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SELEÇÃO DE MATERIAIS

MECÂNICOS
SELEÇÃO DE MATERIAIS:
PROPRIEDADES
MECÂNICAS E ELÉTRICAS
Autor: Dra. Roberta Paye Bara
Reviso r: Allan Berbert

I NI CI AR

i d
introdução
Introdução
A seleção de materiais envolve conhecer a evolução dos materiais ao longo da
história da humanidade, bem como compreender as propriedades mecânicas dos
materiais metálicos e as propriedades elétricas.

O objetivo é evitar acidentes e também garantir que o produto não quebre ou sofra
uma fratura (porque fratura pode ser só uma trinca) por falta da análise das
propriedades mecânicas ligadas à tensão, deformação e dureza.

Os acidentes que envolvem essas propriedades incluem choques elétricos em


produtos em que isso não deveria ocorrer, ou o produto pode quebrar e os
pedaços da peça gerar ferimentos nas pessoas que estavam manuseando o
produto.

Esses assuntos serão aprofundados nesta unidade. Veremos o que é a base para a
escolha de materiais em projetos e que isso depende do conhecimento prévio
sobre materiais, da definição de materiais metálicos, poliméricos e cerâmicos.
Introdução à Seleção
de Materiais

A seleção de materiais envolve compreender que é necessário relacionar


viabilidade econômica no desenvolvimento do produto com as propriedades que o
produto deverá possuir para atender às necessidades de utilização e outros
critérios que por ventura sejam exigidos, por exemplo, limitações de fornecedores,
exigência de clientes ou respeito a alguma legislação ambiental.

Materiais em Projeto
O desenvolvimento de produtos possui diversas etapas de projeto, desde verificar
o portfólio de produtos quanto à viabilidade de mercado, incluindo a análise de
maquinário necessário para criação do produto e passando pela análise dos
materiais que serão utilizados no desenvolvimento do produto, até a embalagem.

Os materiais são avaliados no projeto considerando aspectos econômicos, como


disponibilidade de fornecedores locais, visto que quanto maior a distância do
fornecedor, maior será a chance de encarecer o valor. Ainda dentro dos aspectos
econômicos, são considerados os processos de fabricação que o material exige e
as propriedades mecânicas. Por exemplo, para um determinado produto é
verificado que três tipos de ligas metálicas atendem às necessidades de resistência
mecânica do produto final, porém a primeira liga possui um preço muito elevado
em comparação com as outras e a segunda necessita que seja processada por
uma técnica que exige um maquinário cujo preço é muito elevado. Assim, nesse
caso, a melhor escolha será a terceira liga, pois possui preço mais acessível e não
exige um processamento oneroso.

Além das questões econômicas, é fundamental analisar o material conforme suas


características mecânicas, ou seja, se a escolha do material contempla o uso para
qual o produto será submetido. Para isso, devem-se incluir as condições de
resistência a intempéries locais. Quando não há um minucioso trabalho de
pesquisa para identificar as condições em que o material estará submetido, podem
ocorrer acidentes. Um exemplo é o desabamento de parte do viaduto da BR 116
(Régis Bittencourt), em 2005. Esse acidente resultou na morte de um caminhoneiro
que passava no local no momento em que a estrutura cedeu. Na imagem a seguir,
é possível observar que esse trecho da rodovia possuía dois viadutos paralelos,
sendo que parte do viaduto sentido Paraná desabou na encosta da represa do
Capivari (CENACID, 2005).

Figura 1.1 - Vista da parte do viaduto da BR 116 que desabou em 2005

Fonte: CENACID (2005).


No estudo sobre materiais, temos a ciência dos materiais e a engenharia de
materiais. Em resumo, a ciência dos materiais contempla os conhecimentos
básicos sobre estrutura interna dos materiais, bem como as propriedades e as
formas de processamento. Já a engenharia de materiais consiste na aplicação da
ciência dos materiais no desenvolvimento de produtos. A maioria dos materiais
utilizados na engenharia de materiais pode ser catalogada em materiais metálicos
e materiais não metálicos, sendo que os materiais não metálicos podem ser
materiais cerâmicos ou materiais poliméricos (SMITH; HASHEMI, 2012). Vale
lembrar que materiais poliméricos são todos os materiais compostos por
polímeros.

Figura 1.2 - Relação entre as ciências dos materiais e outras áreas

Fonte: Adaptado de Smith e Hashemi (2012, p. 4).


A partir da Figura 1.2, percebemos a relação entre engenharia e ciência dos
materiais com outras áreas. A ciência dos materiais pode ser aplicada, por
exemplo, na medicina, com os biomateriais e os materiais que compõem
equipamentos médicos, e também na geologia, com o aperfeiçoamento dos
materiais utilizados para fazer as brocas de perfuração geológica.

A Evolução dos Materiais


O homem pré-histórico utilizava os materiais disponíveis na natureza, como
pedras, conchas e madeira, para sobreviver. Há indícios de pedras lascadas com
formato pontiagudo que indicam que, em alguns momentos, houve um interesse
em aperfeiçoar o material disponível para atender a uma necessidade (nesse caso,
a necessidade da caça).
Figura 1.3 - Pedra lascada exposta no Museu da Natureza na Serra da Capivara
(Piauí)

Fonte: Mario Cesar Mendonça Gomes / Wikimedia Commons.


Historicamente, o desenvolvimento das civilizações se sustentou no
desenvolvimento de ferramentas para o trabalho humano (no trabalho com
animais, na agricultura ou demais atividades econômicas) e na fabricação de
armas. Conforme resultado de indícios arqueológicos encontrados até o presente
momento,  temos as idades dos metais como a última fase da pré-história. A partir
desse início da metalurgia, a humanidade aperfeiçoou técnicas e materiais. Veja a
seguir o infográfico sobre os materiais ao longo da história.

Ao longo da história da humanidade ocorreram várias tentativas de aperfeiçoar


processos de fabricação e de tratamento dos materiais. Nas últimas décadas, com
o advento da internet, que facilitou o acesso à informação e o compartilhamento
rápido de pesquisas, houve uma maior difusão de pesquisas voltadas à evolução
dos processos de criação e processamento dos materiais. Isso é evidenciado em
linhas de pesquisa voltadas para os biomateriais e materiais compósitos.

Os biomateriais são materiais que precisam ser biocompatíveis com o organismo


humano, como os que são utilizados para implantes. O termo biocompatível define
os materiais que não produzem substâncias tóxicas quando em contato com
fluidos e tecidos vivos; não são necessariamente inertes. Um exemplo são os fios
de sutura para cirurgias internas que são absorvidos com o tempo (há uma reação,
mas ela não é tóxica).

Já os compósitos são um grupo de materiais que podem ser aplicados em diversas


áreas. Eles consistem na associação de dois ou mais tipos de materiais, por
exemplo, o compósito plástico e fibra de coco, que é utilizado atualmente para
criar vasos de plantas.

saiba
mais
Saiba mais
Explore as linhas de pesquisa, as imagens do
laboratório e as publicações. É uma área muito
importante da engenharia mecânica com
aplicações médicas e odontológicas, cujos
ensaios de caracterização das amostras incluem
testes que simulam o desempenho dos
materiais no organismo humano.

Para saber mais sobre biomateriais, acesse o


site
a seguir do Laboratório de Biomateriais e
Eletroquímica do Departamento de Engenharia
Mecânica da Universidade Federal do Paraná.

A CES S A R

Na evolução dos materiais, há um grupo conhecido como materiais inteligentes,


que alteram suas propriedades (mecânicas, elétricas ou de forma) conforme os
estímulos que recebem. Esses estímulos podem ser alteração na temperatura,
tensão, luz, umidade, campo elétrico ou magnético. Um exemplo são os metais
memória que, em função de algum estímulo pré-programado, retornam ao
formato da programação. Uma aplicação de metal memória de forma são os
stents
, reforço expansível. Trata-se de estruturas metálicas utilizadas para desobstruir
artérias ou conter aneurismas. O
stent
é um metal com memória de forma que, na
temperatura ambiente, apresenta-se linear (normalmente como uma estrutura
tubular) e, em contato com a temperatura corporal, muda a sua forma para o
formato de uma mola, desobstruindo a artéria. Isso só é possível porque a liga
metálica com memória de forma (por exemplo, a liga cromo-cobalto e o nitinol,
que é uma liga de níquel com titânio) foi programada para reagir assim com
relação ao estímulo da temperatura corporal (SMITH; HASHEMI, 2012) e (AL-
MUBARAK
et al
., 2004).

Há materiais que geram um campo elétrico quando estimulados por uma força
mecânica. Essa característica é denominada piezeletricidade, e os materiais que a
possuem são conhecidos como materiais piezelétricos. Essa reação pode ser
estimulada inversamente, ou seja, ao submeter esses materiais a um campo
elétrico externo, haverá uma resposta mecânica (SMITH; HASHEMI, 2012). Um
exemplo são os
buzzers
(transdutores piezoelétricos), mecanismos que podem ser
utilizados em uma placa de arduino que, ao receber o estímulo externo de um
campo elétrico, cria uma vibração gerando um som.

Os nanomateriais são estruturas com dimensões da ordem do nanômetro (


m ) e podem ser compostos de metais, polímeros, cerâmicos ou compósitos.
−9
10

A utilização de estruturas tão pequenas possibilita o aperfeiçoamento de


propriedades mecânicas, elétricas e magnéticas, como no caso dos grãos
magnéticos que são utilizados no
drivers
de discos rígidos (CALLISTER JR.;
RETHWISCH, 2018).

praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.

“Os materiais inteligentes são um grupo de novos materiais de última geração que estão
sendo atualmente desenvolvidos e que terão uma influência significativa sobre muitas
das nossas tecnologias. O adjetivo inteligente implica que esses materiais são capazes de
sentir mudanças nos seus ambientes e, assim, responder a essas mudanças segundo
maneiras predeterminadas – características que também são encontradas nos
organismos vivos”.

CALLISTER JR, W. D.; RETHWISCH, D. G.


Ciência e engenharia de materiais
: uma
introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 11.

Ao longo da história da humanidade foram aprimoradas as técnicas de utilização dos


materiais, incluindo aperfeiçoamento da fabricação. Considerando a evolução dos
materiais, assinale a alternativa que apresenta corretamente a nomenclatura utilizada
como característica dos materiais que não liberam substâncias tóxicas quando em
contato com fluidos corporais.

a)
Compósito.
b)
Memória de forma.
c)
Biomaterial.
d)
Biocompatível.
e)
Piezeletricidade.
Propriedades
Mecânicas dos
Metais

As   propriedades mecânicas dos metais descrevem como cada material metálico


reage em relação a estímulos externos, como mudança de temperatura, de
umidade, de pressão, de ph ou em caso de impacto. A época da Segunda Guerra
Mundial foi um momento em que se buscou construir navios de forma mais
rápida, sem uma criteriosa análise científica, a fim de combater as tropas alemãs.
O problema foi que os primeiros navios da Classe Liberty apresentaram falhas
catastróficas, visto que trincas nos navios se propagaram tão rapidamente e de
forma tão severa que eles se partiram ao meio.

Figura 1.4 - Fratura do navio Liberty

Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 5).


Após uma sequência de ocorrências catastróficas, foram buscar entender o que
poderia ter afetado a estrutura. Os navios da classe Liberty foram construídos no
Atlântico Norte, onde as chapas metálicas do casco ficavam na transição dúctil
para frágil, ou seja, a temperatura em que estava submetido o navio facilitava a
fragilidade e a consequente formação de trincas. Além disso, as chapas foram
soldadas em vez de rebitadas para agilizar o processo de fabricação dos navios e
os cantos das escotilhas tinham um formato que fazia com que se tornassem
pontos de concentração de tensões facilitando a geração de trincas (CALLISTER JR;
RETHWISCH, 2018).

Existem diversos ensaios para definir propriedades mecânicas dos materiais, todos
conforme normas ASTM (
American Society for Testing and Materials
), para que,
independentemente do local, do laboratório e das barreiras linguísticas, exista a
possibilidade de serem repetidos da mesma forma e mantendo os mesmos
padrões. Os principais ensaios realizados nos metais são ensaios de: tração,
compressão, flexão, dureza, fluência, impacto, fadiga e envelhecimento acelerado.

Conceito de Tensão-Deformação
Quando uma estrutura metálica é tracionada (tensionada positivo, que é o mesmo
que esticada) em um único sentido, ocorre uma deformação da estrutura, mas o
que é analisado é se essa deformação continua após a retirada da força que estava
tracionando, pois se a estrutura retorna às dimensões iniciais (antes de ser
submetida à força de tração), é denominada deformação elástica. Quando a
estrutura metálica não retorna às dimensões iniciais, é denominada deformação
plástica (SMITH; HASHEMI, 2012). Essa característica de deformação plástica de
alguns metais é utilizada na estampagem (processo de fabricação), em que chapas
metálicas são pressionadas em formas para se obter o formato desejado (como
paralamas ou portas de veículos).

Figura 1.5 - Gráfico de resistência à tração

Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 7).


O ensaio de tração consiste em submeter um corpo de prova do material que se
deseja testar, de forma que suas extremidades estejam fixadas e sejam esticadas
gradativamente até a ruptura do material. Os parâmetros tensão de engenharia (σ)
e deformação de engenharia (ϵ) dependem da área transversal da seção da
amostra (A ), da força instantânea aplicada na direção perpendicular à seção
0

transversal (F), do comprimento inicial do corpo de prova (l ) e do comprimento


0

durante a aplicação da força de tração (l). Onde,

Tensão da engenharia é σ = F

A0

Deformação de engenharia é ϵ =
l−l 0 Δl (variaao do comprimento da amostra)
=
l0 l 0  (comprimento inicial da amostra)

Na prática, os valores de deformação de engenharia são multiplicados por 100,


sendo descritos como deformação percentual ou alongamento percentual.
Figura 1.6 - Corpo de prova para ensaio de tração

Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 158).


O corpo de prova, conforme a descrição da figura 1.6, é colocado no equipamento
de ensaio de tensão-deformação por tração, conforme representado a seguir.

Figura 1.7 - Modelo de equipamento para ensaio de tensão-deformação sob tração


Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 158).
Por exemplo, considere um corpo de prova de alumínio comercialmente puro, com
1,30 mm de largura, 0,10 cm de espessura e 20,3 mm de comprimento, que foi
submetido a uma força de 11.120 N. São marcados dois pontos no centro da
amostra no sentido longitudinal (o mesmo sentido onde será aplicada a força). A
distância entre esses dois pontos é de 5,0 mm inicialmente e, depois de aplicada
uma força de tração, a distância entre as marcas passa para 6,5 mm. Calcule a
deformação e a tensão de engenharia.
Solução:
primeiro é importante destacar que nem todas as medidas estão com a
mesma unidade, então vamos reescrever usando todas as medidas em milímetros
e identificar quais são os valores das variáveis:

Tensão da engenharia é σ = e deformação de engenharia é ϵ = . Sabendo


F l−l 0

A0 l0

que   A0 = (1, 30 mm  × 1, 0 mm) = 1, 30 mm , F = 11.120 N ,


2

l = 6, 5 mm e l = 5, 0 mm ,
0 a tensão da engenharia é
= 8.553, 85 N /mm . A deformação de engenharia é
F 11.120 N 2
σ = = 2
A0 1,30mm

sendo o alongamento percentual


l−l 0 6,5 mm − 5,0 mm 1,5 mm
ϵ = = = = 0, 3,  
l0  5,0 mm 5,0 mm

= 0, 3  × 100 .

Usualmente, esses dados são fornecidos em forma de tabela (são dados das ligas
metálicas conhecidas) e são calculados dessa forma por ensaios nos casos do
desenvolvimento de novos materiais, como compósitos.

Os resultados obtidos no ensaio são descritos na forma de gráfico de tensão-


deformação, que pode ser observado a seguir. Observe que, ao longo da curva, são
representadas as mudanças no corpo de prova, desde a deformação elástica,
passando pela deformação plástica até o ponto de fratura.

Figura 1.8 - Gráfico de tensão-deformação até o ponto de ruptura do corpo de


prova

Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 166).


Como as forças aplicadas nas extremidades do corpo de prova são iguais, há um
estrangulamento no centro do corpo de prova até a fratura. Veja que só uma região
central é deformada. Essa ocorrência é denominada estricção, o que, em algumas
referências, é chamada de “pescoço”. É nessa área que ocorrerá a fratura.
A ductilidade descreve o grau de deformação plástica (aquela deformação
irreversível, que não volta após a redução da carga de tensão) que ocorre no
material no momento da fratura, e é medido em função do alongamento
percentual. A ductilidade aumenta com o aumento da temperatura, enquanto que
o limite de resistência à tração diminui (CALLISTER; RETHWISCH, 2018). Por isso, a
ductilidade pode ser descrita como alongamento percentual ou na forma de
redução percentual na área , onde A é a área da seção transversal no ponto de
f

fratura e A é a área da seção transversal inicial.


0

A maioria dos metais e ligas metálicas apresenta uma relação linear entre tensão e
deformação na área elástica do diagrama de tensão-deformação de engenharia.
Essa relação é definida pela lei de Hooke na forma de σ = Eϵ , sabendo que σ é
tensão da engenharia, ϵ é deformação de engenharia e E   é o módulo de
elasticidade (também conhecido como módulo de Young). A medida E descreve a
rigidez de um material. Por exemplo, o módulo de elasticidade do aço é de 207
GPa (independente do tratamento térmico ou teor de carbono). Quando a tensão
aplicada resulta em uma deformação plástica significativa, é denominada tensão
de escoamento. Quando não há um ponto bem definido entre a deformação
elástica e a deformação plástica no gráfico de tensão-deformação, é feita a opção
de utilizar um ponto no início da  tensão de escoamento. Quando já ocorreu uma
certa deformação plástica, geralmente 0,2% de deformação plástica (mas isso
varia, por exemplo no Reino Unido o limite convencional é 0,1%).

Figura 1.9 - Diagrama de tensão-deformação de latão

Fonte: Adaptada de Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 167).


A tensão de escoamento a 0,2% é conhecida como tensão limite convencional de
elasticidade a 0,2%, que é definida no diagrama de tensão-deformação de
engenharia. Para obter a tensão de escoamento a partir do diagrama de tensão-
deformação, primeiro é necessário traçar uma reta paralela à região elástica
passando pelo ponto correspondente a 0,2%, ou seja, = 0, 002 m/m, que é
0,2

100

igual a 0,002 mm/mm. O local onde essa reta interceptar o gráfico será o ponto no
qual deverá ser traçada uma perpendicular para obter o valor de tensão de
escoamento, que, nesse caso, corresponde a  250 MPa.

Outro fator importante é o coeficiente de Poisson (v), que representa a razão


negativa das deformações transversal e longitudinal, em que v =   − .
ϵx ϵy
=   −
ϵz ϵz

Os valores do coeficiente de Poisson são tabelados e de fácil consulta. Os


materiais metálicos, por exemplo, ficam na faixa de 0,25 e 0,35.

A resiliência consiste na habilidade dos materiais de absorver a energia quando


são deformados elasticamente. Após a retirada da carga, é possível recuperar essa
energia. O módulo de resiliência corresponde à energia de deformação por
unidade de volume necessária para tensionar o material desde o estado sem carga
até sua resistência ao escoamento.

A tenacidade consiste na habilidade de um material absorver a energia e se


deformar plasticamente antes de fraturar. É a propriedade que é analisada nos
ensaios de impacto.

A tensão verdadeira é definida por σ V =


F

Ai
, pois corresponde à carga instantânea
(F ) aplicada, dividida pela área instantânea da seção transversal (A ). Já a i

deformação verdadeira, ϵ = ln  ou ϵ = ln  ,   corresponde ao logaritmo


V
li

l0
V
A0

Af

natural da razão entre os comprimentos instantâneo (l ) e original (l ) do corpo de


i 0

prova (CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2018) e (NEWELL, 2010).

Por exemplo, um corpo de prova de aço é testado sob tração até sua fratura, tendo
sido determinado que ele tem resistência à fratura, expressa em tensão de
engenharia, σ de 460 MPa. Considerando que A = 128 mm e A = 89 mm ,
f 0
2
f
2

determine a tensão verdadeira σ e a deformação verdadeira ϵ .


v V

Solução:
Primeiro, é preciso identificar os valores que serão utilizados. Vamos
obter F ,  que é
2
6 2 2 1 m
F = σf ⋅ A0 = (460 × 10  N /m ) (128 mm ) ( ) = 58.800 N
6 2
10  mm

Observe que A corresponde à área instantânea no momento da ruptura.


f
Agora, vamos definir a tensão verdadeira:
58.800 N 6 2
σv = = 660 × 10  N /m
2 1 m2
(89 mm )( )
6 2
10  mm

Vimos que a deformação verdadeira é ϵ , contudo ela também pode ser


li
V = ln 
l0

escrita como ϵ , logo ϵ


A0 128
V = ln  V = ln  = ln 1, 4 = 0, 36.
Af 89

Há também o ensaio de tensão-deformação sob compressão, similar ao de tração,


porém o sentido da força é contrário, comprimindo o corpo de prova.

Dureza
A dureza de um material depende da resistência à abrasão (desgaste por fricção),
ou seja, consiste na resistência da superfície do material à penetração de um
material conhecido como indentador. Existem alguns tipos de ensaio de dureza em
que o cálculo para dureza do material dependerá do formato do indentador, que
poderá ser esférico, piramidal ou cônico e de material cuja dureza seja conhecida,
com alta dureza, como carboneto de tungstênio ou diamante. O ensaio consiste
em aplicar, lentamente, uma carga ao indentador sobre a amostra de metal e
depois analisar a marca para calcular a dureza. Quanto mais macio, mais profunda
será a marca formada (NEWELL, 2010) e (SMITH; HASHEMI, 2012). Como é realizada
uma marca com o indentador na amostra, não ocorre dano catastrófico (não há
fratura), ou seja, é um ensaio mecânico não destrutivo.

O ensaio Rockwell consiste na possibilidade de uso de vários indentadores


combinados com várias possibilidades de cargas, que podem ser aplicadas em
ligas metálicas e alguns tipos de polímeros. O cálculo de dureza é definido pela
diferença na profundidade do indentador com uma carga inicial baixa e uma carga
final maior.
Figura 1.10 - Máquina de ensaio de dureza Rockwell

Fonte: Smith e Hashemi (2012, p. 169).


No ensaio Brinell, o indentador é uma esfera de aço ou carboneto de tungstênio
com 10 mm de diâmetro. No ensaio Vickers, o indentador é uma pirâmide de base
quadrada. No ensaio de microdureza Knoop, o indentador é de diamante, com
uma forma piramidal, com base em forma de losango (SMITH; HASHEMI, 2012). Os
ensaios de microdureza são utilizados para medir a dureza de amostras muito
pequenas e de materiais muito frágeis, como materiais cerâmicos.

Variabilidade nas Propriedades dos


Materiais
A variabilidade nas propriedades dos materiais trata do fato de que algumas
propriedades aferidas para os materiais não são exatas. Isso ocorre porque podem
haver pequenas imprecisões de calibração ou falhas na homogeneidade das
amostras. Quando ocorre essa variação, é realizada uma média e calcula-se o
desvio-padrão (CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2018).

Fatores de Projeto e Segurança


Os fatores de projeto e segurança envolvem procedimentos de projeto para
proteção contra falhas, considerando a variação das propriedades mecânicas dos
materiais, para que não ocorram falhas e consequentes acidentes ambientais ou
que possam vitimar pessoas. Ao longo do século XX, o procedimento consistia em
reduzir a tensão aplicada por um fator de segurança de projeto, que ainda é
considerado um procedimento aceitável em alguns casos estruturais. No geral,
quanto mais o produto pode interferir na vida das pessoas, maior será o
coeficiente de segurança (um fator de segurança) aplicado aos materiais que
compõem o produto (CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2018). Por exemplo, o elevador
cujos cabos são projetados para receber uma tração de sete vezes o peso
recomendado (ou mais), nesse caso, possui um coeficiente de segurança mínimo
de 7 (MACHADO, 2016).

reflita
Reflita
Em todos os projetos de produto é
necessário considerar a viabilidade
econômica, contudo, em alguns projetos,
é utilizado um fator de segurança em
que o produto é projetado para atender
a uma demanda muito maior à qual será
submetido. Isso é considerado um
desperdício? Por quê? Por definição, um
coeficiente de segurança é um fator de
segurança para garantir um desempenho
seguro.

Fonte: Panitz (2003, p. 75).

As incertezas nas propriedades mecânicas aferidas e nas tensões aplicadas em


serviço resultam nos fatores de projeto e segurança.

Em situações estáticas e menos críticas utilizando materiais dúcteis, é utilizada a


tensão de projeto σ = N × σ , em que σ é o nível de tensão calculado e N é
p

c c

o fator de projeto (o valor varia conforme a aplicação do material, mas sempre é


maior que 1). Já a tensão de trabalho, σ = (também conhecida como tensão
σl
t
N

admissível), pode ser utilizada no lugar da tensão de projeto. Ela depende da


resistência ao escoamento do material, em que N é o fator de segurança. Os
valores de N variam conforme a aplicação do produto, considerando diversos
aspectos de projeto, mas, principalmente, o risco de perdas de vida em função de
possíveis falhas.

praticar
Vamos Praticar
Considere um corpo de prova de uma liga metálica com 1,30 mm de largura, 0,10 cm de
espessura e 20,3 mm de comprimento que foi submetido a uma força de 10.000 N. São
marcados dois pontos no centro da amostra no sentido longitudinal (o mesmo sentido
em que será aplicada a força). A distância entre esses dois pontos é de 4,0 mm
inicialmente e, depois de aplicada uma força de tração, a distância entre as marcas passa
para 6,4 mm. Qual o valor da ductilidade dessa liga metálica?

a)
7.692, 3 N /mm . 2

b)
8.553, 85 N /mm . 2

c)
0,3.
d)
60%.
e)
0,6.
Propriedades
Elétricas

As propriedades elétricas dos materiais estudam o comportamento dos materiais


quando submetidos a um estímulo externo correspondente a um campo elétrico,
por exemplo. Dentro das propriedades elétricas dos materiais, são avaliadas as
características relacionadas à condutividade elétrica, à ferroeletricidade e à
piezoeletricidade.

Condutividade Elétrica
A condutividade elétrica é a capacidade do material de permitir o transporte de
cargas elétricas. São chamados de condutores os materiais em que esse transporte
ocorre facilmente, o que, por sinal, é uma característica dos metais. São
denominados isolantes os materiais em que não há transporte de carga elétrica; e
semicondutores os materiais que possuem valores intermediários para transporte
de cargas elétricas (entre isolantes e condutores) (SANTOS, 2015). Na maioria dos
materiais, os elétrons livres são agitados na presença de uma corrente elétrica.

A banda de energia eletrônica do material define o número de elétrons livres, por


isso que esta depende de como se dá o arranjo das bandas mais externas com as
demais bandas. Para compreender o conceito de bandas, é necessário relembrar a
distribuição eletrônica conforme o diagrama de Linus Pauling, com os subníveis s,
, e f . Os elétrons nos níveis mais baixos são firmemente ligados e formam o
p d

grupo dos elétrons centrais.

Figura 1.11 - (a) níveis de energia em um único átomo de sódio; (b) configuração
eletrônica em um átomo de sódio

Fonte: Santos (2015, p. 541).


Nos materiais isolantes, os elétrons são fortemente ligados ao átomo através de
ligações iônicas ou covalentes, não há elétrons livres para permitir a condução de
eletricidade. “Uma banda eletrônica é uma série de estados eletrônicos com
espaçamento próximo uns dos outros em termos de energia, e pode existir uma
dessas bandas para cada subcamada eletrônica encontrada no átomo isolado.”
(CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2018, p. 710)

Quanto mais os átomos se aproximam, cada um dos estados atômicos 1s e 2s se


divide para formar a banda de energia eletrônica, que consiste em 12 estados.
Figura 1.12 - Energia dos elétrons em função da separação interatômica para um
agregado de 12 átomos

Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 668).


Para os metais, há dois tipos de banda possíveis quando são ocupados os estados
eletrônicos antes e depois de uma excitação dos elétrons.

Figura 1.13 - Em um metal, a ocupação dos estados eletrônicos pode ocorrer antes
(a) e depois (b) de uma excitação dos elétrons

Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2018, p. 671).


Nos semicondutores e nos isolantes, as estruturas das bandas são semelhantes,
pois em ambos os casos existe uma zona proibida em que há um espaçamento
acima do normal entre as bandas. Esse espaçamento é estreito nos
semicondutores e nos isolantes é relativamente grande. Esses espaços, ou
“buracos” de ausência de elétrons na camada de valência, também podem
participar do processo de condução.
Os semicondutores podem ser classificados como intrínsecos e extrínsecos. Nos
intrínsecos, as propriedades elétricas dependem do fato do material se apresentar
na forma pura, sendo iguais as concentrações de elétrons e espaçamentos
(buracos). Já nos semicondutores extrínsecos, o comportamento elétrico depende
da presença de impurezas. A classificação destes depende de os elétrons
(extrínseco tipo n) ou os espaçamentos (extrínseco tipo p) serem os portadores da
carga dominante. Há classificação para as impurezas: as que contribuem para um
excesso de elétrons são as impurezas doadoras; e as que introduzem um excesso
de espaçamentos (buracos) são classificadas como impurezas receptoras. O
aumento da temperatura e o aumento do teor de impurezas diminuem a
mobilidade dos elétrons e buracos nos semicondutores extrínsecos.

A condutividade elétrica de um semicondutor intrínseco é σ = n |e| μ   + p |e| μ ,


e b

em que p é o número de buracos por metro cúbico, μ é a mobilidade dos


b

buracos, μ é a mobilidade dos elétrons, n é a concentração e e é a carga elétrica (


e

C ).
−19
1, 6  × 10

Nas temperaturas baixas, a concentração dos elétrons cai drasticamente e essa


ocorrência é conhecida como
freeze out
:

Em baixas temperaturas, abaixo de aproximadamente 100 K, a


concentração de elétrons cai drasticamente com a diminuição da
temperatura e se aproxima de zero em 0 K. Ao longo dessas
temperaturas, a energia térmica é insuficiente para excitar os elétrons do
nível doador do P para a banda de condução. Essa é denominada região
de temperatura de congelamento (freeze out), uma vez que os
portadores carregados (isto é, os elétrons) estão “congelados” junto aos
átomos de dopagem (CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2018, p. 710).

Por meio de duas placas metálicas é possível criar um capacitor de placas


paralelas, aplicando uma voltagem, sendo que uma placa será carregada
negativamente e a outra positivamente. A capacitância será C = (em coulomb
Q

por volt = farad), em que Q é a quantia de carga armazenada em cada placa e V a


voltagem aplicada no capacitor. Contudo, existe uma constante universal
denominada permissividade que está relacionada com a susceptibilidade elétrica
de um material, ou seja, à habilidade de um material se polarizar em função do
estímulo de um campo elétrico. A constante dielétrica de um material é como a
característica em resistir à polarização a partir do estímulo de um campo elétrico,
por isso é propriedade dos materiais isolantes. Também conhecida como
permissividade relativa (ϵ ), a constante dielétrica é definida como ϵ =
r r
ϵ
, em
ϵ0

que ϵ é a permissividade no vácuo (valor constante igual a 8, 85  ×  10  F /m )


0
−12

e ϵ é a permissividade do material.

Caso seja inserido algum material entre as placas, a capacitância será alterada,
podendo diminuir ou aumentar dependendo do material entre elas, se for
condutor ou isolante. Essa é a base para criação de sensores capacitivos.

A característica dos materiais aumentarem a capacidade de armazenamento de


cargas dos capacitores ocorre em decorrência da polarização (que consiste no
deslocamento reversível das nuvens eletrônicas pelo material em decorrência de
um estímulo externo), que pode ser eletrônica (ocorre para todo o átomo), iônica
(ocorre somente em materiais iônicos) ou de orientação (ocorre somente em
substâncias que apresentam dipolos permanentes).

saiba
mais
Saiba mais
No vídeo “Tema 05 – Materiais Condutores |
Experimentos – Condutividade elétrica”, do canal
“Física Universitária” da Universidade Virtual do
Estado de São Paulo, são apresentadas algumas
experiências para exemplificar e definir os
conceitos de condutividade elétrica.

Para saber mais, assista ao vídeo a seguir.

ASSISTIR

Ferroeletricidade e Piezoeletricidade
Ferroeletricidade é o nome da característica também conhecida como polarização
espontânea, em que um material se polariza sem a presença de um campo
elétrico. Existem materiais como o titanato de bário que, quando aquecidos acima
de 120 °C, perdem o comportamento de ferroelétricos. Alguns outros materiais
ferroelétricos são: niobato de potássio, sal de Rochelle e zirconato-titanato de
chumbo.

Já a característica de piezoeletricidade corresponde ao fenômeno de, ao receber


um estímulo externo de um campo elétrico, o material reagir com um
comportamento mecânico de vibração. É função que vale a recíproca, ou seja,
quando recebe o estímulo externo de uma vibração mecânica (como um toque),
responde com um campo elétrico. Um exemplo são os
buzzers
, que normalmente
são utilizados em placas de arduino. Eles enviam o sinal elétrico que é convertido
em som (pela vibração mecânica) e são utilizados nos mais diversos projetos de
automação, tendo como função emitir som (com diferentes frequências). Alguns
exemplos de materiais piezoelétricos são: zirconato de chumbo, titanato de bário,
titanato de chumbo e niobato de potássio.

praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.

“Mais recentemente, o uso de dispositivos [...] cresceu drasticamente como consequência


do aumento na automatização e da atração por parte dos consumidores em relação a
aparelhos sofisticados modernos. Os dispositivos piezoelétricos estão sendo usados em
muitas das aplicações atuais, incluindo nas indústrias: automotiva — balanceamento de
rodas, alarmes de cinto de segurança, indicadores de desgaste da banda de rolamento de
pneus, portas sem chave e sensores de
air-bag
; computadores/eletrônica — microfones,
alto-falantes, [...]”.

CALLISTER JR, W. D.; RETHWISCH, D. G.


Ciência e engenharia de materiais
: uma
introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 708.
A citação apresentada trata de algumas das aplicações dos materiais que, ao receberem
um estímulo externo de um campo elétrico, respondem com um comportamento
mecânico, vibrando e gerando som, sendo que também ocorre o inverso. Assinale a
alternativa que apresenta corretamente o nome dessa característica.

a)
Polarização.
b)
Condutividade.
c)
Ferroeletricidade.
d)
Piezoeletricidade.
e)
Permissividade.
indicações
Material
Complementar

FILME

Piezoeletricidade
Ano:
2011
Comentário:
É apresentada uma animação que esclarece o
funcionamento da piezoeletricidade, com destaque para
animação que representa o piezoelétrico invertido e a
geração de ultrassom. Assista ao vídeo a seguir.

TRAI L ER
LIVRO

Materiais e Design
Editora:
Elsevier
Autor:
Michael Ashby e Kara Johson
ISBN:
978-85-352-3842-6
Comentário:
Esse livro aborda diversas questões
referentes à escolha de material quando se está
desenvolvendo um produto, como as relações das
propriedades mecânicas dos materiais com a aplicação do
produto, análise da viabilidade econômica e até inclusão de
perspectivas ambientais.
conclusão
Conclusão
Há muitos avanços na área de materiais, mas mesmo com todos esses avanços é
imprescindível conhecer as propriedades dos materiais, em especial dos
metálicos. Isso possibilita escolher qual utilizar em um projeto ou em um produto,
pois suas características mecânicas e elétricas descrevem as respostas que darão
em função dos estímulos externos. Com isso, podem ser evitadas falhas que
venham a gerar aumento de custos operacionais, perda de insumos, inviabilidade
do uso do produto ou o pior, que são as perdas humanas.

referências
Referências
Bibliográficas
AL-MUBARAK
et al
.
Carotid Artery Stenting
: Current Practice and Techniques.
Editora Lippincott Williams & Wilkins, 2004.

CALLISTER JR., W. D.; RETHWISCH, D. G.


Ciência e engenharia de materiais
: uma
introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

CENACID. Deslizamento e queda de ponte sobre a represa Capivari-Cachoeira em


Campina Grande do Sul – PR, 25 jan. 2005.
Centro de Apoio Científico em
Desastres
, UFPR. Disponível em:
http://www.cenacid.ufpr.br/portal/missao/deslizamento-e-queda-de-ponte-sobre-a-
represa-capivari-cachoeira-campina-grande-do-sul-pr-250105/
. Acesso em: 8 abr.
2020.

IDADE do bronze.
Britannica Escola
, 2020. Disponível em:
https://escola.britannica.com.br/artigo/Idade-do-Bronze/480850
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2020.

MACHADO, L. C.
Elevador para deslocamento de pequenas cargas
. Projeto de
Graduação, Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal
Fluminense, 2016. Disponível em:
https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/1785/1/LeonardoCardosoMachadoSemAssinatura.pdf
. Acesso em: 10 abr. 2020.

NEWELL, J.
Fundamentos da moderna engenharia e ciência dos materiais
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PANITZ, M. A.
Dicionário técnico
: português-inglês. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

SANTOS, G. A. dos.
Tecnologia dos materiais metálicos
: propriedades,
estruturas e processos de obtenção. São Paulo: Érica, 2015.

SMITH, W. F.; HASHEMI, J.


Fundamentos de engenharia e ciência dos materiais
.
5. ed. Editora McGraw-Hill, 2012.

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