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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI – UFCA

CCT – CAMPUS JUAZEIRO DO NORTE/CE


CURSO: ENGENHARIA CIVIL

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E
SANITÁRIAS – AULA ÁGUA FRIA
E QUENTE
Aparecida Cartaxo
Engenheira Civil - UFERSA
Aparecida.cartaxo@ufca.edu.br
Exemplo – consumo simultâneo máximo possível
 Dimensionar um ramal alimentando 5 chuveiros e 5 lavatórios de um
colégio.
DN 50 mm
Dimensionar barrilete

Cada coluna possui um somatório de


peso igual a 42.
8*42 = 336

𝑄 = 0,3 ∗ 336 = 5,50 𝑙/𝑠

0,8 = 8,69 𝑥 106 𝑥 2,751,75 𝑥 𝐷 −4,75


D= 43,97 mm
DN= 50 mm
Materiais utilizados
Os materiais utilizados nas tubulações destinadas ao transporte de água fria e
quente, são: ferro galvanizado, cobre, PVC, CPVC, Polipropileno, Pex e outros.
A escolha dependerá de alguns fatores:
 Custo;
 Vida útil;
 Coeficiente de dilatação;
 Limite de temperatura;
 Mão de obra;
 Condutibilidade térmica.
Materiais utilizados
Policloreto de Vinila - PVC

 Composição: 57% Cloro + 43% Eteno


 Custo reduzido;
 Fácil manuseio e instalação;
 Resistente à corrosão;
 Suporta pressão de serviço de até 75 m.c.a;
 Baixa resistência a altas pressões e temperaturas.
Materiais utilizados
 PVC SOLDÁVEL
 Os tubos e conexões soldáveis são unidos por meio de adesivo plástico, o que
dispensa o uso de equipamentos especiais.

Bucha de Latão faz a transição


entre tubulações de PVC e
conexões metálicas
Materiais utilizados
 PVC ROSCÁVEIS
 Os tubos e conexões roscáveis são fáceis de desmontar, recomendado onde haja
necessidade de desmontagem da linha para mudança de projeto ou
manutenções.
Materiais utilizados
 Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
 Resistência a impactos e químicas;
 atóxico para transportar a água com qualidade;
 Tem elevada vida útil e alto desempenho;
 São leves e flexíveis;
 Resistência aos raios UV;
 Transporte de água e esgoto sanitário em redes pressurizadas.
Materiais utilizados
 Polietileno de Alta Densidade (PEAD)

 As juntas soldáveis podem ser feitas


por processo de eletrofusão ou
termofusão (solda de topo).
 Esses processos fundem os materiais
em contato, formando um conjunto
único.
 Tmáx = 50ºC
Materiais utilizados
Cobre

 Apresenta uma vida útil bastante


longa (durabilidade);
 Baixos custos de manutenção;
 Resiste à pressão de serviço e a
elevações de temperatura acima do
mínimo exigido;
 Apresenta também resistência ao
golpe de aríete;
Materiais utilizados
Cobre
 Não forma incrustações por oxidação;
 Apresenta resistência à corrosão interna e externa;
 A execução das tubulações exige mão-de-obra especializada (pode ser utilizada
solda);
 Requer isolamento térmico, coeficiente de dilatação térmica linear: 1,65 x 10-2
mm/m°C.
Materiais utilizados
Cobre
Materiais utilizados
Ferro
 Apresenta custo elevado, embora menor que o do cobre.
 Devido às incrustações e corrosões, pode apresentar vida útil mais reduzida se
comparado ao cobre.
 Apresenta coeficiente de dilatação alto, em torno de 1,2 x 10-5 m/ºC.
 A instalação requer isolamento térmico.
 As juntas são rosquedas, exigindo mão-de-obra especializada.
Materiais utilizados
Ferro
Materiais utilizados
CPVC- policloreto de vinila clorado
 Termoplástico semelhante ao PVC, porém com maior percentual de cloro, o
policloreto de vinila clorado é o material que apresenta o menor custo para AQ.
 Apresenta vida útil longa, baixo coeficiente de dilatação e baixa condutividade
térmica, o que dispensa o uso de isolamento térmico.
 As juntas são soldáveis, exigindo mão-de-obra treinada.
Materiais utilizados

 CPVC- policloreto de vinila clorado

 A principal limitação quanto ao uso


de CPVC é o limite de temperatura,
que é de 80º C, o que exige a
instalação de termoválvula com
termoelemento.

Junta soldável: essa junta acontece, quando aplicamos um


adesivo especial, na ponta dos tubos e nas parte internas das
conexões, feito isso, une-se as peças.
Materiais utilizados
CPVC- policloreto de vinila clorado
Materiais utilizados
Polipropileno - PPR
 O polipropileno é uma resina poliolefínica cujo principal componente é o
petróleo.
 Não requer isolamento térmico.
 Suportam picos de até 95º C, a 60 m.c.a.
 Sua instalação é relativamente fácil, não existe união entre tubos e conexões. As
conexões e emendas são soldadas por termofusão.
Materiais utilizados Termofusão: utiliza-se um termofusor que aquece às peças
fazendo com que uma “grude” na outra, esse processo só deve
ser feito com a peça específica para isso.
Polipropileno
Materiais utilizados
PEX (polietileno reticulado)
 O polietileno é uma resina termoplástica composta de macromoléculas lineares
constituídas de Hidrogênio e Carbono em ligações alternadas.
 A RETICULAÇÃO nada mais é que expulsar o Hidrogênio do sistema fazendo com
que as novas ligações espaciais formadas de Carbono mais Carbono, gerem ao
novo produto suas principais qualidades.
Materiais utilizados
Materiais utilizados
PEX (polietileno reticulado)
 Possuem como características principais a diminuição na quantidade de conexões
em função da flexibilidade dos tubos, a baixa perda de carga em função das
paredes lisas do material e a baixa perda de calor na condução de água quente.
Materiais utilizados
PEX (polietileno reticulado)
 Flexibilidade;
 Ausência de fissuras por fadiga;
 Vida útil prolongada;
 Apresenta também boa resistência à temperatura (95°).
Materiais utilizados
O que é uma instalação predial de água quente?

Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados ao abastecimento


dos pontos de utilização de água quente da edificação, em quantidade suficiente e
mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento.
Para que serve uma instalação predial de água quente?

 Utilizado devido a necessidade em algumas edificações: Industrias, hospitais,


hóteis, etc.
 Utilizado para aumentar conforto e higiene em residências familiares.
NBR 5626:2020

 NBR 5626/2020 - SPAQF


 Esta Norma fixa as exigências técnicas mínimas quanto à higiene, à segurança, à
economia e ao conforto dos usuários, pelas quais devem ser projetadas e
executadas as instalações prediais de água quente.
NBR 5626:2020
 Generalidades:

 A temperatura da água no sistema de armazenamento e distribuição de água quente deve


atender às necessidades dos usuários e aos usos pretendidos.
 Devem ser adotados materiais e componentes adequados ao valor máximo de temperatura que
atenda à situação de operação normal e, quando aplicável, em processos de desinfecção.
 Deve ser previsto meio de alívio ou proteção dos componentes da tubulação, caso a temperatura
da água ultrapasse o valor máximo previsto em projeto.
NBR 5626:2020
 A termo-válvula é utilizada para impedir que a água ultrapasse a temperatura de
80º C através da mistura com água fria.
Temperatura
 A temperatura mínima com que a água quente deverá ser fornecida depende do
uso a que se destina. Nos pontos de consumo poderá ser feita uma dosagem com
água fria para obter temperaturas menores, de acordo com os níveis de conforto
dos usuários.
NBR 5626:2020

 6.10.2 Trechos de tubulações que podem conduzir água com nível de temperatura acima de 70 °C
devem ser identificados, isolados e protegidos.

 6.10.4.3 Onde houver possibilidade de a temperatura da água quente ultrapassar 45 °C em


pontos de utilização de água quente para uso corporal, deve-se empregar recurso de segurança
intrínseca com atuação automática para limitar a temperatura a este valor.
NBR 5626:2020
 6.10.5 Temperatura nas superfícies
 Deve ser previsto isolamento térmico em superfícies expostas de componentes do sistema predial
de água quente (reservatórios térmicos, trechos de tubulações e outros componentes) para evitar
a ocorrência de possíveis queimaduras.

 6.10.6.2 Trechos de tubulações de água fria que estejam próximos ou cruzem tubulações de água
quente devem ser protegidos contra a correspondente transmissão de calor.
NBR 5626:2020
Dilatação térmica

 6.11.1 Deve ser considerado no projeto o efeito da


dilatação e contração térmicas das tubulações.
6.11.4 Deve ser verificada a deformação
imposta em mudanças de direção, derivações
ou ramificações pela movimentação térmica de
trechos retilíneos longos de tubulação. Estas
devem ter meios de absorver as deformações,
seja pela extensão suficiente em razão da sua
flexibilidade e traçado (Figura 2), seja pela
interposição de componente adequado à
absorção dessas deformações, como liras e
juntas de expansão apropriadas.
NBR 5626:2020
 Isolamento térmico
 6.12.1 Os aquecedores, reservatórios de água quente, equipamentos e tubulações do sistema
predial de água quente devem ser projetados e instalados de forma a reduzir perdas térmicas.
 6.12.2 As perdas de calor devem ser estimadas no projeto em função dos materiais utilizados nos
componentes e das peculiaridades do sistema predial de água quente, como a forma e local de
instalação, a temperatura prevista para a água etc.
Modalidades de fornecimento AQ
 Como não há fornecimento público ou natural de água quente, este fornecimento
devera ser produzido dentro da edificação. Assim tem-se as seguintes
modalidades de produção de água quente:

 SISTEMA INDIVIDUAL
 SISTEMA CENTRAL PRIVADO
 SISTEMA CENTRAL COLETIVO
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA INDIVIDUAL
 Se produz água quente para um único aparelho, ou no máximo, para aparelhos
de um mesmo ambiente. Sem necessidade de uma rede de água quente.
 São aparelhos localizados no próprio banheiro ou na área de serviço. Como
exemplo pode-se citar o chuveiro elétrico.
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA INDIVIDUAL
 Os aquecedores são instantâneos (de passagem).
 Este sistema é mais utilizado em edificações de baixa renda, pois o investimento
inicial é baixo. A instalação da rede de água quente aumenta o custo da
edificação.
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL PRIVADO
 Consiste de um equipamento responsável pelo aquecimento de água e uma rede
de tubulações que distribuem a água aquecida a pontos de utilizações.
 Se produz água quente para todos os aparelhos de uma unidade (residência).
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL PRIVADO
 Os aparelhos de aquecimento para este sistema podem ser instantâneos (ou de
passagem), onde a água vai sendo aquecida à medida que passa pelo aparelho
(sem reservação) ou de acumulação, onde a água é reservada e aquecida para
posterior uso.
Modalidades de fornecimento AQ

SISTEMA CENTRAL PRIVADO


Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL PRIVADO
 A distribuição de água quente para este se sistema constitui basicamente de
ramais que conduzem a água do aparelho de aquecimento até os pontos de
utilização.
 Este caminhamento deverá ser o mais curto possível para se evitar perda de
temperatura na tubulação ao longo do trecho.
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL PRIVADO
 A escolha deste sistema deve levar em conta os fatores financeiros e adequação
dos ambientes, visto que os ambientes necessitam de ventilação permanente e
espaço físico adequado.
 Os aquecedores deverão ainda contar com dispositivo para exaustão dos gases e
os ambientes onde os mesmos serão instalados devem obedecer às normas
quanto à adequação de ambientes.
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL COLETIVO
 Consiste de um equipamento responsável pelo aquecimento de água e uma rede
de tubulações que distribuem a água aquecida a pontos de utilizações.

 Se produz água quente para todos os aparelhos de várias unidades (residências,


apartamentos).
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL COLETIVO
 O aparelho de aquecimento é, normalmente situado no térreo ou subsolo, para
facilitar a manutenção e o abastecimento de combustível
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL COLETIVO
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL COLETIVO
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL COLETIVO
Modalidades de fornecimento AQ
SISTEMA CENTRAL COLETIVO
 É recomendada quando não há rateio na conta, como em hotéis, motéis,
hospitais, clubes, indústrias, etc.

 É recomendado também quando se dispõe de pouco espaço físico no interior do


apartamento, ou então, em situações onde não se deseja a instalação de
aparelhos de aquecimento no apartamento.
Produção de água quente
Para o aquecimento da água na edificação dispõe-se basicamente de três fontes:
 Energia solar;
 Combustão de sólidos (madeira, carvão, etc), líquidos (óleo, querosene, álcool,
etc) ou gases (gás natural, GLP, etc);
 Eletricidade.
Na prática, estas fontes podem ser associadas, sendo uma a fonte principal e a
outra a fonte suporte (o que comumente é chamado de backup).
Produção de água quente
Aquecimento com energia solar
 O aproveitamento da energia solar no aquecimento de água exige um
investimento inicial elevado que normalmente é compensado pela gratuidade da
energia solar.
Produção de água quente
Produção de água quente
Os coletores devem ser montados de
acordo com as seguintes prescrições:
 Orientação: deverá ser orientado para o
norte verdadeiro.
 Inclinação: a inclinação com a horizontal
deverá ser igual à latitude do local mais 5
a 10º.
 Nível: para que ocorra a circulação normal
(fluxo ascendente de água com
temperatura mais elevada), deverá haver
um desnível de 60 cm ou mais entre a
saída do coletor e o fundo do reservatório
de água quente.
Produção de água quente

 Não é poluidora.  Encontra limitações do ponto de vista


 É auto-suficiente. arquitetônico.
 É completamente silenciosa.  Apresenta disponibilidade
descontínua.
 É uma fonte alternativa de energia.
 Apresenta variações casuais.
 Geralmente está disponível no local
do consumo.  Pode haver necessidade de um
aquecedor auxiliar.
Produção de água quente
Aquecimento elétrico
 O aquecimento elétrico é feito por meio de resistências elétricas ligadas
automaticamente pelo fluxo de água.
Produção de água quente
Aquecimento a gás
 Nas grandes cidades, é mais comum o uso do gás natural, ou GLP. O aquecedor a
gás, normalmente, é instalado no banheiro, na cozinha ou na área de serviço.
Produção de água quente
Referências
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 5626/2020: Instalação
predial de água fria. Rio de Janeiro, 2020.

 MACINTYRE, A. J. Instalações Hidráulicas. 4a. Edição. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e


Científicos. 2010.

 Fotos: Google Imagens

 Disponível
em:<http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_6065
agua_quente_2_pdf.pdf> Acesso em: 20 de Agosto de 2019.

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