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1 - INTRODUÇÃO.
A tecnologia do lado fogo vem sendo usada a mais de 40 anos para inibir a formação de escória
em caldeiras e incineradores. A tecnologia original envolvia a adição de compostos óxidos ao
combustível para evitar a deposição. Esta abordagem de tratamento é utilizada até os dia de hoje.
A aplicação de aditivos do lado da queima varia com o tipo de combustível queimado. Em geral,
usam-se aditivos líquidos para combustíveis líquidos e aditivos sólidos finamente pulverizados
para combustíveis sólidos.
Durante a combustão, estes inorgânicos formam compostos que, ou são sólidos inertes, ou são
removidos pelo sistema de remoção de cinzas. Outras partículas, entretanto, aderem-se as
superfícies da caldeira, formando depósitos. Estes depósitos são conhecidos como escória.
Muitos dos compostos inorgânicos apresentam pontos de fusão baixos e tendem a formar
escória. Dependendo do modelo da caldeira, os inorgânicos podem ou não ter efeito significativo
sobre a operação da mesma. A maioria das caldeiras, entretanto, é operada além da capacidade
específica para o seu projeto, ou queimam combustíveis que não atendem as especificações do
modelo, na tentativa de reduzir os custos operacionais. Estas praticas tornam as caldeiras mais
susceptíveis a deposição devido a compostos inorgânicos presentes no combustível.
À medida que se acumulam depósitos de cinza nas superfícies da caldeira, a passagem de gás
através da caldeira pode ser bloqueada. Este bloqueio limita a produção de vapor, podendo
ocasionar o bloqueio da fornalha. O tratamento do lado fogo é aplicado com a finalidade de
elevar a temperatura de fusão da cinza, de maneira que os depósitos não se solidifiquem e se
acumulem. A aplicação apropriada de tratamento do lado do fogo ajuda a minimizar as paradas
das caldeiras.
Em uma aplicação é essencial o uso do aditivo apropriado do lado fogo, para se obter bons
resultados. Como mencionado anteriormente, a seleção de um aditivo para o lado fogo, depende
do tipo de combustível a ser queimado. Além disso, é útil saber que orgânicos estão presentes no
combustível, visto que contribuem para a formação de escória. Análises do combustível e dos
depósitos, ajudam na seleção do produto.
2 - FORMAÇÃO DE ESCÓRIA.
Existem opções para minimizar a formação de “escória e fouling” na caldeira. Estas opções
incluem:
- Diminuição da temperatura de saída do gás de combustão.
- Mudança para um combustível contendo menos orgânicos , com baixo ponto de fusão.
- Condicionamento da cinza com um aditivo para elevar a temperatura de fusão da cinza.
Durante a operação normal é difícil mudar de combustível ou mudar a taxa de ignição do forno,
mas é fácil condicionar a cinza, antes que produza impacto sobre as superfícies do forno. Este
condicionamento tem sido feito com sucesso por meio da adição de sais de metais com
temperatura de fusão elevada, tais como magnésio, titânio, sílica, manganês e alumínio durante
este processo.
3 - PROTEÇÃO FÍSICA.
4 - PROTEÇÃO QUÍMICA.
O fornecimento de proteção química é feito por intermédio de aditivos com temperaturas de fusão
da cinza muito elevadas. Os aditivos de combinam com depósitos, formando sólidos friáveis,
facilmente removíveis durante a operação ou paradas da caldeira. As temperaturas típicas de
fusão da cinza para aditivos metálicos são as seguintes:
5 - CINZA DE IMPACTO.
Ocorre corrosão de alta temperatura nas fornalhas quando a temperatura do tubo de metal está
entre 550 F e 650 F. Neste caso, os depósitos nas superfícies do tubo não fornecem nenhuma
barreira ao mecanismo de corrosão, aparece corrosão sob os depósitos à medida que estas se
formam. Este tipo de corrosão é frequentemente denominado de corrosão sob depósito.
A corrosão em alta temperatura pode ser muito agressiva, podendo ocasionar falhas do tubo. A
aplicação de um aditivo contendo magnésio, do lado fogo, minimiza a corrosão. O magnésio
reage com qualquer SO3 presente no gás de combustão e depósitos formados nas superfícies do
tubo. Após a reação, o SO3 não consegue mais formar depósitos corrosivos com os álcalis do
combustível.
O vapor de ácido sulfúrico é formado pela reação do SO3 com a água vaporizada do gás de
combustão. As seguintes variáveis afetam tanto a temperatura do ponto de orvalho quanto a
formação de ácido sulfúrico.
- Excesso de ar.
- Teor de umidade do gás de combustão.
- Concentração de enxofre no combustível.
- Temperatura da chama adiabática na zona de chama.
É difícil determinar se está ocorrendo corrosão da extremidade fria da caldeira, enquanto esta
estiver operando. Normalmente, não existe indicação de corrosão da extremidade fria até ocorrer
uma falha, ou durante a inspeção anual do lado fogo da caldeira. A realização de uma pré-revisão
do sistema da caldeira pode ajudar a determinar se a corrosão da extremidade fria poderia ser um
problema. Uma pré-revisão consiste das seguintes etapas: