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Aluno.

Franscisco Pereira de Oliveira


Professor: Lucas Oliveira
Matéria. Projeto de Instalações Hidráulica , Incêndio e Gás
Instituição: Imperador
Curso: Técnico em Edificações

Atividade
1. Faça um resumo dos tópicos.
a) Sistemas de água frias.
O projeto de instalação hidráulica prioriza o usuário, oferecendo: saúde, garantindo
uma distribuição da água com higiene; conforto, assegurando o transporte da água até
a residência; e facilidade, permitindo acesso rápido à água dentro da sua residência.
O dimensionamento hidráulico que iremos ver neste capítulo deve atender às
exigências descritas na norma técnica NBR 5626/98 definindo as pressões e
velocidades da água dentro das tubulações, evitando problemas com ruídos e
desgastes com as tubulações e os equipamentos, por exemplo, válvulas de descargas
e torneiras. Como todo projeto, o de instalação hidráulica começa com a concepção.
É a fase que define pontos importantes como: tipo de edificação (residência ou edifício
residencial ou comercial); tipo de distribuição de abastecimento, ou seja, capacidade
que será dimensionada; posicionamento dos reservatórios; e equipamentos da rede de
tubulação.
a) distribuição direta: as tubulações da edificação estão diretamente ligadas à rede
pública de alimentação de água. Nesse sistema não se utiliza o reservatório ou caixa
d’água. Esse tipo de distribuição apresenta algumas características que podem ser
vantajosas ou não. Quando há falta de água, por exemplo, a edificação terá seu
abastecimento paralisado por falta de reservatório e a tubulação fica sujeita a receber
toda a impureza da água como resíduos1 de terra. Outra desvantagem são os golpes
de aríetes nas tubulações, ou seja, os golpes fortes do fluxo da água dentro da
tubulação. Por outro lado, a distribuição terá menor custo de instalação, no entanto,
terá aumento de consumo pela pressão elevada. No decorrer do dia, terá alteração na
pressão devido aos momentos de maior consumo de água da rede pública.
Dimensionamento de caixas d’água ou reservatórios.
É sempre bom em uma residência termos dois reservatórios, um superior para fazer a
pressão e outro inferior para garantir a quantidade de água necessária para o
consumo, segundo a norma NBR 5626/98. O dimensionamento para os dois
reservatórios segue o seguinte esquema:
a) os reservatórios têm que abastecer dois dias de consumo da casa;
b) o reservatório inferior precisa ter o volume de 3/5 do consumo total de 2 dias;
c) o reservatório superior precisa de volume com 2/5 do consumo total de 2 dias.
Seguindo essas determinações com base no exemplo anterior, temos:
Para uma quantidade de água de 1500 L calculamos a quantidade de 3/5 para o
reservatório inferior que terá 600 L e o 2/5 para o reservatório superior que terá 900 L.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS TUBULAÇÕES DE ÁGUA FRIA.
As tubulações são os caminhos da água que saem dos reservatórios para abastecer
as peças de utilização ou aparelhos. As tubulações podem ser de PVC, cobre ou ferro
galvanizado5, mas geralmente se utiliza as de PVC, pela resistência e praticidade de
instalação. Aparelhos ou peças são as louças como lavatórios, vasos sanitários,
chuveiros, torneiras, tanques, máquinas de lavar etc. Para dimensionar as tubulações,
devemos ter os números de peças de utilização que terão que ser abastecidas e a
quantidade de água ou vazão para cada peça de acordo com a sua necessidade para
funcionar corretamente. Outro parâmetro que vamos usar para o cálculo de
dimensionamento de tubulações é o “peso das peças de utilização”, que é a relação
da quantidade de água necessária para cada peça de utilização. E os pesos têm
relação com o diâmetro mínimo necessário para funcionar as peças de utilização. Para
isso, temos a seguinte tabela que nos diz os pesos das peças:
Para calcularmos o dimensionamento das tubulações, devemos primeiro determinar o
trecho da tubulação e a quantidade de peças de utilização nesse ramal ou trecho.
Dimensionamento dos ramais
Vamos calcular as dimensões das tubulações separadamente por trechos. Observe
que só iremos dimensionar os ramais que são as tubulações principais. Os sub-ramais
que fazem as ligações das peças utilizadas até os ramais serão calculados depois.
Trecho A-B
Observe que, para começar o dimensionamento, primeiro temos que fazer o
levantamento de todas as peças utilizadas neste ramal. Mesmo que tenham peças em
outros ambientes como nesse exemplo, em que o ramal abastece a cozinha, a área de
serviço e o sanitário de empregado.
Agora, depois de conhecer as peças, verifique na Tabela 2 os pesos relativos e faça a
soma deles. Você achará o valor de 3,1
Com este valor de 3,1, veja no ábaco luneta em que trecho ele se encaixa e verá que
está entre 1,1 e 3,5, portanto, o diâmetro da tubulação é de 25 mm para tubos
soldáveis ou ¾ para tubos roscáveis. Conclusão: o trecho A-B terá o diâmetro de 25
mm. Esse trecho A-B é denominado de barrilete.
Dimensionamento dos sub-ramais
O procedimento é o mesmo dos ramais sendo que o cálculo será individual para cada
peça de utilização. Trecho C-D Começamos pela última peça que é o chuveiro.
O peso relativo do chuveiro na Tabela 2 é de 0,1. Então, verificando no ábaco luneta,
teremos que o diâmetro da tubulação será de 20 mm para soldável ou ½” para
roscável.
Do mesmo modo, teremos: Chuveiro elétrico 0,1 20 mm Vaso sanitário (caixa de
descarga) 0,3 20 mm Lavatório 0,3 20 mm Tanque 0,7 20 mm Máquina de lavar 1,0 20
mm Pia 0,7 20 mm.
b) Sistema de água quente.
O sistema de instalação de água quente é semelhante ao de água fria, porém, alguns
componentes alteram e o principal deles é a tubulação, que para receber a água em
uma temperatura aproximada de 70 ºC tem que ser reforçada e resistente.
Existem no mercado alguns tubos de material diferente do PVC comum. Outros
componentes importantes nos sistemas de água quente são os reservatórios com
sistema de isolamento térmico para receber a água aquecida e sistemas de
aquecimento, como as placas solares e os aquecedores a gás ou elétrico.
Hoje, com a tendência da arquitetura sustentável, o sistema de aquecimento solar é o
mais procurado, apesar do custo ainda elevado, e já existe no mercado um número
significativo de modelos e marcas.
SISTEMAS DE AQUECIMENTOS
O sistema de aquecimento é utilizado nas edificações para aquecer a água.
Os principais modelos são:
a) aquecedor instantâneo ou elétrico: modelo de aquecedor em que a água é
armazenada dentro de um reservatório em contato com uma resistência aquecida
eletricamente. Dessa forma, a água é aquecida. Este modelo não é muito utilizado
pelo seu alto consumo de energia;
b) aquecedor de acumulação elétrico: o sistema é semelhante ao do aquecedor a gás.
A diferença é que o reservatório é bem maior do que o aquecedor instantâneo, mas é
também aquecido por uma resistência. Além disso, é também um sistema de
aquecimento com o custo ainda elevado;
ELEMENTOS CONSTITUINTES
São todos os componentes de uma instalação hidráulica. No caso da água quente,
teremos, a depender do tipo de aquecimento, boiler, misturador, aquecedor ou
tubulação apropriada para suportar a temperatura do quente.
a) tubulação de água fria: a água fria também faz parte do sistema de água quente e o
sistema de água quente funciona com o misturador que faz a união da água fria com a
água quente. Assim, há possibilidade de regular a temperatura da água que sai da
peça utilitária, ou seja, de uma torneira ou chuveiro. A união do tubo de água fria com
água quente é feita por uma conexão própria;
b) tubulação de água quente: da mesma forma que a água fria, na distribuição da água
quente os barriletes são as tubulações por onde sai a água quente do reservatório do
aquecedor até os ramais. A distribuição de água quente tem que ser feita com
tubulação apropriada e resistente a alta temperatura. Geralmente, o material usado
para a confecção dos tubos é o CPVC (cloreto e polivinila clorado). As conexões
também devem ser apropriadas para o uso de água quente feitas em CPVC.
c) dispositivos de segurança: são equipamentos ou comandos que funcionam para
ligar ou desligar o sistema de aquecimento para cortar o superaquecimento, evitando
acidentes graves, como queimaduras. Eles podem ser: - controladores de
temperatura, termostato de segurança que funciona como uma chave de “liga” e
“desliga” acionado pelo aumento excessivo da temperatura; - dispositivo automático
hidrodinâmico, que funciona com o fluxo da água nas torneiras. Quando a torneira é
fechada, totalmente ou parcialmente, ele aciona desligando o aquecimento; e quando
abre a torneira, aciona o dispositivo iniciando o aquecimento da água no reservatório; -
controladores de pressão, que são dispositivos com a função de evitar que a pressão
elevada danifique a tubulação.
Você sabe como funciona o aquecedor solar?
Então veja como esse sistema tão simples pode contribuir para um futuro onde não
precisaremos mais estar degradando o nosso meio ambiente com a construção de
hidroelétricas, ou utilizando de energias não renováveis como o petróleo.
Como o nome já diz, seu funcionamento consiste na utilização da energia do sol, ou
seja, a produção do calor. Para um sistema de aquecimento solar, teremos um
equipamento que é um painel formado por um engradado de alumínio contendo no
seu interior uma serpentina de cobre por onde circula a água. Teremos também uma
chapa metálica pintada de preto para maior absorção do calor. Todos esses elementos
são isolados com material isolante como a lã de vidro e uma placa de vidro liso na
superfície para receber o calor do sol.
DIMENSIONAMENTO DE AQUECEDORES
Para ter água quente é necessário ter o equipamento, neste caso, é o aquecedor.
Então, temos que dimensionar o aquecedor, mas você viu que existem modelos
diferentes, certo.
No primeiro momento, você precisa saber quais as peças de utilização que você quer
que tenha água quente, depois determinar a vazão de cada peça que vai ser
alimentada por aquele ramal e após, somar a vazão de cada uma.
DIMENSIONAMENTO DAS JUNTAS DE DILATAÇÃO E DAS LIRAS
As juntas de dilatação ou as liras são mecanismos que utilizamos nas instalações de
água quente devido à expansão das tubulações quando são aquecidas pela água
quente. Todo o fluido aquecido também se expande e com isso aumenta a sua
pressão. As juntas e as liras servem para anular qualquer excesso de pressão ou
suavizar a dilatação das tubulações.
a) juntas de dilatação ou de expansão: são dispositivos feitos na tubulação permitindo
que ela se dilate sem danificá-la quando receber o aumento da temperatura;
Utilizamos o coeficiente 0,06 como padrão para a fórmula de variação de comprimento
de tubulação. Vejamos um exemplo em que calcularemos a junta de dilatação para
uma tubulação de um prédio com altura de 45 m, abastecido por um sistema de
aquecimento central e com uma tubulação com diâmetro de 28 mm.
Considerando a temperatura ambiente na instalação de 28 ºC e a temperatura
máxima e mínima da tubulação de 67 ºC e 21 ºC, respectivamente, precisaremos
encontrar a quantidade de juntas e a posição de montagem do pistão.
MATERIAIS E COMPONENTES
a) tubos: Como já estudamos, a tubulação de água quente deve ser sempre de tubos
de CPVC, os quais são feitos com materiais que resistem as altas temperaturas sem
sofrer nenhum tipo de deformação ou de rompimento. Geralmente, esses tubos são
diferentes dos tubos de água fria. Os de água quente são identificados no mercado
com cores diferentes como branco, azul ou verde. Por se tratar de um material mais
resistente, é ofertado no mercado com um preço mais elevado do que o de água fria.
Além dos tubos, temos que usar as conexões com o mesmo material para oferecer a
mesma qualidade de resistência em toda a rede de água quente.
a) Sistema de Esgoto.

Vimos nos capítulos anteriores como distribuir água em um prédio.


Fica então a pergunta: qual o destino dessas águas, após o consumo dos
usuários, ou seja, as águas residuais?
Para coletar as águas, existem os sistemas de esgotos prediais, que são
importantes para a nossa saúde. Os principais objetivos do projeto de esgoto
são coletar e direcionar as águas residuais e servir para um sistema de
tratamento.
É fundamental a instalação de esgoto para não haver a contaminação da água
potável para consumo, com as águas residuais do esgoto. Os sistemas são
independentes.
Primeiro temos o sistema predial, o qual consiste nas tubulações que coletam
os esgotos da residência, tantos os dos vasos sanitários, chamados de água
imunda; quanto de lavatórios, ralos, pias e máquinas de lavar, chamados de
água servida.
Essas águas são então direcionadas para as tubulações de esgoto urbano, e
após isso, são conduzidas para uma estação de tratamento, onde passam por
vários processos até serem descontaminadas e despejadas nos rios.
Sistema unitário ou combinado consiste.
numa rede de tubulação que recebe os esgotos residuais dos prédios e o
esgoto pluvial. Os dois tipos de esgoto são canalizados por uma única
tubulação até o sistema de tratamento. Esse tipo de sistema apresenta
algumas desvantagens como:
a) grande dimensão da tubulação;
b) maior tempo e custo para sua execução;
c) maior estação de tratamento;
d) capacidade ociosa1 da tubulação, em períodos de ausência de chuva;
e) refluxo para os prédios sem períodos de enchentes;
Esse tipo de sistema não é adotado no Brasil.

ELEMENTOS CONSTITUINTES DO ESGOTO


A tubulação de esgotos precisa coletar os dejetos e as águas servidas e
destiná-los para a rede de esgoto ou para sistema de tratamento individual, as
fossas sépticas. Mas para essa coleta acontecer e o sistema de esgoto
funcionar, precisamos ter os equipamentos como vasos sanitários, pias,
tubulações, caixas de passagem e caixas de gordura. Vejamos agora esses
elementos constituintes.
a) aparelhos sanitários: são as louças de lavatórios, vasos sanitários, banheiras
e pias utilizadas para a higiene;
b) sifões ou desconectores: são as peças que recebem as águas servidas e as
conduzem para os ramais de descarga. Sua característica é o acúmulo de
água na tubulação, formando o “fecho hídrico”, ou seja, que impede o retorno
dos gases com mau-cheiro vindo das tubulações
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO
Para melhor entendermos, vamos dimensionar as tubulações para uma
residência com dois sanitários, sendo um com banheira, uma cozinha e área de
serviço. Teremos como aparelhos por cômodos:
No sanitário 1:
a) lavatório;
b) vaso sanitário;
c) chuveiro;
d) banheira.

No sanitário 2:

a) lavatório;
b) vaso sanitário;
c) chuveiro. Cozinha:
a) pia.

Área de serviço:
a) tanque;
b) máquina de lavar.
Por que conhecer os diâmetros dos ramais de descarga? Para que o sistema
funcione perfeitamente podendo ter a vazão suficiente evitando entupimentos
na rede. Lembre que o fluido do esgoto não tem a pressão como na água fria
ou quente.
DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE ESGOTO
O ramal de esgoto é formado quando dois ou mais ramais de descarga se
juntam. Para esse caso, teremos a junção dos ramais de descarga do chuveiro
e do lavatório, que se encontra em uma caixa sifonada para depois seguir pelo
ramal de esgoto. Já o vaso sanitário não pode ser conectado à caixa sifonada.
O sistema de ventilação tem muita importância para o perfeito funcionamento
do fecho hídrico, pois impede o seu rompimento e evita a liberação dos gases
para o ambiente. Lembre que o fecho hídrico é o acúmulo constante de água
nos desconectores e sifões, como visto anteriormente.
DIMENSIONAMENTO DE CAIXAS DE INSPEÇÃO, CAIXAS DE PASSAGEM E
DE GORDURA
Todo sistema de esgoto para funcionar adequadamente é necessário ter as
caixas de passagem, de gordura e de inspeção.
Elas fazem parte do sistema como elemento constituinte e tem também uma
função importante na própria manutenção e de limpeza do sistema de esgoto.
a) caixas de inspeção: as caixas de inspeção devem ter no mínimo 0,60 m de
largura e comprimento e uma profundidade de no máximo 1 m para esgotos
prediais acima de 5 pavimentos. Para residências, essas caixas podem ser
menores, com no mínimo de 0,30 m de largura e comprimento e a
profundidade dependerá do declive das tubulações para facilitar o fluxo das
águas servidas;
b) caixas de passagem: o dimensionamento dessas caixas de passagem pode
ser de no mínimo de 0,20 m de largura e de comprimento e a sua profundidade
vai depender do nível da tubulação. Como são utilizadas geralmente para
mudança de direção do percurso da tubulação, servem também de caixa de
inspeção, caso haja alguma obstrução da tubulação;
c) caixas de gordura: as caixas de gordura quando fabricadas no local devem
ter a dimensão de 0,30 m por 0,50 m e dois compartimentos para acumular a
gordura, evitando a sua passagem para o esgoto público.
MATERIAIS E COMPONENTES
Tubos
Os tubos para esgotos têm a função de coletar os dejetos e águas servidas e
conduzi-las de maneira segura até o esgoto público ou até as fossas, evitando
contaminar a rede de água potável. Também são feitos com PVC, assim como
os tubos para instalação de água fria, e eles possuem os seguintes diâmetros:
40 mm, 50 mm, 75 mm, 100 mm e 150 mm. Os tubos de PVC, apesar de terem
resistência aos efeitos da radiação solar, devem estar embutidos no piso e ou
nas paredes.
Conexões
Todas as conexões utilizadas nas instalações de esgotos são de PVC, assim
como os tubos. Existem conexões para fazer a união dos tubos, para desviar
ou mudar a direção da tubulação e conexões para redução de diâmetro da
tubulação. Como os esgotos não recebem materiais em temperatura elevada,
não necessita ser em material resistente como o CPVC.

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