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T R A T AM E N T O D ’ ÁG U A E M A N U T E N Ç ÃO
Nesta Unidade você vai aprender quais são as impurezas que podem ter acesso à água
de alimentação de uma caldeira, como evitar tal acesso e quais os tratamentos que a água,
cotidianamente, deve receber.
Mantenha o entusiasmo!
V ocê sabia?
As impurezas prejudiciais que podem ter acesso ao interior das caldeiras através do
sistema de água de alimentação são:
a) sais;
207
C AD 0 1
d) oxigênio dissolvido na água de alimentação que entra no sistema devido a fugas de ar
para o interior das partes que trabalham sob vácuo, isto é, em pressões abaixo da atmosfera,
como condensadores principais, turbinas de baixa pressão e bombas de ar. Além disso, o ar é
absorvido pela água de alimentação, quando ela está exposta à atmosfera, conforme ocorre
através dos respiros dos tanques de reserva de alimentação e tanques abertos de alimentação
e filtragem, bem como através dos drenos abertos;
I - formação de incrustações;
II - corrosão ácida;
6 . 1 I M P U R E Z AS N A Á G U A D E AL I M E N T AÇ Ã O E S U AS C O N S E Q U Ê N C I AS
Este acidente pode ocorrer principalmente em sistemas, onde os trocadores de calor são
resfriados com água do mar. Estes equipamentos apresentando vazamentos no feixe tubular
contaminam a água de alimentação que é enviada a caldeira.
Estrôncio (Sr) 14
Brometo (Br) 70
Sílica (SiO2) 10
(muriático), que ataca o tubulão da caldeira e a superfície dos tubos, causando corrosão ácida,
que se manifesta pelo aparecimento de bexigas nas superfícies onde age. O efeito desse ácido
pode ser controlado, tornando-se a água da caldeira levemente alcalina, com a composição
desincrustante. Esta composição também é aplicada para reduzir a tendência à projeção,
anteriormente mencionada.
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C AD 0 1
S u l f a t o s d e m a g n é s i o e c á l c i o ( s a i s d e d u r e z a ) se precipitam no Interior
da caldeira, formando uma camada endurecida nas partes mais quentes da caldeira, isto é, no
interior dos tubos mais próximos da fornalha. Quando esta camada alcança uma espessura
próxima de uma casca de ovo, a água no interior do tubo não pode receber e transmitir o calor
da superfície metálica, com uma rapidez suficiente para manter a sua temperatura abaixo da
temperatura de fusão, resultando na queima dos tubos. A composição desincrustante é usada
para evitar a formação desta incrustação. E, a retirada desta incrustação por meio de
ferramentas mecânicas deve ser freqüente.
a menos que se concentre nos espaços mortos da caldeira, formando o ácido carbônico
(H2C03) causando assim, uma corrosão ácida. Isso pode ser evitado:
O óleo, presente na água da caldeira, causará espuma e projeção. Também formará uma
espuma fina, resistente ao calor, nas superfícies dos tubos, podendo provocar avaria nos
tubos, causada pelo superaquecimento.
O óleo aparece sob a forma de um anel oleoso, no interior do indicador de nível na altura
do nível d'água ou nos tanques de observação.
Contudo, desde que a caldeira tenha sido contaminada pelo óleo, toda água dela deve
ser descarregada por meio de vapor. Depois, deve ser cheia com uma forte mistura de água
doce e solução desincrustante. A seguir, vaporiza-se a referida mistura durante dois ou três
dias, utilizando vapor de outra caldeira, por meio de conexões próprias ou de acessórios da
válvula de extração de fundo.
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a) As temperaturas elevadas encontradas em geradores de vapor, que provocam a
precipitação de compostos cujas solubilidades são inversamente proporcionais à temperatura
da solução.
b) A concentração da água da caldeira, que faz com que certos compostos ultrapassem
sua solubilidade máxima a uma determinada temperatura, forçando a precipitação em áreas de
concentração mais elevada.
Existem três tipos de materiais, que podem formar depósitos em equipamentos geradores
de vapor, assim divididos:
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C AD 0 1
A deposição de lama ocorre após uma reação química, ou quando a
circulação de água permite ou em pontos quentes, onde pode "cozinhar"
sobre superfícies metálicas.
Estes pontos podem, por várias razões, ser prejudiciais ao gerador de vapor. A formação
rápida de vapor da superfície de transferência de calor é um fator que contribui
substancialmente para a formação de incrustações. O acumulo de lama "cozida" ou de agentes
orgânicos carbonizados ou incrustações podem também ocorrer nestes pontos quentes. Estes
depósitos fazem com que a área se torne mais sensível à perda de transferência de calor e,
portanto, mais suscetível a danos resultantes de superaquecimento.
migração de soda caustica ou íons cloretos para baixo deles, originando corrosão acentuada.
Ruptura dos tubos por fluência: o superaquecimento do metal, sob o depósito,
Na água temos como principais elementos contaminantes: oxigênio (O2), nitrogênio (N2),
dióxido de carbono (CO2), gás sulfídrico (H2S) e dióxido de enxofre (SO2). Com exceção do
nitrogênio os outros gases acarretam problemas no sistema de vapor, tais como: corrosão e
diminuição da alcalinidade. Com o aumento da pressão de trabalho dos equipamentos, a
eliminação destes gases tomou-se mais desejável, necessitando de maior controle.
O Oxigênio dissolvido na água da caldeira tornou-se uma séria causa de corrosão nas
caldeiras modernas. Nas baixas pressões e temperaturas encontradas nas caldeiras instaladas
até 1930, a corrosão resultante do oxigênio dissolvido era quase desprezível. Porém, nas altas
temperaturas em que trabalham as caldeiras modernas de alta pressão, o efeito da corrosão
aumentou tanto, que têm sido notadas avarias bastante sérias no tubulão da caldeira e na
superfície dos tubos. Portanto a água de alimentação deve ser controlada pelo aquecimento e
pelo desarejamento mecânico, o que é conseguido por meio do tanque desarejador.
Há dois tipos de corrosão por soda cáustica em caldeiras: corrosão por soda cáustica
propriamente dita e a fragilidade cáustica.
O ataque por soda cáustica ocorre quando este produto se concentra sob depósitos
porosos que se encontram em tubos das caldeiras em zonas de alta transferência de calor.
Reage com a magnetita formando ferrato e ferrito.
Água com altos teores de NaOH, independente da presença de depósitos, também ataca
o metal principalmente em locais tensionados, sendo este fenômeno conhecido como
fragilidade cáustica. Também ocorre fragilidade quando, através de pequenos vazamentos a
água da caldeira evapora deixando no local quantidades crescentes de sais.
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C AD 0 1
No primeiro caso a solução do problema veio com a evolução do tratamento de água de
caldeiras e no segundo caso com a evolução dos materiais de construção e das técnicas de
montagem e fabricação.
6 . 1. 9 F or m aç ã o d e E s p u ma e Ar r a s t e
Assim, os produtos químicos são lançados no espaço de vapor e carregados por ele. A
intensidade desta espuma depende da natureza dos compostos químicos na água da caldeira.
O problema de arraste provoca a formação de depósitos no superaquecedor, nas pás das
turbinas e no sistema de condensado, além de problemas de corrosão e erosão.
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6.1.9.2 Arraste
O arraste consiste de diminutas gotículas de água que são carregadas pelo vapor no
momento que este se desprende da superfície da água para as linhas de vapor pós-caldeira.
Em condições normais de operação, o arraste de água é uma possibilidade remota, pois os
internos do tubulão superior são projetados para evitar que isto ocorra. Entretanto, pode
ocorrer este tipo de arraste se houver:
Existe também o arraste volátil da Sílica (SiO2), que inicia a volatilização a pressão de
trabalho superior a 35 Kgf/cm2, que acompanha a água no seu estado de vapor e podendo ser
arrastado para as turbinas, causando desbalanceamento, e para os tubos do superaquecedor,
causando precipitação e incrustação.
A sílica presente na água pode volatilizar, depositando-se nas palhetas das turbinas e
nos sistemas de superaquecimento do vapor. A concentração da sílica no vapor depende da
pressão de operação e da concentração de sílica na água de caldeira.
O tipo característico de ataque ao tubo de uma caldeira pelo hidrogênio ocorre através de
várias formas sendo uma delas quando o metal exposto reage com o vapor d`água,
restaurando parte da magnetita e formando hidrogênio.
O gás metano formado, aprisionado entre os grãos de aço, exerce pressões parciais
elevadas dentro da estrutura do aço, produzindo fraturas descontínuas intergranulares até o
total rompimento.
A corrosão por hidrogênio aparece sempre associada ao ataque químico do tubo, sendo
assim uma conseqüência secundária de um processo de corrosão através de diversas reações.
215
C AD 0 1
Este fenômeno ocorre apenas em caldeiras de alta pressão, acima de 800 psi,
sendo mais perigoso que a ruptura dúctil. Em alguns casos a ruptura é
violenta podendo gerar riscos adicionais com a rápida perda de água.
6 . 2 T R AT AM E N T O D E Á G U A D E C AL D E I R A
b) a corrosão;
Já para o tratamento químico você utiliza uma mistura de produtos químicos, conhecida
como composição desincrustante (Boiler compound) que é usada na água de alimentação das
caldeiras, com os seguintes objetivos:
a) neutralizar os sais que formam ácidos na água da caldeira, isto é, mantê-la levemente
alcalina;
c) precipitar as impurezas internas, sob a forma de lama, que pode ser removida pelas
extrações de fundo e superfície;
c) Amido.
O tipo de tratamento a ser adotado para a água de uma caldeira depende da pressão e
de sua água de alimentação. Para caldeiras de baixa e média pressão, usa-se vários tipos de
tratamento como: quelatos, polímeros, conjugados e o convencional, o mais comumente usado
na indústria, abordado a seguir.
Fosfatos
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C AD 0 1
F o s f a t o T r i s s ó d i c o ( N a 3 P O 4 ) : Aumenta pH, alcalinidade parcial e total, elimina a
dureza residual.
P o l i f o s f a t o d e S ó d i o o u T r i p o l i f o s f a t o d e s ó d i o ( N a 5 P 3 O 1 0 ) : eleva bem a
alcalinidade total.
Mantendo-se o meio alcalino com hidróxido de sódio (NaOH) para garantir uma boa
precipitação do fosfato de cálcio, o magnésio é precipitado pelo hidróxido, formando hidróxido
de magnésio que é extremamente insolúvel.
Al c a l i n i da d e
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a alcalinidade existente está sob a forma de hidróxido, o que é indesejável devido à fragilidade
cáustica.
O que se deve fazer na prática é manter o VP ligeiramente maior que a metade do VM,
assegurando 'assim uma alcalinidade formada de parte por hidróxido e parte por carbonato.
Mantida esta relação, evita-se a formação de gás carbônico e a presença excessiva de
hidróxido.
Podemos realizar a remoção dos gases dissolvidos por métodos puramente químicos. Os
produtos químicos utilizados são: sulfito de sódio (Na2SO3) e hidrazina (N2H4). O Sulfito de
Sódio (Na2SO3) é utilizado em geradores de baixa e média pressão.
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C AD 0 1
Figura 6.1 – Processo de desaeração mecânica.
Este equipamento funciona como se fosse uma pequena torre de retificação, na qual a
água desce cruzando com o vapor e provocando a retirada dos gases do meio líquido, que são
expulsos por um "vent" situado no topo. A desaeração mecânica remove a maior parte dos
gases, no caso do oxigênio restando valores da ordem de 5 a 7 ppb.
Esta remoção não é suficiente para evitar os efeitos da corrosão por oxigênio, o que
obriga um tratamento químico adicional visando reduzir estas concentrações e minimizando a
ação corrosiva.
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O dióxido de carbono (CO2) é arrastado junto com o vapor da caldeira e ao dissolver-se
na água do condensado gera ácido carbônico, reduzindo a alcalinidade na água da planta de
vapor.
Para combater o CO2 e corrigir o pH da água de alimentação, usa-se normalmente
como produto a cicloexilamina e a morfolina. Estas aminas que são neutralizantes reagem com
CO2 dando bicarbonatos e protegem as linhas de vapor e condensado. As aminas podem ser
classificadas em:
A morfolina produz, por decomposição mais NH3 que a cicloexilamina. Em unidades que
possuam tubos de cobre em condensadores, recomenda-se o uso de Cicloexilamina ao invés
de morfolina se houver dificuldade em manter valores mínimos de cobre na água de
alimentação.
Sílicas
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C AD 0 1
S ólidos totais
É a soma dos sólidos em suspensão e dos sólidos dissolvidos. Os sólidos totais são uma
medida da possibilidade de formação de espuma, arraste de sílica volátil e formação de
depósitos. Supondo que o tratamento d'água está obtendo o máximo de eficiência possível, é
necessário purgar a caldeira para reduzir sua concentração. Esta purga é realizada pela
extração de superfície, que é uma purga contínua e, quando necessário pela extração de
fundo, que é uma purga intermitente; limitando assim a concentração de sólidos totais
admissíveis na água de caldeira, cujo teor tolerável é inversamente proporcional à pressão de
operação.
P ur ga
Como foi visto, durante a geração de vapor, a caldeira vai acumulando e concentrando os
sólidos que ingressam com a água de alimentação somados com os produtos químicos que
são injetados diretamente no tubulão. A concentração de sólidos deve ser mantida até o limite
permitido de solubilidade para se evitar precipitações que possam causar incrustações, arraste
de partículas ou formação de espuma.
A extração de fundo é operada (nas caldeiras que possuem tubulão inferior) quando
houver necessidade de se eliminar concentrações elevadas de sólidos que possam prejudicar
a geração de vapor. Esta é uma operação extremamente delicada, que pode, se mal realizada
causar danos aos equipamentos. Quando do momento de abertura da válvula de extração de
fundo, o equilíbrio de pressões líquido-vapor d'água no interior dos tubos é desfeito, podendo
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esvaziar alguns dos tubos de água e provocar elevações nas temperaturas de parede. Mesmo
instantâneas estas temperaturas elevadas podem estar acima dos limites de resistência do
material dos tubos, havendo possibilidade de rompimento.
O controle por coordenação tem como objetivo manter alcalina as águas de caldeiras,
utilizando fosfato trissódico (Na3PO4), com a presença de hidróxido somente decorrente a
hidrólise da água, com condições, de combater sais de Ca e Mg, sem que elas, contudo,
apresentem excesso de OH-.
Pontos situados acima da curva indicam presença de NaOH em excesso e pontos abaixo
da curva indicam presença de fosfatos trissódicos e dissódicos.
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C AD 0 1
6.2.2.2 Control e c ongruente
6.2.2.3 Hi de-out
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Na superfície dos tubos geradores de vapor de uma caldeira há sempre líquido
superaquecido, um filme que denominamos de "concentrating film", onde os sólidos dissolvidos
se concentram até alcançar certo equilíbrio. Quando a concentração de um dado sólido
exceder sua solubilidade na temperatura a que estiver exposto, ele pode se cristalizar sobre a
superfície do tubo ocultando este sólido.
Este fenômeno está sempre associado com maior ou menor produção de vapor em
caldeiras, e é reversível quando ocorre a redução da geração de vapor, onde parte do
composto sólido que sofreu “Hide-Out” é redissolvido na água. Quanto maior for a geração de
vapor maior será a ocultação dos sólidos. O aparecimento de NaOH (Hidróxido de Sódio) na
água de caldeiras em operação é ocasionado pela redução de fosfato, principalmente Fosfato
Trissódio e Fosfato Dissódio.
A concentração de fosfatos nas águas de caldeiras de alta pressão deve ser reduzida, o
que diminui consideravelmente o fenômeno de "Hide-out". Esta redução não prejudica as
caldeiras pois não há necessidade de se manter valores elevados de pH na água das mesmas,
já que a integridade da magnetita dos tubos não depende do valor pH.
Figura 6.4
6.2.2.4 Remoção de oxigêni o
Nas caldeiras de alta pressão, usa-se a hidrazina como seqüestrante químico do oxigênio
no lugar do sulfito de sódio. É um redutor poderoso e miscível na água em todas as
proporções.
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C AD 0 1
A hidrazina torna as superfícies de ferro e cobre menos suscetíveis a corrosão,
reduzindo-as a um estado passivo.
226
6.2.2.6 Purga
Ainda obedecendo ao mesmo limite citado anteriormente de 0,02 ppm de sílica no vapor,
os limites na água são os seguintes:
6.2.3.1 Cl oretos
A presença de cobre pode ser devida à corrosão provocada por oxigênio dissolvido,
amônia ou gás carbônico em condensadores, rotor de bombas, aquecedores e evaporadores,
caso sejam feitos de ligas de cobre. Na caldeira, o cobre pode depositar nos tubos na forma
metálica ou, em alta concentração no vapor, pode ocasionar depósitos de óxidos de cobre nas
turbinas, havendo consideráveis perdas de rendimentos.
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Para as caldeiras elétricas, além dos objetivos acima, há a necessidade de se atuar
sobre a condutividade elétrica da água e evitar que os isoladores sejam deteriorados. De
acordo com o tipo de caldeira estes aspectos serão mais ou menos importantes. Para o caso
da caldeira a resistores não haverá necessidade de que a água conduza a eletricidade, porque
o seu aquecimento se faz por transferência do calor gerado nas resistências. A condutividade,
portanto não é importante. Nas caldeiras a eletrodos haverá uma variação grande nos
requisitos de condutividade.
Uma caldeira a eletrodos submersos do tipo baixa tensão exige condutividade na faixa de
70 a 90 micro mho/cm. As caldeiras de eletrodos submersos com cuba superior, de 3,8 a
6,6kV, permitem condutividades entre 30 a 50 micro mho/cm, e as de 13,8kV, condutividades
de 10 micro mho/cm. As caldeiras de eletrodos submersos com contra eletrodo exigem valores
muito baixos na· faixa de 50 a 60 micro mho/cm. Para valores de 60 micro mho/cm, há
necessidade de desmineralizar a água de alimentação e de um máximo retorno de
condensado. As caldeiras de jato d'água trabalham com condutividade de até 400 micro
mho/cm não exigindo portanto a desmineralização. Condutividades muito elevadas provocam a
danificação de alguns componentes da caldeira.
6 . 3 M AN U T E N Ç Ã O B Á S I C A D E U M A C AL D E I R A – T E S T E D A Á G U A
a) alcalinidade;
b) salinidade;
c) dureza;
d) oxigênio dissolvido.
As instruções detalhadas para estes testes são dadas em publicações da diretoria de
engenharia naval e em publicações similares da marinha americana. Modernamente todos os
resultados são dados em ppm (partes por milhão) ou epm (equivalentes por milhão). Em ambos
os casos a unidade empregada é a unidade de peso. Assim, 1 ppm significa 1 de uma
substância dissolvida em 1.000.000g de água, ou 1mg da substância por litro d'água.
229
C AD 0 1
Da mesma maneira 1 epm significa um equivalente em peso da substância por milhão de
equivalentes em peso da solução. Pode-se converter ppm em epm dividindo o primeiro pelo
equivalente químico da substância considerada. Todos os resultados de análise, obtidos a
bordo podem ser expressos em epm; porém, como 1 epm de oxigênio dissolvido é igual a 8
ppm, usa-se sempre exprimir o resultado do oxigênio dissolvido em ppm, apenas para reduzir o
número de casas decimais.
Alcalinidade fenolftaleína;
Alcalinidade metilorange.
6.3.1.2 T este de pH
Exemplo: um pH 3,0 é mais ácido que um pH 6,0. Acima de pH 7,0 a solução é alcalina
ou básica e a concentração (íon de hidróxido) aumenta conforme o número de pH aumenta.
Exemplo: o pH 11,0 é mais alcalino que o pH 8,0.
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O pH de uma substância pode variar de acordo com sua composição,
concentração de sais, metais, ácidos, bases e substâncias orgânicas e da
temperatura.
Alguns exemplos
O pH da água pura é 7,
É usado para determinar a concentração total de sais solúveis na água, uma vez que os
cloretos normalmente presentes na água de alimentação são completamente solúveis, num
grau muito além das concentrações encontradas nesta água, Em virtude do caráter ácido da
água do mar, a alcalinidade da água de alimentação decresce, à medida que a concentração
de cloreto aumenta a menos que a alcalinidade seja mantida pelo tratamento correto da água.
A quantidade de cloro na água da caldeira é mantida abaixo dos limites permissíveis pelo uso
das válvulas de extração de fundo e superfície ou pela substituição completa da água da
caldeira apagada.
6 . 3. 1. 4 T est e de Du re za p el o Sa b ão
231
C AD 0 1
Teste de dureza pelo sabão
onde:
CaCO3 = carbonato de cálcio
CaO = óxido de cálcio
É usado para determinar a quantidade de oxigênio dissolvido presente na água com que
estão sendo alimentadas as caldeiras. Nas caldeiras modernas de alta pressão, com as
conseqüentes temperaturas de saturação também elevadas, a ação corrosiva do oxigênio,
sobre os tubos de aço e tubulões, é grandemente aumentada. O oxigênio dissolvido na água
de alimentação deve ser mantido num mínimo.
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Se após vinte e quatro horas for observada uma leve ação corrosiva uniforme sobre toda
a superfície imersa da lâmina de metal, a água é conveniente para o uso na caldeira. Se,
todavia, a ação corrosiva for localizada, formando manchas sobre a superfície metálica, a água
é altamente corrosiva para ser usada, e a causa deve ser determinada e remediada, antes de
usá-Ia.
6.3.2 Condutividade
Consulte 6.2.3.3
Os ácidos têm sabor azedo, como o do vinagre ou de uma fruta verde, como laranja,
abacaxi ou uva.
Note que, nesse aspecto, os ácidos mudam a cor do indicador alterado pelo
Bases são compostos que em solução aquosa produzem OH- (íon oxidrila ou hidroxila).
As bases possuem sabor cáustico (adstringente) como, por exemplo: o sabor do leite de
magnésia (hidróxido de magnésio em água).
233
C AD 0 1
Tar efa 6.1
Após realizar o teste de autoavaliação da Unidade 6, você estará pronto para estudar a
penúltima Unidade: “Prevenção de Acidentes”. Essa versa sobre retrocesso de chama,
procedimentos corretos que evitam acidentes e sobre os riscos de explosão e riscos à saúde
do operador de caldeiras.
Boa aprendizagem!
T e s t e d e Au t o - A v a l i a ç ã o d a U n i d a d e 6
6.2) O tratamento químico que deve ser procedido à água de alimentação de uma caldeira tem
finalidade de controlar: a formação de incrustação, ___________________,
_____________________ e ________________.
6.3) Os produtos químicos usados na preparação da composição de desincrustante (boiler
compound) são: __________________, __________________ e _________________ .
6.5) Os principais objetivos do tratamento da água para as caldeiras elétricas são o controle
_____________________ dela e a necessidade de evitar a deterioração dos
________________________.
6.6) O limite tolerado de cloro para água de alimentação de uma caldeira expressa é de
____________________ epm.
6.11) Os testes da água da caldeira que, cotidianamente, devem ser realizados são:
alcalinidade, ___________________, ___________________ e ___________________.
6.15) Numa amostra média de água do mar, o sal que possui maior equivalente por milhão
(epm) é o:
(a) cloreto de magnésio.
(b) sulfato de magnésio.
(c) sulfato de cálcio.
(d) cloreto de sódio.
6.16) O aparelho trocador de calor responsável pela eliminação do oxigênio dissolvido na água
de alimentação é o:
(a) destilador.
(b) aquecedor de ar.
(c) economizador.
(d) desarejador.
6.17) A contaminação da água de alimentação ocorre principalmente em sistemas onde:
(a) não há injeção de produto químico para tratamento.
(b) Não há uma inspeção regular da caldeira.
(c) os desaeradores são contaminados com água do mar .
(d) os trocadores de calor são resfriados com água do mar.
235
C AD 0 1
6.20) O grau de dureza exprime a concentração do sal de:
(a) cálcio.
(b) sódio.
(c) magnésio.
(d) potássio.
6.21) A expressão que traduz o relacionamento existente entre o grau de dureza francês e o
grau de dureza alemão é:
(a) grau F = 0,5 grau A.
(b) grau F = 0,4 grau A.
(c) grau F = 0,3 grau A.
(d) grau F = 0,2 grau A.
6.22) A expressão que traduz o relacionamento existente entre o grau de dureza alemão e o
grau de dureza inglês é:
(a) azedo.
(b) de vinagre.
(c) de uva.
(d) Cáustico.
6.26) Quanto mais alta for a concentração de sais na água de alimentação, maior será a
condutividade.
( ) Certa ( ) Errada
( ) Certa ( ) Errada
236
6.28) pH 11,0 é mais alcalino que pH 8,0.
( ) Certa ( ) Errada
( ) Certa ( ) Errada
( ) Certa ( ) Errada
6.31) O meio ácido modifica a cor do papel tornassol de vermelho para azul.
( ) Certa ( ) Errada
6.32) O meio básico faz com que a fenolftaleína transforme-se de incolor para cor violeta.
( ) Certa ( ) Errada
IV) Responda:
6.35) Quais são os distúrbios que os sais podem provocar ao terem acesso ao interior de uma
caldeira?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
237
C AD 0 1
____________________________________________________________________________
6.37) Quantas vezes uma solução de pH = 12 é mais alcalina que uma solução de pH 10? Por
quê?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
6.39) O que é o fenômeno de arraste e que fatos contribuem para sua ocorrência?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
C h a v e d e R e s p o s t a s d o T e s t e d e Au t o - A v a l i a ç ã o d a U n i d a d e 6
238
T e s t e d e Au t o - A v a l i a ç ã o
I)
6.4) Projeção
6.8) 8 ppm.
6.10) cloro.
II)
III)
6.26) certa 6.27) certa 6.28) certa 6.29) errada 6.30) errada 6.31) errada 6.32)
certa
IV)
6.33) São depósitos nas superfícies internas da caldeira, formados principalmente por
carbonato de cálcio, silicato de cálcio ou magnésio, silicatos complexos contendo ferro,
alumínio cálcio e sódio, borras de fosfato de cálcio ou magnésio e óxidos de ferro não
protetores. Estes depósitos acarretam problemas sérios, tais como: aumento do consumo de
combustível, formação de áreas propícias à corrosão e ruptura dos tubos por fluência.
6.34) Sais, fugas de óleo combustível e óleo lubrificante, oxigênio dissolvido na água de
alimentação, produtos de corrosão e excesso de composição desincrustante
6.39) O arraste consiste em diminutas gotículas de água que são carregadas pelo vapor no
momento que este se desprende da superfície da água para as linhas de vapor pós-caldeira.
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