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COQUI IFS

Curso: Técnico em Química


Professor: Francisco Luiz Gumes Lopes

TECNOLOGIA
QUÍMICA
TRATAMENTO
DA ÁGUA DE
CALDEIRA
TRATAMENTO DA ÁGUA DE
CALDEIRAS
Água Ideal
É aquela que não apresenta substâncias incrustantes,
não corrói o metal do equipamento e de seus acessórios e
que não ocasiona arraste e nem espumação.

Cada caldeira em função de sua pressão necessita de


acompanhamento em relação ao tratamento aplicado a
água de alimentação.

Maior rendimento e melhor desempenho na produção de


vapor dependem do controle de qualidade da água.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE
CALDEIRAS
 A pressão em que vai se operar a caldeira é de
suma importância, pois é ela que vai determinar
métodos para reduzir as impurezas contidas na
água

Pressão Métodos de remoção de impurezas


(kgf/cm2)

Até 40 Clarificação, filtração, abrandamento pôr troca


iônica

41 a 65 Clarificação, filtração, troca iônica e


desmineralização

Acima de 65 Clarificação, filtração, desmineralização e


desaeração
TRATAMENTO DA ÁGUA DE
CALDEIRAS

Características de águas para caldeiras em função de sua pressão:


TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
Histórico

Entre 1900 e 1917: começa uso de processos de abrandamento da água pela


precipitação de Ca e Mg.

Em 1918: a água era aquecida antes de alimentar a caldeira para eliminação do


oxigênio dissolvido.

Em 1920: Ocorre o aumento dos sistemas que reduziam os níveis de oxigênio;

Descobriu-se que as borras formadas nas caldeiras eram menos resistentes e


menos aderentes aos tubos quando as águas que alimentavam as caldeiras eram
alcalinas;

Uso de Na2CO3 para precipitação de Ca e Mg e para manter as borras


amolecidas
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
Histórico

Em 1922: começa o uso dos fosfatos, que são mais eficientes que o carbonato
de sódio na redução de Ca e Mg, e para manter as borras amolecidas.

1957: desmineralização da água – ausência de sólidos dissolvidos (Zero


Sólido, Água Pura)

1960: Uso de quelatos para manter o Ca e Mg solúveis em águas de caldeira,


evitando as incrustações, para caldeira de média e baixa pressão.

Uso de polímeros sintéticos para reduzirem a dureza e ainda combaterem a


presença de ferro e cobre, formando compostos insolúveis e inaderentes aos
tubos das caldeiras.

Surgem os tratamentos conjugados: quelatos-polímeros.


TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
 Importância da Eliminação do Oxigênio
 Mesmo concentrações mínimas são prejudiciais às caldeiras.

 Formação da magnetita (Fe3O4).

 É formada quando o ferro é aquecido em água destilada


ou vapor livre de oxigênio.
 Forma uma camada protetora, aderente ao aço,
praticamente impermeável, que protege o metal de uma
posterior oxidação.
 A magnetita pode ser destruída pelo oxigênio

4 Fe3O4 + O2 6 Fe2O3

 Importância do Controle do pH
 Condições ácidas (pH < 7,0) são corrosivas, bem como
condições altamente alcalinas (pH > 12,0).
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

Objetivos do - impedir a formação de incrustações;


- controlar e reduzir os processos corrosivos;
Tratamento Químico
- impedir o arraste de água da caldeira.

a. Incrustação
Formação de depósitos duros e aderentes sobre a superfície de troca
térmica da caldeira

É geralmente devida a compostos químicos que têm sua solubilidade


diminuída com o aumento da temperatura como sais de cálcio e
magnésio. Outros elementos que podem formar incrustações são o
ferro, sílica e o alumínio

Têm características isolantes


TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
a. Incrustação

 Reduzem a transferência de calor, elevam o consumo de


combustível, elevam a temperatura da superfície dos metais por
superaquecimento e eventuais rupturas da estrutura.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
a. Incrustação

As crostas formadas na superfície de aquecimento constituem um


obstáculo à passagem de calor da chama para a água no tubo da caldeira
INCRUSTAÇÃO EM CALDEIRAS

superaquecimento dos tubos, perda de rendimento, possível


ruptura da tubulação, maior consumo de combustível e obstrução
ao fluxo de água
INCRUSTAÇÃO EM CALDEIRAS
 VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ESCOAMENTO EM
FUNÇÃO DA TEMPERATURA

60

50

40
kg/m2

30

20

10

0
200 300 400 500 600 700 800
oC

Quanto maior for a temperatura de operação de uma caldeira,


menor será a quantidade de depósitos que ela poderá tolerar
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
a. Incrustação
Principais causas da existência de depósitos em caldeiras:
- excesso de impurezas presentes na água de alimentação,
- processo de corrosão que forma subprodutos depositantes,
- condensado ou vapor contaminados,
- tratamento químico aplicado inadequadamente

Conseqüência da presença de incrustações num gerador de


vapor:
- superaquecimento dos tubos,
- perda de rendimento,
- possível ruptura da tubulação,
- maior consumo de combustível,
-obstrução ao fluxo de água
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

controle e externamente abrandamento / desmineralização


inibição
da
incrustação internamente agentes anti-incrustantes
produtos à base de fosfatos ou de
polímeros sintéticos.

Tratamento usando fosfatos

Evita a incrustação de cálcio e magnésio.


Forma precipitados pouco aderentes à superfície de troca térmica.
Esta lama formada é eliminada através das descargas de fundo da
caldeira.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

 Tratamento usando fosfatos


 Com a adição de fosfato mais a presença de um
alcalinizante, ocorrerá a retirada dos sais de cálcio
(incrustantes). Formação da hidroxiapatita de cálcio.
6PO43  2OH   10Ca 2  3Ca3 ( PO4 ) 2 .Ca(OH ) 2

 Para o cátion magnésio pode ocorrer a seguinte


reação:

Mg 2  2OH   Mg (OH ) 2
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
 Tratamento usando fosfatos
 Existindo sílica suficiente há formação do
hidrossilicato de magnésio:

3Mg 2  2SiO32  2OH   H 2 O  2MgSiO3 .Mg (OH ) 2 .H 2 O

 A falta ou o excesso de alcalinizante ou fosfato


poderá dar condições à formação de precipitados
aderentes. Pode ocorrer:
Ca 2
 2HCO  CaCO3  CO2  H 2 O

3
Ca 2  SiO32  CaSiO3

3Mg 2  2PO42  Mg 3 ( PO4 ) 2


TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
 Tratamento usando quelatos
 Visa complexar os íons cálcio e magnésio, formando compostos
solúveis e impassíveis de sofrer incrustações nas condições de
operação.
 Os compostos pertencentes ao grupo dos quelatos utilizados em
tratamento de água de caldeira são o etileno diamino tetracetato de
sódio (Na4EDTA) e o sal sódico de nitrilo acidotriacético (Na3NTA).
 A formação dos complexos é devida a um tipo especial de ligação
química, onde o íon metálico é preso dentro da estrutura do
complexo. O agente quelante atua como um sequestrante, captando o
íon metálico que é dito sequestrado.
 Em excesso os quelatos podem causar corrosão no metal formando
um complexo com o óxido de ferro (magnetita), dissolvendo-o.
 Os quelatos se usados de maneira adequada mostram-se efetivos na
manutenção de equipamentos e na remoção de depósitos já existentes
no interior da caldeira.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

 Tratamento usando polímeros sintéticos

 São moléculas orgânicas de cadeia longa com grupos ativos


ligados a uma cadeia de unidades repetidas.

 Estes grupos ligam-se a um ponto ativo do cristal do sal que


poderia provocar incrustações, alterando seu crescimento.

 Ocorre a distorção do cristal impedindo a formação de


aglomerados de partículas e mantendo-as não aderentes.

 Pode-se considerar um programa de tratamento à base de


polímeros sintéticos como não gerador de lamas.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

 Tratamento conjugado
 O tratamento químico é dito Conjugado quando usa-se um quelato
ou fosfato junto com polímeros na água da caldeira.
 A concentração e o tipo de composto químico a ser usado
dependerá do problema verificado na caldeira, pois o
tratamento conjugado geralmente é utilizado quando o método
anterior não demonstrou eficiência.
 As borras anteriormente formadas bem como os depósitos
encontrados devem sofrer um estudo minucioso para que se possa
encontrar um quelato ou fosfato adequado a auxiliar o polímero na
solução do problema observado no gerador de vapor.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão

Corrosão em caldeiras é um processo eletroquímico que poderá


ocasionar acidentes e parada do equipamento para manutenção.

É a oxidação dos metais que compõe o sistema gerador de vapor,


geralmente provocado pela água e suas impurezas.

É função da pressão e temperatura de trabalho, tipos de


contaminantes e tratamento químico dado à água de alimentação da
caldeira.

O processo corrosivo pode se desenvolver nos meios ácido, neutro e


alcalino. O meio ácido aerado é o de maior gravidade.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão - Tipos

 Corrosão uniforme
 é a corrosão generalizada, na qual o material apresenta sua
superfície corroída de maneira uniforme em toda a sua extensão.
 pode ser verificado quando as partes metálicas da caldeira
estão em contato com uma água de alimentação que apresenta
características ácidas .
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão - Tipos

 Corrosão por pite e alveolar


 É um tipo de corrosão localizada, caracterizada pelo ataque
puntiforme do metal. Ocorre em pequenas áreas. Pode perfurar
uma chapa metálica em um período de tempo bastante reduzido.
 Nos pites a corrosão apresenta-se com profundidade maior do
que seu diâmetro. Já nos alvéolos a profundidade da corrosão é
menor que seu diâmetro.
 Uma das causas decorre da água de alimentação com
características ácidas, contendo eletrólitos dissolvidos
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão - Tipos

 Corrosão por pite e alveolar


TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão - Tipos
 Corrosão intergranular ou intercristalina
 É um processo corrosivo extremamente perigoso porque na maioria das
vezes só é detectado por micrografia.
 O efeito desse tipo de corrosão é a produção de trincas no material, que
acabam por provocar fortes rachaduras e a sua perda.

 É um tipo de corrosão que


afeta materiais como o
alumínio.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão - Tipos

 Corrosão seletiva
 Ocorre quando alguns dos componente da liga metálica é
corroído preferencialmente.
 Ocorre principalmente em função das diferenças existentes entre os
potenciais de oxidação dos diversos elementos ou compostos
presentes na estrutura da liga.

Corrosão em ferros fundidos cinzentos


TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão - Tipos

 Corrosão por esfoliação


 Ocorre com os materiais laminados, em particular o alumínio, que se
manifesta pela separação das camadas.

 Corrosão galvânica
 Pode ser encontrada em locais onde se utiliza metais dissimilares.
 O uso de metais diferentes em contato expostos a água na presença de
um eletrólito, geram um processo corrosivo onde o metal menos nobre
torna-se um ânodo, corroendo-se.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

 Ocorre portanto uma redução na espessura da chapa metálica. A


corrosão galvânica pode ser observada em caldeiras quando usa-se
tubos de ferro novos em contato com tubos de ferro antigos

 Fragilidade cáustica
 Ocorre quando a soda cáustica fica depositada sobre a parte
metálica destruindo o óxido preto de ferro (magnetita) e
conseqüentemente a superfície do metal. Normalmente a
fragilidade cáustica é observada em chapas rebitadas, juntas, uniões
ou inserções;
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão - Tipos

 Corrosão sob tensão (tipo “stress”)


 ocorre quando for criada uma tensão no metal e este for exposto à
água que contém eletrólitos dissolvidos.
 as áreas sob tensão se tornam áreas anódicas e são corroídas.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão – Agentes Precursores

Os principais elementos causadores de processos de corrosão


em caldeiras podem ser identificados como sais e gases
dissolvidos, ácidos minerais, material em suspensão e
microorganismos;.

 Corrosão devida a ácidos minerais (clorídrico, sulfúrico, nítrico,


acético, entre outros)
 Estes ácidos normalmente provém da poluição hídrica industrial. O
ataque ácido causará uma corrosão localizada nas caldeiras, geralmente
observada na forma de pites ou alvéolos.
 Este processo de corrosão ocorrerá em maior velocidade se juntamente
com os ácidos forem encontrados sais minerais;
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão – Agentes Precursores

 Corrosão devida a sais dissolvidos (sais de caráter ácido, sulfatos, sais


hidrolizáveis, sais oxidantes e bicarbonatos).
 Os mais importantes são: cloreto de magnésio (MgCl2) e o
cloreto de cálcio (CaCl2), porque estes reagem com a água
formando ácido clorídrico (HCl).
 O NaCl apresenta uma corrosão menor que a dos cloretos de cálcio e
magnésio, no entanto é um eletrólito forte, portanto, aumenta a
condutividade da água da caldeira, favorecendo o mecanismo
eletroquímico da corrosão;
 O cloreto ferroso (FeCl2) rompe a magnetita, debilitando sua
resistência e permitindo a difusão de íons através de sua película
enfraquecida.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão – Agentes Precursores
 Corrosão por álcalis
 O processo de corrosão por álcalis pode ser observado quando
o mesmo encontra-se abaixo de incrustações em zonas de alta
transferência de calor;

 Corrosão devida ao oxigênio dissolvido


 Destrói a magnetita. Visto anteriormente

 Corrosão devida ao gás carbônico


 Provoca corrosão por pontos, tanto em caldeiras, quando o pH da
água está baixo, como nas seções pré e pós-caldeira, principalmente
na linha de vapor e condensado.
 A formação de CO2 é devida a decomposição dos carbonatos na
água da caldeira e à ação do calor que decompõe os
bicarbonatos existentes nas águas naturais, precipitando os
carbonatos.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

b. Corrosão – Agentes Precursores

 Corrosão devida ao gás sulfídrico


 O H2S é originário de meios químicos (poluição) e biológicos.
 Na presença de oxigênio o gás sulfídrico pode ser oxidado a ácido
sulfúrico, dentro de certas condições de pH e temperatura, o que
atacará violentamente o ferro.

 Corrosão por dióxido e trióxido de enxofre (pH baixo)


 Ocorrerá formação de ácido sulfuroso e sulfúrico respectivamente.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

b. Corrosão – Tratamento Químico

 O oxigênio e o gás carbônico dissolvidos na água da caldeira e


um pH da água abaixo de 10 facilita o processo corrosivo.
 Com o uso de álcalis pode-se controlar o pH da água das seções
pré-caldeira, caldeira e pós-caldeira, evitando assim a corrosão.
 Para a eliminação do gás carbônico na rede de vapor usa-se
compostos voláteis que controlarão a corrosão. Tal função é
exercida pelas aminas, sendo que as mais empregadas são a
ciclohexilamina e a morfolina.
 No combate aos gases dissolvidos pode-se mencionar o uso
de desaeradores, equipamentos auxiliares ao tratamento
químico, que reduzem o teor destes gases na água de
alimentação.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão – Tratamento Químico

 Remoção química do oxigênio dissolvido pelo uso do sulfito de sódio.

Na2 SO3  1 / 2O2  Na2 SO4

 Em caldeiras que operam acima de 40 kgf/cm2, a altas temperaturas, pode


ocorrer a decomposição do oxigênio em dióxido de enxofre e ácido
sulfídrico, os quais são extremamente corrosivos.

Na 2 SO3  H 2 O  2 NaOH  SO2

4 Na2 SO3  2H 2 O  3Na2 SO4  2 NaOH  H 2 S

 Quando há produção de SO2, este se dissolve no condensado


formando ácido sulfuroso, que abaixa o pH, tornando o meio corrosivo para

SO2  H 2 O  H 2 SO3
o metal.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão – Tratamento Químico

 Uso do Sulfito de Sódio

 Nota-se que a utilização de sulfito de sódio na água da caldeira


como captador de oxigênio deve ser bem equilibrada pois
aumenta o teor de sólidos na água.

 Em caldeiras que operam a uma pressão superior a 40 kgf/cm2 o


seu uso é desaconselhável, pois exige-se descargas constantes para
a manutenção adequada da quantidade máxima admissível de
sulfato..
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão – Tratamento Químico
 Uso da Hidrazina

N 2 H 4  O2  2H 2 O  N 2

 Sabe-se que a reação acima ocorre instantaneamente em


temperaturas acima de 150°C.

 A hidrazina possui um poder redutor, transforma o Fe2O3 em


Fe3O4 (óxido preto de ferro) que age como protetor.

 O fenômeno pode ser observado também para o cobre onde o


CuO transforma-se em Cu2O.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
b. Corrosão – Tratamento Químico

 Em temperaturas acima de 200°C a hidrazina pode se decompor


em amônia:

3N 2 H 4 


4 NH 3  N 2

 Na caldeira deve-se manter praticamente nulo o teor de hidrazina e


esta deve ser controlada na água de alimentação.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
c. Arraste e Espumação
 Consistem nas principais causas de contaminação do vapor produzido
numa caldeira.
 O arraste é um fenômeno onde as partículas de água da caldeira são
carregadas para o vapor gerado, o que é extremamente indesejável.
 O arraste pode ocorrer devido a nível de água elevado,
projeto da caldeira inadequado e excesso de produção de vapor.
 Espumação é a contaminação que se verifica devido a influência
exercida pela concentração de produtos químicos.
 A formação de espuma deve-se ao excesso de sólidos totais
dissolvidos, alcalinidade total elevada, óleos e graxas, excesso de
sólidos em suspensão, detergentes e matéria orgânica.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
c. Arraste e Espumação

Arraste mecânico - Arraste

aumentos rápidos na demanda de vapor


a maior velocidade de saída do vapor
operação da caldeira com nível de água acima do recomendado pelo
projeto

Arraste químico - Espuma

a concentração excessiva de alguns compostos químicos como


matéria oleosa e orgânica, por exemplo, opõem resistência ao
fenômeno da coalescência devido ao efeito que estes compostos têm
sobre o filme superficial. O resultado disso é que em vez de se
quebrarem, as bolhas se formarão uma sobre outra, causando a
formação de espuma a tal ponto que serão arrastadas com o vapor.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

c. Arraste e Espumação

Contaminação do condensado gerado


Ocasiona: Depósitos no superaquecedor
Danos em Turbinas
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS

c. Arraste e Espumação

- Evitar variações bruscas no consumo


de vapor;
Para evitar o arraste
- Controlar adequadamente o nível de
em caldeiras deve-se:
água na caldeira
- Controlar a qualidade da água de
caldeira através de descargas

Pode ser usado um mecanismo de separação vapor-água, e deve-se manter


o nível da água da caldeira controlado pelo visor e evitar o excesso
de produção de vapor.

OBS: para caldeiras com P > 400 psi volatilização da sílica


TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRAS
c. Arraste e Espumação
ppm de Sólidos no Vapor Problemas

0 a 0,02 não

0,02 a 0,11 depósitos nas turbinas

0,11 a 1,00 depósitos nas turbinas e possíveis depósitos


no superaquecedor

> 1,00 depósitos nas turbinas e superaquecedores

Para evitar a espumação deve-se diminuir a concentração dos sólidos


dissolvidos, sólidos em suspensão, alcalinidade cáustica e matérias
orgânicas na água da caldeira por meio de descargas de fundo.
Pode-se usar um anti-espumante para resolver problemas de
espumação, principalmente quando a água contiver óleos, graxas
detergentes, etc.

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