Você está na página 1de 65

Processos Metalúrgicos MAM402

Solidificação

Prof.Victor Hugo Velázquez Acosta


Engº Metalúrgico, MsC
Resfriamento a partir do estado Gasosos
• Liquidos
– Átomos apresentam elevado nível de energia
– Apenas ordem de curto alcance(átomos)
– Sem estrutura cristalina

• Sólidos
– Átomos vibram em posições fixas
– Ordem de longo alcance
– Estruturas cristalinas
Escala
Variação de Energia livre - ΔG
Nucleação
Nucleação homogênea
• Os núcleos da nova fase se formam de
maneira uniforme ao longo de toda a fase
original.
• Partícula esférica : maior volume/menor área
• Supresfriamento usualmente de centenas de
graus Celsius
Nucleação Heterogênea
– Presença de agentes nucleantes: superfície do recipiente,
impurezas insolúveis, ou material estrutural
– Prática industrial: super-resfriamento de 0,1 a 10°C
Sempre que há alguma afinidade
partícula/substrato ΔGhet é menor que
ΔGhom
Nucleação X Crescimento
Aplicação Prática da Teoria da Nucleação
Heterogênea

INOCULAÇÃO E REFINO DE GRÃO


• Adição ou Inoculação de substratos heterogêneos com alta
potência de nucleação (sob a forma de partículas finamente
divididas).

• Os INOCULANTES (REFINADORES) são distribuídos


uniformemente no seio do metal líquido por meio de um
veículo volátil a eles previamente adicionado.

• Cada partícula do NUCLEANTE atua como um SUBSTRATO


LOCALIZADO para a nucleação heterogênea da fase sólida,
devido ao fato de apresentar um alto índice de molhamento
pelo metal líquido.
Efeito prático
Crescimento de Grão
A forma em que acontece o crescimento de grão
depende de vários fatores:
• Composição química e natureza da liga
metálica.
• Taxa de resfriamento
• Superresfriamento da liga
Uma interface plana, por exemplo, ocorre em situações de baixas
velocidades de resfriamento (VL), baixa concentração de soluto (Co), baixo
grau de super-resfriamento constitucional (SRC) e altas taxas de gradiente
térmico (GL).
Planar
Colunar
Dendrítica
Tipos de Massalotes
Frentes de solidificação
Massalote
• O massalote tem a função de reabastecer o
molde durante a contração líquida e durante a
contração de mudança de fase (solidificação).
• Para isso o massalote deve:
– Ser o último elemento a solidificar
– Exercer pressão (coluna líquida) para sobre a peça em
formação.
– Ter reserva líquida suficiente para abastecer as zonas
contraídas.
Modulo de resfriamento
M= Volume/Área superficial
• Quanto maior o módulo maior o tempo de
resfriamento da peça. Que pode ser calculado
por:
t = CM2 onde C é uma constante do material
• O módulo de resfriamento do massalote deve
ser maior que o módulo de resfriamento da peça.
Mm=kMp
• k= coeficiente de segurança. Depende dos e
formatos materiais da peça e do molde
Massalote - Requisito
Volumétrico
• O volume do massalote deve ser maior ou igual ao volume
de metal a ser fornecido para compensação da contração
durante a solidificação.
Vm=bVp/ η -b
Vp=Volume da peça
b= Coeficiente de contração volumétrica
η = Rendimento do massalote,Caso Geral: η= 14%

• Exemplos para massalote cilindrico com


• H=1,5D (e=14%):
• Ligas de Al: Vm = Vp
• Acos: Vm = 0,4 Vp
Número de massalotes
• Regra geral: o massalote é capaz de abastecer
bem até uma região 2T distante. Sendo T a
espessura/altura da peça.
Opção do Resfriador
Contração linear (%)
• Ferro Fundido cinzento 1
• F.F. Alta resistência 1,3 a 1,4
• F.F. Branco 1,3 a 1,4
• F.F. alta liga 1,6
• F.F. Maleavel 1,2 a 1,3
• F.F. Nodular 1,3 a 1,5
Coeficiente de contração volumétrico

• LIGA b
• Bronze 0,04
• Latão 0,06 a 0,07
• Ligas de Mg 0,045 a 0,06
• Al Si 0,045 a 0,08
• Al Cu 0,065 a 0,08
• Al Mg 0,08 a 0,09
• Aço 0,8 %C 0,06 a 0,07
• Aço 0,3%C 0,05 a 0,06
Modelos de Massalotes
Posicionamento do massalote
Ligação do massalote a peça

Onde t= relação de espessuras


Direção de solidificação - Posição
do masssalote
Sistema de alimentação

Finalidades:
•Evitar turbulência superficial
•Manter avanço continuo da superfície liquida
•Evitar efeito “cascata” e a incorporação de bolhas
•Controlar a velocidade e evitar projeção de metal
Influencia da composição na
Fluidez
Efeito da posição da alimentação
Exemplos
Exemplo
Bacia de vazamento
Não recomendados
Bacias de vazamento
Bacia de vazamento
Canal de descida
Canal de descida
Exemplo de uso em Liga de Al
• Taxa de alimentação media: 1,0 Kg/s
• Usar taxa inicial 1,5x maior: 1,5 Kg/s
• H1 = 100 mm
• H2 = 300 mm
A1 ≈ 450 mm2
A2 ≈ 250 mm2
Usar 1,2.A1
para compensar
erro da geometria
Portanto:
A1 ≈ 540 mm2
Base do canal de alimentação
Base do canal
Base do Canal
Canais de Distribuição
Uso de filtros
Tempo de solidificação
Calculo de canal de alimentação
• Para o alimentador, deve atender os critérios:
1. Critério da Transferência de calor
• Mc:Mn:Mf → 1 : 1,1 : 1,2
• Onde Mc, Mn e Mf são: modulos do fundido (peça), Modulo da ligação
peça/canal e Modulo do alimentador.
2.Criterio do volume alimentado- Tempo de solidificação
aumenta com módulo da peça.
t (V/A)2 or, t = CM2 onde t é o tempo de solidificação
e C é uma constante
Calcular M Para
• Esfera de diâmetro D
• Cubo de aresta D
• Cilindro de Altura e diâmetro =D
• Cilindro de altura 2XD
• Placa de 100X200X100
• Science and Engineering of Casting Solidification Second Edition Doru
Michael Stefanescu.
• Fundamentals of Solidification. 2 Edition. W.Kurz; J.D. Fischer
• Características e funções do massalote. Alirio Gerson da Silva. Revista de
fundição 1978.

Você também pode gostar