Você está na página 1de 30

REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

1
Sumário

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3

REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS SEM FIO ............................... 4

TECNOLOGIAS SEM FIO ....................................................................... 4

FAIXAS DE FREQUÊNCIA ...................................................................... 7

INTERFERÊNCIA .................................................................................... 9

PADRÃO 802.11 .................................................................................... 10

PROPAGAÇÃO ..................................................................................... 13

Modelos de Propagação .................................................................... 14


Modelo do Espaço Livre ..................................................................... 14
Modelo de Dois Raios ........................................................................ 15
Modelo de Shadowing ........................................................................ 16
Aplicação dos modelos ...................................................................... 18
EFICIÊNCIA DA REDE WLAN .............................................................. 19

IMPLEMENTAÇÀO ................................................................................ 21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................... 27

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
INTRODUÇÃO

Historicamente a eletricidade apresenta-se como uma das principais


fontes de energia no mundo, impulsionando o desenvolvimento econômico e
tecnológico das civilizações. Nos últimos anos, entretanto, notou-se um aumento
da demanda energética em um contexto global [Meng et al. 2020], mobilizando
pesquisadores a realizarem estudos cada vez mais complexos a fim de encontrar
novas maneiras de gerenciar e produzir energia de uma forma mais otimizada e
sustentável.

No cenário atual, a indústria e as organizações governamentais partilham


da necessidade de elaborar uma solução que concilie o aumento da demanda
energética, com a adoção de métodos renováveis de geração e distribuição de
energia elétrica. Diante disso, surge uma nova forma de controlar e
monitorar as redes elétricas, denominadas Smart Grids (SG) ou Redes
Elétricas Inteligentes, que agregam em sua definição a junção de práticas
de sistemas de comunicação com sistemas elétricos de potência, com a
proposta de uma rede elétrica estável, eficiente, segura e sustentável
[Harwood 2018, Melo et al. 2018].

As SGs são constituídas de dispositivos que realizam trocas de dados


entre si e unidades de controle dispersas pela rede elétrica, criando um fluxo de
informação bidirecional que necessita atender um determinado padrão de QoS
(Quality of Service), o qual varia de acordo com a aplicação analisada [Dileep
2020]. De acordo com [Yona et al. 2018], os padrões de QoS de uma SG
diferenciam-se aos apresentados por uma rede comum de internet, com a
análise dos requisitos de rede desde sua fase inicial de planejamento até a
implementação, ponderando as melhores topologias e menores custos [Zhao et
al. 2017].

3
REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS SEM FIO

As redes sem fio estão invadindo todos os espaços e não será diferente
no ambiente de automação de processo. Neste artigo são apresentados
resultados da avaliação de desempenho da rede WiFi apontando suas
características. A utilização desta rede em ambientes industriais para automação
e controle de processos pode trazer muitas vantagens, porém deve ser avaliada
adequadamente para que as fragilidades de tais redes não afetem as aplicações.

A utilização de redes sem fio depende fortemente do ambiente e das


exigências dos processos. Assim, a implantação de redes sem fio atende a
requisitos diferentes daqueles exigidos por redes cabeadas. Entender estas
diferenças é essencial para o sucesso da implantação de redes sem fio.

Existem várias soluções sem fio atualmente disponíveis no mercado que


naturalmente serão utilizadas para controle de processos. A utilização destas
soluções em rede depende de vários aspectos para que esta integração seja
eficaz. Nos próximos capítulos serão apresentados vários aspectos que devem
ser considerados na decisão de utilizar uma ou outra tecnologia. Maior ênfase
será dada à tecnologia WiFi pela sua grande penetração e baixo custo. Hoje
existem dispositivos que permitem que processos sejam colocados em rede
utilizando redes sem fio.

TECNOLOGIAS SEM FIO

As soluções sem fio foram surgindo para atender vários requisitos. Uma
forma simples de classificar tais sistemas é avaliando o tipo de ligação
necessária entre os elementos: ponto-a-ponto ou ponto multi-ponto. Para cada
tipo as exigências de projeto e concepção de sistema são diferentes. A ligação
ponto-a-ponto, como o próprio nome diz, tem por objetivo a interligação de dois
pontos sem a necessidade de atender requisitos de alteração do local como é o
caso de sistemas com mobilidade. Já a ligação ponto multi-ponto tem por
objetivo atender ou cobrir uma certa área. Neste artigo são tratados

4
principalmente redes ponto-multi-ponto. A Figura 1 mostra uma classificação dos
sistemas sem fio.

Figura 1 – Padrões globais de rede sem fio

A classificação apresentada pela figura guarda equivalência com a área


de cobertura pretendida por cada sistema. Observar no lado esquerdo da figura
a designação do grupo do IEEE (Institute of Electrical and Eletronics Engineers)
que trata cada tipo de rede. Os padrões do lado direito são propostos pela ETSI
(European Telecommunications Standards Institute). No mundo da Internet a
identificação destes grupos é importante, pois endereça padrões consolidados
que levam a economia de escala nos equipamentos. Somente os padrões do
IEEE serão tratados neste artigo.

Os sistemas WPAN (Wireless Personal Area Network) se caracterizam


pela cobertura de pequenas áreas com raio de 10 metros em média e os
dispositivos se comunicam diretamente entre si. Este tipo de rede é denominado
“ad-hoc” e está mostrada na Figura 2. Observar a inexistência de um elemento
central para conexão à rede cabeada. Qualquer dispositivo pode estar conectado
à rede cabeada e servir de ponto de conexão. Estas redes são utilizadas
principalmente para conexão entre dispositivos como, por exemplo, impressoras,
PDA (Personal Digital Assistents), celulares e periféricos diversos. A rede mais
conhecida deste padrão é identificada pelo nome Bluetooth e equipa atualmente
vários dispositivos. Esta rede possui baixa taxa de transferência de dados, se

5
comparada com outras redes sem fio, ficando com taxa abaixo de 600 kbps.
Vários dispositivos podem ser colocados para compartilhar a rede [STALLINGS].

Figura 2 – Rede sem fio Ad-Hoc

As redes WLAN (Wireless Local Area Network) atendem principalmente


ambientes internos e cobre áreas com raio típico de 100 metros. O padrão mais
difundido é o 802.11, que também é conhecido como WiFi (Wireless Fidelity).

As redes WMAN (Wireless Metropolitan Area Network) atendem áreas


metropolitanas com raio de mais de 1 km. O padrão 802.16 está em vias de ser
disponibilizado e promete uma revolução no acesso banda larga. Este tipo de
tecnologia permite tanto o transporte do tráfego de dados concentrados quanto
o acesso de usuários. Existem tecnologias já disponíveis, porém proprietárias
[Canopy]. O padrão 802.16d, também identificado pela sigla WiMAX (Worldwide
Interoperability for Microwave Access), está em processo de fabricação sendo
esperada a disponibilização de produtos para a segunda metade de 2005.

As redes WWAN (Wireless Wide Area Network) atendem grandes áreas


de cobertura, como por exemplo, sistemas móveis. Também para este tipo de
sistema o IEEE propõe o padrão 802.20, que ainda está em desenvolvimento.

A tecnologia mais adequada para automação de processos é a WLAN,


que pode ser entendida como a Ethernet sem fio. Esta foi a primeira designação
deste tipo de tecnologia. Para automação industrial existe um esforço para
padronizar a Ethernet, devidamente adaptada às necessidades deste tipo de
aplicação. O que se pode esperar é uma padronização da tecnologia WLAN para
este papel em processos cujo cabeamento não pode ser utilizado. Aliás, esta é
uma observação a ser feita, ou seja, nas aplicações onde seja possível o

6
cabeamento deve-se dar preferência sempre a esta tecnologia. A tecnologia sem
fio somente deve ser utilizada em aplicações que efetivamente não seja possível
o uso do cabeamento. O risco da incerteza de desempenho da tecnologia sem
fio deve ser devidamente avaliado antes de utilizar esta tecnologia.

O restante deste artigo trata da tecnologia WLAN especificada pelo


padrão 802.11.

FAIXAS DE FREQUÊNCIA

O espectro eletromagnético é um recurso escasso e deve ser bem


utilizado. As faixas de frequência são loteadas para as diversas aplicações pela
ANATEL. Uma forma de classificar as faixas de frequência diz respeito à
necessidade ou não de licença para operação. As faixas de frequência
autorizadas para o uso de WLAN não necessitam de licença [RESOLUÇÃO 365].
As bandas sem necessidade de licença, onde operam as WLAN, são
denominadas bandas ISM (Industrial Scientifical and Medical). Nestas faixas
podem operar sistemas que operem com tecnologia de espalhamento espectral
ou OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing) [RESOLUÇÃO 397]. A
Figura 3 identifica as faixas onde operam os principais sistemas sem fio.

Figura 3 – Faixas de Frequência

As WLAN operam na banda de 2,4 GHz ou na banda de 5 GHz. O foco


deste trabalho é na banda de 2,4 GHz, onde operam as redes WLAN padrão 11b
e 11g. A Figura 4 mostra a canalização da banda de 2,4 GHz identificando os 11
canais possíveis de serem utilizados.

7
Figura 4 – Canalização WLAN na faixa de 2,4 GHz

Pela Figura 4 é possível observar que somente são possíveis três canais
em operação simultânea em um mesmo ambiente (1,6,11) sem que haja
interferência. O planejamento para redes com mais de três APs (Access Points)
deve ser feito levando-se em consideração este fato.

8
INTERFERÊNCIA

A resolução 365 [RES365] trata de sistemas de radiação restrita


estabelecendo os requisitos para operação de dispositivos, em especial na faixa
de frequência de 2,4 a 2,4835 GHz. A utilização desta faixa não requer
autorização, fato que levou ao aparecimento de várias aplicações nesta faixa.
Este fato torna esta faixa problemática em função da interferência de outros
dispositivos. Um exemplo deste tipo de problema é o forno de micro-ondas. Para
avaliar o efeito deste dispositivo foram realizadas medições utilizando um
analisador de espectro. Esta análise é de fundamental importância quando se
pretende instalar redes WLAN. Esta atividade faz parte das ações denominadas
site survey, que investiga todas as condições do ambiente para disponibilização
de redes WLAN. As medidas aqui apresentadas foram realizadas na praça de
alimentação da PUC-Campinas. Para efeito de comparação a Figura 5 mostra o
espectro de uma WLAN sem interferência.

Figura 5 – Espectro de uma WLAN sem interferência

Ao avaliar o espectro com o analisador de espectro na direção de algumas


cantinas, que utilizavam micro-ondas, foi constatada interferência que degrada
o desempenho da rede PWLAN. Constatou-se que a principal fonte de
interferência era gerada por aparelhos de micro-ondas presentes nas cantinas
da praça de alimentação.

9
A Figura 6 mostra o espectro com interferência de um micro-ondas.

Figura 6 – Espectro de uma WLAN com interferência

Outros dispositivos operando nesta faixa de frequência também afetam o


desempenho de redes WLAN tais como: telefone sem fio operando na faixa de
2,4 GHz, equipamentos Bluetooth, etc. Existem equipamentos industriais que
também geram espúrias nesta faixa de frequência. Neste caso é indispensável
uma avaliação do espectro eletromagnético no local onde se pretende instalar
redes WLAN.

PADRÃO 802.11

A rede WLAN deve atender usuários que esperam receber serviços e


capacidades comparáveis com redes LAN (Local Area Network). Além desta
expectativa também a mobilidade é uma característica esperada.

O padrão 802.11 [802.11] especifica a camada Física e a camada de


Controle de Acesso ao Meio (MAC – Medium Access Control). A MAC suporta o
método de função coordenada distribuída, DCF (Distributed Coordination
Function) e o método de função coordenada central ou pontual, PCF (Point
Coordination Function). O DCF atende a tráfego assíncrono, enquanto no PCF
a decisão de transmitir é centralizada no AP e foi pensado para tráfego síncrono.
O PCF não está disponível em boa parte das atuais WLANs. A Figura 7 mostra
a pilha de protocolo e a topologia da rede WLAN.

10
Figura 7 – Pilha de protocolo de redes WLAN modo infraestruturado

As camadas MAC e PHY (Physical Layer) são divididas em sub-camadas


de gerenciamento, controle e convergência [802.11]. O AP é análogo a uma
estação-base na rede de comunicação celular [CROW], provê uma área de
cobertura integrando as EWs, permitindo a comunicação entre elas, além de
prover interface para Internet.

São encontradas duas configurações básicas: infra estruturada, com a


presença do AP, e adhoc, com conexão peer-to-peer entre as EWs. Para as
redes infra estruturadas existem basicamente duas arquiteturas de APs, a Fat e
a Thin . Na arquitetura tradicional, conhecida por Fat, o AP concentra todas as
funções implementadas no padrão 802.11 e outras funções de inteligência da
rede como: segurança, gerenciamento e desempenho, conforme ilustra a Figura
8. Não existe, portanto, um elemento central de gerência e controle dos APs. Os
Switches utilizados no DS (Distribution System) na arquitetura Fat não possuem
qualquer função de comunicação entre APs [802.11].

11
Figura 8 – Arquitetura Fat

Já na arquitetura Thin existe uma distribuição das funções com um


elemento central de gerência e controle. No AP se concentram as funções
básicas da 802.11, principalmente de interface aérea. As demais funções são
providas por um elemento central, tais como autenticação, autorização e
segurança. A rede Thin avaliada [BRANQUINHO1] possui uma característica
adicional que é a divisão da camada PHY e de Enlace, sendo que a MAC passa
a ser também centralizada como mostrado na Figura 9. Nesta figura o Hub
somente possui a função de encaminhamento dos pacotes, sendo o protocolo
de comunicação entre os APs e a Wireless Switch (WS) proprietária.

12
Figura 9 – Arquitetura Thin com MAC centralizada

Nesta arquitetura o AP passa a implementar somente a camada física do


padrão 802.11b. As funções de MAC e LLC (Logical Link Control) e as outras
funções de gerência e controle são centralizadas no WS [SYMBOL]. Para
diferenciar o AP tradicional deste novo elemento, que implementa somente a
camada PHY, este último é denominado Access Port (APo).

PROPAGAÇÃO

Neste item são apresentados os principais modelos de propagação


utilizados para predição de sinal em redes WLAN. Tais redes possuem seu
desempenho fortemente dependente da posição dos usuários e seu
desempenho varia fortemente em função disto [BRANQUINHO2]. Rede WLAN
empregada em ambiente público (PWLAN) com dispositivos portáteis e móveis
requer ainda mais cuidado na avaliação de desempenho. Para dimensionamento
de redes WLAN nestas condições são necessárias ferramentas de avaliação de
cobertura que atendam aos requisitos deste tipo de aplicação. Neste artigo é
apresentado um modelo para avaliação de intensidade de sinal em ambientes
internos que leva em consideração vários fatores normalmente não
considerados em outros modelos.

A tentativa de encontrar um modelo adequado para representar a


propagação em ambientes interiores tem sido um desafio para os engenheiros
de radiofrequência.

Para determinação dos modelos sempre foram necessárias medidas para


validação dos modelos. Para propagação em interiores de edificações esta
tentativa tem esbarrado na grande variedade deste tipo de ambiente onde todos
os objetos no interior das edificações alteram o ambiente de propagação.

A medida de sinal para validação de modelos sempre foi uma tarefa


trabalhosa requerendo equipamentos sofisticados. Atualmente as redes WLAN
possuem a possibilidade de medição de intensidade de sinal como uma
componente de gerência do sistema. Esta possibilidade abre uma condição de
realização de medidas que subsidiem a predição de cobertura.

13
Modelos de Propagação
Testes realizados em redes sem fio funcionando no modo infra
estruturado mostram que existem dois fatores que influenciam na potência de
recepção de um determinado nó da rede: atenuação de sinal devido à distância
e variações aleatórias provocadas pelo ambiente. A atenuação também vai
variar com a mobilidade do nó, ou seja, dependendo de onde o nó se encontra
a atenuação vai variar.

A atenuação é a diminuição de potência de sinal de comunicação entre


um nó da rede e seu access point (AP), que ocorre principalmente devido ao
aumento da distância entre eles. Por isso, os cálculos de atenuação em canais
de redes sem fio são inversamente proporcionais à distância que separa os nós
considerados. Ruídos são inerentes ao processo de transmissão e dependem
fortemente do ruído térmico do receptor.

A propagação indoor depende das características do edifício e dos


materiais que existem dentro de cada ambiente [RAPPAPORT1] [LOON]. O sinal
que é recebido é resultado da interferência dos sinais que percorrem vários
percursos devido à reflexão, refração e difração em todos os objetos e estruturas
do edifício como paredes, portas e janelas. Existem alguns modelos de
propagação para descrição da atenuação do sinal como o modelo de espaço
livre, modelo de dois raios e modelo de shadowing [RAPPAPORT2]. Existe um
modelo de propagação [SARKAR][TARNG] no qual são considerados fatores
relativos à atenuação do pavimento e das paredes. Os valores destes fatores
podem ser obtidos em tabelas, e deste modo são valores padrões. Outro modelo
é o exponencial [SKLAR], onde os percursos gerados por reflexão se tornam
cada vez mais longos. Todos os modelos citados são modelos empíricos ou
estatísticos.

Modelo do Espaço Livre


O primeiro fenômeno de propagação a ser analisado é a atenuação
sofrida pelo sinal no espaço livre. A melhor analogia é imaginar uma esfera que
vai se expandindo e com isto diminuindo a potência por metro quadrado. Este
modelo é denominado de espaço livre, pois não existe a interferência de nenhum
obstáculo ou superfície. O modelo de espaço livre pressupõe uma condição ideal

14
da propagação onde há somente um caminho entre o transmissor e o receptor.
Na medida em que a onda se afasta da antena isotrópica, na forma de uma
esfera que se expande, existe uma diminuição da potência por unidade de área.
Considerando um sistema de transmissão com potência de transmissão P t,
ganhos das antenas de transmissão e recepção G t e Gr respectivamente, a
potência recebida pode ser determinada pela expressão:

Onde L é um fator de ajuste que pode ser considerado igual a 1 para uma
análise simples da atenuação em espaço livre e d é a distância do ponto
considerado à antena. O fator L que poderia representar aspectos importantes
na predição de intensidade de sinal raramente é utilizado e é tratado como um
valor fixo para toda a simulação. Este modelo está implementado no software de
simulação NS (Network Simulator) [NS].

Modelo de Dois Raios


Neste modelo considera-se que além da linha de visada o sinal recebido
é composto também por uma outra componente devido à reflexão do sinal na
superfície da Terra. A interferência destes dois sinais gera uma potência que
sofre uma atenuação mais acentuada com a distância do que o modelo de
propagação no espaço livre:

Onde ht e hr são as alturas da antena de transmissão e de recepção


respectivamente. O fator L novamente não é normalmente utilizado.

O modelo de dois raios não é apropriado para regiões próximas da


estação base em função das interferências causadas pelos caminhos
construtivos e destrutivos. Define-se assim uma distância na qual é utilizada a
atenuação no espaço livre, denominada distância de cross-over, dc, dado pela
expressão:

15
Quando a distância d, é menor do que dc, utiliza-se o modelo de cálculo
de propagação do espaço livre. Já quando d > dc, utiliza-se o modelo de cálculo
de propagação de dois raios e quando d = dc, o resultado dos dois modelos é o
mesmo. Este modelo está implementado no software de simulação NS (Network
Simulator) [NS].

Modelo de Shadowing
Os modelos de dois raios e de espaço livre tratam a potência recebida
como uma função determinística que depende diretamente da distância entre os
nós, uma vez que todos os outros fatores são constantes. Para o modelo de
shadowing a potência do sinal recebido é composta por duas partes:
determinística e aleatória. A parte determinística está relacionada diretamente
com a distância, prevendo alguns tipos de valores de perda de percurso. A outra
parte varia aleatoriamente representada por uma variável aleatória com
distribuição log-normal.

A primeira parte faz a predição da potência recebida média a uma certa


distância “d”, sendo definida como Pr(d). Utiliza uma distância de referência,
definida como “do”. Então vai existir uma relação entre a potência recebida a
uma distância “do” e a potência recebida a uma distância “d”. O valor Pr(do) é
calculado utilizando o modelo de propagação de espaço livre. A relação entre as
duas potências é:

16
Onde β é o expoente de perda de percurso [RAPPAPORT2] e depende
do tipo de ambiente [WOERNER]. A tabela abaixo mostra β para dois ambientes
[NS]:

Tabela 1
Valores do expoente de perda de percurso, β, para alguns ambientes

Ambiente Β
Outdoors Espaço Livre 2
Área urbana 2,7 a 5
Indoor Linha de Visada 1,6 a 1,8
Obstruído 4a6

A perda de percurso é medida em dB:

Onde Pr(d) é obtido em média.

A segunda parte do modelo de shadowing vai refletir a variação da


potência recebida a uma certa distância. Esta variação é representada por uma
variável aleatória, log-normal. Esta distribuição é uma gaussiana em dB.

Assim, o modelo de Shadowing é composto por duas partes, como na


expressão abaixo:

Onde o XdB é uma variável aleatória log-normal com


média zero e desvio padrão que pode variar, dependendo do
ambiente [RAPPAPORT2]. Este modelo é denominado log-
normal shadowing.

O modelo shadowing tende a ser mais realista, permitindo ajustar o valor


de perda de percurso, β, e valores de desvio padrão da função Gaussiana. A
próxima tabela mostra os valores do desvio padrão que representam [NS].

TABELA 2

17
Valores do desvio padrão para diferentes ambientes

Ambiente dB (dB)


Externo 4 a 12
Escritório, divisão compacta 7
Escritório, divisão leve 9,6
Fábrica, linha de visada 3a6
Fábrica, obstruído 6,8

Com isso, este modelo é mais apropriado para simulações de mobilidade


do que os modelos de espaço livre e dois raios. Este modelo está implementado
no software de simulação NS (Network Simulator) [NS].

Aplicação dos modelos


Neste item os modelos apresentados nos itens anteriores são
exemplificados utilizando valores típicos. Isto permite que seja possível avaliar a
cobertura dos ambientes desde um modelo simples dado pelo espaço livre até
modelos complexos como shadowing. Para efeito de exemplo seja uma WLAN
com potência de 100 [mW] e antena do AP com ganho de 12 dBi e antena da
estação sem fio com ganho de 2 dBi. O AP está a uma altura de 4 [m] e a estação
sem fio a uma altura de 1,2 [m]. A uma distância de 1 (m) foi medida uma
potência de –40 dBm. O apêndice apresenta a unidade decibel e suas relações
com valores lineares.

Aplicando-se as expressões observa-se que o modelo do espaço livre é


bastante otimista e o modelo de dois raios mais pessimista. Já para a expressão
(5) existe a possibilidade de ajustar o fator

 em função do ambiente. A Tabela 3 mostra os resultados para o cálculo


da potência de recepção a 100 [m].

Tabela 3 – Potência recebida a 100 [m]


Modelo Pr [dBm]
Espaço Livre -46
Dois Raios -64
Indoor obstruído - =6 -130

Pela tabela pode-se verificar que o modelo do espaço livre é muito otimista
não sendo recomendado para predição de cobertura indoor. O modelo de dois
raios é um pouco mais pessimista, mas ainda apresenta um valor bastante alto

18
para a potência recebida. Já o modelo representado pela expressão 5 apresenta
uma grande atenuação. A utilização do modelo de shadowing permite a inserção
de uma aleatoriedade do valor da potência recebida. Esta incerteza é fruto da
variação do meio podendo ser diferente em função do local [BRANQUINHO3]
[BRANQUINHO4]. A escolha do modelo mais adequado depende do ambiente e
da percepção por parte do projetista do tipo de ambiente. A predição de
cobertura é uma parte importante no planejamento de redes WLAN e deve ser
feito em função do local.

EFICIÊNCIA DA REDE WLAN

As redes WLAN possibilitam operação em quatro taxas de transmissão na


camada física, estabelecendo regiões de cobertura para cada taxa como
mostrado na Figura 3 de forma hipotética através de círculos concêntricos. Como
observado na Figura 10, existem 4 áreas ao redor do AP para as quais ocorre o
decaimento da taxa de transmissão em função da atenuação do sinal.

4
3

2
P
1

Figura 10 – Áreas de variação da taxa de transmissão

Em [PROXIM] estão disponíveis dados práticos sobre redes WLAN


disponível no mercado. Estes dados estão sumarizados para ambiente
semiaberto na Tabela 4. O ambiente semiaberto seria o mais adequado para
representar redes PWLAN, como no caso de uma praça de alimentação de um
shopping.

Tabela 4 Especificações WLAN

Ambiente semi-aberto

19
Taxa [Mbps] Sens [dBm] r [m] a [m2] %
11 -82 50 7850 19
5,5 -87 70 7536 18
2 -91 90 10048 24
1 -94 115 16093 39

Para verificar a anomalia, considera-se o par FH1-WH1 transmitindo com


uma taxa de 11 Mbps, ou seja, localizado em A1 e o par FH2-WH2 transmitindo
a 1 Mbps (localizado em A4). Pode-se também considerar outras opções (nas
áreas A2 e A3). Se as duas estações estiverem em A1 não é possível observar
a anomalia.

Assim, na Figura 11 o throughput para a combinação de estações em


áreas diferentes (e consequentemente taxas de transmissão diferente), sendo
perceptível o efeito da anomalia [HEUSSE], já que a estação de 11Mbps está
sempre com menor throughput [BRANQUINHO5] [BRANQUINHO6]. Este
resultado é um efeito direto da anomalia e da eficiência mais baixa quando uma
estação opera a 11 Mbps.

Figura 11 – Throughput

20
IMPLEMENTAÇÀO

Esta seção apresenta uma implementação utilizando rede WLAN para


integrar dispositivos eletrônicos diversos a sistemas de controle (inteligentes ou
não) através de redes de computação sem fio seguindo o padrão 802.11b da
IEEE [ANDREOLLO]. Procura-se demonstrar maneiras de integrar tanto
genericamente quanto fornece exemplos de uma implementação através do
componente Digi Connect Wi-ME, da Digi Inc. [DIGI1]. O trabalho se baseia no
projeto desenvolvido na PUC-Campinas para criar um sistema de medição de
intensidade de sinal de redes sem fio. O sistema de controle é implementado
através da própria rede sem fio, com o auxílio de dispositivos especialmente
desenhados para este fim, ou seja, a integração de dispositivos eletrônicos a
redes de comunicação sem fio. Para tanto é utilizado um módulo chamado “Digi
Connect Wi-ME” da Digi, Inc.

O projeto desenvolvido tem, como dito anteriormente, o objetivo de


controlar um sistema de medições autônomo (um robô) através da própria rede
sem fio, cujo sinal ele está medindo. Para isso, utilizamos o modulo Digi Connect
Wi-ME, da Digi Inc. Este pode ser observado na Figura 12.

Figura 12 – Modulo Digi Connect Wi-ME [DIGI1]

A figura 13 apresenta o kit de integração da Digi com módulo Wi-ME

21
Figura 13 - Kit de Integração.

O diagrama em blocos do sistema está apresentado na Figura 14.

Fig. 14 - Diagrama de blocos do sistema de controle.

Ressalta-se que para estes (e outros) fins de integração, é desejável


sempre ter a rede sem fio operando no modo Infraestrutura (ao contrário de ad-
hoc), pois assim pode-se garantir que todos os dispositivos estão em uma
mesma rede unificada e centralizada, ao invés de estarem em várias redes
fragmentadas e talvez isoladas.

Para o controle do robô, foi desenvolvido um software na linguagem Java,


principalmente devido à grande independência quanto à plataforma de
execução. Também, o programa foi construído de maneira bem modular,
gerando um código que pode ser facilmente reusado em outros sistemas de
integração, controle e automatização de tarefas.

O controle do modulo da Digi propriamente dito é feito através de uma


interface proprietária deste, chamada Remote Command Interface (RCI)[DIGI2].
Esta interface utiliza sequências de dados em XML enviadas para o modulo
através de uma requisição POST a seu servidor HTTP interno, direcionada a
determinada URL. A comunicação com esta interface é realizada através de
pedaços de código extraídos de exemplos incluídos no kit de integração do
módulo [DIGI3].

O código se divide em duas instâncias distintas: uma de interface gráfica


(que pode ser facilmente substituída por qualquer outra interface desejada), e
outra de linha de execução, que cuida de uma fila de comandos a serem
executados, e que é a principal responsável pelo sistema de automação

22
propriamente dito. Apesar do sistema não estar totalmente completo ainda, no
estágio atual já é possível adicionar vários comandos a uma fila, e fazer com que
ela seja executada em um passo só. O próximo passo é gerar um sistema de
scripting, onde pode-se preparar um arquivo com uma fila de comandos
previamente estipulados, e passá-la diretamente para o sistema de controle para
ser executada. A Figura 15 mostra a interface do sistema no atual nível de
desenvolvimento.

Figura 15 – Interface gráfica do sistema de controle

O sistema de medição consiste em um robô com quatro motores de passo,


cada um deles controlado através de uma placa com dois pinos de dados:
direção (sentido de rotação) e passo (um passo por pulso). Também, o modulo
da Digi tem até 5 pinos GPIO[DIGI4] (General Purpose I/O), que podem ser
utilizados tanto para entrada quanto para saída de dados. A configuração final
destes pinos é mostrada na Tabela 5:

23
O circuito consta dois demultiplexadores, selecionados pelos pinos 2 e 3
do modulo: um deles demultiplexa os comandos de direção, e o outro
demultiplexa o sinal “enable”, que através de um AND com o pino de clock gera
os pulsos para dar os passos dos motores. O diagrama de blocos lógicos do
circuito demultiplexador é ilustrado na Figura 16.

Figura 16 – Circuito demultiplexador

O circuito tem quatro saídas de dois pinos que são ligadas diretamente às
placas de controle dos motores. O circuito é alimentado pelas baterias de 12 v
do robô, e sua tensão é controlada por um simples regulador LM 7805.

Através deste projeto, foi estabelecida uma forma para integração,


controle e automação de dispositivos através de redes sem fio que seguem o
padrão 802.11b da IEEE.

24
Outro exemplo é a integração de dispositivos de medida de qualidade de
energia elétrica em rede. Esta aplicação pode ser feita utilizando uma AP, caso
o medidor tenha interface Ethernet.

Porém, existe uma grande parte dos dispositivos que possuem interface
RS232 com protocolo ModBus [MODBUS]. A Figura 17 mostra o equipamento
ION 7500 que faz medidas de qualidade de energia elétrica. Este equipamento
possui uma interface RS232 e deve ser integrado em rede.

Figura 17 – Medidor ION 7500

Para este tipo integração pode-se utilizar um conversor RS232/Ethernet


[ESC710]. Porém, nem sempre está disponível próximo ao medidor uma
conexão cabeada. Para estas situações a solução é uma interface RS232/WiFi.
Um exemplo deste tipo de interface é o INT 500WI [INT500WI], apresentado na
Figura 18.

Figura 18 – Interface RS232/WiFi

25
26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[802.11] IEEE Std 802.11 Wireless LAN Medium Access Control (MAC)
and Physical Layer (PHY) Specifications. ANSI/IEEE Std 802.11, Information
technology, 1999 Edition.

[802.11B] IEEE Std 802.11b-1999. Supplement to ANSI/IEEE Std 802.11,


1999 Edition.

[ANDREOLLO] A. G. Andreollo e O. C. Branquinho Automatização de


dispositivos através de redes sem fio 802.11b. Submetido para o XXII SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES –SBrT’05, 04-08 DE SETEMBRO DE
2005, CAMPINAS, SP.

[BRANQUINHO1] O. C. Branquinho, C. Correa, N. L. S. da Fonseca,


“Avaliação de Redes WLAN 802.11b com Arquiteturas Fat e Thin”, XXI
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES - SBT’04, 06 - 09 DE
SETEMBRO DE 2004, BELÉM – PA.

[BRANQUINHO2] O. C. Branquinho, N. Reggiani, A. G. Andreollo Modelo


de Propagação Shadowing Modificado para Ambiente Interno para Redes
PWLAN em 2,4GHz. Submetido para o XXII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
TELECOMUNICAÇÕES –SBrT’05, 04-08 DE SETEMBRO DE 2005,
CAMPINAS, SP.

[BRANQUINHO3] O. C. Branquinho, N. Reggiani, L. F. da Silva. Avaliação


de Desempenho de redes PWLAN

802.11 em Ambientes com Alta Variabilidade. XXI SIMPÓSIO


BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES - SBT’04, 06 - 09 DE SETEMBRO DE
2004, BELÉM – PA..

[BRANQUINHO4] O. C. Branquinho, N. Reggiani, L. F. da Silva.Parameter


S4 to Analyze the WLAN Variability. International Workshop on
Telecommunications, Santa Rita do Sapucaí, MG, Setembro/2004.

[BRANQUINHO5] Omar Carvalho Branquinho, Norma Reggiani,


Claudemir E. Corrêa, Débora Meyhofer Ferreira WLAN 802.11 MAC ANOMALY
MITIGATION USING SNR TO CONTROL BACKOFF CONTENTION WINDOW.

27
International Microwave Optical Conference - IMOC 2005. Brasília julho
de 2005.

[BRANQUINHO6] O. C. Branquinho, N. Reggiani, C. E. Corrêa, D. M.


Ferreira2Estratégia para Minimização da Anomalia da MAC de Rede WLAN
802.11b Utilizando a SNR para Controle da Janela de Contenção. Submetido
para o XXII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES –SBrT’05, 04-
08 DE SETEMBRO DE 2005, CAMPINAS, SP.

[CANOPY] www.motorola.com/canopy

[CROW] Crow, Brian e Widjaja, Indra; Prescott, Sakai. IEEE802.11


Wireless Local Area Networks, IEEE Communications Magazine, September
1997.

[HEUSSE] Heusse, Martin e Rousseau, Franck; Berger-Sabbatel, Gilles;


Duda, Andrzej. Performance Anomaly of 802.11b, IEEE INFOCOM 2003.

[HANDBOOK] B. O`Hara and Al Petrick, IEEE 802.11 Handbook - A


Designer`s Companion. IEEE Press. 2001. [JULIANA] Juliana Freitag, Nelson
L. S. da Fonseca, O. C. Branquinho, Differentiation of Services in Network

802.11 on Degradation of the Transmission Rate, 5th Wireless


Communication Workshop and Mobile Computing

– WCSF 2003, São Lourenço, MG, 27 a 30 de Outubro de 2003. Atheros


Communications, Inc “Methodology for Testing Wireless LAN Performance”,
2003.

[LOON] L.J.W. van Loon, Mobile in-Home UHF Radio Propagation for
Short-Range Devices, IEEE Antennas and Propagation Magazine, vol. 41, n. 2,
April (1999).

[NORUEGA] http://www.uninett.no/wlan/throughput.html - acessado em


27 de maio de 2005 [NS] Manual do Network Simulator NS -
http://www.isi.edu/nsnam/ns/

[PROXIM] http://www.proxim.com/products/wifi/ap/ap600/index.html -
acessado em 25 de maio de 2005 [RAPPAPORT1]T.S.Rappaport e S.Sandhu,

28
Radio-Wave Propagation for Emerging Wirelles Personal- Communications
Systems. IEEE Communications Society - htttp://www.comsoc.org/pubs.

[RAPPAPORT2] T. S. Rappaport, Wireless Communications – Principles


and Practice. Prentice Hall, 1996.

[RES365] www.anatel.gov.br/resolucoes

[SARKAR] T. K. Sarkar, K. Ji, K. Kim, A. Medouri e M. Salazar-Palma, A


Survey of Various Propagation Models for Mobile Communication, IEEE
Antennas and Propagation Magazine, vol. 45, n. 3, June 2003.

[SKLAR] B. Sklar, Rayleigh Fading Channels in Mobile Digital


Communication System. Part I: Characterization, IEEE Communications
Magazine, pag. 90, July (1997).

[STALLINGS] STALLINGS, William. Wireless Communications and


Networks. Prentice Hall. 2002. [SYMBOL] www.symbol.com

[TARNG] J.H.Tarng e D.W. Perng, Modelling and Measurements of UHF


Radio Propagating through Floors in a Multifloored Building, IEEE Proc.-Microw.
Antennas Propagation, pag. 359, vol. 144, n5, October (1997). [WOERNER] B.
D. Woerner, J.H. Reed and. T.S. Rappaport, Simulation Issues for Future
Wirelles Modems, IEEE Communications Magazine, pag. 42, July (1994) ys
(2000) www.comsoc.org/pubs/surveys

29

Você também pode gostar