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MARÍTIMO
Sumário
Bibliografia .................................................................................................................. 75
3
1 Conceitos básicos
1.1 Energia
No mundo moderno fala-se muito em energia por causa da sua enorme importância
na nossa vida. Com certeza algum dia você já ficou algumas horas sem energia elétrica
em sua casa e pode sentir a importância dessa forma de energia em sua vida. Não tem
programa de TV, não tem roupa passada, não tem som, não tem banho quente, não tem
computador, pode até não ter água pra beber porque o motor da bomba d’água do prédio
funciona com energia elétrica.
Formas de energia
Conservação da energia
A água em queda atua nas pás de uma turbina fazendo-a girar. Esse movimento de
rotação é transmitido ao eixo de um gerador de energia elétrica e, através de cabos
condutores, essa energia chega aos seus consumidores. 5
MAQ
A usina térmica, mostrada de forma elementar na figura , opera com carvão, petróleo
ou gás queimando no interior da fornalha de uma caldeira. O calor da queima do combustível
é utilizado para produzir o vapor d’água que aciona uma turbina, que por sua vez aciona
um gerador de eletricidade. A energia elétrica é, em seguida, enviada para os consumidores.
Você já tem uma idéia razoável do que é energia e de como ela pode ser
transformada. Agora precisa compreender o que deve ser entendido como energia potencial,
energia cinética e energia mecânica.
Energia potencial
Quando você puxa para trás a corda de um arco, armazena energia potencial nele
para que depois ele possa realizar o trabalho de atirar a flecha. Quando você dá corda em
um relógio, você põe energia potencial na mola dele, para que em seguida ela possa
colocar os ponteiros em movimento. A água de uma cachoeira, antes da queda, possui
energia potencial; na queda pode acionar as pás de uma turbina. Quando você levanta
um corpo, dá energia potencial a ele. Portanto, energia potencial é energia armazenada
ou de posição.
6
Dizemos então que um sistema possui energia potencial quando a ele podemos
associar uma possibilidade de movimento. A palavra potencial quer dizer “que pode vir a
ser movimento”. Matematicamente, a energia potencial é expressa pela fórmula:
E p = m.g.h onde:
Ep = energia potencial;
m = massa do corpo;
g = aceleração da gravidade; e
h = altura que o corpo se encontra do solo.
Energia cinética
Um martelo que se move pode exercer uma força num prego e fazê-lo penetrar
numa tábua. Um automóvel movendo-se a grande velocidade pode derrubar um muro,
realizando trabalho. Esses são alguns exemplos de energia cinética. Energia cinética é,
portanto, a energia devida ao movimento.
Durante toda a sua vida você estará controlando modificações de energia. Vejamos
um exemplo bem corriqueiro:
Quando você liga o motor de arranque do seu carro, a energia química da bateria
se transforma em energia elétrica que produz trabalho fazendo girar o motor do carro. Daí
por diante, a energia potencial (química) da gasolina se transforma em energia cinética e
movimenta os pistões do motor que fazem as rodas do carro girar. Enquanto o carro corre,
parte da energia química da gasolina é usada para vencer o atrito do solo e parte para
acionar o alternador que, por sua vez, recarrega a bateria.
Energia mecânica
Exercício resolvido
Solução:
mv 2 2.10 2
EC = = = 100 J
2 2
E P = m.g.h = 2.10.5 = 100 J (h = 5m pois o enunciado refere − se ao meio da trajet ria )
E M = E C + E P = 100 + 100 = 200 J
1.2 Trabalho
Você sabe que deve exercer uma força para levantar um corpo. Sabe também que
precisa fazer força para vencer o atrito quando arrasta um objeto. Agora você compreenderá
como uma força pode fazer trabalho levantando um corpo ou vencendo o atrito.
Exercício resolvido
Considere um plano sem atrito e determine o trabalho realizado pela força constante
de 100 N quando aplicada a um bloco de madeira que se desloca 1.5 m na direção da
força.
Solução:
t = F.d
t = 100 . 1,5
t = 150 J
1.2.1 Potência
9
MAQ
τ trabalho
Pm = = onde:
∆t tempo
Pm = potência média
t = trabalho
Dt = variação de tempo
joule
Watt =
segundo
Exercício resolvido
τ F.d d
Pm = = ,e v=
∆t ∆t ∆t
Pm = F.v onde:
Pm = Potência média (W)
F = Força (N)
v = velocidade média m/s
Exercício resolvido
∆s 1,5
v= = = 0,5 m / s
10 ∆t 3
Pm = F.v = 100 . 0,5 = 50 w
1.3 Rendimento térmico
Na prática, o rendimento de qualquer máquina não pode chegar a 100%, pois sempre
há perdas.
Exercício resolvido
Qual o rendimento térmico de uma máquina cuja potência total equivale a 122 HP,
sabendo que sua potência útil é de 61 HP?
Pu 61
η= = = 0,5
Pt 122
Para dar o rendimento em porcentagem basta multiplicar o resultado por 100. Assim,
h= 0,5 x 100
h = 50%
Pd = Pt − Pu
Exercício resolvido
Um motor Diesel consome 540 KW em sua operação. Sabendo que 216 KW são
perdidos por dissipação, qual a sua potência útil?
Pu = Pt – Pd
Pu = 540 – 216
Pu = 324 KW
11
MAQ
1.4 Combustão
12
1.5 Máquinas de combustão
Repare que o vapor d’água produzido na caldeira era enviado para acionar a máquina
de combustão externa principal que acionava o eixo propulsor do navio. Após acioná-la,
ele era recolhido num condensador onde retornava ao estado líquido, sendo reenviado à
caldeira por meio da bomba de alimentação que também era acionada por uma máquina
alternativa a vapor.
Ciclo
A palavra ciclo pode ser definida como o conjunto de transformações que se sucedem
na mesma ordem e se repete com lei periódica. No caso do motor térmico, pode ser
melhor entendido como a evolução da massa gasosa no interior do cilindro, com variação
de pressão, volume e temperatura.
a b c d
14
Ciclo operativo do motor Otto de 2 Tempos
a a b b
A principal diferença entre o motor do ciclo Diesel e o do ciclo Otto consiste no fato
de que, no Diesel, a inflamação do combustível não é feita por meio de uma centelha
elétrica e sim, pela elevada temperatura do ar submetido a uma forte compressão no
cilindro.
15
MAQ
Ciclo operativo do motor Diesel de 4 tempos
Atente para a figura e acompanhe a descrição das fases do ciclo que são:
a) aspiração;
b) compressão;
c) combustão e expansão; e
d) descarga ou escape.
a b c d
16
Ciclo operativo do motor Diesel de 2 Tempos
17
MAQ
a b c d
Deslocando-se do PMI para o PMS, o êmbolo cobre primeiramente as janelas de
admissão (que são as mais baixas), interrompendo o suprimento de ar vindo do compressor
de lóbulos para o cilindro. Entretanto, continua saindo ar pelas janelas de descarga que
ainda encontram-se abertas. Prosseguindo o seu caminho em direção ao PMS, o êmbolo
cobre as janelas de descarga, iniciando assim a fase de compressão. Em seu movimento
para cima o êmbolo comprime cada vez mais o ar, até que, próximo do PMS, o combustível
é injetado, inflamando-se por causa da elevada temperatura do ar comprimido. A força
expansiva dos gases empurra então o êmbolo para baixo.
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Além dos motores Diesel e Otto, outra máquina de combustão interna muito
importante no mundo moderno é a turbina a gás. Utilizada na generalidade dos aviões de
médio e de grande porte, a turbina a gás é também aplicada na propulsão de alguns
navios de guerra, onde o fator economia de combustível não é tão importante quanto a
velocidade que o navio possa desenvolver.
a) Quanto ao ciclo:
• ciclo OTTO; e
• ciclo DIESEL
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em linha em V radial cilindros opostos êmbolos opostos MAQ
d) Quanto à rotação:
• de baixa (até 350 rpm);
• de média: (de 350 a 1000 rpm); e
• de alta (de 1000 rpm em diante).
De um modo geral podemos dizer que o motor Diesel é mais adequado às grandes
potências potências ( ônibus, caminhões, grupos Diesel geradores de eletricidade e navios.
O motor Otto, por sua vez, é mais adequado às pequenas potências ( automóveis,
motocicletas, lanchas, planadores, etc )
Exercícios
a b c d
23
MAQ
Cabeçote - Também chamado cabeça
ou culatra, é a peça que fecha o cilindro e que,
juntamente com a face superior do êmbolo forma
a câmara de combustão. O cabeçote é fixado
ao bloco por meio de parafusos, colocando-se
entre os dois uma junta que nos motores de
pequeno porte é feita de e material metálico nas
partes mais sujeitas a pressão.
O pino do êmbolo precisa ser bastante resistente, para suportar os impactos que
sofre, principalmente ao transmitir a força dos gases da combustão sobre o êmbolo para
o eixo de manivelas, através da conectora. É comum sua fabricação em aço ao cromo
cementado. Depois de sua instalação no êmbolo, ele não se desloca axialmente por
causa da ação das travas ou reténs do pino.
Nos motores de grande porte o êmbolo não se liga diretamente à biela e sim a uma
haste. Pela sua outra extremidade, essa haste do êmbolo é fixada a uma cruzeta. É no
pino dessa cruzerta que articula o pé da conectora, como mostra a figura que é um modelo
da Gotaverkens.
1. casquilho
2. corpo de aço
3. liga de bronze e chumbo
4. chumbo
5. estanho
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Eixo de manivelas - é a peça encarregada de transformar, com o auxílio da
conectora, o movimento alternado do êmbolo em rotativo. Sua construção requer técnica
apurada, sendo forjado, usinado, e balanceado tanto estática quanto dinâmicamente. É o
componente de maior comprimento do motor.
O eixo de manivelas trabalha nos mancais fixos, os quais são dotados de casquilhos
substituíveis, construídos da mesma forma que os do mancal móvel da cabeça da conectora
que acabamos de estudar. Esses casquilhos, também chamados de bronzinas, são
lubrificados sob pressão. A figura mostra um eixo de manivelas e a nomenclatura de suas
partes.
6) curvas de reforço - partes curvas nas junções dos munhões e moentes com as
cambotas;
7) moentes- partes do eixo onde articulas os mancais das cabeças das conectoras; e
27
8) flange - extreminade em forma de disco onde é fixado o volante. MAQ
Volante - é um disco de grande peso, normalmente fixado a uma das extremidades
do eixo de manivelas. Sua finalidade é armazenar uma parte da energia mecânica produzida
no motor durante o tempo de trabalho útil ( expansão ), para vencer a resistência dos
tempos não motrizes, principalmente o de compressão. É normalmente uma peça inteiriça
nos motores pequenos, podendo ser construído em duas metades nos de grande porte. A
sua fixação ao eixo de manivelas é feita por meio de chaveta e parafuso (s). O volante
pode possuir ou não uma coroa dentada denominada cremalheira do volante. Nos motores
de pequeno porte a cremalheira serve para permitir o engraze do pinhão de um motor de
arranque, e nos motores de grande porte serve para o engraze do pinhão do mecanismo
da catraca, que é um dispositivo acionado por motor elétrico utilizado para girar lentamente
o MCP ( motor de combustão principal ), nos casos de inspeção, regulagem ou reparos no
mesmo. A figura abaixo ilustra o que explicamos.
A princípio, você poderia pensar que, no caso dos motores Diesel, o conceito de
distribuição envolve apenas a abertura e o fechamento das válvulas de aspiração e
descarga e a injeção do combustível. Na realidade, o conceito de distribuição torna-se
muito mais amplo quando se trata, por exemplo, de um motor marítimo de grande porte
28 que, além de ser reversível (gira nos dois sentidos), tem arranque a ar comprimido. Essas
particularidades, entretanto, serão estudadas mais adiante.
Por agora vamos fazer um estudo básico da distribuição, atentando para o arranjo
simplificado da figura abaixo.
29
MAQ
A uma simples olhada, você percebe que se trata do mecanismo de um motor de 4
tempos, uma vez que existe uma válvula de admissão e uma válvula de descarga (11) na
cabeça do cilindro. Além do mais, a engrenagem (4) do eixo de manivelas (3), tem a
metade do número de dentes da engrenagem (6) do eixo de cames (5). Repare que as
cames do mesmo eixo transmitem movimento aos tuchos (7), que por sua vez transmitem
movimento às hastes ou varetas (8). Estas hastes acionam os balancins (10), para abrir
as válvulas de aspiração e de descarga (11), cada uma no seu devido tempo. Repare que
os balancins articulam no eixo 9, o qual é fixado num suporte que não aparece na figura,
mas poderá ser visto mais adiante.
Varetas - é a peça que trabalha com uma de suas extremidades em contato com o
tucho e a outra em contato com uma das extremidades do balancim. A vareta transmite ao
balancim o movimento alternado produzido pela came, devido ao seu formato excêntrico.
Balacim - é uma peça que, articulando no eixo (9), fixo ao seu suporte, recebe o
movimento da vareta e o transfere à válvula de admissão ou de descarga. O balancim
possui em uma de suas extremidades um parafuso com porca para permitir o ajuste da
folga entre a sua outra extremidade e o topo da haste da válvula, quando a mesma encontra-
se totalmente fechada. Essa folga visa prevenir a válvula contra os efeitos da dilatação
térmica causada pelo calor dos gases da combustão. Se não houvesse essa folga, a
dilatação linear da sua haste não deixaria que ela fechasse completamente, chegando
“inclusive” a impedir o funcionamento do motor por falta de compressão suficiente.
Entenda agora que, quando qualquer uma das válvulas está fechada, o seu
respectivo tucho está trabalhando na parte do círculo base que gerou a came. Quando ela
está em processo de abertura ou fechamento, é sinal de que a parte excêntrica da came
é que está atuando nos tuchos. Algo importante a considerar no funcionamento de ambas
as válvulas, é que cada uma delas, no seu devido tempo, é aberta pela ação do balancim
a partir do movimento da came; já o fechamento é feito pela ação de sua(s) mola(s),
enquanto vai cessando a ação do balancim sobre o topo da sua haste. A figura abaixo
mostra alguns dos componentes do mecanismo da distribuição de um motor Perkins.
1. eixo de cames
2. pinhão
3. tuchos
4. varetas
5. balancins
6. eixo dos balancins
7. suporte do eixo dos balancins 31
MAQ
Tipos de transmissão
a b c
Você também precisa saber que, dificilmente aparecem apenas duas engrenagens
ou pinhões no mecanismo de distribuição. É comum aparecerem os chamados trens de
engrenagens (mais de duas), como mostrado nas transmissões por engrenagens e por
corrente. Observe também as marcas de referência para a montagem correta dos pinhões.
Causas:
a) Deficiências nas válvulas de admissão e/ou descarga, devidas a: guia de válvula
folgada, mola de válvula partida, guia do tucho folgada, ou regulagem excessiva
da folga.
b) Dentes das engrenagens de distribuição partidos, ou chavetas aliviadas.
Causas:
a) Mancais fixos ou móveis muito gastos
b) Pino do êmbolo ou alojamento no êmbolo muito gasto.
c) Mancais do eixo de cames ou de algum eixo auxiliar gastos radial ou axialmente.
d) Mancais dos balancins gastos.
e) Dentes de engrenagens de transmissão partidos.
f) Êmbolo com folga exagerada, deformado ou partido.
g) Pino do êmbolo aliviado
Causas:
a) Má combustão devida a: combustível com número de cetano muito baixo, orifícios
das válvulas de injeção parcialmente obstruídos, falta de estanqueidade na válvula
de injeção, devida à má vedação da válvula de agulha.
b) Câmara de combustão com resíduos carbonosos devido a: filtro de ar obstruído,
impurezas no combustível, má pulverização, carbonização do óleo de lubrificação,
formação de gotas nos orifícios do pulverizador.
c) Motor em sobrecarga devido a: regulador atuando inadequadamente ou avanço
exagerado do ponto de injeção.
Causas:
a) Queima de óleo lubrificante devida ao nível de óleo no cárter muito alto.
b) Nível de óleo no filtro de ar muito alto.
c) Tela de aspiração do ar de lavagem suja.
Causas:
a) filtro de combustível sujo.
b) Ar ou água no sistema de combustível.
c) Água na câmara de combustão.
d) Água na tubulação de descarga ou silencioso.
e) Pulverização deficiente do óleo combustível 33
MAQ
Fumaça negra na descarga
Causas:
a) Carga excessiva.
b) Baixa compressão
c) Injetor de combustível pulverizando mal.
d) Injeção atrasada.
e) Bomba injetora mal regulada.
f) Filtro de ar sujo.
g) Turboalimentador deficiente.
Atenção
Para facilitar a consulta e reduzir o número de páginas do manual, alguns fabricantes
apresentam sua lista de problemas e correções de forma compactada, como mostrado
abaixo, na lista extraída do manual de oficina dos motores Agrale modelos M73-
80,85,90,93,790 e V22.
Diagnóstico de falhas
Sintomas:
Defeitos:
Causas prováveis:
a) 1, 2, 3, 4
b) 5, 6, 8, 9,10,12,13, 14,15,16,18, 27, 28, 29.
c) 5,7,8,9,10,11,12,13,14, 15,16,17,18, 20, 25, 27, 28, 29.
d) 8, 9,10,12,13,14,15,16, 21, 22,24, 25, 26, 28.
e) 11,13,14,15,16,18, 20, 21, 24, 25,27, 28, 29, 49. 35
f) 11,13,14,15,16,18, 20, 21, 23, 24,25, 27, 28, 29, 49. MAQ
g) 4,15,16, 21, 23, 27, 29, 30, 31, 40.
h) 4, 32, 33, 34, 35, 37, 38, 39, 47.
iI) 9,14,15,18, 22, 24, 25, 27, 29, 31,32, 40, 41, 48.
j) 8, 9,10,11,12,13,14,16,17, 22,24, 25, 26, 29, 31, 40, 48.
k) 13,14,16, 21, 22, 25, 26, 29, 40, 42, 43.
l) 4, 36.
m) 11,13,14,15, 20, 21, 40, 44, 45, 50.
n) 21, 27, 29, 30, 40, 46.
o) 11,15, 21, 24, 25, 27, 28, 29, 30, 41, 48.
p) 10,11,12.
q) 31.
r) 8, 9,10,11,12,13, 14,15,16,17,18 20.21.22.23.27.28.29.
Sabemos que cada motor tem suas particularidades, mas certamente as providências
aqui recomendadas para a partida aplicam-se à maioria das instalações marítimas de
pequeno porte:
Após essas providências poderá ser dada a partida. Com o motor em funcionamento,
o condutor deverá fazer observações periódicas, anotando tudo que for interessante.
Exercícios
37
MAQ
6) Nos motores de pequeno porte a conectora articula no:
a) pino do êmbolo
b) pino da cruzeta
c) eixo do balancim
d) eixo de cames
11) Tem por finalidade fazer com que as fases do ciclo do motor ocorram no seu
devido tempo:
a) regulador de velocidade
b) mecanismo de distribuição
c) dispositivo de sobrevelocidade
d) conjunto dos balancins
39
MAQ
3 Sistemas dos motores propulsão
Um motor marítimo de grande porte, por exemplo, utiliza vários tipos de óleos
lubrificantes, podendo ser um armazenado no poceto para o sistema de lubrificação
principal, um para o eixo de cames, outro para as camisas dos cilindros, um para o
turbocompressor, outro para o regulador de velocidade, etc. É claro que isso acontece
porque procura-se obter os melhores resultados possíveis utilizando-se lubrificantes com
propriedades específicas para cada tipo de trabalho.
b c
cárter a
c) A bomba do sistema tem por finalidade manter o lubrificante sob pressão circulando
no sistema. Ela aspira o óleo do cárter ou do poceto (a) através de um ralo (b) e o envia
aos pontos do motor onde a lubrificação se faz necessária. Pode ser acionada pelo próprio
motor, como no caso do de pequeno porte, ou por motor elétrico, quando se trata de
motores de médio e de grande porte. É daí que vem a idéia de bombas dependentes e
independentes do funcionamento do motor.
d) O filtro de óleo lubrificante tem por finalidade reter as impurezas sólidas menores que
conseguem passar pelo ralo, garantindo o fornecimento de uma película de óleo isenta de
impurezas entre as peças a lubrificar. O filtro de O.L. é do tipo descartável nos motores de
pequeno porte, devendo ser substituído após determinado tempo de funcionamento previsto
no manual do fabricante, ou sempre que se suspeitar que o mesmo encontra-se incapacitado
42 de realizar satisfatoriamente a sua função.
A figura mostra um tipo de filtro utilizado em motores de pequeno porte.
É muito comum encontrarmos nos filtros dos motores de pequeno porte uma válvula
de alívio que permite ao lubrificante passar por fora do elemento filtrante, sempre que a
pressão excede a um determinado valor. Isso acontece quando o fluido está muito viscoso
(por causa do frio), ou quando o elemento do filtro encontra-se muito sujo. Assim, a válvula
de alívio atua como uma proteção para o motor, pois evita uma queda de pressão no
sistema provocada pela redução do fluxo de óleo. Com pouco lubrificante, o atrito entre
as peças aumenta, a temperatura sobe, o lubrificante superaquece, a viscosidade cai
excessivamente e o material das peças funde, principalmente o dos metais macios utilizados
no revestimento das telhas dos mancais fixos e móveis. As figuras ilustram o que acabamos
de expor.
17
16
14
13 15
10
12
9
18 8
6
11
7 5 2
3
20 19
4
44
3.2 Manutenção da perfeita lubrificação do motor
Para manter o sistema de lubrificação do motor nas condições ideais, devem ser
tomadas as seguintes providências básicas:
Inicialmente, gostaríamos que você entendesse que o ideal seria que o motor não
precisasse ser resfriado. Infelizmente isso não é possível. Você deve saber que a
temperatura dos gases no interior da câmara de combustão de um motor moderno aproxima-
se dos 2000 oC. Esta temperatura é superior à de fusão da maioria dos metais e ligas que
você conhece. Esse fato, por si só, já explica claramente a necessidade do resfriamento
dos motores.
45
MAQ
Pincipais agentes resfriadores
natural forçada
Foi o primeiro sistema de resfriamento por água utilizado nas embarcações. Trata-
se de um sistema rudimentar e obsoleto que hoje só é utilizado em motores de embarcações
miúdas que navegam em rios, pois o efeito da corrosão não é muito acentuado. Na sua
forma mais comum, o resfriamento direto por água é obtido da maneira mostrada na
46 figura.
Através da válvula de fundo e do ralo uma bomba, acionada pelo próprio motor,
aspira a água do mar ou do rio e descarrega-a para o resfriador de óleo, de onde vai para
as câmaras de resfriamento apropriadas em volta dos cilindros e cabeçote do motor,
sendo em seguida descarregada para o mar ou rio. Como você deve imaginar, as vantagens
desse sistema são a sua simplicidade e o seu baixo custo.
O resfriamento indireto combinado por água e ar é muito aplicado, não apenas nos
motores automotivos, mas também nos estacionários terrestres e em alguns marítimos de
pequeno porte. Nesse sistema, uma bomba faz a água doce circular em volta das camisas
dos cilindros e nas câmaras de água existentes no cabeçote do motor, absorvendo o
excesso de calor dos mesmos e conduzindo-o para um reservatório denominado radiador,
onde o ar forçado sobre as aletas desses tubos remove da água de circulação do sistema
o excesso de calor absorvido no motor.
c e
a) radiador
d b) câmara
b
a c) ventoínha
d) bomba d’água
e) termostato
47
MAQ
O radiador é um tanque constituído de um
reservatório superior e um inferior ligados entre si por
um conjunto de tubos aletados denominado colmeia.
Como não poderia deixar de ser, a água trabalha no
interior dos tubos e o ar envolve os mesmos e as suas
aletas. Estas servem para aumentar a superfície de
contato com o ar, aumentando dessa feita a eficiência
do sistema de resfriamento. A figura ao lado mostra um
radiador completo.
a a
Atenção
Não é correta a atitude de um mecânico que elimina a válvula termostática do
sistema quando ela apresenta defeito. Certo mesmo é substituí-la, pois ela desempenha
um papel muito importante, principalmente no momento do arranque ou quando o motor
opera em regiões de clima frio.
d) Resfriamento indireto combinado por água doce e água do mar (ou do rio)
Este é, sem dúvida alguma, o sistema mais empregado a bordo dos navios
48 mercantes. Nele, uma bomba centrífuga, acionada por motor elétrico ou pelo próprio motor
de combustão é utilizada para circular água doce pelos espaços apropriados no interior do
motor. Depois de absorver calor do motor, essa água passa por dentro de um aparelho
denominado resfriador de água doce, onde troca calor com a água do mar ou do rio que
passa pelo interior dos tubos ou das placas do mesmo. A água do mar ou rio é aspirada
por uma bomba centrífuga dependente ou independente do motor, e descarregada para o
resfriador, de onde retorna novamente ao mar ou rio. Atente para a figura e identifique os
elementos básicos do sistema.
a) tanque de expansão
b) válvula de comunicação
c) bomba centrífuga de água doce
d) entradas de água no bloco
e) coletor de saída deágua doce
a f) válvula termostática
g) resfriador de água doce
e
h) válvula de fundo
i) ralo da bomba de água salgada
b f
k g j) bomba de água salgada
k) válvula de descarga para o mar
j c
i
h
Tanque de expansão
Válvula de comunicação
É o aparelho trocador de calor onde a água doce quente vinda do motor perde calor 49
para a água do mar. MAQ
Válvula termostática
Válvula de fundo
Ralo
Serve para proteger a bomba, impedindo a entrada no sistema de sujeira, peixes
miúdos e outras espécies marinhas.
Também do tipo centrífuga, sua finalidade é aspirar a água do mar para circular o
resfriador de água doce do motor.
50
1) tubos de arrefecimento do circuito do motor
2) tanque de expansão para o circuito do motor
3) tubo de conexâo
4) tubo de sangria
5) tubos de arrefecimento para circuito de arrefecimento de admissão
6) tanque de expansão do circuito de arrefecimento de admissão
7) tubo de conexão
8) tubo de sangria
9) peça distribuidora
10) fixacão do arrefecedor
11) batente
Pelo número de saídas de combustível da bomba injetora, você deve ter reparado
que o arranjo mostrado na figura anterior é de um motor de 4 cilindros. O sistema, entretanto,
só está completo para um. A bomba injetora que você vê no sistema é, na verdade, um
conjunto de 4 pequenas bombas alternativas montadas em uma única carcaça. Esse
conjunto de bombas é acionado por um eixo de ressaltos, que por sua vez é acionado
pelo próprio motor. A figura a seguir mostra um conjunto formado pela bomba injetora,
bomba alimentadora, pré filtro e regulador de velocidade para motores de pequeno porte.
Observe, pelo número de saídas de combustível, que se trata de uma bomba injetora para
motores de 6 cilindros.
1) bomba injetora
2) bomba alimentadora
3) pré-filtro
4) regulador de velocidade
5) engrenagem de
acoplamento da bomba
52
3.4.1 Funcionamento da bomba Bosch
1) cilindro ou bucha
2) êmbolo
3) cremalheira
4) copeta superior da mola
5) copeta inferior da mola
6) mola
7) encaixe do flange do êmbolo
8) flange do êmbolo
9) luva de regulagem
10) válvula de retenção (recalque)
11) luva de acoplamento
12) mola de válvula
A descrição foi feita em linhas gerais. Entretanto, você precisa saber como a bomba
controla a quantidade de combustível enviada ao injetor, de acordo com a carga do motor.
53
MAQ
Para isso, acompanhe a nossa explicação observando as três figuras.
a b c
É fácil perceber que, entre o débito nulo e o débito máximo da bomba, existe uma
infinidade de débitos diferentes. Para cada nova condição de carga do motor, a cremalheira
tem que ser movimentada para fazer girar um pouco o êmbolo num ou noutro sentido,
aproximando ou afastando o rebaixo helicoidal da janela de contorno, variando dessa
forma a quantidade de combustível enviada ao injetor.
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A seqüência representada na figura ilustra muito bem o que acabamos de explicar.
a b c d e f
100% 50% vazio parado
Importante
De acordo com o processo de alimentação de ar, o motor Diesel pode ser classificado
como: de aspiração natural ou superalimentado.
Motor de aspiração natural é aquele que aspira o ar nas condições em que ele se
encontra na atmosfera; ou seja, na pressão e temperatura que nós, seres humanos,
aspiramos. Por sua vez, o motor superalimentado é aquele em que o ar aspirado da
atmosfera é comprimido antes de ser enviado aos cilindros do motor. Essa compressão,
na maioria das vezes, é feita por meio de um compressor rotativo acionado por uma
turbina, como mostra a figura.
gases
compressor
filtro
turbina ar
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antes de ser enviado aos cilindros. É isso que nos permite dizer que um motor é
superalimentado quando o ar admitido nos seus cilindros encontra-se numa pressão
superior àquela em que ele se encontra na atmosfera. Nesse caso, a sua densidade é
maior do que a do ar que trabalha nos cilindros dos motores de aspiração natural.
Certamente você deve estar se perguntando: mas para que se aumenta a pressão
do ar? É muito simples. Para aumentar o seu peso. Quando você vai aumentando a
pressão do ar dentro de um mesmo cilindro, o peso desse ar também vai aumentando,
porque ele vai ficando mais denso. Com isso pode-se enviar mais combustível para ele,
obtendo assim uma combustão mais violenta. Essa combustão mais violenta faz com que
uma força muito maior atue sobre o êmbolo, resultando num considerável aumento da
potência do motor.
Finalidade da superalimentação
Depois de tudo o que acabamos de explicar, fica fácil concluir que a finalidade da
superalimentação é aumentar a potência do motor, sem aumentar consideravelmente o
seu tamanho. É lógico que para que isso seja possível, as peças do motor precisam ser
mais resistentes para suportar as maiores pressões e temperaturas de trabalho.
a) menor volume
b) menor peso
c) maior rendimento
d) menor preço
57
MAQ
A figura mostra um sistema de superalimentação de um motor Cummins
instalado em um Empurrador da empresa Transportes Bertolini.
1) tubo de sucção de ar
2) filtro de ar
3) compressor
4) turbina
5) resfriador de ar
6) coletor de gases de descarga
É o mais antigo sistema de partida que se conhece, mas ao contrário do que muita
gente pensa, ainda é bastante utilizado em embarcações fluviais miúdas, cuja propulsão
é feita normalmente por motores monocilíndricos.
É um sistema que vem sendo bastante aplicado nos motores de combustão auxiliar
dos navios de médio porte. Ultimamente esse sistema vem tendo bastante aceitação por
causa da sua simplicidade, da facilidade de obtenção do ar comprimido a bordo, da
capacidade do motor pneumático desenvolver torques elevados compatíveis com as
necessidades dos MCAs dos referidos navios que hoje se encontram na faixa dos 700 a
1000 KVAs. Apresentam ainda a vantagem adicional de arrancar motores Diesel com um
número de cilindros inferior ao mínimo exigido pelo sistema de injeção de ar comprimido
nos cilindros do motor.
Esse é, com certeza, o mais utilizado de todos os sistemas de partida. Está presente
na quase totalidade dos veículos automotivos, sendo também bastante empregado em
outras áreas da indústria. Na marinha mercante, seu emprego é limitado aos motores de
pequeno porte. A exemplo do sistema anterior, o método de engrenamento na cremalheira
do volante do motor de combustão baseia-se no dispositivo de acoplamento conhecido
como Bendix. A ligação elétrica do sistema está mostrada na figura.
61
MAQ
1) mola de retrocesso 13) sapata polar
2) bobina de retenção 14) induzido
3) bobina de chamada 15) bobina de campo
4) chave magnética 16) anel de guia
5) contato 17) barente
6) borne de ligação 18) roda livre
7) ponte de contato 19) eixo
8) mancal do coletor 20) pinhão
9) bucha 21) arraste
10) coletor 22) disco de freio
11) escôva 23) mola de engrenamento
12) carcaça 24) alavanca de comando
O seu principio de funcionamento resume-se no seguinte:
1) capa do volante
2) motor de partida
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Cuidados com o sistema de partida elétrica
1) tampa de proteção
2) flange
3) junta
4) silencioso
5) separador de água
6) suporte
7) bujão
8) sifão
9) junta de expansão
10) motor
11) joelho
63
MAQ
Para reduzir a radiação de calor para o compartimento da máquina, proteger o
pessoal contra queimaduras, e diminuir o risco de incêndio, a tubulação do sistema de
descarga deve ser revestida com material isolante térmico (normalmente amianto) pintado
com tinta alumínio para calor. Se você voltar à figura da página 59, vai observar uma parte
do sistema de descarga de gases incluindo a turbina da unidade de superalimentação.
Observe também o revestimento térmico do tubulão de descarga, logo após a turbina.
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1) tanque de combustível
2) bomba de lubrificação do mancal do eixo
3) bomba de esgoto do porão
4) separador de água do combustível
5) coletor de água do mar
6) tomada de força para guincho
7) coletor de água do mar
8) gerador / alternador
9) bomba para incêndio e lavagem
Com relação à geração de energia elétrica a bordo, vale a pena ressaltar também
que, em certos navios de médio porte, o motor propulsor também tem possibilidade de
acionar um gerador de energia elétrica por meio de uma caixa de engrenagens. Esse 65
gerador é denominado gerador de eixo. Em regime normal de viagem, o gerador de eixo MAQ
tem capacidade para suportar toda a carga do navio. Obviamente, quando o motor principal
está em regime de manobra ou mesmo parado, a energia elétrica passa a ser fornecida
por um ou dois grupos diesel-geradores. Nesses casos, um sofisticado sistema de controle
automático consegue fazer a transferência de carga do gerador de eixo para os grupos
diesel –geradores auxiliares, sem que seja necessário apagar o navio.
3.10 Manutenção
manutenção
preventiva corretiva
planejada preditiva
de melhoria
Exercícios
69
MAQ
Além dos arranjos mencionados, vem sendo bastante utilizado um sistema de
propulsão denominado azimutal (rudder propeller). A uma simples olhada, você pode
observar na figura que um motor Diesel irreversível aciona um hélice de passo fixo, sendo
que o mesmo pode ser girado de 0 a 360o , sendo esse controle feito por um sistema de
transmissão mecânico ou hidráulico. Esse sistema dispensa, portanto, o uso do leme
tradicional e oferece ótimas condições de manobrabilidade ao navio. A propulsão azimutal
vem sendo bastante aplicada em embarcações de pequeno porte como Empurradores
para a navegação fluvial e rebocadores para apoio a plataformas (off shore). Veja o desenho
de um sistema fabricado pela Schottel.
Eixo propulsor
1) bucha
2) parafuso de fixação
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Eixo propulsor - é o componente que recebe o movimento do eixo de manivelas
do motor e o transmite ao hélice por meio de um dos dispositivos já mencionados, a fim de
possibilitar o deslocamento da embarcação.
Deve ficar claro para você que reversão é a mudança no sentido da marcha e
redução é a diminuição da rotação do eixo propulsor, sendo que essas manobras podem
ser feitas com o auxílio de uma caixa de engrenagens ou pelo próprio controle de um
motor reversível. O eixo propulsor é apoiado pela parte de a vante na caixa de reversão e
a ré pela bucha posicionada no interior do tubo telescópico. Apoiando o eixo, a bucha
impede que ele trepide com o movimento do hélice. É da maior importância manter essa
bucha em bom estado, principalmente, sem folgas excessivas, pois ela tem muito a ver
com o correto alinhamento do eixo propulsor.
Para garantir que o rendimento do trabalho do eixo propulsor não seja comprometido
por esses dois esforços, alguns cuidados devem ser levados em conta:
a) manter a bucha (1), em bom estado (sem folgas excessivas) e o adequado
aperto no engaxetamento;
b) manter apertado o parafuso de fixação (2), do eixo ao bosso do flange que faz o
acoplamento com a caixa de reversão e redução; e 71
MAQ
c) manter corretamente apertados os parafusos dos flanges de acoplamento do
eixo e da caixa de reversão.
a b
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no navio. Em caso de marcha atrás ocorre exatamente o contrário. Por isso, o mancal de
escora é construído para absorver o esforço axial conseqüente do empuxo do hélice em
ambos os sentidos.
Quando a embarcação é muito pequena, e o eixo propulsor é muito curto, pode não
ser necessária a presença de mancais de sustentação entre o da bucha e o da caixa de
engrenagens. Nesse caso, o mancal da caixa pode ser construído para realizar as funções
de sustentar e de escorar o eixo propulsor. No caso de navios de porte médio ou grande,
podem aparecer um, dois ou três mancais de sustentação intermediários. A figura mostra
uma instalação propulsora em que aparece um dos mancais de sustentação intermediários.
Borda de ataque - é a borda que está mais próxima da embarcação. Por sua vez,
a borda de fuga é a que está mais distante da embarcação. A ponta da pá separa a borda
de ataque da de fuga e é o ponto em que cada pá está mais distante do centro do cubo. A
área onde a pá está presa ao hélice é chamada de raiz da pá.
1) bucha do hélice
2) cubo
3) pá
4) eixo
5) ponta da pá
6) borda de fuga
7) face da pá
8) borda de ataque
9) raiz da pá
10) dorso da pá
11) dorso da pá
12) face da pá
Para que o sistema de propulsão funcione com grande eficiência, e não haja
comprometimento da vida útil dos seus componentes, torna-se absolutamente necessário
manter o conjunto do eixo e da caixa de reversão e redução muito bem alinhados, e com
o hélice perfeitamente balanceado. O balanceamento do hélice é sempre feito em terra; o
alinhamento, entretanto, pode ser verificado periodicamente a bordo do navio.
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Bibliografia
JONES, C. Morgan. Diesel operator’s guide. New York: Mc Graw-Hill Book Company,
Inc. 1956
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