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INTRODUÇÃO A CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

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SUMÁRIO

1. PERSPECTIVA HISTÓRICA ................................................................................. 3


2. CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS ......................................................... 5
2.1 O Que é Ciência e Engenharia de Materiais? ................................................... 8
3. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS .................................................................. 11
3.2 Cerâmicas...................................................................................................... 13
3.3 Polímeros ....................................................................................................... 14
3.4 Compósitos .................................................................................................... 16
4. MATERIAIS AVANÇADOS ................................................................................. 18
4.1 Semicondutores .............................................................................................. 18
4.2 Materiais Inteligentes ..................................................................................... 19
4.3 Nanomateriais ................................................................................................ 20
5. EFEITOS AMBIENTAIS E OUTROS EFEITOS ................................................ 22
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 24

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1. PERSPECTIVA HISTÓRICA

Os materiais estão mais enraizados em nossa cultura do que a maioria de nós


se dá conta. Nos transportes, habitação, vestuário, comunicação, recreação e
produção de alimentos — virtualmente, todos os seguimentos de nosso cotidiano são
influenciados, em maior ou menor grau, pelos materiais. Historicamente, o
desenvolvimento e o avanço das sociedades estiveram intimamente ligados às
habilidades de seus membros em produzir e manipular materiais para satisfazer às
suas necessidades. De fato, as civilizações antigas foram identificadas de acordo com
seu nível de desenvolvimento em relação aos materiais (Idade da Pedra, Idade do
Bronze, Idade do Ferro).
Os primeiros seres humanos tiveram acesso a apenas um número muito
limitado de materiais, aqueles que ocorrem naturalmente: pedra, madeira, argila,
peles, e assim por diante. Com o tempo, eles descobriram técnicas para a produção
de materiais que tinham propriedades superiores àquelas dos materiais naturais;
esses novos materiais incluíam as cerâmicas e vários metais. Além disso, descobriuse
que as propriedades de um material podiam ser alteradas por meio de tratamentos
térmicos e pela adição de outros constituintes. Naquele ponto, a utilização dos
materiais era um processo totalmente seletivo, que envolvia escolher, entre um
conjunto específico e limitado de materiais, aquele que por suas características mais
se adequava a uma dada aplicação. Somente em tempos mais ou menos recentes os
cientistas compreenderam as relações entre os elementos estruturais dos materiais e
suas propriedades. Esse conhecimento, adquirido aproximadamente ao longo dos
últimos 100 anos, deu-lhes as condições para moldar, de modo significativo, as
características dos materiais. Nesse contexto, desenvolveram-se dezenas de milhares
de materiais diferentes, com características específicas, os quais atendem às
necessidades da nossa moderna e complexa sociedade, e incluem metais, plásticos,
vidros e fibras.
O desenvolvimento de muitas das tecnologias que tornam a nossa existência
tão confortável está intimamente associado à disponibilidade de materiais adequados.
Um avanço na compreensão de um tipo de material leva com frequência ao progresso
gradativo de alguma tecnologia. Por exemplo, não teria sido possível fabricar os
automóveis, sem a disponibilidade, a baixo custo, de aço ou de outro material
substituto comparável. Nos tempos atuais, os dispositivos eletrônicos sofisticados

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dependem de componentes fabricados a partir dos chamados
materiais semicondutores.

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2. CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

Algumas vezes é útil subdividir a disciplina da ciência e engenharia de materiais


nas subdisciplinas ciência dos materiais e engenharia de materiais. Rigorosamente
falando, a ciência dos materiais envolve a investigação das relações entre as
estruturas e as propriedades dos materiais. Em contraste, a engenharia de materiais
envolve, com base nessas correlações estrutura-propriedade, o projeto ou a
engenharia da estrutura de um material para produzir um conjunto de propriedades
predeterminadas. A partir de uma perspectiva funcional, o papel de um cientista de
materiais é o de desenvolver ou sintetizar novos materiais, enquanto um engenheiro
de materiais é chamado para criar novos produtos ou sistemas empregando materiais
existentes e/ou para desenvolver técnicas para o processamento de materiais. A
maioria dos formandos em programas de materiais é treinada para ser tanto um
cientista de materiais quanto um engenheiro de materiais.
Estrutura é, a essa altura, um termo nebuloso que merece alguma explicação.
De maneira resumida, a estrutura de um material refere-se, em geral, ao arranjo de
seus componentes internos. A estrutura subatômica envolve os elétrons nos átomos
individuais e as interações com seus núcleos. Ao nível atômico, a estrutura engloba a
organização dos átomos ou das moléculas umas em relação às outras. O próximo
reino estrutural de maior dimensão, que contém grandes grupos de átomos que estão,
normalmente, conglomerados, é denominado microscópico, significando aquele que
está sujeito a uma observação direta por meio de algum tipo de microscópio.
Finalmente, os elementos estruturais que podem ser vistos a olho nu são
denominados macroscópicos.
A noção de propriedade merece alguma elaboração. Enquanto em serviço,
todos os materiais são expostos a estímulos externos que causam algum tipo de
resposta. Por exemplo, uma amostra que está submetida à ação de forças apresenta
deformação; ou uma superfície metálica polida reflete a luz. Uma propriedade é uma
característica de um material em termos do tipo e da intensidade de sua resposta a
um estímulo específico que lhe é imposto. Geralmente, as definições de propriedades
são feitas de maneira independente da forma e do tamanho do material.
Virtualmente, todas as propriedades importantes dos materiais sólidos podem
ser agrupadas em seis categorias diferentes: mecânica, elétrica, térmica, magnética,
óptica e deteriorativa. Para cada uma existe um tipo característico de estímulo capaz

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de causar diferentes respostas. As propriedades mecânicas relacionam a deformação
à aplicação de uma carga ou força; são exemplos o módulo de elasticidade (rigidez),
a resistência e a tenacidade. Para as propriedades elétricas, tais como a condutividade
elétrica e a constante dielétrica, o estímulo é um campo elétrico. O comportamento
térmico dos sólidos pode ser representado em termos da capacidade calorífica e da
condutividade térmica. As propriedades magnéticas demonstram a resposta de um
material à aplicação de um campo magnético. Para as propriedades ópticas, o
estímulo é a radiação eletromagnética ou luminosa; o índice de refração e a
refletividade são propriedades ópticas representativas. Finalmente, as características
deteriorativas estão relacionadas com a reatividade química dos materiais. Os
capítulos seguintes discutem propriedades que se enquadram em cada uma dessas
seis classificações.
Além da estrutura e das propriedades, dois outros componentes importantes
estão envolvidos na ciência e na engenharia de materiais – quais sejam, o
processamento e o desempenho. Com respeito às relações entre esses quatro
componentes, a estrutura de um material depende de como ele é processado. Além
disso, o desempenho de um material é uma função de suas propriedades. Assim, a
inter-relação entre processamento, estrutura, propriedades e desempenho ocorre
como representado na ilustração esquemática mostrada na Figura 1. Ao longo deste
livro, chamamos a atenção para as relações entre esses quatro componentes em
termos de projeto, produção e utilização dos materiais.
Apresentamos agora um exemplo desses princípios de
processamentoestrutura-propriedades-desempenho na Figura 2; uma fotografia que
exibe três amostras com o formato de discos finos colocadas sobre algum material
impresso. Fica óbvio que as propriedades ópticas (isto é, a transmitância da luz) de
cada um dos três materiais são diferentes; o material à esquerda é transparente (isto
é, virtualmente toda a luz refletida passa através dele), enquanto os discos no centro
e à direita são, respectivamente, translúcido e opaco. Todas essas amostras são do
mesmo material, óxido de alumínio, mas aquela mais à esquerda é o que chamamos
de um monocristal – isto é, possui um alto grau de perfeição – que dá origem à sua
transparência. A amostra do centro é composta por um grande número de
monocristais muito pequenos, todos conectados entre si; as fronteiras entre esses
pequenos cristais espalham uma fração da luz refletida da página impressa, o que
torna esse material opticamente translúcido. Finalmente, a amostra à direita é

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composta não apenas por muitos pequenos cristais interligados, mas também por um
grande número de poros ou espaços vazios muito pequenos. Esses poros também
espalham de maneira efetiva a luz refletida, o que torna esse material opaco.

Figura 1: Os quatro componentes da disciplina de ciência e engenharia de materiais e seu


interrelacionamento.

Fonte: (FUSCO, 1976).

Figura 2: Três amostras de discos finos de óxido de alumínio colocadas sobre uma página impressa,
com o objetivo de demonstrar suas diferenças em termos das características de transmitância da luz.

Fonte: (FUSCO, 1976).


Assim, as estruturas dessas três amostras são diferentes em termos das
fronteiras entre os cristais e da presença de poros, o que afeta as propriedades de
transmitância óptica. Além disso, cada material foi produzido empregando uma técnica
de processamento diferente. Se a transmitância óptica for um parâmetro importante
para a aplicação final do material, o desempenho de cada material será diferente.

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2.1 O Que é Ciência e Engenharia de Materiais?

Ciência e engenharia de materiais (CEM) é um campo interdisciplinar que


estuda e manipula a composição e a estrutura de materiais utilizando escalas de
proporção, a fim de controlar as propriedades dos materiais através da síntese e do
processamento. O termo composição indica a constituição química de um material. Já
o termo estrutura se refere à descrição detalhada do arranjo de átomos. Os cientistas
e engenheiros de materiais lidam não só com o desenvolvimento de materiais, mas
também com sua síntese e seu processamento, bem como com os processos de
fabricação relacionados à produção de componentes. O termo “síntese” refere-se ao
modo como os materiais são feitos, a partir de quais substâncias químicas naturais ou
produzidas pelo homem. O termo “processamento” diz respeito ao modo como os
materiais são transformados em componentes úteis e com propriedades adequadas.
Uma das mais importantes funções dos cientistas e engenheiros de materiais consiste
em estabelecer a correlação entre as propriedades e o desempenho de um material
ou dispositivo, a sua microestrutura, além da sua composição e do modo como o
dispositivo foi sintetizado e processado. A ciência de materiais concentra-se nos
fundamentos científicos da correlação entre síntese e processamento, microestrutura
e propriedades dos materiais. A engenharia de materiais, por sua vez, desenvolve
modos de converter ou transformar materiais em dispositivos ou estruturas úteis.
Um dos aspectos mais fascinantes da ciência dos materiais envolve a
investigação da estrutura de cada material. De fato, a estrutura dos materiais tem
grande influência sobre muitas de suas propriedades, mesmo que a composição
química global não seja alterada. Se você, por exemplo, dobrar um fio de cobre puro
repetidamente, ele vai se tornar não só mais rígido, mas também mais frágil. Por fim,
o fio de cobre puro vai se tornar rígido e frágil a ponto de quebrar! Além disso, a
resistividade elétrica do fio vai aumentar ao ser dobrado repetidamente. Observe que,
nesse exemplo simples, não alteramos a composição do material (ou seja, sua
constituição química). As mudanças nas propriedades do material decorrem de uma
alteração de sua estrutura interna. Se você observar o fio já dobrado, notará que ele
parece o mesmo; no entanto, sua estrutura interna foi alterada em escala
microscópica. Nessa escala, a estrutura é conhecida como microestrutura. Se

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pudermos compreender o que mudou microscopicamente, começaremos a descobrir
meios de controlar as propriedades dos materiais.
Analisemos um exemplo utilizando o tetraedro da ciência e engenharia de
materiais. Vamos considerar “chapas de aço” usadas na fabricação de chassis de
automóveis. Como você provavelmente sabe, o aço tem sido empregado na
manufatura de componentes há mais de cem anos, mas é provável que na Idade do
Ferro, há milhares de anos, já existisse alguma forma rudimentar de aço. Na
fabricação de chassis de automóveis é preciso empregar um material com resistência
mecânica bastante elevada, mas que ainda possibilite a conformação de superfícies
com boas propriedades aerodinâmicas. Outro aspecto a considerar é a economia de
combustível, portanto, o aço em chapas deve ser também fino e leve. Além disso, tais
tipos de aço precisam, em caso de colisão, absorver quantidades significativas de
energia, elevando assim a segurança do veículo. Em suma, são requisitos
contraditórios.
Portanto, nesse caso, os cientistas preocupam-se com as seguintes
características do aço na forma de chapas:
 Composição química;
 Resistência mecânica;
 Peso;
 Propriedades de absorção de energia;  Maleabilidade (conformabilidade).

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Figura 3: Aplicação do tetraedro da ciência e engenharia de materiais a chapas de aço para chassis
de automóveis.

Fonte: (FUSCO, 1976).

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3. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Há várias formas de classificação dos materiais. Uma delas considera cinco
categorias (Tabela 1):
1. Metais e ligas.
2. Cerâmicas, vidros e vitrocerâmicas.
3. Polímeros (como os plásticos).
4. Semicondutores.
5. Materiais compósitos.

Tabela 1: Aplicações, propriedades e exemplos representativos para cada categoria de materiais

Fonte: (FUSCO, 1976).

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3.1 Metais

Esses materiais são substâncias inorgânicas compostas de um ou mais


elementos metálicos, podendo também conter alguns elementos não metálicos.
Alguns exemplos de elementos metálicos são o ferro, o cobre, o alumínio, o níquel e
o titânio. Elementos não metálicos, como carbono, nitrogênio e oxigênio, também
podem estar presentes em materiais metálicos. Os metais possuem uma estrutura
cristalina na qual os átomos estão dispostos de maneira ordenada. São em geral bons
condutores térmicos e elétricos. Muitos deles são relativamente resistentes e dúcteis
à temperatura ambiente, sendo que vários se mantêm bastante resistentes mesmo a
altas temperaturas.
Os metais e as ligas2 são comumente divididos em duas classes: as ligas e
metais ferrosos, que contêm uma grande porcentagem de ferro, como, por exemplo,
aços e ferros fundidos, e as ligas e metais não ferrosos, que não contêm ferro ou que
o contêm apenas em pequena quantidade. Alguns exemplos de metais não ferrosos
são o alumínio, o cobre, o zinco, o titânio e o níquel. A distinção entre ligas ferrosas e
não ferrosas deve-se ao fato de que aços e ferros fundidos são produzidos em
quantidades muito maiores e são muito mais usados do que outras ligas.
Os metais, em sua forma pura ou em ligas, são usados em vários ramos da
indústria, incluindo-se aeroespacial, biomédica, semicondutores, eletrônica, energia,
construção civil e transportes. Nos Estados Unidos, a produção dos principais metais,
tais como alumínio, cobre, zinco e magnésio, acompanha de perto o crescimento da
economia. Entretanto, a produção de ferro e aço tem sido menor do que a esperada
devido à competição no mercado global e a razões econômicas, sempre prementes.
Os engenheiros e pesquisadores em materiais estão continuamente tentando
aprimorar as propriedades de ligas já existentes ou projetar e produzir novas ligas
mais resistentes, inclusive a altas temperaturas, e com melhores propriedades de
fluência e fadiga. As ligas existentes podem ser aperfeiçoadas pelo aprimoramento de
sua química, pelo controle da composição e por técnicas de processamento. Por volta
de 1961, por exemplo, superligas novas ou aprimoradas à base de níquel ou de
ferroníquel-cobalto estavam já disponíveis para uso nas palhetas de alta pressão de
turbinas a gás de aeronaves. O termo superliga foi cunhado em vista do desempenho
superior destas ligas a temperaturas elevadas, aproximadamente 540 ºC (1.000 ºF), e

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sob altos níveis de tensão. Por volta de 1980, técnicas de fundição aprimoradas
permitiram produzir grãos colunares solidificados direccionalmente e ligas fundidas à
base de níquel de cristal único. No início dos anos 1990, ligas fundidas de cristal único
solidificadas direcionalmente tornaram-se padrão em muitas aplicações de turbinas a
gás em aeronaves. O desempenho superior de superligas a temperaturas de operação
elevadas levou a uma melhora significativa no rendimento de turbinas de aeronaves.
Muitas ligas metálicas, como ligas de titânio, aço inoxidável e ligas à base de
cobalto, são também usadas em aplicações biomédicas, como em implantes
ortopédicos, em válvulas para o coração, ou em dispositivos de fixação e parafusos.
Esses materiais possuem maior resistência, rigidez e biocompatibilidade; esta última
é uma consideração importante, porque o ambiente no interior do corpo humano é
extremamente corrosivo e, portanto, os materiais usados nessas aplicações devem
ser insensíveis a esse ambiente.
Além do aprimoramento químico e do controle da composição, pesquisadores
e engenheiros também se concentram no melhoramento de novas técnicas de
processamento desses materiais. Processos como compactação isostática a quente
e forjamento isotérmico permitiram um aumento da resistência à fadiga de muitas
ligas. Mais ainda, as técnicas da metalurgia do pó continuarão sendo importantes,
porque permitem a melhoria das propriedades de algumas ligas com um custo
reduzido do produto final.

3.2 Cerâmicas

É possível definir as cerâmicas como materiais cristalinos inorgânicos. As cerâmicas


podem ser consideradas os materiais mais naturais que existem. De fato, a areia das
praias e as rochas são exemplos de cerâmicas em estado natural. As avançadas são
materiais feitos com o refino de cerâmicas naturais e por outros processos especiais.
Essas são empregadas em substratos de chips de computadores, sensores e
atuadores, capacitores, equipamentos para comunicações sem fio, velas de ignição,
indutores e isoladores elétricos. Alguns tipos de cerâmica são utilizados como
revestimento de proteção para substratos metálicos em turbinas. As cerâmicas
também são empregadas em vários produtos de consumo, como tintas, plásticos e
pneus, e em aplicações industriais mais avançadas, como os sensores de oxigênio

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para automóveis. Quanto às cerâmicas tradicionais, são utilizadas em tijolos, louças
de cozinha, pias e vasos sanitários, refratários (materiais resistentes ao calor) e
abrasivos. Em geral, devido à presença de porosidade (pequenos espaços vazios no
material), as cerâmicas não são boas condutoras de calor. Além disso, devem ser
aquecidas a temperaturas altíssimas antes de fundir, resultado das fortes ligações
químicas que ligam seus átomos ou íons constituintes. As cerâmicas são também
resistentes e rígidas, mas ao mesmo tempo, bastante frágeis. Normalmente são
preparados pós finos de cerâmica, que serão então moldados em diferentes formatos.
Novas técnicas de processamento tornaram-nas suficientemente resistentes à fratura,
a ponto de serem usadas em aplicações estruturais, tais como rotores de turbinas. As
cerâmicas apresentam ainda excepcional resistência à compressão.

3.3 Polímeros

Os polímeros incluem os familiares materiais plásticos e de borracha. Muitos deles


são compostos orgânicos que têm sua química baseada em carbono, hidrogênio e
outros elementos não metálicos (isto é, O, N e Si). Além disso, eles apresentam
estruturas moleculares muito grandes, com frequência na forma de cadeias, que
muitas vezes exibem uma estrutura composta por átomos de carbono. Alguns
polímeros comuns e familiares são: polietileno (PE), náilon, cloreto de polivinila (PVC),
policarbonato (PC), poliestireno (PS) e borracha silicone. Tipicamente, esses materiais
têm baixas densidades, enquanto suas características mecânicas são, em geral,
diferentes das características dos materiais metálicos e cerâmicos – eles não são tão
rígidos nem tão resistentes quanto esses outros tipos de materiais. No entanto, em
função de suas massas específicas reduzidas, muitas vezes sua rigidez e resistência
em relação à massa são comparáveis às dos metais e das cerâmicas. Além disso,
muitos dos polímeros são extremamente dúcteis e flexíveis (isto é, plásticos); isso
significa que eles são conformados com facilidade em formas complexas. Em geral,
quimicamente, eles são relativamente inertes, não reagindo em grande número de
ambientes. Uma das maiores desvantagens dos polímeros é sua tendência a amolecer
e/ou decompor sob temperaturas modestas, o que, em algumas situações, limita o seu
uso. Além disso, eles têm baixa condutividade elétrica e não são magnéticos.

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Figura 4: Objetos comuns feitos de materiais cerâmicos: tesoura, uma xícara de chá de porcelana,
um tijolo de construção, um azulejo de piso e um vaso de vidro.

Fonte: (FUSCO, 1976).

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Figura 5: Vários objetos comuns feitos de materiais poliméricos: talheres plásticos (colher, garfo e
faca), bolas de bilhar, um capacete para ciclistas, dois dados, uma roda de cortador de grama (cubo
de plástico e pneu de borracha), e um vasilhame plástico para leite.

Fonte: (FUSCO, 1976).


3.4 Compósitos

Ao se desenvolverem compósitos, a ideia primordial consiste em combinar as


propriedades de diferentes materiais. Formados por dois ou mais materiais, os
compósitos dão origem a propriedades que não são encontradas em nenhum dos
materiais individualmente. Concreto, compensado e fibra de vidro são exemplos de
materiais compósitos. O material conhecido como fibra de vidro, por exemplo, é obtido
dispersando-se fibras de vidro em uma matriz polimérica. Essas fibras, então, tornam
o polímero mais rígido, sem elevar significativamente sua densidade. Com o auxílio
de compósitos, podemos produzir materiais leves, robustos, dúcteis e resistentes a
altas temperaturas, ou podemos fabricar ferramentas de corte duras (e mesmo assim
resistentes a choques) que iriam fraturar se fossem feitas com outros materiais. Aviões

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e veículos aeroespaciais avançados dependem bastante dos compósitos. Por
exemplo, o Boeing 787 utiliza polímero reforçado com fibras de carbono em muitos
componentes estruturais, em vez de alumínio, aumentando a eficiência do
combustível. Equipamentos esportivos, como bicicletas, tacos de golfe, raquetes de
tênis e outros, também utilizam diferentes tipos de materiais compósitos leves e
rígidos.

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4. MATERIAIS AVANÇADOS

Os materiais utilizados em aplicações de alta tecnologia (ou high-tech) são


algumas vezes denominados materiais avançados. Por alta
tecnologia subentendemos um dispositivo ou produto que opera ou que funciona
usando princípios relativamente intrincados e sofisticados, incluindo os equipamentos
eletrônicos (câmeras de vídeo, reprodutores de CD/DVD etc.), computadores,
sistemas de fibras ópticas, espaçonaves, aeronaves e foguetes militares. Tipicamente,
esses materiais avançados são materiais tradicionais cujas propriedades foram
aprimoradas, e também materiais de alto desempenho que foram desenvolvidos
recentemente. Além disso, eles podem pertencer a todos os tipos de materiais (por
exemplo, metais, cerâmicas, polímeros), e são, em geral, de alto custo. Os materiais
avançados incluem semicondutores, biomateriais e o que podemos denominar
materiais do futuro (isto é, materiais inteligentes e materiais nanoengenheirados), que
serão discutidos a seguir. As propriedades e as aplicações de inúmeros desses
materiais avançados – por exemplo, os materiais que são usados em lasers, circuitos
integrados, para o armazenamento magnético de informações, em mostradores de
cristal líquido (LCD – Liquid Crystal Display) e em fibras ópticas – também serão
discutidas em capítulos subsequentes.

4.1 Semicondutores

Os semicondutores feitos de silício, germânio e arseneto de gálio, tais como os


utilizados em computadores e aparelhos eletrônicos, fazem parte de uma classe mais
ampla conhecida como materiais eletrônicos. A condutividade elétrica dos materiais
semicondutores situa-se entre a dos isoladores cerâmicos e a dos condutores
metálicos. Os semicondutores viabilizaram a era da informação eletrônica. Em alguns
semicondutores, pode-se controlar o grau de condutividade elétrica, de modo que
possibilite a fabricação de componentes eletrônicos (tais como transistores, diodos
etc.) empregados em circuitos integrados. Muitas aplicações requerem grandes
cristais individuais (monocristais) de semicondutores, formados a partir de materiais
fundidos. Costuma-se também produzir filmes finos de materiais semicondutores por
meio de processos especiais.

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4.2 Materiais Inteligentes

Os materiais inteligentes consistem em um grupo de materiais novos e de última


geração que estão sendo desenvolvidos e que terão influência significativa sobre
muitas de nossas tecnologias. O adjetivo inteligente implica que esses materiais são
capazes de sentir mudanças em seus ambientes e então responder a essas mudanças
de maneira predeterminada – características que também têm os organismos vivos.
Além disso, esse conceito de inteligente está sendo estendido a sistemas
razoavelmente sofisticados que consistem em materiais tanto inteligentes como
tradicionais.
Os componentes de um material (ou sistema) inteligente incluem algum tipo de
sensor (que detecta um sinal de entrada) e um atuador (que executa uma função de
resposta e adaptação). Os atuadores podem agir para mudar a forma, a posição, a
frequência natural ou as características mecânicas em resposta a mudanças na
temperatura, campos elétricos e/ou campos magnéticos.
Quatro tipos de materiais são normalmente utilizados como atuadores: ligas
com efeito de memória de forma, cerâmicas piezelétricas, materiais
magnetoconstritivos, e fluidos eletrorreológicos/magnetorreológicos. As ligas com
efeito de memória de forma são metais que, após terem sido deformados, revertem à
sua forma original quando a temperatura é modificada. As cerâmicas piezelétricas
expandem-se e contraem-se em resposta à aplicação de um campo elétrico (ou
tensão); de maneira inversa, elas também geram uma corrente elétrica quando suas
dimensões são alteradas. O comportamento dos materiais magnetoconstritivos é
análogo àquele dos piezelétricos, exceto pelo fato de que eles respondem a campos
magnéticos. Os fluidos eletrorreológicos e magnetorreológicos são líquidos que
apresentam mudanças drásticas em sua viscosidade quando são aplicados,
respectivamente, campos elétricos e campos magnéticos.
Entre os materiais/dispositivos empregados como sensores estão incluídas as
fibras ópticas, os materiais piezelétricos (incluindo alguns polímeros) e os dispositivos
microeletromecânicos (microelectromechanical devices – MEMS).
Por exemplo, um tipo de sistema inteligente é usado em helicópteros para
reduzir na cabine o ruído aerodinâmico criado pela rotação das lâminas do rotor. Os
sensores piezelétricos inseridos nas lâminas monitoram as tensões e deformações
nelas; os sinais de retorno desses sensores são enviados a um dispositivo adaptador

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controlado por computador, que gera um antirruído que cancela o ruído produzido
pelas lâminas.

4.3 Nanomateriais

Os nanomateriais são genericamente definidos como aqueles materiais com


escala de comprimento característica (isto é, diâmetro da partícula, tamanho do grão,
espessura da camada etc.) menor do que 100 nm (1 nm = 10–9 m). Os nanomateriais
podem ser metálicos, poliméricos, cerâmicos, eletrônicos ou compósitos. Neste
sentido, os agregados de pó cerâmico de menos de 100 nm de tamanho da partícula,
os metais com tamanho de grão de menos de 100 nm, os filmes poliméricos com
espessura menor do que 100 nm e os fios eletrônicos com diâmetro menor do que 100
nm são todos considerados nanomateriais ou materiais nanoestruturados. Em escala
nanométrica, as propriedades do material não são nem as propriedades
características do nível atômico ou molecular nem as de uma escala macroscópica.
Embora atividades de pesquisa e desenvolvimento muito intensas tenham sido
dedicadas a este assunto na última década, as primeiras pesquisas em nanomateriais
datam dos anos 1960, quando fornalhas de chama química foram usadas para
produzir partículas com tamanho menor do que um mícron (1 mí- cron = 10–6 m = 103
nm). As aplicações iniciais dos nanomateriais eram como catalisadores químicos e
pigmentos. Os metalurgistas sempre souberam que, pelo refinamento da estrutura do
grão de um metal em níveis ultrafinos (submícron), é possível aumentar
substancialmente sua resistência e sua dureza em comparação com o metal de grãos
maiores (escala de mícrons). O cobre puro nanoestruturado, por exemplo, tem um
limite de escoamento seis vezes maior do que aquele do cobre de grãos maiores.
As razões para a atenção extraordinária que estes materiais vêm recebendo
recentemente estão ligadas ao desenvolvimento de (1) novas ferramentas que
tornaram possíveis a observação e a caracterização destes materiais, e de (2) novos
métodos de processamento e síntese de materiais nanoestruturados que permitiram
aos pesquisadores produzi-los mais facilmente e com mais eficiência.
As futuras aplicações dos nanomateriais estão limitadas somente pela
imaginação e um dos maiores obstáculos à concretização deste potencial é a
capacidade para produzir estes materiais de maneira eficiente e econômica.

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Consideremos a manufatura de implantes dentários e ortopédicos a partir de na-
nomateriais com melhores características de biocompatibilidade, melhor resistência
mecânica e maior resistência ao desgaste quando comparados aos metais. Um
exemplo é a zircônia nanocristalina (óxido de zircônio), um material cerâmico duro e
resistente ao desgaste, quimicamente estável e biocompatível, que pode ser
produzido em forma porosa e que, quando usado como material de implante, permite
que o osso cresça entre seus poros, resultando em uma fixação mais estável. As ligas
metálicas atualmente usadas para esta aplicação não permitem esta interação e
frequentemente se tornam frouxas com o tempo, exigindo assim cirurgias adicionais.
Os nanomateriais também podem ser usados na produção de tintas ou materiais de
revestimento muito mais resistentes às intempéries e a ranhuras. Mais ainda,
dispositivos eletrônicos como transistores, diodos e mesmo lasers podem ser
produzidos em um nanofio. Esses avanços da ciência dos materiais terão impacto
tecnológico e econômico em todos os ramos da indústria e em todas as áreas da
engenharia.

Figura 6: Ligas com formato de memória usadas em malhas expansíveis (stents) para o
alargamento de artérias obstruídas ou enfraquecidas: (a) malha expansível montada em uma sonda e
(b) malha introduzida em uma artéria danificada para reforçá-la.

Fonte: (FUSCO, 1976).

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5. EFEITOS AMBIENTAIS E OUTROS EFEITOS

A correlação estrutura-propriedades dos materiais usados na fabricação de


componentes é geralmente influenciada pelo ambiente ao qual serão submetidos
durante o uso. Isso pode incluir exposição a altas ou baixas temperaturas, tensões
mecânicas cíclicas, impactos súbitos, corrosão e oxidação. Esses efeitos devem ser
levados em conta no projeto, a fim de garantir que os componentes não falhem
prematuramente.
Temperatura: As mudanças de temperatura alteram drasticamente as
propriedades dos materiais. Metais e ligas que foram endurecidos por tratamentos
térmicos ou durante os processos de conforma- ção podem perder repentinamente a
resistência ao serem aquecidos. Uma trágica lembrança dessa característica é o
desabamento das torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Embora
as torres tenham resistido ao impacto inicial das colisões, suas estruturas de aço foram
enfraquecidas pelas elevadas temperaturas causadas pelo fogo, levando, por fim, ao
seu colapso.
Temperaturas elevadas mudam também as estruturas das cerâmicas e dos
polímeros. Estes se fundem ou se queimam em altas temperaturas. Por outro lado,
temperaturas extremamente baixas podem fazer com que um metal ou polímero se
torne frágil, fraturando-o mesmo com a aplicação de pequenas cargas. Essa
fragilidade em baixas temperaturas foi um dos fatores responsáveis pela fratura do
casco e afundamento do navio Titanic. Da mesma forma, o acidente de 1986 com o
ônibus espacial Challenger deveu-se, em parte, à fragilização dos anéis de vedação
(o-ring). As razões pelas quais materiais poliméricos e metálicos se tornam frágeis são
diferentes.
Corrosão: Muitos metais e polímeros reagem com o oxigênio e outros gases,
particularmente em temperaturas elevadas. Metais e cerâmicas podem degradar-se,
ao passo que polímeros e cerâmicas não óxidas podem oxidar-se. Os materiais são
atacados por líquidos corrosivos, o que ocasiona falhas prematuras. Os engenheiros
enfrentam o desafio de selecionar materiais ou revestimentos que evitem a
degradação, permitindo a operação em ambientes sob condições extremas. Em
aplicações espaciais, ainda é preciso considerar os efeitos da radiação solar.

22
Figura 7: Em geral, o
aumento de temperatura
reduz a resistência dos
materiais.

Fonte: (FUSCO, 1976).

Fadiga: Para muitas aplicações, os componentes devem ser projetados e


utilizados de modo que a carga mecânica aplicada ao material não chegue a causar
deformações permanentes. Ao aplicar-se e remover a carga milhares de vezes,
pequenas trincas (microtrincas) podem ser formadas e, com a propagação de tais
trincas, o material falhará. Isso é conhecido como falha por fadiga. Portanto, é preciso
considerar-se a possibilidade de fadiga ao projetarem-se componentes destinados a
suportar cargas cíclicas por longo tempo.
Taxa de deformação: Muitas pessoas sabem que o Silly Putty®, um plástico
feito de silicone, permite grande estiramento se for deformado lentamente (baixa taxa
de deformação). No entanto, ele se rompe caso seja deformado rapidamente (alta taxa
de deformação). Um comportamento similar pode ser observado em vários materiais
metálicos. Assim, em diversas aplicações, é preciso considerar também a taxa de
deformação.
Em muitos casos, os efeitos de temperatura, fadiga, tensão e corrosão podem
estar inter-relacionados. Além desses fatores, outros efeitos externos podem também
afetar o desempenho dos materiais.

23
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