Você está na página 1de 29

Instalações Hidrossanitárias

Aula 03 - sistemas prediais de água quente -


terminologias, sistema de distribuição e
materiais

Professora: Mariana Lopes


INTRODUÇÃO

• O uso de água quente sempre foi indispensável em


hospitais, hotéis, lavanderias, restaurantes, etc.

• Paralelamente surge a demanda de utilizar esse sistemas


em unidades habitacionais (residências/apartamentos). E
hoje, está presente na maioria das edificações de médio e
alto padrão.
NBR 5626/2020

• A temperatura da água deve atender às necessidades dos


usuários e aos usos pretendidos;
• Devem ser adotados materiais e componentes adequados ao
valor máximo de temperatura que atenda o sistema;
• Deve ser previsto meio de alívio ou proteção dos
componentes da tubulação, caso a temperatura da água
ultrapasse o valor máximo previsto em projeto;
• Deve ser projetado de modo a minimizar o risco de
escaldamento;
• Garantir potabilidade, pressões e velocidades compatíveis.
NBR 5626/2020

• A temperatura da água dentro de ambientes sanitários,


dotados de misturadores convencionais, deve ser limitada a
70°C;

• Se a temperatura ultrapassar 45°C em pontos de utilização


para uso corporal, deve-se empregar recurso de segurança
intrínseca com atuação automática;

• No caso de duchas higiênicas, jardins de infância e


determinadas clínicas e hospitais, a temperatura máxima de
uso recomendada é 38°C.
TERMINOLOGIAS

• Água quente - água potável com temperatura superior à


temperatura do ambiente, aquecida por meio artificial, como
por sistemas de aquecimento;
• Sistema predial de água quente - conjunto de tubos,
reservatórios, peças de utilização, equipamentos e outros
componentes destinado a produzir, eventualmente armazenar,
e a conduzir água quente da fonte geradora aos pontos de
utilização mantendo o padrão de potabilidade;
• Válvula termostática - equipamento com a função de
controlar a passagem da água com base em um parâmetro de
temperatura.
TERMINOLOGIAS

• Aquecedor: equipamento ou
sistema destinado a aquecer
água;
• Aquecedor de acumulação:
aparelho que se compõe de um
reservatório dentro do qual a
água acumulada é aquecida;
• Aquecedor instantâneo ou
de passagem: não dispõe de
reservatório e a água é
aquecida quando passa por ele;
sistema de recirculação: conjunto de componentes destinado a
manter a água quente em circulação a fim de reduzir a distância entre
a disponibilidade de água quente na rede até o ponto de utilização
MODALIDADE DE FORNECIMENTO

• Como não há fornecimento público de água quente, ela é


produzida dentro da edificação;
• O abastecimento de água quente é feito em encanamentos
separados dos de água fria e possui 3 modalidades de
produção:

a) aquecimento individual ou local;


b) aquecimento central privado (domiciliar);
c) aquecimento central coletivo.
AQUECIMENTO INDIVIDUAL

• Produz água quente para


um ÚNICO aparelho, sem
precisar de uma rede de
água quente;
• O contato com uma fonte
de produção de calor (gás
ou eletricidade) eleva a
temperatura ficando em
condições de utilização;
• Os aquecedores são
instantâneos (ou de
passagem).
NBR 5410
AQUECIMENTO CENTRAL PRIVADO

• Produz água quente


para todos os aparelhos,
de uma só unidade da
edificação;
• Precisa de uma rede de
distribuição água
quente;
• O caminho precisa ser o
mais curto possível para
não perder temperatura;
AQUECIMENTO CENTRAL COLETIVO

• O sistema é central coletivo


quando um único conjunto
de aquecimento alimenta
várias unidades de um
edifício, ou seja, várias
peças de utilização de várias
unidades habitacionais ou de
comércio e serviços (hotel,
motel, hospital, etc.).
SISTEMAS DE AQUECIMENTO
• ELÉTRICO:
- mais simples;
- mais utilizado;
- maior custo;

• aquecedores por passagem (chuveiros elétricos,


etc) ou por acumulação (boiler elétrico);
BOILER:
- Reservatório térmico de água;
- Possui formato cilíndrico, orientado na
horizontal ou na vertical;
- Tem a capacidade tanto de esquentar
quanto manter a água aquecida;
- O boiler é fechado, não possui tampa;
- Possui diversos tamanhos (varia entre 50 a
5.000 litros ou +);
- Fornece água quente em grandes volumes
e é utilizado em larga escala nas demandas
comerciais e industriais como fábricas,
hotéis, restaurantes e academias.
SISTEMAS DE AQUECIMENTO
• GÁS:
• Se está de acordo com as normas da ABNT;
• Olhar as orientações de cada fabricante;
• Os aquecedores a gás devem ser alimentados pelo
reservatório superior de água fria ou por dispositivo de
pressurização;
• Vantagens em relação aos aquecedores elétricos:
- melhor pressão de água;
• Desvantagem:
- risco de vazamento, se não forem seguidas determinadas
especificações.
SISTEMAS DE AQUECIMENTO
• GÁS:
De passagem:
• Se preferir embutir o
equipamento deve
tomar cuidado para
que a profundidade
do dispositivo na
parede não atrapalhe
a posterior colocação
do acabamento.
SISTEMAS DE AQUECIMENTO
• GÁS:
De acumulação: atende vários
pontos de consumo
simultaneamente;

Desvantagem:
- o tamanho; e por isso só
utiliza quando se consomem
grandes volumes de água
quente ao mesmo tempo (mais
de 4 pontos de utilização).
SISTEMAS DE AQUECIMENTO
• SOLAR:
- custos (operação);
+ segurança, ecologia e economia;

- Vantagens:
economia de energia (reduz, em média, 35%)
fácil manutenção (limpeza a cada 6 meses)
fonte de energia inesgotável
baixa poluição ambiental
- Desvantagem:
dias nublados/chuvosos (complemento)
custo de implantação (5 anos)
SISTEMAS DE AQUECIMENTO
• SOLAR: Deve observar as seguintes condições:

• o local de instalação (favorecer o acesso direto ao maior


número de raios solares durante o dia);
• local de fácil acesso;
INSTALAÇÃO ESQUEMÁTICA DE AQUECIMENTO SOLAR

• Em dias de grande luminosidade,


a água quente pode ficar
armazenada por várias horas,
sem precisar acionar a
resistência elétrica;
• Podem ser de desnível (abaixo da
caixa-d'água) ou de nível
(colocados no mesmo nível da
caixa-d'água). A escolha ideal vai
depender do tipo de telhado da
edificação.

vídeo 3
REDE DE DISTRIBUIÇÃO
• A distribuição de água quente é independente do sistema de
água fria;
• O traçado da rede obedece aos mesmos critérios da rede de
água fria;
• Dependendo das peculiaridades da instalação, deve-se
considerar a necessidade de seu isolamento térmico e acústico;
• Os tubos e conexões de PVC dispensam isolamento na maioria
dos casos, isso se deve à baixa condutividade térmica do
material;
• Devem ser previstos registros de gaveta no início de cada
coluna de distribuição e em cada ramal, no trecho compreendido
entre a respectiva derivação e o primeiro sub-ramal.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• De acordo com a NBR 5626, as tubulações não devem ser
solidárias aos elementos estruturais;

• O ponto de água quente deve localizar-se, por convenção, à


esquerda do ponto de água fria, visto de frente pelo
observador;

• Deve ser levado em consideração o efeito da dilatação e


contração térmica das tubulações, que acontece em função da
variação da temperatura da água no sistema;
MATERIAIS UTILIZADOS
• PVC
• PEX (vantagem: são tubos flexíveis
e por isso tem redução de conexões,
são altamente resistentes à pressão
e temperatura; desvantagem: não é
viável para grandes diâmetros (+32
mm), pois, acima dissa, aumenta
muito a rigidez do tubo, por isso é
contraindicado para trechos entre o
reservatório superior e a entrada do
apartamento (pois são trechos de
grandes diâmetro). O PEX é utilizado
no sistema interno dos apartamentos.
MATERIAIS UTILIZADOS
• PPR: resistente a corrosão: sem
incrustações (paredes internas lisas,
suporta maiores temperaturas
(+95°C, enquanto que o pvc atinge
até 80°C); maior isolamento
acústico.

• TUBOS METÁLICOS: Vantagens:


maior resistência mecânica; menor
deformação; Desvantagens:
suscetíveis à corrosão; maior
transmissão de ruídos.
MATERIAIS UTILIZADOS
• COBRE: mais caro; dificil de
trabalhar; necessita de isolamento
térmico; resistência a altas
temperaturas (270°C)

Você também pode gostar