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PROJETOS INDUSTRIAIS
PROCESSO INDUSTRIAL
SIDERURGIA
AULA 1 - REDUÇÃO
COMINUIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
1. Preparo da carga;
2. Queima da carga em uma grelha;
3. Resfriamento, britagem e peneiramento, visando obtenção de dois
produtos:
RESFRIADORES DE SÍNTER
A temperatura do sínter, ao deixar a máquina é de 700 – 800º C e deve
ser reduzida a menos de 120º C, evitando a deterioração das correias
transportadoras de borracha que o levarão aos silos de alto forno.
A pelotização possibilita:
Pelotamento:
• Formação de pelotas cruas;
• Classificação de pelotas cruas.
Processamento térmico:
• Queima das pelotas cruas;
• Peneiramento e estocagem de pelotas queimadas.
Preparo da matéria-prima
COALESCÊNCIA
RECOBRIMENTO
CINÉTICA DE PELOTIZAÇÃO
EQUIPAMENTOS DE PELOTAMENTO
Estes fornos são aquecidos por um gás, o qual é injetado em uma rede de dutos
e estes por sua vez, são conectados aos regeneradores, que alimentam dois
fornos de coqueificação adjacentes. Estes regeneradores são construídos de
tijolos refratários de sílica-aluminoso. Sua função é absorver calor dos gases
queimados e, posteriormente, ao inverter o fluxo dos gases, eles servem para
aquecer o ar que irá ser usado para combustão.
O número de fornos numa bateria é bastante variado e pode chegar a ter 200
fornos, e cada forno tem portas removíveis para possibilitar a retirada do coque
incandescente com o uso da máquina desenfornadora.
DESENFORNAMENTO
Quando não sai mais matéria volátil, então, o coque está pronto e deve ser
desenfornado. As 2 portas são abertas e por uma delas é introduzido o êmbolo
empurrador, que empurra o coque para fora, pela outra porta, de modo que o
coque incandescente cai dentro de um vagão de transporte.
Coque incandescente
A – pouco depois do carregamento,
pronto para ser descarregado B – cerca de metade do ciclo de coqueificação,
C – coalescência final (máxima pressão de coqueificação).
Julio Rezende juliorezende@ucl.br
Coqueria
FORNOS DE CÂMARAS COM RECUPERAÇÃO DE SUB-PRODUTOS
(BY-PRODUCTS COKE RECOVERY)
Altos Fornos
PARTES QUE COMPÕEM O ALTO-FORNO
• Cadinho – é a parte mais baixa do alto-forno. Sua função é coletar o
gusa e, por cima deste, a escória à medida que se forma.
• Rampa – está colocada sobre o cadinho e tem a forma tronco-cônica. É
a zona de fusão dos materiais.
• Ventre – região cilíndrica sobre a rampa. Em alguns altos-fornos não há
ventre, a rampa une-se diretamente à cuba.
• Cuba – tem a forma de uma grande seção tronco-cônica, com a base
maior apoiada sobre o ventre (ou o cadinho).
• Goela – é a parte que está localizada acima da cuba. É revestida internamente
de placas de desgastes que protegem o refratário do impacto da
carga durante o enfornamento.
• Topo – está localizado na parte superior do forno, onde se localizam os
dispositivos de carregamento (cone grande, cone pequeno, distribuidor,
dutos de gás, portas de explosão, sangradouros) e as plataformas de
acesso a todos esses equipamentos.
Altos Fornos
PARTES QUE COMPÕEM O ALTO-FORNO
• Ventaneiras – está localizada a 1/3 do cadinho. Seu número depende
do diâmetro do forno. São feitas de cobre eletrolítico. Como estão expostas
as temperaturas mais altas utiliza-se água de caldeira em recirculação
para sua refrigeração. É pelas ventaneiras que é insuflado o ar
pré-aquecido para a queima do combustível, a fim de fornecer calor às
reações químicas e fusão do ferro.
Altos Fornos
PARTES QUE COMPÕEM O ALTO-FORNO
• Ventaneiras
Alto forno
RACEWAY - ZONA DE COMBUSTÃO
C + O2 CO2
Alto forno
RACEWAY - ZONA DE COMBUSTÃO
(FeO)(e) + C Fe + CO
SiO2 + C [Si] + CO
(MnO) + C [Mn] + CO
P2O5 + 5C 5[P] + 5CO
CaO + S + C (CaS) + CO(g)
Alto forno
REAÇÕES QUÍMICAS / ZONA
REAÇÕES DA ZONA DE RESERVA TÉRMICA
Fe2O3 + CO 2FeO + CO2
Fe3O4 + CO 3 FeO + CO2
FeO + CO Fe + CO2
(2CO CO2 + C)
Alto forno
Os regeneradores são as
instalações responsáveis pelo
aquecimento do ar alimentado
nas ventaneiras do alto-forno. A
temperatura do ar fica entre
900°C e 1350°C. Os
regeneradores (“cowpers”) são
fabricados com tijolos cerâmicos
e podem possuir câmaras de
combustão internas ou externas.
Altos–fornos com capacidade de
até 4000 toneladas/dia possuem
3 regeneradores. Acima desta
capacidade são empregados 4
regeneradores. O combustível
empregado nos regeneradores é
uma mistura do gás resultante
da operação de coqueificação
do carvão (gás de coqueria) e
do gás que sai pelo topo do alto-
forno (gás de alto-forno).
Julio Rezende juliorezende@ucl.br
Treinamento
ALTO FORNO
REGENERADOR COM CÂMARA DE COMBUSTÃO INTERNA
Alto forno
TOPO DO ALTO-FORNO
O “Topo”, compreende a região que é a “porta de entrada” das cargas sólidas no interior
do Alto-Forno.
1- SISTEMA DE CARREGAMENTO
Companhia Siderúrgica de Tubarão
Alto forno
SISTEMA DE CONTROLE DE PRESSÃO
b) Turbina de topo: Instalada como um by-pass da Septun Valve , opera fazendo o controle da
pressão do topo, aproveitando o gás para geração de energia elétrica.
d) Válvula de Equalização e Alívio: Usada para igualar a pressão entre os cones e eliminar o
desbalanceamento. Normalmente efetuado em 2 etapas, sendo a primeira com gás semi-limpo e o
complemento através de gás nitrogênio comprimido. Com a pressão das tremonhas de cone
pequeno e grande igualados, é possível efetuar a transferência da carga.
A válvula de alívio é utilizada para igualar a pressão do cone pequeno e da tremonha do topo
(Pressão atmosférica), após a transferência do material para o cone grande. Aliviada a pressão, a
tremonha de cone pequeno tem a pressão atmosférica, o que permite o recebimento do material
de tremonha do topo.
Alto forno
TOPO TIPO DUPLO CONE TOPO CALHA ROTATIVA
Alto forno
Alto forno
SISTEMA DE CARREGAMENTO
TOPO TIPO PAUL WURTH
Alto forno
SISTEMA DE LIMPEZA DE GÁS AF
Separador
Balão de Pó Venturis TRT de Neblina Gasômetro
SISTEMA DE LIMPEZA
DOS GASES
TRT
GASÔMETROS
CRAAF
COG BFG
Alto forno
SISTEMA DE LIMPEZA DE GÁS AF
Alto forno
PCI - PULVERIZED COAL INJECTION
É o processo de injeção de carvão pulverizado no Alto Forno via
ventaneiras com a finalidade de reduzir o consumo de coque por
tonelada de gusa (Coque Rate).
É utilizado nitrogênio diluído com o carvão como fluído de transporte.
Alto forno
PCI - PULVERIZED COAL INJECTION
FLUXOGRAMA DO PROCESSO
1 6
ANTRACITO
CARVÃO
2
4
ALTO FORNO 1
9
7
3
2
5
10
8
ALTO FORNO 2
1- Pátio de Carvão e/ou Antracito 4- Silo do Moinho 7- Silo de Finos 10- Rota de Injeção AF-2
2- Correia Transportadora 5- Moinho 8- Vasos de Injeção
3- Silos de Regularização 6- Peneiras 9- Rota de Injeção AF-1
Alto forno
PCI - PULVERIZED COAL INJECTION
INJEÇÃO
Zona Coesão
Sopro Zona ativa de coque/
Zona gotejamento
Lança PCI
Ventaneira
Homem Morto
raceway
Alto forno
PCI - PULVERIZED COAL INJECTION
CINÉTICA DE REAÇÃO DO CARVÃO
Lança
8~15 ms
Alto forno
CASA DE CORRIDA
Casa de Corrida é o lugar onde encerra-se a operação
de redução dos óxidos ferrosos, tendo como resultado
o Ferro Gusa e Escória.
Alto forno
CASA DE CORRIDA
Alto forno
EQUIPAMENTOS DA CASA DE CORRIDA
PERFURADOR:
CANHÃO OBTURADOR:
Alto forno
EQUIPAMENTOS DA CASA DE CORRIDA
Alto forno
EQUIPAMENTOS DA CASA DE CORRIDA
Alto forno
EQUIPAMENTOS DA CASA DE CORRIDA
Alto forno
CANAIS DE CORRIDA CBG CBG
Alto forno
CANAIS DE CORRIDA
Alto forno
SEPARAÇÃO GUSA / ESCÓRIA
O gusa e escória produzidos são retirados do interior do alto forno através dos furos de gusa. A
separação de gusa e escória é feita n o canal principal através da diferença de densidade
entre gusa (6,8 t/m³) e escória (1,5 t/m³).
O gusa separado segue através de canais para o carro torpedo. A escória pode seguir para o
granulador de escória ou ser desviada para o "Dry Pit".
Alto forno
SEPARAÇÃO GUSA / ESCÓRIA
Alto forno
SEPARAÇÃO GUSA / ESCÓRIA
Alto forno
GRANULADOR DE ESCÓRIA
Granulador de escória é o
equipamento que tem a função de
resfriar a escória, conferindo-lhe a
forma de pequenos grãos.
Os granuladores de escória
adquiriram importante função como
equipamentos auxiliares na produção
do ferro gusa, pois agregam valor à
escória, e dessa forma também
contribuem para minimizar impactos
ambientais, com a destinação de
pátios para estocagem deste rejeito.
Ou seja, o que no passado era um
rejeito, hoje é mais uma fonte de
recursos para as usinas.
Alto forno
GRANULADOR DE ESCÓRIA E DRY PIT
DRY PIT:
É chamado Dry Pit, o
poço de secagem de
escória.
Como comercialmente a
escória resfriada através
do Dry Pit, não possui
valor, a utilização do Dry
Pit é feita apenas em
casos emergenciais ou
em manutenção.
Alto forno
PRODUTOS E SUB-PRODUTOS
SISTEMA DE LIMPEZA
DOS GASES
PÓ DE AF
TRT
ALTO FORNO 1
PÓ DE AF
ESCÓRIA GUSA
LAMA DE AF
ESCÓRIA GUSA PÓ DE AF
GASÔMETRO
Alto forno
FERRO GUSA
Mn 0,450 %
P 0,085 %
Alto forno
ESCÓRIA
A Escória de Alto-Forno é resultante dos óxidos
formados durante o processo de redução do ferro, no
interior do Alto-Forno. A sua separação do ferro gusa é
feita através da diferença de densidade, nos canais de
corrida de gusa e escória, na Casa de Corrida.
Devido a sua elevada dureza após resfriamento, e
elevados custos de cominuição, comercialmente a
escória tornou-se inviável, sendo então, um rejeito com
sérios problemas de armazenamento, devido ao
grande volume produzido. Uma solução para este
problema foi a sua granulação, através dos
granuladores de escória.
COMPOSIÇÃO:
Quando granulada, a escória adquire maior valor
agregado, em relação à resfriada através de deposição ELEMENTO: TEOR:
nos Dry Pits, sendo importante insumo na fabricação FeO 0,40 %
de catalizadores, cimento, pastilhas de freio, etc. CaO 42,0 %
SiO2 34,0 %
Al2O3 11,5 %
MnO 0,65 %
Julio Rezende juliorezende@ucl.br MgO 8,30 %
Treinamento
Alto forno
GÁS DE ALTO FORNO
COMPOSIÇÃO MÉDIA
ELEMENTO TEOR
CO 24,0 %
CO2 25,0 %
N2 46,0 %
H2 5,0 %
Alto forno
GÁS DE ALTO FORNO
Alto forno
PÓ DE ALTO FORNO
ELEMENTO: TEOR:
Fe T 35,4 %
FeO 1,37 %
Fe M 0,79 %
Al2O3 1,19 %
SiO2 5,92 %
CaO 1,90 %
MgO 0,49 %
ZnO 0,21 %
MnO 0,24 %
C 34,2 %
P 0,024 %
S 0,39 %
Na2O 0,015 %
K2O 0,014 %
Alto forno
LAMA DE ALTO FORNO
A Lama de Alto Forno é o sub produto resultante do
processo de limpeza dos gases, formado durante o
processo de lavagem dos gases, nos Venturis.
COMPOSIÇÃO MÉDIA
A Lama formada é o produto da separação da água e
sólidos, realizada nos espessadores. Um dos maiores ELEMENTO: TEOR:
problemas da Lama é o elevado teor de ZnO, podendo Fe T 41,70 %
haver restrições quanto ao seu uso na Sinterização. FeO 3,24 %
Fe M 2,02 %
Al2O3 0,91 %
SiO2 4,47 %
CaO 3,76 %
MgO 0,74 %
ZnO 1,73 %
MnO 0,33 %
C 25,00 %
P 0,053 %
S 0,689 %
Na2O 0,051 %
K2O 0,24 %
Alto forno
TRANSPORTE DO FERRO GUSA
Alto forno
TRANSPORTE DO FERRO GUSA
Alto forno
TRANSPORTE DO FERRO GUSA
Alto forno
TRANSPORTE DO FERRO GUSA
Alto forno
REFRIGERAÇÃO DOS ALTOS FORNOS
- REFRIGERAÇÃO DA SOLEIRA:
Com o aumento dos Altos Fornos, a refrigeração da soleira tornou-se crítica. No início era
enfatizada a proteção da fundação de concreto, hoje, a refrigeração da soleira está diretamente
voltada para a vida do refratário.
Um duto de tijolos é feito na parte inferior dos tijolos da soleira para fornecer refrigeração por ar,
ou por água em sistema forçado através de tubos embutidos.
- STAVES COOLERS
Os "Staves Coolers" são os sistemas de refrigeração mais usados no mundo atualmente, sendo
desenvolvidos e projetados a partir de tecnologia russa.
Sua principal vantagem é a melhor vedação de gás e a menor incidência de "Queimas" garantindo
refrigeração ;mais eficiente por um período maior.
O "Stave Cooler", em resumo, nada mais é que um tubo de aço fundido colocado dentro de uma
carcaça de ferro fundido, sendo esta fixada à parte interna da chaparia do Alto Forno.
Alto forno
STAVES COOLERS
Bloco de Carbono
Supermicroporo
Tijolo 65%
Alumina
Bloco Pré-moldado
Alumina 90%
Tijolo Silico
Aluminoso
PROCESSO MIDREX
A carga metálica (minério ou pelotas) é carregada em um forno de cuba que tem
as seguintes zonas: preaquecimento, redução e resfriamento através de tubos de
descida que, para eliminar a fuga de gases do processo, utilizam a injeção de gás
inerte, evitando as válvulas de vedação.
O gás redutor com 95% de H2 e CO, com relação H2/CO de 1,5 a 1,6, a uma
temperatura entre 760 °C a 930 ºC penetra no forno de cuba através de orifícios
na parte inferior da zona de redução, subindo em contracorrente à carga que á
abastecida pelo topo, retirando o oxigênio do minério granulado ou em forma de
pelotas. O gás que sai pelo topo ainda contém em torno de 70% de CO+H2, mais
os gases produzidos pela redução, CO2 e H2O. Este gás retorna ao reformador
como gás reagente e combustível.
O produto deste processo é o ferro-esponja, deve ser esfriado antes da descarga,
pois re-oxida instantaneamente em contato com o ar, devido à sua alta
reatividade a altas temperaturas.
O resfriamento/carburação do ferro-esponja é feito na cuba inferior através da
mistura gasosa formada a partir do gás de saída do lavador, com gás natural.
PROCESSO MIDREX
O teor de carbono do ferro-esponja fica em torno de 1,4% a 1,7%, o que auxilia
na sua fusão, na utilização no forno elétrico. O ferro-esponja pode, também
passar por um processo de briquetagem, obtendo-se briquetes que são mais
convenientes para o manuseio, transporte e fusão.