Imperfeições Nos Sólidos 006

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS

PROFESSOR LUCIANO ANDRADE
CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS
RECORDANDO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
CAPÍTULO 4 – ESTRUTURA DE SÓLIDOS CRISTALINO
ARRANJAMENTO ATÔMICO
Organização dos átomos Organização dos átomos

na matéria cristalina na matéria amorfa
ARRANJAMENTO ATÔMICO
 Os materiais sólidos podem ser
classificados em cristalinos ou não-
cristalinos de acordo com a regularidade
na qual os átomos ou íons se dispõem em
relação à seus vizinhos.
 Material cristalino é aquele no qual os
átomos encontram-se ordenados sobre
longas distâncias atômicas formando uma
estrutura tridimensional que se chama de
rede cristalina.
 Todos os metais, muitas cerâmicas e alguns
polímeros formam estruturas cristalinas sob
condições normais de solidificação.

MATERIAIS POLICRISTALINOS

 Diagramas esquemáticos dos
vários estágios durante a
solidificação de um material
policristalino; os retículos
quadrados representam células
unitárias. (a) Pequenos núcleos de
cristalização (cristalitos). (b)
Crescimento dos cristalitos;
também é mostrada a obstrução
de alguns grãos adjacentes entre
si. (c) À conclusão da solidificação,
grãos com formas irregulares
foram formados. (d) A estrutura
granular como ela apareceria em
um microscópio; as linhas escuras
são os contornos de grãos.


PROCESSO DE SOLIDIFICAÇÃO METAIS
 SOLIDIFICAÇÃO – O processo de solidificação sofre a influência
de fatores como composição do material, material do molde,
temperatura de vazamento.
 É um processo que se dá basicamente em duas etapas:
 Formação do núcleo ou Nucleação
 Crescimento e formação do cristal. Formação da estrurura granular.
Os cristais crescem até se encontrarem uns com os outros
Nucleação Crescimento dos cristais Estrutura granular

Líquido

 A estrutura dos grãos

formados no processo de
solidificação de um metal em
um lingote pode apresentar
três zonas distintas. São as
coquilhada, zona colunar, e
zona equiaxial. O Formato
dos grãos são: Equiaxial que
apresenta mesmo formato e
tamanho em todas as
direções. Colunar com
formato alongado.

 muestra diferentes lingotes de

una aleación cobre-aluminio de
distinto grado de pureza, en los
cuales se observa que la
proporción de granos
columnares se reduce
considerablemente respecto a
los granos equiaxiales: con
menor sobrecalentamiento del
líquido y con mayor nivel de
soluto de cobre en el de
aluminio, estas condiciones
producen un refinamiento de
los granos del lingote.

IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS
O QUE É UM DEFEITO?
 É uma imperfeição ou um "erro" no arranjo periódico
regular dos átomos em um cristal.
 Podem envolver uma irregularidade
 na posição dos átomos
 no tipo de átomos
 O tipo e o número de defeitos dependem do material,
do meio ambiente, e das circunstâncias sob as quais
o cristal é processado.

CONTORNO DE GRÃO
 Região entre os cristais
 Região de transição entre os
reticulados cristalinos
 Pouco desordenado
 Baixa densidade
 Alta mobilidade
 Alta difusividade
 Alta reatividade química

 Apenas uma pequena fração dos sítios atômicos são

imperfeitos
Menos de 1 em 1 milhão
 Menos sendo poucos eles influenciam muito nas
propriedades dos materiais e nem sempre de forma
negativa

IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS
IMPORTÂNCIA
DEFEITOS
INTRODUÇÃO CONTROLE
ARRANJO
SELETIVA DO NÚMERO
Permite desenhar e criar novos materiais

com a combinação desejada de propriedades

Exemplos de efeitos da presença de imperfeições
 O processo de dopagem em semicondutores visa criar
imperfeições para mudar o tipo de condutividade em
determinadas regiões do material
 A deformação mecânica dos materiais promove a
formação de imperfeições que geram um aumento na
resistência mecânica (processo conhecido como
encruamento)
 Wiskers de ferro (sem imperfeições do tipo discordâncias)
apresentam resistência maior que 70GPa, enquanto o
ferro comum rompe-se a aproximadamente 270MPa.

Classificados de acordo com sua geometria ou dimensões
 Defeitos Pontuais associados com 1 ou 2 posições

atômicas:
 LACUNAS;
 ÁTOMOS INTERTICIAIS;
 ÁTOMOS SUBSTITUCIONAIS.
 Defeitos de Linha uma dimensão:
 DESLOCAÇÕES.

Classificados de acordo com sua geometria ou dimensões
 Defeitos planos ou interfaciais (fronteiras) duas
dimensões :
 SUPERFÍCIE EXTERNA
 CONTORNO DE GRÃO
 FRONTEIRAS ENTRE FASES
 MACLAS OU TWINS
 DEFEITOS DE EMPILHAMENTO
 Defeitos volumétricos três dimensões
 INCLUSÕES
 PRECIPITADOS
 FASES
 POROSIDADE
DEFEITOS PONTUAIS
 Lacuna ou vazios
 Átomos Intersticiais
 Schottky
Ocorrem em sólidos iônicos
 Frenkel
LACUNAS DEFEITOS PONTUAIS
 Envolve a falta de um
átomo
 São formados durante
a solidificação do
cristal ou como
resultado das vibrações
atômicas (os átomos
deslocam-se de suas
posições normais)
 DISTORÇÕES NO PLANO DEVIDO A LACUNAS
Vacancy
distortion
of planes

 Micrografia de varredura por
sonda (gerada com a
utilização de um microscópio
de tunelamento de
varredura) que mostra um
plano (111) para o silício. A
seta aponta para a
localização de um átomo de
silício que foi removido
utilizando-se uma sonda
com ponta nanométrica de
tungstênio. Defeito de
lacuna vazio na rede
cristalina. Ampliação de
20.000.000 X
ÁTOMOS INTERTISIAIS DEFEITOS PONTUAIS
 Envolve um átomo extra no

interstício (do próprio cristal)
 Produz uma distorção no
reticulado, já que o átomo
geralmente é maior que o espaço
do interstício
 A formação de um defeito
intersticial implica na criação de
uma vacância, por isso este
defeito é menos provável que
uma LACUNA
 DISTORÇÕES NO PLANO DEVIDO A ÁTOMOS INTERTISIAIS
self-
interstitial
distortion
of planes
Átomo intersticial pequeno Átomo intersticial grande


DEPENDÊNCIA DO NÚMERO DE LACUNAS EM EQUILIBRIO
COM A TEMPERATURA
 O número de lacunas depende da temperatura e
aumenta exponencialmente de acordo com:
Nl= N exp (-Ql/KT)
Nl = número de lacunas em equilíbrio

N = número total de sítios atômicos
Ql = energia necessária para formação de uma lacuna
K = constante de Boltzman = 1,38x1023J/at.K ou
8,62x10-5 eV/ at.K

DEPENDÊNCIA DO NÚMERO DE LACUNAS EM EQUILÍBRIO COM A
TEMPERATURA
-Q  NOS PODEMOS OBTER

Nl
= exp 
 l  O VALOR DE Ql
N  kT  EXPERIMENTALMENTE
Cada sitio do reticulado é uma
lacuna em potencial
Nl
Nl Inclinação
N ln
N
exponential -Ql /k
dependence!
T
Concentração de defeitos 1/T
EXERCÍCIO N° 1
Cálculo do número de lacunas a uma temperatura específica
Calcule o número de lacunas em equilíbrio em 1 m3 de Cu a 1000C.
• Dados:
r = 8.4 g/cm3 ACu= 63.5 g/mol
Ql= 0.9 eV/atom NA= 6.02 x 1023 atoms/mol

EXERCÍCIO N° 1
Calcule o número de lacunas em equilíbrio em 1 m3 de Cu a 1000C.
• Solução:
-Q 
exp  
Nl =
 l
N  kT 
1°) Determinar o número de sítios atômicos N por m3 para o Cu de acordo
com a relação:
NA
N =r x x 1 m3
A Cu

EXERCÍCIO N° 1
• Solução:
1°) Determinar o número de sítios atômicos N por m3 para o Cu de acordo
com a relação:
N = (8.4 g/cm3)x(6,023x1023 átomos/mol)x(106 cm3/m3) = 8,0x1028átomos/m3
65,3 g/mol
2°) Determinar o número de lacunas a 1000°C
0.9 eV/atom
-Q 
exp   = 2.2 x 1025 lacunas/m3
Nl =
 l
N  kT 
1273K
8,0x1028átomos/m3 8.62 x 10-5 eV/atom-K

OBSERVAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE LACUNAS EM EQUILIBRIO
Island grows/shrinks to maintain

equil. vancancy conc. in the
bulk.
• Vista do plano (110) da superficie da liga

NiAl em microscópio eletrônico. O aumento
da temperatura causa a formação de ilhas
na superficie devido o aumento do
Reprinted with permission from Nature (K.F. McCarty, crescimento do número de átomos nesta
J.A. Nobel, and N.C. Bartelt, "Vacancies in região. Porque a concentração de equilibrio
Solids and the Stability of Surface Morphology",
Nature, Vol. 412, pp. 622-625 (2001). Image is das lacunas aumenta devido a um aumento
5.75 mm by 5.75 mm.) Copyright (2001) Macmillan
Publishers, Ltd. da movimentação dos atomos do interior do
cristal para a superficie onde eles se juntam
formando as ilhas.
DEFEITOS PONTUAIS
FRENKEL
 Ocorre em sólidos iônicos
 Ocorre quando um íon sai
de sua posição normal e
vai para um interstício
DEFEITOS PONTUAIS
SCHOTTKY
 Presentes em compostos
que tem que manter o
balanço de cargas
 Envolve a falta de um
ânion e/ou um cátion
IMPUREZAS NOS SÓLIDOS
Um metal considerado puro sempre tem impurezas

(átomos estranhos) presentes
99,9999% = 1022-1023 impurezas por cm3
A presença de impurezas promove a formação de

defeitos pontuais
LIGAS METÁLICAS
 As impurezas (chamadas elementos de liga) são

adicionadas intencionalmente com a finalidade:
aumentar a resistência mecânica

aumentar a resistência à corrosão
aumentar a condutividade elétrica
etc.
A ADIÇÃO DE IMPUREZAS PODE FORMAR
 Soluções sólidas < limite de

solubilidade
Segunda fase > limite de
solubilidade
A solubilidade depende :
Temperatura
Tipo de impureza
Concentração da impureza
SOLUÇÕES SÓLIDAS
 Nas soluções sólidas as impurezas podem ser:
 Intersticial
 Substitucional
Solução sólida Intersticial. Solução sólida substitucional.

(e.g., C no Fe) (e.g., Cu in Ni)
SOLUÇÕES SÓLIDAS
CARACTERÍSTICAS
A estrutura cristalina do material que atua como matriz

é mantida e não formam-se novas estruturas.
As soluções sólidas formam-se mais facilmente quando

o elemento de liga (impureza) e matriz apresentam
estrutura cristalina e dimensões eletrônicas semelhantes.
SOLUÇÕES SÓLIDAS
Os átomos de impurezas ou os Intersticial
elementos de liga ocupam os espaços
dos interstícios
Ocorre quando a impureza
apresenta raio atômico bem menor
que o hospedeiro (solvente)
Como os materiais metálicos tem
geralmente fator de empacotamento
alto as posições intersticiais são
relativamente pequenas
Geralmente, no máximo 10% de
Solução sólida Intersticial.
impurezas são incorporadas nos
(e.g., C no Fe)
interstícios

SOLUÇÕES SÓLIDAS
Intersticial
EXEMPLO DE SOLUÇÃO SÓLIDA INTERSTICIAL
Fe + C solubilidade máxima do C no
Fe é 2,1% a 910 C (Fe CFC)
O C tem raio atômico bastante pequeno se comparado com o Fe
rC= 0,071 nm= 0,71 A

rFe= 0,124 nm= 1,24 A

SOLUÇÕES SÓLIDAS
Intersticial
EXERCÍCIO N° 2
A Solubilidade do Carbono no Ferro
O carbono é mais solúvel no Ferro CCC ou CFC,
considerando a temperatura próxima da transformação
alotrópica?
ccc cfc
SOLUÇÕES SÓLIDAS
Substitucional
SUBSTITUCIONAL SUBSTITUCIONAL
ORDENADA DESORDENADA
SOLUÇÕES SÓLIDAS
Substitucional
FATORES QUE INFLUEM NA FORMAÇÃO DE
SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS
REGRA DE HOME-ROTHERY
 Raio atômico deve ter uma diferença de no
máximo 15%, caso contrário pode promover
distorções na rede e assim formação de nova
fase
 Estrutura cristalina mesma
 Eletronegatividade próximas
 Valência mesma ou maior que a do solvente

SOLUÇÕES SÓLIDAS
Substitucional
EXEMPLO DE SOLUÇÃO SÓLIDA SUBSTITUCIONAL
Cu + Ni são solúveis em todas as
proporções
Cu Ni
Raio atômico 0,128nm = 1,28 A 0,125nm = 1,25A
Estrutura CFC CFC
Eletronegatividade 1,9 1,8
Valência +1 (as vezes +2) +2


DEFEITOS LINEARES
DISCORDÂNCIAS
 As discordâncias estão associadas com a
cristalização e a deformação (origem: térmica,
mecânica, e supersaturação de defeitos pontuais)
 A presença deste defeito é a responsável pela

deformação, falha e ruptura dos materiais
 Podem ser:
- Cunha ou Aresta
- Hélice ou Espiral
- Mista

DEFEITOS LINEARES
VETOR DE BURGER (b)
 Dá a magnitude e a direção de distorção da rede
 Corresponde à distância de deslocamento dos

átomos ao redor da discordância

DEFEITOS LINEARES
DISCORDÂNCIA EM CUNHA OU ARESTA
 Envolve um semi-plano
extra de átomos
 O vetor de Burger é
perpendicular à direção da
linha da discordância
 Envolve zonas de tração e
compressão

DEFEITOS LINEARES

DEFEITOS LINEARES
VETOR DE BURGER (b)
 Dá a magnitude e a direção de distorção da rede
 Corresponde à distância de deslocamento dos

átomos ao redor da discordância

DEFEITOS LINEARES

DEFEITOS LINEARES
DISCORDÂNCIA EM CUNHA OU ARESTA EM MOVIMENTO

DEFEITOS LINEARES
DISCORDÂNCIA EM HÉLICE OU ESPIRAL
Produz distorção na
rede
O vetor de burger é
paralelo à direção da
linha de discordância

DEFEITOS LINEARES
Vista de cima. A linha de discordância se estende

ao longo da linha AB. Posições acima do plano de
escorregamento designadas por círculos abertos, e
o plano inferior de escorregamento são designados
por pontos fechados.

DEFEITOS LINEARES

DEFEITOS LINEARES
DISCORDÂNCIA EM HÉLICE E CUNHA EM MOVIMENTO

DEFEITOS LINEARES
DISCORDÂNCIA EM HÉLICE NA SUPERFÍCIE DE

UM MONOCRISTAL DE SiC. AS LINHAS ESCURAS
SÃO DEGRAUS DE ESCORREGAMENT SUPERFICIAIS.
(Fig. 5.3-2 in Schaffer et al.).

DEFEITOS LINEARES
DISCORDÂNCIAS MISTAS
Discordância mista: que possui caracteristicas de discordâncias em arestas, espiral e

mista. Vista superior posições acima do plano de escorregamento designadas por
círculos abertos, e o plano inferior de escorregamento são designados por pontos. No
ponto a, a discordância é puramente espiral, enquanto no ponto b ela é puramente
aresta. Na região onde existe uma curvatura a discordância é mista.

DEFEITOS LINEARES
Uma micrografia eletrônica

por transmissão de uma liga
de titânio em que as linhas
escuras são as
discordâncias. Ampliação
51.450X. Observação direta.

DEFEITOS LINEARES
Uma micrografia
eletrônica por
transmissão em que as
linhas escuras são as
discordâncias.
Observação direta.

DEFEITOS LINEARES
Uma micrografia
eletrônica por
transmissão.

DEFEITOS LINEARES
Uma micrografia
eletrônica por
transmissão.

DEFEITOS LINEARES
Observação de figura de ataque produzida na discordância vista no
sem micrografia eletrônica de varredura por sonda. Mapa
topográfico em escala atômica, detalhes da superfície.
Plano (111) do InSb Plano (111) do GaSb

CONSIDERAÇÕES GERAIS
 A quantidade e o movimento das discordâncias podem ser
controlados pelo grau de deformação (conformação
mecânica) e/ou por tratamentos térmicos.
 Com o aumento da temperatura há um aumento na

velocidade de deslocamento das discordâncias favorecendo o
aniquilamento mútuo das mesmas e formação de
discordâncias únicas.
 Impurezas tendem a difundir-se e concentrar-se em torno

das discordâncias formando uma atmosfera de impurezas.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O cisalhamento se dá mais facilmente nos planos de
maior densidade atômica, por isso a densidade das
mesmas depende da orientação cristalográfica.
 As discordâncias geram lacunas.
 As discordâncias influem nos processos de difusão.
 As discordâncias contribuem para a deformação

plástica.
DEFEITOS PLANOS OU INTERFACIAIS

 Envolvem fronteiras (defeitos em duas dimensões) e
normalmente separam regiões dos materiais de
diferentes estruturas cristalinas ou orientações
cristalográficas
Superfície externa
Contorno de grão
Fronteiras entre fases
Maclas ou Twins
Defeitos de empilhamento

CARACTERISTICAS
É o mais óbvio.
Na superfície os átomos não estão completamente

ligados.
Então o estado energia dos átomos na superfície é

maior que no interior do cristal.
Os materiais tendem a minimizar está energia


CONTORNO DE GRÃO
 Região entre os cristais

 Região de transição entre
os reticulados cristalinos
 Pouco desordenado
 Baixa densidade
 Alta mobilidade
 Alta difusividade
 Alta reatividade química

FORMAÇÃO DOS GRÃOS
 A forma do grão é controlada:

- pela presença dos grãos
circunvizinhos
 O tamanho de grão é
controlado
- Composição química
- Taxa (velocidade) de
cristalização ou solidificação

CONTORNO DE GRÃO
 Há um empacotamento ATÔMICO menos eficiente.
 Há uma energia mais elevada.
 Favorece a nucleação de novas fases (segregação).
 Favorece a difusão
O contorno de grão ancora o movimento das

discordâncias

OBSERVAÇÃO DOS GRÃOS E CONTORNOS DE GRÃO
 Por microscopia (ÓTICA OU ELETRÔNICA)
 Utiliza ataque químico específico para cada material
O contorno geralmente é mais reativo
GRÃOS VISTOS NO MICROSCÓPIO ÓTICO


SUPERFÍCIES EXTERNAS
 A coordenação atômica na superfície não é inteiramente comparável
aos átomos no interior do cristal.
 Os átomos superficiais têm seus vizinhos apenas de um lado; logo
possuem menos energia e estão menos firmemente ligados que os
átomos internos. Este fato da origem a uma energia de superfície

MACLASDEFEITOS
OU CRISTAIS GÊMEOSOU INTERFACIAIS
PLANOS
MACLAS OU CRISTAIS GÊMEOS (TWINS)
 É um tipo especial de
contorno de grão
 Os átomos de um lado do
contorno são imagens
especulares dos átomos do outro
lado do contorno
 A macla ocorre num plano

definido e numa direção
específica, dependendo da
estrutura cristalina

MACLASDEFEITOS
PLANOS
MACLAS OU CRISTAIS GÊMEOS (TWINS)
GRÃOS VISTOS NO MICROSCÓPIO ÓTICO


MACLASDEFEITOS
PLANOS
ORIGEM DAS MACLAS OU CRISTAIS GÊMEOS (TWINS)
 O seu aparecimento está

geralmente associado com A
PRESENÇA DE:
 tensões térmicas e mecânicas

 impurezas
 Etc.

MACLAS OUIMPERFEIÇÕES
CRISTAIS GÊMEOS
VOLUMÉTRICAS
 São introduzidas no processamento do material e/ou na

fabricação do componente:
Inclusões Impurezas estranhas.

Precipitados são aglomerados de partículas cuja
composição difere da matriz.
- Fases forma-se devido à presença de impurezas
ou elementos de liga (ocorre quando o limite de solubilidade
é ultrapassado).
- Porosidade origina-se devido a presença ou
formação de gases.
IMPERFEIÇÕES VOLUMÉTRICAS
INCLUSÕES  Impurezas estranhas
INCLUSÕES DE ÓXIDO DE COBRE (Cu2O) EM COBRE DE ALTA PUREZA (99,26%)

LAMINADO A FRIO E RECOZIDO A 800o C.

de baixo teorIMPERFEIÇÕES
de carbono (SAE-1015), desoxidado ao alumínio
VOLUMÉTRICAS
Inclusão observada em amostra do aço de baixo teor de carbono (SAE-1015),

desoxidado ao alumínio retirada do metal líquido, no forno-panela, após a adição de
alumínio e preparada utilizando o método metalográfico convencional.

VOLUMÉTRICAS
Inclusão observada em amostra do aço de baixo teor de carbono (SAE-1015),

desoxidado ao alumínio. Inclusões isoladas, após a dissolução total da matriz ferrítica
de amostras de fio máquina (inclusões 4, 5 e 6) e de tarugo (inclusão 7).

VOLUMÉTRICAS
PRECIPITADOS
 São
aglomerados
de partículas
cuja
composição
difere da
matriz

VOLUMÉTRICAS
PRECIPITADOS
 São
aglomerados
de partículas
cuja
composição
difere da
matriz

VOLUMÉTRICAS
PRECIPITADOS
 São
aglomerados
de partículas
cuja
composição
difere da
matriz
As micrografias das amostras tratadas a 1100 ºC durante 3 horas e resfriadas ao ar são

mostradas na Figura 3. Nota-se a presença de grandes grãos beta com precipitados de
alfa nos contornos e no interior dos grãos. Com uma magnitude maior, observa-se

VOLUMÉTRICAS
SEGUNDA FASE PERLITA
A MICROESTRUTURA É COMPOSTA POR VEIOS DE GRAFITA SOBRE UMA MATRIZ

PERLÍTICA. CADA GRÃO DE PERLITA, POR SUA VEZ, É CONSTITUÍDO POR LAMELAS
ALTERNADAS DE DUAS FASES: FERRITA (OU FERRO-α) E CEMENTITA (OU
CARBONETO DE FERRO).

VOLUMÉTRICAS
POROSIDADE
 Superfície de ferro puro durante o seu processamento por metalurgia do
pó. Nota-se que, embora a sinterização tenha diminuído a quantidade de
poros bem como melhorado sua forma (os poros estão mais arredondados),
ainda permanece uma porosidade residual.
COMPACTADO DE PÓ DE FERRO. COMPACTADO DE PÓ DE FERRO APÓS

COMPACTAÇÃO UNIAXIAL EM MATRIZ DE SINTERIZAÇÃO A 1150oC, POR 120min EM
TÉCNICAS DE MICROSCOPIA
DIMENSÕES DA CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS
Dimensões da característica estrutural (m)
Partículas subatômicas
Diâmetro dos átomos/íons
Comprimento das arestas

das células unitárias
Discordâncias (largura)
Partículas de segunda fase
Grãos
Características macroestruturais
(porosidade, lacunas, trincas)
Dimensões da característica estrutural (nm)

FAIXAS DE RESOLUÇÃO PARA TÉCNICAS DE MICROSCOPIA
Faixas de resolução úteis (m)
Microscópios de varredura por

sonda
Microscópios eletrônicos de
transmissão
Microscópios eletrônicos de
varredura
Microscópios ópticos
Olho nu
Faixas de resolução úteis (nm)

MICROSCOPIA ÓTICA
MICROSCOPIA ÓTICA
Superfície polida e
atacada quimicamente • Aumento até 2000X.
• A preparação da superficie
da amostra envolve lixamento
e polimento até que fique
espelhada refletindo a luz.
• O ataque com reagente
químico muda a refletividade
da luz dependendo da
orientação cristalográfica.
0.75mm
MICROSCOPIA ÓTICA
polished surface • Os contronos de grão

são imperfeições.
surface groove • São mais sucepitiveis
grain boundary ao ataque químico.
(a)
• São vistos como linhas
escuras pois refletem a
luz em ângulos
diferentes.
• Muda de direção.
Fe-Cr alloy
(b)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
01 – CALLISTER, William D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 7.

ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2008. ISBN:
9788521615958.
02 - VAN VLACK, L. H. Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais. 7a ed. Rio
de Janeiro: Campus, 1988. ISBN: 8570014805
03 – REED-HILL, Robert E. Princípios de Metalurgia Física. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Dois S.A., 1982.
04 – HIGGINS, Raymond A. Propriedades e Estruturas dos Materiais em
Engenharia. São Paulo: DIFEL Difusão Editorial S.A., 1982.
05 – NOTAS DE AULAS Professora Eliani Maria da Costa DEM/PUCRS.

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CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 4 – ESTRUTURA DE SÓLIDOS CRISTALINO

Organização dos átomos Organização dos átomos

CAPÍTULO 4 – ESTRUTURA DE SÓLIDOS CRISTALINO

CAPÍTULO 4 – ESTRUTURA DE SÓLIDOS CRISTALINO

CAPÍTULO 4 – ESTRUTURA DE SÓLIDOS CRISTALINO

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

Nucleação Crescimento dos cristais Estrutura granular

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

 A estrutura dos grãos

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

 muestra diferentes lingotes de

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

 Apenas uma pequena fração dos sítios atômicos são

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

Permite desenhar e criar novos materiais

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

 Defeitos Pontuais associados com 1 ou 2 posições

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

LACUNAS DEFEITOS PONTUAIS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

LACUNAS DEFEITOS PONTUAIS

 DISTORÇÕES NO PLANO DEVIDO A LACUNAS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

LACUNAS DEFEITOS PONTUAIS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ÁTOMOS INTERTISIAIS DEFEITOS PONTUAIS

 Envolve um átomo extra no

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ÁTOMOS INTERTISIAIS DEFEITOS PONTUAIS

 DISTORÇÕES NO PLANO DEVIDO A ÁTOMOS INTERTISIAIS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ÁTOMOS INTERTISIAIS DEFEITOS PONTUAIS

Átomo intersticial pequeno Átomo intersticial grande

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

Nl= N exp (-Ql/KT)

Nl = número de lacunas em equilíbrio

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

-Q  NOS PODEMOS OBTER

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

Island grows/shrinks to maintain

• Vista do plano (110) da superficie da liga

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

IMPUREZAS NOS SÓLIDOS

Um metal considerado puro sempre tem impurezas

99,9999% = 1022-1023 impurezas por cm3

A presença de impurezas promove a formação de

CAPÍTULO 5 – IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

 As impurezas (chamadas elementos de liga) são