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Propriedades e Características

dos Materiais

Prof. Edmilson Lima, Me.


edmilsonlimas@gmail.com
Boas Vindas

Expectativas

Por que estudar a ciência dos materiais?


Qual o seu objetivo Profissional?

Empreendedor?

Empresa Particular?

Concurso Público?
O sucesso depende
de você:

Se planejar e gerir com sabedoria seus


mais precisos recursos:
Tempo e Dinheiro, Relacionamentos,
etc.
https://youtu.be/JIwCx7G6Vyw
Ementa

Propriedades do Materiais de Engenharia


Estrutura Cristalina e Imperfeições
Transporte Eletrônico dos Sólidos
Deformação Plástica dos Metais
Polímeros
Cerâmicos
Corrosão
Materiais Usados na Engenharia
Materiais Avançados
Tópicos Emergentes
Os materiais estão mais enraizados em nossa
cultura do que a maioria de nós se dá conta. Nos
transportes, habitação, vestuário, comunicação,
recreação e produção de alimentos —
virtualmente, todos os seguimentos de nosso
cotidiano são influenciados, em maior ou menor
grau, pelos materiais.
A indústria aeroespacial compreende as atividades
envolvidas na pesquisa, projeto, fabricação e
operação de aviões, foguetes e outros veículos de
transporte aéreo e espacial.

http://emc.ufsc.br/portal/setores-industriais/aeroespacial/
http://diegoiannoni.blogspot.com/2010/09/nessa-
serie-de-videos-voce-vera-como-se.html
gettyimages.com
https://produza.ind.br/gestao/sustentabilidade-
industrial/
Historicamente, o desenvolvimento e o avanço das sociedades
estiveram intimamente ligados às habilidades de seus membros
em produzir e manipular materiais para satisfazer às suas
necessidades. De fato, as civilizações antigas foram
identificadas de acordo com seu nível de desenvolvimento em
relação aos materiais (Idade da Pedra, Idade do Bronze, Idade
do Ferro).
Os primeiros seres humanos tiveram acesso a apenas um
número muito limitado de materiais, aqueles que ocorrem
naturalmente: pedra, madeira, argila, peles, e assim por diante.
Com o tempo, eles descobriram técnicas para a produção de
materiais que tinham propriedades superiores àquelas dos
materiais naturais; esses novos materiais incluíam as cerâmicas e
vários metais. Além disso, descobriu-se que as propriedades de
um material podiam ser alteradas por meio de tratamentos
térmicos e pela adição de outros constituintes.
Um avanço na compreensão de um tipo de material
leva com frequência ao progresso gradativo de alguma
tecnologia. Por exemplo, não teria sido possível
fabricar os automóveis, sem a disponibilidade, a baixo
custo, de aço ou de outro material substituto
comparável.
https://www.ctborracha.com/materiais-de-engenharia/importancia-relativa-dos-
materiais/
Especificamente, a Ciência de Materiais
envolve a investigação das relações entre as
estruturas e as propriedades dos materiais.
Engenharia de Materiais, com base nas
correlações estrutura-propriedade, projeta ou
“engenhera” a estrutura de um material para
obter nele um conjunto predeterminado de
propriedades.
A partir de uma perspectiva funcional, o papel de um cientista de
materiais é desenvolver ou sintetizar novos materiais, ao passo
que um engenheiro de materiais é chamado para criar novos
produtos ou sistemas usando materiais existentes, e/ou para
desenvolver técnicas para o processamento de materiais. A
maioria dos estudantes de Engenharia de Materiais é treinada
para ser tanto um cientista de materiais quanto um engenheiro
de materiais.
A estrutura de um material refere-se, em geral,
ao arranjo dos seus constituintes internos. A
estrutura subatômica envolve os elétrons nos
átomos individuais e as interações com seus
núcleos.
O próximo nível estrutural na escala crescente
das dimensões, que contém grandes grupos de
átomos que estão normalmente
conglomerados, é chamado de microscópico, e
significa aquele que está sujeito a uma
observação direta por meio de algum tipo de
microscópio.
A noção de propriedade merece alguma consideração.
Em serviço, todos os materiais são expos- tos a estímulos
externos que causam algum tipo de resposta. Por
exemplo, uma amostra submetida à ação de forças
deformará, ou uma superfície metálica polida refletirá a
luz.
Virtualmente, todas as propriedades importantes dos
materiais sólidos podem ser agrupadas em seis
categorias diferentes: mecânica, elétrica, térmica,
magnética, óptica e de deterioração. Para cada
categoria existe um tipo característico de estímulo que
é capaz de provocar diferentes respostas.
Além da estrutura e das propriedades, dois
outros componentes importantes estão
envolvidos na Ciência e Engenharia de
Materiais, que são o processamento e o
desempenho.
(CARAM, 2000).
Processamento, Estrutura,
Propriedades, Desempenho
Por que estudamos os materiais? Muitos cientistas
experimentais ou engenheiros, sejam eles mecânicos, civis,
químicos ou elétricos, computação irão uma vez ou outra
deparar-se com um problema de projeto que envolve
materiais. Os exemplos podem incluir uma engrenagem de
transmissão, a superestrutura para um edifício, um
componente de uma refinaria de petróleo, ou um chip de
circuito integrado um novo sistema.
Os metais são compostos por um ou mais elementos
metálicos (por exemplo, ferro, alumínio, co- bre,
titânio, ouro e níquel), e com frequência também por
elementos não metálicos (por exemplo, carbono,
nitrogênio, oxigênio) em quantidades relativamente
pequenas.
Cerâmicas são compostos formados entre elementos metálicos e
não metálicos; na maioria das vezes, são óxidos, nitretos e
carbetos. Por exemplo, alguns materiais cerâmicos comuns incluem
o óxido de alumínio (ou alumina, Al2O3), o dióxido de silício (ou
sílica, SiO2), o carbeto de silício (SiC), o nitreto de silício (Si3N4) e,
ainda, o que alguns se referem como cerâmicas tradicionais —
aqueles materiais compostos por minerais argilosos (por exemplo,
a porcelana), assim como o cimento e o vidro.
Os polímeros incluem os familiares materiais plásticos e de
borracha. Muitos deles são compostos orgânicos que têm sua
química baseada no carbono, no hidrogênio e em outros
elementos não metálicos (por exemplo, O, N e Si). Além disso,
eles têm estruturas moleculares muito grandes, em geral na
forma de cadeias, que com frequência possuem uma estrutura
composta por átomos de carbono. Alguns dos polímeros comuns
e familiares são o polietileno (PE), o náilon, o cloreto de polivinila
(PVC), o policarbonato (PC), o poliestireno (PS) e a borracha
silicone.
Um compósito é composto por dois (ou mais) materiais
individuais, os quais se enquadram nas categorias
discutidas anteriormente — metais, cerâmicas e
polímeros. O objetivo de projeto de um compósito é
atingir uma combinação de propriedades que não é
exibida por nenhum material iso- lado e, também,
incorporar as melhores características de cada um dos
materiais que o compõem, ex. Fibra de Vidro.
Os materiais utilizados em aplicações de alta tecnologia (ou high-tech) são
algumas vezes denomi- nados materiais avançados. Por alta tecnologia
subentendemos um dispositivo ou produto que opera ou que funciona usando
princípios relativamente intrincados e sofisticados; alguns exemplos incluem os
equipamentos eletrônicos.

os materiais que são usados em lasers, circuitos integrados, para o


armazenamento magnético de informações, em mostradores de cristal líquido
(LCD — liquid crystal display) e em fibras ópticas
Os semicondutores possuem propriedades
elétricas que são intermediárias entre aquelas
exibidas pelos condutores elétricos (por exemplo,
os metais e as ligas metálicas) e os isolantes (por
exemplo, as cerâmicas e os polímeros)
Os biomateriais são empregados em componentes
implantados no corpo humano para a substituição de partes
do corpo doentes ou danificadas. Esses materiais não devem
produzir substâncias tóxicas e devem ser compatíveis com os
tecidos do corpo (isto é, eles não devem causar reações
biológicas adversas). Todos os materiais citados
anteriormente — metais, cerâmicas, polímeros, compósitos
e semicondutores — podem ser usados como
biomateriais.(ex. Titânio, óxido de aluminio, silicone)
O adjetivo dos materiais inteligentes implica que esses materiais são capazes
de sentir mudanças nos seus ambientes e assim responder a essas mudanças
segundo maneiras predeterminadas — carac- terísticas que também são
encontradas nos organismos vivos.

Quatro tipos de materiais são normalmente utilizados como atuadores: as


ligas com memória da forma, as cerâmicas piezelétricas, os materiais
magnetoconstritivos e os fluidos eletrorreológicos/ magnetorreológicos. (ex.
Sensores diversos)
Uma nova classe de materiais com propriedades fascinantes e
uma excelente promessa tecnológica é a dos nanomateriais.
Os nanomateriais podem ser de qualquer um dos quatro tipos
básicos de ma- teriais — metais, cerâmicas, polímeros e
compósitos. No entanto, ao contrário desses outros mate-
riais, eles não são diferenciados com base em sua química,
mas, em lugar disso, em função do seu tamanho; o prefixo
nano indica que as dimensões dessas entidades estruturais
são da ordem do nanômetro (10−9 m) — como regra, menos
de 100 nanômetros (nm; isso equivale a aproximadamente
500 diâmetros atômicos).
Dúvidas e ou Comentários?

Obrigado pela Atenção!


Referência Bibliográfica

William, D. Callister

Ciência e engenharia de materiais : uma introdução /


William D. Callister, Jr., David G. Rethwisch ; tradução
Sergio Murilo Stamile Soares.

- 9. ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016.


Propriedades e Características
dos Materiais

Prof. Edmilson Lima, Me.


edmilsonlimas@gmail.com
Estrutura Atômica e
Ligação Interatômica
Como se explica a aderência
das patas da lagartixas em
qualquer superfície?
Elas possuem patas extremamente aderentes que se grudam
praticamente a qualquer superfície.

De fato, uma lagartixa pode suportar a massa do seu corpo


com um único dedo!

O segredo para essa habilidade marcante é a presença de


um número extremamente grande de pelos
microscopicamente pequenos em cada uma das plantas dos
seus dedos.
Quando esses pelos entram em contato com uma
superfície, são estabelecidas pequenas forças de
atração (ou seja, forças de van der Waals) entre as
moléculas dos pelos e as moléculas da superfície.
Vídeo

https://youtu.be/bC7GiQOrdVw
POR QUE ESTUDAR A
Estrutura Atômica e as
Ligações Interatômicas?
Uma razão importante para obter uma
compreensão das ligações
interatômicas nos sólidos deve-se ao
fato de que, em alguns casos, o tipo de
ligação nos permite explicar as
propriedades de um material.
Por exemplo, vamos considerar o carbono, que
pode existir tanto na forma de grafita quanto na
forma de diamante.

Enquanto a grafita é um material relativamente


macio e, ao toque, dá a sensação de “graxa”, o
diamante é um dos materiais conhecidos como
mais duros da natureza.
Além disso, as propriedades elétricas do diamante e
da grafita são diferentes: o diamante é um mau
condutor de eletricidade, enquanto a grafita é um
condutor razoavelmente bom.

Essas disparidades nas propriedades são atribuídas


diretamente a um tipo de ligação interatômica
encontrado na grafita e que não existe no diamante.
Algumas das propriedades importantes dos
materiais sólidos dependem dos arranjos
geométricos dos átomos e também das
interações que existem entre os seus átomos
ou moléculas constituintes.
Cada átomo consiste em um núcleo muito
pequeno, composto por prótons e nêutrons, e
está envolto por elétrons em movimento. Tanto
os elétrons quanto os prótons possuem cargas
elétricas, cuja magnitude é de 1,602.10−19 C. A
carga dos elétrons possui sinal negativo,
enquanto a carga dos prótons possui sinal
positivo; os nêutrons são eletricamente neutros.
As massas dessas partículas subatômicas
são extremamente pequenas; os prótons
e nêutrons possuem aproximadamente a
−27
mesma massa, de 1,67.10 𝑘𝑔, que é
significativamente maior que a massa de
um elétron, de 9,11.10−31 𝑘𝑔.
As massas dessas partículas subatômicas
são extremamente pequenas; os prótons
e nêutrons possuem aproximadamente a
−27
mesma massa, de 1,67.10 𝑘𝑔, que é
significativamente maior que a massa de
um elétron, de 9,11.10−31 𝑘𝑔.
As massas dessas partículas subatômicas
são extremamente pequenas; os prótons
e nêutrons possuem aproximadamente a
−27
mesma massa, de 1,67.10 𝑘𝑔, que é
significativamente maior que a massa de
um elétron, de 9,11.10−31 𝑘𝑔.
Cada elemento químico é caracterizado pelo
número de prótons no seu núcleo, ou seu
número atômico (Z).

Para um átomo eletricamente neutro ou


completo, o número atômico também é igual
ao número de elétrons.
O íon é definido como um átomo eletrizado
que ganhou ou perdeu elétrons. Já o cátion e
o ânion são considerados íons.

Cátion

Os cátions, são normalmente formados por metais alcalinos (família


IA) e metais alcalinos terrosos (família IIA) da tabela periódica.
Eles apresentam carga positiva, na medida em que perdem um ou
mais elétrons (ionização), resultando, assim, num número de prótons
superior em relação ao número de elétrons.
Tipos de Cátions

Os cátions que apresentam carga +1 são chamados


de monopositivos;
Os cátions que possuem a carga +2 são denominados
de dipositivos;
Os cátions que apresentam carga +3 recebem o nome
de tripositivos;
Os cátions que apresentam carga +4 são
os tetrapositivos.
Tipos de Cátions

Os cátions que apresentam carga +1 são chamados


de monopositivos;
Os cátions que possuem a carga +2 são denominados
de dipositivos;
Os cátions que apresentam carga +3 recebem o nome
de tripositivos;
Os cátions que apresentam carga +4 são
os tetrapositivos.
Exemplos de Cátions

Na+1 (sódio)
K+1 (potássio)
Mg+2 (magnésio)
Ca+2 (cálcio)
Zn+2 (zinco)
Al+3 (alumínio)
Pb+4 (chumbo)
Dessa forma, os átomos de alguns
elementos possuem duas ou mais massas
atômicas diferentes. Esses átomos são
chamados de isótopos.
O peso atômico de um elemento
corresponde à média ponderada das
massas atômicas dos isótopos do átomo
que ocorrem naturalmente.
A unidade de massa atômica (uma) pode ser usada
para calcular o peso atômico. Foi estabelecida uma
escala em que 1 uma foi definida como o equivalente a
1/12 da massa atômica do isótopo mais comum do
carbono, o carbono 12 (12C) (A = 12,00000).
O peso atômico de um elemento ou o peso molecular de um
composto pode ser especificado em ter- mos de uma por átomo
(molécula) ou de massa por mol de material. Em um mol de uma
substância existem 6,022 𝑥 1023 (número de Avogadro) átomos
ou moléculas. Esses dois conceitos de peso atômico estão
relacionados pela seguinte equação:

1 uma/átomo (ou molécula) = 1 g/mol

https://youtu.be/XFk25-mNAmw_ o que
são átomos.
Cálculo do Peso Atômico Médio para o Cério

O cério possui quatro isótopos de ocorrência natural:


0,185% de 136Ce, com um peso atômico de
135,907 uma; 0,251% de 138Ce, com um peso atômico de
137, 906 uma; 88,450% de 140Ce, com um peso
atômico de 139,905 uma; e 11,114% de 142Ce, com um
peso atômico de 141,909 uma. Calcule o peso atômico
médio do Ce.
Cálculo do Peso Atômico Médio para o Cério

Solução

ACe = f136CeA136Ce + f138CeA138Ce + f140CeA140Ce + f142CeA142Ce

Incorporando os valores fornecidos no enunciado do problema para os vários


parâmetros, obtém-se:

A Ce = (0,185/100) + ...

(0,00185).(135,907 uma) + (0,00251). (137,906 uma) + (0,8845).(139,905 uma)


+ (0,11114).(141,909 uma)

Ace = 140,115 uma


Números Quânticos
Usando a mecânica ondulatória, cada elétron em um átomo é caracterizado por
quatro parâmetros
conhecidos como números quânticos. O tamanho, a forma e a orientação
espacial da densidade de
probabilidade de um elétron são especificados por três desses números
quânticos. Além disso, os
níveis energéticos de Bohr se separam em subcamadas eletrônicas, e os
números quânticos definem
o número de estados em cada subcamada.
Vídeo

https://youtu.be/xgaUzPauwas
(a) Os três primeiros estados de energia
eletrônicos para o átomo de hidrogênio pelo modelo de
Bohr. (b) Estados de energia eletrônicos para as três
primeiras camadas do átomo de hidrogênio segundo o
modelo mecânico-ondulatório.
O segundo número quântico (ou azimutal), l, define a subcamada. Os
valores de l estão restritos
pela magnitude de n e podem assumir valores inteiros que variam entre
l = 0 e l = (n – 1). Cada subcamada
é designada por uma letra minúscula — um s, p, d ou f —, que está
relacionada com os valores de
l da seguinte maneira:
Estrutura Atômica - Orbitais e Nós

https://youtu.be/qje6Vx7mtw4
Os elétrons de valência são aqueles que ocupam a camada mais externa.
Esses elétrons
são extremamente importantes; como será visto, eles participam da ligação
entre os átomos para formar
agregados atômicos e moleculares. Além disso, muitas das propriedades
físicas e químicas dos sólidos
estão baseadas nesses elétrons de valência.
alguns átomos têm aquilo que é denominado configurações
eletrônicas estáveis;
isto é, os estados na camada eletrônica mais externa, ou de
valência, estão completamente preenchidos.
Em geral, isso corresponde somente à ocupação dos estados s e p
da camada eletrônica mais
externa por um total de oito elétrons, como no neônio, no argônio
e no criptônio; uma exceção é o
hélio, que contém apenas dois elétrons 1s.
https://noic.com.br/olimpiadas/quimica/curso-noic-de-quimica-basica/aula-6-tabela-
periodica/

https://artsexperiments.withgoogle.com/periodic-table/
https://s2.glbimg.com/dV7n19toT9V-
https://artsexperiments.withgoogle.com/periodic-table/
vCSLveFmh94VmtI=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/03/26/af_dupla_01_galileu_alterada.jpg
FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO

A compreensão de muitas das propriedades físicas dos materiais torna-se


aprimorada a partir do
conhecimento das forças Inter atômicas que unem os átomos uns aos outros.
Possivelmente, os princípios
das ligações atômicas são mais bem ilustrados considerando-se como dois
átomos isolados interagem conforme
se aproximam um do outro a partir de uma distância de separação infinita.
FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO

A grandes distâncias, as
interações são desprezíveis, pois os átomos estão muito
distantes para se influenciar; no entanto, em pequenas
distâncias de separação, cada átomo exerce forças sobre o
outro. Essas forças são de dois tipos,
atrativa (FA) e repulsiva (FR), e a magnitude de cada uma
depende da distância de separação ou interatômica
(r); a Figura 2.10a é um diagrama esquemático de FA e FR
em função de r.
FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO

Nessa expressão, B e n são constantes cujos valores dependem do sistema iônico


particular. O valor
de n é de aproximadamente 8.
A ligação iônica é denominada não direcional; isto é, a magnitude da ligação é
igual em todas as direções
ao redor do íon.
As forças repulsivas surgem de interações entre as nuvens eletrônicas carregadas
negativamente
dos dois átomos e são importantes apenas para pequenos valores de r, na medida em
que as
camadas eletrônicas mais externas dos dois átomos começam a se sobrepor (Figura
2.10a).
A Figura 2.10b mostra as energias potenciais atrativa, repulsiva e resultante em função da
separação
interatômica para dois átomos. A partir da Equação 2.8a, a curva da energia resultante é a soma
das curvas para as energias atrativa e repulsiva. O mínimo na curva da energia resultante
corresponde
à distância de equilíbrio, r0. Adicionalmente, a energia de ligação para esses dois átomos, E0,
corresponde
à energia nesse ponto de mínimo (também mostrado na Figura 2.10b); ela representa a energia
que seria necessária para separar esses dois átomos até uma distância de separação infinita.
Ligação Atômica nos Sólidos

Três tipos diferentes de ligações primárias ou


ligações químicas são encontrados nos sólidos:
iônica, covalente e metálica.

ligação iônica (cerâmicas), ligação covalente (polímeros),


ligação metálica (metais), e ligação de van der Waals
(sólidos moleculares).

https://youtu.be/ez9o-7u8Rm0
(microscópio Quântico)
RESUMO

Os dois modelos atômicos são o de Bohr e o mecânico-


ondulatório. Enquanto o modelo de Bohr
considera que os elétrons são partículas que orbitam o
núcleo em trajetórias distintas, na mecânica
ondulatória eles são considerados semelhantes a
ondas, e a posição do elétron é tratada em termos
de uma distribuição de probabilidades.
RESUMO
Elétrons
nos Átomos

As energias dos elétrons são quantizadas — isto é, são permitidos apenas


valores de energia específicos.
• Os quatro números quânticos eletrônicos são n, l, ml e ms. Eles
especificam, respectivamente, o tamanho
do orbital eletrônico, a forma do orbital, o número de orbitais eletrônicos e
o momento de spin.
• De acordo com o princípio da exclusão de Pauli, cada estado eletrônico
pode acomodar não mais
do que dois elétrons, que devem possuir spins (rotações) opostos.
RESUMO

A Tabela Periódica

Os elementos em cada uma das colunas (ou grupos) da tabela periódica


possuem configurações
eletrônicas distintas. Por exemplo:
Os elementos no Grupo 0 (os gases inertes) possuem camadas eletrônicas
preenchidas.
Os elementos no Grupo IA (os metais alcalinos) possuem um elétron a mais
que uma camada
eletrônica preenchida.
RESUMO

Forças e Energias
de Ligação
A força de ligação e a energia de ligação estão relacionadas entre si de
acordo com as Equações 2.5a e 2.5b.

As energias atrativa, repulsiva e resultante para dois átomos ou íons dependem da


separação interatômica
segundo o gráfico esquemático da Figura 2.10b.
• A partir de um gráfico da separação interatômica versus a força para dois átomos/íons,
a separação
de equilíbrio corresponde ao valor com força igual a zero.
• A partir de um gráfico da separação interatômica versus a energia potencial para dois
átomos/íons,
a energia de ligação corresponde ao valor de energia no ponto mínimo da curva.
RESUMO
Exercícios da aula 1 e 2

1) Selecione um ou mais dos seguintes itens ou dispositivos


modernos e faça uma busca na Internet para
determinar qual(is) material(is) específico(s) é(são)
usado(s) e quais propriedades específicas esse(s) material(
is) possui(em) para o dispositivo/item funcionar
corretamente. Por fim, escreva um texto curto no qual
você relata suas descobertas.

(a) Células solares (b) Palhetas de turbinas eólicas (c) Blocos de motores de automóveis
(excluindo o
ferro fundido) (d) Blindagem pessoal militar (e) Equipamentos esportivos (f) Bastões de
esqui (g) chips de celulares (h) Tubulações de refrigeradores ( i) Tvs Smarts de Plasma (j)
Bolas de golfe.
2) Liste três itens (além daqueles que estão mostrados na
Figura 1.9) feitos a partir de metais ou suas ligas. Para
cada item, anote o metal ou liga específico que é usado
e pelo menos uma característica que torna esse o material
escolhido.

3) Liste três itens (além daqueles que estão mostrados na


Figura 1.10) feitos a partir de materiais cerâmicos. Para cada
item, anote a cerâmica específica que é usada e pelo menos
uma característica que torna esse o material escolhido.

4) Liste três itens (além daqueles que estão mostrados na Figura


1.11) feitos a partir de materiais poliméricos. Para cada item,
anote o polímero específico que é usado e pelo menos uma
característica que torna esse o material escolhido.

5) Classifique cada um dos seguintes materiais em metal,


cerâmica ou polímero. Justifique cada escolha: (a) latão;
(b) óxido de magnésio (MgO); (c) Plexiglas®; (d) policloropreno;
(e) carbeto de boro (B4C); e (f) ferro fundido.

Obs.: Use o livro texto disponível na pasta do curso


6) Qual subcamada eletrônica está sendo preenchida nos
elementos da série das terras raras na tabela periódica?
7) Qual subcamada eletrônica está sendo preenchida
na série dos actinídeos?
8) Qual é a configuração eletrônica básica da família no nitrogênio,
calcogênios e halogênios na tabela periódica?
9) Quais elementos ( cite 3 exemplos de cada) tem os maiores raios
atômicos, eletronegatividade, e energia de ionização?
10) Quais elementos ( cite 3 elementos de cada) que tem mais
afinidade eletrônica, densidade e pontos de fusão e ebulição?

Obs.: Use o livro texto disponível na


pasta do curso
Exercícios individuais resolvidos e enviados ao e-mail em
PDF. Passar corretor ortográfico para o e-mail do professor
até 05 de abril de 2022. Deve conter a identificação do
aluno, matrícula, Curso, etc.
Referência Bibliográfica

William, D. Callister

Ciência e engenharia de materiais : uma introdução /


William D. Callister, Jr., David G. Rethwisch ; tradução
Sergio Murilo Stamile Soares.

- 9. ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016.


Propriedades e Características
dos Materiais

Prof. Edmilson Lima, Me.


edmilsonlimas@gmail.com
Ligação Interatômica e
Estruturas Crsitalinas
Ligações Interatômicas Primárias
Nas ligações iônicas, íons carregados eletricamente são formados pela transferência de
elétrons de valência de um tipo de átomo para outro.

• A força atrativa entre dois íons isolados que possuem cargas opostas pode ser calculada
usando a Equação 2.13.

• Existe um compartilhamento de elétrons de valência entre átomos adjacentes quando a


ligação é covalente.

• Os orbitais eletrônicos para algumas ligações covalentes podem se sobrepor ou


hibridizar.

Foi discutida a hibridação de orbitais s e p para formar orbitais sp3 e sp2 no carbono. As
configurações desses orbitais híbridos também foram observadas.

• Na ligação metálica, os elétrons de valência formam um “mar de elétrons” que está


uniformemente disperso ao redor dos núcleos dos íons metálicos e que atua como um
tipo de cola para eles.
Ligações Secundárias ou Ligações de van der Waals

Ligações de van der Waals relativamente fracas resultam de


forças atrativas entre dipolos elétricos, os quais podem ser
induzidos ou permanentes.

• Na ligação de hidrogênio são formadas moléculas altamente


polares quando o hidrogênio se liga covalentemente a um
elemento não metálico, tal como o flúor.
Ligação Mista

Além da ligação de van der Waals e dos três tipos de


ligações primárias, existem ligações mistas dos tipos
covalente-iônica, covalente-metálica, e metálica-iônica.

• O percentual de caráter iônico (%CI) de uma ligação


entre dois elementos (A e B) depende das suas
eletronegatividades (X’s), de acordo com a Equação
2.16.
Correlações Tipo de Ligação - Classificação do Material

Foram observadas correlações entre o tipo de ligação e a classe do material: Polímeros :


covalente
Metais : metálica
Cerâmicas : iônica/mista iônica-covalente
Sólidos moleculares : van der Waals (1)
Semimetais: mista covalente-metálica (2)
Intermetálicos : mista metálica-iônica (3)

(1) Estes sólidos são constituídos por moléculas que se encontram ligadas entre si
através de ligações intermoleculares. O gelo, o iodo e o enxofre são
alguns exemplos de estruturas que pertencem a esta classe de sólidos.
(2) Existem sete semimetais conhecidos: boro (B), silício (Si), germânio (Ge), arsênio
(As), antimônio (Sb), telúrio (Te) e polônio (Po).
(3) alumínio , gálio , índio , tálio , estanho , chumbo e bismuto .
Um material cristalino é um material no qual os átomos estão
posicionados segundo um arranjo periódico ou repetitivo ao
longo de grandes distâncias atômicas; isto é, existe uma ordem
de longo alcance, tal que, quando ocorre solidificação, os átomos
se posicionam em um padrão tridimensional repetitivo, no qual
cada átomo está ligado aos seus átomos vizinhos mais próximos.
Todos os metais, muitos materiais cerâmicos e certos polímeros formam
estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação. Naqueles
materiais que não se cristalizam, essa ordem atômica de longo alcance está
ausente esses materiais são conhecidos como não cristalinos ou amorfos.

As estruturas amorfas, também chamadas


de estruturas vítreas são formadas por arranjos
atômicos aleatórios e sem simetria ou ordenação de
longo alcance. Este tipo de estrutura pode ser
encontrado em gases, em líquidos e em certos sólidos,
representados basicamente pelos vidros.
Algumas das propriedades dos sólidos cristalinos dependem da
estrutura cristalina do material, ou seja, da maneira segundo a
qual os átomos, íons ou moléculas estão arranjados no espaço.
Existe um número extremamente grande de estruturas
cristalinas diferentes, todas possuindo uma ordenação atômica
de longo alcance; essas estruturas variam desde estruturas
relativamente simples, nos metais, até estruturas
extremamente complexas, como aquelas exibidas por alguns
materiais cerâmicos e poliméricos.
Vídeo de Estrutura Cristalina dos
materiais

https://youtu.be/gXimb9_7X9g
Na descrição das estruturas cristalinas, os átomos (ou íons) são
considerados como esferas solidas
com diâmetros bem definidos. Isso e conhecido como o modelo
atômico da esfera rígida, no qual as
esferas que representam os átomos vizinhos mais próximos se
tocam umas nas outras. Um exemplo
do modelo de esferas rígidas para o arranjo atômico encontrado
em alguns metais elementares
comuns esta mostrado na Figura 3.1c.
A ordem dos átomos nos sólidos cristalinos indica que pequenos
grupos de átomos formam um padrão repetitivo.

Dessa forma, ao descrever as estruturas cristalinas, e sempre


conveniente subdividir a estrutura em pequenas entidades que se
repetem, chamadas células unitárias.

As células unitárias
para a maioria das estruturas cristalinas são paralelepípedos ou
prismas com três conjuntos de faces
paralelas; uma dessas células unitárias esta desenhada no
agregado de esferas tendo
nesse caso o formato de um cubo.
A ligação atômica nesse grupo de materiais e metálica e, dessa forma,
e de natureza não direcional.
Consequentemente, são mínimas as restrições em relação a
quantidade e a posição dos átomos vizinhos mais próximos; isso leva
a números relativamente elevados de vizinhos mais próximos e a
arranjos
atômicos compactos para a maioria das estruturas cristalinas dos
metais.
A rede cúbica de face centrada é uma rede cúbica na qual existe um
átomo em cada vértice e um átomo no centro de cada face do cubo.
Os átomos se tocam ao longo das diagonais das faces do cubo.
A Tabela 3.1 apresenta os raios atômicos para diversos metais. Três estruturas
cristalinas relativamente simples são encontradas na maioria dos metais mais comuns:
cúbica de
faces centradas, cúbica de corpo centrado e hexagonal compacta.
Outra estrutura cristalina comumente encontrada nos metais também possui uma
célula unitária
cubica, em que existem átomos localizados em todos os oito vértices e um único
átomo no centro do
cubo. Essa estrutura e denominada estrutura cristalina cúbica de corpo centrado
(CCC).
Nem todos os metais possuem células unitárias com simetria cubica; a ultima estrutura cristalina
comumente encontrada nos metais, que ainda vai ser discutida, possui uma célula unitária
hexagonal.
A Figura 3.4a mostra uma célula unitária com esferas reduzidas para essa estrutura, que e
chamada
de hexagonal compacta (HC); um conjunto de varias células unitárias HC esta representado
na Figura 3.4b.1
Alguns metais, assim como alguns ametais,
podem ter mais de uma estrutura cristalina, um
fenômeno
conhecido como polimorfismo. Quando
encontrada em sólidos elementares, essa
condição e frequentemente
denominada alotropia.
A estrutura cristalina que prevalece depende
tanto da temperatura
quanto da pressão externa. Um exemplo
familiar e encontrado no carbono: a grafita e
o polimorfo
estável sob as condições ambientes,
enquanto o diamante e formado sob pressões
extremamente elevadas.
O ferro puro possui uma estrutura cristalina
CCC a temperatura ambiente, que muda
para CFC a 912°C (1674°F). Na maioria das
vezes, uma transformação polimórfica e
acompanhada de
uma mudança na massa especifica e em outras
propriedades físicas.
Como existem muitas estruturas cristalinas diferentes,
algumas vezes e conveniente dividi-las em grupos,
de acordo com as configurações das células unitárias
e/ou dos arranjos atômicos. Um desses
grupos esta baseado na geometria da célula unitária,
isto e, na forma do paralelepípedo apropriado
para representar a célula unitária, independente das
posições dos átomos na célula.
Nesse contexto, e
estabelecido um sistema de coordenadas xyz que tem sua
origem localizada em um dos vértices da
célula unitária; cada um dos eixos x, y e z coincide com uma
das três arestas do paralelepípedo, as
quais se estendem a partir desse vértice, como ilustrado na
Figura 3.5.
A geometria da célula unitária
e completamente definida em termos de seis
parâmetros: os comprimentos das três arestas, a, b e c, e
os três ângulos entre os eixos α, β e γ. Esses parâmetros
estão indicados na Figura 3.5 e são algumas
vezes denominados parâmetros de rede de uma
estrutura cristalina.
Com base nesse principio, existem sete
possíveis combinações diferentes de a, b e
c, e α, β e γ, cada
uma das quais representando um sistema
cristalino distinto. Esses sete sistemas
cristalinos são os sistemas
cubico, tetragonal, hexagonal,
ortorrômbico, romboédrico, monoclínico e
triclínico.
Ao lidar com materiais cristalinos, muitas vezes torna-se
necessário especificar um ponto particular
no interior de uma célula unitária, uma direção
cristalográfica, ou algum plano cristalográfico de átomos.
Convenções de identificação foram estabelecidas, em
que três números ou índices são empregados
para designar as localizações de pontos, as direções e os
planos.
Algumas vezes e necessário especificar uma posição na rede cristalina dentro de
uma célula unitária.
Isso e possível usando três índices de coordenadas de pontos: q, r e s. Esses
índices são múltiplos fracionários
dos comprimentos da aresta da célula unitária a, b e c, isto e, q e algum
comprimento fracionário
de a ao longo do eixo x, r e algum comprimento fracionário de b ao longo do
eixo y e, de maneira
semelhante, para s; ou
Uma direção cristalográfica e definida como uma linha direcionada entre
dois pontos, ou um vetor.

1. Em primeiro lugar, constrói-se um sistema de coordenadas x-y-z para a direita. Por


questão de
Direções Cristalográficas conveniência, a sua origem e posicionada em um vértice da
célula unitária.
2) São determinadas as coordenadas de dois pontos que estão sobre o mesmo vetor
direção (em
referência ao sistema de coordenadas). Por exemplo, para a parte traseira do vetor, o
ponto 1:
x1, y1 e z1; enquanto para a parte dianteira do vetor, o ponto 2: x2, y2 e z2.
3) As coordenadas do ponto traseiro são subtraídas dos componentes do ponto
dianteiro, isto
é, x2 – x1, y2 – y1 e z2 – z1.
Uma direção cristalográfica e definida como uma linha direcionada entre
dois pontos, ou um vetor.
Uma direção cristalográfica e definida como uma linha direcionada entre
dois pontos, ou um vetor.
Uma direção cristalográfica e definida como uma linha direcionada entre
dois pontos, ou um vetor.
Uma direção cristalográfica e definida como uma linha direcionada entre
dois pontos, ou um vetor.
Exercícios propostos
1) Qual e a diferença entre estrutura atômica e estrutura cristalina?
2) Se o raio atômico do chumbo e de 0,175 nm, calcule o volume de sua célula unitária
em metros cúbicos.
3) Mostre que o fator de empacotamento atômico para a estrutura CCC e de 0,68.
4) O estrôncio (Sr) tem estrutura cristalina CFC, um raio atômico de 0,215 nm, e um
peso atômico de 87,62 g/mol. Calcule a massa especifica teórica para o Sr.
5) O cobalto (Co) tem estrutura cristalina HC, um raio atômico de 0,1253 nm e uma
razão c/a de 1,623. Calcule o volume da célula unitária para o Co.
6)
7)

8)
7)

Formatação: Word

Prazo de Entrega: 19 de abril de 2022

Meio: e-mail: edmilsonlimas@gmail.com


Referência Bibliográfica

William, D. Callister

Ciência e engenharia de materiais : uma introdução /


William D. Callister, Jr., David G. Rethwisch ; tradução
Sergio Murilo Stamile Soares.

- 9. ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016.


Propriedades e Características
dos Materiais

Prof. Edmilson Lima, Me.


edmilsonlimas@gmail.com
Determinação dos Índices
Planares e Imperfeições
nos Sólidos
Determinação dos Índices Planares ( Miller)
Os defeitos atômicos
são responsáveis pelas
reduções nas emissões de
gases poluentes dos motores
dos automóveis atuais.
Um conversor catalítico é
o dispositivo de redução
de poluentes, o qual está
localizado no sistema de
exaustão dos automóveis.
As moléculas dos gases poluentes
ficam presas a defeitos
na superfície de materiais
metálicos cristalinos
no conversor catalítico.
enquanto presas nesses
sítios, as moléculas sofrem
reações químicas que as
convertem em outras substâncias
não poluentes ou
menos poluentes.
Até o momento tem sido considerado
tacitamente que, em uma escala atômica, existe
uma ordenação
perfeita por todo o material cristalino.
Entretanto, esse tipo de sólido ideal não existe;
todos
os materiais contêm grande número de uma
variedade de defeitos ou imperfeições.
Na realidade,
muitas das propriedades dos materiais são
profundamente sensíveis a desvios em relação à
perfeição
cristalina; a influência não é sempre adversa, e, com
frequência, características específicas são
deliberadamente
obtidas pela introdução de quantidades ou
números controlados de defeitos específicos.
Por defeito cristalino designamos uma
irregularidade na rede cristalina com uma ou
mais
das suas dimensões na ordem do diâmetro
atômico. A classificação de imperfeições
cristalinas é
feita, frequentemente, de acordo com a
geometria ou com a dimensionalidade do
defeito.
Vários
tipos de imperfeições são discutidos nesta aula, incluindo os
defeitos pontuais (aqueles associados
a uma ou a duas posições atômicas), os defeitos lineares (ou
unidimensionais) e os
defeitos interfaciais, ou contornos, que são bidimensionais. As
impurezas nos sólidos também
são discutidas, uma vez que os átomos de impurezas podem
existir como defeitos pontuais.
O defeito pontual mais simples é a lacuna, ou um
sítio vago na rede cristalina que normalmente
deveria estar ocupado, mas no qual está faltando
um átomo (Figura 4.1). Todos os sólidos cristalinos
contêm lacunas e, na realidade, não é possível
criar um material que esteja livre desse
tipo de defeito. A necessidade da existência das
lacunas é explicada considerando os princípios
da termodinâmica; essencialmente, a presença
das lacunas aumenta a entropia (isto é, a
aleatoriedade)
do cristal.
Nas soluções sólidas intersticiais, os átomos de impureza preenchem os espaços vazios ou
interstícios entre os átomos hospedeiros (veja a Figura 4.2). Para as estruturas cristalinas CFC e
CCC, existem dois tipos de sítios intersticiais: tetraédrico e octaédrico. Esses são distinguidos
pelo
número de átomos hospedeiros vizinhos mais próximos, isto é, pelo número de coordenação.
Os
sítios tetraédricos possuem um número de coordenação, que é de 4; as linhas retas traçadas a
partir
dos centros dos átomos hospedeiros vizinhos formam um tetraedro de quatro lados. Contudo,
nos
sítios octaédricos, o número de coordenação é 6; um octaedro é produzido quando se unem
esses
seis centros de esferas.3
Um contorno de macla é um tipo especial de contorno de grão, por meio do qual
existe uma específica
simetria em espelho da rede cristalina; isto é, os átomos em um dos lados do
contorno estão
localizados em posições de imagem em espelho em relação aos átomos no outro lado
do contorno
(Figura 4.10).
Exercícios propostos
Exercícios propostos
Exercícios propostos
Exercícios propostos
Formatação: Word

Prazo de Entrega: 26 de abril de 2022

Meio: e-mail: edmilsonlimas@gmail.com


Referência Bibliográfica

William, D. Callister

Ciência e engenharia de materiais : uma introdução /


William D. Callister, Jr., David G. Rethwisch ; tradução
Sergio Murilo Stamile Soares.

- 9. ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016.

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