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Estrutura dos Metais:

Estruturas Cristalinas e
Imperfeições II
ENE040 – Materiais Elétricos

Professores: Janaína Gonçalves de Oliveira


Exuperry Barros Costa
Quiz!
• Esta estrutura representa uma células
unitária do tipo:

A. CFC
B. CCC
C. HC
Quiz!
• Esta estrutura representa uma células
unitária do tipo:

A. CFC
B. CCC
C. HC
Quiz!
• Células unitárias são grupos de:

A. Elétrons
B. Átomos
C. Íons
Quiz!
• Células unitárias são grupos de:

A. Elétrons
B. Átomos
C. Íons
Quiz!
• A estrutura cristalina dos metais se forma
através do seu

A. Aquecimento
B. Resfriamento
Quiz!
• A estrutura cristalina dos metais se forma
através do seu

A. Aquecimento
B. Resfriamento
Quiz!
• Os defeitos intersticiais são defeitos:

A. Lineares
B. Pontuais
C. Fronteira
Quiz!
• Os defeitos intersticiais são defeitos:

A. Lineares
B. Pontuais
C. Fronteira
Deformação dos Metais
Cisalhamento
Tração

Torção

Compressão
Propriedades Mecânicas dos Metais
Propriedades Mecânicas dos Metais

• Pergunta:

Qual é a diferença entre


ductibilidade e dureza?
Deformação dos Metais
• Deformação elástica:
Deformação dos Metais
• Deformação plástica:
Mecanismos de Escorregamento
• Análogo ao movimento da ruga no
tapete
Mecanismos de Escorregamento

Vídeo: Mecanismo de
Escorregamento
Deformação Plástica em Monocristais
• Escorregamento de
um monocristal
deformado
plasticamente
• O escorregamento
ocorre mais
facilmente ao
longo de direções
e planos
preferenciais
Deformação Plástica
• Escoamento através de deslocamento
de discordâncias
Deformação Plástica
• Monocristais metálicos: deformação
ocorre pelo cisalhamento plástico ou
pelo escorregamento cristalino
• Energia da discordância: menor na
presença de impurezas, pois deve
fornecer energia para continuar o
escorregamento, o que restringe seu
movimento
Deformação Plástica:
Materiais Policristalinos
• Contornos dos grãos interferem com o
escorregamento (nível energético mais
elevado)
• Impacto no limite de escorregamento:
– Interrompem planos de cisalhamento
– Grãos solicitados por tensões diferentes
– Tensão de cisalhamento depende da orientação
dos grãos
– Há um número de planos possíveis de
escorregamento
Deformação Plástica:
Materiais Policristalinos
• Mesmo que o grão esteja
orientado
favoravelmente em
relação à tensão
aplicada, este só se
deformará quando os
grãos adjacentes,
orientados de maneira
menos favorável,
também sejam capazes
de sofrer
escorregamento
• Nível mais elevado de
tensão deve ser aplicado
Deformação Plástica:
Materiais Policristalinos
Deformação Plástica:
Materiais Policristalinos
• Metais policristalinos são mais
resistentes que seus equivalentes
monocristalinos
• Maiores tensões são necessárias para dar
início ao escorregamento
• Isso ocorre em grande parte também
como resultado das restrições
geométricas que são impostas aos grãos
durante a deformação plástica
Modificação das
Propriedades dos materiais
• Aumento da resistência e da dureza:
– Redução dos Grãos
– Soluções Sólidas
– Encruamento
• Resumindo:
“Restringir ou impedir o movimento das
discordâncias confere maior dureza e mais
resistência ao material”
Modificação das
Propriedades dos materiais
Modificação das
Propriedades dos materiais
Microestruturas:
• Diversos grãos que compõem o material,
com suas distintas características,
separados pelos seus contornos.
• Podem ser alteradas através de mudanças
no tamanho, forma e orientação dos grãos
Modificação das
Propriedades dos materiais
• Tamanho do grão -
Ax B
• Forma do grão –
AxC
• Orientação
preferencial - B x D
Modificação das
Propriedades dos materiais
Qual procedimento permite
diminuir (“refinar”) o grão?

• A única maneira de diminuir o tamanho


do grão é através de deformação plástica

Encruamento/Recozimento
Modificação das
Propriedades dos materiais

• Deformação plástica: endurecimento


pela deformação a frio ou
encruamento
• Rearranjo dos átomos: os cristais são
submetidos a temperaturas elevadas
(processo de recozimento)
Modificação das
Propriedades dos materiais

• Amolecimento
por
recristalização
para o latão
(65 Cu – 35 Zn)
Modificação das
Propriedades dos materiais
Temperatura de recristalização

• Amolecimento
por
recristalização
para o latão
(65 Cu – 35 Zn)
Quiz!
• Qual discordância pode existir em um
material monocristalino?

A. Linear
B. Fronteira
C. Pontual
Quiz!
• Qual discordância pode existir em um
material monocristalino?

A. Linear
B. Fronteira (a de superfície pode existir a
de contorno dos grãos não!)
C. Pontual
Quiz!
• A deformação plástica nos metais
corresponde ao movimento de?

A. Átomos
B. Elétrons
C. Discordâncias
Quiz!
• A deformação plástica nos metais
corresponde ao movimento de?

A. Átomos
B. Elétrons
C. Discordâncias
Quiz!
• Comparando as tensões para se obter
uma deformação plástica em um metal,
ela deverá ser maior no caso de um:

A. Monocristal
B. Policristal
Quiz!
• Comparando as tensões para se obter
uma deformação plástica em um metal,
ela deverá ser maior no caso de um:

A. Monocristal
B. Policristal
Quiz!
• Para aumentarmos a dureza de um metal
deve-se:

A. Aumentar o tamanho dos grãos


B. Adicionar impureza
C. Resfriar o material rapidamente
Quiz!
• Para aumentarmos a dureza de um metal
deve-se:

A. Aumentar o tamanho dos grãos


B. Adicionar impureza
C. Resfriar o material rapidamente
Modificação das
Propriedades dos materiais
• Aumento da temperatura: aumento da
vibração térmica, facilitando a transferência
de átomos na interface dos grãos pequenos
para os maiores
• Rearranjo leva ao aumento do diâmetro do
grão
• Abaixamento da temperatura:
diminui/interrompe o processo, mas não o
reverte
• Deformação a frio: encruamento
Encruamento
• Deformação a frio
• Fenômeno pelo qual o metal dúctil se
torna mais duro e resistente quando
é submetido a uma deformação
plástica.
• A maioria dos metais encrua à
temperatura ambiente
• Nível energético maior
Encruamento
Encruamento
• Percentual de Trabalho a Frio:

𝐴0 − 𝐴𝑑
%𝑇𝐹 = × 100%
𝐴0

– 𝐴0 : área original da seção reta


– 𝐴𝑑 : área após o trabalho a deformação
Encruamento
• Aumento da dureza
• Aumento do limite de escoamento
• Aumento do limite de resistência
• Diminuição da ductibilidade
• Devido:
– Aumento da densidade das discordâncias
– Multiplicação das discordâncias pré-
existentes ou formação de novas
– Há ação repulsiva entre as discordâncias
Recozimento
• Tratamento térmico para restauração dos
efeitos do encruamento (temperaturas
elevadas o suficiente), quando pode
ocorrer:
– Recuperação
– Recristalização
– Crescimento de grãos
Recozimento
• Recuperação:
– Uma parte da energia interna de
deformação armazenada é
liberada em virtude do
movimento de discordâncias
– Anulação de parte das
discordâncias em configuração
de menor energia de
deformação
Recozimento
• Recristalização:
– Formação de um novo conjunto de grãos com
baixa densidade de discordâncias
– Devido ao crescimento dos grãos
– Diminuição da energia interna do sistema
– Processo dependente da temperatura, do
tempo de exposição e da quantidade de
trabalho a frio aplicado
Recozimento
• Influência do
trabalho a frio na
temperatura de
recristalização do
ferro
• Para trabalho
menor do que 5%
não ocorre
recristalização
Recozimento
• Influência do
recozimento numa
liga de latão, para
períodos de 1 hora
de exposição
Recozimento
Recozimento
Recozimento
Aço SAE 1045
recozido, atacado
quimicamente por
Nittal 2%, e
ampliado 500
vezes

Aço SAE 1045 que Aço SAE 1045 que


passou por processo passou por processo de
de têmpera a água, têmpera a óleo fino,
atacado atacado quimicamente
quimicamente por por Nittal 2%, e
Nittal 2%, e ampliado ampliado 500 vezes
500 vezes
Recozimento
• Temperatura de
Recristalização:
– Amolecimento por
recristalização para
o latão 65 Cu-35 Zn
Recozimento
• Crescimento dos Grãos:
– Após recristalização
grãos maiores tentem a
aumentar
– Ocorre deslocamento
das regiões de contorno
Recozimento
• Temperatura de Recristalização:
– Deformação a frio ou a quente?
– Acima da temperatura de recristalização:
Deformação a quente
– Abaixo da temperatura de recristalização
Deformação a frio
Recozimento
Aumento da Resistência por Solução
Sólida

Resistência à Tração: Tensile


Strength
Limite de Escoamento: Yield
Strength
Referências
• “Ciência e Engenharia de Materiais – uma
Introdução” Callister - Capítulos 3,4 e 7
• “Materiais Elétricos – Volume 1” Schmidt
Capítulo 1
Capítulo 5

Materiais
Polifásicos
Materiais Polifásicos
A existência de uma ou mais fases no
material:
• Permite a interação entre elas
ocasionando que as propriedades
resultantes sejam diferentes das
propriedades das fases isoladas
• Alterando tanto a forma como a
distribuição das fases é possível alterar as
propriedades do material
Materiais Polifásicos
• Para uma mistura heterogênea tem-se
mais de uma fase, na qual cada uma
possui seu arranjo atômico próprio:
• Exemplo: Solda composta por Sn-Pb
Materiais Polifásicos
• Exemplo: Solda composta por Sn-Pb
• Uma fase é a solução sólida de Sn no Pb,
que possui estrutura CFC
• A outra possui a estrutura do Sn (CCC)
com átomos de Pb em seu interior
Solubilidade e Eutético

• Curva de Solubilidade: mostra a variação


da solubilidade com a temperatura e
também demonstra um método simples de
colocar em gráfico a temperatura (ou outra
variável qualquer) como uma função da
composição.
Solubilidade e Eutético

Curva de Solubilidade: Açúcar x Água


Solubilidade e Eutético

Curva de Solubilidade: NaCl x Água


Solubilidade e Eutético

Eutético: A temperatura mais baixa na qual


uma solução resiste permanecendo
completamente líquida é a temperatura
eutética e a composição que a solução possui
neste ponto é a composição eutética.
A composição eutética para o sistema H2O-
NaCl é 76,7% de H2O e 23,3 % de NaCl.
Solubilidade e Eutético
• Em climas frios o CaCl2
é utilizado para
remover gelos das
estradas.
• Uma solução aquosa de
CaCl2 permanece
líquida até -51oC,
enquanto uma solução
análoga de NaCl
congela a -21oC.

Curva de Solubilidade: CaCl2 x Água


Solução Sólida

Solubilidade do Pb e Sn em Solubilidade do Sn na estrutura CFC do


ligas para soldas fundidas Pb sólido ( curva à esquerda).
Solubilidade do Pb na estrutura
tetragonal de corpo centrado do Sn
(curva à direita)
Solução Sólida
Esta figura mostra a
razão pela qual a liga
“60-40” é geralmente
utilizada em soldas: a
baixa temperatura do
eutético (183oC) permite
a formação de junções
Solubilidade do Pb e Sn em metálicas com um
ligas para soldas fundidas mínimo de aquecimento.
Diagrama de Fases

• Consiste em um
“mapa” a partir do
qual se pode
determinar as fases
presentes para
qualquer temperatura
e composição.

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