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ARA 0938

Materiais de Construção
Civil
Vanessa Silva

Tema 01
Aulas 01 a 03
ARA 0938 – Materiais de Construção Civil

Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil


AULA 01
1.1 Descrever os tipos de materiais, suas características e propriedades;
1.2 Reconhecer os aspectos relacionados à seleção, ao armazenamento, à aplicação, ao uso e à deterioração
dos diversos tipos de materiais de construção;
AULA 02
1.3 Identificar o propósito e aplicabilidade das normas brasileiras, bem como as normas de desempenho e
qualidade relativas aos materiais de construção;
AULA 03
1.4 Reconhecer a importância da sustentabilidade nas edificações, nos novos materiais e inovações.

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Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil

Aula 01 – OBJETIVOS: Descrever os tipos de materiais, suas características e propriedades e


reconhecer os aspectos relacionados à seleção, ao armazenamento, à aplicação, ao uso e à deterioração
dos diversos tipos de materiais de construção para utilização adequada na gestão do canteiro de obras.

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Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil – AULA 01
Ao projetar-se uma estrutura é comum se pensar no material de construção a ser empregado de
acordo com seu uso. Inúmeras vezes são priorizados custos, tempo de execução, apelo arquitetônico e
outras particularidades que muitas vezes não estão relacionadas diretamente com o comportamento do
material.
A escolha do material mais adequado para o elemento estrutural ou construtivo depende das
solicitações que este elemento receberá em sua vida útil, assim como o ambiente no qual está inserido.
Ainda assim, na atualidade, as questões relacionadas à sustentabilidade também estão associadas
diretamente a este processo.
O comportamento estrutural do material empregado na confecção do elemento estrutural ou
construtivo determina, além do prolongamento da vida útil da edificação, questões relacionadas à sua
manutenção e este fator é determinante ainda na fase de projeto.
Durante o período de construção, a correta aplicação dos controles de qualidade irão garantir que as
premissas de projeto seja validadas e a edificação se comporte de acordo com o estabelecido.

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CONTEXTUALIZAÇÃO

Fases da Vida de uma Construção


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TIPOS DE MATERIAIS
Os materiais de construção civil têm inúmeras classificações, porém, tradicionalmente, uma das mais
importantes para o engenheiro é a que divide os materiais sólidos em metais, polímeros, cerâmicos e
compostos (compósitos), com base na composição química e na estrutura atômica.

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TIPOS DE MATERIAIS – METAIS
Materiais metálicos são aqueles formados por elementos químicos que apresentam ligações metálicas,
ou seja, possuem as chamadas nuvens eletrônicas, onde os elétrons das espécies são compartilhados entre
si, no chamado mar de elétrons. Por mais versáteis que sejam os materiais metálicos, na maioria das vezes
eles não são empregados puros, mas sim fazendo parte de ligas metálicas.
Estas, são misturas homogêneas de um ou mais metais entre si ou com elementos de outras classes. Ao
se unir esses elementos é possível trazer melhorias para as propriedades mecânicas, físicas e químicas do
material. Nesse sentido, como exemplo de ligas puramente metálicas, temos o latão e a liga cobre-zinco
(cobre e zinco). Nas ligas de elementos não metálicos, podemos citar o aço e a liga ferro-carbono.
A liga mais comum de ferro é o aço. Esta é uma denominação genérica para as ligas de ferro-carbono
com cerca de 0,008 a 2,0% de carbono. A variação da quantidade de carbono aplicado interfere
diretamente nas propriedades finais do material.
Na construção observa-se também o uso do alumínio e do aço inox.

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TIPOS DE MATERIAIS – METAIS

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TIPOS DE MATERIAIS – POLÍMEROS
Polímeros são materiais não metálicos constituídos de grandes moléculas, podendo ser naturais ou
artificiais. Os polímeros são materiais orgânicos formados por macromoléculas que podem conter milhares
de átomos.
Desde as primeiras aplicações de materiais poliméricos pelo homem, o avanço no campo da pesquisa e
também das tecnologias de processamento dos mesmos, permitiu que os polímeros fossem empregados
em diversos segmentos da indústria, aproveitando-se de suas propriedades, e adequando-as às
necessidades de cada aplicação.
Na indústria da construção civil este avanço permitiu, entre outras coisas, a substituição de materiais
clássicos como o vidro e a madeira, exibindo, à primeira vista, a promessa de diminuição do impacto
ambiental gerado pela extração destes produtos naturais.
Por outro lado, muitos polímeros são gerados a partir de outras fontes naturais, como o petróleo, que
também constitui uma fonte de matéria prima não renovável, sendo que a maioria dos produtos naturais,
desde que extraídos de forma sustentável, podem ser plenamente renováveis. São exemplos de polímeros,
o policloreto de vinil (PVC), polipropileno (PP), polietileno (PE), etc.

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TIPOS DE MATERIAIS – POLÍMEROS

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TIPOS DE MATERIAIS – CERÂMICOS
Um material cerâmico é um tipo de material cerâmico não orgânico não metálico composto
normalmente de elementos metálicos e não metálicos.
Os materiais cerâmicos não sofrem corrosão sob a ação de elementos atmosféricos, como os metais.
São também mais duros, isolantes térmicos e condutores elétricos somente em certas condições de
umidade e sob altas temperaturas, porém em menor escala que os metais.
Não são materiais dúcteis, ao contrário, são frágeis, com boa resistência à compressão, mas
geralmente resistem pouco à tração.
Estes materiais podem ser cristalinos, não-cristalinos ou uma mistura de ambos. A maioria dos
cerâmicos apresenta alta dureza e elevada resistência mecânica, mesmo em altas temperaturas.
Fazem parte desta classe os seguintes materiais: vidro, rochas, concreto, cerâmica, porcelana,
refratários etc.

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TIPOS DE MATERIAIS – CERÂMICOS

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TIPOS DE MATERIAIS – COMPÓSITOS
A madeira é um material composto, ou compósito natural, em que a matriz e o reforço são
poliméricos. A madeira é um material orgânico natural, que tem uma estrutura interna heterogênea e
complexa, a qual afeta suas propriedades. A principal espécie de molécula é chamada de celulose e forma
estruturas de grau semi microscópico. Possui descontinuidades, porosidade, partes amorfas e celulose
cristalina.
O concreto também é um exemplo de material composto, em que tanto a matriz, pasta de cimento,
como o reforço, agregado, são materiais cerâmicos. Podem-se citar ainda os compósitos de matriz
polimérica reforçados com fibras de vidro ou fibras de carbono.

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TIPOS DE MATERIAIS – COMPÓSITOS

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ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
Ao se especificar os materiais, é necessário que se use da maior exatidão possível, definindo todos os
elementos que possam variar de procedência. Deve-se procurar sempre citar os dados técnicos do material
para que não se dê origem a escolhas e aplicações inadequadas. Convém não somente nomear o material,
mas também a classificação, o tipo, a dimensão desejada e, eventualmente, o fabricante.
Para especificar materiais e também quando da execução do projeto é imprescindível conhecer as
propriedades físicas, químicas e mecânicas daqueles materiais a serem utilizados, pois delas dependerão a
capacidade de esse material resistir aos esforços que lhe serão impostos e ao meio a que estará exposto.
O seu desempenho adequado depende do conhecimento e da aferição de suas propriedades.
O conhecimento das propriedades dos materiais baseia-se quase exclusivamente na experimentação.
A tecnologia experimental se utiliza dos conhecimentos da física, da química e outros ramos das
ciências naturais. Os ensaios podem ser realizados direta ou indiretamente, onde:
a)ensaio direto: quando se observa o comportamento do material aplicado;
b)ensaio indireto: quando o ensaio é realizado em laboratório.

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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Um dado material é conhecido e identificado por suas propriedades e por seu comportamento perante
agentes exteriores. As propriedades variam de material para material. Das definições clássicas, tem-se:

Propriedades Gerais dos Corpos


Extensão: É a propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no espaço.
Impenetrabilidade: É a propriedade que indica não ser possível que dois corpos ocupem o mesmo
lugar no espaço.
Inércia: É a propriedade que impede os corpos de modificarem, por si mesmos, seu estado inicial de
repouso ou movimento.
Atração: É a propriedade de a matéria atrair a matéria, de acordo com a lei de atração das massas.
Porosidade: É a propriedade que tem a matéria de não ser contínua, havendo espaço entre as
massas.
Divisibilidade: É a propriedade que os corpos têm de se dividirem em fragmentos cada vez menores.
Indestrutibilidade: É a propriedade que a matéria tem de ser indestrutível, podendo, sim, ser
transformada.

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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Propriedades Mecânicas dos Materiais
Massa específica: É a relação ρ = m/V, entre sua massa e seu volume. É constante para o mesmo
corpo;
Peso específico: É a relação γ = P/V, entre o peso de um corpo e seu volume. Consequentemente, não
é constante;
Densidade: É a relação entre a sua massa e a massa de mesmo volume de água destilada a 4 °C, no
vácuo. É uma relação entre massas e, como tal, é expressa por um número abstrato;
Absorção: É a propriedade dos materiais de absorver e reter um fluido, especialmente a água;
 Permeabilidade: É a propriedade que tem o material de permitir a passagem de gases ou líquidos,
em particular a água;
Dureza: É a resistência dos materiais a uma deformação permanente;
Tenacidade: É a resistência que o material oferece ao rompimento por choque ou percussão. É a
quantidade de energia necessária para deformar o material até rompê-lo.
Resiliência: É a capacidade de o material absorver energia quando ele é deformado elasticamente;
Elasticidade: É a capacidade que os corpos apresentam de retornar à forma primitiva após a retirada
de um esforço.
Condutividade térmica: É a capacidade do material dilatar ou contrair devido a variação de
temperatura.
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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS

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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS

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ENSAIOS EXPERIMENTAIS DOS MATERIAIS

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ENSAIOS EXPERIMENTAIS DOS MATERIAIS

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ENSAIOS EXPERIMENTAIS DOS MATERIAIS

Ensaio de Compressão Axial do Concreto


realizado no laboratório de Tecnologia da
Construção

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ARMAZENAMENTO, APLICAÇÃO, USO E DETERIORAÇÃO
Em grande parte das obras é comum se deparar com o armazenamento de materiais feito de maneira
inadequada nos canteiros de obra. Isso é um grande problema, pois além de causar atrasos na construção e
na rotina de trabalho dos funcionários, a desorganização e a falta de preparo dos responsáveis por essa
tarefa fazem com que muitos materiais sejam desperdiçados ou até mesmo inutilizados, assim havendo
prejuízos.
De acordo com a NR-18, os materiais devem ser armazenados e estocados de modo que não
prejudique o trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos equipamentos
de combate a incêndio, não obstrua portas ou saídas de emergência e não provoque empuxos ou
sobrecargas nas paredes, lajes ou estruturas de sustentação.
Cada material tem sua forma correta de armazenamento, de acordo com o seu tipo, tamanho e
aplicação e a boa organização desses produtos ajuda na hora da execução das etapas construtivas, além de
deixar a limpeza em dia e manter o canteiro livre de acidentes.
Sejam alguns exemplos de práticas para armazenamento correto dos materiais utilizados na
construção:

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ARMAZENAMENTO, APLICAÇÃO, USO E DETERIORAÇÃO
 Evitar o contato do cimento com a umidade: Como o cimento reage ao contato com a água, o indicado
é que ele seja armazenado em local impermeável;
 Armazenar a areia em um local plano: Como a areia é um material fino e dependendo da inclinação ele
pode acabar se espalhando pelo canteiro, provocando sujeira e desperdício. Quando a areia não estiver
sendo utilizada, o ideal é cobrir o material com um plástico ou uma lona, para que não molhe ou tenha
contato com a umidade, pois o excesso de água pode acabar afetando negativamente a qualidade do
concreto que vai ser produzido;
 Empilhar os tijolos e cobri-los: Neste caso, o empilhamento deve ser feito da mesma forma que os
sacos de cimento, para que seja possível manter um equilíbrio;
 Posicionar corretamente pisos e revestimentos: Revestimentos cerâmicos devem ser posicionados
corretamente, visto que são frágeis e quebram com muita facilidade.
 Armazenamento do aço: A estocagem inadequada tem efeito negativo no desempenho do aço. E
quando isso acontece, os problemas nas estruturas começam a aparecer. O aço armazenado de
qualquer jeito pode perder aderência ao concreto. Os inúmeros danos sofridos pelo material prejudicam
todo o trabalho. E acidentes ainda podem acontecer.

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ARMAZENAMENTO, APLICAÇÃO, USO E DETERIORAÇÃO

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ARMAZENAMENTO, APLICAÇÃO, USO E DETERIORAÇÃO

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ARMAZENAMENTO, APLICAÇÃO, USO E DETERIORAÇÃO

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LEITURA SUGERIDA

CONHEÇA CINCO MATERIAIS NOVOS E REVOLUCIONÁRIOS PARA CONSTRUÇÃO – 05/05/2017


https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/conheca-cinco-materiais-novos-e-
revolucionarios-para-construcao/

CONCRETOS POLÍMEROS AGREGAM RESISTÊNCIA E VIDA ÚTIL ÀS ESTRUTURAS – 04/08/2021


https://www.aecweb.com.br/revista/materias/concretos-polimeros-agregam-resistencia-e-vida-util-as-
estruturas/21408

A SUSTENTABILIDADE E A CONSTRUÇÃO. EXEMPLOS DE MATERIAIS SUSTENTÁVEIS – 30/03/2017


https://www.engenhariaeconstrucao.com/2017/03/materiais-sustentaveis.html

MATERIAIS COMPÓSITOS MADEIRA-PLÁSTICO PARA SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS AMBIENTALMENTE


SUSTENTÁVEIS – 30/06/2020
http://www.construcaomagazine.pt/noticias/materiais-compositos-madeira-plastico-solucoes-
arquitetonicas/

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AVALIAÇÃO CONTÍNUA – DURANTE A AULA

Aula 01 – Com base na leitura intitulada Conheça Cinco Materiais Novos e


Revolucionários Para Construção elabore um artigo (resenha) elegendo um dos materiais
(escolha um dos cinco) apontando os seguintes aspectos:

• Uso e Potencialidades de Aplicação (para que uso se destina, qual(is) material(is) visa substituir,
aplicações em engenharia para o qual poderia ser indicado, se é ou não de uso estrutural, etc);
• Características Técnicas e Propriedades do Material;
• Modo de Armazenamento (recomendações de armazenamento no canteiro, por exemplo);
• Mecanismos de Falha e Deterioração (se o material pode ficar exposto ao sol, ou à ação da
chuva e intempéries em geral);
• Vantagens e Desvantagens;

Grupos de 04 a 06 alunos.
Postagem em pdf contendo o número e matrícula de todos os alunos pertencentes ao grupo.

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ATIVIDADE AUTÔNOMA AURA – PÓS AULA
Questão 1
Dada a sua diversidade, os materiais de construção podem ser classificados de várias maneiras. Observe os
conjuntos listados abaixo e, levando em conta a composição dos materiais, assinale a opção CORRETA:
a) Estruturais, de vedação, de proteção e básicos.
b) Cerâmicos, metálicos, poliméricos, compósitos e de vedação.
c) Cerâmicos, de proteção, básicos metálicos, poliméricos e compósitos.
d) Cerâmicos, metálicos, poliméricos e compósitos.
e) Naturais, artificiais, poliméricos, compósitos e de vedação

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ATIVIDADE AUTÔNOMA AURA – PÓS AULA
Questão 2
Leia atentamente as opções abaixo e selecione a que melhor se encaixa em um contexto que analisa a ORIGEM ou
modo de aquisição dos materiais de construção:
a) Cerâmicos são obtidos a partir da queima de uma argila especial, compósitos obtidos a partir do consórcio entre
materiais poliméricos e naturais e poliméricos são subprodutos e derivados de petróleo ;
b) Naturais prontos para serem utilizados "in natura", artificiais são aqueles que dependem de processos industriais
para serem utilizados e cerâmicos aqueles obtidos a partir da queima de uma argila especial;
c) Artificiais são aqueles que dependem de processos industriais para serem utilizados, cerâmicos, são obtidos a
partir da queima de uma argila especial e compósitos são criados a partir do consórcio entre materiais poliméricos e
naturais.
d) Naturais prontos para serem utilizados "in natura", cerâmicos são obtidos a partir da queima de uma argila
especial e poliméricos são subprodutos e derivados de petróleo entre materiais poliméricos e naturais.
e) Naturais prontos para serem utilizados "in natura", artificiais são aqueles que dependem de processos industriais
para serem utilizados e combinados aqueles obtidos pela combinação entre materiais naturais e/ou produtos
artificiais

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MATERIAL DE ESTUDO
De forma complementar, o assunto da aula também é
suportado no Capítulo 1 do livro BAUER, Luiz Alfredo Falcão.
Materiais de construção. 6a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019. Vol. 1.
Disponível em:

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/97885
21636632/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dcover]!/4/2/2%405
1:1

Acesse www.estudante.estacio.br – Tema 01 Módulos 01 e 02

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LEITURA COMPLEMENTAR

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ARA 0938
Materiais de Construção
Civil
Vanessa Silva

Tema 01
Aulas 01 a 03
ARA 0938 – Materiais de Construção Civil

Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil


AULA 01
1.1 Descrever os tipos de materiais, suas características e propriedades;
1.2 Reconhecer os aspectos relacionados à seleção, ao armazenamento, à aplicação, ao uso e à deterioração
dos diversos tipos de materiais de construção;
AULA 02
1.3 Identificar o propósito e aplicabilidade das normas brasileiras, bem como as normas de desempenho e
qualidade relativas aos materiais de construção;
AULA 03
1.4 Reconhecer a importância da sustentabilidade nas edificações, nos novos materiais e inovações.

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Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil

Aula 02 – OBJETIVOS: Identificar o propósito e aplicabilidade das Normas Brasileiras, bem como as
Normas de desempenho e qualidade relativas aos materiais de construção para aplicação adequada na
gestão do canteiro de obras.

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Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil – AULA 02
Em cada país existem organismos cuja função é estabelecer normas que padronizem as especificações
de materiais e produtos. Essas especificações vêm, em geral, atender às exigências dos consumidores ou
produtores, seja no processo de fabricação, seja no acabamento, forma e dimensões, na composição
química e nas propriedades físicas, nos ensaios de inspeção, no recebimento ou no emprego dos produtos.
Embora, algum tempo atrás, a reputação do fabricante era suficiente para se ter uma ideia da
qualidade do material, esse processo, mesmo que generalizado, tornava-se bastante regional e, o pior, com
o tempo originava monopólios, em prejuízo de novas marcas, que precisavam lutar muito até conseguirem
o reconhecimento de suas qualidades.
Mesmo tentando continuamente, às vezes, marcas desconhecidas, melhores que as tradicionais,
esbarravam na desconfiança natural e na opinião já enraizada. A normalização contribuiu para eliminar
muitos desentendimentos no recebimento das mercadorias, regulamentando as qualidades e até mesmo a
forma de medição.
No Brasil a entidade que promove a normalização é a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica
no Brasil, fornecendo insumos ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Trata-se de uma entidade
privada, sem fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em 1940 (Lei 4150:1962).
É membro fundador da Organização Internacional de Normalização, da Comissão Panamericana de
Normas Técnicas e da Associação Mercosul de Normalização. É a representante oficial do Brasil nessas três
instituições e também na Comissão Eletrotécnica Internacional.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
Fonte: https://www.abntcatalogo.com.br/

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O QUE É UMA “NORMA”?
A norma é o documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que
fornece, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus
resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.
Convém que as normas sejam baseadas em resultados consolidados da ciência, tecnologia e da
experiência acumulada, visando a obtenção de benefícios para a comunidade (ABNT ISO/IEC Guia 2).
Entre as características de uma norma se destacam:
• Seu cumprimento não é obrigatório;
• Desenvolvida pela sociedade;
• Processo participativo;
• Estabelece a melhor solução técnica possível;
• Define requisitos mínimos;
• Não deve “travar” o desenvolvimento tecnológico do produto.

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ELABORAÇÃO DE NORMAS

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BENEFÍCIOS DA NORMALIZAÇÃO
Qualitativos:
• A utilização adequada dos recursos
• A uniformização da produção
• Treinamento da mão-de-obra, melhora do nível técnico
• Registro do conhecimento tecnológico
• Melhorar contratação e venda de tecnologia
• Desenvolvimento da tecnologia nacional

Quantitativos:
• Redução do consumo de materiais e do desperdício
• Padronização de equipamentos e componentes
• Redução da variedade de produtos
• Fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos
• Aumento de produtividade
• Melhoria da qualidade
• Controle de processos

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HISTÓRICO NORMALIZAÇÃO

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NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO

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NORMAS TÉCNICAS
A ABNT é o órgão responsável pela elaboração de normas técnicas, sua difusão e incentivo. Isso não
impede que, em campos mais restritos, outras entidades, particulares ou oficiais tenham o mesmo
objetivo. Alguns exemplos são a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Instituto Brasileiro do
Concreto (Ibracon), que também estabelecem normas nos seus respectivos campos.
Exemplos de órgãos responsáveis pela normalização técnica em outros países são: Instituto Americano
de Normalização Nacional (ANSI); Associação Alemã de Normas Técnicas (DIN); Instituto Britânico de
Normalização (BSI); Instituto Argentino de Normalização (Iram); Comitê Japonês de Normalização Industrial
(JISC); e Associação Francesa de Normalização (Afnor).
A observância às Normas Técnicas não é obrigatória, entretanto elas são frequentemente mencionadas
em contratos, leis, decretos, portarias etc. É importante saber que a obediência às normas da ABNT é
obrigatória (Lei no 8666, de 21 de junho de 1993) em todas as licitações públicas para aquisição de
produtos e contratação de serviços, bem como em todos os serviços subvencionados ou realizados sob o
regime de convênio com órgãos governamentais.
Existem também documentos de caráter obrigatório, como as Normas Regulamentadoras (NR), que
são regulamentos técnicos aprovados por órgãos governamentais em que se estabelecem as características
de produtos ou processos e métodos de produção com eles relacionados, incluindo as disposições
administrativas aplicáveis e cuja observância é obrigatória.

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NORMAS REGULAMENTADORAS

Existem algumas características que diferenciam uma NR de uma NBR. A primeira delas é a
obrigatoriedade: as NR’s são obrigatórias e podem gerar passivos trabalhistas, multas, penalidades,
embargos e interdições em caso de descumprimento. Além disso, elas são focadas na segurança e
medicina do trabalho.
Existem, até o momento, 37 NR´s que trazem diretrizes para vários aspectos relacionados à segurança
e à saúde dos trabalhadores, como uso de equipamentos de proteção coletivos e individuais, cuidados
para a realização de atividades perigosas, entre outros.
Já as NBR´s são parte de uma série de orientações criadas pela ABNT, uma entidade privada que não
visa lucro e, por esse motivo, a adoção dos critérios por ela estabelecidos não é exigida legalmente.
Porém, existem certificações concedidas pela própria ABNT para as organizações que atendem às normas,
o que melhora a reputação da empresa no mercado, além de trazer mais segurança para os métodos e
procedimentos adotados. As NBR’s têm como objetivo orientar os profissionais da construção civil sobre o
uso de materiais, produtos e processos, além de melhorar a qualidade dos empreendimentos e evitar
erros e outros problemas nas mais diversas etapas da construção.

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NORMAS REGULAMENTADORAS

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Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat (PBQP-H)
O PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat) é uma ferramenta que
busca garantir dois pontos fundamentais quando se fala de habitação: a qualidade, com obras marcadas
pela segurança e durabilidade; e a produtividade do setor da construção a partir da sua modernização.
SiAC - Sistema de Avaliação da Conformidade de Serviços e Obra
SiMaC - Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos
SiNAT- Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores e Sistemas Convencionais

ENG VANESSA DA SILVA DE AZEVEDO, DSC ESTRUTURAS

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PBQP-H https://pbqp-h.mdr.gov.br/

ENG VANESSA DA SILVA DE AZEVEDO, DSC ESTRUTURAS

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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO
A Norma de Desempenho de Edificações ABNT NBR 15575 Edificações habitacionais – Desempenho, é
um documento que estabelece regras para garantir o conforto e a segurança de qualquer imóvel
residencial. Ela entrou em vigor em 2013 e foi definida por especialistas da indústria da construção com
ampla participação de outros profissionais e entidades de classe do segmento.
A ABNT NBR 15575 estabelece um nível mínimo de desempenho de uma edificação para seus
principais elementos, incluindo sistemas estruturais, sistemas de coberturas e sistemas de vedações
verticais internos e externos. A norma apresenta o conceito de vida útil do projeto, define
responsabilidades, além de impor critérios para a estrutura, pisos, vedações, coberturas e instalações
hidrossanitárias de uma obra.
O texto da norma foi o primeiro a oficializar um regulamento sobre a qualidade de uma construção
habitacional. Essa qualidade mínima exigida resulta na melhoria dos indicadores de desempenho de uma
edificação tendo como base o conforto do consumidor. A intenção é que, dessa maneira, os
empreendimentos adquiram, cada vez mais, um padrão de excelência.
A ABNT NBR 15575 , assim como outras normas técnicas da ABNT, não possui força de lei. Porém, de
acordo com a legislação brasileira, a ABNT é um órgão reconhecido e tem como uma de suas funções criar
padrões mínimos de qualidade a serem seguidos.
ENG VANESSA DA SILVA DE AZEVEDO, DSC ESTRUTURAS

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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO
A ABNT NBR 15575 é vista como um divisor de águas na construção civil brasileira. Isso porque ela
obriga que construtoras e incorporadoras realizem suas edificações de acordo com padrões mínimos de
qualidade. Assim, a obra passa a ter um nível de desempenho mínimo ao longo de toda a sua vida útil.
Mesmo tendo passado alguns anos desde que a ABNT NBR 15575 entrou em vigor, esta ainda precisa
ser compreendida e levada à risca pelos profissionais de toda a cadeia da construção. Nesse sentido, o
termo “desempenho” que carrega o nome da norma se refere ao atendimento das necessidades daqueles
que irão viver nas edificações construídas. Daí a sua importância.
A ABNT NBR 15575 se faz importante principalmente em virtude de seus consumidores. Assim, eles
poderão cobrar um nível de qualidade mais elevado dos imóveis onde irão morar. E farão isso de acordo
com o documento oficial da ABNT. Em contrapartida, a responsabilidade também é do consumidor. É
preciso que a edificação tenha uma boa fiscalização e manutenção corretiva e preventiva.
A ABNT NBR 15575 é divida em seis partes. Cada uma delas corresponde a um elemento diferente de
uma construção. Essas partes tratam de estrutura, pisos, vedações, coberturas e instalações. E exatamente
por apresentar muito pontos particulares que as suas orientações são divididas no documento da seguinte
maneira:

ENG VANESSA DA SILVA DE AZEVEDO, DSC ESTRUTURAS

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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO

A ABNT NBR 15575 é constituída pelas seguintes partes:

• Parte 1 – Requisitos Gerais


• Parte 2 – Requisitos para os Sistemas Estruturais
• Parte 3 – Requisitos para os Sistemas de Pisos
• Parte 4 – Requisitos para os Sistemas de Vedações
Verticais Internas e Externas – SVVIE
• Parte 5 – Requisitos para os Sistemas de Coberturas
• Parte 6 – Requisitos para os Sistemas Hidrossanitários

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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO

Atenção para as versões atualizadas das normas!

Em 30/03/2021 a ABNT publicou a norma ABNT TR 15575-1-1:2021 com os arquivos climáticos para a avaliação do
desempenho térmico por meio do procedimento de simulação computacional, bem como as seguintes emendas à NBR
15575:
• ABNT NBR 15575-1:2013 Emenda 1:2021 - Edificações habitacionais - Desempenho - Parte 1: Requisitos gerais.
• ABNT NBR 15575-4:2013 Emenda 1:2021 - Edificações habitacionais - Desempenho - Parte 4: Requisitos para os
sistemas de vedações verticais internas e externas - SVVIE.
• ABNT NBR 15575-5:2013 Emenda 1:2021 - Edificações habitacionais - Desempenho - Parte 5: Requisitos para os
sistemas de coberturas.
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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO

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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO

A Norma de Desempenho se concentra nos


sistemas e elementos de uma edificação em
relação ao atendimento dos requisitos dos seus
usuários (Exigências do Usuário), e não na
prescrição de como os sistemas são feitos.
Esses requisitos devem ser seguidos com o
objetivo de proporcionar segurança,
sustentabilidade e habitabilidade.
De acordo com a ABNT NBR 15575, estes
parâmetros são definidos como sendo:

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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO
SEGURANÇA: SUSTENTABILIDADE: HABITABILIDADE:

•Segurança estrutural •Durabilidade •Estanqueidade


•Segurança contra o fogo •Manutenibilidade •Desempenho térmico
•Segurança no uso e na operação •Impacto ambiental •Desempenho acústico
•Desempenho lumínico
•Saúde, higiene e qualidade do ar
•Funcionalidade e acessibilidade
•Conforto tátil e antropodinâmico
NÍVEL DE DESEMPENHO:

• Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e de economia, são estabelecidos
para os diferentes sistemas requisitos mínimos de desempenho (M) que devem ser considerados e
atendidos.
• Os valores relativos aos níveis intermediário (I) e superior (S) estão indicados nos Anexos E da ABNT
NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR 15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 15575-4 e no Anexo I da
ABNT NBR 15575-5.
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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO

A ABNT NBR 15575 também institui responsabilidades, que são interpretadas do seguinte modo:

Fornecedor

• Fornecer produtos com qualidade comprovada através de testes ou documentação de acordo com as
normas.

Projetista

• Estabelecer a Vida Útil Projetada (VUP) de cada sistema e indicar em projetos e/ou memorial descritivo
quando forem considerados valores de VUP maiores que o mínimo.
• Especificar materiais, produtos e processos que atendam, pelo menos, os requisitos mínimos de
desempenho, de acordo com as normas e desempenho dos produtos. Na ausência de normas e
informações de fácil acesso, é recomendado que o projetista solicite as informações.

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ABNT 15575 – NORMA DE DESEMPENHO

Segundo a ABNT NBR 15575, a definição de Vida Útil de Projeto (VUP) é o tempo previsto para o qual o
sistema é projetado, com o objetivo de atender aos requisitos da Norma. É uma medida temporal da
durabilidade de um edifício ou de suas partes. Isto é, o tempo em que estes elementos realizam as funções
para as quais foram construídos, considerando a realização dos serviços de manutenção.
Fora a manutenção do imóvel, existem outros fatores que contribuem para a sua vida útil, como, por
exemplo, o uso correto da edificação e de suas partes, alterações climáticas, mudanças no entorno da obra
etc. Logo, o valor final atingido de vida útil será uma composição do valor teórico calculado como Vida Útil
de Projeto (VUP), influenciado positiva ou negativamente pelos fatores expostos.
É tarefa do proprietário e/ou incorporador e do projetista atentar para o conceito da VUP de cada
elemento. Esse conceito deve ser obtido ainda no período de concepção do projeto. Devem ser levados em
consideração critérios como o custo inicial do elemento, o custo de reparo e sua facilidade de substituição,
de forma a obter a melhor relação custo-benefício.
O cumprimento da VUP mínima coopera para que não sejam colocados no mercado edificações com
uma durabilidade inadequada, que venha a comprometer o valor do bem e a prejudicar o usuário.

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ABNT 15575 – VIDA ÚTIL DE PROJETO (VUP)

Para que a VU seja maior ou igual à


VUP, é preciso a atuação de todos os
elementos, de forma que na escolha
de materiais e técnicas construtivas
não seja levado em conta apenas o
custo inicial, mas também a
durabilidade.

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CBIC Fonte: https://cbic.org.br/

Fundada em 1957, no Estado do Rio de Janeiro, e transferida para


Brasília (DF) em 1982, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC) tem o objetivo de tratar das questões ligadas à Indústria da
Construção e ao Mercado Imobiliário e de ser a representante
institucional do setor no Brasil e no exterior.
A CBIC representa institucionalmente o setor e promove a
integração da cadeia produtiva da construção em âmbito nacional,
contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.
A CBIC atua na articulação dos diversos segmentos da construção
como interlocutora formal no encaminhamento de temas e propostas
junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; agentes
financiadores; além de outras entidades em setores diversos e a
Academia. A entidade também representa internacionalmente a
indústria da construção. Integra a Federação Interamericana da Indústria
da Construção (FIIC), entidade que representa a construção em toda a
América Latina.
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CBIC

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LEITURA SUGERIDA

CONHEÇA 10 NOVAS TECNOLOGIAS DE MATERIAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL – 27/07/2022


https://www.sienge.com.br/blog/novas-tecnologias-de-materiais-na-construcao-civil/

A EVOLUÇÃO DO CONCRETO: NOVIDADES QUE PODEM IMPACTAR O SETOR – 08/10/2022


https://digital.concreteshow.com.br/produtos/evoluo-do-concreto-novidades-que-podem-impactar-o-
setor

A SUSTENTABILIDADE DO PAVIMENTO DE CONCRETO – 09/02/2023


https://digital.concreteshow.com.br/produtos/sustentabilidade-do-pavimento-de-concreto

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AVALIAÇÃO CONTÍNUA – DURANTE A AULA

Aula 02 – Com base na leitura intitulada Conheça 10 Novas Tecnologias de Materiais na


Construção Civil elabore um artigo (resenha) elegendo uma das tecnologias (escolha uma das dez)
apontando os seguintes aspectos:

• Uso e Potencialidades de Aplicação (para que uso se destina, qual(is) material(is) visa substituir,
aplicações em engenharia para o qual poderia ser indicado, se é ou não de uso estrutural, etc);
• Características Técnicas e Propriedades do Material;
• Vantagens e Desvantagens;
• Como as normas deveriam se adaptar para esta nova tecnologia.

Grupos de 04 a 06 alunos.
Postagem em pdf contendo o número e matrícula de todos os alunos pertencentes ao grupo.
O texto deve ser elaborado pelo grupo, conter figuras explicativas, as fontes de referência (onde foi
consultado) e não deve ser “corte e cola” do texto original.
Resenha de 03 a 05 páginas. Não esquecer de colocar o título na resenha.

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ATIVIDADE AUTÔNOMA AURA – PÓS AULA
Questão 1
No contexto da Norma de Desempenho NBR 15575, a avaliação de desempenho busca analisar a
adequação ao uso de um sistema ou de um processo construtivo destinado a cumprir uma função:
a) excluindo soluções inadequadas.
b) indicando as possibilidades de uso do sistema analisado.
c) para atingir os resultados esperados.
d) para corroborar na melhor solução técnica.
e) independentemente da solução técnica adotada.

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ATIVIDADE AUTÔNOMA AURA – PÓS AULA
Questão 2
A normatização é fundamental para a industrialização da Construção Civil.
Dentro desse contexto, analise as listas abaixo e assinale a que possui elementos mais conectados com
as finalidades diretas da normatização:
a) Criar Procedimentos, Especificações, Padronizações, Ensaios e Garantir Rentabilidade
b) Uniformizar Terminologias, Especificações, Padronizações, Ensaios e Garantir Rentabilidade
c) Classificações, Uniformizar Terminologias, Garantir Rentabilidade e Uniformizar Simbologias
d) Criar Procedimentos, Especificações, Padronizações, Ensaios e Uniformizar Terminologias
e) Garantir Rentabilidade, Especificações, Padronizações e Uniformizar Terminologias.

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MATERIAL DE ESTUDO
De forma complementar, o assunto da aula também é
suportado no Capítulo 1 do livro BAUER, Luiz Alfredo Falcão.
Materiais de construção. 6a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019. Vol. 1.
Disponível em:

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/97885
21636632/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dcover]!/4/2/2%405
1:1

Acesse www.estudante.estacio.br – Tema 01 Módulo 03

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LEITURA COMPLEMENTAR

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ARA 0938
Materiais de Construção
Civil
Vanessa Silva

Tema 01
Aulas 01 a 03
ARA 0938 – Materiais de Construção Civil

Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil


AULA 01
1.1 Descrever os tipos de materiais, suas características e propriedades;
1.2 Reconhecer os aspectos relacionados à seleção, ao armazenamento, à aplicação, ao uso e à deterioração
dos diversos tipos de materiais de construção;
AULA 02
1.3 Identificar o propósito e aplicabilidade das normas brasileiras, bem como as normas de desempenho e
qualidade relativas aos materiais de construção;
AULA 03
1.4 Reconhecer a importância da sustentabilidade nas edificações, nos novos materiais e inovações.

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Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil

Aula 03 – OBJETIVOS: Reconhecer a importância da sustentabilidade nas edificações, nos novos


materiais e inovações para aplicar em projetos e na gestão do canteiro de obras.

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Tema 01: O Estudo dos Materiais de Construção Civil – Aula 03

O “ser sustentável” parte da premissa de usar os recursos hoje de maneira consciente, sem
comprometer a capacidade que eles possuem para suprir as necessidades das gerações futuras.
Para que haja a SUSTENTABILIDADE, é necessário a adoção de atitudes ecologicamente corretas e
também viáveis economicamente falando, além dessas precisarem ser também justas do ponto de
vista social.
Enquanto possibilita que os seres humanos preservem os recursos naturais, a sustentabilidade
também promove o desenvolvimento por meio de soluções ecológicas. Inclusive, ela pode apresentar
soluções que tragam economia para um país, estado, cidade, etc.
Mesmo que o conceito esteja muito ligado com a preservação ambiental, ele, desde sempre,
também é importante para o desenvolvimento social e econômico de uma nação e de todo o mundo.
A relação entre o homem e o meio ambiente na sustentabilidade é de equilíbrio. Nela se considera
que todos os elementos podem ser afetados pela ação humana, bem como podem afetar os seres
humanos. E assim, a sustentabilidade compreende as escolhas conscientes sobre habitação,
alimentação, transporte, comunicação e outros, sempre tendo consideração por valores relativo à
ética, solidariedade e também a democracia.
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SUSTENTABILIDADE

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A RELAÇÃO ENTRE A SUSTENTABILIDADE E A ENGENHARIA CIVIL

Diante da emergente necessidade de buscar alternativas respeitosas ao meio ambiente nos mais
diversos setores, a construção civil também se adaptou aos ideais sustentáveis, buscando através deles
a solução para seus problemas e questões. Para ser classificado como projeto sustentável a
construção tem que atender às seguintes vertentes:
• Materiais reutilizáveis/não danosos ao meio ambiente;
• Econômico ou autossuficiente energeticamente;
• Projeto inteligente – explorar os melhores ângulos que possibilitam um menor uso material e
proveito da luz natural.
O uso de materiais reutilizáveis e métodos limpos na construção ainda não são determinação
obrigatória proveniente de órgãos superiores, entretanto já existem entidades e organizações que
visam incentivar essa prática. O Green Building Council é a maior ONG mundial que busca fomentar a
sustentabilidade na construção civil. As obras que possuem seu selo de certificação possuem grande
valorização no mercado imobiliário, desta forma, para muitos empreendimentos é interessante
atender aos padrões exigidos por esse Conselho Verde. Este é o primeiro passo para que edificações
ditas como prédios verdes não sejam apenas um ramo da engenharia civil, mas para que se tornem
inteiramente integrados ao setor.
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A RELAÇÃO ENTRE A SUSTENTABILIDADE E A ENGENHARIA CIVIL

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A RELAÇÃO ENTRE A SUSTENTABILIDADE E A ENGENHARIA CIVIL

Um grande exemplo dessa caminhada são os prédios autosuficientes energeticamente. Tais


construções contemplam projetos de empreendimentos novos ou existentes que comprovem que o
balanço energético será zerado durante o período de um ano. A grande vantagem desse processo é
tornar os empreendimentos desconectados da rede elétrica. O estado do Paraná é líder nacional
quando se trata de edificações autossuficientes. Das 7 construções que atendem a esse padrão no
Brasil, apenas duas estão localizadas em outros estados.
O mercado da construção civil está repleto de técnicas que visam minimizar o gasto energético, a
poluição e o desperdício de materiais. Aos poucos, tais técnicas têm ganhado espaço à medida que
seus benefícios e vantagens vão sendo divulgados. São diversas as tecnologias consolidadas
ecologicamente onde podem ser aplicados os ideais da sustentabilidade nos seus projetos.
Embora seja uma das atividades mais antigas da humanidade, a construção civil ainda é uma das
profissões mais artesanais, assim, quando não é industrializada, gera grande desperdício de recurso e
tempo. Diante dessa problematização, diversos sistemas construtivos foram desenvolvidos com o
intuito de “sustentabilizar” a construção civil, mantendo a eficiência de seus métodos.

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INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO

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INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO

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INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO

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LEI 10.257:2001 – ESTATUTO DA CIDADE

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LEI 10.257:2001 – ESTATUTO DA CIDADE

Práticas de construção sustentável,


associadas ao processo construtivo, que
buscam reduzir impactos ambientais, são
também uma realidade inserida no âmbito
legislativo, sendo incorporadas a projetos de lei,
tal como o PL 9938:2018, que dispõe sobre a
adoção de práticas de construção sustentável.
Este projeto de lei altera a Lei Federal nº
10.257, de 10 de julho de 2001, para instituir a
adoção de práticas de construção sustentável
na política urbana.

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FINEP – FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS
A Financiadora de Estudos e Projetos, é uma empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e
inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas,
sediada no Rio de Janeiro. A empresa é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.

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FINEP – FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS

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TECNOLOGIA DOS NOVOS MATERIAIS E “ANTIGOS” MATERIAIS

A madeira é um material biodegradável e


renovável desde que explorado de forma sustentável.
No entanto, quando usado na construção, o
tratamento da madeira deve ser levado em conta,
uma vez que grande parte dele acaba como um
"resíduo especial" que requer tratamento extra antes
de ser destinado aos aterros sanitários - um processo
desnecessário que pode ser prevenido.

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TECNOLOGIA DOS NOVOS MATERIAIS E “ANTIGOS” MATERIAIS

O formaldeído é um material controverso que


levantou muitas questões ao longo dos anos por
conta dos seus efeitos na saúde e no meio ambiente.
Como o adesivo de ligação primário do MDF usa este
produto químico, ele não pode ser reciclado e a
enorme quantidade de MDF usado em expositores
de lojas e móveis é despejada em aterros sanitários
ou em incineradores. Para resolver o problema,
novas formas de painéis de fibras de densidade
média foram estudadas pela Universidade de
Leicester que substituem o formaldeído por uma
resina derivada do amido de batata. Os amidos
modificados foram desenvolvidos para suprir uma ou
mais ausências das propriedades desejadas do
amido “in natura” com o objetivo de aumentar a
utilização do amido nas indústrias.
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TECNOLOGIA DOS NOVOS MATERIAIS E “ANTIGOS” MATERIAIS

Desenvolvido pelos alunos Carolyn Tam,


Hamza Oza, Matteo Maccario e Saki Maruyama no
Imperial College London, o Finite é um material
compósito comparável ao concreto que usa areia
do deserto abundante em vez da areia
normalmente usada na construção (e que agora
está em escassez). É um material biodegradável
que, ao mesmo tempo, está salvando o mundo da
próxima crise de sustentabilidade. Ao contrário do
concreto que não pode ser biodegradado, os
aglutinantes orgânicos da Finite permitem que ele
não apenas se decomponha, mas também possa
ser coletado e reutilizado por vários ciclos de vida,
reduzindo o consumo de material.

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TECNOLOGIA DOS NOVOS MATERIAIS E “ANTIGOS” MATERIAIS

O linóleo é um revestimento de piso muito mais


ecológico do que parece. Não deve ser confundido
com vinil que contém uma mistura sintética de
produtos petroquímicos clorados, linóleo é feito
inteiramente de materiais naturais - óleo de linhaça,
resina natural, pó de cortiça moída, farinha de
madeira e calcário em pó. Resulta em uma escolha de
piso biodegradável podendo ser incinerado para
fornecer uma fonte de energia relativamente limpa.

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TECNOLOGIA DOS NOVOS MATERIAIS E “ANTIGOS” MATERIAIS

Um dos maiores desafios arquitetônicos dos


últimos anos, o desenvolvimento de inúmeros
projetos com a utilização do bambu se tornaram
realidade graças às qualidades estéticas do
material, mas ainda mais por suas credenciais
sustentáveis. O bambu pode crescer rapidamente
e a planta volta a crescer após o corte. Além
disso, pode alcançar índices de resistência duas a
três vezes maiores que o aço.

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TECNOLOGIA DOS NOVOS MATERIAIS E “ANTIGOS” MATERIAIS

Existem duas definições possíveis para os


bioplásticos. A primeira relaciona-se com a origem
destes, de modo que um material que seja total ou
parcialmente produzido a partir de fontes renováveis
(derivado de biomassa), como milho, cana-de-açúcar,
mandioca, etc., é considerado um bioplástico. Nesse
sentido, a grande vantagem do material reside no fato
de que ele promove algum resgate de CO2 na
natureza, ao contrário do plástico com 100% de
origem fóssil.
Já a segunda definição relaciona-se à degradação
do material, caracterizando os bioplásticos como
aqueles que são biodegradáveis, ou seja, capazes de
se degradar sob ação dos efeitos ambientais e
microbianos, até serem convertidos em produtos
atóxicos como água e dióxido de carbono.
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TECNOLOGIA DOS NOVOS MATERIAIS E “ANTIGOS” MATERIAIS

O ecogranito é um revestimento versátil e adaptável. A


tecnologia foi desenvolvida e patenteada no Japão, e surgiu devido a
constantes tremores ocasionados por terremotos, quando se viu a
necessidade de uma solução tecnológica para evitar deslocamentos
de placas de revestimentos graníticos dos edifícios das cidades
japonesas.
A sua composição possui resíduos gerados a partir da extração de
granitos e mármores, resina acrílica, coalescentes, espessantes,
microbicidas não-metálicos e pigmentação inerte. O resultado dessa
mistura transforma o ecogranito em um revestimento resistente às
intempéries ambientais com uma excelente aderência ao substrato
onde o produto seja aplicado.

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INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE QUE AGREGAM À CONSTRUÇÃO
CIVIL
Os indicadores de sustentabilidade na indústria da construção civil, servem para analisar as
modificações que determinada atividade gera em todo o ciclo de vida do empreendimento. Estes
indicadores ajudam a calcular os impactos ambientais e socioeconômicos de empreendimentos da
construção civil. Com base nessas métricas, os gestores podem desenvolver estratégias de
desenvolvimento sustentável mais eficazes.
Existem diversos indicadores de sustentabilidade, porém, alguns destes têm grande visibilidade
internacional. O Brasil também tem seus indicadores de sustentabilidade.

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LEED – LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN

Leed é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em


143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações,
sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.
Quem confere as certificações é o Green Building Council Brasil (GBCB), braço da ONG internacional
criado no Brasil em março de 2007 para auxiliar no desenvolvimento da indústria da construção sustentável
no país. A organização atua incentivando a adoção de práticas de Green Building em um processo integrado
de concepção, construção e operação de edificações e espaços construídos.
O Brasil é o quarto no ranking mundial de construções verdes segundo relatório do GBC internacional
divulgado em 2015, ficando atrás apenas da Canadá, China e Índia. Em 2016, o país já conta com mais de
1100 empreendimentos registrados e certificados.
A Certificação internacional LEED possui 7 dimensões a serem avaliadas nas edificações. Todas elas
possuem pré requisitos (práticas obrigatórias) e créditos, recomendações que quando atendidas garantem
pontos a edificação. Espaço Sustentável, Eficiência do uso da água, Energia e Atmosfera, Materiais e
Recursos, Qualidade ambiental interna, Inovação e Processos, Créditos de Prioridade Regional.

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LEED – LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN

Níveis de Certificação:
• Certified (40-49 créditos)
• Silver (50-59 créditos)
• Gold (60-79 créditos)
• Platinum (80 + créditos)

Atualmente no Brasil são concedidos 8 tipos de LEED:


• LEED NC – Novas construções e grandes projetos de renovação;
• LEED ND – Desenvolvimento de bairro (localidades);
• LEED CS – Projetos da envoltória e parte central do edifício;
• LEED Retail NC e CI – Lojas de varejo;
• LEED Healthcare – Unidades de saúde;
• LEED EB_OM – Operação de manutenção de edifícios existentes;
• LEED Schools – Escolas;
• LEED CI – Projetos de interiores e edifícios comerciais.
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AQUA-HQE – ALTA QUALIDADE AMBIENTAL
O Processo AQUA-HQE é uma certificação internacional da construção sustentável desenvolvida a
partir da certificação francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environmentale) e aplicada no Brasil desde
2008 pela Fundação Vanzolini.
Mantendo a base conceitual francesa, a certificação brasileira foi adaptada para a realidade de normas
e práticas do país. O Processo AQUA é um Processo de Gestão Total do Projeto para obter a Alta Qualidade
Ambiental do Empreendimento de Construção.
A certificação é concedida com base em auditorias presenciais independentes e para obtê-la o
empreendedor da construção deve estabelecer o controle total do projeto em todas as suas fases:
Programa, Concepção (Projeto), Realização (Obra), Operação (Uso).
A avaliação da Qualidade Ambiental do Edifício é feita em 14 categorias de preocupação ambiental e as
classifica nos níveis BASE, BOAS PRATICAS ou MELHORES PRATICAS, conforme perfil ambiental definido
pelo empreendedor na fase pré-projeto.
Para um empreendimento ser certificado AQUA-HQE, o empreendedor deve alcançar no mínimo um
perfil de desempenho com 3 categorias no nível MELHORES PRATICAS, 4 categorias no nível BOAS PRATICAS
e 7 categorias no nível BASE. A certificação é concedida ao final de cada fase, mediante verificação de
atendimento ao Referencial Técnico.
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AQUA-HQE – ALTA QUALIDADE AMBIENTAL

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SELA CAIXA AZUL - CAIXA
A Caixa criou uma classificação socioambiental para os projetos habitacionais que financia. O chamado
Selo Casa Azul é a forma que o banco encontrou de promover o uso racional de recursos naturais nas
construções e a melhoria da qualidade da habitação. A principal missão é reconhecer projetos que adotam
soluções eficientes na construção, uso, ocupação e manutenção dos edifícios. São 53 critérios de avaliação,
divididos em 6 categorias:
• Qualidade Urbana;
• Projeto e Conforto;
• Eficiência Energética;
• Conservação de Recursos Materiais;
• Gestão da Água;
• Práticas Sociais.
Para receber o Selo Casa Azul, o empreendimento deve obedecer a 19 critérios obrigatórios e, de
acordo com o número de critérios opcionais atendidos, o projeto ganha o selo nível bronze, prata ou ouro:
• Bronze: atende aos 19 itens obrigatórios;
• Prata: atende aos 19 itens obrigatórios, mais 6 opcionais;
• Ouro: atende aos 19 itens obrigatórios, mais, pelo menos, 12 opcionais.
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SELA CAIXA AZUL - CAIXA
A adesão ao Selo é voluntária e o proponente deve
manifestar o interesse em obtê-lo para que o projeto seja
analisado. A certificação se aplica a todos os tipos de
projetos de empreendimentos habitacionais apresentados
à Caixa para financiamento ou nos programas de repasse.
Podem se candidatar ao Selo as empresas construtoras, o
Poder Público, empresas públicas de habitação,
cooperativas, associações e entidades representantes de
movimentos sociais.
A certificação é gratuita e é um bom modo de
comprovar que o empreendimento é de qualidade e
sustentável, agregando valor no preço de venda e gerando
mais satisfação para o cliente. Além disso, a empresa que
receber o selo acaba sendo protagonista de marketing
espontâneo, pois a Caixa divulga construções certificadas
no seu site, em eventos, imprensa e Feirões.
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SELO PROCEL EDIFICAÇÕES
O Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações – Procel Edifica – foi instituído em 2003
pela Eletrobras/Procel e atua de forma conjunta com o Ministérios de Minas e Energia, o Ministério das
Cidades, as universidades, os centros de pesquisa e entidades das áreas governamental, tecnológica,
econômica e de desenvolvimento, além do setor da construção civil.
A criação do Programa incentiva a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz,
ventilação etc.) nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente.
O consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no
país. Estima-se um potencial de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para
aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em edificações.
O Selo Procel Edificações, estabelecido em novembro de 2014, é um instrumento de adesão
voluntária que tem por objetivo principal identificar as edificações que apresentem as melhores
classificações de eficiência energética em uma dada categoria.
Para obter o Selo Procel Edificações, recomenda-se que a edificação seja concebida de forma eficiente
desde a etapa de projeto, ocasião em que é possível obter melhores resultados com menores
investimentos, podendo chegar a 50% de economia. A metodologia de avaliação varia de acordo com o tipo
de eficicação (se comercial, residencial, etc).
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SELO PROCEL EDIFICAÇÕES
Em geral, nos edifícios comerciais, de
serviços e públicos são avaliados três sistemas:
envoltória, iluminação e condicionamento de
ar. Nas unidades habitacionais são avaliados: a
envoltória e o sistema de aquecimento de
água.
A Etiqueta Nacional de Conservação de
Energia, que vai de E (pouco eficiente) até A
(muito efciente) é concedida em duas etapas:
na etapa de projeto e depois de construído o
empreendimento. Os Selos são emitidos pela
Eletrobrás após a avaliação realizada por um
Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) pelo
Inmetro, com escopo de Eficiência Energética
em Edificações – OIA-EEE.

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QUALIFICAÇÃO QUALIVERDE
A legislação de construções verdes é um conjunto de dispositivos criados para incentivar a adoção de
práticas de sustentabilidade nas construções do Município.
Tal conjunto é composto pelo Decreto 35.745/2012, que qualifica os projetos que adotarem práticas e
ações de sustentabilidade e pela Lei de Benefícios Fiscais, que concede tais benefícios aos edifícios
qualificados.
O decreto envolve diversas ações relativas a Gestão da Água, Eficiência Energética, Desempenho
Térmico e Projeto, sendo qualificado o projeto que aplicar, no mínimo, 70 pontos nas ações de
sustentabilidade propostas no Decreto. Os projetos que obtiverem 100 pontos serão qualificados como
Qualiverde Total.
Desta forma, é possível escolher quais ações de sustentabilidade serão adotadas, adequando o projeto
e ampliando a possibilidade de qualificação das construções em diferentes áreas da cidade com
características e legislações diferentes. Tal formato de decreto também permite o acompanhamento de
novas tecnologias.

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QUALIFICAÇÃO QUALIVERDE

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QUALIFICAÇÃO QUALIVERDE
FSC (Forest Stewardship Council) é uma organização independente, não governamental, sem fins
lucrativos, criada para promover o manejo florestal responsável ao redor do mundo.
O conceito da certificação FSC surgiu para incentivar a compra de materiais e produtos à base de
madeira proveniente de manejo responsável das florestas. Hoje, a instituição é uma das que mais tem
credibilidade quando se trata de certificar a procedência sustentável de produtos madeireiros e não
madeireiros originados do bom manejo florestal.
Atualmente existem três modalidades de certificação:
• Manejo florestal;
• Cadeia de custódia;
• Madeira controlada.

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LEITURA SUGERIDA

CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA: CONHEÇA O BIM 10D – 17/01/2022


https://biblus.accasoftware.com/ptb/construcao-industrializada-conheca-o-bim-10d/

Do BIM ao BOS – 12/09/2022


https://biblus.accasoftware.com/ptb/do-bim-ao-bos/

CONCRETO VERDE – 04/2008


https://revistapesquisa.fapesp.br/concreto-verde/

NORMA ADMITE AGREGADOS RECICLADOS EM CONCRETO ESTRUTURAL – 17/11/2021


https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/norma-admite-agregados-reciclados-em-
concreto-estrutural/

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AVALIAÇÃO CONTÍNUA – DURANTE A AULA

Aula 03 – Com base na leitura intitulada Norma Admite Agregados Reciclados em


Concreto Estrutural elabore um artigo (resenha) apontando um possível uso do concreto reciclado
na construção civil, que não seja na pavimentação de rodovias. Faça as seguintes observações:

• Uso e Potencialidades de Aplicação (para que uso se destina, qual(is) material(is) visa substituir,
aplicações em engenharia para o qual poderia ser indicado, agora que o uso é estrutural, etc);
• Vantagens e Desvantagens;
• Controle tecnológico.

Grupos de 04 a 06 alunos.
Postagem em pdf contendo o número e matrícula de todos os alunos pertencentes ao grupo.
O texto deve ser elaborado pelo grupo, conter figuras explicativas, as fontes de referência (onde foi
consultado) e não deve ser “corte e cola” do texto original.
Resenha de 02 a 03 páginas. Não esquecer de colocar o título na resenha.

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ATIVIDADE AUTÔNOMA AURA – PÓS AULA
Questão 1
No contexto da sustentabilidade dos materiais, analise as 3 afirmações apresentadas abaixo e depois
assinale a opção CORRETA dentre as opções fornecidas:
I O REPLAST, material que utiliza resíduos plásticos retirados do oceano, é comumente utilizado
para produção de blocos modulares
II O BIOPLÁSTICO, por ser produzido a partir de derivados de petróleo, são usados na fabricação
de inúmeros produtos ligados à construção civil, como pisos, rodapés, revestimentos e divisórias.
III O BIOPLÁSTICO se decompõe com maior rapidez na natureza pelo fato de serem produzidos a
partir de derivados de petróleo.
a) As 3 afirmativas estão corretas
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
c) As afirmativas I e III estão corretas
d) Somente a afirmativa I está correta
e) Apenas a afirmativa III está correta

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ATIVIDADE AUTÔNOMA AURA – PÓS AULA
Questão 2
Analise cuidadosamente as 3 opções abaixo
I O ECOTELHADO BRANCO é um revestimento térmico, produzido a partir de nano esferas ocas
(partículas infinitamente pequenas) de cerâmica, que são misturadas à resinas e aditivos e têm a
capacidade de refletir a radiação solar, reduzindo a temperatura interna do ambiente.
II O BAMBU é um material leve e muito fibroso, o que acarreta baixa resistência à tração,
características que o qualificam como material para uso estrutural;
III O ECOGRANITO é muito denso e pesado, além de ter um alto custo, uma vez que é fabricado
a partir de resíduos gerados pelo processo de extração de mármores e granitos, misturados a diversas
resinas, pigmentos inertes e água.
Agora, dentre as opções abaixo, assinale a CORRETA:
a) As 3 opções são corretas
b) Apenas a opção I é correta
c) Apenas a opção II é correta
d) Apenas a opção III é correta
Somente as opções I e III são corretas

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MATERIAL DE ESTUDO
De forma complementar, o assunto da aula também é
suportado no Capítulo 1 do livro BAUER, Luiz Alfredo Falcão.
Materiais de construção. 6a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019. Vol. 1.
Disponível em:

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/97885
21636632/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dcover]!/4/2/2%405
1:1

Acesse www.estudante.estacio.br – Tema 01 Módulo 04

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LEITURA COMPLEMENTAR

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