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No século XIX, a ideia dos átomos foi retomada, pois os cientistas podiam testar as suas
hipóteses através de experiências. Algumas ideias não eram totalmente corretas, mas
todas foram importantes.
Todos eles elaboraram um modelo atómico, ou seja, uma representação que não
corresponde exatamente à realidade, mas que serve para explicar corretamente o
comportamento do átomo.
Modelo de Dalton
O químico inglês John Dalton (1766-1844) retomou as ideias de Leucipo e Demócrito e,
baseando-se em leis comprovadas experimentalmente. Este dizia que o átomo seria
parecido com uma bola de bilhar, ou seja, seria esférico, maciço e indivisível. Todos os
átomos seriam assim, diferenciando-se apenas pela massa, tamanho e propriedades para
formar elementos químicos diferentes. Os seus princípios eram:
No entanto, como a natureza da matéria é neutra, teria de haver uma parte positiva que
neutralizaria os eletrões. Com base nesse raciocínio, em 1903, Thomson modificou o
modelo de Dalton, pois o átomo não era maciço nem indivisível, e estabeleceu o seu,
propondo que:
“O átomo é constituído por uma partícula esférica de carga positiva, não maciça, envolvida
de eletrões, de modo que sua carga elétrica total seja nula.”
Modelo de Rutherford
Em 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) realizou uma experiência na
qual colocou uma folha de ouro bastante fina numa câmera metálica com o objetivo de
analisar a trajetória de partículas alfa a partir do obstáculo criado pela folha de ouro. Ele
observou que maior parte das partículas atravessava a folha, mostrando que o átomo
deveria ter imensos espaços vazios. Assim, o modelo atómico de Rutherford defendeu
que: “ O átomo é descontínuo e é formado por duas regiões: o núcleo e a nuvem eletrónica.
O núcleo é denso e tem carga positiva, ou seja, é constituído de protões. A nuvem eletrónica
é uma grande região vazia onde os eletrões ficam a girar ao redor do núcleo.”
“Os eletrões movimentam-se em órbitas circulares, e cada órbita apresenta uma energia
bem definida e constante, o nível de energia, para cada eletrão de um átomo.”
Modelo de Schrondinger
Trata-se do modelo atual e o mais aceite pela Ciência. Foi baseado na teoria da mecânica
ondulatória proposta por Erwin Schrodinger. Para Schrodinger, os átomos possuíam
regiões com grande probabilidade de existência dos eletrões, o que ele chamou
de orbitais eletrónicos.
Através de funções matemáticas, conhecidas por funções ondulatórias, o cientista obteve
resultados consideráveis, o que fez com que ganhasse prémio Nobel em 1933.
O princípio diz:
“É impossível definir a posição e velocidade exatas de um eletrão num mesmo instante.”
Esse facto dá-se pois os eletrões possuem comportamento de onda-partícula, ou seja, ou
comportam-se como onda, ou como partícula.
Webgrafia
Evolução dos modelos atômicos - Mundo Educação (uol.com.br)
Modelos atômicos: quais são e qual é o atual - Toda Matéria (todamateria.com.br)