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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Eng. Civil Jean Marcelo Barroncas


SISTEMAS PREDIAIS

Aula 04:
Água Quente
CONSIDERAÇÕES GERAIS

• As instalações prediais de água quente são regidas pela NBR 7198 e devem ser projetadas e executadas de
modo a:
• Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente e temperatura controlável,
com segurança, aos usuários, com as pressões e velocidades compatíveis com perfeito funcionamento das
peças de utilização e das tubulações;
• Preservar rigorosamente a qualidade da água;
• Proporcionar o nível de conforto adequado aos usuários;
• Racionalizar o consumo de energia.
O SISTEMA DE ÁGUA QUENTE É FORMADO PELOS SEGUINTES
COMPONENTES:
• Tubulação de água fria para alimentação de do sistema de água quente
• Aquecedores → de passagem (ou instantâneos) / de acumulação
• Dispositivos de segurança
• Tubulação de distribuição de água quente
• Peças de utilização → chuveiro, ducha, torneiras de pia, lavatório, tanque

• Existem no mercado diversos equipamentos para aquecimento, reservação e distribuição de água quente.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE AQUECEDOR DE PASSAGEM
OU POR ACUMULAÇÃO?
DE PASSAGEM POR ACUMULAÇÃO
• A água é aquecida a medida em que passa por um • O aquecimento ocorre através da passagem da água
sistema de serpentina que fica ao redor de uma por um sistema de serpentina dentro de um aparelho
câmara de combustão – local onde a chama fica de acumulação, conhecido como boiler.
acessa. • A água aquecida fica armazenada nesse boiler
• Ele não exige reservatório por acumulação porque instalado no forro ou em falsos armários. É o mesmo
a água é consumida de imediato. procedimento que ocorre nos aquecedores solares.

• O aparelho é acionado quando é aberto um ponto • O aquecimento da água neste formato é controlado
de consumo de água, como torneira ou chuveiro. por meio de um termostato que mantém a
temperatura dentro dos limites estabelecidos,
• Essa chama é produzida e mantida acessa pelo gás enquanto que a perda do calor é controlada pelo
GN (gás natural) ou GLP (gás liquefeito de revestimento térmico existente no cilindro.
petróleo, conhecido como gás de cozinha). • Com este sistema de aquecimento o consumo da
• Em seguida a água é distribuída para os pontos de água pode ser imediato (conforme a regulagem) ou
consumo desejados. para consumo posterior.
PRINCIPAIS USOS DE ÁGUA QUENTE NAS INSTALAÇÕES
PREDIAIS E AS TEMPERATURAS CONVENIENTES

Uso pessoal em banhos ou higiene 35 ℃ a 50 ℃


Em cozinhas (dissolução de gorduras) 60 ℃ a 70 ℃
Em lavanderias 75 ℃ a 85 ℃
Em finalidades médicas (esterilização) 100 ℃
ESTIMATIVA DE CONSUMO

• De acordo com a NBR 7198, as peculiaridades de cada instalação, as condições climáticas e as


características de utilização do sistema são parâmetros a ser considerados no estabelecimento do consumo de
água quente.
Estimativa de consumo de água quente
Prédio Consumo litros/dia
Alojamento provisório de obra 24 por pessoa
Casa popular ou rural 36 por pessoa
→ aquecedor a gás 40 por pessoa
Residências → aquecedor elétrico 45 por pessoa
→ aquecedor solar 50 por pessoa
Apartamento 60 por pessoa
Quartel 45 por pessoa
Escola (internato) 45 por pessoa
Hotel (sem incluir cozinha e lavanderia) 36 por hóspede
Hospital 125 por leito
Restaurantes e similares 12 por refeição
Lavanderia 15 por kg de roupa seca
SISTEMAS DE AQUECIMENTO

• O abastecimento de uma edificação pode ser efetuado de três formas distintas:


• Aquecimento individual (local) → quando alimenta uma única peça de utilização. Ex.: um chuveiro ou
uma torneira elétrica. Também pode ser local, quando pequenos aquecedores elétricos ou a gás alimentam
um único compartimento sanitário.
• Aquecimento central privado → quando atende somente uma unidade habitacional, ou seja, alimenta
vários pontos de consumo localizados em cozinhas, banheiros, áreas de serviço. Ex.: aquecedor de
acumulação.
• Aquecimento central coletivo → quando um único conjunto de aquecimento alimenta várias unidades de
um edifício, ou seja, várias peças de utilização de várias unidades habitacionais ou de comércio e serviços.
Ex.: edifício residencial, hotel, motel, hospital, etc
• O projetista deve estuda a viabilidade do emprego de cada uma dessas alternativas, para determinar a melhor
solução.
TIPOS DE AQUECEDOR
• Existem vários tipos de aquecedor, sendo os mais comuns nas instalações prediais os de aquecimento direto ou
indireto, de passagem ou acumulação.
• A fonte de calor empregada pode ser: eletricidade, gás ou energia solar.
• Aquecedores elétricos:
• São aquecedores que utilizam energia elétrica. Podem ser de dois tipos:
• Aquecimento de passagem → dispositivos interpostos na tubulação para o aquecimento elétrico
instantâneo da água (aquecida em sua passagem pelo aparelho). Ex.: chuveiro elétrico, torneira elétrica e os
aquecedores automáticos de água quente.
• Aquecimento por acumulação → também chamados de “boiler elétrico” → proporcionam maior conforto
ao usuário, pois a água é aquecida para posterior consumo. A acumulação possibilita seu uso com maior
vazão nos chuveiros ou em qualquer outro ponto de utilização. Fornece água quente de imediato e na
temperatura desejada, em um ou vários pontos de consumo ao mesmo tempo, não dependendo da pressão
da água para seu bom funcionamento.
• Vantagem dos aquecedores elétricos é o fato de serem compactos e fáceis de instalar, dispensando tubulações.
• Desvantagens: custo do kW, baixa pressão e pouca vazão de água.
AQUECIMENTO POR ACUMULAÇÃO ELÉTRICO NAS
RESIDÊNCIAS
AQUECEDOR ELÉTRICO INDIVIDUAL PARA OS APARTAMENTOS
TIPOS DE AQUECEDOR

• Aquecedores a gás:
• Ao escolher um modelo de aquecedor a gás, deve-se ter certeza de que ele está de acordo com as normas
da ABNT.
• Além da NBR 7198 (Projeto Execução de Instalações Prediais de Água Quente), deve ser consultada a
NBR 13103 (Adequação de Ambientes Residenciais para Instalação de Aparelhos que Utilizam Gás
Combustível).
• Devem ser consideradas também as orientações de cada fabricante, pois existem no mercado diversos
tipos de aquecedor.
• Os aquecedores a gás devem ser alimentados pelo reservatório superior de água fria ou por dispositivo
de pressurização.
• Apresentam duas grandes vantagens em relação aos aquecedores elétricos: melhor pressão de água que
os similares elétricos e água quente para uso imediato. Como desvantagem, apresenta o risco de
vazamento, se não forem seguidas determinadas especificações.
TIPOS DE AQUECEDOR
• Aquecedores a gás:
• De passagem
• Os modelos de passagem são de instalação mais simples (desde que os pontos de espera estejam corretamente
posicionados) que os de acumulação.
• No modelo de passagem, basta abrir a torneira para o aquecedor ligar automaticamente e a água correr aquecida.
• Vantagem → é a economia e o conforto na hora do banho (há maior fluxo de água quente).
• Os aquecedores de parede oferecem maior facilidade de instalação em espaço reduzido.
• Nas instalações residenciais, é recomendável a utilização de dois aquecedores independentes: um para o banheiro e
outro para a cozinha. Tal fato justifica-se por um possível descontrole do consumo de água quente.
• Antes de instalá-los, deve-se verificar se os pontos existentes na parede correspondem mesmo aos pontos de água fria,
de água quente e de gás do aparelho. A instalação deve ser feita conforme orientações do manual de instruções do
fabricante. Na hora da instalação, também se deve tomar cuidado para que a profundidade de embutimento do
dispositivo na parede não atrapalhe a posterior colocação do acabamento.
• Os aquecedores instantâneos a gás devem estar em conformidade com a NBR 5899 (Aquecedor de Agua a Gás Tipo
Instantâneo- Terminologia) e a NBR 8130 (Aquecedores de Agua a Gás Tipo Instantâneo - Requisitos e Métodos de
ensaio).
AQUECEDOR HORIZONTAL
A GÁS DE ACUMULAÇÃO
AQUECEDOR VERTICAL A
GÁS DE ACUMULAÇÃO
SUGESTÕES PARA LOCALIZAÇÃO DE AQUECEDORES
INSTANTÂNEOS A GÁS
INSTALAÇÃO DE AQUECEDOR A GÁS DE ACUMULAÇÃO
TIPOS DE AQUECEDOR
• Aquecimento solar:
• Sistema que combina segurança, ecologia e economia.
• Principais vantagens: economia de energia (reduz, em média, 35% da conta de luz):fácil manutenção
(praticamente inexistente); fonte de energia inesgotável; não produz poluição ambiental.
• Desvantagem: o comprometimento de sua eficiência em dias nublados ou chuvosos, sendo necessária a
utilização de um sistema misto (energia solar e elétrica).
• Utilizada para o aquecimento de piscinas, em substituição aos aquecedores convencionais elétricos e a gás.
Nesse caso, são instaladas placas coletoras em quantidades suficientes para o volume de água a ser
aquecido e uma bomba que movimenta a água (método conhecido como circulação ativa).
• Sempre que optar pelo aquecimento solar, o arquiteto deve preparar a edificação para receber o sistema.
Além de instalação hidráulica apropriada, os equipamentos que compõem o sistema devem ser localizados
e dispostos de forma correta na cobertura.
• Além disso, os aquecedores solares devem ter desempenho térmico conforme a NBR 10185, verificável
pela NBR 10184, e ser instalados conforme a NBR 12269.
DETALHE ESQUEMÁTICO DA INSTALAÇÃO DE AQUECEDOR
SOLAR
INCLINAÇÃO DAS PLACAS
BOILER DEBAIXO DA CAIXA D’ÁGUA
BOILER EM NÍVEL COM A CAIXA D’ÁGUA
DIMENSIONAMENTO DE AQUECEDORES

• Na hora de escolher o aquecedor, algumas informações são fundamentais para garantir o fornecimento de
água quente na temperatura e quantidade certa para os usuários do sistema.
• Quando se trata de uma residência, por exemplo, é preciso saber:
• Quantas pessoas residem na edificação?
• Quantos quartos tem a edificação?
• Haverá banheiras de hidromassagem? Em caso afirmativo, quantas e qual o volume de cada uma?
• Haverá máquinas de lavar louças?
• Será necessário água quente na pia da cozinha e no tanque?

• Por meio dessas informações, é possível calcular o volume de água quente que será consumido pelos
usuários do sistema, bem como dimensionar o aquecedor ideal que atenda o nível de conforto desejado.
AQUECEDORES DE PASSAGEM A GÁS
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
• Dimensionar um aquecedor de passagem a gás para alimentar ducha e 1 lavatório de um banheiro.
• Solução:
• a) Cálculo das vazões dos aparelhos
• Tabela 2.4 Vazão por peça de utilização (NBR 5626)
• b) Conhecida a vazão dos aparelhos calcula-se a vazão total
• 1 ducha: 12 litros/min
• 1 lavatório: 9 litros/min
• Vazão total (Q) = 21 litros/min
• c) Como a água quente está sendo misturada com a água fria dentro do aquecedor, devemos considerar a
metade da vazão calculada (Qnec)
• 𝑄𝑛𝑒𝑐 = 𝑄𝑡 ÷ 2 = 21 ÷ 2 = 10,5 litros/min
• Adota-se um modelo de aquecedor de passagem a gás com vazão de 10 litros/minuto.
AQUECEDORES DE ACUMULAÇÃO
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
• Dimensionar o aquecedor de acumulação a gás de uma residência com 3 dormitórios, uma dependência de empregada.
Considerar uma banheira de 200 litros.
• Solução:
• a) Calcula-se o número de usuários do sistema de água quente
• 3 𝑑𝑜𝑟𝑚𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑜𝑠 = 3 × 2 = 6 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠
• 1 𝑑𝑜𝑟𝑚𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = 1 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎
• Total = 7 pessoas
• b) Verifica-se o consumo médio por pessoa (ver Tabela 2.1)
• Em residência adota-se o consumo de 40 litros por pessoa.
• c) Calcula-se o volume de água quente consumido pelo total de pessoas da residência.
• 7 pessoas x 40 litros/dia 280 litros
• d) Calcula-se o volume da banheira
• 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑛ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 ÷ 2 = 200 ÷ 2 = 100 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
• e) Somam-se os consumos calculados (C+D)
• 280 litros + 100 litros = 380 litros → Adota-se um boiler de 400 litros (ver catálogo dos fabricantes).
AQUECEDORES SOLAR
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
• O dimensionamento de um sistema de aquecimento solar está relacionado diretamente ao número de usuários
e à destinação da água quente (pontos de consumo).
• Para calcular o volume do boiler, regra geral, adota-se o consumo de 50 litros/dia por pessoa.
• A pia de cozinha e as banheiras deverão ser consideradas à parte.
• Com relação aos coletores, quanto maior o número de placas e, consequentemente, a área coletora de energia
solar, maior a quantidade de água quente disponível.
• Usualmente, adota-se a relação de 1 m² de área coletora para cada 50/65 litros de água a ser aquecida; nesse
caso, deve ser avaliada a eficiência da absorção solar da placa coletora de acordo com informações do
fabricante.
AQUECEDORES SOLAR
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
• Dimensionar o sistema de aquecimento solar de uma residência com três dormitórios e uma dependência de
empregada. Considerar duas banheiras de hidromassagem com volume de 200 litros cada.
• Solução:
• Capacidade do boiler
• a) Calcula-se o número de usuários do sistema
• 3 dormitórios = 3 x 2 = 6 pessoas
• 1 dormitório de empregada = 1 pessoa
• Total = 7 pessoas
• b) Verifica-se o consumo médio de água quente por pessoa, considerando o uso de aquecedor solar
• Adota-se o consumo de 50 litros/dia por pessoa.
• c) Calcula-se o volume em litros de água quente que será consumido pelos moradores
• V = 50 litros/dia x 7 pessoas = 350 litros
AQUECEDORES SOLAR
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
• d) Calcula-se o volume das banheiras
• 𝑉𝑏𝑎𝑛ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎 = 200 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 ÷ 2 = 100 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 → Como são 2 banheiras: 100 litros x 2 = 200 litros
• e) Considerando o consumo da torneira da pia de cozinha
• V = 50 litros
• f) Calcula-se então o consumo total de água quente por dia
• 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 350 + 200 + 50 = 600 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 → Adota-se um boiler de 600 litros
• Área coletora
• Para complementar o dimensionamento do sistema de aquecimento solar, calcula-se o número de coletores
necessários para o bom funcionamento do sistema.
• Adota-se coletor de área 2,0 m², ou seja, a relação de 2,0 m² de área coberta para cada 100 litros de água a ser
aquecida.
• 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑏𝑜𝑖𝑙𝑒𝑟 ÷ 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟
600
• 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = 100 = 6
REDE DE DISTRIBUIÇÃO
• A distribuição de água quente é feita por meio de encanamentos completamente independentes do sistema de
distribuição de água fria.
• O traçado da rede interna de distribuição, porém, obedece aos mesmos critérios da rede de água fria.
• As tubulações devem ser projetadas e executadas tendo em vista as particularidades do tipo de material escolhido e
especificado pelo projetista.
• Dependendo das peculiaridades da instalação deve-se considerar a necessidade de seu isolamento térmico e
acústico.
• Por exemplo: os tubos e conexões de CPVC dispensam isolamento na maioria dos casos, seja quando embutidos
em paredes ou aparentes → Isso se deve à baixa condutividade térmica do CPVC.
• De acordo com NBR 5626, as tubulações não devem ser solidarias aos elementos estruturais, devendo ser alojadas
em passagens projetadas para esse fim.
• Devem ser previstos registros de gaveta no início de cada coluna de distribuição e em cada ramal, no trecho
compreendido entre a respectiva derivação e o primeiro sub-ramal.
• O ponto de água quente deve localizar-se, por convenção, à esquerda do ponto de água fria, visto de frente
pelo observador.
REDE DE DISTRIBUIÇÃO - OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

• De acordo com a NBR 7198, a temperatura da água aquecida deve ser de, no máximo, 70 °C na rede de
distribuição.
• A utilização de misturadores é obrigatória se houver possibilidade de a água ultrapassar 40 °C, devendo-
se ter o cuidado de evitar a inversão da água quente pela rede de água fria e vice-versa.
• Deve ser levado em consideração o efeito da dilatação e contração térmica das tubulações, que acontece em
função da variação da temperatura da água no sistema.
• A tubulação de água fria que alimenta os aquecedores deve ser feita com materiais resistentes à
temperatura máxima de água quente (70 °C).
• A tubulação de água fria que alimenta os aquecedores não pode estar conectada a barriletes, colunas de
distribuição e ramais que alimentam válvulas de descarga.
DETALHE
ISOMÉTRICO:
BANHEIRO
DETALHE
ISOMÉTRICO:
COZINHA
MATERIAIS UTILIZADOS

• Tubos e conexões de cobre, CPVC (policloreto de vinila clorado), PEX (Tubos flexíveis de polietileno
reticulado") e PPR (polipropileno copolímero Randon).
• Cobre
• Excelente material, mas é caro e difícil de trabalhar, pois precisa ser soldado com estanho, num processo
que demanda muita habilidade para não comprometer a qualidade do serviço.
• Devem ser revestidos com isolamento térmico com capas de espuma de polietileno expandido, para
diminuir o efeito da troca de calor com o meio ambiente, mantendo, por maior tempo, a temperatura da
água aquecida → esse isolamento deverá estar protegido da umidade e da radiação solar.
• Tradicionalmente, a tubulação de cobre é mais conhecida dos construtores devido sua resistência a
temperaturas altas (suas soldas se rompem só a 270 °C). Por isso vai bem até na união entre placas
solares.
COBRE
MATERIAIS UTILIZADOS

• CPVC
• Todas as propriedades inerentes ao PVC + a resistência à condução de líquidos sob pressões a altas
temperaturas.
• Vantagem em relação ao cobre → a dispensa do isolamento térmico, uma vez que o próprio material do
tubo é um isolante, enquanto o cobre é condutor de calor → a água quente chega mais rápido ao ponto
considerado, em função da pequena perda de calor ao longo da tubulação.
• Soldado a frio com cola especial, dispensa mão de obra especializada e por isso é comum em obras de
pequeno e médio porte.
• A temperatura máxima que suporta é 80 °C (segura, já que um aquecedor doméstico esquenta a água até
próximo dos 70 °C).
CPVC
MATERIAIS UTILIZADOS
• Polipropileno Copolímero Random - Tipo 3 → PPR
• Resina de última geração e o que existe de mais moderno em condução de água quente.
• Além da mínima ocorrência de manutenção e a praticidade das instalações, esse sistema inteligente de
condução de água fria e quente apresenta algumas vantagens em relação aos tubos metálicos tais como:
• resistência à água quentes em risco de vazamentos;
• ausência de toxicidade;
• sua longa vida útil em condições extremas.
• O tubo de PPR tem emendas feitas com termofusão → soldagem a quente.
• Considerado o mais estanque do mercado, mas o serviço requer profissional especializado e maquinário na
obra, o que encarece o preço final.
• Outra vantagem do PPR é a baixa condutividade térmica que conserva a temperatura da água
transportada por mais tempo, evitando a transmissão de calor para a parte externa do tubo, o que dispensa
a necessidade de isolamento térmico.
PPR
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

• Método dos pesos relativos.


• O primeiro passo é determinar a soma dos pesos das peças de utilização para cada trecho da instalação
conforme especificado na Tabela 2.6.
• Em seguida, deve-se verificar na Tabela 2.7 qual o diâmetro de tubo corresponde ao valor encontrado nessa
soma.
• Quando o material utilizado é o cobre, os diâmetros mais comuns, em uma instalação residencial de pequeno
e médio porte, são: 22 mm (3/4”) e 15 mm (1/2”) para os ramais e sub-ramais, respectivamente; 28 mm (1”)
para a canalização do barrilete.
• Ao contrário das instalações de água fria, em que o superdimensionamento das tubulações não interfere tanto
no funcionamento do sistema, no caso das instalações de água quente, o superdimensionamento causa
problema, pois as canalizações poderão funcionar como “reservatórios”, ocasionando uma demora na
chegada da água quente até s pontos de consumo (torneiras, chuveiros etc.) e, assim, seu resfriamento.
DIMENSIONAMENTO
DAS TUBULAÇÕES
DE ÁGUA QUENTE
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

• Calcular o diâmetro de um barrilete de água quente, em CPVC, que alimenta os seguintes pontos de consumo
de uma residência: 2 chuveiros, 2 banheiras, 2 lavatórios e 1 pia de cozinha.

Peças de utilização Pesos


2 duchas (chuveiros) 0,8
2 banheiras 2,0
2 lavatórios 0,6
Pia de cozinha 0,7
Soma dos pesos = 4,1

• Verificando-se na tabela 2.7 → D = 28 mm


PRESSÕES, VELOCIDADES E PERDAS DE CARGA
• PRESSÕES MÍNIMAS E MÁXIMAS
• A NBR 7198 recomenda que a pressão estática máxima para as pecas de utilização e para os aquecedores não
ultrapasse 400 kPa (40 m.c.a)
• As pressões dinâmicas mínimas nas torneiras e chuveiros não devem ser inferiores a 5 kPa (0,50 m.c.a) e 10
kPa (1 m.c.a).
• Também devem ser consideradas as pressões recomendadas pelos catálogos dos fabricantes, referentes aos
aquecedores.
• VELOCIDADE MÁXIMA DA ÁGUA
• De acordo com a NBR 7198, a velocidade da água nas tubulações não deve ser superior a 3 m/s.
• Nos locais onde o nível de ruído possa incomodar, a velocidade da água deve ser limitada a valores compatíveis
com o isolamento acústico.
• PERDAS DE CARGA
• O cálculo da perda de carga nas canalizações de água quente é idêntico ao da água fria e depende do tipo de
material empregado.
• É importante lembrar que essas perdas devem ser reduzidas a níveis aceitáveis para que não ocorra uma
diminuição de pressão nas peças de utilização.
SISTEMA
CONJUGADO

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