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08/05/2023, 14:23 Versão para impressão - Modelo de Referência OSI/ISO

Modelo de Referência
OSI/ISO

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Apresentação 
Nos processos de comunicação, a informação flui por meio de diversas tecnologias. Ao
acessar esta página, por exemplo, saiba que ela percorreu um grande caminho para chegar
até você. Inicialmente, ela saiu de um de nossos servidores, percorreu a rede local da
Universidade e passou por diversos equipamentos de rede, até chegar à Internet. A partir
daí, percorreu redes de alta velocidade por meio de fibras óticas, redes via satélite e, quem
sabe, até cabos submarinos transoceânicos, até chegar à sua rede local ou provedor de
Internet e, por fim, ao seu equipamento. Observe uma representação desse caminho, no
diagrama a seguir:

Figura 1 – Caminho percorrido pela informação.

O que faz com que uma mensagem saia de um determinado dispositivo, passe
por redes diversas até chegar intacta ao dispositivo que a solicitou? Qual o
esforço empreendido por esta infraestrutura? De que modo a origem e o
destino acertam o envio dessas informações? Como equipamentos diferentes,

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utilizando inclusive sistemas operacionais diversos, se entendem? Quais as


limitações ou vantagens? Como o sistema lida com erros e
congestionamentos?

Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará de que forma a rede se


estrutura para possibilitar essa comunicação. Começaremos pela definição
sobre o que são padrões para redes e quem são os responsáveis pela sua
criação. Passaremos, em seguida, para um dos modelos mais importantes em
Redes de Computadores, o Modelo de Referência OSI/ISO. Este é, sem
dúvida, um ponto de partida importante no estudo das Redes de
Computadores e da Internet.

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Infográfico 
MODELO DE REFERÊNCIA OSI

Fonte: http://efagundes.com/networking/modelos-de-referencia/o-modelo-de-referencia-osi/

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Conteúdo 
Organizações de Padronização de Redes
Ao iniciarmos esta unidade, duas questões importantes devem ser respondidas:

O que são padrões de redes?


Quem estabelece os padrões de redes?

Para que sistemas diversos possam interoperar , é necessário o estabelecimento de


padrões. Estes padrões ditam desde o formato de mensagens, passando pela intensidade
de um sinal elétrico, até as dimensões que um determinado conector ou interface devem ter.
Esta padronização permite, por exemplo, que você possa adquirir uma placa de rede que,
independentemente do fabricante, poderá ser montada em seu equipamento e os demais
componentes de hardware e software presentes poderão interagir com ele.

As Organizações de Padronização são associações compostas por representantes dos


fabricantes, de universidades, centros de pesquisa e governos. Podem ser divididas em
quatro categorias: Nacional; Regional; Internacional; e Industrial, Comercial ou Profissional.
A seguir, relacionam-se as que merecem destaque:

Organizações de Padronização Nacionais – American National Standards Institute


(ANSI); British Standards Institute (BSI); Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
Organizações de Padronização Regionais – European Committee for
Standardization/Comité Européen de Normalisation (CEN).
Organizações de Padronização Internacionais – International Organization for
Standardization (ISO); International Telecommunications Union (ITU).
Organizações de Padronização Industrial, Comercial ou Profissional – Electronic
Industries Association (EIA); International Eletrotechnical Commission (IEC); Institute
of Electrical and Electronics Engineers (IEEE).

A ISO é uma organização fundada em 1946. Os membros da ISO são os órgãos nacionais
mais representativos em termos de padronização de 157 países. O representante do Brasil
na ISO é a ABNT. A ISO é organizada em Comitês Técnicos (Technical Committees – TCs)
que lidam com assuntos específicos. Na área de tecnologia da informação os vários TCs
foram reunidos no JTC 1 (Joint Technical Committee – JTC). Os TCs possuem Subcomitês
(Sub Committees – SCs), que são organizados em grupos de trabalho, por exemplo: o
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Subcomitê SC 6 trata da troca de informações entre sistemas de telecomunicações e é


composto por vários grupos de trabalho (Working Groups – WGs), entre estes: WG 1 –
Camada Física e de Enlace; WG 7 – Camada de Rede e de Transporte. Estudaremos estas
camadas mais adiante.

Modelos de Referência
Visando reduzir a complexidade e facilitar a interoperabilidade, os softwares de
comunicação são altamente estruturados. O processo de comunicação é dividido em
camadas, em que cada camada provê serviços para a camada superior. Na comunicação
entre duas máquinas, cada nível troca informações com o mesmo nível na outra máquina.
Desse modo, uma camada pode ser completamente alterada, desde que respeitadas as
interfaces.

Figura 2 - Relação de camadas e suas interfaces.

Existem atualmente dois modelos de referência que tratam dessa organização da


comunicação em camadas: Modelo de Referência Open Systems
Interconnection/International Organization Standardization (OSI/ISO); Modelo de
Referência Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP). O primeiro é o
chamado modelo de jure , sendo acatado como um padrão formal e devidamente
reconhecido. É um ótimo modelo para iniciarmos nossos estudos e permite uma
compreensão mais clara da organização em camadas. O segundo é reconhecido como um
modelo de facto , ou seja, mesmo sendo um padrão que não surgiu pelos trâmites formais
de elaboração de uma norma, é tido como tal, em virtude de sua ampla aceitação pública. É
o modelo utilizado na Internet.

Modelo OSI/ISO
Com o surgimento das redes apareceram as questões de interoperabilidade. Como garantir
que uma diversidade de equipamentos e programas troquem informações livremente sem
problemas de compatibilidade?

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De forma a resolver essas questões e também permitir que redes heterogêneas ou com
padrões proprietários se comunicassem, a ISO desenvolveu o Modelo de Referência OSI
(Open System Interconnection).

Este modelo apresenta um conjunto detalhado de definições e codificações para organizar a


arquitetura da rede em camadas. Cada camada agrupa funções e serviços similares.
Eventuais ajustes ou modernizações em uma camada não afetam as demais, se respeitadas
as interfaces entre elas. São sete as camadas deste modelo: Física; de Enlace; de Rede; de
Transporte, de Sessão; de Apresentação; e de Aplicação; sendo a Física a mais baixa e a de
Aplicação a mais alta. Em geral, as camadas inferiores oferecem serviços às superiores.

Figura 3 - Camadas do Modelo OSI/ISSO.

Camada Física
A Camada Física trata da transmissão efetiva dos bits  pela rede. Os dados são enviados
pela rede como uma sequência de bits composta de vários 0 (zero) e 1 (um). Assim, essa
Camada deve garantir que um bit 0, enviado, deve ser recebido como um bit 0 e um bit 1,
enviado, deve ser recebido como um bit 1. O que diferencia um bit do outro é a quantidade
de volts em um sinal elétrico. A duração desse sinal determina a quantidade do bit. Cabe ao
projetista determinar a duração em microssegundos, bem como determinar se a
transmissão será half-duplex  ou full-duplex , quantos pinos o conector terá e qual a
função de cada um.

Nessa Camada é que se define como será estabelecida a conexão inicial e de que modo
será encerrada. Isso é feito pelo envio de pulsos elétricos a determinados pinos em um
conector. A unidade de dados é de 1 (um) bit em uma transmissão serial (os dados são
enviados em um fluxo, um bit de cada vez, por meio de um canal), e de “n” bits em uma
transmissão paralela. A Camada Física preocupa-se unicamente com o envio e recebimento

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de bits. Ela não se preocupa com o significado dos dados, o que é feito pelas camadas mais
altas. Não faz parte das funções dessa Camada lidar com erros ocorridos durante a
transmissão.

Em resumo, a Camada Física transmite efetivamente os bits, adapta o sinal ao meio de


transmissão, define o formato e os pinos dos conectores e estabelece a conexão física.

Camada de Enlace
A função principal da Camada de Enlace é tornar livre de erros a transmissão efetuada pela
Camada Física. Para isso, divide-se o fluxo de bits em unidades chamadas quadros. Cada
quadro possui centenas ou milhares de bits. Para controlar cada quadro, são incluídos bits
especiais no início e final de cada quadro. A Camada de Enlace reconhece então os limites
de cada um deles.

É função dessa Camada efetuar um controle de fluxo, evitando que o transmissor envie
mais do que o receptor pode processar. Isso é feito com a utilização de um mecanismo que
permite ao transmissor saber o espaço disponível no buffer  do receptor.

A Camada de Enlace, da origem, pode ainda reenviar um quadro inutilizado por erros de
transmissão, ou um quadro perdido; deve também possuir mecanismos para detectar o
recebimento de quadros repetidos.

Em resumo, a Camada de Enlace divide os dados em quadros, detecta e corrige os erros da


Camada Física, efetua controle de fluxo e provê uma comunicação confiável entre os
dispositivos.

Camada de Rede
A Camada de Rede trata de duas funções importantes: endereçamento e roteamento. A
primeira diz respeito à identificação dos endereços de origem e destino dos dados a
transmitir. A segunda está relacionada a escolhas associadas à determinação do melhor
caminho a ser percorrido pela informação. Nesta camada, o fluxo de dados é dividido em
unidades denominadas pacotes.

Em situações em que as máquinas estão conectadas diretamente por meio de uma ligação
ponto a ponto, não há a necessidade de uma Camada de Rede, uma vez que a Camada de
Enlace pode executar as tarefas necessárias à manutenção do enlace (link).

Na maior parte das situações, o que acontece é que as máquinas não estão conectadas
diretamente entre si, podendo estar conectadas em uma mesma rede local, ou ainda,
estarem em redes diferentes, inclusive a milhares de quilômetros uma da outra. Nesse caso,
a comunicação dos dados, ao trafegar entre a origem e o destino, passará por uma ou mais
máquinas intermediárias.

Figura 1.4 – Comunicação entre as Camadas.

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Nas três camadas inferiores (Física, de Enlace e de Rede) a comunicação se dá entre as


máquinas adjacentes, ponto a ponto. Já nas quatro camadas superiores, a comunicação se
dá entre a máquina de origem e o destino final, fim a fim.

Assim, as informações escritas pelas três camadas inferiores são lidas pelas camadas
pares na máquina adjacente que, após processá-las, as enviará para a próxima máquina, no
caminho a ser percorrido pelos dados.

Nesse processo, a Camada de Rede analisará cada pacote e, com base no endereço de
origem e de destino, determinará o caminho por onde a mesma será enviada. Essa operação
será vista mais adiante na unidade que trata de Camada de Rede.

Camada de Transporte
A Camada de Transporte provê uma comunicação fim a fim, objetivando tornar variações na
confiabilidade do serviço prestado pelas camadas inferiores transparentes aos usuários.
Essa Camada não garante que as informações cheguem ao destino. Os pacotes
encaminhados pela Camada de Rede podem inclusive chegar fora de ordem, ou mesmo não
chegar.

Para prover a comunicação fim a fim confiável, a Camada de Transporte da origem se


comunica com a do destino, o que não acontece nas camadas inferiores (Física, de Enlace e
de Rede), nas quais a comunicação se dá entre máquinas adjacentes.

A Camada de Transporte da origem recebe os dados da Camada de Sessão, dividindo-os em


unidades menores, denominadas segmentos. Então os encaminha, via camadas inferiores, à
Camada de Transporte do destino, que libera os dados para a Camada de Sessão na ordem
em que foram enviados pela Camada da origem.

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A Camada de Transporte pode prover diferentes tipos de serviço. O tipo mais comum é o
orientado à conexão, estabelecida inicialmente entre a origem e o destino, liberando os
dados livres de erros e na ordem em que foram enviados. Em um segundo tipo, as
mensagens são enviadas de forma isolada, sem garantia em relação à ordem de entrega.
Pode ainda efetuar a difusão para múltiplos destinos.

Tudo isso é feito independentemente das camadas inferiores, as quais podem inclusive se
utilizar de diferentes tecnologias sem afetar as camadas superiores.

Camada de Sessão
A Camada de Sessão, que também é fim a fim, objetiva fornecer meios que permitam
melhor controle sobre a informação enviada, sobretudo em situações com que a Camada de
Transporte não consegue lidar. Entre os serviços providos estão: o gerenciamento de token
 (ou bastão) e a sincronização.

O gerenciamento de token é utilizado por alguns protocolos que não suportam que ambos
os lados executem as mesmas funções simultaneamente. Nesse caso a Camada de Sessão
fornece os tokens que somente podem ser utilizados por um lado de cada vez.

Outra situação diz respeito à sincronização que se dá quando há transferência de um grande


volume de dados, ou mesmo de um arquivo de tamanho elevado, especialmente em redes
não confiáveis, podendo ocorrer falhas que prejudiquem a transferência. Isso ocorre
sobretudo quando a rede deixa de funcionar. Nesse caso, mesmo a Camada de Transporte
não conseguiria lidar com o problema, o que levaria a transmissão dos dados a falhar,
levando a transferência a ser reiniciada.

Nessas situações, a Camada de Sessão permite que a transferência dos dados seja
reiniciada de um ponto de referência imediatamente anterior à falha. Esse ponto de
referência é denominado “ponto de sincronização”. A origem e o destino periodicamente
trocam informações estabelecendo pontos de referência lógicos. Quando ocorre uma falha,
a transferência poderá se dar a partir do último ponto de referência.

A sincronização pode ainda ser utilizada quando há necessidade de priorização de tráfego.


Nesse caso, o recebimento de um arquivo pode ser momentaneamente suspenso, em razão
de um outro tráfego com maior prioridade, podendo ser retomado posteriormente.

Camada de Apresentação
A Camada de Apresentação oferece serviços relacionados à sintaxe (formato) e à
semântica (significado) das informações, ao contrário das camadas inferiores que,
normalmente, se preocupam somente com a movimentação de bits entre as máquinas.
Antes de enviar os dados à Camada de Sessão, realiza uma série de operações, tais como:
compressão de textos; criptografia e conversão de padrões de terminais. É uma camada fim
a fim.

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A Camada de Apresentação compreende a sintaxe do sistema local e do sistema de


transferência, e permite que computadores utilizando diferentes códigos possam se
comunicar adequadamente. Por exemplo: caso um deles se utilize de Unicode  e o outro
de ASCII .

Camada de Aplicação
A Camada de Aplicação provê padrões para que aplicativos possam comunicar-se
adequadamente, independentemente do fabricante do sistema em que são executados.

No OSI, a camada de aplicação pode utilizar-se de elementos de serviço. Entre estes,


convém mencionar:

Association Control Service Element (ACSE) – Estabelece uma associação entre


usuários para permitir a troca de informações entre eles.
Remote Operations Service Element (ROSE) – Oferece suporte a chamadas de
procedimentos remotos.
Reliable Transfer Service Element (RTSE) – Provê um mecanismo confiável de
transferência de dados, inclusive tornando a recuperação de erros transparente para o
usuário.

Podemos considerar, por exemplo, o envio (upload) ou recebimento (download) de arquivos


entre um servidor na Internet e o seu computador. Você pode estar utilizando um programa
de transferência de arquivos instalado em seu sistema operacional - Windows, Linux, Unix
ou Mac. Você pode utilizá-lo por meio de uma bonita interface gráfica, ou mesmo de uma
linha de comando. Nesses casos, como funcionaria a comunicação entre o seu computador
e o servidor?

Na resposta a essa pergunta, considere que você gostaria de efetuar o download de um


determinado arquivo. Na interface gráfica de seu programa, você irá possivelmente
selecionar o arquivo, com o mouse, e clicar em algum botão, informando sua intenção de
baixá-lo. Na linha de comando, irá digitar algo como get <nome do arquivo>. Em ambas as
situações, o programa utilizado conseguirá se comunicar com o servidor, permitindo que o
arquivo desejado seja transferido.

Essas funções, executadas pela Camada de Aplicação, permitem que programas presentes
em diferentes computadores possam comunicar-se adequadamente. Desse modo, o acesso
à página da Internet, o download de um arquivo e o acesso às mensagens de correio
eletrônico funcionarão adequadamente, independentemente do sistema operacional e do
programa utilizado por você ou pelo servidor.

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Considerações Adicionais sobre o Modelo OSI/ISO


Para concluirmos o estudo do Modelo de Referência OSI/ISO, é conveniente analisarmos
como se dá o processo da transferência dos dados, desde a origem até o destino, passando
por cada uma das camadas em ambas as máquinas. Esclarecendo, inclusive, o processo de
comunicação ponto a ponto e fim a fim efetuado pelas camadas.

Figura 5 - Cabeçalhos por Camada.

No processo de transferência de dados, dois termos são extremamente importantes: SDU


(Service Data Unit) – Unidade de Dados do Serviço e PDU (Protocol Data Unit) – Unidade de
Dados do Protocolo.

O SDU se refere às informações recebidas da camada superior. A camada atual, ao receber


essas informações, adiciona as informações de controle (cabeçalho) a serem lidas pela
camada par do destino. O PDU consiste do cabeçalho adicionado da SDU.

Figura 6 - Envio de Dados de um Usuário A (origem) para um Usuário B (destino).

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No processo ilustrado acima, a transferência se inicia com a origem A, que entrega os dados
a serem transmitidos para a Camada de Aplicação. Esta Camada adiciona então, aos dados
recebidos, um cabeçalho com as informações a serem manipuladas pela Camada de
Aplicação do destino, conforme visto no item anterior. O PDU da Camada de Aplicação
(cabeçalho + dados do usuário) é entregue para a Camada de Apresentação.

Analogamente, a Camada de Apresentação adiciona aos dados recebidos da Camada de


Aplicação o seu próprio cabeçalho. Convém enfatizar que, para a Camada de Apresentação,
os dados são todas as informações recebidas da camada superior (PDU da Camada de
Aplicação = cabeçalho da Camada de Aplicação + dados do usuário). A seguir, os dados são
enviados para a Camada de Sessão.

Do mesmo modo, a Camada de Sessão adiciona seu próprio cabeçalho, que contém as
informações associadas à sincronização e gerenciamento de token. A seguir, seu PDU é
enviado para a Camada de Transporte.

A Camada de Transporte recebe então os dados da Camada de Sessão e adiciona seu


próprio cabeçalho, onde é determinado o tipo de serviço a ser prestado (por exemplo,
orientado à conexão). O PDU (cabeçalho + dados) é daí enviado para a Camada de Rede.

A Camada de Rede recebe os dados e adiciona seu cabeçalho. Este contém informações
relativas ao endereço de origem e de destino dos dados. Os endereços serão interpretados
pelos equipamentos intermediários presentes ao longo do caminho, que visam determinar o
trajeto a ser percorrido pelo pacote, entregue em seguida à Camada de Enlace.

A Camada de Enlace, ao receber os dados, adiciona seu cabeçalho, que contém as


informações referentes à manipulação dos quadros, controle de fluxo e erros associados
aos dados enviados pela Camada Física.

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A Camada Física efetuará a movimentação propriamente dita dos bits, entre a origem A e o
destino B.

Nas camadas superiores – de Aplicação, de Apresentação, de Sessão e de Transporte – o


cabeçalho escrito pela origem (A) será lido pela camada par no destino (B). Não sendo
esses cabeçalhos manipulados por elementos intermediários que, por ventura, possam
existir entre a origem e o destino. É o que estamos denominando de comunicação fim a fim.

Nas demais camadas – de Rede, de Enlace e Física – o cabeçalho escrito na origem (A) é
lido e manipulado por cada um dos elementos intermediários presentes ao longo do
caminho entre A e B, o que é denominado comunicação ponto a ponto.

Para Refletir 

Por que utilizamos padrões nas redes?


Por que o Modelo de Referência OSI/ISO não é utilizado na prática?

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Dica do Professor 

Nesta unidade, você estudou o Modelo de Referência OSI, elaborado pela ISO, que
visa permitir a interoperabilidade entre computadores de diferentes fabricantes. A
ISO é uma organização que reúne os órgãos de padronização de vários países e
dita padrões em várias áreas do conhecimento, tais como: Tecnologia da
Informação; Mineração; Petróleo e Gás; Materiais; e Saúde.

O Modelo OSI/ISO é composto por sete camadas: Aplicação, Apresentação,


Sessão, Transporte, Rede, Enlace e Física. Vimos ainda que a estruturação em
camadas visa reduzir a complexidade. Essa organização permite que uma eventual
modificação em uma das camadas não afete as demais, desde que respeitada a
forma de comunicação dessa camada com a superior e a inferior.

No mercado de trabalho frequentemente é feita referências às camadas pelo seu


número, digamos “camada 1”, “camada 2”, camada 3” ou “camada 7”, se referindo
respectivamente às camadas física, enlace, rede ou aplicação.

Finalmente, considere que esse modelo é de primordial importância para o estudo


e compreensão sobre a forma de comunicação nas redes, abrindo horizontes para
que possamos entender com maior clareza a organização dos sistemas de
comunicação, sendo ainda um degrau que nos permitirá estudar o Modelo de
Referência TCP/IP e as soluções em uso no mundo atual.

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Na Prática 

"Prezado(a) estudante,

Esta seção é composta por atividades que objetivam


consolidar a sua aprendizagem quanto aos conteúdos
estudados e discutidos. Caso alguma dessas atividades seja
avaliativa, seu (sua) professor (a) indicará no Plano de Ensino
e lhe orientará quanto aos critérios e formas de apresentação
e de envio."

Bom Trabalho!

Atividade 

1. Explique os conceitos de cada uma das camadas do Modelo De Referência


OSI/ISO.
2. Associe a visão de 7 camadas do modelo OSI/ISO, com a visão
hardware/software, e com a visão de serviços (aplicações, entrega e
comunicações).
3. A tentativa de utilizar camadas se refere à capacidade de reduzir a complexidade,
modularizando a solução. Considere que ao invés de enviar um pacote pela rede,
você enviará uma encomenda por meio de uma empresa transportadora. Quais
camadas de serviço utilizaria? De um nome e uma descrição a cada uma delas,
tanto na origem quanto no destino.

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Referências 

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