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APRESENTAÇÃO

CURSO

FORMAÇÃO DE INSPETORES DE
EQUIPAMENTOS

MÓDULO

ASSUNTO

INSPEÇÃO DE CALDEIRAS

INSTRUTOR

JOSÉ ANTÔNIO PEREIRA CHAINHO

ALUNO

ROGÉRIO ALVES
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SUMÁRIO

Apresentação..............................................................................................................1
Sumário.......................................................................................................................2
1 – Caldeiras Industriais............................................................................................3
1.1 – Sistema de Geração de Vapor............................................................................3
1.2 – Tipos de Caldeiras...............................................................................................3
1.3 – Fatores que Aceleram a Corrosão......................................................................4
1.4 – Falhas que Podem Ocorrer em Caldeiras...........................................................6
1.5 – Prevenção de Corrosão em Caldeiras................................................................7
2 – Acidentes com Caldeiras...................................................................................10
2.1 – Acidentes a Partir da Forma Construtiva...........................................................10
2.2 – Acidentes Causados pelo Combustível.............................................................10
2.3 – Outros Tipos de Acidentes................................................................................10
2.4 – Falhas Decorrentes de Tratamento de Água....................................................11
2.5 – Falhas Decorrentes do Comportamento Humano.............................................11
2.6 – Falhas a Partir de Procedimentos Econômicos.................................................11
3 – Inspeção em Caldeiras.......................................................................................12
3.1 – Inspeção em Caldeiras Aquatubulares..............................................................15
3.2 – Inspeção em Caldeiras Flamotubulares............................................................17
4 – Regulamentação ASME para Caldeiras............................................................19
5 – Normas Brasileiras para Inspeção de Caldeiras.............................................20
6 – NR-13 para Segurança de Caldeiras.................................................................21
7 – Comentários Técnicos da NR-13......................................................................22
Bibliografia................................................................................................................26
Anexo A (Caldeiras – Especificações Técnicas).......................................................27
Anexo B (Caldeiras - Tipos)......................................................................................31
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1 – CALDEIRAS INDUSTRIAIS

1.1 – Sistema de Geração de Vapor

O vapor é o fluido depois da água mais utilizada nos processos industriais.


Pode ser usado para:

 Geração de energia decorrente da utilização do vapor superaquecido de


média ou alta pressão;

 Controle de temperatura em reações químicas;

 Auxiliar no processo de destilação;

 Aquecimento do meio ambiente na área de conforto térmico;

 Combate ao fogo;

 Agente de limpeza, e acelerador das limpezas alcalinas e áridas.

1.2 – Tipos de Caldeiras

Caldeiras são equipamentos que tem a finalidade de gerar vapor. Divide-se em


dois tipos:

Flamotubulares: Constituídas de um corpo cilíndrico contendo em seu interior


um tubo central de fogo e tubos de menor diâmetro de gases, dispostos em duas ou
mais passagens.

Aquatubulares: Constituídas de uma tubulação de vapor e uma ou mais


tubulações inferiores denominados de lama.

Em operação transformam energia potencial dos combustíveis em energia


calorífica, a qual é transformada em vapor. Os diferentes tipos de pressões são:
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 Muito Baixa Pressão até 100 psi;

 Baixa Pressão 100 a 200 psi;

 Média Pressão 200 a 700 psi;

 Alta Pressão 700 a 1500 psi;

 Muito Alta Pressão 1500 a 3209 psi;

 Super crítica acima de 3209 psi.

1.3 – Fatores que Aceleram a Corrosão

Como as caldeiras são de grande importância para as indústrias que


necessitam de vapor, o processo de corrosão deve ser controlado e evitado ao
máximo. Por esse motivo é necessário o controle e tratamento da água que é
utilizada em caldeiras, os fatores associados à corrosão são:

1.3.1 – CORROSÃO ÁCIDA GENERALIZADA

Corrosão nas superfícies internas da caldeiras resultante do uso de águas com


baixo valor de PH.

1.3.2 – CORROSÃO POR OXIGÊNIO

Aeração Diferencial: Quando a água utilizada é aerada ou a remoção de


oxigênio é incompleta ou em caldeiras fora de operação.

Fratura da Magnética Protetora: A corrosão é localizada na forma puntiforme


em decorrência da existência de pequenas áreas anódicas, junto a grandes áreas
catódicas.
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1.3.3 – CORROSÃO POR METAIS DISSIMILARES - CORROSÃO GALVÂNICA

Diferentes metais podem ser conduzidos para o interior da caldeira, quando


ionizados, complexados pela ação da amônia e/ou no estado particulado.

1.3.4 – CORROSÃO POR ÁCIDO SULFÍDRICO

A reação de gás sulfídrico com água produz ácido sulfídrico, que pode a vir se
combinar com diferentes metais formando sulfatos metálicos correspondentes.

1.3.5 – CORROSÃO ÁCIDA LOCALIZADA

Obretas: Concentração de sais ácidos ou de cloretos dissolvidos na água da


caldeira poderá nos levar aos seguintes casos:

 Sais ácidos poderão se hidrolisar sob depósitos produzindo condições de


PH baixo;

 Elevados teores de cloretos em geral na água da caldeira, poderão


concentrar-se em altos níveis sob depósitos ou fendas em meio aerado,
provocando problema semelhante ao caso anterior. A corrosão nos dois
casos se estende por toda a área onde se armazenou o ácido formado.

Soda Cáustica: É usado na água de caldeira a fim de elevar o valor de pH, para
preservação do fino filme protetor de óxido de feno magnético.

1.3.6 – CORROSÃO POR AGENTE QUELANTE

Tem características semelhantes à da corrosão cáustica. Ela ocorre quando


camadas de vapor se formam ao longo das linhas de água ou quando a evaporação
da água deixa um resíduo concentrado de quelato.
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1.4 – Falhas que Podem Ocorrer em Caldeiras

1.4.1 – FALHAS POR SUPERAQUECIMENTO

São ocasionadas por incrustações ou camadas de vapor depositadas sobre as


superfícies dos tubos das caldeiras que podem reduzir a taxa de transferência de
calor.

a) Superaquecimento por Longo Período-Provocado por Incrustações-Fluência


Ocasionada por sais minerais dissolvidos em suspensão na água de caldeiras.
Entre os problemas gerados temos:

 Aumento no consumo de combustível;

 Formação de depósitos porosos, propícios à localização de cloretos


quelantes e soda cáustica que provocam a corrosão.

b) Superaquecimento por Curto Período Provocado por Camadas de Vapor


As camadas de vapor sobre as superfícies do tubo impedem sua refrigeração
pelo seu grande poder isolante, gerando assim um superaquecimento das suas
paredes com temperaturas oscilando entre 700 e 8000 ºC, provocando assim
deformação plástica e ruptura.

1.4.2 – FADIGA TÉRMICA

Esse tipo de corrosão é resultante de esforços de tração cíclicos, que são


acelerados quando operados em um ambiente corrosivo.

1.4.3 – OCULTAMENTO HIDE-OUT

É o decréscimo de concentrações de sais minerais solúveis na água da


caldeira, tais como fosfato, sulfato, cloreto e hidróxido de sódio. Acontece em zonas
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de elevada taxa de transferência de calor. As conseqüências são a falta de


refrigeração das paredes dos tubos onde ele se estabelece.
1.5 – Prevenção de Corrosão em Caldeiras:

Consiste em:

 Tratamentos externos nas águas de alimentação;

 Tratamentos internos nas águas de caldeiras.

1.5.1 – TRATAMENTOS EXTERNOS:

a) Remoção da Turbidez e Cor para evitar que haja o aumento de depósitos nas
superfícies de geração de vapor.

b) Remoção de Ferro e Manganês é necessário fazer uma pré-cloração na água, a


fim de que o processo de oxidação do Fe e Mg seja acelerado mantendo-se um
residual de cloro de 2 ppm.

c) Remoção da Dureza pode ser obtida utilizando-se os seguintes processos:

 Recuperação máxima possível de vapor condensado;

 Utilização de hidrogênio de cálcio para o abrandamento de água com


dureza temporária;

 Utilização de ortofosfato em meio alcalino e a temperatura de 800 ºC, para


redução da dureza total a zero;

 Redução da dureza pela utilização de resinas trocadoras ou permutadoras


de íons de natureza catiônica.

d) Desmineralização
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Remoção de todos os íons de uma água por meio de utilização de resinas


catiônicas e aniônicas.

e) Remoção de Gases
Desaeração Mecânica: É feito aquecendo-se a água com vapor em
contracorrente.

Tipos de processos:

 Jateamento ou escoamento da água em uma grande superfície em contra


corrente com vapor;

 Desaeração a vácuo feito a frio por abaixamento de pressão.

1.5.2 – TRATAMENTOS INTERNOS:

Tratamento usado para remoção de oxigênio, neutralização do dióxido de


carbono, correção do pH das caldeiras. É também usado para evitar incrustações ou
depósitos nas superfícies de geração de vapor.

a) Desaeração Química
Utiliza o composto sulfito de sódio, que acarreta um constante aumento dos
sólidos dissolvidos na água, devido à formação de sulfato de sódio. É uma reação
lenta e incompleta em águas com temperatura acima de 1200 ºC, e uma reação
completa na água do interior da caldeira. Utiliza-se também Hidrazina, que com o
oxigênio produz água e nitrogênio, gás inerte que se desprende com o vapor.

b) Ataque Ácido
Consiste na alcalinização da água de alimentação, utilizando-se soda cáustica
não carbonatada e isenta de cloretos.

c) Corrosão Galvânica
É evitada com eliminação da contaminação por cobre ionizado, complexado e
no estado metálico, das seguintes maneiras:
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 Utilização de hidrazina;

 Não utilização da amônia;

 Evitar condensados ácidos, e setores de bombas feitos com bronze;

 Ser rigoroso na operação de limpeza química.

d) Ataque pelo Ácido Sulfídrico


Não utilizar água que contenha H2S e sulfito de sódio catalisado.

e) Ataque sobre Depósitos


Utilizar águas abrandadas, limitar o valor de cloretos na água de caldeira e
limitar a presença de alcalinidade hidróxido.

f) Ataque Quelante
Evitar zonas de concentração, não utilizar tratamento quelante em águas com
durezas variáveis e evitar excetos de quelantes.

g) Corrosão Sob Tensão Fraturante


Evitar alcanilidade hidróxido acima do limite indicado e áreas de concentração
junto a zonas tensionadas.

h) Corrente por Corrente de Fuga


Montar a caldeira corretamente aterrada.

i) Proteção de Caldeiras Paradas


Proteção contra a corrosão pelo oxigênio.

i.1) Proteção por Curto Período: É feita por agentes redutores como o sulfito de
sódio catalisado ou pela hidrazina ativada.

i.2) Proteção por Longos Períodos: É feita com inibidores de corrosão ou pela
proteção seca.
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i.3) Proteção Seca com Inibidores em Fase Vapor: Utiliza inibidores, que são
substâncias cristalinas como, o nitrito ou benzoato associados a bases orgânicas
voláteis.
2 – ACIDENTES COM CALDEIRAS

Os acidentes com caldeiras estão relacionados com o tipo construtivo, o


combustível utilizado em algumas caldeiras pode parecer inofensivo, porém diversas
são as causas que podemos relacionar como iniciadora dos acidentes.

2.1 – Acidentes a Partir da Forma Construtiva

Recentemente houve uma explosão de caldeira em um edifício comercial


situado na cidade de São Paulo, explosão esta que envolveu danos materiais, sem
riscos letais. Apurou-se que a causa do acidente se deu em razão de falhas no
projeto, além de que a empresa responsável pela fabricação, não ser uma empresa
metalúrgica, com equipamentos e conhecimentos necessários a fabricação de um
equipamento de tal porte e responsabilidade, faltou ainda uma série de pequenos
requisitos, pequenos no contexto e grandes ao causar um prejuízo de vulto.

2.2 – Acidentes Causados pelo Combustível

Acidentes com caldeiras em que estão presente os gases emanados pelos


combustíveis são geralmente os mais freqüentes. Tais ocorrências decorrem quase
sempre de falha humana do tipo ÞÞ, operador de caldeira que liga e desliga o
equipamento, em processo manual, sem deixar que o equipamento faça o processo
de purga da câmara de combustão.

Falha eletro-mecânica - em decorrência de defeito no relê de tempo, que


controla o sistema de purga que aciona o ventilador do sistema de combustão
responsável pela purga da caldeira.
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2.3 – Outros Tipos de Acidentes

Decorrem quase sempre da falta de manutenção de componentes diversos na


caldeira, falhas em chaves (pressostatos).
2.4 – Falhas Decorrentes de Tratamento de Água

Ausência de tratamento de água, que acabam por gerar incrustações,


impedindo assim um melhor resfriamento do material componente da caldeira, seja
ele (tubo ou chapa), provocando redução da resistência do material, determinação
assim sua fadiga já que o material tende a passar do estado elástico para o estado
plástico.

2.5 – Falhas Decorrentes do Comportamento Humano

Já tive a oportunidade de observar o erro de um operador de caldeira elétrica,


por puro diletantismo, ao procurar mostrar a um engenheiro de sua unidade, como
ele operador, podia realizar um teste hidrostático na caldeira, o fez de maneira
improvisada, sem executar qualquer preparo no equipamento tais como plugar
orifícios, sem retirar válvulas, pressostatos, enfim sem realizar qualquer preparo no
equipamento, etc. Resultado, o equipamento depois do tal teste, permaneceu cerca
de 10 dias parado para manutenção corretiva, em função do teste realizado pelo
operador da caldeira.

Poderíamos enumerar um sem números de casos onde houve prevalência do


erro ou falha humana levando a causar acidentes com caldeiras.

2.6 – Falhas a Partir de Procedimentos Econômicos

Tais como reparos inadequados (solda em espelhos), substituição de material


por motivos econômicos, outros como redução de espessura de chapas, utilizadas
nos equipamentos e outros materiais.

Já tomei ciência de um acidente, envolvendo uma caldeira geradora de vapor


de água, equipamento este importado que precisou sofrer adaptação no país, para
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trabalhar com o combustível, GLP - Gás Liqüefeito de Petróleo, no processo de


adaptação, suprimiu-se uma das duas válvulas de controle de acesso do gás, ao
queimador. Resultado, um grave acidente ocorreu.

3 – INSPEÇÃO EM CALDEIRAS

Muitas pessoas ignoram os riscos das caldeiras e poucos são os que têm
qualificação técnica para realizar essas inspeções corretamente, apesar de
devidamente habilitados. Ao longo dos últimos anos tem-se acompanhado a
evolução da segurança no país no que tange às inspeções. As caldeiras, mesmo
antes da reformulação pela qual passou a NR 13 (portaria 23 de 1994) já eram
regularmente inspecionadas.

A norma que regulamenta e torna obrigatória a inspeção em caldeiras é a NR


13. Todavia, deve-se ter em mente que a mesma é uma norma de segurança e não
de inspeção. Portanto, para que ela possa ser corretamente aplicada, faz-se
necessário que o profissional habilitado esteja familiarizado com as normas de
projeto e fabricação e principalmente com as modernas técnicas de inspeção. Para
realizar estas inspeções, o profissional habilitado deve obrigatoriamente conhecer os
modos de falha de uma caldeira. Somente dessa forma ele poderá recomendar a
realização de ensaios complementares e avaliar os seus resultados. Porém, antes
de contratar os serviços de inspeção, o contratante deve se familiarizar com alguns
itens e definições da norma, tais como:

 Profissional Habilitado (PH): é a pessoa legalmente habilitada para realizar


inspeções em caldeiras, conforme estabelecido no item 13.1.2., ou seja,
são os profissionais das áreas de Engenharia Mecânica e de Engenharia
Naval;

 Caldeira a Vapor: conforme estabelecido no item 13.1.1, é o equipamento


destinado a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica,
utilizando qualquer fonte de energia. Portanto, não se enquadram como
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caldeira: os equipamentos com serpentina sujeita à chama direta ou gases


aquecidos e que geram, porém não acumulam vapor, serpentinas de
fornos ou vasos de pressão que aproveitam o calor residual para gerar ou
superaquecer vapor, caldeiras de fluido térmico que não o vaporizam,
aquecedores de água, etc.

Outro item importante e que muitas vezes é negligenciado diz respeito ao prazo
de validade e ao tipo de inspeção a ser realizada.

A inspeção da maioria das caldeiras deve ser realizada anualmente e deve ser
constituída de exame interno e externo, conforme item 13.5.3 da NR 13. Portanto,
além de testar todos os dispositivos de bloqueio e de segurança com a caldeira em
operação, incluindo o teste das válvulas de segurança (exame externo), também
devem ser realizadas avaliações com a caldeira fora de operação, o que implica na
abertura tanto do lado d'água quanto do lado dos gases (exame interno).

Cabe também ressaltar que apenas a formação universitária, como em


qualquer outra área, não basta para que o profissional habilitado consiga realizar
avaliações mais detalhadas em caldeiras. É recomendável que o mesmo busque
cursos de aperfeiçoamento na área e que se dedique ao estudo dos modos de falha
destes equipamentos. Devido à escassez destes cursos, também é importante que o
engenheiro saiba adquirir de forma autônoma seus próprios conhecimentos.

Todavia, existem entidades às quais, tanto o engenheiro quanto o proprietário,


podem recorrer para buscar informações adicionais ou sanar dúvidas. Uma dessas
instituições é o próprio CREA, junto à Câmara Industrial. Outra entidade, única do
gênero existente no Brasil e localizada na cidade de Porto Alegre é a AEIERGS -
Associação dos Engenheiros Inspetores de Caldeiras, Vasos de Pressão e
Equipamentos Correlatos. Essa associação congrega os profissionais que atuam na
área de inspeção de caldeiras e vasos de pressão e permanece à disposição para
sanar qualquer dúvida, tanto referente aos aspectos legais da aplicação da norma
quanto técnicos.
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Dessa forma, cabe ao proprietário de caldeiras, exigir do profissional habilitado


que sejam atendidas pelo menos as exigências da norma. Por outro lado, cabe ao
profissional habilitado, zelar pela ética e buscar sempre a boa técnica na realização
de suas atividades. Lembre-se que inspeção não é "olhadinha" e que teste
hidrostático não resolve tudo.

As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica


e extraordinária. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas,
antes da entrada em funcionamento. A inspeção de segurança periódica, constituída
por exames interno e externo, pode ser executada em prazos máximos de 12 a 40
meses.

As empresas proprietárias das caldeiras podem possuir seu serviço próprio de


inspeção. Ao completar 25 anos de uso, na sua inspeção subseqüente, as caldeiras
devem ser submetidas à rigorosa avaliação de integridade para determinar a sua
vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em
condições de uso.

A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes


oportunidades:

 Sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência


capaz de comprometer sua segurança;

 Quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz


de alterar suas condições de segurança;

 Antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer


inativa por mais de 6 (seis) meses;

 Quando houver mudança de local de instalação da caldeira.

Os resultados de inspeções são lavrados em "Relatório de Inspeção”. Tendo


em vista o exposto acima e o grande número de caldeiras instaladas em
estabelecimentos que não possuem serviço próprio, a atividade de inspeção de
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caldeiras é um grande mercado para os engenheiros mecânicos e formações afins


que são profissionais liberais ou possuem empresas de engenharia.

Por que deve ser realizada a Inspeção no Equipamento:

a. Por motivos de segurança na prevenção de vidas de pessoas


(funcionários, vizinhança e outros situados no entorno da instalação da
caldeira);

b. Para atender uma obrigação legal, contida na legislação vigente, Portaria


3.214/78 do Ministério do Trabalho, Norma Regulamentadora nº 13;

c. Na preservação dos bens patrimoniais materiais da empresa.

3.1 – Inspeção em Caldeiras Aquatubulares

3.1.1 – TAMBORES, COLETORES E TUBOS – LADO ÁGUA:

 Tambores de vapor, para constatação de corrosão, incrustações,


formações de pites, ou qualquer outro tipo de redução de metal;

 Limpar sedes das juntas das bocas de visita, refazer as superfícies dessas
sedes, se for necessário;

 Inspeção dos tubos para constatação de corrosão, depósitos excessivos,


trincas devidas ao alargamento cônico e formação de pites;

 Efetuar um exame completo no lado água e examinar a formação de


incrustações.

3.1.2 – TAMBORES, COLETORES E TUBOS – LADO FOGO:


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 Superfícies externas dos tambores para detecção de indícios de


vazamentos na mandrilhagem dos tubos, constatação de corrosão/erosão
causada por poeiras de cinzas e superaquecimento;

 Condição do isolamento térmico externo do tambor;

 Inspeção dos suportes dos tambores, para comprovação das condições de


expansão e flexibilidade dos suportes;

 Inspecionar todas as válvulas e tubulações para detecção de vazamentos;

 Examinar visualmente os tubos das paredes d’ água;

 Superfícies externas de todos os tubos, para constatação de corrosão


erosão, depósito, empolamentos e depressões;

 Tubos das zonas dos sopradores de fuligem, para constatação de sinais de


incidência de vapor;

 Superfícies externas dos coletores, para constatação de vapor;

 Superfícies externas dos coletores, para constatação de corrosão, erosão


e condições de isolamento.

3.1.3 – REFRATÁRIOS, INVÓLUCROS E CHICANAS:

 Tijolos, peças moldadas e concretos refratários, detecção de afrouxamento


ou solturas, lascamento ou ausência de peças ou trechos;

 Tremonhas de fuligens e de cinzas, para constatação de refratários


eroditos;

 Condições de deterioração das peças refratárias do queimador e detecção


de indícios de incidência de chama;

 Condições dos suportes de aço, onde forem visíveis;

 Superfícies externas do invólucro da fornalha, para verificação de dobras,


rupturas ou abaulamento das chapas;
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 Condições de todas as peças de refratamento e calafetagem das chicanas,


com atenção particular para indícios de vazamento e condições dos
suportes.

3.1.4 – SOPRADORES DE FULIGEM:

 Examinar o alinhamento de todos os suspensores dos sopradores de


fuligem e o aperto dos parafusos de fixação desses suspensores;

 Examinar os elementos sopradores de fuligem para constatação de


deformações, desgastes dos suspensores, atritos dos tubos, condições
dos bocais dos elementos, rupturas ou trincas;

 Posições dos elementos sopradores de fuligem, para detecção de sinais de


incidência de vapor nos tubos;

 Examinar cada soprador de fuligem, para comprovação do arco de


sopragem e do sentido de rotação.

3.1.5 – CAIXA DE AR:

 Reguladores de fluxo de ar e as palhetas na caixa de ar, para constatação


de corrosão e erosão;

 Examinar mecanismo de operação dos reguladores de fluxo de ar e das


palhetas;

 Isolamento térmico da caixa de ar.

3.1.6 – QUEIMADOR:

Defletores, bicos e suportes, para constatação de erosão e corrosão.

3.2 – Inspeção em Caldeiras Flamotubulares


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3.2.1 – CÂMARA DE COMBUSTÂO:

 Inspecionar tijolos e demais refratários, para constatação de queima,


lascamentos, erosão e deterioração;

 Examinar partes metálicas da câmara de combustão, para constatação de


abaulamento e depressões.

3.2.2 – TUBOS - LADO GÁS:

 Limpar e examinar tubos lado gás, observar quantidade e o volume dos


depósitos de fuligem, como um exame das condições de operação do
queimador;

 Inspecionar os passes iniciais dos tubos, para detectar indícios de


superaquecimento;

 Inspecionar tubos, para detecção de vazamentos;

 Limpar e inspecionar os refratários no lado do gás, nos tampos da caldeira,


para constatação de refratários queimados e lascados;

 Examinar as extremidades mandrilhadas dos tubos, para detecção de


trincas e indícios de vazamentos de água.

3.2.3 – TUBOS E CASCO LADO ÁGUA:

 Incrustações e corrosão nos tubos;

 Incrustações e corrosão nos espelhos;

 Incrustações e corrosão nos estais e reforços;

 Limpar o lado da água e recolher amostras de incrustações excessivas,


para análise e determinação do tratamento químico posterior;
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 Abaulamentos, depressões ou empenamentos de tubos e espelhos devido


ao superaquecimento ou zonas quentes localizadas.

4 – REGULAMENTAÇÃO ASME PARA CALDEIRAS

O ano de 1865 ficou marcado na história da navegação norte-americana por


um dos maiores acidentes navais de que se tem notícia no mundo. O barco a vapor
Sultana afundou no Rio Mississipi, causando a morte de cerca de 1800 pessoas. O
principal motivo para o número recorde de mortes foi à explosão de uma de suas
caldeiras.

Acidentes de graves proporções como este levaram ao desenvolvimento de


uma legislação específica nos Estados Unidos. Foram criados códigos de fabricação
e inspeção para caldeiras e vasos de pressão, como o 2004 ASME - Boiler and
Pressure Vessel Code, cujo objetivo principal é garantir a segurança de
equipamentos que utilizam caldeiras e vasos de pressão.

O código ASME (The American Society of Mechanical Engineers) para


caldeiras e vasos de pressão, foi elaborado a partir da necessidade de se fixar
regras para o projeto, construção, operação e manutenção destes equipamentos,
cuja principal função é estabelecer critérios de segurança ligados à sua fabricação e
inspeção. A coletânea do código pode ser adquirida separadamente.

Nos EUA, as leis que regulamentam esses procedimentos industriais indicam


que as empresas do setor devem seguir as regras do código ASME. A razão é
simples: ele é bem elaborado e sempre atualizado a partir de estudos criteriosos,
para garantir a segurança de operadores e equipamentos das indústrias dos vários
setores que trabalham com vasos de pressão e caldeiras. No Brasil, o Ministério do
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Trabalho sempre manifestou sua preocupação com a segurança de operadores e


equipamentos, regulamentando e normatizando sua inspeção e operação.

Os equipamentos aos quais o código ASME se aplica estão presentes em


vários setores da indústria: petrolífero, siderúrgico e também em usinas e outras
instalações do ciclo nuclear. No país, existem algumas organizações credenciadas
para aplicação de diversas seções do código relativo à área convencional.
5 – NORMAS BRASILEIRAS PARA INSPEÇÃO DE CALDEIRAS

A inspeção da caldeira, obedece a parâmetros estabelecidos na:

NBR 12177 - Inspeção de Segurança de Caldeira Estacionária Aquatubular e


Flamotubular a Vapor.

NBR 11096 / TB 373 - Caldeiras estacionarias aquatubulares e flamotubulares


a vapor terminologia.

NBR 12177-1 - Caldeiras Estacionárias a Vapor - Inspeção de Segurança


Parte-1 - Caldeiras Flamotubulares.

NBR 12177-2 - Caldeiras Estacionárias a Vapor - Inspeção de Segurança


Parte-2 - Caldeiras Aquatubulares.

NBR 13.203 - Caldeiras Estacionárias Elétricas a Vapor - Inspeção de


Segurança.
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6 – NR-13 PARA SEGURANÇA DE CALDEIRAS

O atendimento à norma regulamentadora NR-13 do MTE - Ministério do


Trabalho e Emprego é condição legal para se operar Caldeiras e Vasos de Pressão
em toda e qualquer unidade industrial ou em outro ambiente.

13.5.1 – As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial,


periódica e extraordinária, sendo considerada condição de risco grave e iminente o
não atendimento aos prazos estabelecidos nesta NR.

13.5.6 – Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subseqüente,


as caldeiras devem ser submetidas à rigorosa avaliação de integridade para
determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso
ainda estejam em condições de uso.

A sua implementação, além de ter um caráter legal, é também uma


contribuição significativa para o estabelecimento de uma política de segurança das
empresas, no que se refere a ter, de MODO SEGURO e CONFIÁVEL, as suas
unidades operando.

13.10.1 – Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança


inicial, periódica e extraordinária.

13.10.3.4 – Quando for tecnicamente inviável e mediante anotação no "Registro de


Segurança" pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, o teste
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hidrostático pode ser substituído por outra técnica de ensaio não-destrutivo ou


inspeção, que permita obter segurança equivalente.

A abrangência da inspeção de segurança periódica bem como as técnicas a


serem utilizadas deverão ser definidas pelo "Profissional Habilitado", com base no
histórico do vaso de pressão e nas normas técnicas vigentes.

7 – COMENTÁRIOS TÉCNICOS DA NR-13

13.1 - Caldeiras a Vapor - Disposições Gerais

13.1.1 – Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular


vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia,
excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de
processo.

13.1.2 – Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:

a. Válvula de segurança, com pressão de abertura ajustada em valor igual ou


inferior a PMTPA - pressão máxima de trabalho permitido admissível;
b. Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
c. Injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema
principal em caldeiras a combustível sólido;
d. Sistema de drenagem rápida de água em caldeiras de recuperação de
álcalis;
e. Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que
evite o superaquecimento por alimentação deficiente.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS
23

O vapor pode ser usado em diversas condições tais como: baixa pressão, alta
pressão, saturado, superaquecido etc. Ele pode ser produzido também por
diferentes tipos de equipamentos nos quais estão incluídas as Caldeiras (com
diversas fontes de energia).

As caldeiras, têm características próprias quanto ao processo de fabricação e


ainda quanto ao combustível utilizado.
Para efeito da NR-13 serão considerados como “caldeiras” todos os
equipamentos que simultaneamente geram e acumulam, vapor de água ou outro
fluido. Unidades instaladas em veículos, tais como: caminhões e navios deverão
respeitar esta norma regulamentadora nos itens que forem aplicáveis e para os
quais não exista normalização ou regulamentação mais específica.

Caldeiras Geradoras de Vapor de Água é o termo que define equipamento para


gerar vapor utilizado em processo industriais de geração de energia, processos
industriais de aquecimento, outros, etc.

Não deverão ser entendidos como caldeiras os seguintes equipamentos:

1º. Trocadores de calor do tipo Reboiler, Kettle , Refervedores, TLE , etc., cujo
projeto de construção é governado por critérios referentes a vasos de
pressão;

2º. Equipamentos com serpentina sujeita a chama direta ou gases aquecidos


e que geram, porém não acumulam vapor, tais como: fornos , geradores
de circulação forçada e outros;

3º. Serpentinas de fornos ou de vasos de pressão que aproveitam o calor


residual para gerar ou superaquecer vapor;

4º. Caldeiras que utilizam fluido térmico e não o vaporizam.

13.2 – Instalação de Caldeiras a Vapor


24

13.2.1 – O Projeto de Instalação de caldeiras a vapor, no que concerne ao


atendimento desta NR, é de responsabilidade do Profissional Habilitado, conforme
citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e
meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições
legais aplicáveis.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Sempre que na elaboração do projeto o Profissional Habilitado solicitar a


participação de profissionais, especializados e legalmente habilitados, estes serão
tidos como responsáveis na parte que lhes diga respeito, devendo ser explicitamente
mencionados como autores das partes que tiverem executado.

O Projeto de Instalação deverá conter todos os documentos, plantas,


desenhos, cálculos, pareceres, relatórios, análises, normas, especificações relativas
ao projeto, devidamente assinados pelos profissionais legalmente habilitados.

13.3 – Segurança na Operação de Caldeiras

13.3.9 – Todo operador deve cumprir um Estágio Prático na operação da própria


caldeira que irá operar, o qual deverá ser Supervisionado, documentado e ter
duração mínima de:

a. Caldeiras categoria "A" : 80 (oitenta) horas;


b. Caldeiras categoria "B" : 60 (sessenta) horas;
c. Caldeiras categoria "C" : 40 (quarenta) horas.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

A empresa ou estabelecimento deverá arquivar ou reunir os documentos e


emitir os certificados que comprovem a participação de seus operadores no referido
estágio.
25

Caso um operador, treinado de acordo com esta NR, necessite operar outra
caldeira, deverá freqüentar estágio prático na nova caldeira que irá operar, mesmo
que a nova caldeira seja da mesma categoria que a anterior.

No caso de instalações onde o operador deve operar caldeiras diferentes é


exigido um estágio prático para cada caldeira. Ex.: Uma instalação com uma caldeira
a óleo Categoria "A" e uma Caldeira elétrica Categoria "C", serão necessárias 80
horas de estágio para a primeira e mais 40 horas de estágio para a segunda,
totalizando 120 horas de estágio.

13.5 – Inspeção de Segurança de Caldeiras

13.5.7 – As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser


inspecionadas periodicamente conforme segue:

a. Pelo menos uma vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca,
em operação, para caldeiras das categorias “B” e “C”.

b. Desmontando, inspecionando e testando, em bancada as válvulas


flangeadas e, no campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as numa
freqüência compatível com a experiência operacional da mesma, porém
respeitando-se como limite máximo o período de inspeção estabelecido no
sub item 13.5.3 ou 13.5.4, se aplicável, para caldeiras de categorias “A” e
“B”.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

A alínea “a” deste subitem determina o acionamento manual da alavanca e


portanto torna obrigatória a existência de alavanca em válvulas de segurança
instaladas em caldeiras de categorias “B” e “C” .

As exigências deste subitem têm fundamentação técnica no código ASME


Seção I (Caldeiras) e na Norma ANSI/NB-23, National Board Inspection Code,
reconhecidos internacionalmente.
26

BIBLIOGRAFIA

LIMA, Antônio C., Trabalho de Processos Unitários da Indústria Química I.


UFRRJ, Novembro de 1996.

PORTARIA 3.214/78, Publicação Ministério do Trabalho, Norma Regulamentadora nº 13.


Caldeiras e Vasos de Pressão.

RITTER, Engº Marco A., Trabalho do Conselho Representante, AEIERGS.

MORAES, Carlos H., Trabalho de Engenharia Mecânica, UNIMEP.


27

ANEXO A

CALDEIRAS – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Caldeira à Vapor

É um equipamento exigente. Quer água tratada, operador experiente, inspeção


diária e dispositivos de controle e segurança.

Manutenção corretiva e preventiva; Projetos, montagens e instalações; Geração,


distribuição e controle de vapor; Montagens: tubulação, refratários, isolamento
térmico, acessórios de controle e segurança e equipamentos auxiliares.

Limpeza interna; Retubulação; Tubos DIN e ASTM.

Inspeção de Segurança NR-13/MTB e NBR 12177/92 - ABNT, Portaria 3.214 de


08/06/78 do MTB. e 23 e 27/12/94.

Reconstituição de prontuários.

Regularização de casa de caldeiras.

Projeto alternativo.
28

Sistemas de combustão, controle e segurança para utilização de gases combustíveis


em processos de baixa / alta temperatura - NB - 1397/91 - ABTN.

Válvulas de Segurança - NB - 284/76 - ABTN.

Caldeiras estacionárias aquatubular e flamotubular a vapor - TB - 373/90 - ABTN.

Determinação da vida Remanescente (ao completar 25 anos de uso) da caldeira.


VS

Caldeira geradora de vapor saturado opera com óleo diesel, ás


GLP ou canalizado.

Utiliza sistema de combustão com queimador monobloco.

Totalmente automática e segura.

Não requer chaminé elevada para seu funcionamento.

Fabricada até 600 Kg/h com pressões de 8 ou 10 Kg/cm2.


29

Gerador Automático de Vapor

01 - Tubos de chama do segundo passe mandrilhados e rebordeados.


02 - Caixa de fumaça dianteira com amplo acesso para permitir limpeza dos tubos
de chama do segundo e terceiro passe.
03 - Eletrodo de segurança que desliga a caldeira quando na falta da água e
defeito no eletrodo de segurança do controle de nível.
04 - Isolamento térmico envolvendo toda a caldeira em lã de rocha revestida com
chapa de aço lisa, pintada.
05 - Defletor interno impedindo o arraste de água com o vapor.
06 - Entrada de água com calha de distribuição.
07 - Bocas de inspeção para acesso a parte interna da caldeira.
08 - Câmara de retorno dos gases, refrigerada à água para evitar a perda do
calor.
09 - Caixa de fumaça traseira com aberturas para limpeza e acesso aos tubos de
chama do terceiro passe.
10 - Porta de inspeção dos gases com acesso a câmara de retorno, câmara
combustão, tubos do segundo passe.
30

11 - Tubos do terceiro passe dos gases (mandrilhados e rebordeados), utilizando


o calor residual da combustão.
12 - Diâmetro da câmara de combustão que garante queima total.
13 - Grau de eficiência do sistema de combustão é de 91% e a eficiência total é
de 88% a 89%.
14 - Opcional: Bocal do queimador com refrigeração a água, resultando menor
temperatura junto ao defletor.

Caldeiras AR-4N
31

ANEXO B

CALDEIRAS - TIPOS

Caldeira Vertical Caldeira Elétrica ou a Gás Caldeira Horizontal Caldeira Elétrica

Instalação típica de Caldeira Flamotubular


32

Instalação de uma Caldeira de Recuperação de Calor

Caldeira de Recuperação

Caldeira de Recuperação Caldeira de Recuperação


33

Caldeira de Recuperação Caldeira de Recuperação Caldeira tipo Flamotubular

Caldeira a lenha do tipo Flamotubular com fornalha de Caldeira Flamotubular


tubos, para aumentar o rendimento e produção de vapor
fornalha conhecida como parede de água

Caldeira Aquatubular Caldeira Flamotubular


34

Caldeira tipo Flamotubular Caldeira Elétrica

Desenho representando uma Caldeira utilizada na Europa - século passado


parede de água de Caldeira

Caldeira utilizada em usina de energia elétrica Caldeira utilizada em processo de refinaria


35

Trabalhador operacionalizando Caldeira em usina de processo

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