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Instalações Elétricas

Material Teórico
Materiais e Dispositivos Utilizados em Instalações Elétricas

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Roberto Seraglia Martins

Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Materiais e Dispositivos Utilizados
em Instalações Elétricas

• Materiais
• Utilização
• Condutores
• Isolantes
• Cerâmicos
• Característica de Materiais Elétricos
• Materias e Dispositivos

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Questionamentos sobre a escolha e a utilização de materiais.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Materiais e Dispositivos Utilizados em Instalações Elétricas

Materiais
Os três materiais (Figuras 1, 2 e 3) mais empregados nas instalações elétricas
são os:
• Condutores;
• Isolantes;
• Cerâmicos.

Figura 1 – Condutores Figura 2 – Isolantes


Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images

Figura 3 – Cerâmicos
Fonte: iStock/Getty Images

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Utilização
No caso dos condutores, contamos com metais como cobre e alumínio. Para
os isolantes temos os plásticos e para os cerâmicos, os vitrificados, como bocais
de lâmpadas.

Quimicamente Falando
Para entender a necessidade desses materiais, vamos estudar um pouco mais
sobre suas origens.
Explor

Veja o link a seguir: https://goo.gl/9ufACP

Condutores
Os metais nobres acrescidos de outros metais e suas respectivas ligas são
materiais de elevada condutividade, que podem ser empregados como condutores.
São materiais que possuem variação de resistência de acordo com a temperatura,
condutividade térmica.

Os metais são elementos químicos bons condutores de calor e de eletricidade,


que formam sólidos. A maioria dos metais é forte e maleável.

Muito utilizado para os fins de condutividade, o cobre e suas ligas apresentam


baixa resistividade, boas características mecânicas, baixa oxidação e fácil deformação
a quente ou a frio.

Em segundo lugar, mas não menos importante, temos o alumínio e suas ligas,
que vem sendo muito estudado para substituir o cobre, por motivos econômicos.

Ligas Metálicas
Explor

São materiais compostos de dois ou mais elementos químicos, sendo que pelo menos
um deles é um metal, que apresentam propriedades metálicas. As ligas surgem como
alternativas mais econômicas ao uso do metal puro; também são consideradas as mudanças
de propriedades mais vantajosas para cada utilização.

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Isolantes
Em linhas gerais, os materiais isolantes são aqueles que não permitem a passagem
da eletricidade por eles. Exemplos de isolantes muito utilizados são a borracha,
o vidro, a madeira e os plásticos. São opositores dos condutores, seus átomos
são estáveis, têm grande dificuldade em doar ou receber elétrons, impedindo ou
bloqueando o fluxo da eletricidade.

Cerâmicos
No universo dos materiais cerâmicos, temos a grande maioria como isolantes
e, assim como os materiais poliméricos, alguns são semicondutores e poucos são
considerados condutores.
Quimicamente falando, os materiais cerâmicos possuem característica de serem
constituídos por elementos metálicos e não metálicos, unidos por ligações de
caráter iônico-covalente. Apresentam alto ponto de fusão, são estáveis a condições
ambientais severas, apresentam-se como duros e frágeis.
Importantes aplicações:
• Cerâmicas estruturais: louças, pias e refratários;
• Vidros;
• Cimentos;
• Eletroeletrônica, óticas, biomédicas;
• Próteses e implantes.

Característica de Materiais Elétricos


Os materiais são utilizados nas instalações elétricas de acordo com suas
características e as funcionalidades que se deseja. O importante é a observação das
normas atribuídas a esses equipamentos e sua segurança.
No Brasil, temos a confiabilidade de materiais testada e aprovada pelo INME-
TRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, que é um órgão
executivo do governo federal cuja atuação se resume em implantar, supervisionar
e fiscalizar a produção de determinados bens, impondo restrições de excelência
de qualidade a esses produtos. Assim, por meio de laboratórios independentes
conveniados, esses produtos são testados periodicamente e recebem um selo de
conformidade caso estejam de acordo com os requisitos das normas. Caso os
produtos analisados não atendam às especificações, são retirados do mercado.

Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas


Com a criação do Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas, nosso Mercado passa
a comercializar apenas dois modelos de plugues e tomadas. Nele, os plugues pos-
suem dois ou três pinos redondos e as tomadas três orifícios de 4 mm ou 4,8 mm.

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O padrão foi criado, acima de tudo, para dar mais segurança ao consumidor, ao
diminuir a possibilidade de choques elétricos, incêndios e mortes.

Nos últimos dez anos, o DataSUS registrou 13.776 internações com 379 óbitos
e mais de 15.418 mortes imediatas decorrentes de acidentes relativos à exposição
a correntes elétricas em residências, escolas, asilos e locais de trabalho. Além disso,
entre os acidentados, o choque elétrico é a terceira maior causa de morte infantil.

Antes: Risco para a Segurança


Antes da padronização, o consumidor convivia com mais de 12 tipos de plugues
e oito tipos de tomadas diferentes, o que tornava necessário o uso indiscriminado
de frágeis adaptadores para ligação dos aparelhos, com diferentes plugues nos
diversos modelos de tomadas existentes. Em alguns casos, os formatos e as potên-
cias distintas dos aparelhos tornavam o ato de ligá-los uma ameaça à segurança
do usuário. Entendendo o impacto que poderia provocar a mudança, o Inmetro
resolveu certificar os adaptadores, de maneira a tornar a transição mais suave.

Novos Plugues com 3 Pinos


Os plugues de três pinos são utilizados em aparelhos que necessitam de
aterramento (como: ar-condicionado, refrigeradores, computadores, etc.), uma vez
que o terceiro pino realiza a ligação com o fio terra, evitando que o consumidor
sofra um choque elétrico ao ligar aparelhos que estejam em curto-circuito.

Figura 4
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

Novo Formato Contra Acidentes


As tomadas possuem um novo formato, em poço, para dificultar o contato
do dedo com a corrente elétrica e impedir que seja inserido somente um pino
do plugue, evitando o contato acidental do usuário. Os novos plugues vêm com
um sistema que evita sobrecarga e aquecimento e também propiciam melhor
acoplamento com seus terminais. Esses fatores tornaram o plugue mais seguro e
também econômico, uma vez que eles evitam a perda de energia.

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Segurança e Economia
As mudanças não param por aí: agora há duas configurações para plugues e
para as tomadas. Plugues com o diâmetro mais fino (4 mm), para aparelhos com
corrente nominal de até 10 ampères e os plugues mais grossos (4,8 mm), para
equipamentos que operam em até 20 ampères. Essa distinção se fez necessária
para garantir a segurança dos consumidores, pois evita a ligação de equipamentos
de maior potência em um ponto não especialmente projetado para essa ação.
Além disso, é fonte de economia, pois só equipamentos que consomem mais
necessitariam de uma tomada mais robusta, portanto, mais cara.
• 4mm: para aparelhos que operam com corrente até 10 ampères
• 4,8mm: para aparelhos que operam com corrente entre 10 e 20 ampères

É fundamental que os materiais sejam escolhidos pela segurança e confiabilidade


de seus fabricantes; porém, devemos observar, também, a utilização deles. Todos
os materiais têm normas de aplicação e utilização, a fim de preservar os usuários
e o patrimônio.

Materias e Dispositivos
A seguir, descreveremos os materiais e dispositivos mais utilizados.

Fios e Cabos
São os elementos de ligação (Figura 6) por onde passa a corrente elétrica.

A diferença entre fios e cabos está diretamente relacionada à flexibilidade dos


condutores: quanto maior a bitola, menor a flexibilidade.

Os condutores mais utilizados são feitos de ligas de cobre: o isolamento varia,


podendo ser de PVC – policloreto de vinila e EPR – etileno propileno borracha. O
importante é que não seja agente propagador de chamas.

O padrão de cores (Figura 5) para identificação dos condutores segue a norma


NBR 5410:2004:
• Verde/ Amarelo – Proteção;
• Vermelho – Fase;
• Azul – Neutro;
• Preto – Retorno.

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Figura 5 – Padrão de Cores
Fonte: iStock/Getty Images

Eletrodutos
Produzidos em materiais como metal ou plásticos, os tubos podem ser rígidos
ou flexíveis, de acordo com a utilização. Sua finalidade é a contenção dos condu-
tores, protegendo-os dos riscos do meio ambiente, tais como umidade, gases ou
choques mecânicos.

Os eletrodutos metálicos (Figura 6) podem ser rígidos ou flexíveis:


• Rígidos – podem ser constituídos de aço dobrável ou ferro, de diâmetros e
espessuras variadas com roscas externas nas extremidades;
• Flexíveis – conhecidos como conduítes, são utilizados em instalações de
motores ou outros equipamentos sujeitos a vibração ou deslocamentos. Esses
eletrodutos não devem ser utilizados em localizações perigosas. São vendidos
por metro e encontrados em diversos diâmetros e espessuras.

Figura 6 – Eletrodutos metálicos


Fonte: iStock/Getty Images

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E os eletrodutos plásticos (Figura 7) podem ser rígidos ou flexíveis:


• Rígidos – Constituem-se de um tubo de plástico PVC dobrável, sem costura,
com rosca externa nas extremidades e diversidade de diâmetros e espessuras;
• Flexíveis – Conhecidos como corrugados, estão disponíveis em diversos
diâmetros e são utilizados embutidos nas paredes.

Figura 7 – Eletrodutos plásticos


Fonte: iStock/Getty Images

Calhas
São fabricadas de metal ou material sintético de diversas medidas (Figura 8) e
utilizadas em ambientes industriais para conter os condutores elétricos. Atuam na
proteção dos condutores contra umidade, choques mecânicos e gases provenientes
do processo industrial.

Figura 8 – Calhas
Fonte: iStock/Getty Images

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Caixas de Passagem
As caixas de passagem (Figura 9) são muito utilizadas em todas as extremidades
dos eletrodutos nos quais existam emendas, entradas ou saídas de condutores. São
fabricadas em aço ou em plástico, com proteção externa e interna.

Figura 9 – Caixas de Passagem


Fonte: iStock/Getty Images

Interruptores
Os interruptores (Figura 10) fazem parte do grupo dos dispositivos de manobra,
que são os componentes responsáveis por permitir ou impedir a passagem de corren-
te elétrica entre a fonte e a carga, por meio das manobras de LIGAR e DESLIGAR.

São dispositivos dotados de corpo plástico, com furos de fixação e alavanca ou


tecla que fecha e abre o circuito. Trazem consigo a indicação de intensidade de
corrente e tensão a que podem ser expostos.

Figura 10 – Interruptores
Fonte: iStock/Getty Images

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Temos interruptores de uma ou duas sessões:


• Uma seção ou simples: possuem dois bornes para ligação dos condutores;
• Duas seções: possuem quatro bornes para a ligação dos condutores e duas
alavancas ou teclas para abrir ou fechar os circuitos independentes.

Existem ainda os interruptores com três polos, destinados à comutação elétrica.


São conhecidos no mercado como “interruptores paralelos”.
Explor

Borne é a peça metálica de ligação dos fios elétricos.

Tomadas
São dispositivos fixados na parede ou no piso, de instalação externa ou embutida,
destinados à ligação dos aparelhos industriais e residenciais para fazer ou desfazer
as conexões, com segurança.

As tomadas (Figura 11) são muito diversificadas, sendo escolhidas pela aplicação,
contatos e capacidade elétrica.

A forma dos contatos determina o tipo de pinos que a tomada pode receber; é
importante, também, conhecer o equipamento que utilizará a tomada, para termos
perfeita conexão.

Figura 11 – Tomadas
Fonte: iStock/Getty Images

Nessa lista de materiais e equipamentos elétricos podemos citar, ainda: soquetes,


arruelas, campainhas, relés, sensores de presença, pontos de telefonia, reatores,
luminárias, luvas, buchas fusíveis e disjuntores.

Vale a pena uma visita a Lojas de Materiais Elétricos.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Produção de Energia Elétrica através de Gradiente de Temperatura entre Paredes Externas e Internas utilizando
Dispositivo Termoelétrico
RIBEIRO, Hérisson Fagundes; ZANCHI, Fernando Berton. Produção de Energia Elé-
trica através de Gradiente de Temperatura entre Paredes Externas e Internas utilizando
Dispositivo Termoelétrico, Revista FAROCIENCIA, v. 2, n. 2, p. 132-136, 2016;
Sistema de automação residencial controlado por dispositivos móveis e vestíveis
FERNANDES, Flávia Gonçalves et al. Sistema de automação residencial controlado
por dispositivos móveis e vestíveis. FTT Journal of Engineering and Business, v. 1, n.
1, 2016;
Detecção de Objetos com Dispositivo Kinect em Ambiente de Locomoção de Carro Elétrico
SANTOS, Rui Andre dos; MOLZ, Rolf Fredi. Detecção de Objetos com Dispositivo
Kinect em Ambiente de Locomoção de Carro Elétrico. Anais do Salão de Ensino e de
Extensão, p. 360, 2016;
Prevenção de Acidentes nas Instalações Elétricas
DA SILVA, Mauricio Dias Paixão. Prevenção de Acidentes nas Instalações Elétricas.
2016. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016.

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Referências
CAVALIN, G.; CERVELIN, S. Instalações elétricas prediais: conforme Norma.
20.ed. São Paulo: Érica, 2010.

CREDER, H. Instalações elétricas. 14.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.

LIMA FILHO, D. L. Projetos de Instalações elétricas prediais. 10.ed. São Paulo:


Ética, 2006.

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