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4.

TRATAMENTO D’ÁGUA E MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS


4.1. TRATAMENTO D'ÁGUA

1. INTRODUÇÃO

O uso de um tratamento d'água correto em instalações Geradoras de Vapor é uma importante contribuição para
se ter uma operação livre de problemas e, deve ser inteiramente analisado e acompanhado por aqueles associados ao
projeto e operação de Caldeiras.
As Caldeiras modernas requerem um controle mais severo da qualidade da água que as Caldeiras mais
antigas com taxas de geração de vapor moderadas.
Esta é uma consideração importante quando Caldeiras modernas são instaladas ao lado de Caldeiras com concepção de
projeto mais antiga. A consequência provável deverá ser uma revisão do Tratamento d'água usado.

2. FONTES DE ÁGUA BRUTA

Água bruta é o termo usado para referir-se a água obtida de uma fonte antes de receber qualquer tratamento
e é sempre inviável o seu uso em Caldeiras.
Toda fonte natural de água, seja ela de rios, de nascentes, poços ou do mar, contém impurezas que foram
adquiridas durante o ciclo o qual ela esteve sujeita.

A água mantém um ciclo:

EVAPORA ► CONDENSA ► CAI COMO CHUVA


Antes de atingir o solo, a água da chuva pode absorver gases da atmosfera e também outros
materiais descarregados pelo homem na atmosfera, incluindo partículas de pó. Portanto, quando a chuva
atinge o solo, ela já contém uma série de impurezas.
A medida que a água flui sobre o solo ou penetra o solo outras impurezas vão sendo agregadas.
Os rios contém impurezas dos vários efluentes que são descarregados neles ao longo de seus
cursos, incluindo material vegetal em deteriorização, fertilizantes e detergentes; todas com efeitos
indesejáveis sobre as Caldeiras.

Impurezas contidas na água bruta:

a) Sólidos suspensos e líquidos não miscíveis com a água, ex: óleo;


b) Materiais corantes, particularmente em terras pantanosas;
c) Bactérias e micro-organismos;
d) Substâncias semi-colodais;
e) Gases dissolvidos;
f) Sais minerais dissolvidos
4.1.2 IMPUREZAS CAUSANDO DEPÓSITOS

4.1.3.1. DUREZA
Os mais importantes compostos químicos
contidos na água que influenciam a formação de
depósitos nas Caldeiras, são os sais de Cálcio e de
Magnésio, os quais são conhecidos como "sais duros".
Bicarbonatos de Cálcio e de Magnésio se
dissolvem em água para formar uma solução alcalina, e
por isso estes sais são conhecidos como Dureza Alcalina.
Sob aquecimento, eles se decompõem:
4.1.3.2. SÍLICA
A presença da Sílica na Caldeira pode gerar a formação de depósitos duro de Sílica,
pode também associar com os sais de Cálcio e de Magnésio, formando Silicatos de Cálcio e
Magnésio de muita baixa condutividade térmica. Sílica pode gerar depósitos sobre as palhetas
de turbina a Vapor, no caso de arraste pelo vapor.
Mostrar foto de formação de sílica dentro do tubo.

4.1.3.3. OCULTAMENTO

Pode-se considerar que haja sempre um líquido superaquecido, em contato com a superfície
metálica dos tubos da Caldeira, nas áreas de geração de vapor.
A alta temperatura nessa superfície pode originar a formação de vapor diretamente na mesma,
ocasionando o aumento da concentração de sólidos dissolvidos na água da Caldeira.
Quando a concentração de um determinado sólido, nesta região, exceder a sua solubilidade, é
evidente que o mesmo cristalizará sobre a superfície dos tubos. Este fenômeno é
conhecido com o nome de Ocultamento. Tem-se, então, que a concentração desses sólidos na
água aquecida circulando na Caldeira é menor do que da região de Ocultamento.
A consequência do Ocultamento é a falta de refrigeração das paredes do tubo onde
ele se estabelece, contribuindo para que atinja o seu ponto de “amolecimento”. Nestas
condições o tubo sofre estufamento e pode se romper. Daí a formação do
chamado “joelho” ou “laranja” nos tubos.
4.1.4. IMPUREZAS CAUSANDO
CORROSÃO
A corrosão é causada pela ação eletrolítica estabelecida pelos gases de Oxigênio, Hidrogênio e
Dioxido de Carbono na água.
Com os gases de Oxigênio e Dioxido de Carbono o metal interage dissolvendo o ferro ou
convertendo-o em um óxido insolúvel, o resultado será "pitting" e eventual falha da parte de pressão.
Normalmente o ponto de corrosão (pitting) aparece em uma região de incrustação por sais.

A corrosão por Hidrogênio, causada por condições ácidas da água, acontece quando o carbono do aço
reage com o Hidrogênio, causando o colapso do metal (torna-se quebradiço).
Fragilidade caustica é a forma de corrosão, ocorrendo quando o aço é submetido a tensões além de seu
ponto de escoamento, quando em contato com solução forte de Hidróxido de sódio ou Hidróxido de
Potássio. Fragilidade caustica é improvável em Caldeiras modernas soldadas, porém altas concentrações
de Hidróxidos Causticos poderão ocorrer na saída dos tubos expandidos, onde a água passa rapidamente,
deixando uma alta concentração caustica no caminho de saída.

Uma forma de corrosão aceitável dentro das Caldeiras é a reação entre o ferro e a água, a qual
eventualmente resulta na formação de um filme de Magnetita (Fe3O4), o qual protege as partes de pressão
da Caldeira contra as ações corrosivas eletrolíticas previamente descritas. Para manter este filme protetor a
água deve ser alcalina e ter condições redutoras.
ARRASTE
2. EFEITOS DO ARRASTE

Sólidos na água da Caldeira, levados juntos com o vapor, formarão depósitos em válvulas
não-retorno e de bloqueio, superaquecedores, válvulas de controle e turbinas.
O arraste pode contaminar o processo em curso e abaixar a qualidade do produto. Deposição
em superaquecedores pode promover falha devido ao superaquecimento.

Partículas sólidas no vapor podem levar a erosão de partes da turbina, enquanto depósitos
nas palhetas da turbina podem reduzir a sua eficiência. Uma redução de 5% na eficiência de
turbinas não é incomum.
4.1.5.3. CAUSAS DO ARRASTE
Uma incompleta separação do vapor da mistura vapor-água na caldeira resulta em arraste. Os
fatores que prejudicam a separação do vapor podem ser classificados como mecânicos ou químicos.
- Mecânicos :projeto da Caldeira, nivel alto de água, método de queima.
- Químicos : alta concentração de sólidos totais na água da Caldeira, alta concentração de sólidos suspensos,
alta alcalinidade, óleo, vaporização de sólidos na água da Caldeira e, um tipo impróprio de tratamento químico
externo ou interno.

4.1.5.4. PREVENÇÃO DO ARRASTE

O arraste nunca pode ser completamente eliminado. Os melhores projetos de Caldeira, com um bem
controlado tratamento de água, produz traços de arraste (0,005 - 0,01ppm). Contudo, a consideração real
quando projetando uma Caldeira é a quantidade de arraste que pode ser tolerada.
Embora os fabricantes de Caldeiras normalmente não garantam uma pureza do vapor abaixo de 1ppm, níveis de pureza
abaixo de 0,1ppm são rotineiramente obtidos.
As medidas necessárias para prevenir o arraste podem ser divididas em mecânicas e químicas.

MECÂNICAS: garantir uma boa separação entre o vapor e a água. Caldeiras operando até 300psig,
apenas por gravidade fornece um bom resultado de separação, visto que ainda existe uma grande
diferença entre a densidade da água e do vapor. Portanto, um adequado espaço entre o vapor e a
superfície da água garantirá a pureza desejada. Entretanto, a medida que a pressão aumenta, a
diferença de densidade decresce rapidamente, reduzindo a força de separação. O custo de um tubulão,
com um tamanho adequado para separar vapor e água em altas pressões, apenas por gravidade, seria
exorbitante.
Para manter tamanhos econômicos de tubulões em altas pressões, dispositivos para separação
mecânica são instalados internamente ao tubulão. Estes dispositivos são classificados em três
categorias: separação primária, "lavagem" do vapor e separação secundária.

A Separação Primária utiliza chicanas para separação da água do vapor; reduz também a
turbulência dentro do vapor; é responsável pela maior separação de sólidos.
QUÍMICAS :os principais fatores químicos causando o arraste são: sólidos totais dissolvidos,
alcalinidade, sílica e óleo contido na água.
Para evitar que estes fatores provoquem o arraste, a concentração destes elementos deve ser limitada
na água da Caldeira. Isto pode ser feito por meio de tratamento externo e descargas.

O uso de agentes anti-espumantes, em muitos casos, reduz significativamente a tendência de arraste.


Embora o propósito inicial da aplicação de um anti-espumante é a geração de vapor com alta pureza,
benefício econômico adicional é frequentemente experimentado por meio da redução das descargas
requeridas.

Quando o Contaminante orgânico for algum tipo de detergente sintético originário do processo industrial, a
ação dos agentes anti-espumante torna-se pouco eficaz. A solução neste caso, é localizar e eliminar a fonte
de contaminação.
EXEMPLOS DE SEPARADORES PRIMÁRIO
4.1.6. DESCARGAS
Todos os sólidos dissolvidos e suspensos que entram na Caldeira com a água de alimentação,
permanecem no tubulão e tubos quando o vapor é gerado. A adição contínua de água de make-up vai
aumentando cada vez mais a concentração no tubulão da Caldeira. Finalmente, atinge-se um ponto onde
a operação a partir deste torna-se insatisfatória.

O limite pode ser sólidos suspensos, sólidos totais, sílica, alcalinidade, etc.
Para não ultrapassar os limites aceitáveis para estas impurezas, deve-se remover parte d'água da
Caldeira localizada no Tubulão. Por esta razão, Caldeiras são equipadas com conexões de descarga.
A descarga pode ser intermitente ou contínua, ou uma combinação de ambas, dependendo da
quantidade de água a ser removida e reposta pela alimentação.

A DESCARGA INTERMITENTE é tomada do fundo do tubulão de lama ou do ponto mais baixo do


sistema de circulação. A válvula de descarga de fundo é aberta manualmente ou automaticamente para
remover lama acumulada. Isto é feito a cada 4 até 8 horas, ou quando a Caldeira está ociosa ou em baixa
carga.

A principal desvantagem é a não recuperação do calor da água. Também, com descarga intermitente, os
sólidos contidos na água da Caldeira estão continuamente variando, prejudicando assim a pureza da
água.
Para evitar problemas de arraste o operador da Caldeira deve realizar as descargas de fundo dentro de intervalos de
tempo regulares.

DESCARGA CONTÍNUA, como o próprio nome já explica, é a remoção contínua da água concentrada da
Caldeira. Oferece vantagens adicionais quando comparada a descarga de fundo. As principais são as
seguintes:

a) A descarga, assim como a água de reposição, são fluxos estáveis ao invés de representarem picos
ocasicionais;

b) Os sólidos totais dissolvidos na água da Caldeira permanece constante para uma dada carga e assim
também a pureza do vapor;

c) Uma vez que a válvula de descarga foi setada para uma dada condição não é
necessário a intervenção regular do operador;

d) A maior vantagem da descarga contínua é que ela permite a recuperação do calor.


Quando a descarga contínua é instalada, a descarga de fundo é usada
aproximadamente uma vez a cada 8 horas para remover sólidos suspensos que se
sedimentaram nas partes mais baixas da unidade.
A descarga de fundo é uma boa prática se ou não descarga contínua é instalada.

DETERMINAÇÃO DA PORCENTAGEM DE DESCARGA:

Vapor (V)

Água de Alimentação (A)  ST = ppm CALDEIRA C = ppm  Descarga (D)

O primeiro passo para se determinar a porcentagem de descarga, é


determinar o no máximo de ciclos de concentração (N) para cada uma das
impurezas - sólidos, sílica, etc. A impureza com o menor ciclo de concentração
(N) será o fator controlador.
7. OBJETIVOS DO TRATAMENTO DE ÁGUA

O tratamento de água para uso em Caldeira é necessário para proteger as partes de


pressão da Caldeira em contato com a água contra corrosão e para prevenir a
formação de depósitos (incrustações). Isto assegura que a instalação seja mantida
em uma condição satisfatória e também exerce algum controle sobre os sólidos
totais dissolvidos na água da Caldeira , reduzindo assim as descargas.

Águas ácidas ou muito alcalinas atacarão o aço usado na construção das partes de
pressão da Caldeira, resultando em corrosão e eventual falha.

A formação de depósitos sobre as partes de uma Caldeira aquecida pelos gases de


combustão, resultará na elevação da temperatura do metal devido ao efeito isolante
do depósito. Se a deposição prossegue, ela pode causar deformação e ruptura das
partes aquecidas devido a redução da resistência mecânica dos materiais (aços) em
altas temperaturas.

8. PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Esses podem ser Interno em Externo ou Combinado, sempre usando produtos


químicos para obter seus melhores resultados.
A evaporação da água dentro da Caldeira, no processo de formação de vapor, deixa
a água remanescente mais e mais concentrada em impurezas. Se suas
concentrações excedem limites de solubilidade, resultam em precipitações.
Evidentemente, tratamentos adicionais são requeridos.

A finalidade do tratamento de água interno a Caldeira é para quimicamente corrigir a


água para prevenir depósitos, também para inibir corrosão, contaminação do vapor e
fragilidade. Este tratamento, de alguma maneira, é aplicado para praticamente todas
as Caldeiras, não importando quão sofisticado seja o programa de Tratamento
Externo. O motivo disto, é que em algum grau, impurezas entram na Caldeira com o
condensado e/ou com a água de alimentação. A quantidade e tipo de
produtos químicos adicionados depende das condições de operação da instalação e
da análise da água de alimentação.

Tratamento Interno sozinho não é recomendado. Caldeiras não são projetadas para
serem reatores químicos. Os sais adicionados a água de alimentação devem estar
restritos aqueles cuja a necessidade melhora o tratamento após a água ter sido
processada; quando possível adicionar antes da água entrar na Caldeira.
CARACTERÍSTICA DA ÁGUA RECOMENDADA PARA
CALDEIRAS FOGOTUBULARES
(BS 2486: 1978 -pag. 9)
PARA PRESSÕES ATÉ 25 bar
DUREZA TOTAL NA ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO, mg/1
2 20 40
CaCO3 máx.
ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO
VALOR pH 7,5 a 9,5 7,5 a 9,5 7,5 a 9,5
OXIGÊNIO * * *
SÓLIDOS TOTAIS, ALCALINIDADE, SÍLICA * * *
MATÉRIA ORGÂNICA * * *
ÁGUA DA CALDEIRA
DUREZA TOTAL, mg/1Ca CO3 máx. ND ND ND
FOSFATO DE SÓDIO mg/1Na3PO4 50 a 100 50 a 100 50 a 100
ALCALINIDADE CAUSTICA mg/1Ca CO3 min. 200 300 350
ALCALINIDADE TOTAL mg/1Ca CO3 máx. 700 700 1200
SILÍCA, mg/1 SiO2 máx. MENOR QUE 0,4 DA ALCALINIDADE CAUSTICA
SULFITO DE SÓDIO mg/1Na2SO3 ou HIDRAZINA, mg/1 N2H4 30 a 70 30 a 70 30 a 70

0,1 a 1,0 0,1 a 1,0 0,1 a 1,0

SÓLIDOS SUSPENSOS, mg/1 máx. 50 200 300


SÓLIDOS DISSOLVIDOS mg/1 máx. 2000 3000 3500

(ND) Não detectável


( * ) Os valores numéricos dependem das circunstâncias
4.2.7. PRESERVAÇÃO DE CALDEIRAS
INATIVAS
-Quando uma Caldeira está fora de uso precauções devem ser tomadas para protege-la contra
Corrosão.

-Caldeiras em prontidão: manter a Caldeira cheia de água em uma condição alcalina (pH entre
9,5 e 10,5).

Se praticável, encher a Caldeira até o transbordamento com água de alimentação desaerada quente,
antes que a Pressão de Vapor caia a zero e enquanto a água está estável no ponto de ebulição.

-Adicionar produtos químicos à Caldeira através da linha de alimentação de produtos químicos, é


necessário p/ manter o pH (Amonia ou Aminas ou trifostato) e sequestrar o oxigênio (Hidrazina ou
Sulfito).
- Caldeiras em hibernação:
*Drenar, limpar e secar corretamente a Caldeira, por circulação de ar quente.

*Espalhar dissecante sobre bandejas; distribuir as bandejas pelos Tubulões da Caldeira.

*Fechar hermeticamente todas as aberturas da Caldeira, para evitar a entrada de ar úmido.

*O dissecante (sílica-gel ou cal virgem) deverá ser examinado periódicamente,


possivelmente a cada 06 (seis) semanas, para a substituição da "cal virgem" ou reativação
da sílica-gel.

Recomenda-se a seguinte quantidade de dissecante:

*Cal virgem: 1,06kg cal/1m3 de vol. int. da Caldeira.

*Sílica-gel: 2,65kg sílica/1m3 de vol. int. da Caldeira


4.2.8. LIMPEZA ÁCIDA
-Utilizada para remoção das escamas e lama operacional;

-Deverá ser realizado por firma especializada;

-Vantagem sobre a limpeza mecânica: é mais eficiente e economica (demanda


menos tempo de paralização do equipamento);

-Utiliza geralmente ácido muriático inibido para limpeza química;

-O Super-aquecedor deverá ser cheio com água ou isolado a seco quando


possível, não permitindo a passagem de água com ácido.

Posteriormente, o mesmo será limpo só soprando Vapor.


4.2.9. PROGRAMA MÍNIMO PARA MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS

1. Programa de manutenção diária

- Descarga de Fundo;
- Descarga do Indicador de Nível;
- Descarga da Garrafa de Nível;
- Sopradores de Fuligem;
- Casa da Caldeira;
- Mancais do Ventilador;
- Motores e Variadores de velocidade;
- Bomba de Alimentação d'água;
4.2.9.2. Programa de manutenção semanal
-Válvulas de segurança: uma vez por semana devem ser verificadas; operá-las
quando a Caldeira estiver em baixa carga.

-Válvulas em geral: uma revisão no funcionamento de todas as Válvulas deve ser


feita semanalmente, corrigindo as que apresentarem vazamentos e revisando as
juntas das mesmas.
-Paradas semanais: sendo utilizado o regime de paradas do Gerador nos
dias de domingo, certos cuidados são necessários quando a unidade fica de fogo
apagado, e retorna ao trabalho na segunda-feira:

a) Efetuar uma Descarga de Fundo antes de desligar a Caldeira;

b) Funcionar com os Sopradores de Fuligem se as condições permitirem;

c) Proceder a extinção do fogo de acordo com o equipamento de queima;


d) Após todos os gases combustíveis, vapores, etc., terem sidos removidos, interrompa a tiragem e
feche todas as aberturas para fornalha; deixe que a unidade resfrie gradualmente;

e)Alimente a Caldeira de água, manualmente, mantendo um nível elevado no indicador de


nível d'água;

f) Quando a pressão cair o suficiente, feche a Válvula de saída geral de vapor;

Nota:

1Mantenha a Caldeira sempre cheia d'água, a fim de serem reduzidas as tendências de


corrosão, mesmo se a parada for por apenas alguns dias.

2Aproveitar essas paradas para fazer todas as correções e revisões assinaladas na manutenção
diária.
4.2.9.3. Programa de Manutenção Mensal
- Controles automáticos: Limpeza das superfícies de contato;

- Filtros de água: Proceder limpeza;


- Tanque de Condensado: Testar Válvula de bóia; verificar sedimentos;
- Motores elétricos: Verificar lubrificação;
- Bombas: Verificar gaxetas; verificar alinhamento;
- Parafusos de fixação: Verificar de todos os motores e Bombas;
- Purgadores: Verificar funcionamento;
4.2.9.4. Programa de Manutenção Trimestral
-Alvenaria e isolantes: Verificar o estado do material refratário; verificar o isolante, também
quanto a vazamentos;

5. Programa de Manutenção Semestral

-Invólucros e Dutos: Verificar se não existem vazamentos;


-Tubos, Tubulões e Coletores: Verificar erosão, corrosão, vazamentos,
incrustações, dilatação dos Tubos;

-Material refratário: Verificar rachaduras, vazamentos, juntas de dilatação;

-Material isolante: Verificar vazamentos, desgastes e juntas de dilatação;


4.2.9.6. Programa de Manutenção Anual
- As inspeções anuais devem ser completas, e incluir um Exame Interno e Externo de todo o
Conjunto, podendo ser estabelecido um critério de manutenção em que coincida a 2ª
Manutenção Semestral com a Anual, destacando-se nesta última os seguintes tópicos:
. Limpeza Interna;
. Limpeza Externa;
. Material Refratário e Isolante;
. Tanques de Água de Alimentação;
. Bombas;
. Grelha;
. Ventiladores;
. Invólucro e Dutos;
. Válvulas de Segurança;
. Motores Elétricos.

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