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E2A DIGITAL

COMPORTAMENTO QUÍMICO E MECÂNICO DOS MATERIAIS

PLENÁRIA
02.09.2023
E2A DIGITAL
E2A DIGITAL
UC - COMPORTAMENTO QUÍMICO E MECÂNICO DOS MATERIAIS

FICHA PROFESSOR

Prof. Celso Valério Antunes

FOTO Engenheiro Químico – UFPR;


Pós-graduado em Gestão Ambiental;
Mestre em Ciência, Tecnologia e Sociedade pelo IFPR;
Indústrias Klabin do Paraná;
Votorantim Cimentos;
Coca-Cola;
O Boticário;
Intercement;
Coordenador de curso e Professor universitário desde 2009
E2A DIGITAL

C O M P O R TA M E N T O Q U Í M I C O E
M E C Â N I C O D O S M AT E R I A I S

C O N E C TA
16set | sábado | 9 - 11h50

TA L K
30set | sábado | 9 - 11h50
E2A DIGITAL
Orientações sobre o momento dos encontros síncronos

Momento Pedagógico Dúvidas gerais, para além do O encontro é gravado e a gravação


Material Didático - Unidades 1, 2 e 3 Objetivo de trabalhar o conteúdo conteúdo, devem ser tratadas nos será disponibilizada posteriormente
pedagógico da UCD canais oficiais: pelo Tutor, no Ulife
Tutor: Fórum com o tutor, disponível
na UCD, no Ulife;
CAE: (11) 3298-7730 (WhatsApp) ou
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ENCONTRO DE HOJE (PLENÁRIA) – UNIDADES 1, 2 E 3:

1 - A CIÊNCIA DOS MATERIAIS, COMO SÃO OS MATERIAIS


QUE UTILIZAMOS;
2 - DO QUE SÃO COMPOSTOS OS MATERIAIS - A QUÍMICA
DOS MATERIAIS;
3 - A ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS.
1 - A CIÊNCIA DOS MATERIAIS, COMO
SÃO OS MATERIAIS QUE UTILIZAMOS
O que são considerados
materiais para os engenheiros?

“São substâncias (ou mistura de


substâncias) que possuem propriedades
que as tornam úteis em produtos,

dispositivos, estruturas e máquinas“


Materiais
O que vamos estudar?
 Ciência dos Materiais = Estudo dos fundamentos básicos: relação
entre estrutura e propriedades

 Engenharia dos Materiais = Aplicação dos conhecimentos


básicos: novos produtos, novas tecnologias, seleção de materiais
com características pré-determinadas

 Material: substância usada para produzir um bem


 Estrutura: arranjo dos componentes internos a determinada
escala (sub-atômica, atômica microscópica e macroscópica)
 Propriedade: natureza e amplitude da resposta de um
material a determinado estímulo
 Porquê estudar Ciência dos Materiais?
 Extrair, produzir, transformar, controlar, selecionar, conservar
Perspectiva Histórica
Desenvolvimento dos materiais

Fonte: Importância Relativa dos Materiais de Engenharia » Ciência e Tecnologia da BorrachaCiência e Tecnologia
da Borracha (ctborracha.com)
Desenvolvimento dos materiais
A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS
Materiais e desenvolvimento da
Humanidade - idade da pedra, idade dos
metais,......

Pré-história
Principal material utilizado na confecção de objetos e ferramentas - proveniente de rochas
A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS
Idade da Pedra (600.000 A.C.)
Utensílios obtidos a partir da pedra polida

www.greciantiga.org
A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS
Idade da Pedra

Descoberta do fogo e início do


uso do barro – fabricação de
peças cerâmicas - Início da
ciência e engenharia dos
materiais

Barro reforçado com vigas de


madeira e palha - construção
de casas. Material compósito
A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS

Idade dos Metais

Idade do Cobre
(4000 - 4500 A.C.)

Origem da Metalurgia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_do_Bronze

Ainda na pré-história, o
homem processou e utilizou
Idade do Bronze (3300 A.C.) ferro na confecção de
ferramentas, armamentos e
Ligas metálicas utensílios
Idade do Ferro (1200 A.C.)
A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS

Idade contemporânea ???

Idade dos Plásticos?

Até 1929 – A maioria dos produtos


eram naturais ou naturais
quimicamente modificados.

A partir da década de 30 produção


em escala industrial de uma série de
polímeros , PS, PVC, PE, etc…
www.plasticomoderno.com.br
“Perder para concorrentes poliméricos virou
rotina para as peças de metal”

www.plastico.com.br/revista/pm380
A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS

Idade do silício?
Grande impacto da eletrônica moderna na
sociedade – tecnologias baseadas em
silício.

Idade dos Nanomateriais?

Idade dos Biomateriais?


Notícias
Notícias
Classificação dos materiais
➢metais e ligas
➢polímeros
➢cerâmicos e vidros
➢compósitos
Classificação dos materiais

Fonte:Tipos de Materiais de Fabricação | Inteligência de Produção - nucleuss


Classificação dos materiais
METAIS E LIGAS
▪ Ferro e aço
▪ Alumínio e ligas
▪ Cobre e ligas
▪ Níquel e ligas POLÍMEROS
▪ Titânio e ligas ▪ Polietileno (recipientes)
▪ Policloreto de vinilo (tubulações)
▪ Poliestireno (interior de automóveis)
▪ Polimetacrilato de metilo (perspex)
▪ Borrachas
Classificação dos materiais
▪ Cerâmicos e vidros
▪ Alumina
▪ Sílica
▪ Carboneto de silício (moldes para lentes,
rolamentos)
▪ Nitreto de silício (ferramentas de corte)
▪ Porcelana
▪ Cristal ▪ Compósitos
▪ Madeira
▪ Fibra de vidro
▪ Polímeros reforçados com
fibra de carbono
▪ Cermet
Cerâmicos
Polímeros
Compósitos
Misturas de dois ou mais tipos de
materiais, constituídos por uma matriz e
um material de reforço, exibindo uma
proporção significativa das propriedades
de cada constituinte
As interfaces entre os constituintes são
bem definidas
Compósitos
Biomateriais

33
Materiais “inteligentes”
Nanomateriais
Semicondutores
▪ Materiais com propriedades elétricas entre as dos
condutores e as dos isolantes
▪ Características elétricas muito sensíveis a quantidades
diminutas de impurezas
▪ Tornaram possíveis os circuitos integrados e
revolucionaram a eletrônica

microprocessador e chip de Silício


▪ Materiais das células solares – caros e complexos

▪ Transportes – materiais com baixa densidade e


resistência mecânica à temperatura ambiente e a
quente, visando economias de combustível

▪ Materiais recicláveis

Expectativas de desenvolvimento
Ciência e Engenharia dos Materiais

Simbiose de conhecimentos sobre


estrutura, propriedades, métodos de
processamento e desempenho em
serviço de materiais de engenharia.
Tetraedro da Ciência e Eng. dos Materiais
Amostras de óxido de alumínio: diferentes propriedades óticas em
função de estruturas e formas de processamento diferenciadas.
Fonte: Callister
Propriedade Mecânica
Propriedade Elétrica
Propriedade Térmica
Propriedade Térmica
Propriedade Magnética
Propriedade Deteriorativa
2 - DO QUE SÃO COMPOSTOS
OS MATERIAIS - A QUÍMICA DOS
MATERIAIS

Aula elaborada com base no material produzido pela Profa. Dra Daniela Becker
O
Átomo

49
Modelos atômicos
● A palavra átomo vem do Grego ἄτομος (atomos), que significa
indivisível.
● O conceito dos átomos surgiu no século quinto (que vai do ano
401 até o ano 500).
● Os filósofos da Grécia Antiga já tinham conceitos sobre os
átomos que utilizamos até hoje.
● Demócrito e Leucipo → toda a matéria é formada por pequenos
corpos indivisíveis.

50
Modelos atômicos
● Modelo de Dalton
❖ Postulados:
➢ O átomo é concebido como uma esfera
maciça e indivisível que não pode ser criado
nem destruído;
➢ Cada substância é formada por um tipo de
átomo ou elemento (hoje sabemos que
substâncias compostas são formadas por
diferentes elementos);
➢ Todos os átomos de uma mesma substância
são idênticos (hoje sabemos que não é
valido pois temos isótopos).

51
Modelos atômicos
● Modelo de Thomson
➢ Thompson criou em 1903 um novo modelo atômico. Ele afirmava que o
átomo era formado por uma parte negativa (elétrons) e por uma parte
positiva (prótons), sendo que eles mantinham a carga elétrica no
átomo neutra.
➢ Para que a carga do átomo se mantenha neutra, devemos ter:
➢ Número de elétrons = Número de prótons
➢ Valor da carga do elétron = Valor da carga do Próton
❖ O modelo atômico de Thompson também explica os seguintes
fenômenos que eram notados nos experimentos:
➢ Descargas elétrica em cargas;
➢ Formação dos íons;
➢ Corrente elétrica;
➢ Retirada dos elétrons por atrito

52
Modelos atômicos
Modelo de Rutherford

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Modelos atômicos
● Modelo de Rutherford:
➢ As experiências realizadas por Rutherford (1871-1937) e seus
colaboradores, Geiger (1882-1945) e Marsden (1889-1970),
permitiram perceber:
➢ A presença de núcleo: O átomo não poderia ser maciço. Ele deveria
apresentar um núcleo muito pequeno em relação ao seu tamanho
total, no qual a maior parte do átomo seria, então, vazia;
➢ A existência de eletrosfera: Região situada ao redor do núcleo onde
se encontram os elétrons “carregados negativamente”, com
quantidade igual, em número, às unidades de cargas positivas
presentes no núcleo.
➢ A massa do elétron é 1.836 vezes menor que a de um próton
(descoberto somente em 1919). Assim como a Terra e os demais
planetas giram ao redor do Sol, os elétrons giram em torno do
núcleo para equilibrar a carga positiva.

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Modelos atômicos
● Modelo de Bohr:
❖ Postulados:
➢ O elétron se move ao redor do átomo em órbitas de tamanho e
energia fixos;
➢ As órbitas têm energia quantizada e fixa (1, 2, 3, ...), sendo
chamadas de órbitas estacionárias. Hoje, nos átomos de elementos
químicos naturais, são conhecidos sete níveis de energia, ou
camadas eletrônicas, representados pelas letras K(1), L(2), M(3),
N(4), O(5), P(6) e Q(7);
➢ Os elétrons não podem ficar entre duas camadas ou ter valores
intermediários;
➢ Quando um elétron absorve energia (por meio de uma descarga
elétrica, calor, etc.), ele muda de camada, passando de um nível de
menor para um de maior energia (excitação do elétron);
➢ Quando o elétron retorna ao nível original, ele emite um fóton (calor,
luz visível, luz elétrica, etc.), cuja energia é igual à diferença entre os
dois níveis
55
Modelos atômicos

● Modelo de Schroedinger (Prêmio Nobel em 1933)


➢ Modelo bastante abstrato, uma vez que ele se propõe
a descrever o comportamento de átomos e moléculas;
➢ Para Schroedinger, os átomos possuíam regiões
prováveis de existência dos elétrons, o que ele
chamou de orbitais eletrônicos;
➢ O orbital é uma zona de máxima probabilidade de se
encontrar um elétron. Isso porque, segundo modelos
matemáticos, seria impossível definir o local exato e
velocidade de movimento dessa partícula subatômica.

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Modelos atômicos

57
58
Propriedades Periódicas

● Número atômico (Z) = número de prótons = número de elétrons de átomo neutro;


● Número de massa (A) = peso atômico (g/mol) = prótons + nêutrons

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Os elétrons em um átomo
Camada de valência

60
Camada de valência

• Elementos estáveis possuem 8 elétrons ou 2 elétrons (H e He)


na camada de valência: gases nobres;

61

• Os outros elementos tendem a se tornarem estáveis,


por meio de ligações químicas.
Interatômicas:
Ligação iônica;
Ligações Ligação covalente;
químicas
Ligação metálica.
Intermoleculares:
Van der Waals;
Dipolo-dipolo
Pontes de Hidrogênio.
Ligação iônica
• Ocorre entre metal e não metal
• Transferência de elétrons;
• Um átomo perde e o outro ganha.
Na Cl
63

2 8 1 7 8 2

Na
Cl

2 8
8 8 2
Ligação iônica

• Predominante nos materiais


64

cerâmicos;
• Propriedades das cerâmicas:
• Isolante (térmico e elétrico);
• Alta dureza;
Ligação covalente
• Ocorre entre não-metais
• Os átomos compartilham elétrons;
• Cada átomo contribui com pelo menos um elétron.

65
Ligação
covalente
66

• Formação de moléculas
• Cadeias de moléculas
Ocorre entre metais;
Os metais possuem um, dois ou três
elétrons na camada de valência;

Os elétrons não são ligados a


Ligação nenhum outro átomo
particularmente, e são
metálica relativamente livres para se
movimentar pelo material;

Os elétrons formam uma “nuvem” ou


“mar”.
Ligação metálica
Resumo

Ligação Princípio Materiais em que Propriedade


ocorre

Transferência de Predominante nas Isolante térmico e


Iônica elétrons cerâmicas elétrico

Compartilhamento Predominante em Podem ser fortes


Covalente de elétrons polímeros ou fracas

Metálica Formação de Metais e ligas


Condução elétrica
“nuvem de metálicas
elétrons”
s

70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82

Propriedades dos materiais de acordo com as ligações


químicas
3 - A ESTRUTURA DOS SÓLIDOS
CRISTALINOS
Estruturas Cristalinas

Os materials sólidos podem ser classificados de acordo com a


regularidade na qual os átomos ou íons se dispõem em relação a
seus vizinhos;

Material cristalino é aquele no qual os átomos encontram-se


ordenados sobre longas distâncias atômicas formando uma
estrutura tridimensional que se chama de rede cristalina;

Todos os metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros formam


estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação;
Estruturas Cristalinas

Nos materiais não-cristalinos ou amorfos não existe ordem de


longo alcance na disposição dos atomos;

Algumas cerâmicas e polímeros não apresentam estruturas


cristalina;

Há um grande número de diferentes estruturas cristalinas,


desde estruturas simples exibidas pelos metais ate estruturas
mais complexas exibidas pelos cerâmicos e polímeros.
Estruturas Cristalinas
Estrutura Cristalina - Forma segundo a qual os átomos, íons ou
moléculas estão arranjadas
Modelo de esfera rígida atômica - esferas sólidas com
diâmetros definidos representam os átomos onde os vizinhos
mais próximos se tocam entre si
Célula Unitária
Consiste num pequeno grupos de átomos que formam um
modelo repetitivo ao longo da estrutura tridimensional
(analogia com elos da corrente)
A célula unitária é escolhida para representar a simetria da
estrutura cristalina
Sistemas Cristalinos

Estes sistemas incluem todas


as possíveis geometrias de
divisão do espaço por
superfícies planas contínuas
AS 14 REDES DE BRAVAIS

Dos 7 sistemas cristalinos podemos


identificar 14 tipos diferentes de células
unitárias, conhecidas com redes de Bravais.
Cada uma destas células unitárias tem certas
características que ajudam a diferencia-las das
outras células unitárias.
Além do mais, estas características também
auxiliam na definição das propriedades de um
material particular
Influência da estrutura cristalina na natureza
Estrutura Cristalina dos Metais

Como a ligação metálica é não-direcional, não há restrições


quanto ao número e posições dos vizinhos mais próximos.
Então, a estrutura cristalina dos metais tem geralmente um
número grande de vizinhos e alto empacotamento atômico.
Três são as estruturas cristalinas mais comuns em metais:
Cúbica de Corpo Centrado, Cúbica de Face Centrada e
Hexagonal Compacta.
Cúbica de Corpo Centrado
■ Cada átomo dos vértices do
cubo é dividido com 8 células
unitárias
■ Já o átomo do centro pertence
somente a sua célula unitária.
■ Há 2 atomos por célula unitária
na estrutura CCC

■ O Fe, Cr, W cristalizam em CCC


1/8 de atomo

1 atomo inteiro
Relação entre o raio atômico (r) e o
parâmetro de rede (a) para o sistema
CCC
Número de Coordenação para CCC
■ Número de coordenação (NC) corresponde ao número de átomos
vizinhos mais próximos
r I r4 ■ ■ ■ ■ / ■

■ Para a estrutura ccc o número de coordenação é 8.


Fator de Empacotamento Atômico para CCC

O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A ESTRUTURA CCC É 0,68


Cúbica de Face Centrada
■ Na CFC cada átomo dos vértices do
cubo é dividido com 8 células unitárias
■ Já os átomos das faces pertencem
somente a duas células unitárias
■ Há 4 átomos por célula unitária na
estrutura CFC
■ É o sistema mais comum encontrado
nos metais (Al, Fe, Cu, Pb, Ag, Ni,...)
Número de Coordenação para CFC

Para a estrutura CFC o número de coordenação é 12.


Fator de Empacotamento Atômico para CFC

O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A ESTRUTURA CFC É 0,74


Hexagonal Compacta

O sistema Hexagonal Compacto é


mais comum nos metais (ex: Mg,
Zn)
Na HC cada átomo de uma dada
■r \
camada está diretamente abaixo ou
acima dos interstícios formados
entre as camadas adjacentes
Hexagonal Compacta

6 atomos por célula unitária.


O número de coordenação para
a estrutura HC é 12 e, portanto,
o fator de empacotamento é o
mesmo da CFC, ou seja, 0,74.

Relação entre R e a:
a= 2R
Hexagonal Compacta

Há 2 parâmetros de rede representando os parâmetros basais (a) e de altura (c)


Sequência de Empilhamento

HC CFC
Cálculo da Densidade
O conhecimento da estrutura cristalina permite o
cálculo da densidade (r):
r = nA
VC N A

n = número de átomos da célula unitária


A = peso atômico
Vc = Volume da célula unitária
NA = Número de Avogadro (6,02 x 1023 átomos/mol)
Estruturas Cerâmicas

Uma vez que as cerâmicas são


compostas por pelo menos dois
elementos, as suas estruturas
são em geral mais complexas
do que as dos metais;

Exemplo : Titanato de Biro (BaTiOj) Material


Piezoeletrico Estrutura tjpo An.BnX^
Estruturas Cristalinas

■ Estruturas cristalinas são compostas por íons


eletricamente carregados, ao invés de átomos;
■ Duas características dos íons influenciam a
estrutura dos cristais:
□ O cristal deve ser eletricamente neutro
□ Os raios iônicos dos cátions e ânions
Alguns exemplos de estruturas cerâmicas

■ Estrutura do Cloreto de Césio


□ NC - 8
□ Os ânions estão localizados em cada vértice de um cubo, enquanto o
centro do cubo contém um único cátion
□ 2 íons/célula unitária - um Cs+ e um Cl-
Alguns exemplos de estruturas cerâmicas
■ Cloreto de sódio
□ NC - 6
□ Estrutura CFC dos ânions. Com um cation situado no centro do
cubo e outro localizado no centro de cada uma das 12 arestas
□ 8 íons/Célula Unitária - 4 Na+ e 4 Cl-
Alguns exemplos de estruturas cerâmicas

■ Fluorita (CaF2)
□ Estrutura CFC com 3 íons (1 Ca2+ e 2F-)
□ 12 íons/ célula unitária - 4Ca2+ e 8 F-
Estrutura cerâmica - amorfa

■ Vidros à base de silica


A maioria desses vidros é produzida pela adição
de óxidos (CaO e Na2O) à estrutura basica SiO4-4
- chamados modificadores da rede;
Estes óxidos quebram a cadeia de tetraedros e o
resultado são vidros com ponto de fusão menor,
mais faceis de dar forma;
Alguns outros óxidos (TiO2 e Al2O3) substituem os
silício e se tornam parte da rede - chamados
óxidos intermediários.
Estrutura dos Polímeros
Microestrutura
Microestrutura de urn
100% Amorfo potimero aemi-cristahno
apresentando regioez
crista kirns e am&rfas.

(ortorrombica) m
Cristalinidade em polímeros:
Esferulitas
Diregao de crescimento da
esferulita

Lamelas cristalinas

Material amorfo

Molecula de
ligagao

Ponto de nucleagao
Estruturas poliméricas
■ Polietileno - estrutura ortorrômbica

Cadeias “dobradas”
Nylon 6,6 - pode apresentar
pelo menos 3 formas
cristalográficas distintas.
Na temperatura ambiente,
são estáveis as formas a e
b, ambas triclínicas.
Em altas temperaturas a
forma g.

Figure 1-5 Arrangement of molecular chains in nylon 66, po!y(hexamethylene


adipamide). (Bunn and Garner [6].)
Polimorfismo e Alotropia
Alguns metais e não-metais podem ter mais de
uma estrutura cristalina dependendo da
temperatura e pressão. Esse fenômeno é
conhecido como polimorfismo.
Geralmente as transformações polimórficas são
acompanhadas de mudanças na densidade e
mudanças de outras propriedades físicas.
Polimorfismo do Fe
Polimorfismo do Carbono
Polimorfismo do Carbono

■ Configuragao estrutural ■ Configuragao estrutural


do fullereno C60 dos nanotubos
Materiais monocristalinos e policristalinos

■ Monocristalinos:
□ Constituídos por um único cristal em toda a extensão do
material, sem interrupções.
□ Todas as células unitárias se ligam da mesma maneira e
possuem a mesma direção
Agulhas de calcita
Gruta Torrinha - Chapada Diamantina - Ba
■ Policristalinos: constituídos de vários cristais ou
grãos, cada um deles com diferentes orientações
espaciais.

Material policristalino

Os contornos de grão são regiões


separando cristais de diferentes orientações
em um material policristalino.
Curadoria de Dúvidas

Poderia esclarecer melhor a diferença entre os 3 tipos de ligações químicas?“

Por que, em geral, os pesos atômicos dos elementos não são números inteiros?
Cite 2 razões;

Qual o número de coordenação para a estrutura cristalina cúbica simples?

Calcule o Fator de Empacotamento para a estrutura cúbica simples:


Mais dúvidas/
contribuições?
Grato!

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