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Estrutura dos Metais:

Estruturas Cristalinas e
Imperfeições Estruturais
ENE040 – Materiais Elétricos

Professores: Janaína Gonçalves de Oliveira


Exuperry Barros Costa
Estrutura dos Metais
• Diversos arranjos de átomos são possíveis no
estado sólido, dependendo da ligação dos
átomos
• Metais apresentam estruturas cristalinas:
átomos dispostos numa sequência periódica
em grandes porções do material, após
solidificação
Estrutura Cristalina dos Metais
• Propriedades dos metais dependem dessa
estrutura cristalina
• Estruturas cristalinas compostas de células
unitárias do cristalino
• Devido à natureza não direcional das ligações
metálicas as células unitárias mais comuns
são:
– Cúbica de Face Centrada
– Cúbica de Corpo Centrado
– Hexagonal Compacta
Estrutura Cristalina dos Metais
• Propriedades dos metais dependem dessa
estrutura cristalina
• Estruturas cristalinas compostas de células
unitárias do cristalino
• Devido à natureza não direcional das ligações
metálicas as células unitárias mais comuns
são:
– Cúbica de Face Centrada Células unitárias: porção
geométrica da distribuição de
– Cúbica de Corpo Centrado átomos/íon

– Hexagonal Compacta
Estrutura Cristalina dos Metais
Tabela 1: Raio atômico e Estrutura Cristalina
Estrutura Cristalina dos Metais
• Cúbico de Face Centrada (CFC):
Estrutura Cristalina dos Metais
• Cúbico de Corpo Centrado (CCC):
Estrutura Cristalina dos Metais
• Hexagonal Compacto (HC):
Estrutura Cristalina dos Metais
• A estrutura cristalina dos metais nasce do
processo e resfriamento
• Monocristais: formação cristalina ininterrupta
ao longo de todo material
• Exemplo: cristal de silício
Estrutura Cristalina dos Metais
• Materiais policristalinos: inúmeros pequenos
cristais formam a maioria dos materiais
• Grão crescem a partir de
pequenos cristais
• Material é impregnado na
extremidade dos grãos
• Alguns grãos se fundem
durante o processo
• Conjunto de grãos com
orientações aleatórias e
fronteira de estrutura não
definida
Painel fotovoltáico:
policristalino x monocristalino

Monocristalino:
• mais caro (processo de fabricação)
• Maior produção por área
Estrutura Cristalina dos Metais
Estrutura Cristalina dos Metais

Vídeo: Processo de
Cristalização da Prata
Estrutura Cristalina dos Metais
• O tamanho e o número de grãos influencia as
propriedades dos materiais
• Pode-se controlar estes fatores através de:
– Velocidade de resfriamento
– Adição de elementos estranhos (formação de
ligas)
• Para rápido resfriamento
– Aumento do número de grãos
– Redução do tamanho individual dos grãos
Anisotropia
• Se as propriedades físicas dependem da orientação
dos grãos após solidificação -> Anisotropia!
• Sendo assim, o material é anisotrópico
• Como os grãos são distribuídos de maneira aleatória,
a média das propriedades podem ser iguais em
qualquer direção (isotrópicos)
Direções Cristalográficas

As direções [100], [110] e [111]


dentro de uma célula unitária
Difração de Raios-X:
determinação de estruturas cristalinas
Difração de Raios-X:
determinação de estruturas cristalinas

Amostra policristalina de
ferro: os picos são
referentes à interferência
construtiva, relativas à
distância entre os planos
Difração de Raios-X:
determinação de estruturas cristalinas

Laboratório Nacional de Luz Síncrotron - Campinas


Checklist
• Estruturas Cristalinas x Estruturas amorfas
• Estruturas cristalinas – metais
• Células Unitárias
• CFC, CCC, HC
• Monocristais x Policristais
• Grãos
• Anisotropia x Isotropia
• Difração de Raios-X
Imperfeições no Cristalino
• As imperfeições na rede cristalina alteram as
propriedades dos materiais
• As mais comum são:
– Defeitos pontuais
– Defeitos lineares
– Defeitos de fronteira (grãos)
– Impurezas nos sólidos (ligas)
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos Pontuais
• Tipos:
– Intersticial
– Vazios
• Tensões localizadas
• Presença depende da
temperatura
𝑄
− 𝑣
𝑁𝑙 = 𝑛𝑒 𝑘𝑇
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos Pontuais
• Tipos:
– Intersticial
– Vazios
• Tensões localizadas
• Presença depende da
temperatura
𝑄
− 𝑣
𝑁𝑙 = 𝑛𝑒 𝑘𝑇
Número de lacunas em equilíbrio:
aumenta com a temperatura
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos Lineares
• Discordância:
desalinhamento de um
plano na estrutura
cristalina
• Origem:
– Solidificação
– Deformação plástica
– Rápido resfriamento
Discordância de aresta
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos Lineares
• Discordância: desalinhamento de um plano
na estrutura cristalina
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos Lineares

Discordâncias em uma amostra de titânio


vista por um microscópio eletrônico
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos de Interface
• Onde ocorrerão??
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos de Interface
• Superficiais:
– Átomos não ligados na superfície
– Resulta em um nível energético maior nesta região
– Maior tensão
– Em líquidos esta energia é minimizada com a redução da
superfície
Imperfeições no Cristalino:
Defeitos de Interface
• Fronteira: característicos dos
grãos cristalinos
– Na região de transição a
distância entre os átomos é
maior
– Logo a energia nessa região é
superior
– Maiores tensões e reatividade
– Impurezas podem se alojar mais
facilmente
– Fundamentais nos mecanismos
de deformação plástica
Impurezas em Sólidos
• Estão sempre presentes
• Dependendo do nível de pureza, aparecem
como defeitos pontuais
• Ligas: impurezas adicionada
intencionalmente, para atribuir ao material
uma certa característica específica
• Ligas são formadas por soluções sólidas:
– Substitucionais
– intersticiais
Ligas
• Monofásicas: solução sólida onde não é
ultrapassado o limite de solubilidade do
soluto no solvente. Possuem somente uma
fase
• Polifásicas: os materiais participantes da liga
coexistem em fases distintas, com estruturas
também distintas
• Materiais polifásicos serão discutidos ainda
nesse capítulo
Impurezas em Sólidos
• Prata de lei: 92,5% Prata – 7,5% Cobre
• Solvente?
• Soluto?
Impurezas em Sólidos
• Soluções sólidas dependem:
– Tamanho do átomo
– Estrutura cristalina dos átomos
– Eletronegatividade
– valência
Impurezas em Sólidos
• Soluções sólidas dependem:
– Tamanho do átomo ±𝟏𝟓% -> solubilidade aumenta
– Estrutura cristalina dos átomos
– Eletronegatividade
– valência
Impurezas em Sólidos
• Soluções sólidas dependem:
– Tamanho do átomo ±𝟏𝟓% -> solubilidade aumenta
– Estrutura cristalina dos átomos Mesma estrutura
-> solubilidade aumenta
– Eletronegatividade
– valência
Impurezas em Sólidos
• Soluções sólidas dependem:
– Tamanho do átomo ±𝟏𝟓% -> solubilidade aumenta
– Estrutura cristalina dos átomos Mesma estrutura
Semelhante -> solubilidade aumenta
– Eletronegatividade -> solubilidade
aumenta
– valência
Impurezas em Sólidos
• Soluções sólidas dependem:
– Tamanho do átomo ±𝟏𝟓% -> solubilidade aumenta
– Estrutura cristalina dos átomos Mesma estrutura
Semelhante -> solubilidade aumenta
– Eletronegatividade -> solubilidade
aumenta
– valência
Solvente com
maior valência
-> solubilidade
aumenta
Impurezas em Sólidos
• Exemplo: solubilidade em cobre
Impurezas em Sólidos

Propriedades
do Latão
(Cu-Zi)
Dúvidas??
Bibliografia
• Ciência e Engenharia de Materiais: Uma
Introdução, 5ª edição, Capítulo 3 e 4, William
D. Callister, Jr

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