou
de orbitais eletrónicos.
Através de funções matemáticas, conhecidas por funções ondulatórias, o cientista obteve
resultados consideráveis, o que fez com que ganhasse prémio Nobel em 1933.
O princípio diz:
“É impossível definir a posição e velocidade exatas de um eletrão num mesmo instante.”
Esse facto dá-se pois os eletrões possuem comportamento de onda-partícula, ou seja, ou
comportam-se como onda, ou como partícula.

Webgrafia
Evolução dos modelos atômicos - Mundo Educação (uol.com.br)
Modelos atômicos: quais são e qual é o atual - Toda Matéria (todamateria.com.br)

Evolução dos modelos atômicos - Manual da Química (manualdaquimica.com)

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