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Você pode observar que esse modelo básico é composto do tubulão superior, do tubulão
inferior, e dos tubos ascendentes (risers) e descendentes (downcomers), além da fornalha
(fonte térmica).
O tubulão superior opera com água até seu nível médio (50%) e o tubulão inferior,
afogado. Os tubos ascendentes encontram-se voltados para o lado da fonte de energia,
enquanto os tubos descendentes estão na posição oposta, ou seja, não recebem parcela
significativa de energia.
Atento à figura, você pode concluir que a transferência de calor e formação de vapor se
dará apenas nos tubos ascendentes, na face exposta à fonte de energia.
Como conseqüência imediata, a densidade do fluido presente nesses tubos vai diminuir
devido à presença do vapor. Isso provocará a existência de um diferencial de pressão
hidrostática entre estes e os tubos descendentes, gerando um fluxo do lado descendente para
o ascendente. Esse fenômeno físico gera a circulação de água, que permite a vazão do vapor
gerado para cima em direção ao tubulão superior e da água dos tubos opostos para baixo.
A substituição do antigo sistema aberto de alimentação pelo atual sistema fechado foi
motivada pelas seguintes razões principais:
corrosão pelo oxigênio: esta é provavelmente a mais importante das razões, porque,
com as elevadas pressões e temperaturas das instalações atuais, qualquer
quantidade de ar presente pode produzir uma corrosão considerável.
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Para executar essa tarefa, a maioria dos navios modernos dispõem do que se chama
sistema fechado de alimentação sob pressão. Para entender o funcionamento e o propósito
desse sistema, é necessário conhecer os tipos anteriormente usados.
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assim denominado porque a maior parte do condensado não entra em contato com a
atmosfera.
Pelo descrito, vemos que a diferença básica entre o sistema aberto e o semifechado
reside nos empregos da bomba centrífuga do condensado e ejetores em substituição à bomba
de ar. A figura 2.3 representa esquematicamente um sistema semifechado de alimentação.
1 – reduzir ao mínimo possível a corrosão interna das caldeiras por meio de rigoroso
desarejamento da água de alimentação;
Para que a água entre na caldeira com um teor mínimo de ar dissolvido, é necessário:
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Deve-se notar que, em uma instalação ideal, absolutamente sem absorção de ar pelo
sistema, não haveria necessidade da bomba de ar ou ejetor de ar, bastaria uma bomba que
removesse da bacia do condensador o liquido resultante da condensação.
Na
Nas modernas instalações, para ser atingido este primeiro objetivo do sistema
fechado, nenhuma água (drenagem, suplemento, purgações, etc.) deve ser
introduzida na rede de alimentação sem passar antes pelo condensador para sofr er
a sua ação desarejante.
Em um condensador do tipo comum, com bombas alternativas, não seria possível evitar o
ingresso de ar no sistema. Isso é, entretanto, possível nos modernos condensadores, servidos
por bombas rotativas com selo d'água em seus engachetamentos. São, além disso
condensadores do tipo REGENERATIVO, isto é, fornecem o condensado a uma temperatura
mais elevada do que a obtida com os tipos comuns, nos quais a temperatura da água na bacia
do condensador é desnecessariamente muito inferior à correspondente ao vácuo reinante.
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Nesse sistema, os gases do condensador são extraídos por meio de um ejetor de ar de
dois estágios, que expele para a atmosfera todo o ar e faz retornar ao circuito o vapor d'água já
liquefeito ainda existente nesses gases.
Desse modo, torna-se possível aquecer a água (muito acima de 80° C), antes de sua
entrada na bomba de alimentação, isto é, empregando-se aquecedores de baixa pressão,
preferíveis aos de alta pressão.
As
As bombas de alimentação descarregam a água na válvula de retenção da
caldeira, através dos economizadores, onde sua temperatura pode ser elevada a té
às proximidades da vaporização da água, com uma margem apenas de 20° C
abaixo da temperatura de saturação correspondente à pressão da caldeira.
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Somente as bombas de extração do condensado trabalham com vácuo na aspiração, isto
é, aspiram dos condensadores onde a pressão é inferior à atmosférica.
PERCURSO SOB VÁCUO – inicia-se nos poços dos condensadores e termina no flange
de aspiração das bombas de extração do condensado.
SUPLEMENTO – O suplemento nesses navios pode ser feito por dois processos
diferentes:
Esse processo, além de dispensar qualquer tipo de bomba, faz prévio aquecimento e
desarejamento da água antes de chegar ao tanque desarejador.
O segundo só deve ser usado para encher o tanque quando se está utilizando a água
dos reservas ou quando for impossível usar o primeiro método.
O sistema de alimentação das caldeiras do N/M Maraú possui duas bombas elétricas de
alimentação principal, usadas durante a vaporização com elevada carga nas caldeiras, e uma
bomba elétrica de alimentação auxiliar, usada quando a carga é baixa. Essa bomba destina-se
ao enchimento inicial das caldeiras antes do acendimento e da elevação da pressão de vapor.
Normalmente, as caldeiras dispõem de dois sistemas independentes de alimentação –
Principal e auxiliar.
Os sistemas possuem redes independentes e isolados por válvulas. As redes se unem
na entrada do tubulão superior, formando uma única rede, que, ao passar para a parte interna
do tubulão, é chamada de “tubo de alimentação”.
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A rede segue internamente da parte superior do tubulão para a parte inferior, ficando
abaixo das grades dos separadores de vapor. Na seção abaixo das grades, o tubo é perfurado
permitindo a saída da água de alimentação.
Após termos enchido as caldeiras, colocaremos a caldeira nº 1, veja figura 2.5, temos que
confirmar se:
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Figura 2.5 – Sistema de condensado e alimentação do navio N/M Maraú – Parte A.
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Figura 2.6 – Sistema de condensado e alimentação do navio N/M Maraú – Parte B.
Durante períodos de alta demanda de vapor em que se usa apenas a caldeira para suprir
vapor, deve-se usar as bombas elétricas de alimentação principal. Uma bomba é posta em
funcionamento, e a outra é preparada pra ficar de reserva (modo "Standby").
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a – assegurar-se de que a água salgada de resfriamento está sendo fornecida aos
resfriadores dos mancais das bombas de alimentação;
b – assegurar-se de que as válvulas das figuras 2.5 e 2.6 ocupam as posições abertas de
modo que as manobras indicadas pelas linhas de cor laranja sejam possíveis.
Para essa configuração, faz-se a seguinte manobra (seguir linha laranja e marrom nas
figuras 2.7 e 2.8).
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Figura 2.7 – Operação através do aquecedor (navio N/M Maraú) – Parte A.
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Figura 2.8 – Operação através do aquecedor (navio N/M Maraú) – Parte B.
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a queda do nível poderá provocar perda de circulação em alguns tubos, causando seu
superaquecimento;
O nível do tubulão, mostrado no visor de vidro, poderá ser visto à distância, utilizando-se
espelhos ou circuitos fechados de televisão.
Embora o visor de vidro seja usualmente utilizado para visualização do nível do tubulão
superior, esta indicação apresenta erros, conforme mostrado na figura anterior.
Nesse tipo de instalação, o vapor existente no visor e em suas conexões é resfriado pela
perda de calor para a atmosfera, e o condensado formado circula através do visor de vidro.
Esse resfriamento faz com que a água existente no visor fique mais fria que a água existente
no tubulão superior. Assim, a densidade da água no visor de vidro será maior, e o nível
necessário (que é mostrado no visor de vidro) para balancear a coluna de água existente no
tubulão superior será menor que o nível real do tubulão. Em caldeiras industriais típicas, o nível
mostrado no visor de vidro fica dois a sete centímetros abaixo do nível de água existente no
tubulão superior. A magnitude desse erro depende da diferença de densidade (função da
pressão de operação da caldeira), da tubulação existente entre o tubulão e o visor de vidro e
sua respectiva isolação, e da temperatura ambiente.
A figura 2.11 é um corte de uma caldeira onde se distingue o tambor da unidade ao qual
está ligado um corpo de nível com respectivo indicador de vidro, registros de nível e tubo de
descarga.
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Na técnica de instrumentação, o indicador de nível é denominado Level Glass
(LG).
Figura 2.10 – Corte da caldeira com respectivo Figura 2.11 – Indicador de nível com vidro circular.
indicador de nível.
Figura 2.12 – Visor de nível simples. Figura 2.13 – Visor de vidro refletido.
A colocação do corpo de nível deve coincidir com o nível interno da caldeira, fazendo
com que o nível indicado na metade do vidro corresponda ao nível normal de operação da
unidade.
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Um corpo de nível deve ser diariamente testado.
A figura 2.14 mostra uma instalação típica de medição de nível, com transmissor de
pressão diferencial. Nesse tipo de instalação, a tomada de baixa pressão do instrumento (L) é
conectada na parte superior do tubulão e a de alta (H), na parte inferior. Nesse caso, o
transmissor de pressão diferencial deverá ser equipado com kit de supressão, uma vez que
haverá uma coluna de líquido aplicada na tomada de baixa pressão do instrumento. Para se
evitar variação na altura dessa coluna, normalmente se utiliza um pote de selagem ou tee,
localizado na parte superior da tomada de baixa pressão do transmissor.
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Na figura 2.15, o sinal de pressão é caracterizado no PY, e em seguida é enviado ao LY,
onde o sinal de nível é corrigido em função das variações de pressão que venham a ocorrer no
tubulão. O sinal de nível, corrigido em função das variações de pressão, é, então, enviado ao
controlador de nível.
Figura 2.15 – Correção do nível do tubulão em função das variações na pressão do vapor.
1) alimentação descontinua;
2) introdução excessiva de água por precaução exagerada do operador elevando o
nível interno da água na caldeira e aumentando o arraste de água no vapor e
tornando a pressão irregular;
3) a queda de nível aquém dos limites permitidos à segurança da caldeira, por
descuidos do operador.
O sistema também fornece sinal para alarme de nível e para desarme da válvula de corte
de óleo combustível e da turbobomba de alimentação.
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Você sabia?
Há inúmeras concepções de aparelhos controladores automáticos de
nível, a saber.
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Figura 2.17 – Magnetrol.
Inteiramente automático, esse regulador exige apenas a atenção que merece uma coluna
de nível de água. É extremamente simples, sem peças escondidas ou complicadas. É de
construção reforçada para suportar o serviço na sala das caldeiras. É absolutamente seguro.
Sua provável duração é de 15 a 20 anos.
O regulador é instalado fora da caldeira, sendo sempre fácil a sua inspeção. Além disso,
o braço da válvula com o peso indica a abertura exata da válvula, de modo que o encarregado
pode verificar rapidamente como o regulador está funcionando. A despesa de manutenção é
irrisória (figura 2.18).
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calor, a temperatura da água no tubo termostático fica inferior à temperatura do vapor. É esta
diferença de temperatura que assegura o funcionamento do aparelho.
À medida que desce o nível de água na caldeira, maior quantidade de vapor penetra no
tubo. O tubo assim se aquece e é obrigado a se expandir. À medida que sobe o nível de água
na caldeira, maior quantidade de água penetra no tubo e este, ficando mais frio, é obrigado a
se contrair. Esse movimento de expansão e contração do tubo transforma todas as flutuações
do nível de água em força de considerável potência para movimentar a válvula de controle de
alimentação. Essa força é instantânea e exata, e a válvula também responde instantânea e
exatamente.
O nível normal de água na caldeira poderá ser elevado ou baixado à vontade, dentro de
limites razoáveis, rápida e facilmente, sem necessidade de paralisar a caldeira. Uma porca de
regulagem, Iocalizada na extremidade do tubo, pode ser girada para proporcionar o nível
desejado com a caldeira em funcionamento.
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O controle de nível auto-operado, normalmente utilizado em caldeiras, está mostrado na
figura 55. Esse sistema, conhecido como controle de nível termohidráulico, é acionado por um
sistema hidráulico fechado. O sistema hidráulico consiste no espaço anular existente entre o
tubo interno e o tubo externo do gerador, o tubo de conexão, o fole da válvula reguladora e a
água necessária para encher todo o sistema.
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Como esse tipo de malha tem muitas limitações, sua utilização é restrita a caldeiras de
pequeno porte e de baixa pressão de operação.
Esses equipamentos às vezes não são instalados em unidades que operam a baixas
pressões e utilizam combustíveis baratos ou residuais.
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Como vimos, os aquecedores podem ser aquecidos por:
vapor;
Subdividem-se em:
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A pressão no aquecedor é menor do que a da água que aí penetra. Essa diferença de
pressões e o aquecimento brusco da água determinam um desprendimento considerável do ar
diluído na água, que uma vez libertado escapa-se para o condensador ou para a atmosfera
passando por válvulas especiais, que a figura nos mostra na parte superior do aparelho.
O peso do flutuador está calculado para que o sistema esteja em equilíbrio quando o
mesmo estiver mergulhado a meio. Se o nível desce, a válvula reduz ou interrompe a
passagem do vapor, diminuindo a velocidade da bomba ou parando-a. Se o nível sobe, a
bomba aumenta de velocidade.
Aquecedores Desarejantes
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Figura 2.22 – Aquecedor desarejante.
A água absorvendo o calor contido no vapor, provoca sua condensação, e os gases, tal
como oxigênio, não condensável nas condições de pressão e temperatura reinantes, são
removidos, saindo pelo respiro com uma mínima perda de vapor.
Do condensador, a água vai para a câmara B, das válvulas de "Borrifo", que vencendo a
tensão das molas destas válvulas é finamente subdividida, e em forma de borrifo é
descarregada para a câmara M em contacto direto com o vapor, onde se aquece até uma
temperatura próxima da temperatura do vapor.
A água em forma de borrifo cai então no cone coletor C, onde mais um estágio de
aquecimento tem lugar em vista do efeito de camisa de vapor da câmara D.
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A mistura vapor e água, com alta velocidade impressa pela ação de ejeção do vapor, ao
deixar a câmara G, pela abertura J, é defletida pelo diafragma K para a seção do tanque que
serve como reservatório.
Isto contribui para que toda a massa do vapor em escoamento transmita suficiente
velocidade à água, subdividindo-a em diminutas partículas, promovendo assim a remoção final
do oxigênio e de outros gases não condensáveis.
Em virtude da água deixar a câmara G pela abertura J, existe uma certa intermitência,
que contribui para agitar a água, facilitando ainda a remoção de gases, antes da água ser
defletida pelo diafragma K.
O vapor, para continuar o seu curso ascendente, tem de passar pela lâmina d'água L, e
em vista disto, arrasta consigo os gases não condensáveis, evitando assim, a sua acumulação
acima da água desarejada, existente no reservatório do tanque.
O nível d'água no tanque varia de acordo com o consumo de vapor exigido. Existindo no
sistema de alimentação, a quantidade d'água necessária, o nível do tanque varia diretamente
com a produção de vapor da caldeira, isto é, com grande produção de vapor, o tanque
funcionará com nível alto, e em pequena produção, o nível será baixo. O nível de trabalho no
tanque, depende inteiramente das oscilações da capacidade do sistema de alimentação, que
por sua vez, é função das variações dos regimes de marcha.
Os aquecedores do tipo fechado podem ser de baixa ou de alta pressão. Qualquer que
seja o tipo consiste em um aparelho no qual a água atravessando pelo interior de tubos ou
serpentinas recebe, por condução, o calor do vapor que os envolve. Há entretanto diferenças
fundamentais nos requisitos de resistência que se exigem para cada tipo, visto que, um deles
vai suportar pressões insignificantes ao passo que o outro, colocado entre a descarga da
bomba e a válvula de retenção, vai ser sujeito a uma pressão superior à da caldeira.
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O desenvolvimento do emprego dos aquecedores de superfície foi originalmente
conseqüência da contaminação, pelo óleo, do vapor das descargas, o qual não era portanto
satisfatório para se misturar com a água de alimentação.
a) Tubos retos;
b) Tubos em U;
c) Tubos em serpentina.
No
Nos aquecedores de tubos retos, estes são cravados em espelhos opostos: o que
acarreta a necessidade de junta de expansão no corpo do aquecedor para permitir
a dilatação. Estes aquecedores são fixados de modo que um dos extremos fique
livre.
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O vapor de aquecimento envolve os tubos, transmite o seu calor latente à água,
condensa-se, e é drenado para os tanques de alimentação.
Aquecedores de tubos em U
Neste tipo de aquecedor, do qual não será dado detalhes, os tubos são curvos de modo
que as suas extremidades se prendem no mesmo espelho. Do lado do espelho existem dois
compartimentos separados por um diafragma. Num deles ocorre a entrada da água de
alimentação e no outro a canalização de saída. Os tubos podem se dilatar livremente, visto
serem cravados em um só espelho.
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O vapor de aquecimento entra pela parte superior da carcaça, envolve as serpentinas e é
drenado na parte inferior. A carcaça do aquecedor é de chapa de aço e as serpentinas são de
cobre.
Existem grandes superfícies de troca térmica devido à baixa temperatura dos gases e
ao seu baixo coeficiente de película.
2.5 TIRAGEM
A tiragem deve vencer todas as perdas de carga oferecidas pelo circuito, garantindo um
fluxo contínuo dos gases da combustão pelos canais formados pelo invólucro do gerador,
tubulações e chicanas.
É o valor da perda de carga que decide quais dos processos devem ser aplicados.
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Figura 2.25 – Chaminé.
p(A) = p(A')
A pressão no ponto B´ será igual à pressão no ponto A', mais o peso da coluna de ar frio,
situada entre A’ e B'. O peso dessa coluna deverá corresponder a mais do que os 10 mm H2O
da coluna AB, pois o ar frio é mais pesado que o ar quente. Digamos, então, que essa coluna
de ar frio entre A’ e B’ corresponda a 15 mm H20. Assim:
Da mesma forma:
E também:
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2.5.1 Classificação dos processos de tiragem
A classificação dos processos de tiragem é feita de acordo com o tipo de aparelho que
assegura a tiragem.
a) tiragem natural;
b) tiragem mecânica.
E como já vimos, a perda de carga é que decide sobre a aplicação de cada um destes
tipos.
Caldeiras com perda de carga total até 35 mm H2O admitem a tiragem natural
com o emprego de chaminés. Daí para frente utilizam-se meios mecânicos.
Nesse caso, o fluxo é causado somente pela diferença de densidade entre os gases
quentes e o ar, conforme descrito acima (Figura 2.25). Assim, como os gases no interior da
caldeira possuem menor densidade que o ar exterior, cria-se uma depressão na entrada da
fornalha, responsável pelo suprimento de ar. Esta depressão cresce à medida que aumentam a
temperatura dos gases e a altura da chaminé. O fluxo de ar se estabiliza quando há equilíbrio
entre a depressão na entrada da fornalha e a perda de carga dos gases através da caldeira.
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Pesos específicos do
Altitude Pressão
kg
(m) (mm C.A.) ar
m3
0 760 1.293
A tiragem natural foi bastante utilizada no passado, quando a carência de tecnologia não
permitia a construção de caldeiras mais eficientes.
2 . 5 . 1 . 2 Tiragem Mecânica
A figura 2.26 mostra uma caldeira com capacidade de produzir apenas 1000 kg de vapor
por hora. No entanto, o ventilador responsável pela tiragem tem pressão de 200 mm H 2O.
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Figura 2.26 – Tiragem.
Tiragem Induzida
O impasse encontrado na tiragem natural pode ser resolvido pelo uso de um ventilador
de tiragem induzida, colocado na saída da caldeira, o qual absorve todas as perdas de carga
do sistema. Nota-se que o uso deste ventilador garante que a caldeira opere sempre com
pressões negativas, isto é, abaixo da pressão atmosférica. Essa preocupação prende-se ao
fato de que, havendo pressão negativa, qualquer vazamento do invólucro tende a infiltrar ar,
enquanto a existência de pressão positiva provocaria o vazamento de gases para o exterior
com corrosão do invólucro e contaminação da área. Por outro lado, à medida que cresce a
perda de carga no circuito de gases, cresce a depressão na fornalha, aumentando a infiltração
de ar, provocando altas perdas por elevação do excesso de ar.
Tiragem Forçada
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Tiragem Balanceada
Consiste em distribuir a energia necessária para vencer a perda de carga total dos
circuitos de ar e de gases entre dois ventiladores (ventilador + exaustor), um situado antes e o
outro situado após a caldeira, mantendo-se ligeiramente negativa a pressão na fornalha (Veja a
figura 63).
Esse tipo de tiragem toma-se atrativo, principalmente quando a caldeira possui pré-
aquecedor de ar, o que eleva em muito a perda de carga no circuito, obrigando-nos a trabalhar
com pressões elevadas na fornalha, caso optássemos por tiragem forçada; ou pressões muito
negativas, caso optássemos por tiragem induzida.
2.6 DAMPERS
Os sistemas de ventilação que operam com rotação variável são mais eficientes
(controlam a vazão sem introduzir perda de carga no processo) e menos ruidosos, porém, em
função do custo relativamente alto de implantação deste tipo de sistema, sua utilização tem se
restringido a aplicações específicas / particulares. O alto custo de energia elétrica e a queda
dos preços dos componentes eletrônicos, com conseqüente diminuição dos custos de
implantação dos conversores de freqüência (variadores de velocidade dos motores elétricos),
aumentaram a competitividade deste tipo de equipamento, viabilizando sua utilização em
aplicações para controle da vazão do ar de combustão em caldeiras e diversos outros
processos industriais.
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Os sistemas de ventilação que operam com velocidade constante geralmente são baratos
e simples, embora tendam a ser menos eficientes (controlam a vazão introduzindo perda de
carga no processo), mais ruidosos e ter menos vida útil que os sistemas que operam com
velocidade variável.
Embora o damper de saída seja mais barato que o damper de entrada, este último é mais
adequado para aplicações que tenham grandes variações de capacidade e é de manutenção
mais fácil.
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2.7 ESQUEMATIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE ÓLEO
COMBUSTÍVEL PARA CALDEIRAS MARÍTIMAS
Uma instalação moderna de máquinas, com caldeiras que queimam óleo combustível,
possui uma aparelhagem completa para o serviço de óleo, tendo em vista sua armazenagem,
condução e preparação para queima eficiente.
Essa aparelhagem consta, além dos diversos tanques, de bombas, redes, válvulas,
instrumentos de medida, aquecedores, filtros, purificadores e ralos, distribuídos pelos diversos
sistemas a bordo.
Vamos supor que se tenha retirado o óleo combustível pesado do sistema antes de sua
paralisação, e que todas as válvulas e machos estejam fechados. Consideraremos também
que as bombas de queima de óleo combustível e o aquecedor de óleo combustível N° 1 devam
ser postos em operação.
Verificar se:
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Figura 2.29 – Sistema de óleo combustível da caldeira auxiliar (Parte A).
111
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Figura 2.30 – Sistema de óleo combustível da caldeira auxiliar (Parte B)
112
Com a bomba de óleo combustível em funcionamento, deve-se regular a pressão de
operação da válvula de controle 25V019 do retorno de óleo combustível (envolvida por um
círculo laranja), a partir do controlador situado no painel de controle das caldeiras.
2.8.1 Queimadores
registro(s) de ar;
difusor ou impelidor;
maçarico(s).
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que aumenta o volume do ar secundário.
Os queimadores são projetados de tal maneira que devem dar uma forma à chama na
fornalha de modo a evitar a incidência da mesma nos refratários, tubos e suportes.
Quanto aos maçaricos, há diversos tipos, dos quais normalmente se usa, em caldeiras de
refinarias ou unidades offshore de produção:
mecânica.
a ar.
a vapor.
114
fundo da fornalha. Já a pressão mínima deve ser aquela em que não haja risco de má
pulverização e falha da chama com risco de apagamento da caldeira e retrocesso.
A mistura do vapor com o óleo combustível ocorre através de uma câmara de mistura. A
atomização a vapor, além de produzir partículas menores, mantém a temperatura do óleo na
lança, ajudando a manter a viscosidade desejada.
Os queimadores devem ter um bom desempenho, dentro de uma faixa de operação, para
atender a grandes oscilações de vazão. A faixa operacional é expressa pela relação entre os
pontos de vazão máxima e mínima do queimador. Os limites de vazão máximo e mínimo
podem provocar afastamento da chama do bico do maçarico e retrocesso da chama,
respectivamente.
É necessária uma rotina de substituição e limpeza dos maçaricos, pois com o tempo de
uso o bico do maçarico fica carbonizado, e a chama chega mesmo a falhar, por entupimento do
bico.
Durante a troca dos maçaricos, devemos calçar luvas de amianto, pois o maçarico sai
quente do queimador. Na retirada do maçarico, temos no duto do queimador a queda de uma
chapa que funciona como retenção, impedindo que a chama venha pelo duto. Por vezes, a
retenção fica presa ou demora a cair, e a chama vem para fora, podendo queimar o rosto do
operador desatento.
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Durante a limpeza do bico, devemos ter atenção com o desgaste do orifício, pois com o
tempo de uso devido à passagem de óleo, o orifício vai-se alargando, prejudicando a correta
atomização.
Tubos retos;
Tubos curvos;
Tubos em U;
Tubos concêntricos;
Tubos serpentina.
A fonte de calor para o aquecimento do óleo é o vapor vivo. O vapor passa em volta dos
tubos nos tipos de tubos retos, tubos em U e nos tubos em serpentina. O vapor passa pelo
interior dos tubos internos e exteriormente dos tubos externos no tipo de tubos concêntricos.
No tipo de tubos com alhetas o vapor passa através dos tubos internos que contém as alhetas
existentes ao longo dos tubos e o óleo passa entre o tubo interno e externo, contornando as
alhetas. Os tubos internos guarnecidos de alhetas são desmontáveis para limpeza mecânica.
É preciso ter muito cuidado com o acúmulo de água no lado de vapor do aquecedor. Se
for permitido que a água se acumule, resultará que a parte do tubo que a contiver, ficará
inoperante, reduzindo desse modo a capacidade do aquecedor. Nos aquecedores fora de
funcionamento (isolados), o acúmulo de água aumenta a corrosão, reduzindo desse modo a
vida util do aparelho. Por esse motivo, é necessário que o aquecedor disponha dos
indispensáveis acessórios de drenagem.
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A sua remoção se faz através de aparelhos denominados de ramonadores ou sopradores de
fuligem. A palavra ramonagem é de origem francesa e significa “limpeza de chaminé”
(ramonage).
A fuligem atua como meio isolante, dificultando a troca de calor dos gases com a água e
o vapor. A sua remoção periódica, tanto da zona de radiação como da zona de convecção, é
condição importantíssima, não somente na performance da caldeira como na preservação de
material desta, evitando a corrosão e a erosão. A freqüência periódica desta remoção depende
das condições operacionais e da natureza do combustível.
a) Manuais: são indicados para caldeiras flamatubulares. São constituídos por escovas
de aço (figura 2.32). Abre-se a caldeira após esfriá-la e introduz-se a escova no interior dos
tubos, removendo a fuligem.
Este sistema vem sendo aplicado mormente nos economizadores de tubos horizontais,
assegurando uma perfeita limpeza do feixe. As esferas periodicamente devem ser substituídas
porque sofrem grande desgaste.
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Figura 2.34 – Sopradores de fuligem estacionários.
Os aparelhos devem girar lentamente em torno do seu eixo, separando com o seu jato a
fuligem das paredes de tubos ao seu redor.
Durante a ramonagem deve ser aumentada a velocidade dos gases dentro da fornalha,
para permitir que a fuligem seja removida mais facilmente para a atmosfera.
A caldeira deverá também estar com uma carga mínima, para evitar qualquer
perturbação no percurso dos gases com o apagamento da chama ou ignição de mistura rica
nos gases em algum ponto da caldeira.
Por ocasião da ramonagem devemos ter atenção com o sentido do vento, pois o vento de
popa certamente irá jogar fagulhas quentes no convés o que é extremamente perigoso.
Normas de segurança existentes proíbem a ramonagem das caldeiras com os navios atracados
nos terminais de petróleo e também normas de poluição a proíbem com o navio no porto,
devido ao excesso de fumaça e fuligem provocadas pela ramonagem. Isto trazia sérias
dificuldades aos navios durante as longas estadias no porto, devido ao acúmulo de fuligem nos
pré-aquecedores de ar e superaquecedores.
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É aplicado também material químico que ao contato com o calor, provoca pequena
“explosão”, soltando as fuligens do tubo. É disponível em bastões com o nome comercial de
“soot-release”.
análise de laboratório, e;
2.11.1 Analisadores de O2
2 . 1 1 . 1 . 1 Analisadores de O 2 paramagnéticos
A maioria dos gases é ligeiramente diamagnética, isto é, não são afetados por um campo
magnético. O oxigênio, entretanto, é um dos poucos gases paramagnéticos, podendo ser
atraído por um campo. A força de atração magnética é inversamente proporcional a elevação
da temperatura.
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a ser analisado está uma derivação dirigida para a célula eletroquímica de óxido de zircônio
(ZrO), onde o gás é analisado. Uma vazão pequena, mas constante, de amostra passa por
efeito de termo-convecção, por sobre a célula e retorna ao duto de gases.
2.11.3 Opacímetro
Além dos analisadores de gases, pode ser avaliada também a qualidade da combustão
pela formação de fuligem. Esta solução leva a controlar a combustão de maneira a se obter,
constantemente o mínimo de excesso de ar possível. Isto acontece à entrada do domínio de
aparição dos não queimados, domínio que pode não corresponder, obrigatoriamente, a um teor
em oxigênio absolutamente definido.
É aquele que utiliza um filtro de papel, do qual se mede o grau de escurecimento, depois
de ser atravessado por um certo volume de fumaça à analisar. Este é o método do índice de
escurecimento ou de “Bacharach”.
120
2.12 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO TUBULÃO DE VAPOR
Após a geração nos tubos, a mistura água-vapor é conduzida ao tubulão superior para
ser separada. Esta separação influenciará diretamente na umidade residual presente no vapor
que irá deixar o tubulão e seguir para o processo. Assim, não será obtido um
superaquecimento muito eficiente de vapor com grande presença de água líquida no seio do
vapor, obtendo-se temperatura final do vapor menor que a desejada.
Como nas unidades industriais de grande porte, este vapor terá diversos usos, inclusive
acionamento de turbinas, a temperatura e pressão do vapor são fatores fundamentais na
operação adequada das mesmas. Além disto, a presença de umidade no vapor de admissão é
indesejada e até danosa para estes equipamentos. Para garantir que os aspectos anteriores
sejam contemplados quando da geração de vapor, a separação vapor-água no tubulão superior
deverá ser realizada da maneira mais eficiente possível.
Com este objetivo, o tubulão superior é dotado de dispositivos especialmente projetados
para reduzir a presença de umidade no vapor. Estes acessórios são conhecidos como internos
do tubulão (separadores de vapor) e atuam sobre o fluxo vapor-água das seguintes formas:
força da gravidade;
força inercial;
força centrífuga;
filtração;
lavagem.
Os dispositivos de funcionamento
baseados em filtração e lavagem são os
dispositivos secundários de separação de
vapor e tornam-se imprescindíveis quando da
geração de vapor em altas pressões. A
chamada “filtração” ocorre num conjunto de
placas corrugadas ou grelhas (telas) num
processo como uma peneiração. Figura 2.36 – Configurações de internos de
tubulação.
121
CAD 01
A eficiência deste processo depende fundamentalmente da área e percurso do fluxo no
acessório, do tempo de contato, e da velocidade do vapor nos elementos, que deve ser baixa.
A lavagem do vapor é indicada para a redução da sílica volátil no vapor, sendo feito pela
injeção de água ou condensado num “spray” antes da saída do vapor de um dos últimos
dispositivos primários e antes deste abandonar o tubulão. Ao entrar em contato com a água
com baixo teor de impurezas, cerca de 90% da sílica é condensada.
Vimos no capítulo 1 que pressão é a relação entre uma força e a superfície sobre a qual
ela atua.
122
Como mostra a figura acima, o Tubo de Bourdon consta de um Tubo metálico de seção
transversal eliptica, ou quase eliptica, tendo uma de suas extremidades em contato com a fonte
de Pressão e a outra extremidade fechada e ligada a uma haste que comunica seu movimento
a uma alavanca dentada e essa por sua vez, move-se em torno de um ponto fixo.
Pela aplicação de Pressão na parte interna, o tubo de Bourdon tende a tomar a forma de
um Tubo de seção circular, e então há uma distensão no sentido longitudinal, sendo que o
ponteiro se move, por intermédio da alavanca dentada, indicando no mostrador o valor da
Pressão.
Devido à elasticidade do material não ser ilimitada, esses aparelhos devem ser usados
sempre dentro dos limites de pressão para os quais foram construídos, mas também não
devem ser utilizados dentro de faixas muito menores do que as de suas limitações, pois isto
acarretaria perda de sensibilidade do tubo.
Para medir uma pressão não pulsante deve-se escolher uma faixa adequada para
que o tubo trabalhe até dois terços do limite superior. Entretanto, para uma pre ssão
muito oscilante, a pressão de serviço deve permanecer na metade do limite
superior. Para proteger os tubos de pulsações excessivas, existem vários tipo s de
"amortecedores". São restrições em várias formas, tais como Válvula agulha, p ino
pulsante, capilar, etc.
Atualmente, todas as caldeiras possuem algum tipo de controle, que dependendo das
exigências acima são mais ou menos sofisticados.
123
CAD 01
há necessidade do controle da temperatura do vapor, podendo variar livremente com a carga.
A caldeira é protegida pelo seu sistema de segurança com o objetivo de evitar avaria
permanente no seu conjunto.
124
Você sabia?
Em unidades OFFSHORE de produção há a viabilidade técnica de utilização do gás
natural, produzido pelos poços de petróleo como combustível para a caldeira. C om
isso as mesmas passaram a ter sistema de detecção de gases em um duto blindado
e com exaustão própria, por onde passam as linhas de gás para o queimador.
O sistema de detecção dos gases, possui alarme e atua no corte do sistema de
combustível (óleo e gás) da caldeira.
2.15.1 GENERALIDADES
Você pode garantir a operação e controle dos geradores de vapor pela instalação de
elementos e peças complementares as quais se denominam pertences e acessórios.
Essa válvula permite realizar a vazão de todo o vapor produzido pela caldeira. Na maior
parte das aplicações, são válvulas do tipo globo (figura 2.38), por assegurarem controle mais
perfeito da vazão.
125
CAD 01
A válvula da figura 2.39, conhecida como gaveta, aplica-se em grandes unidades, sem
responsabilidade sobre o controle da vazão.
2 . 1 5 . 2 . 2 Válvula de segurança
126
Figura 2.41 – Válvula de segurança de mola.
Na figura 2.41 apresentada, a mola pode ser interna, dentro do castelo da válvula, ou
externa, preferindo-se essa última disposição para serviços com fluidos corrosivos ou viscosos,
para que o fluido não fique em contato com a mola.
As válvulas de contrapeso são mais simples, porém não atendem aos requisitos
enunciados anteriormente. Sua vedação não impede contínuos vazamentos.
As válvulas de mola predominam nos dias de hoje. Há dois tipos de válvula de mola:
as de baixo custo;
as de alto custo.
No primeiro tipo, a pressão do vapor, atuando sobre a área do disco de vedação, abre
totalmente a válvula.
Procedimentos importantes
Na instalação deve-se:
evitar choques;
acertar o nível;
não tocar na regulagem original do fabricante.
As válvulas de segurança devem ser instaladas sempre acima do nível do líquido, para
que não sejam atravessadas por ele.
As válvulas de segurança costumam ter uma alavanca externa, com a qual é possível
fazer manualmente o disparo da válvula para teste.
127
CAD 01
Na operação:
2 . 1 5 . 2 . 4 Válvula de retenção
As válvulas de retenção podem ser: válvulas de retenção portinhola (figura 2.42) e válvula
de retenção de esfera (figura 2.43).
128
Figura 2.43 – Válvula de retenção de esfera
2 . 1 5 . 2 . 5 Válvula de descarga
Estão sempre ligadas às partes mais inferiores das caldeiras. O lodo e o material sólido
em suspensão, geralmente acumulados no fundo dos coletores ou tambores inferiores das
caldeiras, são projetados violentamente para fora da unidade quando se abrem essas válvulas.
129
CAD 01
a válvula de descarga rápida, que abre a seção plena instantaneamente, assegurando
a vazão da água com violência capaz de arrastar os depósitos internos (figura 2.45).
As dimensões dessas válvulas são padronizadas – 1 ½” – 2” até 2 ½” . As descargas
intermitentes, geralmente são projetadas no esgoto.
É uma válvula do tipo globo, cuja secção corresponde a 10 % da válvula principal. Sua
função á assegurar o suprimento de vapor para acionamento da própria caldeira, como sejam:
bombas de alimentação;
aquecimento de óleo;
injetores.
2 . 1 5 . 2 . 7 Válvula de escape de ar
Outra válvula do tipo globo que controla a saída ou entrada de ar na caldeira, nos inícios
e fins de operação. Apresentam dimensões de ¾ e 1”.
130
2 . 1 5 . 2 . 9 Corpo de nível com indicador
2 . 1 5 . 2 . 1 0 Manômetro
Indica a pressão do gerador. Sua escala deve ter pelo menos duas vezes a pressão de
trabalho do gerador. Liga-se ao corpo da caldeira, na câmara de vapor através de um sifão e
rubinete de fechamento.
O sifão mantém o manômetro afastado do contato da fase vapor, uma vez que conserva
no seu interior água condensada praticamente fria. Esse processo evita o contato do
manômetro com temperaturas elevadas.
Os manômetros devem estar instalados em local de fácil visão na frente da caldeira e ser
aferidos durante a manutenção da caldeira.
2 . 1 5 . 3 . 1 Separadores de vapor
131
CAD 01
teoricamente sem deixar escapar o vapor. Por essa razão, esses aparelhos deveriam ser
chamados, com mais propriedade, de “purgadores de condensado”. A maioria dos purgadores,
além de removerem o condensado, eliminam também o ar e outros gases incondensáveis
(CO2, por exemplo) que possam estar presentes, sendo os dispositivos de separação mais
importantes e de emprego mais comum em tubulações industriais de vapor. São empregados
em dois casos típicos:
2 . 1 6 . 1 . 1 Purgadores mecânicos
Esse purgador consiste em uma caixa com uma entrada de vapor e uma saída de
condensado. A saída do condensado é fechada por uma válvula comandada por uma bóia;
132
quando há condensado, a bóia flutua, abrindo a saída do condensado, que é expulso pela
própria pressão do vapor. É necessário que a força de flutuação da bóia seja suficiente,
através de alavancas, para vencer a pressão do vapor que tende sempre a fechar a válvula.
Para o início da operação, o purgador deve estar previamente cheio de água. A panela
fica, então, pousada no fundo, abrindo a válvula, por onde sai o excesso de água, impelida pelo
vapor quando chega. Esse vapor é lançado dentro da panela, de onde vai sendo expulsa a
água (que escapa pela saída), até que a quantidade de água dentro da panela, ficando
pequena, faz com que a panela flutue, fechando a válvula de saída. O ar contido sai pelo
pequeno furo existente no fundo da panela, por onde escapa também um pouco de vapor. O ar
acumula-se no topo do purgador, e o vapor condensa-se por saturação do ambiente.
133
CAD 01
Note-se que esse purgador precisa estar cheio de água, isto é, escorvado, para o
início do funcionamento. Se estiver seco, o vapor escapará continuamente até que
o condensado, arrastado, consiga encher o purgador e dar início aos ciclos.
Observa-se também que, durante todo o ciclo, o purgador tem sempre o selo para
impedir o escapamento do vapor.
Funcionam pela diferença de temperatura que existe, na mesma pressão, entre o vapor e
o condensado.
São utilizados para eliminar ar e outros gases que não podem ser condensáveis das
linhas de vapor de grande diâmetro.
134
Figura 2.49 – Purgador de expansão metálica.
É empregado em baixas pressões (até 3,5 mpa), principalmente quando existe grande
volume de ar a eliminar.
2 . 1 6 . 1 . 3 Purgadores Especiais
135
CAD 01
Não deve ser usado quando a contrapressão do condensado for maior que
50% da pressão do vapor.
136
Figura 2.52 – Funcionamento do purgador termodinâmico bimetálico BK 45.
2.17.1 Superaquecedores
137
CAD 01
O superaquecedor é protegido do impacto direto do calor da fornalha por uma série de
tubos chamados cortina d'água (screen tubes), ficando localizado entre os tubos da cortina
d'água e os tubos geradores.
138
Radiante: estão Iocalizados dentro da própria câmara de combustão, ou na saída
desta, de maneira que receba calor por radiação da chama ou da grelha.
139
CAD 01
Drenável: apresenta a vantagem de poder ser drenado do condensado acumulado
em seu interior, quando da parada da caldeira, evitando uma possível avaria nos
tubos durante o aquecimento inicial na partida da caldeira. Não devemos esquecer o
acúmulo de água durante um período de paralisação. Esse tipo de construção é
normalmente encontrada nos superaquecedores convectivos.
2.17.2 Dessuperaquecedores
2.17.3 Economizadores
140
caldeira, tendo os seus feixes tubulares como parte integrante do feixe tubular da caldeira, ou
podem ser adicionados na parte exterior da mesma (independente), logo após a saída dos
gases, nada tendo a ver com a caldeira propriamente dita (é um conjunto a parte). Ambos os
modelos podem possuir tubos lisos ou alhetados.
Considerações Finais
2.1) A opção que não é condizente com as funções de uma válvula de segurança,
corretamente dimensionada, é:
a) abrir totalmente a uma pressão definida, evitando o desprendimento de vapor
antecipadamente.
b) permanecer aberta enquanto não houver queda de pressão, ou seja, retorno de pressão
para as condições de trabalho da caldeira.
c) fechar instantaneamente e com perfeita vedação logo após a queda de pressão.
d) Permanecer perfeitamente vedada para pressões superiores à sua regulagem.
2.2) O elemento que protege o manômetro de uma caldeira, para que ele não tenha contato
direto com o vapor, denomina-se:
a) rubinete.
b) sifão.
c) selo.
d) soquete.
141
CAD 01
2.4) A válvula de alimentação de uma caldeira, geralmente, deve permanecer
a) totalmente fechada.
b) aliviada, isto é, ligeiramente aberta.
c) aberta a meio curso.
d) totalmente aberta.
2.5) Para produtos corrosivos, a mola de uma válvula de segurança deve ser instalada
a) no interior do castelo da válvula.
b) no interior do corpo da válvula.
c) externamente ao corpo da válvula.
d) externamente ao castelo da válvula.
2.6) Qual aparelho da caldeira é destinado a dar ao vapor saturado, proveniente do tubulão
superior, um acréscimo de calor, sem aumentar-lhe a pressão?
a) dessuperaquecedor.
b) atomizador.
c) economizador
d) superaquecedor.
142
2.11) Qual é o princípio de funcionamento dos Purgadores Termostáticos?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2.12) Quais são as razões que justificam o emprego dos superaquecedores em uma caldeira
de alta pressão?
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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2.15) Qual é o princípio que permite a tiragem natural, através de uma chaminé?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Tarefa
2.1 Além da fornalha, quais são os elementos que constituem o sistema água-vapor, numa
caldeira aquatubular de circulação natural?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
143
CAD 01
2.2 Qual é o princípio de funcionamento do sistema supracitado?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Tarefa
2.1 O modelo básico é composto do tubulão superior, do tubulão inferior e dos tubos
ascendentes (risers) e descendentes (downcomers).
2.2 O tubulão superior opera com água até seu nível médio (50%) e o tubulão inferior, afogado.
Os tubos ascendentes encontram-se voltados para o lado da fonte térmica (fornalha), enquanto
os tubos descendentes estão na posição oposta, ou seja, não recebem parcela significativa de
energia. De maneira que, a formação de vapor se dará apenas nos tubos ascendentes na face
exposta à fonte de energia (vide figura 2.1).
Teste de Auto-Avaliação
I)
2.1) d
2.2) b
2.3) a
2.4) d
2.5) d
2.6) d
II)
2.7) Tiragem é o processo que garante a introdução do ar na fornalha e a circulação dos gases
da combustão através de todo gerador de vapor, até a saída para a atmosfera.
144
2.10) São superfícies da parte da caldeira, que contêm água e vapor, isto é, são superfícies
geradoras de aquecimento.
2.11) Funcionam pela diferença de temperatura que existe entre o vapor e o condensado,
numa mesma pressão.
2.15) A chaminé promove a tiragem graças a diferença de pressão existente entre sua base e
seu topo.
2.16) Eles desarejam a água de alimentação, isto é, eliminam o oxigênio livre da superfície
dela, o que evita corrosão. Com isso, os desarejadores se constituem também, em estágio de
aquecimento da água de alimentação.
145
CAD 01
146