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Aluno: _______________________________________
Ciência e Tecnologia dos Materiais I
Profª Erika Peterson Gonçalves
PLANO DE ENSINO
FACULDADE DE ENGENHARIAS,
ARQUITETURA E URBANISMO
EMENTA
Estrutura atômica e ligação interatômica: Conceitos fundamentais, forças e energias de ligação, ligações
interatômicas primárias, ligações secundárias. Estrutura dos sólidos cristalinos: Estruturas cristalinas,
células unitárias, estrutura cristalina dos metais, sistemas cristalinos, pontos, direções e planos
cristalográficos, materiais cristalinos e não-cristalinos. Imperfeições nos sólidos: Defeitos pontuais
(lacunas, impurezas), imperfeições diversas (defeitos lineares, interfaciais, volumétricos). Introdução a
diagrama de fase: Definições e conceitos básicos. Materiais metálicos: Estrutura, tipos de ligas metálicas
(ferrosas e não-ferrosas), principais propriedades. Materiais cerâmicos: Estruturas cerâmicas, tipos e
aplicações das cerâmicas, principais propriedades. Materiais poliméricos: Estrutura, peso molecular,
cristalinidade, principais propriedades.
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A disciplina de ciência e tecnologia dos materiais é uma cadeira importante nos cursos de
engenharia, pois é base para o entendimento de outras disciplinas dos cursos de engenharia civil,
materiais, química, elétrica, computação ambiental e alimentos.
PROGRAMAÇÃO GERAL
7 Materiais metálicos 6h
8 Materiais cerâmicos 6h
9 Materiais poliméricos 6h
10 Avaliação 2 3h
11 Avaliação final 3h
AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO
A avaliação do aprendizado ocorrerá através de duas provas bimestrais e uma avaliação final.
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William D. Callister Jr. Ciência e Engenharia de Materiais – Uma introdução, Editora LTC. 2008.
William F. Smith. Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais. Terceira edição. Editora
McGraw-Hill. 1998.
Donald R. Askeland, Pradeep P. Phulé. Ciência e Engenharia dos Materiais. Cengage Learning.
2008.
L. H Van Vlack, Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais, Campus, 1994.
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Prefácio
William D. Callister Jr. – Ciência e Engenharia de Materiais – Uma introdução, Editora LTC.
2008.
William F. Smith – Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais. Terceira edição. Editora
McGraw-Hill. 1998.
Donald R. Askeland, Pradeep P. Phulé – Ciência e Engenharia dos Materiais. Cengage
Learning. 2008.
L. H Van Vlack – Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais. Campus. 1994.
Angelo Fernando Padilha – Materiais de Engenharia: Microestrutura e Propriedades. Hemus.
2007.
José de Anchieta Rodrigues – Série Apontamentos: Introdução às Ligações Químicas. Série
Apontamentos. UFSCAR. 2010.
R. E Reed-Hill & R. ABBASCHIAN, Principles of Physical Metallurgy, 3º ed. PWS Publishing
Company
Sebastião V. Canevarolo Jr. – Ciência dos Polímeros: Um texto básico para tecnólogos e
engenheiros. Artliber. 2002
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1 INTRODUÇÃO
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Os materiais são formados por átomos ou íons, os quais precisam se ligar para dar coesão
aos materiais. Se por alguma razão for preciso romper um pedaço de material ou então levá-lo ao
estado líquido, será preciso, necessariamente, realizar trabalho e gastar energia, respectivamente,
contra essa coesão dos materiais.
Chama-se ligação química o fenômeno em que um átomo se liga a outro pelo abaixamento
da energia total do sistema. Se ao comparar a energia dos dois átomos ligados com a energia dos
mesmos infinitamente separados, a situação “ligados” é de menor energia e, portanto, estável. Os
átomos que se ligam entre si podem ser do mesmo elemento químico ou de elementos químicos
distintos.
A ligação química entre os átomos é um dos aspectos mais interessantes e importantes dos
materiais, e é a partir dela que a parte intrínseca das propriedades dos materiais é determinada. O
arranjo atômico dos materiais também é consequência direta da ligação química.
Aqui serão estudados os diversos tipos de ligações químicas existentes e será discutido também,
o seu papel nos materiais.
Cada elemento químico é caracterizado pelo número de prótons no seu núcleo, ou o seu
número atômico (Z). Para um átomo eletricamente neutro, o número atômico é igual ao número de
elétrons. A massa atômica (A) de um átomo específico pode ser expressa como a soma das massas
de prótons seja o mesmo para todos os átomos de um dado elemento, o número de nêutrons (N)
pode ser variável. Assim, os átomos de alguns elementos possuem duas ou mais massas atômicas
diferentes; estes são chamados de isótopos. O peso atômico de um elemento corresponde a média
ponderada das massas atômicas dos isótopos mais comum do carbono (12C). Em um mol de uma
substância existem 6,023 . 1023 (número de Avogadro) átomos ou moléculas.
1 u.m.a./átomo (ou molécula) = 1g/mol
Por exemplo, o peso atômico do ferro é de 55,85 u.m.a./átomo, ou 55,85g/mol.
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O modelo de Bohr de um átomo introduz a uma primeira visão do átomo: ele é constituído por
um núcleo que contém nêutrons e prótons, e os elétrons orbitam lembrando o sistema solar, como
ilustrado na Figura 1.
Os nêutrons não têm carga elétrica, os prótons são positivos, determinados a carga positiva dos
núcleos, e os elétrons têm carga negativa. Elétrons e prótons possuem mesmo valor, em módulo, de
carga, ou seja, 1,602 x 10-19C. O que mantém os elétrons em órbita é a atração eletrostática entre o
núcleo e os elétrons. Estas órbitas são estáveis e têm energia pré-determinada. A energia de um
elétron pode mudar, mas, ao fazê-lo, ele deve realizar um salto quântico para uma energia mais alta
absorvendo energia ou para uma energia mais baixa emitindo fótons.
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Figura 2 – Comparação entre os modelos atômicos de (a) Bohr e (b) mecânico-ondulatório em termos de distribuição
eletrônica.
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(a) (b)
(c) (d)
Figura 3 – Representação do contorno dos orbitais. a) s, b) p, c) d e d) f.
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Para determinar a maneira pela qual estes estados são preenchidos com elétrons, nós usamos
o princípio da exclusão de Pauli. Este princípio estipula que cada estado ou orbital eletrônico pode
comportar um máximo de dois elétrons, que devem possuir valores de spin opostos. Nesse sentido,
as subcamadas s, p, d e f podem acomodar, cada uma, um total de 2, 6, 10 e 14 elétrons,
respectivamente.
A configuração eletrônica ou a estrutura de um átomo representa a maneira segundo a qual
estes orbitais são ocupados.
Os elétrons de valência são aqueles que ocupam a camada preenchida mais externa. Esses
elétrons são extremamente importantes. Como será visto, eles participam da ligação entre os
átomos para formar os agregados atômicos e moleculares. Além disso, muitas das propriedades
físicas e químicas dos sólidos estão baseadas nesses elétrons de valência.
O estado sólido só pode ocorrer se os átomos se agruparem por meio de ligações químicas que
dão coesão ao material, conferindo-lhes certa rigidez mecânica compatível com os requisitos de um
projeto, de uma aplicação, de um uso, etc. Essa razão é o abaixamento total da energia de um
sistema de dois ou mais átomos, tomando-se por referencia a situação desses mesmos átomos
distantes infinitamente um do outro.
A ligação química é o agente fundamental da construção de um sólido.
Basicamente são cinco os tipos possíveis de ligação química: metálica, iônica, covalente, por
dipolos permanentes e por dipolos flutuantes.
Na realidade ocorrem ligações mistas nos materiais, isto é, as vezes não se pode dizer que um
dado material é 100% coeso por meio de um único tipo de ligação química, e isso é muito frequente.
As ligações químicas primárias são aquelas em que os elétrons de valência dos átomos tomam
parte diretamente na ligação.
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A compreensão de muitas propriedades físicas dos materiais está baseada no conhecimento das
forças interatômicas que unem os átomos, prendendo-os. Talvez os princípios das ligações atômicas
possam ser mais bem ilustrados considerando-se a interação entre dois átomos isolados à medida
que eles são colocados em proximidade desde uma separação infinita. A grandes distâncias, as
interações entre eles são desprezíveis; no entanto, à medida que os átomos aproximam, cada um
exerce forças sobre o outro. Essas forças são de dois tipos, atrativas e repulsiva, e a magnitude de
cada uma delas é função da separação ou distância interatômica. A origem de uma força atrativa FA
depende do tipo especifico de ligação que existe entre os dois átomos. A sua magnitude varia com a
distância, como está representado esquematicamente na Figura 4. No final das contas, as camadas
eletrônicas mais externas dos dois átomos começam a se superpor, e uma intensa força repulsiva FR
entra em ação. A força liquida FL entre os dois átomos é exatamente a soma das componentes de
atração e de repulsão, isto é:
Que também é uma função da separação interatômica, como também esta plotado na Figura 4.
Quando FA e FR se anulam, ou se tornam iguais, não existe qualquer força líquida ou resultante, isto
é:
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Figura 4 – (a) dependência das forças repulsivas e atrativas e líquida sobre a separação interatômica para dois átomos
isolados. (b) a dependência das energias repulsiva, atrativa e potencial líquida sobre a separação interatômica para dois
átomos.
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3 ESTRUTURAS CRISTALINAS
Os materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade com que seus
átomos ou íons são arranjados com respeito uns aos outros, deste modo um cristal é geralmente
definido como um sólido com seus átomos ou íons arranjados em um reticulado periódico
tridimensional.
O arranjo mais estável dos átomos ou íons em um cristal será aquele que minimiza a energia
livre por unidade de volume ou, em outras palavras, aquele que:
Preserva a neutralidade elétrica
Satisfaz o caráter direcional das ligações covalentes
Minimiza as repulsões íon-íon
Agrupa os átomos o mais compactamente possível.
A grande maioria dos sólidos é cristalina porém, nem todos os sólidos são cristalinos, tais como
os vidros, e os polímeros, estes são chamados de amorfos.
Existem 3 níveis de arranjos atômicos:
Sem ordem: Como nos gases, os átomos não possuem um arranjo ordenado. Os átomos preenchem
aleatoriamente o espaço em que o gás está confinado figura 5a.
Ex: Argônio
Ordem a curta distância: O material exibe um arranjo ordenado a distância que se estendem até os
vizinhos mais próximos (1 ou 2 espaços atômicos)(figura 5b e 5c).
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Ex. Cada molécula de água no vapor tem ordem devido às ligações covalentes entre átomos H e O,
entretanto as moléculas não apresentam nenhum arranjo entre si. Cerâmicos (vidros) e polímeros
que apresentam estas características são materiais amorfos.
Ordem a longa distância: os átomos são dispostos em arranjos bem definidos que se estendem por
todo o material. Os átomos formam um padrão repetitivo ou rede (figura 5d). A rede é uma coleção
de pontos de rede e são dispostos periodicamente de forma que a vizinhança de cada ponto na rede
é idêntica. Um ou mais átomos estão associados a cada ponto de rede. A rede difere em dois
materiais na forma e tamanho, dependendo do tamanho dos átomos e do tipo de ligações entre eles.
A estrutura cristalina do material se refere ao tamanho, forma e arranjo atômico dentro da rede.
Figura 5 – níveis de arranjo atômico nos materiais: (a) gases inertes são possuem uma ordem regular de átomos, (b,c)
alguns materiais, incluindo gases e vidros, possuem ordem a pequenas distancias. (d) metais e muitos outros sólidos
possuem ordenamento regular de átomos que se estende por todo material
A ordenação atômica em sólidos cristalinos indica que pequenos grupos de átomos formam
um padrão repetitivo. Dessa forma, ao descrever estruturas cristalinas, com frequência torna-se
conveniente subdividir a estrutura em pequenas entidades que se repetem, chamadas células
unitárias.
Assim, célula unitária é uma subdivisão da rede cristalina que ainda retém todas as
características da rede inteira. Ela define a estrutura cristalina em virtude da geometria e posição dos
átomos dentro dela.
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Para a maioria das estruturas cristalinas, a célula unitária é um paralelepípedo ou prisma com
três faces paralelas. A célula unitária é escolhida para representar a simetria as estrutura cristalina,
dentro da qual todas as posições do cristal podem ser geradas pela translação da mesma em
distâncias iguais às de sua aresta.
As descrever as estruturas cristalinas, os átomos (ou íons) são considerados como se fossem
esferas rígidas com diâmetros definidos.
O termo retículo descreve uma matriz tridimensional de pontos que coincidem com as
posições dos átomos (centro das esferas). Deste modo, o termo ponto de retículo, ou ainda, ponto
de rede, designa a posição regular ocupada por átomos ou íons. A Figura 6 mostra um modelo de
arranjo de esferas rígidas e a representação de um ponto de rede.
Figura 6 – uma rede é um arranjo periódico de pontos que define o espaço. A célula unitária, em destaque, é uma
subdivisão que ainda retém as características da rede.
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Descrevem o tamanho e a forma da célula unitária – dimensões dos lados e ângulos formados. A
Tabela 2 apresenta os parâmetros de rede e os ângulos dos 7 sistemas de Bravais, sistema que
descreve a geometria de cada estrutura cristalina.
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A estrutura cristalina encontrada em muitos metais possui uma célula unitária com geometria
cúbica, com os átomos localizados em cada um dos vértices e nos centros de todas as faces do cubo.
Esta é adequadamente chamada de estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC). Alguns dos
metais mais familiares que possuem essa estrutura cristalina são o cobre, o alumínio, a prata e o
ouro.
A Figura 9 a mostra um modelo de esferas rígidas para a célula unitária CFC, enquanto na Figura
9 b os centros dos átomos estão representados por pequenos círculos com o objetivo de
proporcionar melhor perspectiva das posições dos átomos. O agregado mostrado na Figura 9 c
representa uma seção de cristal que consiste em muitas células unitárias CFC. Estas esferas se tocam
umas às outras através de uma diagonal da face; o comprimento da aresta do cubo a e o raio
atômico R estão relacionados através da expressão:
Para a estrutura cristalina CFC, cada átomo em um vértice é compartilhado por oito células
unitárias, enquanto um átomo centrado em uma face pertence a apenas duas. Portanto, um oitavo
de cada um dos oito átomos em vértices e metade de cada um dos seis átomos localizados nas faces,
ou um total de quatro átomos inteiros, pode ser atribuído a uma dada célula unitária. A célula
compreende o volume do cubo, que é gerado a partir dos centros dos átomos nos vértices.
As posições nos vértices e nas faces são na realidade equivalentes; isto é, uma translação do
vértice do cubo de um átomo originalmente de um vértice para um átomo localizado no centro de
uma das faces não irá alterar a estrutura da célula.
Duas outras características importantes de uma estrutura cristalina são o número de
coordenação e o fator de empacotamento atômico (FEA). Para os metais, cada átomo possui o
mesmo número de vizinhos mais próximos ou de átomos em contato, o que constitui no seu número
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de coordenação. No casso das estruturas cristalinas CFC o número de coordenação é 12. Isto pode
ser confirmado através de um exame na Figura 9 a; o átomo na face frontal possui quatro átomos
vizinhos mais próximos localizados nos vértices ao seu redor, quatro átomos de face que se
encontram em contato pelo lado de trás e quatro outros átomos de face equivalentes localizados na
próxima célula unitária, à frente, que não é mostrada.
Para as estruturas CFC, o fator de empacotamento é de 0,74, que consiste no máximo
empacotamento possível para um conjunto de esferas onde todas possuem o mesmo diâmetro.
Tipicamente, os metais possuem fatores de empacotamento atômico relativamente elevados, a fim
de maximizar a proteção dada pela nuvem de elétrons livres.
Outro tipo comum de estrutura cristalina encontrada em metais também possui uma célula
unitária cúbica, com átomos localizados em todos os oito vértices e um único átomo localizado no
centro do cubo. Esta é conhecida por estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC). Um
conjunto de esferas demonstrando essa estrutura está mostrado na Figura 10 c , enquanto as Figura
10 a e b são diagramas das células unitárias CCC onde os átomos são representados segundo os
modelos de esferas rígidas e esferas reduzidas, respectivamente.
O cromo, o ferro, o tungstênio, bem como diversos outros metais exibem estrutura do tipo CCC.
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Dois átomos estão associados a cada célula CCC; o equivalente a um átomo, distribuído entre os
oito vértices, onde cada átomo do vértice é compartilhado por oito células unitárias, e o único átomo
do centro que está totalmente contido dentro de sua célula. Além disso, as posições atômico as
central e no vértice são equivalentes. O número de coordenação para a estrutura cristalina CCC é 8;
cada átomo central possui como vizinhos mais próximos os seus oito átomos de vértice do cubo.
Uma vez que o numero de coordenação é menor na CCC do que na CFC, o fator de empacotamento
atômico na CCC também é menor do que na CFC, sendo de 0,68, contra 0,74 na CFC.
Nem todos os metais têm células unitárias com simetria cúbica; a estrutura cristalina metálica
comum final a ser discutida tem uma célula unitária que é hexagonal. A Figura 11 a mostra uma
célula unitária de esfera reduzida para esta estrutura, que é denominada hexagonal compacta (HC);
uma montagem de várias células unitárias HC é apresentada na Figura 11b. As faces do topo e da
base da célula unitária consiste de 6 átomos que formam hexágonos regulares e circundam um único
átomo no centro. Outro plano que fornece 3 átomos adicionais à célula unitária está situado entre os
planos do topo e da base. Os átomos neste plano intermediário têm como átomos vizinhos mais
próximos em ambos os 2 planos adjacentes. A equivalência de 6 átomos está contida em cada célula
unitária; 1/6 de cada um dos 12 átomos dos cantos das faces do topo e da base, 1/2 de cada um dos
2 átomos da face central, e todos os 3 átomos do plano intermediário interior. Se a e c
representarem, respectivamente, as dimensões curta e longa da célula unitária da Figura 11 a, a
razão c/a deveria ser 1,633; entretanto, para alguns metais HC, esta razão se desvia do valor ideal.
(a) (b)
Figura 11 - Para a estrutura cristalina hexagonal compacta, (a) uma célula unitária de esfera reduzida (a e c representam
os comprimentos das arestas curta e longa, respectivamente, e (b) um agregado de átomos.
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Um número específico de pontos de rede define cada célula unitária. Considerando que cada
ponto de rede é compartilhado por mais de uma célula.
Ex: no sistema cúbico, cada canto do cubo é compartilhado por mais sete células.
O número de átomos por célula é o produto do número de átomos por ponto de rede pelo
número de pontos de rede.
Na maioria dos materiais o número de átomos por célula unitária é igual ao número de
pontos de rede. A Figura 12, mostra esquematicamente número de átomos por célula em um
modelo de esferas rígidas.
Exemplo:
Determine o número de pontos de rede no sistema cristalino cúbico
Solução:
No sistema cúbico simples:
Pontos de rede / célula unitária = (8 cantos) x (1/8) = 1
No sistema cúbico de corpo centrado:
Pontos de rede/ célula unitária = (8 cantos) x (1/8) + (1 centro) (1) = 2
No sistema cúbico de face centrada:
Pontos de rede/célula unitária = (8 cantos) x (1/8) + (6 faces) (1/2) = 4
Figura 12 – desenho esquemático do número de átomos por célula no modelo de esferas rígidas.
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Os valores de parâmetro de rede e do raio atômico são diferentes em cada caso. Em outras
palavras, o raio atômico depende não somente do elemento e substância, mas também da sua
estrutura cristalina. Para um mesmo elemento químico, quanto maior for o seu número de vizinhos
mais próximos, maior será seu raio atômico, devido às forças de repulsão entre os seus elétrons.
Exemplo: Determine entre o raio atômico e os parâmetros de rede no sistema cristalino cúbico.
O número de átomos que tocam um átomo particular ou número de n vizinhos mais próximos. O
número de coordenação é um indicativo da eficiência do empacotamento dos átomos num
determinado sistema. A Figura 13 mostra um esquema representativo do número de coordenação
nas células unitárias cúbicas de face centrada e cúbica simples.
Figura 13 – Esquema representativo do número de coordenação das células (a) CS e (b) CCC
Exemplo:
No sistema cúbico simples = 6
No sistema cúbico de corpo centrado = 8
No sistema cúbico de face centrado = 12
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Exemplo:
Calcule o fator de empacotamento atômico para a célula cúbica de face centrada.
Solução:
CFC = (4 pontos de rede/célula) x (1 átomo por ponto de rede)
Volume átomo = 4πr3/3
Volume da célula unitária = a03
FEA= (4 átomos/cel)(4/3 πr3)
a03
Para CFC,
3.10 Densidade
Tabela 3 – Resumo de informações relevantes das principais células unitárias mais comuns para metais
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Figura 14 - Coordenadas de pontos selecionados na célula unitária cúbica, Os números se referem as distancias da origem
em termos do número de parâmetros de rede
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Uma direção cristalográfica é definida como sendo uma linha entre dois pontos, ou um vetor. As
seguintes etapas devem ser seguidas para se determinar os índices de Miller referentes à uma
direção cristalográfica:
1. Determine as coordenadas de 2 pontos que caem nesta direção.
2. Subtrair o ponto de “origem” do ponto “final”
3. Reduzir aos menores inteiros
4. Representar os números entre colchetes e sem vírgulas.
Importância: metais deformam em direções nas quais os átomos estão em contato mais intimo.
Ex: FEAferro(CCC) é maior na direção diagonal do cubo do que na direção da aresta da célula.
Exemplo:
Direção A:
1) dois pontos são 1,0,0 e 0,0,0
2) 1,0,0 – 0,0,0 = 1,0,0
4) [1 0 0]
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Direção B:
1) dois pontos são 1,1,1 e 0,0,0
2) 1,1,1 – 0,0,0 = 1,1,1
4) [1 1 1]
Direção C:
1) dois pontos são 0,0,1 e ½,1,0
2) 0,0,1 – ½ ,1,0 = – ½,-1,1
3) 2 x (– ½,-1,0) = -1,-2,0
4)
Aspectos importantes
Exemplo:
Direções equivalentes
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Exemplo: Todas as diagonais do cubo são estruturalmente idênticas, diferindo apenas a sua
orientação no espaço.
Importância: Metais deformam ao longo dos planos onde os átomos estão mais fortemente
empacotados.
As seguintes etapas devem ser seguidas para determinar os índices de Miller para os planos
cristalográficos.
Procedimento:
1 – Identificar os pontos nos quais o plano intercepta os eixos x, y, z. Se o plano passa pela origem, o
sistema de coordenadas deve ser mudado.
2 – Tome o recíproco destes pontos 1/x, 1/y, 1/z.
3 – Eliminar frações, mas não reduzir a menores inteiros.
4 – Represente o resultado entre parênteses e sem vírgulas.
Exemplo:
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Plano A
1- x = 1, y = 1, z =1
2- 1/x = 1, 1/y = 1, 1/z = 1
4- (111)
Plano B
1- x = 1, y = 2, z =
2- 1/x = 1, 1/y = ½, 1/z =0
3- limpar frações
1/x = 2, 1/y = 1, 1/z = 0
4– (2 1 0)
Plano C
1– Mover a origem, porque o plano passa em 0,0,0. Mover um parâmetro de rede na direção y.
2- 1/x = 0 , 1/y = -1 , 1/z = 0
4-
Aspectos importantes:
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Densidade linear: A fração do comprimento da linha, numa determinada direção que passa pelo
centro dos átomos.
Densidade planar: Fração da área total do plano que é ocupada por átomos.
Exemplo:
Calcular a densidade planar e a fração de empacotamento planar para planos(010) e (020)
em um cristal cúbico simples, com parâmetro de rede 0,334 nm.
Figura 19 - densidade planar dos planos (010) e (020) na célula CS não são idênticas
Plano (010) – Átomos estão centrados em cada canto da face do cubo, com ¼ de cada átomo
pertencente a face da célula unitária.
Densidade Planar (010) = átomos por face / área da face = 1/(0,334)2 = 8,96 at/nm2
Fator de empacotamento Planar = área átomo por face / área da faca = (1 at)(πr2) / a02 = πr2 / (2r)2 =
0,79
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Propriedades podem variar com a direção por causa das diferentes no arranjo atômico do cristal.
Material Anisotrópico: material que exibe diferentes valores de uma propriedade em diferentes
direções cristalográficas.
Ex: Alumínio: E<111> = 75,9 GPa e E<100> = 63,4 GPa
Material Isotrópico: material que possui valores idênticos de uma propriedade em todas as direções
cristalográficas.
Pequenos vazios entre átomos da estrutura cristalina nos quais outros átomos podem ocupar.
Aos átomos intersticiais, cujo raio é ligeiramente maior do que o raio do sítio intersticial,
conseguem entrar no sítio empurrando os átomos vizinhos. Os átomos cujos raios são menores do
que o raio do espaço intersticial. Não é permitido a este átomo ocupar o espaço.
Se o átomo intersticial se torna muito grande, ele prefere ocupar os espaços que propiciam
um maior número de coordenação. Portanto, um átomo que possui uma razão de tamanhos com o
átomo da rede em torno de 0,225 e 0,414, ocupa o espaço tetraedral; se a razão for maior que a
0,414, ocupa o espaço octaedral. Quando os átomos possuem o mesmo tamanho, como é o caso dos
metais puros, a razão de raios é igual a um e o número de coordenação é 12, que é o caso de metais
com estruturas CFC e HCP.
Tabela 5 - Número de coordenação e razão de raios.
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5.1 Vacâncias
São causadas pela ausência de um átomo na posição normal da rede, ou seja, são sítios atômicos
vagos na estrutura cristalina, também conhecido como vazios ou lacunas.
Trata-se de um átomo extra que é inserido na rede, nas posições que normalmente não são
ocupadas, são átomos extras ocupando posições entre os sítios atômicos, ou seja, ocupando
posições intersticiais.
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A presença de átomos extra causa distorção na rede cristalina, como mostrado pelas linhas
vermelhas na Figura 23.
Ex: Carbono é adicionado ao ferro parar produzir o aço, o carbono ocupa posições
intersticiais na rede cristalina do ferro.
Ocorre quando átomos que ocupam uma posição normal na rede são substituídos por outros
átomos de elementos diferentes.
Quando o raio atômico do átomo adicionado na rede é menor do que os átomos da rede, a
região próxima ao átomo substitucional fica sujeita a tensões de tração. Quando o raio atômico do
átomo adicionado na rede for maior a região fica sujeita a tensões de compreensão.
Essas tensões geradas na rede cristalina causam aumento na resistência mecânica dos
materiais.
Esses átomos podem ser introduzidos como impureza ou como elementos de liga.
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Conceito: equivalente a uma mistura líquida de água + álcool. A completa solubilidade do álcool em
água resulta da mistura molecular completa.
Uma fase cristalina homogênea que contém dois ou mais componentes químicos. São
possíveis soluções sólidas tanto substitucionais como intersticiais.
Para a solubilidade parcial apenas uma ou mais de uma das regras de Hume-Rothery são
violadas.
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Uma solução sólida onde átomos de soluto relativamente pequenos ocupam posições
intersticiais entre os átomos de solvente ou átomos hospedeiros.
Quando os tamanhos dos átomos são muito diferentes, torna-se energeticamente mais
estável para o átomo menor ocupar os espaços intersticiais.
Ex: Carbono em Ferro-α para produzir o aço. São adicionado menos de 1% de carbono
Os princípios da formação de soluções sólidas são aplicados tanto para sistemas elementares
quanto para compostos.
Ex: solução sólida de NiO em MgO (ocorre a substituição do Mg+2 pelo Ni+2)
Ex: solução sólida de Al2O3 em MgO (2 íons Al+3 substituem e íons Mg+2 com formação de uma
vacância para cada 2 substituições de Al+3), conforme observado na Figura 27.
A maior valência do Al+3 aumenta a carga explosiva do composto, criando uma situação
altamente instável. De acordo com a regra adicional, 2 íons Al+3 ocupam três sítios do Mg+2, levando a
uma vacância de Mg+2.
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Definição: Defeito em uma dimensão ao redor do qual alguns átomos encontram-se desalinhados;
translação incompleta de uma das partes da rede em relação às outras.
É necessário definir o termo vetor de Burgers, que é um vetor que representa a magnitude e
a direção da distorção de um retículo associada a uma discordância.
Um defeito cristalino linear associado com a distorção do retículo cristalino que é produzida
na vizinhança da extremidade de um semiplano adicional de átomos no interior de um cristal. O
vetor de Burgers é perpendicular à linha de discordância.
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Figura 30 – a)b) vetor de Burgers c)As posições atômicas em torno da discordância em cunha; o plano extra de átomos é
mostrado em perspectiva.
Um defeito cristalino linear associado com a distorção do retículo criada quando planos
normalmente paralelos são unidos entre si para formar uma rampa helicoidal. O vetor de Burgers é
paralelo à linha de discordância.
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Um cristal perfeito é cortado e as duas metades são afastadas em uma direção como
mostrado na Figura 31.
Se continuar a rotação em volta da discordância, uma espiral é desenhada. A linha em volta da qual é
formada a espiral é a linha de discordância.
Figura 32 – a) O cristal perfeito, b) e c) O cristal é cortado e cisalhado na distancia de um espaço atômico. A linha ao
longo de onde ocorre o cisalhamento é chamada de discordância. O vetor de Burgers é requerido para completar a volta
em torno da discordância.
Discordâncias mistas
Uma discordância que possui componentes tanto em cunha como hélice. O vetor de Burgers
permanece o mesmo para as porções de discordância mista
Figura 33 – Discordância mista. A discordância em hélice na face do cristal muda gradualmente para uma discordância
em cunha no lado do cristal.
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Figura 34 – a) Quando uma tensão de cisalhamento é aplicada a discordância, (b) Os átomos escorregam, causando a
movimentação de um vetor de Burgers na direção de escorregamento, c) o movimento continuado cria um degrau e o
cristal é deformado.
b= vetor de Burgers
c e d = constantes do material
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Portanto, a direção de escorregamento deve conter a menor distância repetitiva ou maior densidade
linear = direções compactas em metais.
Portanto o escorregamento ocorre mais facilmente entre os planos com maior espaçamento d.
Tipicamente os planos compactos.
3 – Por causa da força e direcionalidade das ligações covalentes, as discordâncias não movem
facilmente no silício e em polímeros.
Os materiais sofrem fratura frágil antes das forças alcançarem valores suficientes para o
escorregamento.
1 – Explica porque a resistência dos metais é menor do que a prevista para a ligação metálica.
Se o escorregamento ocorre, apenas uma pequena fração de ligações metálicas na interface é
quebrada e a força necessária para deformar o metal é pequena.
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São as fronteiras que separam regiões de mesma estrutura cristalina, mas de diferentes
orientações dentro dos materiais.
Superfície: representa a dimensão exterior do material onde a rede cristalina termina abruptamente.
As ligações são interrompidas.
Contornos de grãos: superfície que separa os grãos individuais. Podem conter regiões sujeitas a
esforços de compreensão ou tração variando com as distâncias entre átomos que não possuem
espaçamentos de equilíbrio. A Figura 36 mostra esquematicamente a região de contorno de grão.
Figura 36 - Os átomos perto do contorno de três grãos não possuem espaçamento de equilíbrio ou arranjo.
Os átomos estão ligados com menor regularidade ao longo do contorno (ângulos de ligação
são maiores) e consequentemente existe uma energia interfacial ou energia de contorno de grão. A
magnitude desta energia é função do grau de desorientação, sendo maior para o contorno de alto
ângulo.
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Os contornos de grão são mais reativos do que os grãos propriamente ditos, por causa da
energia envolvida no contorno, esta energia é devido ao desarranjo atômico. Por este mesmo
motivo, impurezas são segregadas no contorno.
A energia interfacial total é menor em materiais com grãos maiores, porque o total de
contornos é menor.
Equação de Hall-Petch
O tamanho de grãos em metais pode ser controlado por solidificação, tratamentos térmicos
ou formação de ligas. Em cerâmicos, alternando parâmetros de sinterização e tamanho de partículas
no pó.
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Figura 37 – Fotomicrografia obtida por microscopia ótica mostrando os contornos de grãos (linhas escuras) em palácio
policristalino.
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Maclas: Um plano que separa duas regiões cristalinas que são, estruturalmente, imagens espelhadas
uma da outra, como apresentado na Figura 38. Ocorrem durante a deformação ou tratamento
térmico de certos metais. Também aumentam a resistência mecânica do material. Os movimentos
das maclas causam deformação nos metais.
Figura 38 - a) aplicação de tensão em um cristal perfeito, b) pode causar o escorregamento dos átomos, provocando o
aparecimento de uma macia. O cristal é deformado como resultado da formação da macla.
Mecanismos de reforço
Endurecimento por deformação a frio, encruamento.
Reforço por solução sólida
Reforço pelo controle de tamanho de grão
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Componente: são metais puros e/ou compostos que compõem uma liga. Exemplo: latão
cobre-zinco os componentes são Cu e Zn soluto e solvente.
Sistema: 1 – pode-se referir a um corpo específico de material (panela de fundição com aço
fundido)
2 – está relacionado à série de possíveis ligas que consistem nos mesmos
componentes. Por exemplo: sistema Fe-C.
Solução sólida: pelo menos dois tipos diferentes de átomos, os átomos de soluto ocupam
posições substitutivas ou intersticiais no reticulo cristalino do solvente, e a estrutura
cristalina do solvente é mantida.
Limite de solubilidade: Quantidade máxima de átomos de soluto que se pode dissolver a
uma determinada temperatura no solvente para formar uma solução sólida. A adição de
soluto em excesso pode formar outra solução sólida ou outro composto que possui
composição diferente.
Exemplo: H2O + açúcar “saturada”
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Uma vez que apenas dois componentes estão envolvidos, a soma das concentrações de
qualquer composição será igual a 100%.
O limite de solubilidade a uma dada temperatura é a composição que corresponde a intersecção
da dada temperatura com a curva do limite de solubilidade.
Fases: porção homogênea de um sistema que possui características físicas e químicas
uniformes. Todo material puro é considerado uma fase da mesma forma são todas as
soluções.
Se mais de uma fase estiver presente em um sistema, cada fase terá suas propriedades
individuais, existirá uma fronteira separando-as através da qual há uma mudança descontínua e
abrupta nas características.
Sistema homogêneo: sistema que possui apenas uma fase
Sistema heterogêneo: Sistema que possui mais de uma fase. Chamado também como
mistura.
Geralmente as fases podem interagir de tal maneira que a combinação das propriedades do
sistema multifásico é diferente de qualquer uma das fases individuais e mais atrativas.
Microestrutura: em ligas metálicas é caracterizada pelo número de fases presentes, pelas
proporções e pela maneira que estão distribuídas e arranjadas. Depende de variáveis tais
como elementos de ligas presentes, suas composições e tratamento térmico.
Equilíbrio de fases: é refletido pela constância no que se refere as características da fase de
um sistema em relação ao tempo.
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6.3.1 Nomenclatura
Sistemas isomorfos: completa solubilidade dos átomos tanto no estado líquido quanto no
estado sólido
Soluções sólidas em ligas metálicas são designadas por letras gregas minúsculas.
A linha que delimita as fases L e L+α é chamada de curva liquidus. Acima da qual só existe
liquidos.
A linha que delimita as fases L+α e α é chamada de curva solidus. Abaixo da qual só existe
sólido.
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Estão disponíveis três tipos de informação: fases presentes, composição dessas fases, fração de
fases.
Fases presentes: Localiza-se o ponto temperatura-composição no diagrama de fases e
observa-se quais fases o campo de fases correspondente está identificada.
Determinação da composição de fases: localiza-se o ponto temperatura-composição. Para
regiões monofásicas a composição desta fase é simplesmente a composição global da liga.
Para regiões bifásicas, imagina-se diversas linhas horizontais, uma a cada temperatura
diferente, conhecidas como linhas de amarração. Essas linhas se estendem através da região
bifásica e terminam nas curvas de fronteira de fase. Para calcular as concentrações das duas
fases é usado o procedimento:
1. Constrói-se uma linha de amarração através da região bifásica à temperatura
determinada.
2. Anotam-se as intersecções da linha de amarração com as fronteiras entre as fases
em ambos os lados.
3. Traçam-se linhas perpendiculares à linha de amarração a partir dessas intersecções
até o eixo horizontal das composições, onde a composição de cada fase pode ser
lida.
CL: composição da fase líquida (Linha liquidus)
CS: composição da fase sólida (Linha solidus)
Determinação das quantidades das fases: para regiões monofásicas a fração da fase é 1,0 ou
100%. Para regiões bifásicas, a linha de amarração deve ser usado em conjunto com a regra
da alavanca.
1. Constrói-se a linha de amarração
2. A composição global da liga é localizada sobre a linha de amarração
3. A fração da fase é calculada tomando-se o comprimento da linha de amarração
desde CG (composição global) até a fronteira entre fases com a outra fase e então
dividindo-se esse valor pelo comprimento total da linha de amarração.
4. A fração da outra fase é determinada de maneira semelhante.
5. Se for desejada porcentagem multiplica-se a fração encontrada por 100.
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Ponto Invariante é o encontro das curvas liquidus com a isoterma é designado pela composição
CE (composição eutética), TE (temperatura eutética). Envolvem três fases diferentes. Ligas com
composição CE ao passar por TE sofre reação eutética (eutético significa facilmente fundido).
Reação eutética: uma fase líquida se transforma em duas fases sólidas
Reação eutetóide: uma fase sólida se transforma em outros dois sólidos
Reação peritética: uma fase sólida se transforma em uma fase liquida e em outra fase sólida
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7 MATERIAIS METÁLICOS
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As ligas polifásicas, são ligas que contém fases adicionais porque o limite de solubilidade foi
ultrapassado.
A adição de elementos de liga melhoram as propriedades mecânicas dos metais, tais como
resistência mecânica e dureza, quando comparado ao metal puro. Esta influencia nas propriedades é
causada visto que a presença dos átomos de soluto causam distorções localizadas na rede cristalina,
o que dificulta o caminho das discordâncias, consequentemente dificultando a deformação plástica
dos materiais metálicos.
Os átomos de soluto diminuem a condutividade elétrica e térmica. Os elétrons sofrem mais
desvios com a consequente redução do caminho livre médio.
Esses efeitos estão ilustrados esquematicamente na Figura 43.
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Orientação dos grãos em uma direção preferencial pode aumentar o desempenho dos
componentes.
Exemplo:
- Fe na direção [100] exibe maior permeabilidade magnética
- Chapa com grãos alinhados aumentam o desempenho de transformador
A maioria dos metais é processada inicialmente por fundição. Para a formação de ligas, a
adição de soluto é feita no metal fundido, pois no metal fundido a dissolução é facilitada e se torna
uniformemente distribuído. Após a mistura dos elementos o processo prossegue com a solidificação,
onde a liga fundida é vazada no interior de um molde onde se solidificará em um produto final ou um
lingote que será posteriormente conformado na forma final. (barra, arame, tubo, chapa, etc.)
Porém há alguns anos, a tecnologia de metalurgia do pó vem se desenvolvendo e crescendo
no mercado. Nesta técnica, o metal em pó é misturado aos elementos de liga, também em pó, e esta
massa metálica é conformada no formato da peça final. As propriedades mecânicas dos metais
produzidos por esta técnica são alcançadas após o processo de sinterização, que se trata de um
processo em altas temperaturas para junção das finas partículas metálicas.
Os metais produzidos por métodos convencionais de fundição, passam por processos de
conformação mecânica, que podem ser divididos em trabalho mecânico primário e trabalho
mecânico secundário.
Operações de conformação são aquelas em que as formas da peça metálica são mudadas por
deformação plástica. A deformação é induzida por uma força ou tensão externa. O tamanho da força
aplicada deve ser superior a resistência ao escoamento do material
No trabalho mecânico primário, grandes deformações são necessárias, consequentemente o
processamento é feito em altas temperaturas, onde o material é tipicamente mais macio e dúctil. Em
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altas temperaturas é necessário menos energia para a deformação e há menos chances de fratura
durante o processo.
Trabalho mecânico quente: temperatura acima da temperatura de recristalização. No
trabalho a quente, a deformação pode ser repetida sucessivamente. O material sofre oxidação da
superfície que resulta em perda de material e acabamento superficial final inferior.
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7.4 Microestrutura
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As propriedades dos materiais se originam de sua estrutura interna, ligações químicas, átomos,
arranjos cristalinos e microestrutura. O processamento pode provocar mudanças nas propriedades,
por exemplo, o forjamento e os tratamentos térmicos.
O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre sua resposta ou deformação
para uma carga ou força aplicada.
Fatores a serem considerados são a natureza da carga aplicada (tração, compressão ou
cisalhamento), duração da tensão aplicada, magnitude (constante, intermitente, cíclico) e
temperatura.
tensão de engenharia
deformação de engenharia
Lei de Hooke
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8 Materiais Cerâmicos
Os cerâmicos são compostos entre os elementos metálicos e não metálicos: eles são
frequentemente óxidos, nitretos e carbetos. A grande variedade de materiais que se enquadra nesta
classificação inclui cerâmicos que são compostos por minerais argilosos, cimento e vidro. Estes
materiais são tipicamente isolantes à passagem de eletricidade e calor, e são mais resistentes a altas
temperaturas e ambientes abrasivos do que os metais e polímeros. Com relação ao comportamento
mecânico, os materiais cerâmicos são duros, porém muito quebradiços.
Exemplo: Al2O3
Alumínio – metálico
Oxigênio – não metálico
O termo cerâmica vem da palavra grega Keramikos, que significa “matéria-prima queimada”,
indicando que as propriedades desejáveis desses materiais são normalmente atingidas por meio de
um processo de tratamento térmico de alta temperatura, chamado de sinterização.
Até aproximadamente os últimos cinqüenta anos, os materiais mais importantes que se
enquadram nessa categoria eram conhecidos por “cerâmicas tradicionais” e eram aquelas pelas
quais a matéria-prima primária é a argila: os produtos considerados cerâmicas tradicionais são a
louça, a porcelana, os tijolos, as telhas, os azulejos e, ainda, os vidros e as cerâmicas refratárias
(resistentes à alta temperatura ).
Recentemente houve um progresso muito grande em relação à compreensão da natureza
desses materiais e dos fenômenos que ocorrem neles e que são responsáveis pelas suas
propriedades únicas. Conseqüentemente, uma nova geração desses materiais foi desenvolvida, e o
termo “cerâmica” tomou um significado muito mais amplo. Em um determinado nível ou outro,
esses novos materiais possuem um efeito consideravelmente dramático sobre nossas vidas; as
indústrias de componentes eletrônicos, de computadores, de comunicação, a indústria aeroespacial
e uma gama de outras indústrias dependem desses materiais.
Formados por ligações químicas iônicas/covalentes – usualmente são materiais de alta
dureza, frágeis, possuem alto ponto de fusão, baixa condutividade elétrica e térmica, boa
estabilidade química e térmica e alta resistência a compressão.
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Possuem uma larga faixa de propriedades mecânicas e físicas; possuem aplicações que
variam de cerâmica artística, tijolos, azulejos, louça de cozinha, refratários, cerâmicas magnéticas,
componentes eletrônicos, fibras, abrasivos, proteção térmica, biocerâmicas, etc.
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-
Figura 49 - Configurações de coordenação anion - cátion estáveis e instáveis. No centro se encontram os cátions.
O número de coordenação (isto é, o número de ânions vizinhos mais próximos para o cátion)
esta relacionado com a razão entre o raio do cátion e o raio do ânion. Para um número de
coordenação específico, existe uma razão rc/ra crítica ou mínima para o qual esse contato cátion-
anion é estabelecido.
Talvez a estrutura cristalina mais comum seja aquela do tipo cloreto de sódio (NaCl), ou sal
gema. O número de coordenação tanto para os cátions como para os ânions é de 6.
Uma célula unitária para essa estrutura cristalina é gerada a partir de uma configuração dos
ânions do tipo CFC, com um cátion situado no centro do cubo e outro localizado no centro de cada
uma das 12 arestas do cubo. Dessa forma, a estrutura cristalina do sal-gema pode ser considerada
como sendo composta por duas redes cristalinas CFC que se interpenetram, uma composta de
cátions, a outra composta por ânions. Alguns dos materiais cerâmicos mais comuns que se formam
segundo essa estrutura cristalina são NaCl, MgO, MnS, LiF e FeO.
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Se as cargas dos cátions e ânions não forem iguais, pode existir um composto com a fórmula
química AmXp onde m e/ou p ≠ 1. Um exemplo seria o composto AX2 para o qual uma estrutura típica
é encontrada para a fluorita (CaF2). O número de coordenação é 8 e os íons cálcio estão posicionados
nos centros do cubo, com os íons flúor localizados no vértices. A fórmula química mostra que para
um determinado número de íons flúor existe apenas metade de íons Ca+2 e, portanto a estrutura
cristalina seria semelhante aquela representada pelo CsCI, exceto pelo fato de que apenas metade
das posições centrais do cubo estariam ocupadas por íons Ca+2. Uma célula unitária consiste em oito
cubos.
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Também é possível que os compostos cerâmicos possuem mais do que um tipo de cátion; no
caso de dois tipos de cátions(representados por A e B). O titanato de bário(BaTiO3), que possui
cátions de Ba+2 e Ti+4, se enquadra nessa classificação. Esse material possui a estrutura cristalina da
perovskita. As temperaturas acima de 120°C, a estrutura cristalina é cúbica. Os íons Ba+2 estão
localizados em todos os oito vértices do cubo, enquanto um único íon Ti encontra-se posicionado no
centro do cubo, com os íons O-2 localizados no centro de cada uma das seis faces
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A resistência teórica pode ser definida como tensão necessária para romper as ligações
atômicas e gerar duas novas superfícies e pode ser descrita pela equação:
Onde,
E= módulo elástico
γ = energia de fratura superficial
a0 = espaçamento atômico
A tensão teórica para materiais cerâmicos ocupa valores de 1/10 a 1/15 do módulo elástico.
A tabela abaixo apresenta valores comparativos de resistência teórica de Al2O3 e SiC. Os valores
foram obtidos com tensões típicas relatadas em corpos cerâmicos fabricados por diferentes
processos. As resistências a fratura em corpos cerâmicos fabricados por diferentes processos. As
resistências a fratura encontradas na pratica para Al2O3 e SiC policristalinos apresentam valores de
apenas 1/100 da resistência teórica, como mostrado na Tabela 6.
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9 Materiais Poliméricos
A palavra polímeros origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição). Assim,
um polímero é uma macromolécula composta por muitas unidades de repetição denominadas
meros, ligados por ligação covalente. A matéria-prima para a produção de um polímero é o
monômero, isto é, uma molécula com uma (mono) unidade de repetição.
Assim, polímero é em geral um material orgânico de alta massa molecular (acima de 10.000
podendo chegar até a 10.000.000), cuja estrutura consiste na repetição de pequenas unidades
(meros). Macromolécula formada pela união de moléculas simples, ligadas por ligações covalentes.
Deste modo, pode-se definir mero como a unidade de repetição da cadeia polimérica, e
monômero como uma molécula simples que dá origem ao polímero, que deve ter funcionalidade de
no mínimo 2, ou seja, no mínimo bifuncional.
Como já comentado, dentro de cada molécula os átomos estão ligados por ligações
covalentes; essas moléculas são cadeias longas e flexíveis, cujo esqueleto principal consiste em uma
serie de átomos de carbono, como esquematicamente apresentado na Figura 56.
Podem ocorrer ligações laterais com átomos ou radicais. As longas cadeias são construídas
por meros que são as unidades estruturais que se repetem sucessivamente ao longo da cadeia.
Um único mero é chamado de monômero. Lembrando, mero é uma unidade de repetição e o
monômero é uma molécula formada por uma única unidade de repetição.
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Polímeros termorrígidos: também chamados de termofixos, são polímeros que com o aquecimento
amolece uma vez, sofre o processo de cura, que é uma transformação química irreversível, tornando-
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se rígido. Posteriores aquecimentos não alteram mais seu estado físico. Após a cura, ele é infusível e
insolúvel.
Ex.
O termo cura é usado para designar a mudança das propriedades físicas de uma resina por
reação química, pela ação de um catalisador e/ou calor e uma agente de cura. A cura gera a
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formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas, formando uma rede tridimensional.
Antes da cura, o termorrígido é um polímero líquido ou em pó.
Elastômeros: polímero que à temperatura ambiente pode ser deformado repetidamente a pelo
menos duas vezes o seu comprimento original. Retirado o esforço, deve voltar rapidamente ao
tamanho original. O termo borracha, muitas vezes é utilizado para nomear os elastômeros. As
propriedades mecânicas de um elastômero são adquiridas após o processo de vulcanização.
Ex.
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Polímeros lineares: aqueles em que os meros estão unidos ponta-a-ponta em cadeias únicas. São
flexíveis, podendo existir grande quantidade de ligações de Van der Waals entre as cadeias.
Ramificado: possuem cadeias laterais que estão ligadas à cadeia principal por ligações covalentes.
As ramificações são formadas por reações durante a síntese. Reduz a compactação das
cadeias, o que diminui a densidade de polímero.
Polímeros com ligações cruzadas: as cadeias lineares adjacentes estão unidas umas as outras em
varias posições por ligações covalentes. A formação das ligações cruzadas é atingida por uma reação
química irreversível em alta temperatura (cura) através de átomos de aditivos ligados
covalentemente a cadeia. No caso das borrachas esse processo é chamado de vulcanização.
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Estereoisomerismo – quando os átomos estão ligados na mesma ordem (cabeça-cauda) mas com
diferente arranjo espacial, taticidade.
Taticidade é a regularidade espacial com que grupos lateriais são alocados na cadeia
polimérica. Podem ser divididos em isotático, sindiotático e atático, a Figura 59 apresenta
esquematicamente as classes.
Isotático: neste caso, todos os grupos laterais são dispostos de um mesmo lado do plano
definido pelos átomos da cadeia principal.
Sindiotático: os grupos laterais são dispostos de maneira alternada, ora para cima ora para
baixo, com relação ao plano da cadeia principal.
Atático: não há regularidade na disposição dos grupos laterais.
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9.4 Copolímero
Polímero onde a cadeia principal é composta por duas ou mais unidades de meros diferentes.
Podem estar dispostos de maneira aleatória, alternada, em bloco ou por enxerto, conforme
mostrado na Figura 60.
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9.5 Cristalinidade
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