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Nível Básico

Sistemas de Instalações Prediais

Sistemas de Instalações Prediais


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Sumário

1 - Instalações Hidráulico-Sanitárias Mínimas ....................................................... 05

2 - Caixa D’água: Instalação de uma Caixa D’água ............................................... 12

3 - Dimensionamento da Instalação Hidráulica ....................................................... 15

4 - Instalação de Água Quente .............................................................................. 18

5 - Vedantes ............................................................................................................ 20

6 - Rabichos ou Engate ........................................................................................... 21

7 - Instalações Prediais de Esgoto Sanitário - NBR 8160/83, da ABNT ................. 21

8 - Dispositivos Hidráulicos de Controle (Manutenção) ......................................... 25

9 - Escalas .............................................................................................................. 30

10 - Instalação de Água Fria ................................................................................... 32

11 - Exemplos de Planta Baixa de Esgoto Sanitário ............................................... 32

12 - Seqüência de Execução de uma Instalação Hidráulica ................................... 35

13 - Referências Bibliográficas ............................................................................... 36

Sistemas de Instalações Prediais


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Dando continuidade ao projeto “Edifício Vale dos Coqueiros”, vamos agora estudar um
pouco sobre os Sistemas de instalações prediais-água, esgoto e gás. Iniciaremos falan-
do sobre as instalações hidráulico-sanitárias mínimas.

1 - Instalações Hidráulico-Sanitárias Mínimas

As instalações prediais de água e esgotos têm como finalidade fazer a distribuição da


água, em quantidade suficiente, e promover o afastamento adequado das águas servi-
das, criando, desta forma, condições favoráveis ao conforto e segurança dos usuários.

Toda habitação, por mais simples que seja, deve possuir sistema de abastecimento de
água e condições satisfatórias de esgotamento dos resíduos. Atendendo às exigências
sanitárias mínimas, consegue-se atenuar o perigo das contaminações; mas esse perigo
não é eliminado completamente, razão pela qual é necessário que as populações e os
governos adotem critérios segundo os quais as atividades sanitárias sobrepõem às de
ordem econômica.

As instalações residenciais mínimas compreendem as seguintes peças de utilização:


uma bacia sanitária, um lavatório, um chuveiro, uma pia de cozinha, um ralo sifonado e
um tanque. Em projetos especiais, podem ser suprimidas e/ou acrescentadas algumas
peças, obedecendo, porém, às recomendações da tabela.

A distribuição da água quente em instalações prediais tem por finalidade atender aos
usos domésticos como banho, lavagem de roupas e utensílios de cozinha, tornando-se
indispensável em ambiente de maior conforto.

As águas pluviais deverão ser conduzidas, por instalações especiais, aos cursos d’água
disponíveis na região. A ligação do esgotamento das águas pluviais das edificações à
rede pública é feita através de uma caixa de areia ou de um poço de visita.

As instalações de proteção e auxílio ao combate a incêndios são independentes das ins-


talações de distribuição da água, porém utilizam o mesmo reservatório. Ocupam lugar de
destaque especial num projeto, pois é sabido que sua ausência ou má execução causam
prejuízos irreparáveis às populações. O valor de uma vida humana justifica todas as des-
pesas, por mais elevadas que sejam, daí o objetivo de resguardá-la das conseqüências
de um incêndio.

Partes integrantes da instalação predial

Define-se como o conjunto de canalizações, aparelhos e dispositivos hidráulicos de con-


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trole, empregados no abastecimento e distribuição de água em uma residência. Para
facilitar a compreensão e estudo, esse conjunto foi dividido em partes que são:

Alimentador predial: tubulação compreendida entre o hidrômetro e o reservatório infe-


rior ou superior das edificações.

Reservatório inferior: é próprio dos edifícios com vários andares. A água que fica de-
positada nesse reservatório é recalcada para o reservatório superior, através de moto-
bombas.

Reservatório superior: são caixas que ficam na laje ou forro das edificações e desti-
nam-se ao suprimento de água por gravidade. É sabido que, quanto mais alto estiver o
reservatório, maior será a pressão hidráulica exercida nas tubulações. Dessas caixas,
nascem os barrilhetes, as colunas de distribuição e as colunas destinadas ao combate
de incêndios.

Moto-bombas: conjunto formado por um motor elétrico e uma bomba, que pode ser de
vários tipos, dentre eles estão as bombas centrífugas, bomba de pistão, de diagrama,
etc. As moto-bombas ficam instaladas próximo aos reservatórios inferiores. Há, em geral,
duas motos-bomba, sendo que uma destina-se à reserva em caso de defeito.

Barrilhetes: são as tubulações que ficam logo abaixo da caixa d’água, na horizontal,
dotadas de registro geral e de luva de união. Desses barrilhetes, nascem as colunas de
distribuição.

Coluna de distribuição: tubulação vertical, cuja origem pode ser nos barrilhetes ou
diretamente do fundo das caixas d’água. Essas colunas, no interior das residências,
são dotadas também de registro geral e se destinam ao abastecimento dos ramais de
alimentação.

Ramal de alimentação: são canalizações compreendidas entre as colunas de distribui-


ção e os sub-ramais.

Sub-ramal: são as canalizações que ligam os ramais às peças de utilização.

Rede de distribuição: conjunto de canalizações, constituído de barrilhete, colunas de


distribuição, ramais e sub-ramais ou de alguns desses elementos.

Instalação predial: conjunto de canalizações, aparelhos, equipamentos e dispositivos,


empregados no abastecimento e distribuição predial de água.

Coluna de incêndio: são canalizações instaladas nos edifícios, para combater incên-
dios. Essas canalizações podem ser de ferro galvanizado ou outros metais.

Tipos de tubos

Para realização de trabalhos de qualidade, o profissional precisa conhecer os diversos


materiais disponíveis no mercado e como aplicar os mesmos.
Vamos conhecer alguns materiais utilizados em instalações hidrossanitárias?
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Tipos de tubos

• CPVC
• cobre
• ferro galvanizado
• PVC soldável/roscável
• PEX (polietileno reticulado)
• polipropileno

Texto Complementar: Tubos de CPVC

A matéria-prima para fabricação de tubos e conexões é o CPVC (policloreto de vinila


clorado), que proporciona resistência à condução de líquidos sob pressões e altas tem-
peraturas. Os tubos de CPVC são fabricados nos diâmetros externos (DE) 15mm, 22mm
e 28mm (diâmetros de referência ½”, ¾” e 1”) em barras de 3m com pontas lisas e são
dimensionados para trabalharem com as seguintes pressões de serviços:
• 6 KgF/cm2 ou 60 m.c.a conduzindo água a 800 C;
• 24 KgF/cm2 ou 240 m.c.a conduzindo água a 200 C.

Observação: Os tubos e conexões de CPVC não são indicados para condução de “va-
por”.

Vantagens: as principais vantagens dos tubos de CPVC são:

• junta soldável a frio através de processo químico;


• facilidade de instalação devido à rapidez e facilidade na execução das juntas;
• isolamento: devido a sua baixa condutividade térmica, não exige a aplicação de
isolantes térmicos.

Texto Complementar: Tubos de cobre

Características e vantagens: os tubos e conexões de cobre são fabricados com 99,9%


de cobre e 0,1% de fósforo, nos diâmetros de 15mm (1/2”) a 104mm (4”).

Tubos: são empregados em instalações de água quente, fria, canalização de gás, in-
cêndio, energia solar e coluna de incêndio. Podem ser encontrados em três classes de
acordo com as espessuras de parede: Classe “E”, Classe “A”e Classe “I”.

Classe “E”: tubo de parede fina, projetado para emprego em instalações hidráulicas
prediais de água quente e fria.

Classe “A”: tubo de parede intermediária, que possui as mesmas características do


tubo CLASSE “E”, sendo mais utilizado para instalações de gás.
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Classe “I”: tubo de parede mais grossa sendo mais utilizado para instalações de alta
pressão.

Por ser o cobre ótimo condutor de calor, as instalações de água quente feitas com tubos
desse material devem ser providas de isolamento térmico. A montagem de uma rede em
tubos e conexões de cobre é feita através de solda branca (liga de estanho e chumbo).

Texto Complementar: Tubos galvanizados

Material de fabricação: ferro maleável.

Tipos de linha de fabricação: tubos e conexões para instalações hidráulicas, gás, óleo,
etc. A montagem de uma rede em tubos e conexões de ferro galvanizado é feita por ros-
queamento entre as peças.

Vantagens e características gerais: linhas completas, resistência à pressão, proteção


com camada de zinco contra os efeitos do tempo, resistência mecânica.

Texto Complementar: Tubos e conexões de ferro galvanizado

Os tubos e conexões de ferro galvanizados são utilizados em instalações prediais de


água fria, água quente, instalações para auxílio ao combate a incêndios, instalações de
gás, dentre outras. Devem ser fabricados de acordo com a especificação NBR 5580/84
da ABNT, que prevê classes diferentes de pressões. Os tubos e conexões utilizados em
instalações prediais são de classe média, com as seguintes características: têm baixo
teor de carbono; são submetidos a pressão de teste de 5000 Kpa ( 500 m.c.a); são fabri-
cados em varas de 6 metros, com roscas nas duas extremidades.

Texto Complementar: Tubos de PVC soldável

Características da linha soldável: os tubos e conexões soldáveis têm, como principal


vantagem, a sua facilidade de instalação, pois dispensam equipamentos ou ferramentas
mais sofisticadas, o que se traduz por uma maior economia de mão-de-obra e do preço
por metro instalado.

Como executar uma junta soldável

Lista de materiais necessários para boa execução do trabalho:

1 - lixa;
2 - arco de serra;
3 - lima meia cana murça;
4 - estopa branca;
5 - pincel;
6 - solução limpadora;
7 - adesivo plástico.

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Tubos ponta e bolsa, hidráulicos e sanitários

Os tubos de PVC soldáveis são fabricados com suas bitolas cotadas em milímetros. Os
mais comuns são: 20mm; 25 mm; 32 mm; 40 mm; 50 mm; 60 mm;

Texto Complementar: Tubos de PVC rosca

Características da linha roscável: os tubos roscáveis possuem maior espessura de


paredes que seus equivalentes da linha soldável. Isso ocorre para compensar uma parte
dessa espessura de parede, que é perdida quando da abertura da rosca. Por esse mo-
tivo, os tubos roscáveis apresentam vantagens em instalações aparentes, contra even-
tuais choques ou impactos que possam ocorrer. Além disso, o sistema roscável facilita a
desmontagem e remanejamento da instalação nos casos de redes provisórias.

Como executar uma junta roscada

Lista de material necessário para boa execução do trabalho:

1 - arco de serra;
2 - torno ou morsa;
3 - tarraxa;
4 - lima meia cana murça ou lixa de pano nº 100;
5 - chave de grifo ou chave de cano;
6 - fita veda-rosca.

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Para tubos de ferro galvanizado, seguir o mesmo esquema usando, porém, tarraxa pró-
pria para ferro galvanizado e óleo lubrificante para abertura das roscas.

Os tubos de PVC roscável e os tubos de ferro galvanizado são fabricados com suas bi-
tolas cotadas (medidas) em polegadas. Exemplos:

• ½” lê-se: meia polegada;


• ¾” lê-se: três quarto de polegada;
• 1” lê-se: uma polegada;
• 1 ¼” lê-se: uma polegada e um quarto de polegada;
• 1 ½” lê-se: uma polegada e meia;
• 2” lê-se: duas polegadas.

Texto Complementar: Tubos em polipropileno

A matéria-prima para fabricação de tubos e conexões em polipropileno é o Copolímero


Random, que proporciona resistência à condução de líquidos sob pressões e altas tem-
peraturas.

Os tubos de polipropileno são fabricados nos diâmetros externos (DE) 20, 25, 32,40, 50,
63, 75, 90 mm, em barras de 3m com pontas lisas e são dimensionados para trabalha-
rem com as seguintes pressões de serviços:

• 5,1 a 10 Kgf/cm² a 80°c;


• 24 Kgf/cm² a 20°c.

Observação: Os tubos e conexões de polipropileno não são indicados para condu-


ção de “vapor”.

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Vantagens: as principais vantagens dos tubos de PPR são:

• facilidade de instalação devido à rapidez e facilidade na execução das juntas;


• isolamento: devido a sua baixa condutividade térmica, não exige a aplicação de
isolantes térmicos;
• resistência mecânica, por suas paredes serem espessas;
• mínimas perdas de carga.

Material necessário para execução da junta elástica

Como executar juntas elásticas

1- Lima para chanfrar ponta dos tubos;


2- Arco de serra para o corte dos tubos;
3- Rasqueta para retirar as rebarbas;
4- Estopa para limpar as peças;
5- Metro para medir as profundidades das bolsas;
6- Lápis para marcar;
7- Pasta lubrificante para lubrificar a junta.

Diâmetros de tubos linhas hidráulicas (equivalências)

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Os tubos de PVC para esgoto são também fabricados com suas bitolas cotadas em
milímetros. Os mais comuns são:40 mm (sem cavidade para colocação de anel de veda-
ção); 50 mm; 75 mm; 100 mm; 150 mm;

2 - Caixa d’água: instalação de uma caixa d’água

• Recipiente para colocar uma


certa quantidade de água
para reserva.
• Tipos e tamanhos diversos.

Agora que você já conhece alguns materiais, vamos ver conceitos importantes da hidráu-
lica: Força, Pressão e Perda de Carga.

Força: muitas pessoas confundem peso e pressão. Veremos agora que peso e pressão
são dois conceitos bem diferentes. Para que possamos levantar uma caixa, ou mesmo
empurrar um carro emperrado, temos que realizar um determinado esforço. A esse es-
forço muscular aplicado, nós denominamos “força”.

Como medir uma força: assim como expressamos as medidas de comprimento em


metros, a de tempo em horas ou a de volume em m3, dizemos que as forças podem ser
medidas em quilograma-força ou Kgf.
Popularmente é muito comum dizermos “quilo” para as coisas que queremos pesar.

Noções de hidráulica e produtos básicos

• Pressão
• Vazão
• Velocidade
• Perda de carga
• Golpe de aríete
• Registro de gaveta
• Válvula de esfera
• Torneira de bóia
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Pressão em hidráulica

A pressão que a água exerce sobre uma superfície qualquer só depende da altura do
nível da água até essa superfície. Podemos então dizer que: a pressão não depende do
volume do recipiente.

Exemplo: Princípio dos vasos comunicantes:

• níveis iguais originam pressões iguais. A pressão não depende da forma do reci-
piente;
• nos edifícios, o que ocorre com a pressão exercida pela água nos diversos pontos
das canalizações é o mesmo que nos exemplos anteriores, isto é, a pressão só
depende da altura do nível da água, desde um ponto qualquer da tubulação até o
nível da água no reservatório.

Exemplo: Qual dos dois reservatórios tem maior pressão?

Nenhum dos dois, a pressão é a mesma, pois ambos têm a mesma altura manométri-
ca!

Como medir a pressão?

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As pressões são medidas em kgf/cm2 (quilograma força por centímetro quadrado).
Outra forma bastante usual é o m.c.a. (metro de coluna d’água). Como podemos medir
a pressão?

Nos prédios, a pressão só depende da altura do nível d’água, desde um ponto qualquer
da tubulação até o nível d’água do reservatório.

Qual é a pressão estimada em


m.c.a neste andar?

Entre 20 e 25 m.c.a.

Perda de carga: distribuída

Até agora falamos e, inclusive demons-


tramos, que a pressão só varia se variar-
mos a altura da coluna de água.

Como se explica, então, o fato de que


podemos aumentar a pressão, em um
chuveiro, por exemplo, simplesmente au-
mentando o diâmetro da tubulação que
abastece esse chuveiro?

Vejamos: vamos imaginar que a água que escoa em um tubo seja composta de minús-
culas bolinhas.

Verificações práticas mostram que o escoamento dos líquidos nas tubulações pode ser
turbulento.
Os choques das partículas entre si causam a perda de energia do líquido.
Essa perda de energia, que se traduz em forma de perda de pressão, é o que nós deno-
minamos de “perda de carga”.

Perda de Carga Localizada

A perda de carga localizada ocorre nos casos em que a água sofre mudanças de direção.
Um exemplo é a sua passagem por joelhos, tês, reduções, registros, etc.

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Exemplo: Ainda estudando princípios de hidráulica, va-
mos ver tipos de pressão e as unidades de medidas.

Pressão Estática - Pressão Dinâmica - Pressão de


Serviço

Pressão:
• com a água parada, temos a pressão
estática;
• com a água em movimento, a pressão
é denominada de pressão dinâmica,
e a pressão de serviço é a pressão
máxima a que podemos submeter um
tubo ou conexão ou outros dispositi-
vos, quando em uso normal.

Unidades de Pressão

As unidades de pressão são as seguintes:


• (Kgf/cm2) quilograma força por centí-
metro quadrado;
• M.C.A. - Metro de coluna d’água;
• LB/Pol2 - Libra por polegada quadrada.
Equivalência aproximada entre as diversas unidades de pressão:
• 1 Kg/cm2 = 10 M.C.A;
• 1 Kg/cm2 +/- 15 LB/Pol2.

3 - Dimensionamento da Instalação Hidráulica

E então, pessoal, tudo bem com o estudo até o momento? Continuando, vamos estudar
um pouquinho sobre o dimensionamento, que é fundamental para o bom funcionamento
das instalações.

Devemos dimensionar a instalação hidráulica para que o uso de um aparelho ou peça


sanitária seja satisfatório e não prejudique o funcionamento de outras partes da instala-
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ção. O método mais usado pelos projetistas para dimensionar instalações hidráulicas é
o “Sistema Máximo Provável”.
Para isso é utilizado dois tipos de sistemas (sistema Máximo provável e sistema Máximo
possível).

Texto Complementar: Sistema máximo provável e sistema máximo possível

Sistema máximo provável: Admite-se que nem todas as peças são usadas ao mesmo
tempo. Mas existe a possibilidade de algumas funcionarem ao mesmo tempo.

Sistema máximo possível: Neste sistema, considera-se que todas as peças de utili-
zação alimentadas pelo ramal funcionem simultaneamente em locais onde há horários
rigorosos para utilização da água, como por exemplo: indústrias, estabelecimentos de
ensino, quartéis, etc.

Para efeito de nosso estudo, utilizaremos o sistema máximo provável.

Neste sistema, cada peça terá um diâmetro mínimo e será atribuído a ela um “peso”, que
representa a influência da mesma no funcionamento da instalação.

Através da NBR 5626 da ABNT, obtemos as tabelas 1, 2 e 3, onde encontramos os diâ-


metros mínimos, os pesos e uma relação entre as somas dos pesos e os diâmetros cor-
respondentes. Estas tabelas foram adaptadas para facilitar o dimensionamento prático
de instalações hidráulicas de pequeno porte.

Dimensionamento

Como Dimensionar?

As quantidades de água (vazões) que cada peça de utilização (torneiras, chuveiros, vál-
vulas) necessita para um perfeito funcionamento
estão relacionadas com um número chamado de
peso das peças de utilização.
Esses pesos, por sua vez, têm relação direta com
os diâmetros mínimos necessários ao funciona-
mento das peças. Portanto, para que possamos
determinar os diâmetros dos barriletes, colunas,
ramais e sub-ramais, devemos realizar alguns pro-
cedimentos.

Texto Complementar: Soma dos pesos das peças de utilização

1) Determinar, para cada trecho da instalação, a soma dos pesos das peças de utiliza-
ção.

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2) Verificar no ábaco, para o valor encontrado, qual o diâmetro de tubo correspondente.

Tabela 3

Texto Complementar: Exemplo

Vamos determinar os diâmetros das tubulações


da instalação:
Iniciamos os cálculos, partindo do reservatório.

1º Trecho AB (barrilete)
Neste trecho, sabemos que a vazão que por ali
escoa é a soma de todas as vazões das peças
de utilização da instalação.
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Sendo assim, o diâmetro mínimo necessário será aquele correspondente à soma total
dos pesos das peças da instalação, ou seja:

No ábaco, este valor de 42,8 encontra-se entre os pesos 18 e 44, correspondendo ao


diâmetro de 40mm (linha soldável) ou de 1.1/4”, caso optemos por utilizar a linha ros-
cável.

2º Trecho BC (coluna)

Observando o desenho da instalação, podemos perceber que a vazão que escoa na


coluna é a mesma que a do barrilete (cálculo anterior).
Logo, será desnecessário calcularmos o peso total para esse trecho.
Assim, o diâmetro da coluna será de 40mm (soldável) ou 1.1/4” (roscável).

3º Trecho CD (Ramal de alimentação do Bidê, Lavatório, Chuveiro, Pia de Cozinha


e tanque)

O processo é o mesmo. Somamos os pesos das peças que são alimentadas por esse
ramal, ou seja, 2,8 e, a seguir, localizamos no ábaco o diâmetro correspondente. Nesse
caso, o diâmetro necessário deverá ser o de 25mm ( soldável ) ou 3/4” ( roscável ).

4º Trecho Sub-Ramais

Válvula de Descarga
O peso para válvula é de 40,0. Logo, o diâmetro será o de 40mm (soldável ) ou 1.1/4”
(roscável).
Bidê, Lavatório, Chuveiro, Pia de Cozinha e Tanque
O peso de cada uma dessas peças, individualmente, não ultrapassa ao valor de 1,1
(esse é o maior peso para que tenhamos o diâmetro de 20mm ou 1/2”).
Assim, os diâmetros mínimos para esses sub-ramais deverão ser de 20mm ou 1/2”.

4 - Instalação de Água Quente

As instalações de água quente destinam-se a banhos, higiene, utilização em cozinhas


(na lavagem e na confecção de refeições), lavagem de roupas e a finalidades médicas
ou industriais. O abastecimento de água quente é feito em encanamentos separados dos
de água fria e pode ser de três sistemas:
1) aquecimento individual ou local (alimenta somente uma peça de utilização ex:
chuveiro);
2) aquecimento central privado (alimenta várias peças de utilização de uma resi-
dência);
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3) aquecimento central do edifício (alimenta várias peças de várias residências).

Os meios usados para aquecer a água podem ser classificados em:

• energia elétrica ou solar;


• combustíveis sólidos: madeira, carvão, etc.;
• combustíveis líquidos: álcool, querosene, gasolina, óleo, etc.;
• combustíveis gasosos: gás de rua, gás engarrafado, etc.

Texto Complementar: Colunas de distribuição

Colunas de distribuição

Quando o sistema de aquecimento utilizado for do tipo central coletivo, a distribuição da


água quente se faz pelas colunas e pode ser ascendente; descendente ou mista. O diâ-
metro da coluna deve ser calculado pelo sistema máximo provável.

Tubos utilizados:

• Ferro galvanizado;
• Polipropileno;
• Cobre;
• CPVC;
• PEX( Polietileno reticulado).

Texto Complementar: Isolamentos térmicos

Isolamentos térmicos: usamos isolamentos térmicos por 2 ( dois ) motivos:

1) para diminuir a perda de calor, economizando energia;


2) para permitir a movimentação da tubulação.

Para atender a essas características, os isolantes devem ser: flexíveis, incombustíveis e


de fácil aplicação.

Abaixo, informamos alguns tipos de isolantes, como segue:

• para tubulações embutidas: amianto em pó (traço 3:1), silicato de cálcio, vermicu-


lite e cal ( traço 3:1). Eluma Flex, calhas de isopor e cortiça moída. Esses isolan-
tes devem ser aplicados com espessura de aproximadamente 2 cm ao redor do
tubo.
• para tubulações aéreas: calha de lã de vidro. Eluma Flex, calha de isopor envolvi-
da em alumínio corrugado com espessura de 2,5 cm.

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Texto Complementar: Aquecedores de passagem

Aquecedores de passagem
a) individual

Aquecedores de acumulação

Aparelho no qual a água acumulada é aquecida. É constituído de dois reservatórios: um


interno, de aço ou cobre, no qual a água é acumulada e aquecida; outro externo, de aço,
criando assim uma camada de ar entre os dois tambores, necessária para isolação térmi-
ca do sistema. Os aquecedores são fabricados para atender a baixa pressão de serviço,
20 KPa (2 m H2O) e alta pressão, acima de 20 KPa.

5 - Vedantes

A função dos vedantes é a de eliminar as imperfeições das roscas, preenchendo minús-


culos vazios, criando, assim, um ajustamento perfeito, evitando vazamento. Os vedantes
são de diferentes tipos, diferentes estados físicos e de diferentes formas. São usados
nas instalações hidráulicas, principalmente nas ligações entre tubos e conexões. Os ti-
pos mais usados são os seguintes:

• fios de origem vegetal (sisal e algodão) usados nas junções entre tubos e cone-
xões de ferro galvanizados;
• zarcão: é um pigmento a base de chumbo, de coloração vermelha vivo e usado
como anticorrosivo; é também usado nas conexões e tubos de ferro galvanizados
e outros materiais;
• fita veda-rosca: é utilizada nas junções de tubos PVC e conexões, tubos e cone-
xões de ferro galvanizado e outros materiais; apresenta facilidade de aplicação e
obtenção, não ressecando nas juntas, tendo grande durabilidade; facilita a monta-
gem e desmontagem e possui grande resistência à pressão;
• gaxetas e retentores: são aplicados nas hastes de registros, válvulas e torneiras,
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com a finalidade de impedir vazamento e também permitir o movimento das pe-
ças;
• borracha, metal, cobre e chumbo: são usados em forma de arruelas ou anéis de
encosto, para fazer vedações em caixa d’água e outros dispositivos hidráulicos;
• além dos vedantes citados, existem outros tais como: pastas, graxas, massa epó-
xi, massa de calafetar, etc.

6 - Rabichos ou engate

São tubos rígidos ou flexíveis, utilizados para conectar peças sanitárias, bidês e lava-
tórios aos ramais de alimentação. Os rabichos podem ser de plásticos, cobre e metal,
sendo encontrados no mercado nas modalidades simples ou cromados com canopla
para acabamento.

Teste de Estanqueidade: toda instalação predial deve ser testada antes de fechada por
completo. O objetivo desse teste é detectar e eliminar vazamento em juntas ou outros
pontos da tubulação. A tubulação a ser testada deverá estar convenientemente limpa e
cheia de água fria (mais ou menos 20º C) e sem nenhum bolsão de ar no seu interior. Os
pontos que apresentarem vazamentos deverão ser corrigidos e testados novamente, até
a completa estanqueidade da tubulação.

Até o momento, estudamos as instalações de distribuição de água em residências. A


partir de agora, vamos estudar também o comportamento das instalações sanitárias,
pois não só devemos trazer a água, mas também devemos dar um destino às águas
servidas.

7 - Instalações Prediais de Esgoto Sanitário - NBR 8160/83, da ABNT

O despejo de esgoto sanitário poderá ser feito


através das seguintes formas:

a) Direto: o esgoto é lançado diretamente do


coletor predial ao coletor público, quando a
profundidade do mesmo não exceder à do
coletor público. (Figura ao lado)

b) Indireto: o esgoto é recolhido em uma


elevatória, quando a profundidade do coletor predial exceder à do coletor público
e, em seguida, é recalcado para o mesmo.

O esgotamento poderá ser direto ou indireto (tal qual o de esgoto sanitário) para os
coletores públicos de águas pluviais ou sarjetas dos logradouros. O mesmo deverá ser
projetado através do menor percurso e, conseqüentemente, precisará ser feito no menor
tempo possível.
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O esgotamento das águas pluviais deverá ser independente do de esgoto sanitário, eli-
minando, assim, a possibilidade de penetração de gases ao interior das edificações.

Além da NB 611/81, da ABNT, as instalações prediais de águas pluviais são regidas tam-
bém pelos códigos de Obras Municipais, que normalmente proíbem a queda livre das
águas dos telhados das edificações, bem como em terrenos vizinhos.

Esgoto residencial

São despejos líquidos provenientes do uso da água para fins higiênicos. O esgoto resi-
dencial se divide em duas partes:

Instalação sanitária - definições e terminologia:

Aparelho Sanitário: aparelho ligado à instalação predial e destinado ao uso da água


para fins higiênicos, ou a receber dejetos e águas servidas.
São aparelhos destinados a fornecer água para fins higiênicos e a receber dejetos e
águas servidas. Os aparelhos sanitários são normalmente confeccionados em material
cerâmico vitrificado, aço inox, fibra de vidro, etc., e deverão seguir as especificações das
normas da ABNT, para cada tipo de aparelho. As dimensões dos aparelhos sanitários
fornecidas pelos fabricantes obedecem às especificações das normas. Deverá o proje-
tista consultar os catálogos técnicos para elaborar a listagem de materiais. Os aparelhos
sanitários são: banheira, bidê, chuveiro ou ducha, ducha higiênica manual, lavatório,
mictório, pia de cozinha, tanque e vaso ou bacia sanitária.

Canalizações:

Canalização primária: canalização onde têm acesso gases provenientes do coletor pú-
blico;
Canalização secundária: canalização protegida por sifão sanitário contra o acesso de
gases provenientes do coletor público;
Coluna de Ventilação: canalização vertical destinada à ventilação e saída de gases de
sifões sanitários situados em pavimentos superpostos;
Ramal de descarga: canalização que recebe diretamente efluentes de aparelho sanitá-
rio;
Ramal de esgoto: canalização que recebe efluentes de ramais de descarga;
Tubo de queda: canalização vertical que recebe efluentes de ramais de esgoto e ramais
de descarga predial;
Sub-coletor: canalização que recebe efluentes de um ou
mais tubos de queda ou ramais de esgoto;
Tubo ventilador individual: tubo ventilador secundário
ligado ao sifão ou ao tubo de descarga de um aparelho
sanitário;
Sifão sanitário: dispositivo hidráulico destinado a vedar
a passagem de gases das canalizações de esgoto para
o interior do prédio;
Fecho hídrico: coluna líquida que, em um sifão sanitá-
rio, veda a passagem de gases;
Caixa de passagem ou de inspeção: é destinada à ins-
22 Sistemas de Instalações Prediais
peção, limpeza e desobstrução das tubulações. Pode ser feita em concreto ou alvenaria,
na forma circular (Diâmetro 60cm) ou quadrada de 60cm por 60cm;
• Profundidade máxima: 1 metro (1m);
• Distância máxima entre caixas: 25 metros (25m).

Caixa de Gordura

Caixa sifonada, destinada a separar gorduras e detritos da água servida. Pode ser em
PVC, ferro fundido, alvenaria e/ou concreto.
Suas dimensões dependem do volume de esgoto que irá receber (pia, tanque, etc).

Manutenção de caixas sifonadas e caixas de gordura

O mau cheiro em uma residência incomoda muito e, na maioria das vezes, acontece por
falta de manutenção (limpeza) nas instalações sanitárias.

A caixa sifonada ou ralo pode estar localizada em vários pontos de uma residência, mas
o local onde é mais utilizada é o banheiro.

Esta caixa, com o tempo de uso, pode vir a entupir e transbordar.

O entupimento normalmente ocorre por cabelos, gram-


pos, fios de vassoura, etc. Por esse motivo, há a ne-
cessidade de efetuar a limpeza pelo menos 3 vezes por
ano. Para fazer a limpeza, basta calçar uma luva na
mão, retirar a grelha da caixa, eliminar a sujeira colo-
cando-a num saco plástico. Caso a sadia da caixa es-
teja entupida, retirar o bujão existente no sifão da caixa
(vide desenho ao lado) e passar uma sonda para tirar
a sujeira. Não esquecer de recolocar o bujão na caixa
pois, sem ele, o mau cheiro que vem da rua entrará em
sua residência.

Ramais de descarga

A tabela que se segue fornece o diâmetro mínimo para os ramais de descarga.

• Ramais de Descarga: terão o diâme-


tro mínimo da tabela;
• Sub-Coletor e Coletor Predial: serão
do mesmo diâmetro do maior ramal
de descarga - vaso sanitário (VS);
• Ramais de Esgoto (Saída caixa sifo-
nada).

Sistemas de Instalações Prediais


23
Banheiro: até quatro aparelhos menos o vaso sanitário, o diâmetro nominal (DN) é igual
a 50mm;
Cozinha: em pia com um ou mais bojos, o diâmetro nominal (DN) é de 50mm. Em pia
mais lavadora de louças, o diâmetro nominal (DN) é de 75mm;
Área de Serviço: em tanque com um ou mais bojos, diâmetro nominal 50 mm. Em tan-
que e lavadora de roupa, o diâmetro nominal 75 mm;
Tubo Ventilador: será, no mínimo, a metade do diâmetro do ramal a ser ventilado.

Observação:
a) distância máxima da saída do tubo ventilador à saída do vaso sanitário será igual
a 2,40 metros;
b) a extremidade de um tubo ventilador deverá estar, no mínimo, 30 centímetros
acima da laje ou telhado. Em caso de terraço, deverá estar a 2 metros acima
deste.

Linha sanitária:

Os tipos de tubos e conexões existentes para uma rede de esgoto são as seguintes:
• tubo PVC rígido;
• manilha de barro.

A instalação da rede predial de esgoto em PVC tem as seguintes vantagens:


• instalação contra agentes químicos;
• paredes lisas as quais evitam incrustações de dejetos e corrosão, que causam o
entupimento;
• rapidez nas instalações;
• as conexões são encontradas para atender os diversos diâmetros.

Ralos sinfonados

Os ralos sifonados foram projetados para captar as águas provenientes de chuveiros e


de lavagem de pisos.
Quando existir a possibilidade de retorno dos gases para o interior da residência, origi-
nando o mau cheiro característico, torna-se necessário que o ralo seja conectado a uma
caixa sifonada.

24 Sistemas de Instalações Prediais


Por sua vez, as tubulações de esgotos devem ser conectadas diretamente à atmosfera
através de tubos de ventilação.

8 - Dispositivos Hidráulicos de Controle (Manutenção)

Dispositivos hidráulicos de controle são peças que compõem as instalações hidráulicas


de água fria e quente, e nos permite fechar, abrir ou dosar a quantidade de água neces-
sária para utilização. São representados, em geral, pelas válvulas e pelos registros.

Uma particularidade deste registro é


que ele foi fabricado para efetuar mui-
tas manobras. Sua instalação se dá nos
sub-ramais de alimentação de chuveiros,
banheiras, torneira de filtro. Outra particu-
laridade é que sua manutenção é simples.
Normalmente os defeitos mais comuns
são no pino de vedação e na ruptura da
gaxeta. A substituição do pino e da gaxeta
sana tais defeitos.

Registro de pressão

Peças componentes do registro de pressão com


acabamento

Registro de gaveta

Esse dispositivo é usado geralmente como registro geral. É um dispositivo para poucas
manobras. O fato é que suas partes móveis são de metal e, se ficarem se movimentando
muito, o desgaste também será maior.

Sistemas de Instalações Prediais


25
Peças componentes:

Válvula de escoamento

São válvulas de fundo instaladas para escoamento de pias de cozinha, lavatórios, tan-
ques, bidês e banheiras. São fabricadas em várias bitolas e algumas válvulas são espe-
ciais para aparelho com extravasor (ladrão). As válvulas de escoamento podem ser de
PVC e metálicas.

26 Sistemas de Instalações Prediais


Válvula de descarga (tipo primor)

Peças componentes:

Texto Complementar: Manutenção - válvula de descarga

Defeitos que podem ocorrer:

1) a válvula dispara vazando sem parar;


2) a válvula não dá descarga;
3) a válvula vaza pelo eixo.

Procedimentos:

1) o motivo de a válvula disparar pode ser: mola (nº3) quebrada ou frouxa; borra-
cha da válvula de alívio (nº 5) com defeito; pino de regulagem (nº13) com furo
entupido; êmbolo (nº 17) fica agarrando. Nestes casos, fazer limpeza da camisa
interna da válvula (com bombril ou lixa fina) e substituir as peças com defeito;
2) verificar se o registro geral está aberto; se diafragma (nº16) está muito folgado
(expandir puxando suas abas para fora);
3) substituir a gaxeta do eixo (nº 8).

Sistemas de Instalações Prediais


27
Observação: Encontra-se, para aquisição na praça, o Kit de reparos da válvula para
substituição total ou parcial das peças defeituosas.

Válvulas Hidromecânicas

Apresenta as seguintes características funcionais: registro integrado para fechar e regu-


lar o fluxo de água; sistema hidromecânico: duas forças de acionamento que garantem
sempre a abertura imediata e total da válvula; eliminação efetiva do golpe de aríete;
fechamento a favor do fluxo de água: maior estanqueidade e durabilidade; Automática:
ciclo completo de limpeza a um leve toque.

Com a válvula-base, você faz a instalação do seu banheiro durante a construção e, so-
mente após o término das obras, você coloca os acabamentos.

Alturas Mínima e Máxima de Funcionamento

Texto Complementar: Características das


válvulas hidromecânicas

• acionamento suave e isenta do golpe de


aríete;
• ótimo desempenho, independente de cli-
ma, pressão ou qualidade de água;
• simplicidade de funcionamento com nú-
mero de peças reduzido;
• maior facilidade para instalação e manu-
tenção;
• componentes internos com novos mate-
riais de alta tecnologia;
• manutenção simples, com cartucho único
de reposição;
• menor número de pontos de vedação,
com menor possibilidade de vazamentos;

28 Sistemas de Instalações Prediais


• ciclo de operação automático e auto-limpante;
• possibilidade de instalação em paredes de 1/2 tijolo, o que atende ao segmento de
construção vertical;
• pode ser instalada em alta e baixa pressão, conservando as mesmas característi-
cas funcionais.

Vaso ou bacia sanitária

A seguir, medidas de terminais de água e esgoto para fixação de vasos sanitários com
caixas acopladas.

Torneiras

Esses dispositivos são largamente utilizados nos terminais de alimentação de tanques


de lavagem, lavatórios, torneiras para jardins, garagem, etc. Alguns exemplares são do-
tados de rosca em sua extremidade de saída d’água, a fim de conectar extensões de
mangueiras, ampliando, assim, o alcance da mesma, evitando instalação de outras tor-
neiras.

Sistemas de Instalações Prediais


29
Torneira de bóia

Peças componentes:

Defeitos que podem ocorrer:

1 - bóia começa a vazar com caixa d’água cheia;


2 - flutuador com furo e cheio de água.

Procedimentos:

1 - desmontar a torneira de bóia, retirar o pino de vedação (nº 4) e substituir a bor-


racha ( nº 3 );
2 - flutuador (nº 9) furado, cheio de água: substituir a torneira de bóia.

Dica de estudo

Dispositivo usado para controlar o nível da água nos reservatórios inferiores e superiores
das edificações, de fácil manutenção e instalação, bastando, portanto, substituir a borra-
cha de vedação. Mesmo em casos de o flutuador estar totalmente acionado, a torneira
ainda deixa passar a água para o reservatório.

Após os estudos realizados acima sobre Instalações Hidráulicas e Sanitárias, passare-


mos a conhecer um pouco sobre Projetos e apresentaremos alguns desenhos isométri-
cos e Planta Baixa de Esgoto Sanitário.

9 - Escalas

Os tipos de escalas podem ser: natural, redução e ampliação.

Importância do emprego da escala


É impossível representar, no desenho, uma casa de 100m² de construção ou um prédio
de grandes proporções, ou mesmo uma peça para relógio de pequena dimensão. O re-
curso será, então, reduzir ou ampliar o desenho, conservando a proporção do objetivo a
ser executado.

Por isso é preciso fazer o desenho na mesma medida, reduzindo-o ou ampliando-o e,


para isso, estaremos empregando escalas. Escala é, portanto, a relação das medidas do
30 Sistemas de Instalações Prediais
desenho e as medidas da casa ou peça.
Escala natural: usada quando o desenho for do mesmo tamanho da peça ou quando
tiver as mesmas dimensões indicadas nas cotas.
Escala de redução: usada quando o desenho de uma peça for efetuado em tamanho
menor que o tamanho real da peça.
Escala de ampliação: usada quando o desenho da peça for efetuado no tamanho maior
que a peça.

A interpretação de uma escala é feita utilizando dois números. O primeiro numero refere-
se ao desenho, e o segundo número refere-se à peça.

Exemplo:

A redução ou ampliação só terá efeito para o traçado


do desenho, sendo que, nas costas, são colocadas as
medidas reais da peça.

Em escalas, as medidas angulares não sofrem redução ou ampliação, como as medidas


lineares.

Observação: Seja qual for a escala empregada, um ângulo será sempre representado
com valor real.

Exemplo de Desenho Isométrico de Instalações Hidráulicas

Sistemas de Instalações Prediais


31
10 - Instalação de água fria

11 - Exemplos de planta baixa de esgoto sanitário

Instalação secundária
de esgoto

32 Sistemas de Instalações Prediais


Ramal de descarga, ramal de esgoto,
tubo de queda e subcoletor

Exemplo de planta baixa de


esgoto sanitario

Sistemas de Instalações Prediais


33
Veja, no Texto Complementar, as medidas em relação ao piso acabado e parede acaba-
da referente a dispositivos hidráulicos, terminais de água e terminais de esgoto sanitário.
Estas medidas deverão ser seguidas para uma melhor estética e ergonomia da instala-
ção.

Texto Complementar: Tabela de terminais de água

34 Sistemas de Instalações Prediais


Texto Complementar: Terminais ou sub-ramais em relação ao piso acabado

Texto Complementar: Base de medidas da distância das peças sanitárias em


relação à parede acabada centro da peça

Texto Complementar

12 - Seqüência de Execução de uma Instalação Hidráulica

1° - analisar o projeto de forma crítica a fim de entender, ter uma visão geral do serviço
a ser executado, conhecer detalhes, etc.;

2° - fazer a listagem do material completa e detalhada para que não se tenham proble-
mas futuros como falta ou sobra excessiva de materiais;
Sistemas de Instalações Prediais
35
3° - riscar a parede respeitando as medidas do projeto, o nível da tubulação, os esqua-
dros, etc.;

4° - fazer o corte na parede de modo que o tubo entre livre com uma margem de mais ou
menos um centímetro;

5°- instalar os tubos respeitando as normas e usando técnicas de roscar, soldar, utilizar
vedantes de forma corretas;

6°- fazer o teste de estanqueidade e, se houver vazamentos, fazer a correção;

Observação.: Ao instalar os dispositivos hidráulicos (válvulas, registros, etc.), posicionar


os mesmos de forma que os castelos desses dispositivos fiquem rentes ao acabamento
final da parede para manutenções futuras.

13 - Referências Bibliográficas

• Catálogo Técnico Tubos e Conexões Tigre


• Catálogo Técnico Tupy Conexões
• Catálogo Técnico JMS
• Catálogo Técnico Eluma Conexões
• Catálogo Técnico Metrila Metais
• Catálogo Técnico DOCAL
• Catálogo Técnico DECA Hydra

Pagina/Texto ou Figura/Fonte

03 - Tubos CPVC - Manual Técnico Tigre


03 - Tubos de Cobre - Manual Técnico Eluma
04 e 05 - Tubos de pvc soldável - Manual Técnico Tigre - pág 22 e 23
05 - Tubos de pvc roscavel - Manual Técnico Tigre - pág. 25 e 26
06 - Tubos de Polipropileno - Manual Técnico Acqua System
07 - Execução de juntas elásticas - Manual Técnico Tigre – pág. 45 e 46
08 - Como medir uma força - Manual Técnico Tigre - pág 09
09 - Pressão em hidráulica - Manual Técnico Tigre - pág. 10
12 - Figura - Manual Técnico Tigre - pág. 17
13 - Dimensionamento - Manual Técnico Tigre - pág. 18
14 - Figura - Manual Técnico Tigre - pág. 18
16 - Figuras aquecedores - Boletim informações da Cardal
19 - Caixa de inspeção - Manual Técnico Tigre - pág. 37
21 - Figuras de caixas e ralos - Manual Técnico Tigre - pág. 50
21 - Figura Registro de Pressão - Manual Técnico Metrila - pág. 85
22 - Figura Registro de Gaveta - Manual Técnico Metrila - pág. 95
23 - Figura válvula de escoamento - Boletim de informações Tigre
23 - Figura válvula tipo primor - Manual técnico Metrila - pág. 207
24 - Figura - Boletim informações Docol
25 - Figura válvula de descarga - Catálogo de válvula Deca
25 - Bacia sanitária c / caixa acoplada - Manual de instalação Incepa
26 - Figuras de torneiras - Boletim informativo Deca
30 e 31 - Figuras - Manual Técnico Tigre - pág. 36
32 - Figura - Manual Técnico Tigre - pág. 75
33 - Figuira - Manual Técnico Tigre - pág. 76 e 77

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