Você está na página 1de 11

1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS DE PROJECTO

ELECTRICO

1.1 introdução

A presente memória descritiva justificativa refere-se ao projecto de Instalação eléctrica de em Baixa


Tensão, estabelecida numa residência, localizado na província de Nampula. Prevê-se ser necessário
assegurar a alimentação de uma Potência Instalada de 29.06 KW para o circuito a partir da rede de
distribuição local, em baixa tensão, à tensão de 380 V e uma frequência de 50Hz, através de um cabo
VAV de secção 4*16mm, que vem do poste público ate ao postilete do edifício.

Os sistemas principais que fazem parte desta Memória Descritiva e Justificativa, são os seguintes:

 Quadro eléctrico e respectivas alimentações;


 Circuitos de Iluminação normal (iluminação interna e externa);
 Circuitos de tomadas de Uso Geral e específico;

Respeitando os requisitos impostos pela natureza do edifício, foi feito um estudo apropriado para que
este projecto satisfaça as exigências técnicas e condições necessárias para um perfeito funcionamento
da instalação.

NORMAS E REGULAMENTOS
A presente memória descritiva faz referência as instalações eléctricas a executar numa moradia
unifamiliar a ser construída em Nampula. Oprojecto foi elaborado de acordo com as normas e regras
de arte em vigor na República de Moçambique nomeadamente:

 Condições Técnicas Gerais para Elaboração de Projectos de Edifícios (C.T.G.) - Ministério


de Construção e Águas - Direcção de Economia e de Construção - Departamento de
Edifícios-1990.
 Regulamentos de Segurança das Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (R.S.I.U.E.E.)
- Decreto-Lei nº 740/74 de 26 de Novembro.
 Regulamento de Segurança de Inspeções Coletivas de Edifícios e Entradas (R.S.I.C.E.E.)-
Decreto-Leinº740/74 de 26 de Dezembro.
 4-Instalações de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (I.I.E.T.)-Decreto-
Leinº59/2000 de 19deAbril.
 5-Instalações de Infra-estruturas Telefónicas Definições e Obrigatoriedade-Decreto-
leinº146/87 de 24 de Março.
 6-Regulamento de Instalações Telefónicas e Assinantes (R.I.T.A.)-Decreto-lei nº25/87 de 8
de Abril.
 7 Regulamento de Segurança de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (R.S.I.E.B.T.)-
Decreto Legislativo de 27 de Julho de 79.
 8- Normas Internacionais V.D.E. inscritas na Comissão Electrotécnica Internacional (C.E.I.).

O projecto foi elaborado com base nos desenhos arquitectónicos de implantação, bem como dos
edifícios.

1.2 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

A instalação eléctrica será totalmente executada com material de boa qualidade e novo. Esta será
embebida na parede e laje ou por cima do tecto falso, embebido em tubos plásticos tipo VD ou a
vista, afixada por braçadeiras apropriadas.
Os condutores a serem utilizados serão do tipo H07-U e V V.

1.3 CABO ALIMENTADOR DE BAIXA TENSÃO

A instalação será trifásica e o cabo alimentador será lançado com proteção de a partir da rede de
distribuição de energia eléctrica em baixa tensão da EDM para a Caixa Coluna e desata para os
diversos quadros eléctricos instalados nos edifícios.

1.3.1 INSTALAÇÕES INTERNAS

As generalidades das instalações de iluminação e tomadas serão executadas em condutores de cobre


isolado a PVC, tipos H07V-U, protegidos por tubos plásticos VD embebidos nos roços abertos nas
paredes

1.3.2 QUADROS ELÉCTRICOS

Todos os quadros eléctricos deverão ser do tipo armário de construção metálica, em chapa de aço
zincado, revestido a polimetano em caixas pré-fabricadas, com vista por frente, providos de
protecção do tipo espelho, garantindo ao invólucro um índice de protecção não inferior a IP43,
instalados a 1.70m do pavimento.
Dentro dos quadros deverão ser identificados todos os circuitos abrangidos. Os circuitos disporão de
protecção térmica e electromagnética individual, garantida por disjuntores com poder de corte não
inferior a 300mA.
A localização dos quadros eléctricos de distribuição estará indicada nas plantas das instalações,
poderá ser ou não alterada, caso haja necessidade com o conhecimento do projectista ou da
fiscalização. Os quadros estarão dotados de um sistema de segurança que o permite desligar
completamente em casos de acidentes na instalação.

1.3.3 INSTALAÇÕES INTERNAS

As generalidades das instalações de iluminação e tomadas serão executadas em condutores de cobre


isolado a PVC, tipos H07V-U, protegidos por tubos plásticos VD embebidos nos roços abertos nas
paredes.

Todos os cabos rígidos de baixa tensão devem se isolados a Policleto de Velino (PVC) e ter as
características indicadas nos números que abaixo se apresentam.
VV (também designado NYY) cabo fabricado segundo a NP 2356, constituído por condutores
rígidos de cobre macio, isolado a PVC. Sobre o conjunto cablado dos cabos multicondutores, existe
uma bainha de regularização ou uma enfitagem em PVC. Exteriormente “e aplicada uma bainha de
PVC. Tensão de serviço 0,6/1 kV.

VAV (também designado NYBY) cabo fabricado segundo a NP 2356, constituído por condutores
rígidos de cobre macio, isolado a PVC. Sobre o isolamento dos cabos 9 monocondutores ou sobre o
conjunto cablado dos cabos multicondutores existe uma enfitagem facultativa e uma bainha interior
de PVC. Nos cabos mono-condutores destinados a instalações de corrente alternada, a armadura é
constituída por material não magnético V1AV. Tensão de serviço 0,6/1 kV.

TVHV Cabo fabricado segundo a norma CEI 60189-2, constituído por condutores em cobre macio,
isolados a PVC, fitas de polyester, fio de continuidade, blindagem em fita de alumínio, fio de rasgar
a bainha exterior em PVC.
Tensão de serviço 100/100V.

1.4 ILUMINAÇÃO INTERNA

Em princípio, toda a iluminação nas salas, quartos, wc’s, cosinha, será executada com lâmpadas
fluorescentes tipos LED 1x30W. No corredor será usada lâmpada fita LED DE 1X20W. Na cosinha
de estar terá um lustre d 1X30W (Ver os Esquemas de Eletricidade / Iluminação).
De salientar que é obrigatório o uso do circuito de terra de proteção para todas as canalizações
elétricas.
As características dos circuitos e equipamentos de iluminação normal da generalidade dos espaços
obedeceram aos seguintes objetivos:
Utilização de equipamento com bom rendimento e elevado conforto visual o Baixo consumo de
energia o Lâmpadas de elevada longevidade.
No dimensionamento da iluminação foram considerados os seguintes fatores:

 Níveis de iluminação compatíveis com as exigências de ocupação.


 Temperatura, cor da fonte luminosa, e índice de restituição das cores permitindo bom nível e
conforto visual.
 Afastamento adequado dos aparelhos de iluminação, de modo a garantir uma adequada
uniformidade luminosa.

Figura 1 lâmpada florescente LED de 30W; luminária LED de 30W; LED fita 10W; Lustre 30w.

1.5 Iluminação externa

Em princípio, toda a iluminação na área externa do edifício (quintal, em torno da casa e garragem)
será executada com candeeiros de lâmpadas fluorescentes tipos LED 1x30W, isto é, instaladas na
parede a 1.75 metro altura separadas em 3m, fita LED para a varanda frontal e traseira 1X10W, para
o jardim terá candeeiros de piso 1X20W(Ver os Esquemas de Electricidade / Iluminação).

0,40
Figura 3 candeeiro com lâmpada LED de 10W para parede, 10W no para jardim e LED fita 20W.

2 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PROJECTO ELÉCTRICO

2.1 Instalações embebidas e avista

A generalidade das instalações de iluminação bem como de tomadas serão executadas em condutores
de cobre isolado a PVC, tipos H07V-U, H07V-R, 4GV V, protegidos por tubos plásticos VD
embebidos nos roços abertos na construção.
No acto da montagem da instalação eléctrica, deverão ser observadas as seguintes condições:
As alturas de montagem do diverso equipamento em relação ao pavimento será uniforme:

a) Interruptor 1.20m
b) Tomadas de uso geral 0.30m
c) Tomadas para aparelhos Condicionadores de Ar 2.50m
d) Tomadas acima das bancadas 1.50m
e) Caixas de derivação 2.40m
f) Quadro eléctrico 1.60m

Deverão igualmente ser observadas as seguintes condições na utilização dos condutores:

a) Condutores para circuitos de iluminação1,5mm²


b) Condutores para circuitos de tomadas de uso geral 2,5mm²
c) Condutores para circuitos de climatização 2,5mm²/4mm²
d) Condutores para circuitos de aquecimento (fogão) 2,5mm²/4mm².

Relativamente as cores dos condutores deverão ser observadas as seguintes:

a) Fase - cor vermelha ou Azul;


b) Neutro - cor preto claro ou castanho;
c) Proteção – cor verde - amarela ou amarelo.

2.1.1 Tubos VD

Serão utilizados tubos VD de 16mm para condutores de iluminação, e VD 20mm para condutores de
2,5mm² de secção. Excecionalmente serão enfiados condutores de 1,5mm² de secção em tubos VD
20.

2.1.2 Caixas

Todas as caixas a serem aplicadas na instalação deverão levar no terminal dos respectivos tubos,
boquilhas para evitar que os condutores fiquem feridos durante a operação de enfiamento dos
mesmos.

2.1.3 Caixas de derivação

Será nas caixas de derivação onde se efectuarão as ligações entre os condutores. Na ligação entre
eles, serão utilizadas placas de ligação ou barras de junção. Não será permitida a ligação entre
condutores por meio de torção. As caixas de derivação serão instaladas à 2.40m do pavimento.

2.1.4 Caixas de aparelhagens

Na aplicação das caixas de aparelhagem, deverão ser utilizadas caixas fundas para alojar tomadas e
caixas baixas para alojar interruptores, comutadores e/ou outros órgãos de comando.

2.2 Ligação a terra

2.2.1 Geral

Toda a instalação deve ser adequadamente ligada à terra conforme exigências dos regulamentos em
vigor e a prescrição da memória descritiva e justificativa. Todas as massas, incluindo as das
luminárias devem estar ligadas à terra salvo as dos equipamentos da classe II.
As armaduras de todos os cabos devem ser ligadas a terra nas duas extremidades e deve ser mantida
a continuidade eléctrica das mesmas em todo o percurso do cabo, incluindo nas caixas de derivação
ou juncão. Em nenhuma circunstância deverá se considerar a armadura de um cabo como condutor
de terra.
Todos os condutores destinados a circuitos de terra, à excepção dos destinados a protecção contra
descargas atmosféricas, instalados ao longo de paredes, fora do edifício ou em posição que podem se
acedidos por pedestres, devem ser protegidos por tubos galvanizados de diâmetro adequado, desde
300 mm abaixo do pavimento até 2000 mm acima do mesmo. Para os condutores destinados à
protecção far-se-á por cantoneiras em forma de L cobrindo espaço idêntico.

2.2.2 Circuitos de terra de protecção

Para o circuito de terra de protecção, serão utilizados condutores do tipo H07-V-U de cor verde-
amarelo, sendo o condutor de 2,5mm² para o circuito de tomadas.
Será igualmente usado o condutor H07V-R de cobre nú de 10mm² de secção que irá interligar os
eléctrodos de terra à caixa de medição de terra. A ligação do cabo aos eléctrodos será por meio de
ligadores apropriados ou por meio de soldadura oxiacetilénica para dar maior consistência no
contacto entre o cabo e os eléctrodos.
É importante que o valor óhmico da terra de protecção não exceda a 20 ohms.

2.2.3 Eléctrodos de terra

Os eléctrodos de terra serão sempre do tipo prescrito na memória descritiva e justificativa. Quando a
“terra” for constituída por mais que um eléctrodo, a ligação entre estes será efectuada por trança de
cobre de secção não inferior a 35 mm². A ligação do condutor ao eléctrodo será feita por meio de
soldadura exotérmica ou por aperto mecânico com ligadores apropriados
Os eléctrodos serão sempre enterrados a distância superior a 2 metros das fundações do edifício,
sempre será tomadas precaução para que não se produza corrosão electrolítica quer entre os
eléctrodos e os condutores, quer destes elementos com as armaduras da construção e canalizações
metálicas vizinhas.
Caso os eléctrodos não sejam de cobre, os seus pontos de ligação com o condutor de ligação ou com
o condutor geral de terra serão adequadamente impermeabilizados. Não será permitido nenhum tipo
de tratamento químico da terra, incluindo o uso de cloreto de sódio, salvo autorização escrita da
fiscalização

2.3 Quadro eléctrico

No quadro eléctrico deverão ser identificados todos os circuitos abrangidos conforme os esquemas
do quadro apresentado no desenho. O quadro eléctrico deverá estar instalado à 1.60m do pavimento.
Todo o trabalho de instalação eléctrica deverá ser executado seguindo o traçado apresentado nos
desenhos. Caso na execução do presente projecto surjam problemas de interpretação ou que
eventualmente necessitem de clarificação, os mesmos serão prontamente resolvidos pelo projectista.
2.4 Omissões

Qualquer omissão no presente projecto, não pode constituir motivo para má execução do trabalho.

2.5 Legendas

Todos os quadros serão devidamente identificados exteriormente conforme a nomenclatura adequada


no projecto e terram os aparelhos devidamente legendados. As legendas forneceram informações
sobre os circuitos controlados. As legendas de aparelhos integrados no circuito de alimentação de
uma carga fixa, excepto iluminarias, indicar-se-á localização desta. Antes da colocação das legendas,
o empreiteiro devera obter a respectiva aprovação da fiscalização. As etiquetas são duráveis, as letras
serão indeléveis e de cor com máximo contraste com a do fundo da etiqueta (por exemplo, letras
pretas com fundo branco).

3 CARGAS ELÉCTRICAS

Admitindo um factor de utilização 100% e simultaneidade de 90% para iluminação, 80% para
tomadas de uso geral. O cálculo da Potência e Corrente de Serviço é representado nas tabelas
seguintes e é efectuado com base nas seguintes expressões:
PS =Pilu∗100 %+ Ptug∗80 % + Ptue∗80 %

Ps
I s= ∗F s
√ 3∗U s∗cosφ
Onde:
PS e I s - Potência e Corrente de serviço, respectivamente;
Pilu - Potência dos circuitos de Iluminação;
Ptug - Potência dos circuitos de tomadas de uso geral
Ptue - Potência dos circuitos de tomadas de uso específico (circuito de força)
cosφ - Factor de Potência médio (0.8);
F s- Factor de simultaneidade (0.8);
U s- Tensão de serviço.
Para a obtenção da potência necessária para o alimentador consideramos as seguintes cargas:

3.1 Previsão de carga piso

Administração TUG Circuito Independente


Potência de
iluminação

Potencia Potência
Qt Qt Descriminação Potência W
VA VA

Sala de TV/jantar 07 700 10 1600 AC (12000 BTU) 1600

Cozinha 05 500 06 3600 Fogão elétrico 3000

Wc 01 100 02 1200 Termo acumulador 1200


80L

Corredor 03 300 = = = =

Quarto 01 03 300 04 900 AC (9000 BTU) 1200

Quarto 02 02 300 04 900 AC (9000 BTU) 1200

Quarto suite 03 300 04 900 AC (9000 BTU) 1200

Wc suite 01 100 01 600 = =

Suite master 03 300 05 1000 AC (12000 BTU) 1600

closet 01 100 02 200 = =

Wc suite master 01 100 01 600 = =

Iluminação externa 38 3800 07 4200 fotocélula 1000

TOTAL = 6900 = 15700 = 12000

Sendo assim:
PS = Pmaxutil = 29.06 KW
I s = I maxutil = 44.1 A

Atendendo um factor de simultaneidade de 90%, a Corrente nominal da instalação será de:


I n=I max util∗90 %
I n = 39.7 A
A potência de serviço ou a potência instalada é de 29.06 KW.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na parte omissa do projecto e desta memória quer no concerne a escolha do material e da boa
aplicação, quer no concerne a execução dos trabalhos, respeitar-se-ão os regulamentos, posturas e
normas vigentes no sector da construção civil e fiscalização, devendo tudo ser realizado no espírito
de boa execução e aplicação para a garantia da melhor qualidade, estética e aplicação previstas na
República de Moçambique.
A protecção dos fios, cabos e equipamentos deverá ser assegurada por disjuntores electromagnéticos
com calibres que vão de acordo com ás secções dos condutores. Todas as partes metálicas dos
quadros que eventualmente possam estar sob tensão serão ligados à terra de Protecção, deverão ser
igualmente ligadas a terra de protecção as tomadas. Para tornar efectivas estas garantias, dever-se-á
utilizar materiais de boa qualidade bem como realizar a instalação com todo o cuidado, obedecendo
ao regulamento de segurança e prescrições em vigor para instalações eléctricas de Baixa-Tensão A
instalação de utilização de energia eléctrica ora projectada ficará assim a funcionar nas condições
regulamentares, tendo sido igualmente respeitadas as regras de arte.
O Projectista

…………………………………………………………………….
Eng. Gérson F. Rodrigues

Você também pode gostar