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Introdução à Tecnologia dos Materiais

APRESENTAÇÃO

A Tecnologia dos Materiais envolve duas grandes áreas do conhecimento humano: a Ciência
dos Materiais e a Engenharia dos Materiais. Estas áreas abrangem tanto os conhecimentos das
ciências básicas, necessários para a classificação e o entendimento das diversas características
dos materiais, quanto das ciências aplicadas, necessários para sua adequada utilização e
transformação em produtos aplicados ao dia a dia da população humana. Desta forma a
Tecnologia dos Materiais passa pela pesquisa elementar de novos materiais até a definição de
processos produtivos que irão garantir suas propriedades finais como um produto viável.

Nesta Unidade de Aprendizado você vai estudar os diversos grupos em que se dividem os
materiais, suas aplicações , algumas propriedades e a importância da seleção de materiais para
diversas aplicações.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Citar um material de cada grupo, relacionar as características essenciais de cada grupo de


materiais e citar aplicações dos diferentes tipos de materiais.
• Identificar os grupos de materiais e suas classificações.
• Reconhecer a aplicação dos diferentes grupos de materiais.

DESAFIO

A Ciência e Engenharia dos Materiais frequentemente é associada a atividades de pesquisa


básica e aplicada utilizando equipamentos e técnicas complexas, representando o estado da arte
de suas diversas áreas. Entretanto, muitos materiais são desenvolvidos a partir da observação de
elementos e materiais de ocorrência natural. Estas duas situações, alta complexidade e
ocorrência natural, muitas vezes nos surpreendem como usuários de produtos "simples" em
nosso dia a dia.
O desafio desta unidade consiste em realizar uma pesquisa para identificar produtos utilizados
em nosso dia a dia que foram idealizados a partir da observação de eventos ou produtos naturais
e outros que passaram por etapas complexas de desenvolvimento ou que foram utilizados em
produtos sofisticados.

Esta pesquisa deverá ser apresentada na forma de um relatório (5 a 7 parágrafos) contendo uma
introdução geral sobre o assunto, desenvolvimento (comentários sobre a forma como o
desenvolvimento do produtos foi realizado) e breve conclusão.

Como sugestão para iniciar a pesquisa, procure a origem do velcro e produtos que foram
desenvolvidos pela NASA.

INFOGRÁFICO

A Tecnologia dos Materiais não é uma disciplina isolada em um curso de Engenharia. Ela tem
origem na combinação da Ciência dos Materiais com a Engenharia dos Materiais. É uma área
multidisciplinar por excelência, uma vez que envolve as ciências básicas e aplicadas.

CONTEÚDO DO LIVRO
Para compreender os conceitos iniciais da Tecnologia dos Materiais, conhecer os tipos de
materiais, suas estruturas espaciais e as noções sobre o processo de seleção de materiais para
novos produtos, realize a leitura do capítulo "Introdução à Tecnologia dos Materiais", da obra
Tecnologia dos Materiais, que servirá de base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.

Boa leitura!
TECNOLOGIA
DOS
MATERIAIS

Rubens Ghelen
Introdução à tecnologia
dos materiais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Citar um material de cada grupo, relacionar algumas aplicações dos


diferentes tipos de materiais e relacionar as características essenciais
de cada grupo de materiais.
„„ Avaliar o quanto sabe e o quanto não sabe sobre materiais.
„„ Estabelecer a importância da Engenharia e da Ciência dos Materiais
na seleção de materiais para várias aplicações.

Introdução
A Tecnologia dos Materiais envolve duas grandes áreas do conhecimento
humano: a Ciência dos Materiais e a Engenharia dos Materiais. Essas áreas
abrangem tanto os conhecimentos das ciências básicas, necessários
para a classificação e o entendimento das diversas características dos
materiais, quanto conhecimentos das ciências aplicadas, necessários para
sua adequada utilização e transformação em produtos aplicados ao dia
a dia da população humana. Dessa forma, a Tecnologia dos Materiais
passa pela pesquisa elementar de novos materiais até a definição de
processos produtivos que irão garantir suas propriedades finais como
um produto viável.
Neste capítulo, você vai estudar os diversos grupos em que se dividem
os materiais, suas aplicações, algumas propriedades e a importância da
seleção de materiais para diversas aplicações.
2 Introdução à tecnologia dos materiais

Tipos de materiais
Para a correta prática da Engenharia, é necessária a aplicação de conhecimen-
tos de diversas áreas. A grande área da Tecnologia dos Materiais fornece os
materiais de transformação, bem como seus processos produtivos. A correta
definição de ambos passa pelo conhecimento das características e das pro-
priedades dos diversos materiais à disposição do Engenheiro.
Apesar da descoberta e da criação de novos materiais de forma frequente, os
materiais à disposição dos Engenheiros dividem-se em cinco grandes grupos,
sendo três deles em função de suas características intrínsecas e dois por suas
características de processamento: metais, polímeros, cerâmica, compósitos e
semicondutores, respectivamente (SMITH; HASHEMI, 2012).

Figura 1. Painéis solares com materiais semicondutores.


Fonte: Geocities (2017?).

Metais ou materiais metálicos


O metal é um elemento inorgânico com características bem definidas. Já o
material metálico pode apresentar elementos não metálicos em sua composi-
ção. É o caso de uma liga metálica, por exemplo. Os metais têm em comum
propriedades como condutividade elétrica e térmica, ductilidade e resistência
mecânica considerável (SMITH; HASHEMI, 2012).
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Costumeiramente os materiais metálicos são divididos em ferrosos e não


ferrosos. A primeira divisão, como o nome indica, trata de materiais e ligas
que contêm ferro, como os aços e o ferro fundido, enquanto a segunda trata de
todas as demais combinações de materiais em que o ferro não está presente,
como o alumínio, o cobre e o estanho. Os materiais ferrosos têm este destaque
em função dos grandes volumes produzidos e de sua importância econômica
(SMITH; HASHEMI, 2012).
As aplicações dos metais são diversificadas e têm lugar na civilização
humana desde os seus primórdios. No mundo moderno, podemos encontrar
materiais metálicos desde nas estruturas de reforço da construção civil até
nas aplicações de alta tecnologia na área biomédica e aeroespacial.

Polímeros ou materiais poliméricos


Os polímeros são materiais orgânicos, ou seja, apresentam átomos de carbono
em proporção significativa em sua estrutura. Além da presença de carbono, um
material, para ser considerado polímero, deve apresentar sua estrutura básica
repetida “n” vezes (n > 100), como o polipropileno, que apresenta o “mero”
propileno (CH2CH3CH2), repetido “n” vezes: (CHCH3CH2)n. São naturalmente
isolantes térmicos e elétricos apresentando grande variação nas propriedades
mecânicas, físicas e químicas (SMITH; HASHEMI, 2012).
Os polímeros são classificados de acordo com seu comportamento térmico.
Polímeros termoplásticos são aqueles que podem ser conformados por fusão
e posteriormente solidificação na forma desejada via preenchimento de um
molde. Por serem termoplásticos, podem ser processados diversas vezes por
simples reaquecimento. Esses materiais são conhecidos como plásticos, e
podemos citar como exemplos: polietileno, nylon, poliacetal, PET, entre outros.
Já os polímeros termofixos não apresentam essa característica. Após exposição
ao calor, assumem forma definitiva, não sofrendo alterações que permitam
processamento por reaquecimento. Essa característica torna sua reciclagem um
problema, ao mesmo tempo em que aumenta sua durabilidade na aplicação.
São exemplo de polímeros termofixos as borrachas, como a borracha natural,
o neoprene e as resinas epóxi (SMITH; HASHEMI, 2012).
Os polímeros são materiais extremamente variados e versáteis, o que
permite que também participem de forma intensa da vida moderna. Porém,
ao contrário dos metais, sua utilização de forma significativa inicia no final
do século XIX. Podemos encontrar polímeros transparentes nos diversos
frascos e garrafas utilizados pela indústria de alimentos e de cosméticos, da
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mesma forma que utilizamos polímeros opacos, como as roupas de borracha


e outros acessórios utilizados para a prática de esportes.

Cerâmicas
As cerâmicas são materiais inorgânicos constituídos pela combinação de
diferentes átomos de metais com cinco principais átomos de não metais (C,
O, N, S, e P). Têm como características: altamente resistentes mecânica e
quimicamente em altas temperaturas, quebradiços, leves, altamente duros,
resistentes ao desgaste e ao atrito reduzido e isolantes térmicos e elétricos.
Ainda podem se apresentar em estruturas cristalinas (cerâmicas), amorfas
(vidros) ou de mistura das duas (SMITH; HASHEMI, 2012).
As cerâmicas de Engenharia apresentam grande evolução em termos de
propriedades devido ao grande número de pesquisas realizadas na área.
As cerâmicas tradicionais utilizadas na indústria e na construção civil são
misturas de óxidos de alumínio, magnésio e silício, além de diversos silicatos
como a argila. Já as cerâmicas de Engenharia envolvem compostos não óxidos,
como nitreto e carboneto, e são aplicadas em indústria aeroespacial, usinagem
de metais, siderurgia, entre outras, em função de suas propriedades térmicas
e sua dureza, por exemplo. Têm como principais restrições de uso seu alto
custo e sua baixa resistência à fratura (quebradiço) (SHACKELFORD, 2008).

Compósitos
Na Engenharia de Materiais, quando encontramos a palavra compósito, vem
à mente elementos complexos e sofisticados como fibra de carbono em ma-
triz epóxi, por exemplo. Entretanto, a definição de compósito, dois ou mais
materiais integrados formando um novo material, nos remete a composições
de amplo conhecimento e utilização desde os primórdios da humanidade. Por
exemplo, o concreto utilizado pelos romanos era uma mistura de cimento com
brita e argila, da mesma forma que o conhecido compósito plástico reforçado
com fibra de vidro.
Um compósito é uma combinação de dois elementos:

1. matriz, constituída de uma resina aglutinadora;


2. enchimento ou reforço, constituído de uma ampla variedade de substân-
cias para que as propriedades específicas do uso venham a ser atendidas.
Na grande maioria dos compósitos, não ocorre reação química entre a
matriz e o reforço/enchimento (SMITH; HASHEMI, 2012).
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Os compósitos de Engenharia, por seu alto custo, ainda são utilizados


em aplicações de alta responsabilidade e/ou complexidade com as indústrias
aeroespacial, automotiva de alto luxo e de esportes radicais. Encontramos
compósitos de Engenharia na fuselagem de aviões e carrocerias de automóveis,
em tacos de golfe de alto desempenho, etc. (SMITH; HASHEMI, 2012).
Seu alto custo e sua limitada resistência à fratura também são caracterís-
ticas limitantes.

Semicondutores
Os elementos chamados de semicondutores apresentam como característica
certa resistência à condução da corrente elétrica. Não são condutores como os
metais nem isolantes como os polímeros. Essa característica confere proprie-
dades importantes a esses materiais quando aplicados à indústria eletrônica.
A fabricação de microchips seria impossível sem a presença do semicondutor
elementar silício (Si).
Além do silício, são semicondutores elementares o germânio (Ge) e o
estanho (Sn). Podemos citar, ainda, compostos semicondutores como o arse-
nieto de gálio e o sulfeto de cádmio. Este último é aplicado na fabricação de
células solares de baixo custo. As cerâmicas de Engenharia apresentam grande
evolução em termos de propriedades devido ao grande número de pesquisas
realizadas na área (SHACKELFORD, 2008).

Todos os materiais descritos podem ser alterados de forma significativa por uma nova
linha de pesquisa e desenvolvimento chamada nanotecnologia.

Estrutura e propriedades
As principais propriedades dos materiais apresentados são o resultado de
estruturas espaciais que são estabelecidas em dimensões atômicas ou mi-
croscópicas, além, é claro, dos diversos tipos de ligações químicas que dão
origem a essas estruturas. As estruturas em nível atômico estabelecem o
tipo de organização em que os átomos se combinam para formar diferentes
substâncias com diferentes propriedades. Mesmo substâncias formadas pelos
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mesmos átomos podem apresentar propriedades diferentes devido a diferentes


arranjos (SMITH; HASHEMI, 2012).
As estruturas na escala atômica são de dois tipos: arranjo cristalino e arranjo
não cristalino ou amorfo. Os diversos materiais de engenharia apresentam
predominância de uma ou outra estrutura.
Os materiais cristalinos apresentam arranjos que fazem referência aos
átomos presentes na interseção de uma rede tridimensional de linhas retas.
Cada nó da rede espacial apresenta a mesma vizinhança, logo, em um cristal
ideal, o agrupamento em torno de um nó é igual em todos os nós, formando
a chamada célula unitária. Do ponto de vista da Tecnologia dos Materiais,
existem quatro tipos básicos de células unitárias:

„„ simples;
„„ de corpo centrado;
„„ de faces centradas;
„„ de bases centradas (SMITH; HASHEMI, 2012).

Além das estruturas atômicas, existem estruturas em escala microscópica.


Nesse caso, as interações entre as diferentes substâncias não envolvem, geral-
mente, reações químicas. É o caso dos diversos compósitos em que a interface
entre os materiais é facilmente reconhecível por técnicas de microscopia
(SHACKELFORD, 2008).
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Veja a seguir os arranjos cristalográficos e suas formas espaciais.

Fonte: Smith e Hashemi (2012, p. 60).

Fonte: Assets (2017?).


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Projeto e seleção
A atividade de desenvolvimento de produtos é uma das mais importantes e
com maior grau de interdisciplinaridade dentro da Engenharia. A seleção do
material é uma das primeiras decisões no projeto de um novo produto. Essa
definição exige do Engenheiro conhecimento das diversas características dos
materiais a sua disposição: familiaridade com as classes de materiais, com
suas propriedades e sua estrutura, com os processos de produção envolvidos,
questões ambientais e econômicas, entre outras. A complexidade do produto
também deve ser considerada, uma vez que esta irá aumentar a complexidade
da análise e o número de fatores envolvidos no processo de seleção de materiais
(SHACKELFORD, 2008).
Do ponto de vista da seleção de um material para um novo produto, podemos
dizer que a Ciência dos Materiais fornece os subsídios para os parâmetros do
projeto a partir das suas propriedades, enquanto a Engenharia de Materiais
estabelece os parâmetros de processamento, ou seja, define o processo produ-
tivo. É necessário destacar que, na maioria das vezes, serão necessárias várias
interações até a definição final do novo produto e de seu processo produtivo
(SHACKELFORD, 2008).
É comum nesta área que novos materiais venham a ser criados antes da
sua aplicação em um novo produto ou mesmo sem que o processo de produção
em massa se apresente viável economicamente.
Projetos aeroespaciais são casos em que a criação de novos materiais
precede o processo de produção. A construção da Estação Espacial Inter-
nacional (do inglês ISS) e do Veículo Explorador de Marte são exemplos
de situações extremas em que a seleção de materiais mostrou-se (e ainda
mostra-se) crítica. São aplicações que parecem distantes do nosso dia a
dia, mas devemos lembrar os diversos produtos que demandaram novos
materiais que foram desenvolvidos pela NASA e que hoje utilizamos de
forma rotineira sem nos darmos conta: palmilhas de calçados/tênis de alto
desempenho, termômetros auriculares, alimentos liofilizados, filtros de
água com nanofibras, entre outros.
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No link ou código a seguir, veja outros produtos que foram


criados pela NASA.

https://goo.gl/Th7SD3

ASSETS. Sistemas cristalográficos. [S.l.: s.n., 2017?]. Disponível em: <http://assets.cimm.


com.br/noticias/imagem/Image/con-468.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2017.
GEOCITIES. Painéis solares. [S.l.: s.n., 2017?]. Disponível em: <http://www.geocities.ws/
saladefisica5/leituras/solar10.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2017.
SHACKELFORD, J. F. Introdução à ciência dos materiais para engenheiros. Porto Alegre:
Pearson Prentice Hall, 2008.
SMITH, W. F.; HASHEMI J. Fundamentos de engenharia e ciência dos materiais. 5. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2012.

Leitura recomendada
VAN VLACK, L. H. Princípios de ciências dos materiais. São Paulo: Edgar Blücher, 2012.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR

O vídeo a seguir apresenta os diferentes tipos de materiais, suas estruturas e uma breve
descrição das atividades de desenvolvimento de produtos do ponto de vista da Tecnologia dos
Materiais.

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

EXERCÍCIOS

1) Assinale a alternativa correta em relação à Engenharia e Ciências dos Materiais.

A) Somente os engenheiros de materiais devem trabalhar com a seleção e projeto de produtos


envolvendo pesquisa e desenvolvimento de base.

B) A Engenharia e Ciências dos Materiais é uma área de conhecimento multidisciplinar que


envolve somente as Engenharias e a pesquisa das ciências básicas como Química, Física e
Matemática.

C) O conhecimento básico sobre a Engenharia e Ciências dos Materiais é necessário para


todas as áreas de engenharia mesmo que o profissional não venha a atuar no
desenvolvimento de novos produtos.

D) A Engenharia e Ciências dos Materiais é uma área de conhecimento multidisciplinar que


envolve somente as Engenharias que se dedicam à pesquisa aplicada.

E) Os materiais de uso consagrados não necessitam do envolvimento da Engenharia e


Ciências dos Materiais, uma vez que suas aplicações não passam por mudanças de
especificações.
2) Ao longo da história da indústria humana, foram previstos produtos revolucionários
e inovadores como, por exemplo, o uso de girocópteros (helicópteros individuais),
previstos na década de 1940 e nunca concretizados. Mais recentemente, a NASA
desistiu do projeto de um veículo supersônico para transporte civil após 10 anos de
pesquisa. Assinale a alternativa correta com relação a estas situações:

A) As previsões embasadas em evidências científicas devem ser consideradas seriamente


pelos engenheiros, porque serão produtos reais e de sucesso no futuro.

B) Mesmo um desenvolvimento interrompido pode gerar a criação de novos materiais e ou


processos produtivos que serão aplicados a outros produtos inicialmente não previstos.

C) Quando um desenvolvimento é interrompido, os materiais e processos desenvolvidos não


são utilizados para outras aplicações devido ao descrédito pelo fracasso inicial.

D) Apesar de eventualmente erradas, as previsões sempre indicam a direção do


desenvolvimento de novos produtos e processos.

E) Somente engenheiros devem fazer previsões a respeito de novas tecnologias para aplicação
em produtos e processos.

3) Para facilitar o estudo dos materiais e processos, a Engenharia e Ciências dos


Materiais utiliza uma classificação que leva em consideração:

A) As características intrínsecas e macroscópicas dos materiais.

B) As previsões de criação dos novos produtos realizadas de forma prévia.

C) As características macroscópicas e de processamento dos materiais.

D) As características intrínsecas e de processamento dos materiais.


E) Além das previsões, as características intrínsecas e de processamento dos materiais.

4) Apesar de conhecidos e utilizados desde os primórdios da civilização humana, os


polímeros apresentaram grande desenvolvimento tecnológico durante o século 20.
Estes materiais apresentam grande versatilidade de aplicação devido a algumas das
seguintes características:

A) Polímeros termoplásticos apresentam fácil processamento e reciclagem.

B) Todos os polímeros apresentam fácil processamento, porém não permitem reciclagem.

C) Todos os polímeros são resistentes à corrosão e a altas temperaturas.

D) Todos polímeros são derivados de petróleo, logo, seu custo de produção é alto.

E) Todos os polímeros, quando dispostos no ambiente, rapidamente degradam por serem


materiais orgânicos.

5) As características intrínsecas, bem como as de processamento dos materiais, estão


vinculadas aos arranjos atômicos dos átomos que as formam. Assinale a alternativa
correta considerando os arranjos atômicos dos materiais.

A) Um compósito pode apresentar interações macroscópicas entre seus constituintes do tipo


célula unitária de corpo centrado.

B) Todas as cerâmicas apresentam graus de cristalinidade, por isso são consideradas


cristalinas.

C) Os polímeros, por serem materiais orgânicos, apresentam grande variação nas estruturas
atômicas, por isso todos eles são materiais amorfos.
D) A célula unitária é a unidade de repetição de um polímero, por isso, também é chamada de
mero.

E) O que define se uma substância é cristalina ou amorfa é o arranjo atômico predominante.

NA PRÁTICA

O desenvolvimento de produtos é uma atividade multidisciplinar. No caso da Tecnologia dos


Materiais, ocorre uma sequência de atividades que funcionam como um filtro ou funil. As
ciências básicas fornecem diversos novos materiais aos engenheiros. Estes, por sua vez,
selecionam os materiais disponíveis e estabelecem seu processo de transformação. Com os
processos de transformação estabelecidos, cabe aos engenheiros de produto finalizar a
adequação do processo ajustando a manufatura do novo produto de acordo com as exigências de
uso. Ou seja, entre a oferta de um novo material pelas ciências básicas e seu uso pela engenharia
de materiais, são impostas diversas restrições que, na prática, ocasionam quase uma seleção
natural, na qual muitos materiais ou produtos não sobrevivem. Da mesma forma um material
pode ficar na prateleira, aguardando que sua utilidade venha a ser descoberta.
SAIBA MAIS

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:

Conheça a origem das propriedades dos materiais e a influência do tipo de elemento, tipo
de ligação, força da ligação e número de coordenação nas mesmas, assistindo ao vídeo.

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Para entender melhor sobre Estrutura Cristalina, célula unitária e a dedução do tamanho
das arestas das células cúbicas, assista a este vídeo.

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Leia a partir da página 4 da apostila para entender mais sobre a introdução à Tecnologia
dos Materiais no material disponibilizado pelo Ministério da Educação.

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Leia este texto sobre estrutura cristalina para continuar sua aprendizagem sobre a porção
introdutória da Ciência dos Materiais.

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